O Senhor

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O Senhor Jesus Cristo Salvador do mundo Bispo Alexander (Mileant) Traduzido por N. Namestnikov / Arcipreste George Petrenko, José Arimatéa Conteúdo: Aguardando a volta do Messias . A vida terrena de nosso Senhor Jesus Cristo . Da aparência de nosso Senhor Jesus Cristo . Ensinamentos de nosso Senhor Jesus Cristo quanto à fé e ao modo Cristão de viver .Conclusão . Da natureza divina de Cristo "Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu Seu Filho Unigênito para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16). O Filho Unigênito e Encarnado de Deus, o Senhor Jesus Cristo, é o Salvador da humanidade. Pela vontade de Deus Pai e por piedade a nós, pecadores, Ele veio ao mundo tornando-se humano. Pela Sua palavra e pelo Seu exemplo passou a ensinar como era necessário crer e viver para tornar-se justo e digno do cognome de Filho de Deus, e fazer parte da Sua vida eterna, repleta de graças. Para nos purificar dos pecados e vencer a morte, Ele morreu na cruz e

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O Senhor

Jesus CristoSalvador do mundo

Bispo Alexander (Mileant)Traduzido por N. Namestnikov / Arcipreste George Petrenko, José

Arimatéa

Conteúdo: Aguardando a volta do Messias. A vida terrena de nosso Senhor Jesus Cristo. Da aparência de nosso Senhor Jesus Cristo. Ensinamentos de nosso Senhor Jesus Cristo quanto à fé e ao modo Cristão de viver.Conclusão. Da natureza divina de Cristo

"Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu Seu Filho Unigênito para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16).

O Filho Unigênito e Encarnado de Deus, o Senhor Jesus Cristo, é o Salvador da humanidade. Pela vontade de Deus Pai e por piedade a nós, pecadores, Ele veio ao mundo tornando-se humano. Pela Sua palavra e pelo Seu exemplo passou a ensinar como era necessário crer e viver para tornar-se justo e digno do cognome de Filho de Deus, e fazer parte da Sua vida eterna, repleta de graças. Para nos purificar dos pecados e vencer a morte, Ele morreu na cruz e ressuscitou no terceiro dia. Agora, como Deus-homem, encontra-se nos céus, ao lado do Pai. Jesus Cristo é o chefe do Reino de Deus, por Ele criado, que é a Igreja, na qual se salvam os que crêem, guiados e fortalecidos pelo Espírito Santo. Antes do final do mundo, Jesus Cristo retornara à terra, para julgar os vivos e os mortos. Então virá o Seu Reinado de Glória, o paraíso, onde os redimidos alegrar-se-ão eternamente. Assim foi vaticinado e nós acreditamos que assim será.

Aguardandoa vinda do Messias

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O evento magno na vida da humanidade é a vinda do Filho de Deus à Terra. Para isto, Deus preparou os homens, sobretudo o povo hebreu, no decorrer de vários milénios. Em meio a esse povo, Deus destacava profetas que prediziam a vinda do Salvador do Mundo - do Messias - e, com isso, introduziam as bases da crença Nele. Além do mais, Deus, no decorrer de muitas gerações, começando por Noé, a seguir por Abraão, Davi e outros homens justos, purificava aquele invólucro do qual Messias deveria vir a encarnar. Afinal, foi assim que nasceu a Virgem Maria, que se tornou digna de ser a Mãe de Jesus Cristo.

Concomitantemente, Deus direcionava também a conjuntura política do velho mundo no sentido de que a vinda do Messias fosse auspiciosa e para que seu reino benfazejo se difundisse amplamente entre as pessoas. Desse modo, à época da vinda do Messias, vários povos pagãos entraram na composição de uma só nação - a do Império Romano. Este fato possibilitou aos discípulos de Cristo viajarem sem empecilhos por todos os países do vasto império romano. A ampla difusão da língua grega, largamente falada, favorecia as comunidades cristãs esparramadas por territórios distantes, no sentido de manterem contato entre si. Os Evangelhos e as epístolas apostólicas foram escritos em grego. Em decorrência da aproximação de culturas de diferentes povos, bem como do desenvolvimento da ciência e da filosofia, a crença nas divindades pagãs foi muito abalada. Os homens passaram a ansiar por respostas satisfatórias às suas indagações religiosas. Cabeças pensantes do mundo pagão entendiam que a sociedade chegava a um beco sem saída e passaram a exprimir suas esperanças no sentido

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da vinda do Transformador e Salvador da humanidade.

A Vida Terrena deNosso Senhor Jesus Cristo

Para o nascimento do Messias, Deus escolheu a pura Virgem Maria, do ramo do rei Davi. Maria era órfã, criada pelo ancião José, seu parente distante, residente em Nazaré, uma das cidadezinhas do norte da Terra Santa. O Arcanjo Gabriel, aparecendo, informou à Virgem Maria sobre Sua escolha, por Deus, para vir a ser Mãe do Seu Filho. Quando a Virgem Maria concordou humildemente, o Espírito Santo desceu sobre Ela e Ela concebeu o Filho de Deus. O conseqüente nascimento de Jesus Cristo ocorreu em Belém, pequena cidade judaica, onde outrora nascera o rei Davi, ancestral de Cristo. (Os historiadores datam o nascimento de Jesus Cristo entre os anos 749-754 da fundação de Roma). A contagem d.C. inicia-se em 754, após a fundação de Roma.A vida, os milagres e diálogos de Jesus Cristo acham-se relatados em quatro livros, chamados Evangelhos. Os três primeiros evangelistas, Mateus, Marcos e Lucas narram os acontecimentos da sua vida ocorridos sobretudo na Galiléia - localizada no norte da Terra Santa. O Evangelista João completa as narrativas com acontecimentos ocorridos nas terras de Jerusalém.Até a idade de trinta anos, Jesus Cristo viveu com sua mãe, a Virgem Maria, na casa de José, em Nazaré. Com a idade de doze anos, dirigiu-se com os pais, a Jerusalém, para a festa da páscoa, passando três dias no templo, dialogando com os sábios. Sobre outras particularidades da vida do Salvador, em Nazaré, nada se sabe, além do fato de que auxiliara José, no ofício da carpintaria. Como pessoa, Jesus Cristo cresceu e desenvolveu-se como os demais seres humanos.No trigésimo ano de vida recebeu o batismo do Profeta João, no rio Jordão. Antes de iniciar sua vida pública, dirigiu-se para o deserto onde jejuou durante quarenta dias, sendo tentado pelo demônio. Jesus iniciou sua vida pública na Galiléia, escolhendo doze apóstolos. O milagre da transformação da água em vinho, realizado por Jesus Cristo, nas bodas de Caná, na Galiléia, fortaleceu a fé dos Seus discípulos. Após passar algum tempo em Cafarnaum, dirigiu-se a Jerusalém, para a festa da Páscoa. Ali, pela primeira vez, despertou a ira contra si dos sacerdotes hebreus e sobretudo dos fariseus, quando enxotou os vendedores do templo. Após a Páscoa, Jesus Cristo reuniu seus apóstolos, os instruiu e os enviou para apregoar a aproximação do Reino de Deus. Ele próprio peregrinou pela Terra Santa, pregando, reunindo discípulos e divulgando ensinamentos sobre o Reino de Deus.Jesus Cristo demonstrou Sua origem Divina com muitos milagres e profecias. As forças da natureza Lhe obedeciam. Por exemplo: ao seu comando, a

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tempestade cessou; caminhou sobre as águas como em terra firme; multiplicando cinco pães e alguns peixes, alimentou enorme multidão; transformou água em vinho. Ressuscitava mortos, exorcizava demônios e curava enfermos. Jesus Cristo sempre evitou a glória dos homens. Para Suas necessidades, Jesus Cristo jamais recorreu ao Seu infinito poder. Todos os seus milagres acham-se transpassados por profunda comiseração para com os homens. Seu milagre supremo foi a Sua própria ressurreição dos mortos. Com a ressurreição, subjugou o poder da morte e deu início a nossa ressurreição dos mortos, que ocorrerá ao final dos tempos.Os evangelistas relataram muitas profecias de Jesus Cristo. Várias delas concretizaram-se ainda no tempo dos apóstolos. Dentre elas constam a profecia da negação de Pedro, a traição de Judas, a crucificação e a ressurreição de Cristo, o Pentecostes, os milagres realizados pelos apóstolos, as perseguições pela fé, a queda de Jerusalém e outros. Algumas profecias de Cristo, referentes ao fim dos tempos, começam a se realizar, por exemplo: a divulgação do Evangelho em todo o mundo, a depravação, a perda da fé, as terríveis guerras, os terremotos etc. Algumas profecias, como a ressurreição dos mortos, a Segunda vinda de Cristo, o fim do mundo e o juízo final estão ainda por ocorrer.Com Seu poder sobre a natureza e Seu conhecimento sobre o futuro, Jesus Cristo comprovou a verdade dobre seus ensinamentos, bem como que é verdadeiramente o Filho Unigênito de Deus.A vida pública de Jesus Cristo durou cerca de três anos. Os sacerdotes, os sábios do templo e os fariseus não aceitaram os seus ensinamentos e, invejosos de seus milagres e progressos, buscavam uma oportunidade para matá-lo. Enfim, ela se apresentou. Após o Salvador Ter ressuscitado Lázaro, seis dias antes da Páscoa, cercado e aclamado pelo povo, como filho de Davi e rei dos judeus, adentrou na cidade de Jerusalém. O povo Lhe fazia reverências. Jesus Cristo dirigiu-se diretamente ao templo, mas vendo que os sumo-sacerdotes transformaram a casa de oração em antro de marginais, expulsou todos os vendilhões do templo. Isto despertou a ira dos sacerdotes e fariseus e eles decidiram acabar com Ele. Enquanto isso, Jesus Cristo ensinava o povo no templo. Na quarta-feira, um de seus apóstolos, Judas Escariotes, ofereceu aos membros do Sinédrio trair seu Mestre por trinta moedas de prata. Esta oferta foi muito bem recebida pelos sumo-sacerdotes.Na quinta-feira Jesus Cristo desejando comemorar a Páscoa com seus discípulos, dirigiu-se de Betânia para Jerusalém, onde Pedro e João prepararam o recinto para a comemoração. Chegando ao anoitecer, Jesus Cristo deu um grande exemplo de humildade, lavando os pés de seus discípulos, coisa que pela tradição judaica era tarefa dos servos. Depois, sentando-se com eles, comemoraram a Páscoa do Velho Testamento. Depois, Ele definiu a Páscoa do

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Novo Testamento - a Eucaristia. Tomou o pão, deu graças e distribuiu aos seus discípulos, dizendo: "Tomai e comei: Este é Meu corpo, que é dado por vós." Depois tomou o cálice e deu-lhes, dizendo: "Bebei dele todos: Isto é Meu sangue, símbolo da nova aliança, que é derramado por muitos, pela remissão dos pecados." Depois disto, conversou pela última vez sobre o Reino de Deus com seus discípulos. Em seguida, acompanhado de três discípulos - Pedro, Tiago e João, dirigiu-se a um lugar chamado Getsemani, onde rezou até transpirar sangue, sabedor do cálice que estava por receber.Então chegou Judas, acompanhado de um bando armado enviado pelos sumo-sacerdotes. Judas traiu seu mestre com um beijo. Enquanto Caifás reunia o conselho, os soldados levaram Jesus à casa do sumo-sacerdote; dali Ele foi levado à presença de Caifás, onde tarde da noite realizou-se o Seu julgamento. Apesar de terem sido convocadas várias testemunhas, ninguém pode atestar algo que desse causa à sua condenação à morte. Então, quando Jesus Cristo afirmou ser Filho de Deus e o próprio Messias, foi acusado de blasfemo, o que deveria ser punido com a pena capital.Na sexta-feira pela manhã, os sumo-sacerdotes, juntamente com os membros do conselho, dirigiram-se ao procurador romano Pilatos, para que este confirmasse a sentença. Inicialmente, Pilatos não concordou, pois não viu culpa em Jesus. Então os judeus começaram a ameaçá-lo dizendo que iriam denunciá-lo a Roma, e então Pilatos confirmou a sentença. Jesus foi entregue aos soldados romanos. Perto das 12 horas, juntamente com dois bandidos, Jesus foi levado ao Gólgota - um pequeno monte na parte ocidental dos muros de Jerusalém - e lá foi crucificado. Resignadamente aceitou Ele esta condenação. Era meio dia. Repentinamente o sol escureceu, e por três horas as trevas cobriram a terra. Depois disto, Jesus bradou ao Pai: "Meu Deus, Meu Deus, por que Me abandonaste?." Depois, vendo que tudo o que havia sido profetizado no antigo testamento se passou Ele disse: "Está tudo consumado! Pai, em Tuas mãos! entrego o meu espírito.." Seguiram-se vários fenômenos. O véu do templo rasgou-se de alto a baixo em duas partes e a terra tremeu. Vendo isso, até o centurião exclamou: "Verdadeiramente Este era o Filho de Deus."Ninguém teve dúvidas quanto à morte de Jesus. Dois membros do conselho, José e Nicodemos, que também secretamente eram discípulos de Jesus, receberam autorização de Pilatos para tirar o corpo de Jesus morto e sepultá-lo num sepulcro de propriedade de José, próximo do Golgota. Os membros do Sinédrio tomaram todas as providências para que o corpo de Jesus não fosse roubado por seus discípulos, fechando a entrada do sepulcro e designando uma escolta para vigiar o mesmo. Tudo foi feito às pressas, já que, naquela noite, iniciava-se a festa da Páscoa.No Domingo (provavelmente 8 de abril), terceiro dia após Sua morte na cruz, Jesus Cristo ressuscitou dos mortos e abandonou o sepulcro. Depois disto, um

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anjo enviado do céu removeu a pedra da entrada do sepulcro. As primeiras testemunhas disto foram os soldados que vigiavam o sepulcro. Apesar deles não terem visto a ressurreição de Cristo, eles testemunharam que quando o anjo removeu a pedra o sepulcro já estava vazio. Assustados com a visão do anjo, os soldados correram. Maria Madalena e outras mulheres que estavam com ela foram ao sepulcro para ungir o corpo do seu Senhor e Mestre e encontraram o mesmo vazio. Elas tiveram a honra de ver o próprio Salvador Ressuscitado e ouvir dele: "Regozijem-se!" Além de Maria Madalena, Jesus apareceu para vários de seus apóstolos em diversas ocasiões. Em algumas destas ocasiões os discípulos puderam inclusive tocar o corpo Dele para certificarem-se que não se tratava de uma mera visão. No período de quarenta dias Jesus conversou com seus apóstolos várias vezes, deixando seus últimos ensinamentos.No quadragésimo dia, Jesus Cristo ascendeu aos céus na presença de todos seus discípulos. De acordo com nossa crença, Jesus Cristo está sentado à direita de Deus Pai, ou seja, possui com Ele um só poder. Ele retornará antes do fim dos tempos para julgar os vivos e os mortos, após o que terá início o Seu Glorioso e Eterno Reino, onde os justos resplandecerão como o sol.

Da Aparência deNosso Senhor Jesus Cristo

Os Santos Apóstolos, quando escreveram a vida e os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, não citaram quaisquer características sobre sua aparência. Para eles, o importante era fixar os seus ensinamentos.Na Igreja Oriental existe a crença sobre o ícone do rosto do Salvador. De acordo com ela, o artista enviado pelo rei Avgar tentou várias vezes, sem sucesso, retratar a face de Jesus. Então Jesus chamou o artista, pegou sua tela e ao encostá-la contra Sua face, nesta ficou impressa a Sua imagem. Tendo recebido esta imagem de seu artista, o rei Avgar curou-se de lepra. A partir daí, esta milagrosa imagem do Salvador tornou-se famosa na Igreja Oriental e dela se faziam várias cópias. Existem registros sobre a imagem original em relatos do historiador armênio Moisés Xorenski, do historiador grego Evaghi e de São João Damasceno.Na Igreja Ocidental existe a crença da imagem de Santa Verônica, a qual teria dado um pano a Jesus quando Este se dirigia ao Gólgota, para que Ele limpasse o suor de Seu rosto. Neste pano teria ficado a imagem de Seu rosto e, posteriormente, este pano teria sido levado ao Ocidente.Na Igreja Ortodoxa é hábito representar o Salvador em ícones e afrescos. Estas representações não têm por objetivo retratar fielmente a Sua aparência. Elas servem para lembrar-nos, simbolicamente, elevando nosso pensamento para Aquele que está representado. Visualizando a imagem do Salvador, nós nos

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lembramos de Sua vida, de Sua paixão, de Seus milagres e ensinamentos. Lembramo-nos de como Ele, Onipresente, está conosco, vendo nossas dificuldades e ajudando-nos. Isto eleva nosso pensamento a orar: "Jesus, Filho de Deus, Tem Piedade de Nós!"A imagem do Salvador também está registrada no "Sudário de Turim." Um lençol que teria servido de mortalha para o corpo de Jesus retirado da Cruz. Visualizar a imagem registrada no Sudário se tornou possível em tempos relativamente recentes, com o auxílio da fotografia e da tecnologia dos computadores. As imagens obtidas com estas tecnologias possuem uma espantosa semelhança com alguns antigos ícones bizantinos (estas semelhanças, às vezes, atingem 45 ou até 60 pontos, o que na opinião dos especialistas não pode ser considerado casualidade). Estudando o Sudário de Turim os especialistas concluíram que nele está a imagem em negativo de um homem de cerca de 30 anos, com uma altura de 1,81cm e de grande complexão física (o que é muito mais que a média de seus contemporâneos).

