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O SISTEMA EM OPERAÇÃO – A NECESSIDADE DE RECURSOS MONETÁRIOS Indivíduos e empresas caracterizados pela propriedade privada detêm um certo patrimônio que, genericamente compreende dois tipos de bens: ATIVO REAL: terras, residências, instalações, equipamentos, etc. ATIVO FINANCEIRO: títulos de crédito de toda ordem, emitidos por empresas, pessoas físicas e autoridades governamentais (ações, promissórias, títulos de dívida pública, etc.), dinheiro em notas, moedas metálicas e depósitos bancários. “Alguns itens do ativo são passíveis de rápida ou imediatamente servir de instrumento de troca para a satisfação de necessidade econômica e seus detentores – exemplo máximo: os meios de pagamento. Outros há que, para negociá-los, seus proprietários devem se submeter a um processo de venda, por vezes demorado – exemplo terras(p.94). Genericamente o ativo de cada agente econômico (qualquer indivíduo ou conjunto de instituições que intervêm num circuito econômico através de suas decisões ou ações) se compõe de uma parcela aproximadamente estável e de outra em constante estado de mutação. “A necessidade de retenção de certa parte do ativo, sob a forma monetária, decorre de questões relativas à receita e despesas correntes...” (p.94). “Ao longo do desenvolvimento econômico alteram-se as necessidades de meios de pagamento do sistema, acompanhando a passagem de uma série de relações sociais do âmbito familiar-comunitário para a esfera do mercado refletindo a intensificação das trocas à medida que se diversifica o

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O SISTEMA EM OPERAÇÃO – A NECESSIDADE DE RECURSOS MONETÁRIOS

Indivíduos e empresas caracterizados pela propriedade privada detêm um certo patrimônio que, genericamente compreende dois tipos de bens:

ATIVO REAL: terras, residências, instalações, equipamentos, etc.

ATIVO FINANCEIRO: títulos de crédito de toda ordem, emitidos por empresas, pessoas físicas e autoridades governamentais (ações, promissórias, títulos de dívida pública, etc.), dinheiro em notas, moedas metálicas e depósitos bancários.

“Alguns itens do ativo são passíveis de rápida ou imediatamente servir de instrumento de troca para a satisfação de necessidade econômica e seus detentores – exemplo máximo: os meios de pagamento. Outros há que, para negociá-los, seus proprietários devem se submeter a um processo de venda, por vezes demorado – exemplo terras” (p.94).

Genericamente o ativo de cada agente econômico (qualquer indivíduo ou conjunto de instituições que intervêm num circuito econômico através de suas decisões ou ações) se compõe de uma parcela aproximadamente estável e de outra em constante estado de mutação.

“A necessidade de retenção de certa parte do ativo, sob a forma monetária, decorre de questões relativas à receita e despesas correntes...” (p.94).

“Ao longo do desenvolvimento econômico alteram-se as necessidades de meios de pagamento do sistema, acompanhando a passagem de uma série de relações sociais do âmbito familiar-comunitário para a esfera do mercado refletindo a intensificação das trocas à medida que se diversifica o aparelho produtivo em atendimento às solicitações de comunidades de crescente capacidade aquisitiva” (p.95).

“(...) A necessidade de moeda correlaciona-se, ainda, com dados institucionais, com o regime de pagamento dos salários: mensal ou semanal, parcela em moeda outras em bens, etc. Outros fatores que atuam sobre o comportamento dos agentes, afetam suas exigências de disponível líquido. Dentre eles, destaquemos as expectativas de valorização ou desvalorização monetária, as perspectivas dos negócios e até mesmo preocupações com a estabilidade política” (p.95).

“(...) Em cada período são gerados produto e renda, os meios de pagamento preexistem e servem para veicular a produção nas inúmeras transações que precedem a compra final de bens e serviços pelos consumidores; prestam-se igualmente ao pagamento de rendimentos, quitação de impostos, dívidas etc. Esses fatores ao exercerem papel determinante sobre o volume de meios de pagamento de que se deve valer o sistema para promover suas transações, garantem a existência de uma certa proporcionalidade entre as necessidades de meios de pagamentos e a renda gerada no sistema” (p.95).

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“Uma elevação de preços que se restrinja a determinados ramos de atividades consiste (por meio do surgimento de lucros extraordinários) num atrativo á expansão das respectivas produções – com o que deve ser refreada a tendência inicial á alta. Em contraposição uma elevação generalizada e crônica dos preços, dita de natureza “inflacionária”, não apresenta, por definição, tendências autocorretivas” (p.97).

“Uma vez deflagrado um processo inflacionário, independentemente das causas que lhe tenham dado origem, tende a manter-se o ritmo de expansão dos meios de pagamento muito superior ao de crescimento do produto real (...)”.

Conclui-se, portanto que a evolução das economias, a massa monetária de que dispõem sofre transformações qualitativas (mudanças na composição dos meios de pagamento) e quantitativas.