O Sutra de Lótus da Lei Maravilhosa do Capítulo 17 · e viu que ele havia limpado o banheiro sujo...

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1 O Sutra de Lótus da Lei Maravilhosa do Capítulo 17 Da Variedade dos Méritos De acordo com o capítulo Da Vida Eterna do Tathagata, inumeráveis seres vivos obtiveram um grande benefício quando aprenderam que a vida do Buda é ilimitada e que Ele está instruindo constantemente todas as pessoas em todo o mundo. Os seres vivos compreenderam que Buda era a causa de sua vida e que Ele os intruía e os protegia, podendo, desta forma, desfrutar de um profundo regozijo espiritual. Neste capítulo, o Grande Enobrecido, dirigindo-se ao Bodhisattva Maitreya, pregou os méritos dos que creem na eternidade da vida de Buda. São os méritos que não se apegam às mudanças superficiais e estão sempre firmes em seguir a Verdade, iniciando com “seis milhões e oitocentos mil kotis de nayutas de seres vivos que conseguiram a segurança de não voltarem a nascer” e mais doze aspectos de méritos. Uma vez que Buda havia explicado como os bodhisattvas-mahasattvas obtiveram grandes benefícios da Lei por uma fé firme em sua vida infinita, choveram do céu pétalas de belas flores de lótus brancas, que se espalharam sobre os inumeráveis budas, sobre Shakyamuni Buda e o Tathagata Tesouros Abundantes, assim como sobre todos os grandes bodhisattvas e muitos fiéis monásticos e leigos. Nesse momento o Bodhisattva Maitreya levantou- se e disse: “O fato de ter acontecido um fenômeno tão misterioso foi porque todos os seres vivos do mundo, ao ouvirem sobre a vida infinita do Buda, encheram- se de regozijo. Este misterioso fenômeno será muito útil para realizar o desejo de alcançar o caminho da verdade suprema, a partir da implantação de raízes da bondade em todos os seres vivos”. O Grande Enobrecido ainda elucidou o conceito dos quatro tipos de fé a serem observados durante a época da vida do Buda, nos quais se incluem a recepção, mesmo que seja por um momento, da fé e do discernimento a respeito da eternidade da vida do Buda e a compreensão de seu significado. O Grande Enobrecido elucidou também as cinco categorias de fé e de méritos que deveriam ser seguidas após o seu desaparecimento. A primeira delas foi a de sentir regozijo em ouvir o ensinamento do Sutra de Lótus. Na categoria final, a quinta, declarou: “Se alguém receber e guardar, ler e recitar este sutra, pregá-lo aos demais, praticar intensamente as Seis Perfeições e elucidar o profundo significado do Sutra de Lótus, que esse ato seja elogiado”. E terminou a pregação dizendo que aquele que tiver uma profunda e íntegra fé estará sempre junto Dele.

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O Sutra de Lótus da Lei Maravilhosa do Capítulo 17

“ Da Variedade dos Méritos ”

De acordo com o capítulo Da Vida Eterna do Tathagata, inumeráveis seres vivos obtiveram um grande benefício quando aprenderam que a vida do Buda é ilimitada e que Ele está instruindo constantemente todas as pessoas em todo o mundo. Os seres vivos compreenderam que Buda era a causa de sua vida e que Ele os intruía e os protegia, podendo, desta forma, desfrutar de um profundo regozijo espiritual.

Neste capítulo, o Grande Enobrecido, dirigindo-se ao Bodhisattva Maitreya, pregou os méritos dos que creem na eternidade da vida de Buda. São os méritos que não se apegam às mudanças superficiais e estão sempre firmes em seguir a Verdade, iniciando com “seis milhões e oitocentos mil kotis de nayutas de seres vivos que conseguiram a segurança de não voltarem a nascer” e mais doze aspectos de méritos.

Uma vez que Buda havia explicado como os bodhisattvas-mahasattvas obtiveram grandes benefícios da Lei por uma fé firme em sua vida infinita, choveram do céu pétalas de belas flores de lótus brancas, que se espalharam sobre os inumeráveis budas, sobre Shakyamuni Buda e o Tathagata Tesouros Abundantes, assim como sobre todos os grandes bodhisattvas e muitos fiéis monásticos e leigos.