Ensinamentos de NossoSenhor Jesus Cristo quanto

À Fé e ao Modo Cristão de Viver

Sobre seus ensinamentos, Jesus Cristo diz: "Para isto eu nasci e vim ao mundo, para dar testemunho da verdade; todo o que está pela verdade, ouve a minha voz" (João 18:37). Por isso nós devemos considerar cada palavra de Jesus como Verdade e baseado nesta verdade orientar a nossa conduta.Jesus Cristo ensinou que Ele é o Salvador do gênero humano. "O Filho do Homem veio salvar o que se tinha perdido...para servir e para dar a sua vida em resgate de muitos" (Mateus 18:11; 20:28). O Filho de Deus assumiu a missão de salvar os Homens, obedecendo a vontade de Seu Pai, o qual "amou de tal modo o mundo, que lhe deu Seu Filho Unigênito para que todo o que crê Nele não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16).Jesus Cristo ensinou que Ele possui uma única natureza com Deus Pai ("Eu e o Pai - somos Um"), que Ele "desceu dos céus" e "está nos Céus" ao mesmo tempo, isto é, Ele coexiste na terra como homem e no céu como Filho de Deus, sendo Deus-Homem (João 3:13; João 10:30). Por isto, todos devem honrar o Filho, do mesmo modo que honram ao Pai. Quem não honra ao Filho, não honra ao Pai que O enviou (João 5:23). A verdadeira natureza divina foi professada por Jesus Cristo antes de Seu martírio na cruz, perante o Sinédrio, dando causa à sua condenação. Os membros do conselho assim comunicaram a Pilatos sua decisão: "Nós temos uma lei e, segundo a nossa lei, deve morrer, porque se fez Filho de Deus" (João 19:7).Afastando-se de Deus, as pessoas confundiram-se em suas crenças sobre o Criador, sobre Sua natureza imortal, sobre o objetivo desta vida, sobre o bem e

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o mal. Jesus Cristo revela ao homem os pilares da fé e da vida, orienta seu pensamento e sua conduta. Tendo Jesus como fundamento, os apóstolos escrevem: "E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles e pregando o Evangelho do Reino"(Mateus 9:35), divulgando a chegada do Reino de Deus entre os homens. Freqüentemente Jesus Cristo iniciava seus ensinamentos com as palavras: "O Reino de Deus se assemelha...." Daí, devemos concluir que, pela vontade de Jesus, o gênero humano é chamado a buscar a salvação não individualmente, mas de modo coletivo, como uma única família espiritual, usufruindo dos meios por Ele deixados à Igreja. Pode-se definir estes meios em duas palavras: a graça e a verdade. Graça - força invisível vinda do Espírito Santo, que ilumina a mente do homem, orientando sua vontade para o bem, fortificando suas forças espirituais, trazendo-lhe a paz interior e a felicidade, santificando todo o seu ser.Falando sobre salvação, Jesus ensinava sobre as condições necessárias para que o indivíduo fosse admitido em Seu reino, o modus vivendi e os objetivos cristãos, bem como sobre a natureza de Seu reino. Vamos agora tratar destes ensinamentos:Como Entrar no Reino de Deus?O primeiro passo desta jornada é Ter Fé em Jesus Cristo, como o enviado de Deus para salvar o mundo - aceitar que Ele é o caminho, a verdade e a vida, e que ninguém vai ao Pai senão por Ele. Quando perguntado pelos judeus sobre o que eles deveriam fazer para agradar a Deus, Jesus respondeu: "...creiais Naquele que Ele enviou" (João 6:29). "Aquele que crê no Filho terá a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece" (João, 3:36). Nossa crença em Jesus Cristo deve ser não somente a aceitação Dele como Filho de Deus, mas deve ser como a fé das crianças em seus pais - devemos simplesmente aceitar, de todo coração, os Seus ensinamentos - sem qualquer interpretação ou dúvida. É uma fé assim que Deus espera de nós. "Se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no Reino dos Céus" (Mateus 18:3). Esta fé sincera no Salvador ilumina o discernimento humano, conduzindo toda sua existência pela promessa do Salvador: "Eu sou a luz do mundo, aquele que Me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida" (João 8:12).Atraindo as pessoas para Seu reino, Jesus convida-os a seguir uma vida digna dizendo: "Arrependei-vos, pois é chegado o reino dos céus" (Mateus 4:17). Arrepender-se, quer dizer reconhecer todas as suas faltas, modificar seu modo de vida e, com a ajuda de Deus, iniciar uma nova vida fundada no amor a Deus e ao próximo.Porém, para iniciar uma nova vida não basta a vontade, é fundamental a ajuda de Deus, a qual é dada ao crente pelo Santo Batismo. Pelo Batismo são

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perdoados todos os pecados do indivíduo, ele nasce para uma vida espiritual e torna-se membro do Reino de Deus. Sobre o Batismo, disse Jesus: "em verdade vos digo, aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus. O que nasceu da carne, é carne e o que nasceu do espírito é o espírito" (João 3:5-6). Posteriormente, mandando seus discípulos pregar, Disse-lhes: "Ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que Eu vos tenho ensinado" (Mateus 28:18). Quem crer e batizar-se será salvo, mas quem não crer será condenado (Marcos 16:10). As palavras "todas as coisas que vos tenho ensinado" confirmam o valor dos ensinamentos de nosso Salvador, que são essenciais para nossa salvação.Vida CristãNas "bem-aventuranças" (Mateus cap. 5) Jesus traçou o perfil de uma vida cristã. Ela deve ser fundada na humildade, arrependimento, caridade, pureza de sentimentos, paz e na crença em Deus. Com as palavras "Bem-aventurados os pobres de espírito, pois deles é o reino dos céus" Jesus chama o homem à humildade, o reconhecimento de sua pecaminosidade e de sua fraqueza espiritual.A humildade é a base da salvação do gênero humano. Da humildade deriva o arrependimento - o reconhecimento de suas faltas, e "Bem-aventurados os que choram, pois eles serão consolados" - receberão o perdão e a paz de espírito. Obtendo a paz de espírito, o indivíduo torna-se pacífico e amante da paz. "Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra." Receberão aquilo que nos é tirado por indivíduos agressivos e ímpios. Purificando-se pelo arrependimento, o homem tem necessidade da verdade e da caridade. "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois eles serão saciados," ou seja, com a ajuda de Deus eles a receberão. Sentindo a graça de Deus em si, o indivíduo começa a percebê-la em seus semelhantes. "Bem aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia." O misericordioso purifica-se do pecaminoso sentimento de avareza pelos bens materiais, quando é tocado pelo amor de Deus, como um raio de luz solar atinge o fundo de um lago de águas plácidas. "Bem-aventurados os limpos de coração, pois eles verão a Deus." Esta luz dá ao homem a sabedoria necessária para conduzir espiritualmente seus próximos, deixando-os em paz consigo mesmos, com seu próximo e com seu Criador. "Bem-aventurados os pacificadores porque eles serão chamados filhos de Deus." O mundo ímpio não suporta a conduta dos justos e levanta-se contra eles. Mas nada deve-se temer, pois "Bem-aventurados os que sofrem perseguição em nome da justiça, porque deles é o reino dos céus."No sermão da montanha (Mateus 5 a 7), Jesus nos ensina a não sermos vingativos, a vencer a ira, a sermos justos, sábios, a perdoar nossos inimigos, a

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buscarmos o sentimento de verdade que existe em nosso coração; explica como devemos dar esmolas, jejuar e orar, para que estas obras sejam aceitas perante Deus. A seguir, chama-nos a confiar em Deus e a não julgar nosso próximo e a praticar a caridade constantemente.Cristo ensinava que não devemos nos afeiçoar aos bens terrenos, pois "de que vale ao homem conquistar todos os tesouros da terra e perder sua alma" (Marcos 8:36-37); pois a pessoa que se dedica ao enriquecimento material acaba afastando-se de Deus, pois "onde estão teus tesouros, lá está teu coração" (Lucas 12:34). Estar em comunhão espiritual com Deus: esta é a maior graça que podemos ter. Por isto Cristo diz: "Buscai primeiro o reino dos céus e a sua justiça e todas estas coisas serão acrescidas." Falando sobre o valor espiritual do reino de Deus, Jesus Cristo, em uma de suas parábolas, comparou-o à uma pérola, pela qual um esperto mercador vendeu todos os seus bens para poder adquiri-la (Mateus 13:45-46).A salvação da alma deve ser a principal preocupação do homem. O caminho da purificação espiritual costuma ser árduo. Por isso, "Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição e muitos são os que entram por ela" (Mateus 7:13-14). As provações terrenas devem ser aceitas com resignação pelo homem como sua cruz: "Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me" (Mateus 16:24), em realidade, "o reino dos Céus adquire-se à força e os que se esforçam apoderam-se Dele (Mateus, 11:12). É de fundamental importância invocar a ajuda de Deus para que nos auxilie e nos ilumine nesta jornada: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito na verdade, está pronto, mas a carne é fraca... na vossa paciência salvai vossas almas"(Marcos 14:38; Lucas 21:19).Tendo vindo ao mundo em função de Seu infinito amor por nós, o Filho de Deus ensinava seus seguidores a colocar o amor como fundamento de sua vida, dizendo: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento; e o segundo, semelhante a este é: Amarás teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas" (Mateus 22:37-39). O Meu mandamento é este: "Que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos amei" (João 15:12).O amor ao próximo deve ser externado pela caridade: "Quero misericórdia e não sacrifícios." Falando sobre a cruz, o sofrimento e o caminho estreito, Cristo nos fortalece com sua promessa: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, que Sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve" (Mateus 11:28-30). Tanto as bem-aventuranças quanto todos os ensinamentos do Salvador são

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cheios de fé na vitória do bem sobre o mal e na alegria do reino de Deus. "Alegrai-vos e exultai, porque é grande a vossa recompensa nos céus" (Mateus 5:12). "Eu estarei com vocês até o fim dos tempos" (Mateus 28:20), e promete que todo aquele que crê Nele não perecerá, mas receberá a vida eterna (João 3:15).A natureza do Reino de DeusPara esclarecer seus ensinamentos sobre o Reino de Deus, Jesus Cristo utilizava-se de exemplos da vida real, parábolas. Comparou o Reino de Deus a uma criação de ovelhas, que vivem em lugar tranqüilo e em segurança, sendo apascentadas por um bondoso pastor, o Cristo."Eu sou o Bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das Minhas sou conhecido... O Bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas...Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a Minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor... Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a toma-la. Ninguém ma tira de Mim, mas Eu de Mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi do meu Pai" (João 10).Nesta comparação do Reino de Deus a um rebanho de ovelhas, frisa-se a unidade da Igreja. Uma grande quantidade de ovelhas estão num cercado, possuem a mesma fé e o mesmo modo de vida. Todas têm o mesmo Pastor - Cristo. Sobre a unidade dos fiéis, Jesus Cristo rogou ao Pai antes de seu martírio, dizendo: "Para que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o és em Mim, e Eu em Ti, que também eles sejam um em Nós" (João 17:21). O princípio unificador do Reino de Deus é o amor do Pastor para com as ovelhas e vice-versa. O amor para com Cristo é expresso na obediência para com Ele, na ânsia de viver segundo Sua vontade. "Se Me amais, segui os Meus mandamentos: o amor mútuo entre os que creem é a maior sintonia do Reino de Deus" (João 14:15). "Nisto todos conhecerão que sois Meus discípulos, se vos amardes uns aos outros"(João 13:35). A graça e a verdade são os dois tesouros que o Senhor levou à Sua Igreja, constituindo-se em suas características essenciais básicas (João 1:17).O Senhor prometeu aos apóstolos que o Espírito Santo conservará em Sua Igreja, até o fim dos tempos, o ensino verdadeiro, sem desvios. "E eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre. O Espírito da Verdade, O Qual o mundo não pode conter... Ele os instruirá de toda a verdade" (João 14:16-17). Acreditamos, desta maneira, que as bênçãos benfazejas do Espírito Santo permanecem na Igreja, transmitindo-se até o final dos tempos, revivificando seus membros e saciando sua sede espiritual: "Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte d'água que salte para a vida eterna" (João 4:14).

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Assim como os reinos terrenos necessitam de um ordenamento jurídico para regular e possibilitar sua existência, assim também a Igreja recebeu de Jesus Cristo o ordenamento necessário à salvação dos seus membros - os ensinamentos do evangelho, os Sacramentos e os guias espirituais, o clero da Igreja. Assim Ele disse aos discípulos: "Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós, e havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo" (João 20:21,22). Aos pastores da Igreja Ele incumbiu de ensinar aos fiéis, purificar sua consciência e vivificar suas almas. Os pastores devem seguir ao Pastor Supremo no seu amor para com as ovelhas; já as ovelhas devem respeitar seus pastores, seguir seus ensinamentos, de acordo com as palavras de Jesus: "Quem vos ouve a vós, a Mim Me ouve, e quem vos rejeita a vós, a Mim Me rejeita" (Lucas 10:16).O ser humano não se torna um justo imediatamente. Na parábola da Cizânia (Mateus, 13:24), Cristo explica que tal qual as ervas daninhas crescem em meio ao trigo num campo semeado, também entre os dignos membros da Igreja, encontram-se membros indignos. Alguns pecam por ignorância, inexperiência ou fraqueza espiritual, mas arrependem-se de seus pecados e buscam corrigir-se; outros persistem nos seus erros, menosprezando a grande paciência Divina. O principal dissimulador de tentações e de todos os males entre os homens é o demônio. Falando sobre a Cizânia no Seu reino, o Senhor conclama todos a lutar contra as tentações e orar: "Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do malígno."Conhecendo a fragilidade espiritual e a inconstância dos fiéis, Cristo investiu os Apóstolos com o poder de perdoar os pecados: "Àqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos" (João 20:23). O perdão dos pecados pressupõem que o pecador arrepende-se sinceramente de seus pecados e deseja corrigir-se. Porém o mal não será tolerado eternamente no Reino de Cristo. "Todo aquele que comete pecado é escravo do pecado; ora o servo não fica para sempre em casa, o Filho fica para sempre; se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (João 8:34-36). Aos indivíduos que persistem em seus pecados ou não se submetem aos ensinamentos da Igreja, Cristo determinou sua exclusão do seio da Igreja. "Se não escutar a Igreja, considera-o como um gentio e publicano"(Mateus 18:17).No Reino de Deus concretiza-se a verdadeira unidade dos crentes com Deus e de um com o outro. O princípio unificado da Igreja é a natureza Divina e humana de Cristo, da qual os crentes comungam durante o sacramento da Comunhão. Na Comunhão, a natureza divina de Deus-Homem, penetra misticamente nos fiéis, como foi dito: "Nós (Pai, Filho e Espírito Santo) viremos para ele e nele faremos morada. Assim o Reino de Deus penetra no

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homem" (João 14:23, Lucas 17:21). Jesus frisava a importância da comunhão com as seguintes palavras: "Em verdade vos digo, que se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o Seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos; quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia" (João 6:53-54). Sem a unidade com Cristo, o homem, tal qual um ramo quebrado, murcha espiritualmente, não sendo capaz de praticar boas obras: "Como o ramo de si mesmo não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em Mim. Eu sou a videira, vós os ramos; quem está em Mim, e Eu nele, esse dá muitos frutos porque sem Mim nada podeis fazer" (João 15:4-5).Tendo ensinado a Seus discípulos a importância de manterem a unidade com Ele, o Senhor, na Quinta-Feira Santa, na véspera de Seu martírio, instituiu o próprio Sacramento da Eucaristia, ordenando-lhes: "Fazei isto (o Sacramento) em Minha memória" (Lucas 22:19).Jesus Cristo contrapunha ao mundo afundado no mal, o Seu Reino benfazejo, dizendo aos seus discípulos: "Eu vos tirei deste mundo, isto é, apartei-os dele, e Meu Reino não é deste mundo" (João 15:19; 18:36). "O príncipe deste mundo é o demônio, que é um lobo ardiloso, assassino e pai da mentira. Porém os filhos do Reino não devem temer o príncipe das trevas ou a sua horda." "Agora o príncipe deste mundo será banido. Exultai, pois Eu venci o mundo" (João 16:33). O Reino de Cristo ficará até o final dos tempos e todos os esforços do demônio e de seus seguidores em destruir este Reino quebrar-se-ão qual as ondas contra o rochedo. Edificarei Minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mateus 16:18). Estas palavras nos garantem não apenas a existência física da Igreja até o fim dos tempos, mas também a manutenção de sua unidade espiritual, abundante de graça e de verdade.Jesus Cristo ensinava com Sua palavra e com Sua conduta. Ele se constitui no mais perfeito exemplo de retidão. "Meu alimento é cumprir a vontade Daquele que Me enviou e realizar a Sua obra," dizia Jesus. E cada palavra, gesto ou atitude Sua estavam repletos do desejo de executar a obra do Pai. Ao nos familiarizarmos com a vida de Jesus narrada nos Evangelhos, nós vemos em Suas atitudes grandes exemplos de bondade. Com isso, devemos entender que podemos imitar Cristo apenas no que está ao alcance de seres mortais. Não podemos ousar reproduzir suas atitudes privativas de Ser Superior, como a onisciência, o que é impossível a nós, porém podemos e devemos seguir Seu exemplo de benfeitor. É exatamente em Cristo que o homem encontra a imagem viva do ideal para o qual Ele conclamava todos os homens, dizendo: "Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus" e "Se vós Me conhecêsseis a Mim, também conheceríeis a meu Pai" (Mateus 5:48 e João 14:7).

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Conclusão

Assim, toda a vida e os ensinamentos do Salvador estavam direcionados para introduzir novos princípios espirituais na vida humana: a verdadeira fé, o amor vivo para com Deus e o próximo, a busca pela perfeição moral e pela santidade. Nestes princípios devemos edificar nossa visão de mundo e nossa vida.A história do Cristianismo mostrou que nem todas as pessoas e povos são capazes de elevar-se aos altos princípios espirituais contidos no Evangelho. O crescimento do Cristianismo no mundo, por vezes, transcorria por caminhos espinhosos. Por vezes, o Evangelho era recebido pelas pessoas de modo superficial, sem o ânimo para uma conversão verdadeira; por vezes era negado e até se transformava em motivo de perseguição. Apesar disso, os elevados princípios de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, hoje característicos em todos os Estados Democráticos modernos, praticamente foram retirados dos Evangelhos. Todas as tentativas para substituir os princípios evangélicos por outros produzem conseqüências catastróficas. Para se convencer disto, basta olhar para os resultados atuais do materialismo e do ateísmo. Assim, os cristãos da atualidade, tendo diante de si uma experiência histórica riquíssima, devem entender com clareza que só nos ensinamentos do Salvador poderão encontrar a diretriz correta para a solução de seus problemas familiares e sociais.Edificando a nossa vida nos mandamentos de Cristo, nós nos consolamos com a idéia de que o Reino de Deus será vitorioso, e na Terra Renovada iniciar-se-á a paz prometida, a justiça, a alegria e a vida eterna. Rogamos a Deus para que nos torne dignos de herdar o Seu Reino!

Da natureza divina de Cristo

A crença na divindade de Jesus Cristo constitui-se a base de todas as nossas convicções religiosas. Ela introduz em nós forças espirituais, inspira-nos a proceder com bondade, direciona nossos atos e desejos. Sem isto, o Cristianismo perde sua razão de ser, sua força inspiradora e transforma-se numa coleção de mitos antigos e promessas impossíveis.Mas, com toda sua importância extraordinária, a Divindade de Cristo não é evidente. Alguns textos, nos Evangelhos, até parecem contradizê-la. Por isso, os que negam a Divindade de Jesus não encontram dificuldades no encontro de tais textos Bíblicos, que parecem basear seu ponto de vista no sentido de que Jesus Cristo tivesse sido simplesmente humano ou, quem sabe, anjo incorporado, e por isso não pode ser chamado de Deus, no sentido específico do termo. Assim, os opositores da crença da Divindade de Jesus Cristo baseiam-se no fato de que o próprio Cristo nunca Se chamou de Deus, concluindo erroneamente que semelhante nome Lhe foi atribuído mais tarde.

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Pontos de vista opostos, quanto à natureza de Cristo, começam a surgir desde o início do Cristianismo. No século IV, coube à heresia ariana provocar extremas discussões e desentendimentos ao afirmar que Jesus Cristo só se dizia chamar Filho de Deus, sendo, por sua natureza, um anjo criado por Deus. O arianismo foi analisado a fundo no primeiro Concílio de Nicéia, ocorrido em 325, onde se condenou a heresia ariana e introduziu-se o Credo, usado até hoje pela Igreja, onde se expõem com exatidão o ensinamento correto sobre Jesus Cristo.Nos dias atuais, a seita das Testemunhas de Jeová, trouxe das cinzas a heresia ariana banida e, na sua versão, afirma que Jesus seria o Arcanjo Miguel incorporado. O perigo dos ensinamentos da seita reside no fato que dispondo de ilimitados recursos materiais ela inunda o mundo com sua literatura e seus ensinamentos. Sua atividade missionária notadamente agressiva está sendo levada a termo na Rússia, atraindo para suas redes destruidoras milhares de pessoas confiantes.Os russos ortodoxos encontram-se em perigo especial frente aos sermões sectários, uma vez que em sua maioria estão pouco familiarizados com as Sagradas Escrituras e desconhecem a maneira de defender sua fé. Por outro lado, os propagadores sectários aprendem muito bem os textos que lhes são favoráveis e têm a capacidade de envolver seus ouvintes com suas citações e textos bem decorados.Embora as Sagradas Escrituras denominem Jesus Cristo de Filho de Deus, os que duvidam de Sua natureza Divina baseiam-se na afirmação de que as mesmas fontes também chamam de filhos de Deus a outros seres como, por exemplo os anjos e as pessoas. Para resolver esta questão, deve-se ter em conta o seguinte: falando de seres humanos bem como de anjos, as Sagradas Escrituras nunca empregam o singular e jamais denominam uma determinada pessoa ou um certo anjo de Filho de Deus, mas sempre usam o plural, no sentido coletivo: filhos de Deus. Fica sempre evidente ao leitor tratar-se aí não de filhos de Deus quanto à natureza e sim quanto à caridade de Deus, que os recebe em Seu seio; e eles são filhos não quanto à natureza e sim adotados (no caso, entender ao pé da letra a palavra "filhos" pode levar à conclusão absurda de que algumas pessoas, como os inimigos de Deus, denominados nas Escrituras como "filhos do demônio" possuem natureza diversa dos que creêm).Só com relação a Jesus Cristo as Sagradas Escrituras empregam o singular, chamando-O de Filho de Deus, além do que somente a Ele aplica tais vocábulos determinativos, como Unigênito, Amado, Filho de Deus Vivo, Filho Verdadeiro ou Próprio . Isso quer dizer que ao contrário de nós, Jesus Cristo é Filho de Deus por Natureza. Ele é Filho no sentido exato da palavra. Por isso, os mórmons admitem um erro inadmissível quando afirmam que Jesus Cristo teve outros irmãos-deuses, como por exemplo: Lúcifer (Satanás) e vários outros. As Escrituras diferenciam rigidamente o Filho dos filhos. O Primeiro é

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Nascido, os demais criados.O próprio início dos ensinamentos de Jesus Cristo foi precedido pelo testemunho de Deus Pai a respeito de Seu Filho, dizendo: "Este é o Meu Filho amado em quem Me comprazo" (Mateus 3:17). Mais tarde, no monte Thabor, Deus Pai repete essas palavras, acrescentando: "Escutai-O" (Mateus 17:5). Isso indica que os homens devem aceitar tudo o que é dito por Jesus como verdade plena e indiscutível.Mas o que poderia ser replicado aos contestadores da Divindade de Cristo, quando o Próprio Jesus diz: "Meu Pai é superior a Mim" (João 14:28). "...sobre aquele dia e aquela hora (o fim do mundo) ninguém sabe, nem os anjos de Deus, nem o Filho, só o Pai... O Filho nada pode fazer caso não veja o Pai fazendo...Minha alma está entristecida até a morte...Seja feita a Tua vontade e não a Minha" (Lucas 22:42) e frases semelhantes onde Ele se coloca em segundo plano, sujeito ao Pai. Além disso, se Jesus Cristo realmente se considerava Deus, por que Ele próprio não revelou abertamente? Com isto, Ele teria eliminado todas as dúvidas relativas à Sua Natureza.A finalidades deste artigo é auxiliar o ortodoxo a entender as questões supra apresentadas e fornecer subsídios para a defesa de fé na Divindade de Cristo.Para entender porque o Senhor Jesus Cristo não divulgou aos quatro ventos Sua Divindade, tentaremos transportar-nos, em pensamento, à época e às condições em que Ele pregou. Imaginemos a reação das pessoas às palavras de um peregrino que afirmasse: "Eu sou Deus!" Sem dúvida, a turba riria Dele taxando-o de louco e os seguidores do judaísmo se apressariam em declara-lo perjuro e a exigir Sua morte. Quem sabe só os pagãos, que possuíam muitas divindades, poderiam aceitar semelhante declaração de modo mais sério que o dos judeus, entendendo-o, é claro, de acordo com suas convicções. A propósito, lembramos a reação dos pagãos frente aos milagres do Apóstolo Paulo, de como desejaram proclamá-lo como um de seus deuses e oferecer-lhe oferendas (Atos 14:11). Nos nossos dias, o pregador que se declare como sendo Deus será simplesmente ignorado ou desprezado. Em qualquer caso, a declaração direta do Salvador de Sua Divindade traria resultado oposto do necessário a ser atingido.De fato, o Filho de Deus veio ao mundo não para impressionar seus contemporâneos com Seu poder absoluto ou sujeitar pelo poder da Sua Divindade, quão escravos; mas para convencê-los a desviar-se verdadeiramente dos pecados e começar a crer correta e dignamente. As pessoas tornaram-se muito desespiritualizadas e moralmente brutas a ponto de serem incapazes de entender corretamente a verdadeira Divindade de Cristo. Lembremos, segundo os Evangelhos, como era difícil para Cristo pregar entre os judeus. Quantas gozações teve de suportar dos "doutores da lei" que combatiam Suas palavras e desviavam da fé os homens simples. Por isso, a primeira providência de Jesus

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Cristo foi no sentido de convencer os indivíduos a se voltarem, arrependidos, para Deus e a negarem seus conceitos religiosos, introduzindo em seus corações as sementes da verdadeira fé. Dado o primeiro passo era necessário convertê-los ao novo e verdadeiro modo de viver, ensinar a perdoar, a ter piedade e a amar seus semelhantes.Mudanças espirituais tão profundas não podiam ser atingidas por ameaças ou por milagres. De fato, quando Jesus Cristo, por meio de algum milagre demonstrava a Sua natureza Divina, só fazia nascer em meio aos judeus reações insanas quanto ao reino messiânico poderoso aqui na terra, no qual seriam senhores sobre os demais povos. Por isso, o Senhor Jesus Cristo foi obrigado a proibir a divulgação de Seus milagres. Para renovar espiritualmente as pessoas e torná-las inclinadas a aceitar a verdadeira fé, Cristo escolheu o caminho da palavra bondosa da inspiração e o exemplo pessoal. A partir do compadecimento para com as pessoas condenadas, decidiu compartilhar sua miséria, suas privações e seus males. Para curar suas feridas espirituais, tomou sobre Si os cados humanos, lavando-os na cruz com Seu puríssimo sangue. Em geral, todo o problema de salvação do homem pecador, começando da Encarnação do Salvador e terminando pelos Seus padecimentos físicos, eram para Ele, questão de humilhação voluntária máxima. Nas palavras do apóstolo Paulo: "Cristo, sendo Ele de condição Divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniqüilou-Se a Si mesmo, assumindo a condição de servo e assemelhando-se aos homens" (Fil. 2:6-9).O Profeta Isaías descreve do seguinte modo a imagem da auto humildade do Messias:"Ele não tem beleza, nem formosura e vimo-lo, e não tinha aparência do que era, e por isso não fizemos caso Dele. Êle era desprezado e o último dos homens, um homem de dores; e experimentado no sofrimento; e o seu rosto estava encoberto; era desprezado e por isso nenhum caso fizemos Dele. Verdadeiramente ele foi o que tomou sobre si as nossas fraquezas, e ele mesmo carregou com as nossas dores; e nós o reputamos como um leproso, e como um homem ferido por deus e humilhado. Mas foi ferido por causa de nossas iniquidades, foi despedaçado por causa de nossos crimes; o castigo que nos devia trazer a paz, caiu sobre ele, e nóa fomos sarados com as suas pisaduras. Todos nós andamos desgarrados como ovelhas, cada um se extraviou por seu caminho; e o Senhor carregou sobre ele a iniquidade de todos nós. Foi oferecido em sacrifício porque ele mesmo quis, e não abrio a sua boca; como uma ovelha que é levada ao matadouro e como um cordeiro diante do tosquiador, guardou silencio e não abrio a sua boca... Quem contará a sua geração?" (Isaías 53:2-9).Com estas palavras conclusivas o Profeta dirigi-se para a consciência daqueles que irão negar Seu Salvador, como que dizendo-lhes: vós dais as costas,

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soberbos, ao Jesus ofendido e peregrino, mas entendei que por vós, pecadores, Ele padece terrivelmente. Adentrai Sua beleza de alma e então, quem sabe podereis compreender que Ele veio do mundo superior.Mas, humilhando-Se voluntariamente, o Senhor Jesus Cristo, ao mesmo tempo, aos poucos divulgava os segredos da Sua unidade com Deus Pai, aos que conseguiram elevar-se dos grosseiros conceitos da turba. Por exemplo, dizia à turba: "Eu e o Pai somos Um só; aquele que Me viu, viu ao Pai...o Pai está em Mim e Eu estou no Pai...tudo que é Meu é Teu (do Pai) e o que é Teu é Meu...Nós (Pai e Filho)viremos e faremos nossa morada nele..." (João 10:30, 14:10-23, 17:10).Estas e outras expressões referem-se à Sua Natureza Divina.Além do mais, o Senhor Jesus Cristo, paulatinamente revelava Seus atributos, que só podem ser características de Deus. Por exemplo, Ele denominava-Se Criador ao dizer: "Meu Pai cria até hoje e Eu crio" (João 5:17). É significativo que os judeus, tendo ouvido isto, entenderam-no de modo absolutamente correto e quiseram apedrejar Cristo pela blasfêmia, visto que "Ele não só deixava de guardar o Sábado, mas também dizia que Deus era Seu Pai, fazendo-se igual a Deus" (João 5:17-18). Não Se opondo à esta interpretação, o Senhor confirmou que eles O entenderam corretamente.Noutras ocasiões, o Senhor Jesus Cristo denominava-Se eterno. Quando, por exemplo, os judeus O indagaram: "Quem és?"Jesus respondeu: "Existo desde a origem dos tempos" (João 8:25). E acrescentou: "Em verdade vos digo: antes de Abraão, Eu existo" (João 8:58). Convém notar que Jesus não disse: "Eu existia," como seria gramaticalmente correto dentro do contexto da fala, mas empregou o presente: "Eu existo," ou então, "Eu sou Existente." A profunda conotação desse vocábulo é evidente no original hebraico. Quando Moisés, junto ao arbusto não consumível pelo fogo, indagou Deus sobre qual era Seu nome, o Senhor respondeu: "Eu sou o Existente (em hebraico Jeová). Ou seja, a própria denominação "Existente" (Jeová) indica uma propriedade específica de Deus. Êle é aquele Que sempre existe, êle é eterno. Tendo chamado a Si mesmo de Existente (Jeová), Jesus Cristo usou o nome com o qual os judeus chamavam a Deus. Convém lembrar que o nome Jeová era tão venerado pelos judeus a ponto de empregarem apenas em ocasiões muito importantes e festivas, enquanto que na fala habitual usavam Senhor, Criador, o Supremo, o Bendito etc.Após ressuscitar dos mortos, Jesus Cristo reiterou Sua eternidade, dizendo: "Eu sou alfa e ômega, o início e o fim; o Senhor que é, era e será, Onipotente" (Apoc. 1:8). Em outras ocasiões Ele se cognominou de Onisciente (sabedor de tudo), dizendo: "Como o Pai Me conhece, Eu também conheço o Pai" (João 10:15) Só Deus pode conhecer Sua natureza, na totalidade. O Senhor Jesus Cristo ainda chamava Sua natureza de onipresente, ao dizer: "Ninguém subiu ao

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céu, a não ser quem desceu dos céus, o Filho do Homem que ali permaneceu. Onde dois ou três se reuniram em Meu nome, lá Estou entre eles"(João 3:13; Mateus 18:20). Cristo empregou outra vez a forma "estou" mostrando que não só esteve ou estará nos céus, mas ali permanece constantemente.E, partilhando com o Pai todas as Suas características Divinas: criação, eternidade, onisciência, onipresença etc Jesus Cristo deve ser considerado por todos igual ao Pai, também para ser honrado, por isso: "Todos devem honrar o Filho, como honram o Pai: quem não honra o Filho, também não honra o Pai, que O enviou" (João 5:23). Tudo o exposto nos leva infalivelmente à verdade, que Jesus Cristo Realmente é verdadeiro Deus, igual ao Pai na essência.Embora Jesus Cristo evitasse denominar-Se diretamente Deus, para não provocar na turba reações desnecessárias, Ele aprovava os capazes de elevarem-se até essa verdade. Por exemplo, quando o apóstolo Pedro na presença de outros apóstolos disse: "Tu és Cristo, Filho de Deus Vivo!." O Senhor recebeu sua confissão de fé, acrescentando que Pedro chegara a essa convicção não através da observação própria, mas graças a uma inspiração superior: "Bendito seja, Simeão, por não terem sido a carne e o sangue que te fizeram perceber isso, e sim Meu Pai, que se encontra nos céus" (Mateus 16:16-18). De modo semelhante, quando o apóstolo Tomé, até então em dúvida, viu diante de si o Salvador ressuscitado, exclamou: "Senhor meu e Deus meu" (João 20:28). Cristo não contestou esta denominação, mas recriminou-o um pouco pela sua demora em crer e disse: "Tu acreditaste por Ter-Me visto (ressuscitado). Benditos aqueles que não vêm e crêm" (João 20:29).Lembremos, finalmente, que a própria condenação de Cristo para morrer na cruz foi provocada pelo reconhecimento oficial de Sua Divindade. Quando o sumo-sacerdote Kaifaz, sob juramento, indagou a Cristo: "Diga-nos se És Cristo, Filho do Abençoado," Cristo respondeu: "Tu o disseste," empregando a forma corrente da resposta afirmativa (Mateus 26:63; Lucas 22:70; João 19:7).Cabe esclarecer outra questão muito importante relacionado com esta: como Kaifaz, numerosos judeus e até os demonios poderiam atingir a idéia de que Messias seria o Filho de Deus? A única resposta possível é: das Antigas Escrituras. A Elas cabia preparar o terreno para essa crença. De fato, ainda o rei Davi, que viveu mil anos antes da vinda de Cristo, em três salmos, denomina o Messias como Deus (Salmos 2, 45 e 109). De modo mais claro ainda, essa verdade foi revelada por Isaías, que viveu 700 anos a.C. Predizendo o milagre da encarnação do Filho de Deus, Isaías afirma: "Uma Virgem conceberá e dará à luz um Filho, e o Seu nome será Emanuel" (Isaías 7:14). Emanuel significa "Deus está conosco." Um pouco mais adiante o Profeta revela com maior determinação as virtudes do Filho que irá nascer: "E Lhe darão estes nomes: Admirável Conselheiro, Deus Invencível, Pai Eterno, Príncipe da Paz" (Isaías 9:6). É impossível aplicar tais denominações a alguém outro, a não ser a Deus.