Nesse momento o Bodhisattva Maitreya levantou-se e disse: “O fato de ter acontecido um fenômeno tão misterioso foi porque todos os seres vivos do mundo, ao ouvirem sobre a vida infinita do Buda, encheram-se de regozijo. Este misterioso fenômeno será muito útil para realizar o desejo de alcançar o caminho da verdade suprema, a partir da implantação de raízes da

bondade em todos os seres vivos”. O Grande Enobrecido ainda elucidou o conceito

dos quatro tipos de fé a serem observados durante a época da vida do Buda, nos quais se incluem a recepção, mesmo que seja por um momento, da fé e do discernimento a respeito da eternidade da vida do Buda e a compreensão de seu significado.

O Grande Enobrecido elucidou também as cinco categorias de fé e de méritos que deveriam ser seguidas após o seu desaparecimento. A primeira delas foi a de sentir regozijo em ouvir o ensinamento do Sutra de Lótus.

Na categoria final, a quinta, declarou: “Se alguém receber e guardar, ler e recitar este sutra, pregá-lo aos demais, praticar intensamente as Seis Perfeições e elucidar o profundo significado do Sutra de Lótus, que esse ato seja elogiado”. E terminou a pregação dizendo que aquele que tiver uma profunda e íntegra fé estará sempre junto Dele.

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A Sabedoria e a Compaixão juntas

Conhecemos um dos episódios que mostra a pessoa que foi o Mestre Fundador, na história da limpeza do banheiro do trem. Durante uma viagem de trem, como o Mestre Fundador estava demorando para voltar do banheiro, seu secretário foi averiguar e viu que ele havia limpado o banheiro sujo do trem.

A prática de fazer o bem sem que as pessoas saibam é conhecida como mérito anônimo, e a prática feita para que as pessoas tenham conhecimento é conhecida como mérito público. Nós vimos aprendendo ao longo do tempo a importância de acumular méritos anônimos.

A propósito, sabemos que o budismo é o ensinamento da sabedoria e da compaixão. Compreender a Verdade é a sabedoria, e transmitir essa Verdade às pessoas é a compaixão. O ponto em que esta sabedoria e compaixão se juntam é o mundo do Tathagata, o mundo de Buda.

A prática do bodhisattva em direção ao mundo de Buda é acumular méritos e fazer disso um hábito.

O Budismo também é conhecido como o ensinamento da autoconsciência. A peculiaridade do Budismo está em esclarecer a Verdade, compreender, iluminar-se, ou seja, é a religião da sabedoria. Por exemplo, aprendemos a Lei da Causa e Condição, a partir dela percebemos que estamos tendo a oportunidade de viver graças a todas as coisas, e não poderemos deixar de agradecer a tudo que vemos ou com que temos contato. Dessa forma, surge em nós o sentimento de querer transmitir essa alegria, essa gratidão a outras pessoas. Através desse exemplo, talvez seja possível compreender a

Cultivar os Méritos e Fazê-los Aflorarem

Nichiko Niwano Presidente da Risho Kossei-kai

peculiaridade do budismo que é a sabedoria de sentir a compaixão.

Dizemos frequentemente “acumular méritos”. Pela conotação dessas palavras temos a impressão de que se trata de armazenar ou aumentar a quantidade de méritos. Entretanto, no capítulo doze do Sutra de Lótus, “Devadatta”, temos: “acumular méritos e repetir os méritos”. A prática de repetir os méritos, ou seja, repetir várias vezes as boas ações é que faz enriquecer a alma, levando-nos a desfrutar do deleite e da alegria.

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A Conduta Virtuosa de Todos os Dias

Revista Koosei, edição de novembro de 2012

nossos olhos ao lado bom da pessoa, recuperando nosso sentimento de sabedoria e compaixão.

Criar virtudes na vida diária e fazer expandir essas virtudes em várias situações – é o mesmo pensamento zen “Gyoojyuuzaga”, de que tudo é uma ação búdica. O monge Doogen nos indicou três sentimentos conhecidos como Sa-mu, que podem ser os indicadores para a nossa vida diária. Ki-shin, ficar feliz com a felicidade do próximo e fazer todas as coisas com gratidão; Roo-shin, dedicar-se ao que é proposto; Dai-shin, olhar tudo com magnanimidade. Estamos próximos à comemoração do nascimento do Mestre Fundador, e sinto que esses três sentimentos representam com exatidão as suas virtudes.