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Sobre a eternidade do Menino que viria a nascer, escreveu também o Profeta Miquéias: "E tu, Belém (chamada Efrata), tu és pequenina entre os milhares de Judá; mas de ti é que me há de sair (o Messias) Aquele que há de reinar em Israel, e cuja geração é desde o princípio, desde os dias da eternidade" (Miquéias 5:2).O profeta Jeremias, que viveu cerca de 200 anos depois de Isaías denominava O Messias de "Senhor" (Jeremias 23:5; 33:16), subentendendo Aquele Senhor O Qual o enviou para pregar; já o discípulo de Jeremias, o Profeta Baruc, escreveu as seguintes palavras sobre o Messias, "Este é o nosso Deus e nenhum outro Lhe é comparável" (Baruc 3:36) "E depois disto estará presente na terra e estará entre os homens" (Baruc 3:38).Eis porque os mais sensíveis entre os judeus, tendo indicações precisas nas Sagradas Escrituras, podem, sem titubear, reconhecer, em Cristo, o Verdadeiro Filho de Deus. (a respeito vide o artigo "O Velho Testamento sobre o Messias"). Destaca-se que muito antes da vinda de Cristo, a piedosa Isabel saudou a Virgem Maria que estava aguardando o nascimento do Menino Deus com a seguinte saudação: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o Fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a Mãe do Meu Senhor?" (Lucas 1:42-43). É evidente que Isabel não poderia ter outro Senhor além daquele ao qual servira desde a infância. Conforme explicação do Apóstolo Lucas, Isabel disse isto por inspiração do Espírito Santo.Convencendo-se de modo inabalável da Divindade de Cristo, os apóstolos pregavam sua fé Nele entre todos os povos. O evangelista João inicia seu evangelho com a declaração da natureza Divina de Jesus Cristo:"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava em Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio em Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e nada do que foi feito, foi feito sem Ele. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.Houve um homem enviado por Deus, cujo nome era João. Este veio para testemunhar, para que desse testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio Dele. Ele não era a luz; mas era para dar testemunho da luz. Era a luz verdadeira, que ilumina todo o homem que vem a este mundo. Estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não O conheceu. Veio para o que era Seu, e os seus não O receberam. Mas, a todos os que O receberam, deu-lhes o poder de ser tornarem filhos de Deus; àqueles que crêem no Seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós; e nós vimos a Sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. João deu o testemunho dele e clamou dizendo: Este era Aquele de Quem eu disse: O Que há de vir depois de mim é mais do que eu, porque era antes de mim. E todos nós participamos da sua plenitude e recebemos graça sobre graça.

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Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. Ninguém jamais viu a Deus; O Filho Unigênito, que esta no seio do Pai, ele mesmo é que o deu a conhecer" (João 1:1-18).A denominação do Filho de Deus como Verbo, mais que outros títulos, revelam a relação recíproca entre a Primeira e a Segunda pessoa da Santíssima Trindade: Deus Pai e Deus Filho. Efetivamente, a idéia e a palavra se diferenciam entre si, uma vez que a idéia permanece e a palavra é a expressão da idéia. Na verdade, ambos são inseparáveis. Não pode haver idéia sem palavra, nem palavra sem idéia. A idéia é como a palavra oculta e a palavra é a expressão da idéia. A idéia personificada na palavra dá às pessoas o conteúdo da idéia. Neste sentido, a idéia, sendo a princípio independente, é como o pai da palavra e a palavra é como o filho da idéia. Antes que haja a idéia, a palavra é impossível existir, e a palavra não provém de parte alguma que não seja somente da idéia e com a idéia se torna inseparável. Da mesma maneira, o Pai, a mais grandiosa e suprema idéiaproduzio de Si o Filho-Verbo, Seu primeiro Intérprete e Mensageiro (segundo São Dionísio, de Alexandria).Os apóstolos falam com toda clareza, sobre a Divindade de Cristo: "Sabemos que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento para conhecer o Deus verdadeiro e estejamos no seu verdadeiro Filho. Vivemos unidos ao que é verdadeiro, quer dizer, ao Seu Filho Jesus Cristo. Ele é o Deus verdadeiro e a vida eterna" dos Israelitas nasceu Cristo segundo a carne... Deus bendito por todos os séculos" (Rom. 9:5)."Aguardando a esperança bem-aventurada e a vinda gloriosa do grande Deus e Salvador nosso Jesus Cristo" (Tito 2-13). "Se (os judeus) a tivessem conhecido (sabedoria de Deus), nunca teriam nunca teriam crucificado o Senhor da glória" (1 Cor. 2:8). "Porque Nele (em Jesus) habita corporalmente toda a plenitude da Divindade" (Col. 2:9). "É grnde o misterio da piedade - Deus se manifestou na carne."Sobre o Filho de Deus, Ele não é um ser, uma criatura, e sim Criador, pois é incomparavelmente superior que todas as coisas criadas por Ele, conforme o apóstolo Paulo demonstra, em detalhes, nos capítulos 1 e 2 de sua Epístola aos Hebreus. Os anjos são somente espíritos auxiliares.É indispensável recordar que a denominação de Nosso Senhor Jesus Cristo como Deus, por Si mesmo fala da plenitude de Sua Divindade. "Deus," desde o ponto de vista lógico e filosófico, não pode ser de categoria inferior, Deus limitado. As virtudes da Natureza Divina não devem ser submetidas à condições e diminuições. Se é "Deus," então O é completamente e não parcialmente.Somente graças à unidade de pessoas em Deus, podem-se reunir numa única oração os nomes do Filho e do Espírito Santo ao lado do nome do Pai. Por exemplo: "Ide (Seus discípulos) e ensinai a todas as nações, batizando em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo" (Mateus 28:19). "A graça do

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Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco" (2 Cor. 13:14). "Porque três são os que dão testemunho nos céus: o Pai, o Verbo e o Espírito Santo, e estes três são um"(1 João. 5:17). Aqui o apóstolo João diz que Estes três são Um: Um Só Ser.Obs: É necessário diferenciar os conceitos Pessoa e Essência. O conceito de pessoa significa indivíduo, "eu," consciência. As células vivas do nosso organismo morrem, são substituídas por outras novas; porém a consciência, em toda a nossa vida, relaciona-se com o nosso "eu." O conceito de Essência fala da natureza. Em Deus, há uma Essência e três Pessoas. Por exemplo: o Deus Pai e o Deus Filho podem conversar Um com o Outro, tomar uma decisão conjunta. Um fala e o Outro responde. Cada Pessoa da Santíssima Trindade tem Suas virtudes individuais, portanto cada Pessoa se diferencia de outra Pessoa. No entanto, todas as Pessoas da Trindade têm a mesma Natureza Divina.

O Filho tem as mesmas virtudes Divinas do Pai e do Espírito Santo. A doutrina da Trindade nos propicia a vida eterna e os mistérios em Deus, o que na realidade é algo que não está ao alcance de nosso entendimento, mas ao mesmo tempo é indispensável para a verdadeira fé em Cristo.Jesus Cristo é uma só pessoa, a pessoa do Filho de Deus, mas tem duas naturezas: a Natureza Divina e a natureza humana. Por sua essência Divina é igual ao Pai: eterno, todo poderoso, onipresente etc. Segundo a natureza humana adquirida por Ele, em tudo Se parece a nós. Êle cresceu, se desenvolveu, padeceu, alegrava-se, tinha duvidas etc. A natureza humana de Cristo incluía a alma e o corpo. A diferença consistiu que Sua natureza humana estava completamente livre da corrução do pecado . Sendo Cristo ao mesmo tempo Deus e homem, as sagradas Escrituras falam sobre Ele às vezes como Deus e às vezes como homem. E mais ainda, às vezes a Cristo, como Deus, atribuem predicados humanos (1 Cor. 2:8), e às vezes como a um homem, atribuem Virtudes Divinas, não havgendo, no entanto contradições, pois falava-se na mesma Pessoa.Lendo com atenção os ensinamentos das Sagradas Escrituras sobre a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, no Primeiro Concílio Ecumênico, para encerrar com as diversas interpretações da palavra "Filho de Deus" e a diminuição de sua Dignidade Divina, resolveram que os cristãos creêm:"Em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos, Luz de Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado e não criado; consubstancial ao Pai, por Quem foram feitas todas as coisas."Os arianos rechaçaram, com todo vigor, a palavra "consubstancial," porque seu significado não se pode interpretar em outro sentido que seja diferente do ortodoxo, isto é, que Jesus Cristo Se reconhece Deus verdadeiro, em tudo igual a Deus Pai. Por esta razão os bispos do Concílio insistiram que essa palavra estivesse no Credo (Símbolo de Fé).Resumindo o que foi colocado acima, temos que dizer que a fé na Divindade de Cristo não se pode fixar em nossos corações com versículos e fórmulas. Aqui,

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há de se ter fé pessoal, a iniciativa da força de vontade. Como há quase dois mil anos, assim será até o fim do mundo: para muitos Jesus será pedra no caminho e rocha que os sucumbirá, para que sejam revelados os pensamentos de muitos corações (1 Pedro 2:7; e Luc. 2:35). Foi a vontade de Deus que por meio da relação com Cristo, se descubra a vontade de cada pessoa. E o que "foi escondido dos sabios e estudiosos, foi revelado a cada criança."O objetivo deste artigo não é provar que Jesus é Deus. Isto não se pode provar, como muitas outras verdades da fé. O objetivo é ajudar ao cristão a entender a sua própria fé e contar com argumentos para defender suas crenças dos hereges.Então, Jesus Cristo é Deus ou homem? Ele é Deus-Homem. Nossa fé tem que fortalecer-se nesta crença.Go to the top

Missionary Leaflet # P10Copyright (c) 2000 and Published by

Holy Protection Russian Orthodox Church2049 Argyle Ave. Los Angeles, California 90068

Editor: Bishop Alexander (Mileant) (Jesus_p.doc, 01-29-2000) http://www.fatheralexander.org/booklets/portuguese/jesus_p.htm

Tenha a atitude mental de Cristo‘Tende entre vós a mesma atitude mental que Cristo Jesus teve.’ — ROM. 15:5.

1. Por que devemos procurar adotar a atitude mental de Cristo?

“VINDE a mim”, disse Jesus Cristo. “Aprendei de mim, pois sou de temperamento brando e humilde de coração, e achareis revigoramento para as vossas almas.” (Mat. 11:28, 29) Esse caloroso convite reflete bem a amorosa atitude mental de Jesus. Nenhum humano poderia ser um exemplo melhor para seguir. Embora fosse o poderoso Filho de Deus, ele demonstrou empatia e ternura, em especial para com os necessitados.

2. Que aspectos da atitude de Jesus consideraremos?

2 Neste e nos dois próximos artigos veremos como desenvolver e manter a mesma atitude mental de Jesus e refletir “a mente de Cristo” em nossa vida. (1 Cor. 2:16) Focalizaremos principalmente cinco aspectos: a brandura e

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humildade de Jesus, sua bondade, sua obediência a Deus, sua coragem e seu inabalável amor.

Aprenda da brandura de Jesus

3. (a) Cite uma lição de humildade que Jesus ensinou a seus discípulos. (b) Como Jesus reagia quando seus

discípulos revelavam fraquezas?

3 Jesus, o perfeito Filho de Deus, de bom grado veio à Terra para servir entre pessoas imperfeitas e pecadoras. Algumas destas mais tarde o matariam. Mas Jesus sempre manteve sua alegria e autodomínio. (1 Ped. 2:21-23) ‘Olhar atentamente’ para o exemplo de Jesus pode nos ajudar a fazer o mesmo quando as falhas e imperfeições de outros nos afetam. (Heb. 12:2) Jesus convidou seus discípulos a ‘entrar sob o seu jugo com ele’ e assim aprender dele. (Mat. 11:29, nota) O que poderiam aprender? Que Jesus era de temperamento brando e paciente com seus discípulos, apesar das falhas deles. Na noite anterior à sua morte, Jesus lavou os pés deles, ensinando-lhes uma lição de ‘humildade de coração’ que eles jamais esqueceriam. (Leia João 13:14-17.) Mais tarde, quando Pedro, Tiago e João deixaram de ‘se manter vigilantes’, Jesus foi compreensivo e reconheceu a fraqueza deles. “Simão, estás dormindo?”, perguntou ele. “Homens, mantende-vos vigilantes e orai, a fim de que não entreis em tentação. O espírito, naturalmente, está ansioso, mas a carne é fraca.” — Mar. 14:32-38.

4, 5. Como o exemplo de Jesus pode nos ajudar a lidar com as falhas de outros?

4 Como nós reagimos se um irmão na fé demonstra ter um espírito competitivo, ofende-se com facilidade ou demora em aplicar os conselhos dos anciãos ou do “escravo fiel e discreto”? (Mat. 24:45-47) Talvez aceitemos com facilidade que as pessoas no mundo de Satanás demonstrem características carnais. Mas pode ser que achemos difícil perdoar as imperfeições de nossos irmãos. Se as falhas de outros facilmente nos aborrecem, temos de nos perguntar: ‘Como posso refletir melhor “a mente de Cristo”?’ Procure lembrar-se de que Jesus não ficava aborrecido com seus discípulos, mesmo quando eles mostravam certa medida de fraqueza espiritual.

5 Considere o caso do apóstolo Pedro. Quando Jesus lhe disse para sair do barco e andar por cima das águas, Pedro realmente conseguiu fazer isso por um tempo. Mas daí Pedro olhou para a ventania e começou a afundar. Será que Jesus ficou irado e disse: “Bem feito! Que isso lhe sirva de lição”? Não! “Estendendo imediatamente a mão, Jesus agarrou-o e disse-lhe: ‘Ó tu, de pouca fé, por que cedeste à dúvida?’” (Mat. 14:28-31) Se um dia tivermos de

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lidar com a aparente falta de fé de um irmão, poderíamos simbolicamente estender a mão e ajudá-lo a ter mais fé? Sem dúvida, podemos aprender do modo brando de Jesus agir com Pedro.

6. O que Jesus ensinou a seus apóstolos sobre buscar destaque?

6 Pedro também costumava se envolver na freqüente discussão dos apóstolos sobre qual deles era o maior. Tiago e João desejavam sentar-se um à direita e outro à esquerda de Jesus no seu Reino. Quando Pedro e os outros apóstolos ouviram isso, ficaram indignados. Jesus sabia que eles haviam desenvolvido essa atitude provavelmente por causa da influência da sociedade em que foram criados. Chamando-os a si, ele disse: “Sabeis que os governantes das nações dominam sobre elas e que os grandes homens exercem autoridade sobre elas. Não é assim entre vós; mas, quem quiser tornar-se grande entre vós tem de ser o vosso ministro, e quem quiser ser o primeiro entre vós tem de ser o vosso escravo.” Daí, Jesus mencionou seu próprio exemplo: “Assim como o Filho do homem não veio para que se lhe ministrasse, mas para ministrar e dar a sua alma como resgate em troca de muitos.” — Mat. 20:20-28.

7. Como cada um de nós pode contribuir para a união na congregação?

7 Refletir sobre a humilde atitude mental de Jesus pode nos ajudar a ‘comportar-nos como menores’ entre nossos irmãos. (Luc. 9:46-48) Fazer isso contribui para a união. Jeová, como pai de uma grande família, deseja que seus filhos ‘morem juntos em união’, ou seja, que se dêem bem. (Sal. 133:1) Jesus orou a seu Pai pedindo que os cristãos verdadeiros fossem unidos, para que, como disse ele, “o mundo tenha conhecimento de que tu me enviaste e que os amaste assim como amaste a mim”. (João 17:23) Assim, a nossa união ajuda a nos identificar como seguidores de Cristo. Para ter essa união, temos de ter o mesmo conceito de Cristo quanto às imperfeições de outros. Jesus era perdoador e ensinou que apenas por sermos perdoadores é que podemos receber perdão. — LeiaMateus 6:14, 15.

8. O que podemos aprender do exemplo daqueles que já servem a Deus há um bom tempo?

8 Também podemos aprender muito por imitar a fé daqueles que já por muitos anos imitam a Cristo. Assim como Jesus, em geral esses irmãos mostram que compreendem as imperfeições de outros. Eles aprenderam que mostrar compaixão semelhante à de Cristo não só nos ajuda a “suportar as fraquezas dos que não são fortes”, mas também contribui para a união. Além do mais, isso incentiva toda a congregação a refletir a atitude mental de Cristo. Eles desejam a seus irmãos o mesmo que o apóstolo Paulo desejava aos cristãos em Roma: “O Deus que provê perseverança e consolo vos

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conceda terdes entre vós próprios a mesma atitude mental que Cristo Jesus teve, para que, de comum acordo, com uma só boca, glorifiqueis o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.” (Rom. 15:1, 5, 6 ) De fato, a nossa adoração unida dá louvor a Jeová.

9. Por que precisamos de espírito santo para imitar o exemplo de Jesus?

9 Jesus relacionou ser “humilde de coração” com a brandura, que faz parte do fruto do espírito santo de Deus. Assim, além de estudar o exemplo de Jesus, precisamos do espírito santo de Jeová para poder imitar corretamente o exemplo de seu Filho. Devemos orar pedindo espírito santo a Deus e nos esforçar em cultivar o seu fruto — “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, brandura, autodomínio”. (Gál. 5:22, 23) Por seguirmos o modelo de humildade e brandura de Jesus, agradaremos ao nosso Pai celestial, Jeová.

Jesus tratou outros com bondade

10. De que modo Jesus manifestou bondade?

10 A bondade também faz parte do fruto do espírito santo. Jesus sempre tratou outros com bondade. Todos os que buscavam a Jesus com sinceridade descobriam que ele ‘os recebia benevolamente’. (Leia Lucas 9:11.) O que podemos aprender da bondade que Jesus demonstrou? A pessoa bondosa é amistosa, terna, compassiva e amável. Jesus era assim. Ele sentia pena das pessoas “porque andavam esfoladas e empurradas dum lado para outro como ovelhas sem pastor”. — Mat. 9:35, 36.

11, 12. (a) Dê um exemplo da compaixão de Jesus em ação. (b) O que você pode aprender desse exemplo?

11 Além disso, a compaixão de Jesus o motivava a agir. Veja um exemplo. Por 12 longos anos, certa mulher sofreu de um fluxo anormal de sangue. Ela sabia que, de acordo com a Lei mosaica, sua condição tornava tanto ela como quem a tocasse cerimonialmente impuros. (Lev. 15:25-27) Ainda assim, a reputação e a atitude de Jesus devem tê-la convencido de que ele poderia e iria curá-la. Ela dizia: “Se eu apenas tocar na sua roupagem exterior, ficarei boa.” Reunindo coragem, ela fez isso e imediatamente sentiu que havia sido curada.

12 Jesus percebeu que alguém o havia tocado, e olhou em volta para ver quem era. A mulher, provavelmente temendo uma repreensão por ter violado a Lei, caiu trêmula aos seus pés e contou toda a verdade. Será que Jesus repreendeu essa pobre mulher sofredora? Longe disso! “Filha”, disse ele consoladoramente, “a tua fé te fez ficar boa. Vai em paz”. (Mar. 5:25-34) Ela

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deve ter se sentido muito aliviada ao ouvir essas palavras!

13. (a) Como a atitude de Jesus era diferente da atitude dos fariseus? (b) Como Jesus tratava as crianças?

13 Diferentemente dos insensíveis fariseus, Cristo jamais usou sua autoridade para sobrecarregar outros. (Mat. 23:4) Ao contrário, de modo bondoso e paciente ele ensinou os caminhos de Jeová. Jesus era um verdadeiro amigo para seus seguidores; ele era gentil com eles, sempre demonstrando amor e bondade. (Pro. 17:17; João 15:11-15 ) Até as crianças se sentiam à vontade com Jesus, e ele obviamente se sentia à vontade com elas. Nunca estava tão ocupado que não pudesse dedicar tempo aos pequeninos. Em certa ocasião, seus discípulos, ainda se julgando muito importantes, como os líderes religiosos daquela época, tentaram impedir as pessoas de levar seus filhos a Jesus para que ele os tocasse. Jesus não gostou da atitude de seus discípulos. Ele lhes disse: “Deixai vir a mim as criancinhas; não tenteis impedi-las, pois o reino de Deus pertence a tais.” Daí, usando as crianças para ensinar uma importante lição, ele disse: “Deveras, eu vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criancinha, de modo algum entrará nele.” — Mar. 10:13-15.

14. Que benefícios as crianças derivam de uma atenção genuína?

14 Pense por um instante em como algumas dessas crianças devem ter se sentido quando, anos mais tarde, já adultas, se lembraram de que Jesus Cristo ‘as havia tomado nos seus braços e as abençoado’. (Mar. 10:16) As crianças de hoje também se recordarão com carinho dos anciãos e de outros que lhes mostrarem interesse puro e genuíno. Mais importante, crianças que desde cedo sentem que a congregação se importa com elas aprendem que o espírito de Jeová está sobre o seu povo.

Mostre bondade num mundo sem bondade

15. Por que não deve nos surpreender a falta de bondade hoje em dia?

15 Muitos hoje acham que não têm tempo para ser bondosos. Assim, diariamente, na escola, no trabalho, ao viajar e no ministério, o povo de Jeová se confronta com o espírito do mundo. A falta de bondade pode nos desapontar, mas não deve nos surpreender. Jeová inspirou Paulo a nos alertar de que a vida nestes “últimos dias” críticos colocaria os cristãos verdadeiros em contato com pessoas ‘amantes de si mesmas, sem afeição natural’. — 2 Tim. 3:1-3.

16. Como podemos promover a bondade cristã na congregação?

16 Por outro lado, é animador ver o contraste que há entre o ambiente da

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verdadeira congregação cristã e o deste mundo sem bondade. Por imitar a Jesus, cada um de nós pode contribuir para esse ambiente sadio. Como podemos fazer isso? Para começar, muitos na congregação precisam de nossa ajuda e encorajamento porque enfrentam problemas de saúde ou outras circunstâncias adversas. Nestes “últimos dias”, esses problemas parecem aumentar, mas de modo algum são novidade. Nos tempos bíblicos, cristãos enfrentavam problemas similares. Assim, ações prestativas são tão importantes hoje como eram para os cristãos que viviam naquele tempo. Paulo, por exemplo, incentivou os cristãos a ‘falar consoladoramente às almas deprimidas, a amparar os fracos, a ser longânimes para com todos’. (1 Tes. 5:14) Isso envolve colocar a bondade cristã em prática.

17, 18. Quais são algumas das maneiras de imitar a bondade de Jesus?

17 É dever dos cristãos ‘receber os irmãos benevolamente’ e tratá-los assim como Jesus os trataria, mostrando preocupação sincera tanto pelos que já conhecem há muitos anos como pelos que acabaram de conhecer. (3 João 5-8) Assim como Jesus tomava a iniciativa em mostrar compaixão, nós também devemos fazer o mesmo, sempre encorajando outros. — Isa. 32:2; Mat. 11:28-30.

18 Cada um de nós pode mostrar bondade por se interessar ativamente no bem-estar de outros. Procure meios e crie oportunidades para fazer isso. Tome a iniciativa! “Em amor fraternal, tende terna afeição uns para com os outros”, exortou Paulo, acrescentando: “Tomai a dianteira em dar honra uns aos outros.” (Rom. 12:10) Isso significa seguir o exemplo de Cristo, tratando outros com ternura e bondade, aprendendo a mostrar “amor livre de hipocrisia”. (2 Cor. 6:6) Paulo descreveu tal amor cristão da seguinte maneira: “O amor é longânime e benigno. O amor não é ciumento, não se gaba, não se enfuna.” (1 Cor. 13:4) Em vez de guardar ressentimento contra nossos irmãos, acatemos o conselho: “Tornai-vos benignos uns para com os outros, ternamente compassivos, perdoando-vos liberalmente uns aos outros, assim como também Deus vos perdoou liberalmente por Cristo.” — Efé. 4:32.

19. Que bons resultados a bondade cristã produz?

19 O nosso empenho em cultivar e mostrar bondade cristã em todos os momentos e situações nos traz ricas recompensas. O espírito de Jeová poderá operar livremente na congregação, produzindo o bom fruto do espírito. Além disso, se seguirmos o padrão estabelecido por Jesus e ajudarmos outros a fazer o mesmo, nossa felicidade e adoração unida darão glória a Deus. Por isso, empenhemo-nos sempre em refletir a brandura e a bondade de Jesus em nossos relacionamentos com outros.

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Sabe explicar?

• Como Jesus mostrou que era “de temperamento brando e humilde de coração”?

• Como Jesus mostrou bondade?

• Quais são algumas das maneiras de mostrar brandura e bondade cristãs neste mundo imperfeito?

[Foto na página 8]

Quando a fé de um irmão vacilar, como aconteceu com Pedro, estenderemos uma mão prestativa?

[Foto na página 10]

O que você pode fazer para que a congregação seja um refúgio de bondade?

http://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/2009681

Jesus exemplifica a Fé e a Humildade na Última CeiaO capítulo 25 do livro “Boa Nova” fala sobre a Última Ceia, um dos momentos mais

importantes do Mestre com os discípulos. Avisando sobre tudo o que lhe aconteceria e por

quê.

Eis o que diz Jesus: “Humilhado e ferido, terei que ensinar em Jerusalém a necessidade do

sacrifício próprio, para que não triunfe apenas uma espécie de vitória, tão passageira quanto

as edificações do egoísmo ou do orgulho humanos.”

Leia o estudo completo do livro “Boa Nova”, capítulo a capítulo

1 E qual a principal lição da Última Ceia?

a) O sacrifício próprio para obter a verdadeira vitória;

b) Deixar de lado todos os interesses pessoais, em benefício do próximo, inclusive a

própria vida;

c) Muito embora o sacrifício da vida seja muito raro, ainda pudemos ver Ghandi, Luther

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King e outros, que tiveram suas vidas exigidas para se saírem vitoriosos;

d) Só a Caridade e a Humildade podem nos dar tal poder.

2 Após explicar a transitoriedade das vitórias humanas, obtidas pela violência,

diz o Mestre: “(…) vim de meu Pai para ensinar como triunfam os que tombam no

mundo, cumprindo um sagrado dever de amor, como mensageiros de um mundo

melhor, onde reinam o bem e a verdade.”

a) Vamos levar em consideração que Jesus também estava dando o exemplo para os que

o seguiriam de perto, no sacrifício pela sua causa;

b) Se hoje não há mais a necessidade do sacrifício da vida, não parece que está sendo

mais fácil vencer nossos defeitos;

c) Todo o desequilíbrio que causamos em nosso planeta mostra, de maneira forte, o

quanto ainda somos orgulhosos e egoístas;

d) Felizmente, porém, esta situação não demandará muito tempo para se modificar, pois já

entramos no Ciclo de Regeneração;

e) E para seu próprio bem, os que não quiserem se modificar serão exilados do planeta

Terra.

3 Seguindo com suas explicações, inclusive da traição que sofreria, Jesus é

interrompido por Tiago, que pergunta: “Mas, afinal, onde está Deus que não

conjura semelhante perigo?”

a) Tiago mostra o quanto os discípulos ainda não entendiam Jesus;

b) Chamando a atenção de Tiago sobre a inconveniência de tal pergunta, explica o Mestre

Divino: “Uma das maiores virtudes do discípulo do Evangelho é o de estar sempre pronto ao

chamado da providência divina. Não importa onde ou como seja o testemunho de nossa fé”;

c) Jesus sempre ensinou que a vontade do Pai é sempre sábia e a melhor;

d) E mesmo que ainda não possamos entendê-la, devemos aceitá-la, pois será o melhor

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para nós;

e) O Mestre não só pregou isso, mas exemplificou, entregando a própria vida no Calvário;

f) Pois se ele, que era puro e livre de qualquer resgate, não titubeou em seguir a vontade

de Deus, o que dizer de nós?

g) Essa é uma atitude que supera a própria fé: uma atitude de confiança em Deus, que nos

dá a certeza do que estamos fazendo, mesmo sem entender direito por quê;

h) Jesus explica também aos discípulos que seu exemplo seria importante para a

posteridade;

i) Com isso ele também ensinou que o trabalho de evolução é nosso.

4 E o significado do pão e do vinho na Última Ceia?

a) Diferente do que ensina até hoje a Igreja, Jesus diz a esse respeito:

“Este pão significa o banquete do Evangelho; este vinho é o sinal do espírito renovador dos

meus ensinamentos. Constituirão o símbolo de nossa comunhão perene, no sagrado

idealismo do amor, com que operaremos no mundo até o último dia. Todos os que

partilharem conosco, através do tempo, deste pão eterno e desse vinho sagrado da alma,

terão o espírito fecundado pela luz gloriosa do Reino de Deus, que representa o objetivo

santo de nossos destinos.”

b) Eis o banquete que o Evangelho nos proporciona;

c) Jesus também mostra a necessidade de o Evangelho ser reconhecido como doutrina

universal de paz, equilíbrio, fraternidade e amor;

d) Mas apesar de tudo, os discípulos ficaram discutindo para ver quem seria o maior nesse

Reino dos Céus, demonstrando o quão pouco entendiam Jesus.

5 E este é um dos momentos mais importantes do Evangelho. É quando Jesus

se veste como um humilde escravo e lava os pés dos apóstolos: “Vós me chamais

Mestre e dizeis bem, porque eu o sou. Se eu Mestre, vos lavo os pés, deveis

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igualmente lavar os pés uns dos outros no caminho da vida, porque no Reino do

Bem e da Verdade o maior será sempre aquele que se faz sinceramente o menor

de todos.”

a) Eis um ensino sobre Humildade que venceu os séculos;

b) Perfeito em todos os sentidos, como só poderia ser, vindo de Jesus;

c) Quando todos nos sentirmos o menor de todos, ninguém se sentirá maior que ninguém;

d) E o respeito será tão absoluto entre nós, que nem de direitos precisaremos ―todos

pensarão tanto em seus próprios deveres, que isso garantirá, automaticamente, os direitos

de todos.

http://blogdosespiritos.com.br/2013/09/16/jesus-exemplifica-a-fe-e-a-humildade-na-ultima-ceia/

Você é um Verdadeiro Discípulo de Jesus?A palavra "discípulo" aparece centenas de vezes no Novo Testamento, onde é usada para descrever os seguidores de Jesus com muito mais freqüência do que "cristão" ou "crente". Um discípulo é uma "pessoa que segue os ensinamentos de um mestre" (Dicionário da Bíblia Almeida). Visto que o mestre dos cristãos é o próprio Jesus, o verdadeiro discípulo aprende e segue a vontade do Filho de Deus. Mas, será que todos que se dizem cristãos são verdadeiros discípulos do Senhor? Ao invés de olhar para outros e criticar hipócritas, vamos examinar as nossas próprias atitudes e ações para ver se nós realmente somos discípulos de Jesus.Como Jesus Define o DiscípuloTrês dos relatos do evangelho incluem as palavras desafiadoras do Cristo: "Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me" (Lucas 9:23; veja Mateus 16:24; Marcos 8:34). Encontramos aqui três elementos essenciais do verdadeiro discipulado, que apresentam desafios enormes: Negar a si mesmo. Enquanto o mundo e muitas religiões começam com o egoísmo do homem, Jesus exige a auto-negação. As igrejas dos homens convidam as pessoas a realizar seus sonhos de riqueza, felicidade sentimental e posições de honra, mas a mensagem do Senhor é outra. Ele pede que a pessoa negue os seus próprios desejos para fazer a vontade dele. Tomar a sua própria cruz. Jesus veio para oferecer a vida, mas o caminho para a vida passa pelo vale da morte. Não somente a morte do Cristo, mas a nossa também. Paulo disse: "Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim" (Gálatas 2:19-20). Seguir a Jesus. Várias religiões e filosofias exigem sacrifício e auto-negação. Algumas ensinam "preceitos e doutrinas dos homens" e "rigor ascético" que proíbem coisas que Jesus não proíbe (Colossenses 2:20-23). O benefício não vem de auto-negação em si, ou

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simplesmente de tomar qualquer cruz. Jesus Cristo é o único caminho que leva à vida eterna (Atos 4:12).Neste estudo, vamos considerar algumas aplicações práticas destes princípios.Seguir a Jesus, Não aos Homens: LealdadeA relação de discípulo e mestre tem sido explorada por homens em muitos movimentos religiosos. O raciocínio é relativamente simples. Tirando alguns versículos do contexto e torcendo um pouquinho o sentido de outros, é fácil ensinar aos adeptos a necessidade de submissão quase absoluta aos homens. Considere esta abordagem: "O discípulo não está acima do seu mestre.... Basta ao discípulo ser como o seu mestre...." (Mateus 10:24-25). Alguns homens na igreja são chamados "mestres" (Atos 13:1; Efésios 4:11; Hebreus 5:12; Tiago 3:1). João teve discípulos (João 1:35). Devemos obedecer aos nossos guias (ou líderes, NVI) e ser submissos a eles (Hebreus 13:17). Utilizando tais versículos, torna-se fácil obrigar os mais novos na fé a seguir quase que cegamente a liderança de homens supostamente espirituais. Vários movimentos religiosos se baseiam em sistemas de discipulado nos quais cada "discípulo" é guiado por um "mestre" ou "discipulador", num apirâmide ou hierarquia de autoridade humana.Há vários problemas com este tipo de discipulado: Investe autoridade excessiva em homens. A palavra traduzida "mestre" quer dizer, na maioria das vezes, "professor". A ênfase está no ensinamento da palavra, não na autoridade de uma pessoa sobre outras. Quando se trata de uma relação que envolve autoridade, as palavras de Jesus são claras e estabelecem a regra que precisamos aplicar hoje: "Vós, porém, não sereis chamados mestres [rabis, NVI], porque um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos" (Mateus 23:8). Esquece as qualificações dadas por Deus para os líderes. Num sentido limitado, Deus deu responsabilidade de liderança a alguns homens na igreja. No primeiro século, os apóstolos guiavam as igrejas por instrução inspirada e pelo exemplo de imitação de Jesus (1 Coríntios 11:1). Eles iniciaram a prática de escolher presbíteros (também chamados "bispos" e "pastores"-veja Atos 20:17,28; 1 Pedro 5:1-3; Efésios 4:11) em cada igreja (Atos 14:23; Tito 1:5). Poucos homens demonstram as qualificações exigidas por Deus para exercer a função de presbítero ou pastor (veja 1 Timóteo 3:1-7; Tito 1:5-9). Estes homens têm a responsabilidade de cuidar e presidir ou liderar a igreja (1 Timóteo 3:5; 5:17). São os guias que velam pelas almas das ovelhas (Hebreus 13:17). Ignora as limitações na liderança dos pastores. Mesmo nas igrejas que têm bispos qualificados, estes são limitados na maneira de guiar ou liderar a igreja. Não têm autoridade absoluta, arbitrária ou despótica. Eles não ditam regras; pelo contrário, mostram um exemplo de como seguir as regras do Supremo Pastor (1 Pedro 5:1-4). Confunde o papel de evangelistas. Evangelistas são homens que pregam a boa nova (o evangelho). A autoridade deles é limitada ao trabalho de ensinar, corrigir e exortar pela palavra. As cartas de Paulo aos evangelistas Timóteo e Tito apresentam um modelo de homens que vivem vidas exemplares e pregam fielmente a palavra pura de Jesus (1 Timóteo 4:12-16; 2 Timóteo 4:1-5). Nada sugere uma posição de superioridade sobre os irmãos.Homens que querem "melhorar" o plano de Deus e dominar sobre outros