No Sutra dos Inumeráveis Significados temos o trecho: “Doofuu tokkoo issai ni kunji”, que significa que nós também, através da prática búdica, devemos viver fazendo exalar e espalhando o aroma da virtude à nossa volta.

O monge Myoen Toganoo disse o seguinte: “Aquele que fala sobre os erros do passado do outro é aquele que não possui nenhuma virtude”. É verdade que falar dos erros dos outros é não possuir discrição, não possuir virtudes, mas o importante aqui é lembrar que “se eu falo apenas dos erros das pessoas e não consigo enxergar suas virtudes é porque eu mesmo não possuo virtudes”.

Tentar enxergar o lado bom do outro ou descobrir as suas virtudes pode-se dizer que seja o estado emocional em que a sabedoria e a compaixão se juntam. O momento em que a pessoa puder ter esse modo de ver é o momento em que ela estará tendo um grande crescimento.

Entretanto, quando não enxergamos as virtudes (os pontos positivos) do outro significa que os olhos da sabedoria estão cobertos de nuvens; significa que perdemos a nossa humildade.

Portanto, quando percebermos que os olhos da sabedoria estão cobertos por nuvens, vamos lembrar do sentimento altruísta, ou seja, vamos direcionar

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A Caneca Quebrada

Este episódio aconteceu durante um jantar. Sem que menos se esperasse, a caneca escapou da mão da nossa filha mais velha e acabou molhando a mesa e o chão. Suspirando profundamente eu disse: “Não falei que tinha que segurar com as duas mãos?”. E meu marido continuou: “Preste atenção no que a mamãe está sempre dizendo!”.

Por ter derrubado o leite que iria tomar e ter recebido um ataque concentrado dos pais, nossa filha começou a chorar. Vendo seu rosto, por um momento achei que havia falado demais dizendo “tome cuidado da próxima vez, está bem?”. Limpei a sujeira e voltei a jantar. Os dias voavam com seguidos pequenos acontecimentos como estes, na vida diária com a nossa filha ainda pequena.

Nessa época, por causa da bolsa de estudos do meu marido, estávamos morando na Itália. Sempre que eu estava preparando o jantar, meu marido voltava da Faculdade. Logo em seguida, ele dava banho na nossa filha, enquanto eu terminava de preparar o jantar. Depois do banho é que jantávamos.

Depois do jantar eu fazia a nossa filha dormir, mas de vez em quando eu acabava dormindo junto. Nesse dia também fui fazê-la dormir e quando percebi, já eram altas horas da noite. Meu marido também já estava dormindo. Percebendo que eu havia deixado a louça para lavar, voltei à cozinha. Vi então que toda a louça já estava lavada na secadora de louças. Como eu não voltava do quarto, meu marido havia lavado tudo. Mais tranquila, quando voltava para o quarto, percebi um saco de supermercado no chão, com lixo, mas fui me deitar pensando em colocá-lo fora na manhã seguinte.

Na manhã seguinte agradeci meu marido por ter lavado a louça e de repente ele começou a falar em voz baixa. Estranhei, mas o que ouvi foi que ele havia quebrado a caneca de estimação da nossa filha enquanto lavava a louça. Ele

O SORRISO É A FLOR DOS CÉUS

Rev. Kosho Niwano Próxima Presidente designada da Risho Kossei-kai

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havia embrulhado a caneca quebrada num jornal e colocado no saco de supermercado para que ninguém se machucasse.

Essa caneca foi presente de aniversário de minha mãe para a nossa filha, e não havia nenhuma parecida que pudesse ser comprada em Roma. Não podíamos esconder esse fato da nossa filha, pois ela a usava todos os dias, feliz, dizendo que foi presente da vovó. Depois de conversarmos, resolvemos contar à nossa filha, prevendo que ela iria chorar. Dissemos: “Sabe o que aconteceu? Ontem, quando o papai estava lavando a louça para a mamãe, a caneca que você ganhou da vovó escapou da mão e...”. Ela ouviu direitinho a nossa conversa e disse: “Mas foi sem querer, não foi?”. E começou a acariciar a cabeça do meu marido dizendo: “Não importo, eu tenho outra caneca”. Nós, que esperávamos que ela chorasse ou ficasse brava, ficamos assustados com o que ela disse e realmente ficamos sem ação.