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procurarão apoio nas Escrituras, pervertendo o sentido da palavra do Senhor. Todos os cristãos devem lembrar que temos um só Mestre, e que todos nós somos irmãos (Mateus 23:8).Assumir Compromisso com Jesus: ConversãoSer discípulo de Jesus exige um compromisso sério com ele. Em Mateus 28:18-20, Jesus destaca dois aspectos deste compromisso: Batismo para entrar em comunhão com Deus (veja também Atos 22:16; Gálatas 3:27; Romanos 6:3-7). Obediência absoluta aos ensinamentos de Jesus. Muitas pessoas se dizem seguidores de Jesus sem dar os primeiros passos de obediência à palavra dele. Para sermos discípulos verdadeiros, temos de apresentar os nossos corpos como sacrifícios a ele, sendo transformados e renovados pela palavra do Senhor (Romanos 12:1-2).Imitar o Caráter do Cristo: ProcederUma vez que reconhecemos Jesus como o nosso Mestre, devemos aprender das palavras e do exemplo dele. Um dos propósitos da vinda dele à terra é apresentado em 1 Pedro 2:21-22-"...Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual não cometeu pecado...."Como discípulos do perfeito Mestre, devemos nos esforçar para desenvolver o caráter dele, tornando-nos "co-participantes da natureza divina" (2 Pedro 1:4). Assim procuraremos pensar como Jesus pensa, e agir como ele agiria. Que desafio!Respeitar a Autoridade do Mestre: ObediênciaO entendimento da relação do discípulo com o Mestre naturalmente criará em nós um respeito profundo pela vontade do Senhor. Enquanto outros defendem muitas práticas erradas, dizendo que Deus não as proibiu, o discípulo fiel examina com mais cuidado e percebe que a Bíblia não é um livro de proibição e, sim, de permissão. Ao invés de tentar justificar a sua própria vontade, o seguidor de Jesus se limita às coisas que Deus permite, as coisas autorizadas nas Escrituras. Ele percebe, pelo estudo da palavra, que não devemos ultrapassar o que Deus revelou, pois tal abordagem aumenta a arrogância ao invés de demonstrar a humildade de servos do Senhor (1 Coríntios 4:6). Pessoas egoístas seguirão a sua própria sabedoria e dirão que têm liberdade para tratar a Bíblia como uma mensagem "dinâmica" que se adapta à circunstância atual (Provérbios 14:12; Jeremias 10:23; 1 Samuel 13:12). Mas as pessoas espirituais mostrarão respeito maior para com Deus, sabendo que ele é perfeito e perfeitamente capaz de revelar sua vontade aos homens "uma vez para sempre" (Judas 3) para os habilitar "para toda boa obra" (2 Timóteo 3:16-17). O servo fiel entende que o Mestre Jesus recebeu autoridade para mudar a lei, fazendo o que não fora autorizado anteriormente (Hebreus 7:11-14). Mas o discípulo humilde jamais ousaria mudar a lei ou ultrapassar o ensinamento de Jesus (2 João 9).Buscar a Unidade que Jesus Pede: CooperaçãoJesus quer a unidade dos seus discípulos (João 17:20-23). Esta cooperação não vem por estruturas e regras humanas, e sim por amor a Deus. Homens podem forçar uma conformidade superficial por regras e sistemas de organização e

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controle. Deus trabalha de outra forma. Ele confia na sua própria palavra para criar a unidade que ele quer (1 Coríntios 1:10). Se cada discípulo continua se aproximando do Senhor, naturalmente estará se unindo cada vez mais aos outros discípulos verdadeiros. Cristãos se reunindo em congregações locais edificam e encorajam um ao outro (Efésios 4:16; Hebreus 10:23-25). Divisão vem quando pessoas seguem diversas revelações (Isaías 19:2-3), ou seguem líderes humanos e não o próprio Senhor (1 Coríntios 1:11-13). Cristo morreu por nós. Somos batizados em Cristo. Ele é o nosso Mestre e o foco das nossas vidas!Produzir Fruto: Perseverança e CrescimentoO discípulo de Jesus produz fruto (João 15:8). Pelo fato que aceita a palavra de bom e reto coração, e desenvolve a sua fé com perseverança, ele se torna frutífero (Lucas 8:15). O discípulo produz fruto pelas boas obras que faz (Tito 3:14; Efésios 2:10). Produzimos fruto quando obedecemos ao nosso Senhor (Lucas 6:46), progredindo com perseverança (Hebreus 12:1).Sejamos Discípulos de Jesus!Reconhecendo o amor de Jesus para conosco, livremo-nos dos sistemas de domínio inventados por homens que querem liderar seus próprios discípulos. Porém, esta liberdade não nos deixa sem responsabilidade de servir. O verdadeiro discípulo de Jesus fará sempre a vontade do Bom Mestre!-por Dennis Allan D113Leia mais sobre este assunto:Vão e Façam Discípulos de Todas as NaçõesProcuram-se: Discípulos VerdadeirosQuem pode ser um discípulo?A Essência Do Discipulado Verdadeira ConversãoCalculando o custoOs objetivos da evangelizaçãoAprendendo o que é o primeiro, o mais alto e o maior

Procuram-se: Discípulos Verdadeiros"Seguir-te-ei para onde quer que fores." Essas foram as palavras de alguém que veio a Jesus e garantiu ser seu discípulo (Lucas 9:57). Antes de aceitar sua oferta, Jesus informou-o de que o custo do discipulado seria alto. Ele observou que as raposas e as aves têm lares, mas o Filho do Homem não tinha nem lugar para repousar sua cabeça! Aqueles que queriam ser discípulos de Jesus partilhariam suas privações (Lucas 9:58).Nem todos têm o adequado empenho para serem discípulos de Jesus, para pagar o alto preço do discipulado. Na mesma ocasião, Jesus desafiou outro a segui-lo. O homem pediu permissão para enterrar seu pai, mais provavelmente um pedido para protelar a saída de sua família. A resposta de Jesus, "Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos" (Lucas 9:59-60), pode parecer insensibilidade, mas seu ponto era que o discipulado precisa ocupar o primeiro lugar em nossos corações. Jesus não estava proibindo o cuidado legítimo com a família (veja Efésios 5:22-25; 6:1-4), mas salientando que nenhuma outra

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responsabilidade pode impedir o discipulado.Ainda um outro garantiu ser um discípulo, mas desejava permissão para dizer adeus a sua família, primeiro. Conquanto não fosse um desejo de protelar do mesmo modo, sua atitude evidentemente era muito semelhante à do homem que pediu permissão para sepultar seu pai. Jesus respondeu à sua atitude antes que ao seu pedido real. "Ninguém que, tendo posto a mão ao arado, olha para trás é apto para o reino de Deus" (Lucas 9:61-62). Uma vez que temos começado a servir Jesus, para segui-lo a onde ele nos leva, não há retorno. Precisa-mos voltar nossas costas ao mundo e fixar nossos olhos em Jesus (veja Hebreus 12:1-2). Os hesitantes, os descomprometidos, os vacilantes não podem ser discípulos de Jesus. Não são dignos de ser súditos no reino de Deus.Não adequados ao reino de Deus. Estas são palavras sóbrias, mas nos informam claramente que Jesus não está apenas procurando quem quer que decida, numa veneta, ser batizado. Ele não está procu-rando os talentosos, os influentes ou os ricos. Ele está buscando indivíduos absolutamente comprometidos a servi-lo. Somos nós adequados para sermos discípulos de Jesus?-por Allen Dvorak

A HumildadeUzias tinha somente 16 anos quando seu pai foi assassinado e ele subitamente se tornou rei de Judá, no oitavo século antes de Cristo. A história de seu reinado, que é registrada em 2 Crônicas 26, ensina uma lição poderosa sobre a importância da humildade. Uzias começou bem. Ele respeitava o Senhor e sua palavra, e Deus o abençoou abundantemente. O reino se expandiu e o rei fiel conseguiu dominar seus inimigos de todos os lados. Sua reputação se espalhou a outros países. Uzias se fortaleceu.Então, tudo mudou. "Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração para a sua própria ruína, e cometeu transgressões contra o Senhor, seu Deus, porque entrou no templo do Senhor para queimar incenso no altar do incenso" (2 Crônicas 26:16). Uzias era um homem especialmente escolhido por Deus para conduzir seu povo. Durante muitos anos, Uzias serviu o Senhor fielmente. Porém não estava autorizado a entrar no templo para queimar incenso. Esse papel estava reservado para outros homens escolhidos por Deus, os sacerdotes, que serviam no templo. Uzias, não estando mais contente com o desempenho do papel que Deus lhe havia dado, tentou assumir uma função extra e foi fortemente repreendido por seu erro.O sacerdote Azarias e 80 outros sacerdotes seguiram Uzias até o templo e desafiaram seu ato presunçoso. Uzias enraiveceu-se e Deus respondeu imediatamente ao seu erro. O rei ficou leproso ali mesmo no templo diante dos olhos dos sacerdotes. Eles imediatamente o atiraram fora do templo, e Uzias correu da casa de Deus, percebendo que o Senhor tinha punido sua arrogância. Seu filho assumiu os negócios do Estado e deixou o leproso Uzias isolado em sua casa pelo resto de sua vida. A vida abençoada de um grande homem foi arruinada por um ato de desobediência. Uzias, como o primeiro rei de Israel (veja Samuel 15:17-23), foi derrubado por seu próprio orgulho.Humildade:

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Fundamental para nossa comunhão com DeusQuando Jesus pregou o sermão que define o caráter do verdadeiro discípulo, suas palavras iniciais foram diretas ao coração: "Bem aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus" (Mateus 5:3). Ele continuou a pregar durante mais três capítulos, mas muitos ouvintes não o ouviram porque nunca passaram da linha de partida. Mesmo hoje, a maior parte da mensagem do evangelho cai em ouvidos surdos de homens e mulheres arrogantes que não querem mesmo reconhecer a posição de Jesus como Senhor.Mas Jesus não reduziu os padrões. Ele não abriu uma porta extra para entrarem os arrogantes ou os "quase" humildes. Ele manteve intacto o seu requisito fundamental porque ele reflete a exigência eterna de Deus. Deus nunca aceitou o homem cheio de orgulho que pensava fazer as coisas a seu próprio modo. Ao contrário de toda a sabedoria dos homens carnais, tendentes a adquirir poder e posição, Deus aceita exclusivamente os humildes. Uma geração depois de Uzias, o profeta Miquéias pegou perfeitamente a idéia quando ele citou as palavras de Deus: "Ele te declarou, ó homem, o que é bom e o que é que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus" (Miquéias 6:8). As Escrituras deixam perfeitamente claro que não há outra maneira de caminhar com Deus. Ou andamos humildemente com nosso Deus, ou não andamos de modo nenhum com ele!Jesus andou no meio de homens carnais e enfrentou tremendo desafio. Como poderia ele capturar seus corações para moldá -los como os servos humildes que o Pai quer? Não foi uma tarefa fácil. Ele falava freqüentemente de humildade, e mostrava em sua vida de serviço o que significa elevar os outros acima de nós mesmos. Quem poderia exemplificar melhor a humildade voluntária do que o próprio Deus, que deixou sua habitação celestial para servir e mesmo morrer pelos homens pecadores? (Esta é a essência do apelo irresistível de Paulo em Filipenses 2:3-8).Dois exemplos mostram claramente como Jesus ressaltava a humildade para seus apóstolos. O primeiro está em Mateus 18:1-4. Os apóstolos freqüentemente disputavam entre si sobre a grandeza. Dois deles uma vez foram tão ousados a ponto de pedir que fossem colocados acima de seus colegas no reino. Jesus respondeu à atitude deles chamando uma criança. Enquanto estes homens crescidos olhavam, Jesus começou a pregar um sermão memorável: "Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus" (Mateus 18:3-4).O segundo exemplo, ainda mais tocante, é registrado em João 13:1-17. Quando se preparavam para partilhar a refeição da Páscoa, Jesus aproveitou o momento para ensinar uma lição necessária. Os apóstolos jamais esqueceriam esta noite, e Jesus não perdeu a oportunidade para ensinar. Ele tomou uma toalha e água e foi, de discípulo em discípulo, lavando seus pés. Isto era, por costume, serviço dos servos mais humildes, mas aqui o Criador do universo estava se humilhando

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diante de simples galileus. Quando terminou, ele voltou-se para os apóstolos e perguntou? "Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou. Ora, se sabeis estas cousas, bem-aventurados sois se as praticardes" (João 13:12-17).Não é de se admirar que outros homens inspirados falassem da importância da humildade. Tiago disse: "Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós... Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará" (Tiago 4:6-10).Como a arrogância impede a salvaçãoPodemos tirar algumas conclusões claras e importantes do ensinamento da Bíblia, mostrando o porquê a falta de humildade impede a salvação. Considere como o orgulho é absolutamente oposto às qualidades e comportamentos que Deus quer que demonstremos.Sem humildade, não serviremos outros como deveríamos, porque aqueles que são arrogantes e egoístas querem ser servidos, e não servir.Sem humildade, não seremos seguidores. Os orgulhosos querem ser chefes e cobiçam a posição e a influência de outros. Este foi o problema que Arão e Miriã tiveram em Números 12, e o mesmo pecado que custou as vidas de quase 15.000 pessoas, em Números 16.Sem humildade não buscaremos realmente a verdade. O homem orgulhoso pensa que já conhece as respostas, e não quer depender de quem quer que seja, nem mesmo do próprio Deus. A arrogância também impede nosso entendimento da verdade. Se não queremos admitir a necessidade de mudança, ou não queremos aceitar o fato que alguma outra pessoa sabe mais do que nós, nosso orgulho será um bloqueio fatal para o estudo eficaz da Bíblia.Sem humildade, não reconheceremos nossos próprios defeitos. Somos até capazes de enganar nossos próprios corações para não vermos nosso próprio pecado. Saul fez isto quando defendeu sua desobediência na batalha contra os amalequitas. Ele argumentou que tinha obedecido o Senhor e que o povo tinha errado (1 Samuel 15:20-21). Deus não aceitou esta desculpa esfarrapada, e não aceita a nossa.Um outro problema relacionado com a arrogância é a dificuldade em aceitar a correção. Provérbios 15:31-33 mostra a conseqüência de tal orgulho: "Os ouvidos que atendem à repreensão salutar no meio dos sábios têm a sua morada. O que rejeita a disciplina menospreza a sua alma, porém o que atende à repreensão adquire entendimento. O temor do Senhor é a instrução da sabedoria, e a humildade precede a honra." Provérbios 12:1 é mais direto: "Quem ama a disciplina ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é estúpido."O outro lado deste problema é que a pessoa arrogante também não perdoa o

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erro dos outros. O orgulho é inerentemente egoísta, e nos torna facilmente ofendidos e lentos a perdoar. Isto cria uma tremenda barreira para a salvação. Jesus ensinou claramente que a pessoa que não perdoa não será perdoada por Deus (Mateus 6:12,14-15).A última linha é muito clara. Se não aprendemos como ser humildes, não entraremos no céu. Deus rejeita os orgulhosos e exalta os humildes (Tiago 4:6,10).Como desenvolver a humildadeUma vez que a humildade é obviamente essencial à nossa salvação, deveremos estar preocupados em acrescentar esta qualidade a nossas vidas. Aqui estão umas poucas sugestões simples que nos ajudarão:1. Devemos procurar o melhor nos outros, e buscar servir os outros como Jesus fez (Romanos 12:10; Efésios 4:2-3; Filipenses 2:3-4).2. Não devemos pensar que somos importantes (Lucas 17:10). Cada um deve� usar sua capacidade, porém não devemos pensar que somos melhores do que outros (Romanos 12:3-8).3. Não devemos esperar que outros nos humilhem. A chave da obediência é nossa humildade voluntária (Tiago 4:10), não a humilhação forçada.4. Sempre que estivermos tentados a pensar que somos grandes e importantes,� devemos parar para contemplar a grandeza e a majestade de Deus. Comparados com o Criador e Sustentador do Universo, somos débeis e insignificantes. O Salmo 8, especialmente nos versículos 3, 4 e 10, nos faz descer ao nosso tamanho rapidamente!

"Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará" (Tiago 4:10).- por Dennis AllanLeia mais sobre este assunto:Crucificando a Carne (Gálatas 5:19-21)Andando no Espírito (Gálatas 5:22-23)

http://www.estudosdabiblia.net/d53.htm

O Que a Bíblia Diz?

Quem pode ser um discípulo?

Seguir a Jesus é um desafio difícil e exigente. Só uns poucos querem fazer o esforço para serem verdadeiramente discípulos de Cristo.Os homens freqüentemente amenizam as exigências do discipulado. Num esforço desorientado para atrair mais seguidores ou para acalmar suas próprias consciências, pregadores e mestres freqüentemente fazem com que o discipulado pareça relativamente indolor. Não é. Jesus mesmo sempre advertiu francamente os futuros seguidores do custo do discipulado. Ele nunca tentou fazer discípulos enganando-os quanto ao que deles se esperava. Em Lucas 14:25-35, Jesus fala aos

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supostos seguidores. Ele fala não só das exigências especiais para os seguidores mas também encoraja-os a avaliar o custo antes que se comprometam. Ele sugere que seria loucura começar a construção de uma torre só para ter de desistir no meio, por falta de dinheiro. E talvez seria ainda mais louco declarar guerra e ter de pedir a paz antes da batalha, por estar com menos soldados. Assim, também, Jesus está dizendo: um homem tem que avaliar o custo antes de se tornar um discípulo de Jesus. As exigências que Jesus faz são: 1. Amar a Deus acima da família ou de si mesmo; 2. Carregar a sua própria cruz; 3. Seguir a Jesus; 4. Deixar todas as próprias posses. Em poucas palavras, Jesus quer homens que o seguirão a todo custo. Nenhuma pessoa, nenhuma posse, nenhuma consideração de conveniência pessoal, conforto ou vida devem interferir no serviço de alguém a Jesus. É duro seguir a Jesus, mas vale a pena. Você é, realmente, seu discípulo?-por Gary Fisher

A Essência Do Discipulado"Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me" (Lucas 9:23).Tudo o que tem valor tem seus desafios e responsabilidades. Jesus apresentou este grande desafio a qualquer homem que deseja (thelei, deseja) vir após (erchesthai opis, tempo presente do infinitivo, seguir continuamente, ou buscá-lo). Seguir após Jesus requer o desejo de seguir. Não somos coagidos. Os discípulos de Cristo são voluntários.Ir após Jesus envolve um compromisso a afastar-se de toda ligação psicológica com o mundo e um reconhecimento das implicações, padrões e condições para submeter-se a Cristo e ser contado entre aqueles que estão em plena relação com ele (veja também Lucas 14:27). Aqui, Jesus articula três conceitos básicos envolvidos em vir após ele. Ninguém será aceito se recusar estas estipulações.Negar-se a si mesmoPrimeiro, o discípulo de Cristo precisa negar-se a si mesmo. O seguidor de Cristo adota uma nova identidade. Ele põe-se totalmente à disposição de Jesus. Ele abandona e rejeita o eu como o objeto da vida e da ação. Ele não continua mais com os modos de pensar que elevam modelos egoístas e hipócritas de comportamento. Ele denuncia a confiança em si como a fonte da proteção e do cuidado providencial. "... não cabe ao homem determinar o seu caminho, nem ao que caminha o dirigir os seus passos"(Jeremias 10:23; veja Provérbios 14:12). Com Paulo, poderíamos dizer, "Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus meu Senhor ... para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria" (Filipenses 3:8-11).A negação de si mesmo é repudiar, afastar-se da sua própria independência em favor de submissão a outro. Devemos dizer "sim" a Cristo e "não" ao eu. Isto

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significa pôr Jesus acima do eu. É mais do que dizer "não" a alguma coisa ou atividade pecaminosa. É dizer "não" à minha própria vontade. O cristão precisa desistir do seu ego, gratificação e aspiração. Paulo disse, "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Romanos 12:1-2).Tomar a CruzSegundo, o discípulo de Cristo precisa tomar sua cruz. Jesus literalmente tomou sua cruz e carregou-a ao Gólgota. Isso foi o que ele fez por nós. Isso foi seu propósito ao vir aqui. Que faremos por ele? Nosso propósito pela vida será concentrado nele? Desejamos sacrificarmo-nos por ele? Desejamos aceitar uma vida cheia de cruzes, centrada em Cristo e crucificados com ele (Romanos 6:6)? Se for assim, não serei eu mais quem vive, "mas Cristo é que vive em mim, e a vida que eu agora vivo na carne, vivo por fé no filho de Deus que me amou e deu a si mesmo por mim" (Gálatas 2:20; veja também 5:24; 6:14)?Tomamos figurativamente nossas cruzes quando nos comprometemos a sacrificar tudo pelo nosso Senhor e fazer disso nosso propósito para toda a vida. A discussão aqui não é sobre o sofrimento comum do homem. É sobre o compromisso e sacrifício por Cristo e sua causa. Observe, novamente, a responsabilidade contínua. Temos que fazer isto diariamente. Isto não é sacrifício momentâneo.Seguir a CristoE terceiro, Jesus disse, segue-me. Aqui ele não estava chamando literalmente pessoas para viajar pelas poeirentas estradas da Galiléia com ele. Alguns fariam isso, mas nem de todos isso foi exigido. O sentido é que todos deveriam imitá-lo, obedecê-lo e servi-lo.Novamente, o verbo implica em busca contínua. Pedro disse que Jesus nos deixou como exemplo que deveríamos "seguir seus passos" (1 Pedro 2:21). Sua autoridade está implícita no mandamento. Ele é o guia, o rei. A concordância com este encargo está necessariamente de acordo com os dois anteriores. Seguir a Cristo implica desistir do eu e iniciar o rumo próprio, um rumo de sacrifício, para a vida toda. Estamos dispostos a isso? Desafie-se com o grande desafio que Jesus pôs diante de nós todos.-por C. G. "Colly"Caldwell

Verdadeira Conversão

Jesus rejeitava, muitas vezes, aqueles que tentavam segui-lo. A um jovem rico que buscava o seu conselho, ele replicou com palavras tão fortes que o homem foi embora entristecido, não disposto a seguir Jesus a tão alto preço (Mateus 19:16-22). A um im-portante líder religioso, Nicodemos, que tinha vindo louvando Jesus, o Senhor respon- deu abruptamente: Você tem que nascer de novo, se quiser ao menos ver o reino de Deus (João 3:1-8)! Jesus pintava francamente as

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dificuldades em segui-lo e rejeitava todos os que tentavam fazê-lo de forma inadequada (Lucas 9:57-62). Jesus pregou sobre o tema: "Não pode ser meu discípulo", discutindo abertamente a necessidade de calcular o custo antes de embarcar na vida de discípulo (Lucas 14:25-33).Não era porque Jesus não quisesse seguidores. Ele veio ao mundo para buscar e salvar os perdidos (Lucas 19:10). Ele estava profundamente comovido pelas multidões perdidas e ansiava pela sua conversão (Mateus 9:35-38; Lucas 19:40-41). Mas Jesus sabia que não seria fácil para os homens segui-lo e que eles estariam inclinados a enganarem-se a si mesmos, pensando que eram discípulos, quando não eram. O Senhor nunca deixou de declarar francamente o que a conversão real exige.Em duas ocasiões separadas, Jesus retratou a cena apavorante do julgamento, quando os homens condenados estivessem esperando ser aceitos por Deus, mas não seriam (Mateus 7:21-23; Lucas 13:22-30). Há muitos, que se consideram fiéis a Deus, que ele não aceita. É essencial examinarmo-nos. Talvez nos sintamos confiantes em nossa salvação, mas assim o fizeram aqueles de Mateus 7 e Lucas 13. O que Jesus exige para sermos realmente convertidos?

Humildade Espiritual

Em Mateus 18:1-5 Jesus usou uma criança para ensinar a lição que temos que humilharmo-nos para entrarmos no reino de Deus. Freqüentemente, a humildade era a qualidade que distinguia os verdadeiros discípulos (Marcos 2:13-17; Lucas 7:36-50; 18:9-14). O primeiro passo em direção à bem-aventurança é ser pobre em espírito, isto é, reconhecer o nosso próprio vazio espiritual e a indignidade (Mateus 5:3). Os sermões do livro de Atos sempre destacaram a culpa do homem. A verdadeira conversão nunca ocorre, a menos que a pessoa se tenha humilhado primeiro.A troca de palavras entre Jesus e Nicodemos, em João 3, é fascinante. Nicodemos era um chefe religioso. Ele veio a Jesus, louvando seus ensinamentos e milagres. É difícil saber o que se passava na mente de Nicodemos, enquanto falava. Talvez estivesse esperando louvor, uma posição na administração de Jesus ou um voto de confiança pela obra que ele mesmo estava fazendo, como mestre em Israel. Mas a resposta surpreendente de Jesus foi: "Nicodemos, você precisa começar tudo de novo, se quiser entrar no reino de Deus." Seja o que for que Nicodemos estivesse esperando, não era isto! A resposta de Jesus significava que toda a religião de Nicodemos, toda a sua atividade no ensino, toda a

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sua posição no judaísmo, eram sem valor, em relação ao domínio de Deus. Nós também precisamos ver que toda a nossa religião e nossa própria grandeza nada valem. As realizações do passado nada representam. Precisamos recomeçar tudo novamente para sermos capazes de entrar num relacionamento com Deus.

Cálculo da Despesa

Jesus ensinou que é loucura começar um projeto sem entender primeiro o que será exigido para terminá-lo. Ele ilustrou com a idéia de um homem que começou a construir uma torre, mas loucamente esqueceu de fazer um orçamento para determinar se teria fundos para completá-la, e assim teve que parar no meio do projeto. A verdadeira conversão necessita de um cuidadoso exame do estilo de vida que Deus espera do convertido.Observe em Lucas 14:26, 27, 33: "Se alguém vem a mim, e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo. . . . Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo".Para servir a Deus fielmente, ele precisa ter o primeiro lugar em minha vida. Preciso servi-lo acima das considerações de família, do bem-estar material e de meus próprios desejos. Jesus ressaltou a necessidade de tomar-se a própria cruz. A cruz daquele tempo era um instrumento de morte, e não um objeto ornamental. Jesus estava dizendo que haveria dificuldades e lutas para quem o servisse (Hebreus 11; Mateus 10:24-25). Não seria fácil. O conceito atual de uma religião confortável, socialmente correta, é bem diferente do ensinamento de Cristo, que é preciso sacrificar os próprios desejos, a si mesmo e até a própria vida (veja Lucas 9:23-24; Mateus 10:34-39; 16:24).

Verdadeiro Arrependimento

O arrependimento, que é essencial à verdadeira conversão (Atos 2:38; 17:30), envolve morte ao pecado (Romanos 6). A Bíblia o compara à morte e ressurreição de Cristo. Tem que haver uma mudança de estilo de vida radical. A Bíblia usa termos como matar o velho homem e revestir-se com o novo, e descreve com minúcias as mudanças exatas que precisam ser feitas (examine Efésios 4:17-32; Colossenses 3). Maus hábitos — embriaguez, imoralidade sexual, ira, ganância, orgulho, etc. — precisam ser eliminados da própria vida, ao passo que devem ser acrescentados o amor, a verdade, a pureza, o perdão e a

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humildade. Este é o resultado do arrependimento.Muitas pessoas tentam ser convertidas e converter outras, sem arrependimento. Elas ensinam um cristianismo indolor, que não exige sacrifício. Elas salientam as emoções, a felicidade e as bênçãos, porém pensam pouco sobre as mudanças reais que a conversão exige na vida diária da pessoa. Entendamos isto claramente: Não há conversão sem transformação. Aquele que creu e foi batizado, aquele que até mesmo foi aceito numa igreja e participa fielmente das atividades religiosas, mas que não se arrependeu, não é salvo. O arrependimento é um compromisso sério, determinado, para mudar sua própria vida.

Batismo Bíblico

Quase todas as religiões dizem alguma coisa sobre o batismo, mas os procedimentos que são aceitos como batismo variam muito. Atos 19:1-7 mostra que nem todo “batismo” é aceitável pelo Senhor; aqueles que tinham sido imersos com o batismo de João tiveram que ser batizados novamente, porque o batismo anterior não era válido. É verdade que só há um único batismo bíblico, mas pode haver muitas outras coisas chamadas batismo, que Deus não aceita. Se a pessoa não foi batizada corretamente, então não recebeu o batismo das Escrituras, e tem que ser imersa novamente.Ilustremos. Algumas coisas são chamadas de Ceia do Senhor, que o Senhor não reconhece. Para tomar parte realmente na Ceia do Senhor, a pessoa certa precisa executar o ato certo, pelomotivo certo. A pessoa precisa ser um discípulo fiel. Se um ateu comesse do pão e bebesse do fruto da vinha, ele não estaria participando da Ceia do Senhor. O ato exigido é para comer do pão e beber do suco da uva. Se alguém repartisse um cachorro quente e um refrigerante, isso não seria a Ceia do Senhor. O motivo tem que ser relembrar a morte do Senhor. Se alguém tomasse a Ceia pensando se vai chover, o Senhor não o aceitaria. Não é difícil entender esta idéia.Mas agora, para que o batismo seja correto, ele precisa envolver apessoa certa, que realiza o ato certo, pelo motivo certo. A pessoa tem que ser um crente que se arrependeu (Marcos 16:16; Atos 2:38). O ato tem que ser o sepultamento na água (Colossenses 2:12; Romanos 6:3-4). O motivo tem que ser o perdão dos pecados (Atos 2:38; 22:16). Muitos "batismos" não incluem estes pontos. Quando recém-nascidos, ou adultos que nunca realmente se arrependeram, são batizados, o batismo é inválido. Quando alguém é aspergido e não é imerso, isso não é batismo verdadeiro. Quando alguém é batizado por outros motivos que não para receber a remissão dos pecados, seu batismo é

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inútil.É importante analisar cuidadosamente este último ponto, em vista dos falsos ensinamentos prevalecentes, no que dizem respeito ao propósito do batismo. É ensinado comumente que se é salvo pela fé somente, por aceitar Jesus no coração, ou simplesmente por levantar a mão, em resposta a um apelo a identificar-se com Cristo. Aqueles que assim ensinam dizem que o batismo é um sinal exterior de que já se foi salvo. Eles ensinam que o batismo é uma maneira de identificar-se visualmente com a congregação de crentes, mas que isso nada tem a ver com Deus perdoar os pecados de alguém. Assim, muitas pessoas são batizadas com a noção errada de que Deus já os tinha perdoado. Biblicamente, o batismo é essencial para se receber a salvação (Marcos 16:16; Atos 2:38; 22:16; Romanos 6:3-4; 1 Pedro 3:21). O batismo bíblico precisa ser para a remissão dos pecados. Portanto, aquele que cria que já estava salvo quando foi batizado, não foi batizado para a remissão dos pecados, e ainda precisa receber o batismo bíblico, para ser salvo pelo Senhor.

Conclusão

A tendência das pessoas religiosas do século vinte tem sido amenizar as exigências da conversão e inventar um plano mais fácil. A mensagem deles é muito diferente da de Jesus, que até repelia os candidatos a discípulos, dizendo-lhes as condições estritas que ele impunha. Muitos se surpreenderão ao saber, no dia do julgamento, que o Senhor jamais os tinha conhecido (Mateus 7:21-23; Lucas 13:22-30). Vamos Reexaminar nossa própria conversão. Vamos Ensinar a outros nos certificando com cuidado que não tentamos passar por cima das exigências de Deus.por Gary Fisherhttp://www.estudosdabiblia.net/d29.htm

Calculando o custoA parábola do semeador é uma declaração da natureza interna do reino do céu. Ele é, uma vez Jesus disse, um reino "dentro de nós" (Lucas 17:20-21). A revolução é real, mas não vem "por observação". O reino de Deus só entra através do coração. Ele nasce pela semente e não pela espada e vem somente àqueles que aceitam-no humilde e alegremente. Portanto, decisivos para sua vinda sobre qualquer coração humano, são novos entendimentos e novas resoluções dentro dele.Nisto está o mistério dos modos de Deus com os homens. Não estamos a par do porquê ele pensou que a alegria de ter seu próprio povo, que o amasse e ansiasse por ser igual a ele, valesse o risco de terríveis possibilidades de

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pecado e impiedade que isso abria. Nisto, como em todas as outras coisas, não somos capazes de sentar-nos em julgamento de Deus. Mas ele, certamente, limitou-se em nos criar, pois ele não pode compelir uma única alma a fazer sua vontade. Como qualquer plantador, ele planta sua semente e espera pacientemente pelo fruto de seu labor e, conquanto grande e incrivelmente longo seja seu investimento, ele ainda é mantido refém dos caprichos do coração humano, o solo no qual ele lançou amorosamente sua palavra eterna. E, deste solo dependem o máximo sucesso ou fracasso de todos os seus esforços.O coração duroOs corações duros do solo da margem da estrada absolutamente nada produzem. Estes ouvintes vivem num mundo totalmente diferente, não falam a mesma linguagem do Filho de Deus. Por quais motivos tais pessoas viriam ouvir Jesus? Curiosidade? Novidade? Moda? Talvez por qualquer deles, ou por todos. Não estavam, porém, querendo verdadeiramente ouvi-lo. Seja por presunçosa satisfação própria, ou por uma orgulhosa necessidade de saber tudo já, ou temor de exposição a alguma desconfortável nova verdade sobre si mesmos, suas mentes estavam trancadas contra o Senhor e seu evangelho.O que deve ser feito com eles? Nada. Eles são sem esperança em sua teimosa dureza. Somente se Deus arasse um profundo sulco de ardente tragédia através de suas vidas poderia alguma abertura ser dada à semente viva. E se assim fosse, a dor seria abençoada.O coração raso "Outra parte caiu em solo rochoso, onde a terra era pouca, e logo nasceu, visto não ser profunda a terra. Saindo, porém, o sol, a queimou; e, porque não tinha raiz, secou- se"(Mateus 13:5-6). Esta não era terra misturada com incontáveis pedrinhas, mas solo com menos de meio palmo de profundidade, sobre uma laje enterrada. Não havia lugar para a planta enraizar-se, por isso ela cresceu profusa e luxuriantemente. Mas o calor do sol revelou sua fraqueza. Ela floresceu nos dias frescos, mas morreu nos quentes, incapaz de suportar o próprio sol que, fossem as raízes mais profundas, tê-la-ia tornado ainda mais forte. Este solo, Jesus explicou, era como o homem "que ouve a palavra e a recebe logo, com alegria; mas não tem raiz em si mesmo, sendo, antes, de pouca duração; em lhe chegando a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza" (Mateus 13:20-21).O coração raso do solo pedregoso não é como o coração duro do solo da beira da estrada, como aço, rejeitando o evangelho com desprezo indiferente, mas estes entusiásticos ouvintes são deploravelmente faltos de cuidadosa previsão. Emocionalmente excitáveis e impulsivos, eles agem por circunstâncias imediatas (multidões excitáveis, etc.) mais do que por um entendimento do que é ensinado. Eles são negligentes de futuras exigências e desafios. Eles não têm cogitado de longos pensamentos. O evangelho não desceu profundamente dentro de seu entendimento e vontade. Assim, quando as circunstâncias mudam, quando os dias difíceis de perseguição e adversidade chegam, não há raiz profunda de fé para sustentá-los. Eles não tinham pensado profundamente no reino e em seu eterno valor. Tornar-se um discípulo parecia apenas a coisa a fazer no momento.

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"Imediatamente com alegria ..." O coração raso é apaixonado, mas apressado. O evangelho deveria sempre trazer alegria, mas precisa ser uma alegria profunda o bastante para suportar os choques. Ela precisa ser o tipo de alegria que o tempo e a circunstância não podem tirar de nós (João 16:22-24). Precisa ser a alegria pela coisa justa (Lucas 10:17), e precisa ser uma alegria que vê a perseguição e o sofrimento por amor de Cristo como um privilégio e uma bênção (Lucas 6:22-23). Precisamos seguir os passos de nosso Senhor, "o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia" (Hebreus 12:2). Tornar-se um cristão é certamente uma experiência emocional, mas é também uma experiência da mente e da vontade.Esta é a própria razão pela qual aquele que vem muito rapidamente seguir Jesus precisa parar e pensar sobre o que isso significa. É por amor de nós que o Senhor freqüentemente esfria nosso entusiasmo descuidado, advertindo-nos a parar um momento e calcular o custo (Lucas 9:57-58). Ele quer que o acompanhemos todo o tempo e não que sejamos descarrilados por alguma dificuldade imprevista para um reino ao qual não chegamos a dar um valor suficientemente alto. É minha opinião que nada precisa mais ser ensinado hoje às pessoas interessadas no evangelho, religiosas ou não religiosas, do que o custo do discipulado. Aqueles que vêem ao reino e sobrevivem precisam estar profundamente comprometidos com Jesus.-por Paul Earnhart

2º de uma série de artigos sobre a evangelização

Os objetivos da evangelizaçãoAonde recorreremos para obter conselho e instrução acerca da obra de evangelizar o mundo? A comissão apostólica é o ponto de partida. Isso porque ela contém as ordens que Jesus deu aos seus apóstolos escolhidos ao enviá-los ao mundo. Ela apresenta a vontade dele — o que o Senhor de todo o universo queria ver executado no mundo. Embora não sejamos apóstolos, se somos encarregados de alguma outra forma das mesmas responsabilidades, então com certeza podemos encontrar nas ordens que Jesus deu aos discípulos o conselho para nos orientar.Gostaria de examinar os vários relatos dessas ordens, dadas no decorrer de 40 dias (veja Atos 1:3), para ver o que se pode aprender. Diferentes textos expressam dessa ou daquela forma essas ordens, ressaltando esses ou aqueles aspectos. Mas me parece que as ordens de Jesus podem ser dispostas em três categorias. O que Jesus queria que se fizesse?O relato de Mateus mostra uma coisa: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações..." (Mateus 28:19). A Versão Revista e Corrigida traz "ensinai", mas a palavra grega não é o termo para "ensinar" usado mais tarde no texto. A Versão Revista e Atualizada (2ª Edição) corretamente troca o primeiro "ensinai" por "fazei discípulos". Então, era isso que Jesus queria que se fizesse — ele queria que as nações entrassem num relacionamento pessoal com ele; queria que se tornassem seus discípulos.

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Marcos 16:15-16 apresenta o segundo elemento: "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura". Jesus queria que o evangelho fosse pregado em todo o mundo.O relato de Lucas (24:44-49), na verdade, não acrescenta nenhuma outra categoria principal. "Arrependimento para remissão de pecados" como o assunto da pregação é apenas uma expressão alternativa da essência do evangelho. As boas novas dizem respeito ao "arrependimento para remissão de pecados". A forma de expressão de Lucas em geral, no entanto, sugere outro ponto ao qual retornarei adiante.O registro de João contém um relato do envio dos apóstolos (João 20:21-23), mas também aqui não apresenta nenhuma categoria nova. Os apóstolos tinham a autorização para perdoar ou não os pecados —basicamente, declarar as condições para o perdão dos pecados— mas Marcos 16:16 e Lucas 24:47 já mostraram quais pessoas seriam perdoadas e quais não, pelas condições estipuladas por Cristo. Se quiser mais, consulte a pregação dos apóstolos em Atos (Atos 2:38; 3:19; etc.).A seção de abertura de Atos sobrepõe-se ao desfecho de Lucas e também se refere à incumbência apostólica. Atos 1:8 acrescenta ainda outra categoria: "...e sereis minhas testemunhas...." Não somos, naturalmente, testemunhas como eram os apóstolos (Atos 1:3,21-22). Contudo, se pretendemos realizar a tarefa de evangelizar o mundo atual, devemos estar preparados para enfrentar um mundo incrédulo com o testemunho dos apóstolos no que se refere à ressurreição de Jesus Cristo. Era esse testemunho que deveria levar o mundo a crer (João 17:20; 20:30-31; Romanos 10:17).Desse modo, para resumir, se você deseja usar os seus talentos a serviço do evangelho, você não precisa saber tudo no mundo. Mas deve ser capaz de explicar o discipulado e fazer discípulos das pessoas. Você precisa compreender o caminho da salvação apresentado no evangelho e ser capaz de explicá-lo. E deve ser capaz de apresentar a defesa que os apóstolos fizeram a favor da ressurreição. Esse resumo, pelo menos, estreita o terreno e mostra as áreas em que o preparo precisa ser feito. Eu lhe direi o que sei sobre essas três categorias em alguns dos artigos que se seguem.Mas deixei fora dois pontos. Embora não pudessem ser chamadas "ordens" de Jesus, são, na verdade, questões importantes que formam o fundamento da comissão e a tornam inteligível. Além disso, mostram outras áreas de preparo que podem ser úteis.A primeira é a autoridade do Messias (Mateus 28:18). Quem é esse que dá ordens às pessoas e exige que obedeçam a tudo o que ordena? É o Senhor de todo o universo, que detém toda autoridade, no céu e na terra. Normalmente trabalho com esse aspecto ao mesmo tempo que faço a defesa da ressurreição que demonstra que Jesus era (e é).Depois observe que o relato de Lucas não trata a comissão como uma ordem, mas a incorpora numa explicação sobre o que está escrito no Antigo Testamento (Lucas 24:44-47). Tanto o sofrimento, a morte e a ressurreição do Messias quanto a pregação de arrependimento e remissão se mostram a serem cumprimento do Antigo Testamento. Isso denota a idéia de um propósito divino,

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um supremo e "eterno propósito" (Efésios 3:11), e me parece indicar outra área em que devemos nos preparar se quisermos tornar o cristianismo inteligível aos nossos alunos.L. A. Mott, Jr.

Aprendendo o que é o primeiro, o mais alto e o maior

A vida de muitas pessoas é uma confusão. Tudo é aceito sem importar o valor, e passa a uma massa sem relação e fora de foco. Isto não é verdadeiro em Cristo. Para ser um cristão a pessoa precisa colocar seus valores em ordem e sua vida em foco. É preciso buscar em primeiro lugar, o reino de Deus e sua justiça (Mateus 6:33), escolher a boa parte, que não será tirada (Lucas 10:41-42) e, esquecendo todas as outras coisas, prosseguir para o alvo "da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" (Filipenses 3:13-14). Tal concentração do coração e da vida é da própria essência do discipulado.

Mas se há um foco em Cristo essencial para se tornar um cristão, há também um foco em Cristo que é essencial para o desenvolvimento de uma vida espiritual bem equilibrada. Nem tudo no reino de Deus tem igual importância. Algumas verdades assentam no coração do evangelho e são estas verdades fundamentais que impregnam todo o resto do evangelho com significado. Precisamos portanto encontrar o centro de gravidade do evangelho e fazer dele o foco de nossa pregação e nossa fé. Jesus, em sua fulminante repreensão dos escribas e fariseus pela hipocrisia deles, ataca seus valores espirituais como completamente fora de condições. "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas cousas, sem omitir aquelas! Guias cegos, que coais o mosquito e engolis o camelo!" (Mateus 23:23). Lucas relata: "... ai de vós, fariseus! Porque dais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças e desprezais a justiça e o amor de Deus" (Lucas 11:42). O humor mordaz nas palavras de nosso Senhor não é dirigido ao cuidadoso pagamento do dízimo de ervas miúdas da horta ("Isto devíeis ter feito") mas à grosseira negligência hipócrita deles de coisas imensamente mais importantes. Eles estavam na posição ridícula de

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um homem que de modo algum comesse uma mosca (imunda), mas desse um jeitinho de comer camelos (igualmente imundos) sem olhar para trás! Não me diga que o Senhor não tinha senso de humor! O princípio do foco e do equilíbrio está evidente aqui. Algumas coisas na lei de Deus são mais pesadas do que outras. Não mais necessárias, porém mais pesadas. E a razão do seu peso maior é que elas são atitudes do coração que ficam bem no meio de uma vida devota. Elas são os valores que determinam a atitude de um homem para com o próprio Deus. Uma coisa é ser comprometido com certos mandamentos de Deus e outra ser comprometido com o Senhor. Não somente algumas coisas na lei de Deus são mais pesadas do que outras, mas alguns dos mandamentos de Deus são maiores do que outros. Quando a Jesus foi perguntado por um certo escriba qual era o "grande mandamento" da lei ou, como Marcos o diz, "Qual é o principal de todos?", Jesus respondeu que era o mandamento para amar a Deus com todo o coração (Mateus 22:36-37; Marcos 12:28-29). E o que torna esse mandamento maior do que "não roubareis" ou "não cometereis adultério," ou "não arredondareis as extremidades de vosso cabelo"? O fato que esse mandamento está no coração da relação de um homem com Deus e determina sua atitude para com tudo que Deus pediu a ele. Um judeu, muito cônscio de não danificar as extremidades de sua barba (Levítico 19:27), provavelmente trataria com indiferença os mandamentos menos atraentes quando não havia nele amor a Deus. Mas o homem que ama a Deus tratará tudo o que ele tem dito com reverência, até mesmo o menor deles (Mateus 5:19). Amar a Deus com todo o coração não é o único mandamento de Deus, mas é o primeiro e o maior, porque nossa atitude para com Deus determina nossa atitude para com sua palavra, toda ela.

O mesmo pode ser dito do plano da redenção. Há muitas coisas no Novo Testamento ditas serem essenciais à salvação, mas são certamente de modo nenhum iguais em peso. O batismo não é igual em importância à graça de Deus. A fé não é igual em valor à cruz. A igreja local não está nivelada em importância com a intercessão de Cristo por seus santos. E isso é verdadeiro ainda que a salvação fosse anulada pela rejeição de qualquer destas coisas. Paulo não disse, "Longe esteja de mim gloriar-me, salvo na autonomia das igrejas locais" ou batismo, ou fé, ou a Ceia do Senhor, mas "na cruz de nosso Senhor Jesus

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Cristo" (Gálatas 6:14). Sua fórmula simples era: "Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor" (1 Coríntios 1:31; 10:17). Em resumo, o que Deus tem feito e está fazendo em Cristo para nos dar a redenção sempre será enormemente mais importante do que poderíamos fazer para aceitar a redenção que Deus livremente dá em sua misericórdia.

O propósito da severa repreensão ao muito arrevesado sistema de valor dos fariseus não foi forçar uma escolha entre "justiça, misericórdia e fé" e "dar o dízimo da hortelã, da erva doce e do cominho". Ele afirma claramente que não era uma questão de "ou isto ou aquilo", mas de "tanto isto quanto aquilo". O que o Senhor queria deles era um reconhecimento de onde o âmago da questão está, para que eles pudessem continuar construindo aquela bela, bem equilibrada integridade espiritual que ele tem desejado para todos os homens. - por Paul Earnhart

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AMOR, HUMILDADE, JUSTIÇA E FÉ.AMOR, HUMILDADE, JUSTIÇA E FÉ.

- JESUS lavou os pés dos seu discípulos e disse: “ORA, SE EU, SENHOR E MESTRE, VOS LAVEI OS PÉS, VÓS DEVEIS TAMBÉM LAVAR OS PÉS UNS AOS OUTROS. PORQUE EU VOS DEI O EXEMPLO, PARA QUE, COMO EU VOS FIZ, FAÇAIS VÓS TAMBÉM. NA VERDADE, NA VERDADE VOS DIGO QUE NÃO É O SERVO MAIOR DO QUE O SEU SENHOR, NEM O ENVIADO MAIOR DO QUE AQUELE QUE O ENVIOU. SE SABEIS ESTAS COISAS, BEM-AVENTURADOS SOIS SE AS FIZERDES.” (João 14: 17)..- Isto é humildade e amor verdadeiro! Jesus é humilde e ama de verdade, Ele ama ao ponto de dar a sua vida por nós, pois sendo Ele em forma de Deus (a primeira criação de Deus e o verbo de Deus que era Deus), não teve por usurpação ser igual a Deus, mas foi tão humilde e amoroso que veio viver como homem e dar a sua vida em resgate das nossas vidas, como Ele disse em: (Marcos 10: 43-45). E se nós quisermos ser engrandecidos por Deus como Jesus foi, pois a Ele foi dado todo o poder no céu e na terra: (-Mateus 28:18); se quisermos também ser engrandecidos por Deus, devemos ser também humildes e amorosos com Jesus foi e é, pois se nos ensoberbecermos, seremos humilhados como foi um certo anjo de luz chamado lucífer que era grande sim, porém não como Jesus, mas este anjo se ensoberbeceu e quis ser maior que os outros anjos de Deus e se colocar acima

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dos outros, (das estrelas de Deus) e ser igual a Deus. Porém, como lemos em: (Ezequiel 28: 13) Pela sua soberba se tornou injusto e foi achado n’Ele iniquidade. O resultado é que Ele foi humilhado, expulso do Reino de Deus e se tornou em um demônio, (inimigo do homem)..- Veja o que diz a palavra de Deus sobre este anjo caído e porque ele caiu: “PERFEITO ERAS NOS TEUS CAMINHOS, DESDE O DIA EM QUE FOSTE CRIADO, ATÉ QUE SE ACHOU INIQÜIDADE EM TI. NA MULTIPLICAÇÃO DO TEU COMÉRCIO ENCHERAM O TEU INTERIOR DE VIOLÊNCIA, E PECASTE; POR ISSO TE LANCEI, PROFANADO, DO MONTE DE DEUS, E TE FIZ PERECER, Ó QUERUBIM COBRIDOR, DO MEIO DAS PEDRAS AFOGUEADAS. ELEVOU-SE O TEU CORAÇÃO POR CAUSA DA TUA FORMOSURA, CORROMPESTE A TUA SABEDORIA POR CAUSA DO TEU RESPLENDOR; POR TERRA TE LANCEI, DIANTE DOS REIS TE PUS, PARA QUE OLHEM PARA TI. PELA MULTIDÃO DAS TUAS INIQÜIDADES, PELA INJUSTIÇA DO TEU COMÉRCIO PROFANASTE OS TEUS SANTUÁRIOS; EU, POIS, FIZ SAIR DO MEIO DE TI UM FOGO, QUE TE CONSUMIU E TE TORNEI EM CINZA SOBRE A TERRA, AOS OLHOS DE TODOS OS QUE TE VÊEM. TODOS OS QUE TE CONHECEM ENTRE OS POVOS ESTÃO ESPANTADOS DE TI; EM GRANDE ESPANTO TE TORNASTE, E NUNCA MAIS SUBSISTIRÁ.” (Ezequiel 28: 15-19)..- Agora veja o que Deus disse de Jesus: “MAS, DO FILHO, DIZ: Ó DEUS, O TEU TRONO SUBSISTE PELOS SÉCULOS DOS SÉCULOS; CETRO DE EQÜIDADE É O CETRO DO TEU REINO. AMASTE A JUSTIÇA E ODIASTE A INIQÜIDADE; POR ISSO DEUS, O TEU DEUS, TE UNGIU COM ÓLEO DE ALEGRIA MAIS DO QUE A TEUS COMPANHEIROS. E: TU, SENHOR, NO PRINCÍPIO FUNDASTE A TERRA, E OS CÉUS SÃO OBRA DE TUAS MÃOS. ELES PERECERÃO, MAS TU PERMANECERÁS; E TODOS ELES, COMO ROUPA, ENVELHECERÃO, E COMO UM MANTO OS ENROLARÁS, E SERÃO MUDADOS. MAS TU ÉS O MESMO, E OS TEUS ANOS NÃO ACABARÃO.” (Hebreus 1: 8-12)..- Humildade e AMOR, dois dons necessários, por isto após lavar os pés dos discípulos e lhes falar da humildade, Jesus nos deu um novo mandamento o qual na verdade resume todos os demais mandamentos de Deus, O AMOR! Veja o que Jesus disse: “UM NOVO MANDAMENTO VOS DOU: QUE VOS AMEIS UNS AOS OUTROS; COMO EU VOS AMEI A VÓS, QUE TAMBÉM VÓS UNS AOS OUTROS VOS AMEIS. NISTO TODOS CONHECERÃO QUE SOIS MEUS DISCÍPULOS, SE VOS AMARDES UNS AOS OUTROS.” (João 13: 34-35)..Jesus resumiu primeiro os 10 mandamentos de Deus que estão em: (Êxodos 20) em apenas 2 mandamentos que são: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, isto está em escrito em: (Mateus 22: 36-40). Agora Jesus resume estes 2 mandamentos em apenas 1 que é: nos amarmos uns aos outros ao ponto de dar a nossa vida pelos outros, como Jesus fez.

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.- O mandamento é amar até os inimigos, como JESUS disse e fez. Jesus disse isto, viveu isto e deixou escrito: “MAS A VÓS, QUE ISTO OUVIS, DIGO: AMAI A VOSSOS INIMIGOS, FAZEI BEM AOS QUE VOS ODEIAM; BENDIZEI OS QUE VOS MALDIZEM, E ORAI PELOS QUE VOS CALUNIAM. AO QUE TE FERIR NUMA FACE, OFERECE-LHE TAMBÉM A OUTRA; E AO QUE TE HOUVER TIRADO A CAPA, NEM A TÚNICA RECUSES; E DÁ A QUALQUER QUE TE PEDIR; E AO QUE TOMAR O QUE É TEU, NÃO LHO TORNES A PEDIR. E COMO VÓS QUEREIS QUE OS HOMENS VOS FAÇAM, DA MESMA MANEIRA LHES FAZEI VÓS, TAMBÉM.” (Lucas 6: 27-31)! Claro que ninguém conseguirá ser assim se não receber de Deus este dom, se não receber de Deus o Espírito Santo e nascer de novo! Portanto, creiamos em Jesus e peçamos a Deus que nos dê o Espírito Santo, para também recebermos estes dons: - O dom do AMOR VERDADEIRO, do PERDÃO, da JUSTIÇA, da HUMILDADE e da FÉ COM PODER. Para assim podermos fazer com perfeição a obra de Deus que é: Pregar o Evangelho de Cristo, batizar os que crerem n’Ele, expulsar os demônios e curar os enfermos. (Marcos 16:16). Porque como Jesus disse: “NA VERDADE, NA VERDADE VOS DIGO QUE AQUELE QUE CRÊ EM MIM TAMBÉM FARÁ AS OBRAS QUE EU FAÇO, E AS FARÁ MAIORES DO QUE ESTAS, PORQUE EU VOU PARA MEU PAI. E TUDO QUANTO PEDIRDES EM MEU NOME EU O FAREI, PARA QUE O PAI SEJA GLORIFICADO NO FILHO. SE PEDIRDES ALGUMA COISA EM MEU NOME, EU O FAREI. SE ME AMAIS, GUARDAI OS MEUS MANDAMENTOS.” (João 14:12-15) .- Portanto, tudo se resume nisto:. - Jesus sendo em forma de Deus, se despiu de suas prerrogativas de Deus e veio viver como homem para dar a vida em resgate das nossas vidas. Porem mesmo em forma de homem Ele expulsou os demônios, curou os enfermos, ressuscitou os mortos e disse que quem cresse n’Ele faria as obras de Ele fez e ainda as faria maiores, porque Ele iria voltar para o Pai e tudo o que lhe pedíssemos em seu Nome, Ele o faria, para que o nome de Deus fosse glorificado. Este é o dom da fé com poder, e Jesus quer dá-lo a todos nós, porem este dom pode nos perverter como aconteceu com um anjo de luz chamado lúcifer. Por isto é necessário que antes recebamos o dom do AMOR, da HUMILDADE e da JUSTIÇA. E para isto temos que antes de tudo, crer em Jesus para recebermos o Espirito Santo e nascermos de Deus!

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