Mesmo que o erro de uma criança não seja de propósito, nós, adultos, nem pensamos e acabamos repreendendo. Nossa filha de três anos havia nos perdoado por ter considerado improposital o nosso erro.

Eu e meu marido conversamos naquele dia: “Vamos tentar não esquecer o perdão de nossa filha. Seja o próximo um adulto ou uma criança, não vamos nunca culpar os outros achando que temos razão. Vamos sempre acreditar na boa intenção das pessoas e tentar proferir palavras atenciosas e carinhosas”.

Revista Yakushin, setembro de 2011

President-designate Kosho Niwano

President Nichiko Niwano’s oldest daughter, Rev. Kosho Niwano was born in Tokyo. After graduating with a degree in Law from Gakushuin University, she studied at Gakurin Seminary, the training institution for Rissho Kosei-kai leaders. Presently, as she studies the Lotus Sutra, she continues to act as President-designate, making speeches for participants in the main ceremonies of Rissho Kosei-kai, and handling activities for interfaith cooperation at home and abroad. She married to Rev. Munehiro Niwano, she is mother of one son and three daughters.

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(regular); Gakurin Joshi Senshyuka (curso feminino de especialização, atualmente Escola Feminina Hoju de Especialização em Informação Internacional); Gakurin Yoka (curso preparatório, atualmente Curso para universitários Hikariju). Eu cursei o Gakurin Joshi Senshyuka.

O Gakurin Joshi Senshyuka é um curso feminino em que estudantes de diferentes partes do Japão, após formarem o colegial, têm uma vida em comum em uma república de estudantes e aprendem o Sutra de Lótus através de estágios. A vida em república inicia-se às cinco da manhã e às dez da noite apagam-se todas as luzes. O horário de fechamento dos portões é às seis da tarde e as alunas definem o turno de prática do dia sob a supervisão do diretor e da “mãe” da república. O turno de prática do dia inclui as três refeições de todas as alunas e a limpeza do estabelecimento. Era conhecido como escola preparatória de noivas.

Minha mãe é japonesa, e eu já havia ido ao Japão algumas vezes, mas tive muitos contratempos com relação a diferenças de costumes e problemas de comunicação na minha primeira experiência como bolsista. Entretanto, tive a felicidade de ter boas companheiras que me fizeram enxergar meus próprios defeitos e, na tentativa de me aperfeiçoar, creio que pude crescer.

Quando me formei no curso, dando continuidade aos estudos, segui para a faculdade e cursei mais quatro anos no Gakurin Yoka. À tarde eu estudava na faculdade, à noite estudava o Sutra de Lótus no Gakurin e participava do Hooza; quando não havia aulas, fazia estágio nas igrejas e participava dos treinamentos. Era uma vida diferente da vida de um estudante universitário e, apesar de ser difícil conciliar

Meus sinceros agradecimentos pela oportunidade de realizar o meu relato de experiência na cerimônia comemorativa dos trinta anos de fundação da RKK de Bangkok. Eterno Buda, Mestre Fundador, por favor, me guiem. Mestre Presidente, por favor, me guie. A todos, por favor, me guiem.

Agradeço sinceramente pela oportunidade de poder fazer uma retrospectiva dos quarenta e cinco anos de minha vida. Eu nasci no dia 29 de janeiro de 1967 como filha mais velha da família Srimardakul. Minha família é constituída pelos meus pais, eu e minha irmã mais nova. Meu pai é tailandês de origem chinesa e minha mãe foi criada num lar tipicamente japonês.

Conheci a Risho Kossei-kai há trinta anos, quando era estudante do ensino fundamental. Minha mãe foi guiada para a fé pela senhora Kurokawa, que foi o primeiro membro da Tailândia. Comecei a participar, com a minha mãe, das orações, hoozas e eventos na regional de Bangkok da época.

Quando eu já estava para me formar no colegial, como eu não havia decidido o que seguir, minha mãe pediu orientação ao Reverendo Tsukioka da igreja de Tottori no Japão, que havia vindo nessa época à Tailândia. Ao saber que havia na matriz de Tóquio um curso denominado Gakurin Joshi Senshyuka (curso feminino de especialização), onde eu poderia durante um ano e oito meses estudar o Sutra de Lótus, tomei a decisão de fazer esse curso.

O seminário denominado Gakurin é uma instituição educacional da Risho Kossei-kai para a formação de jovens que possam transmitir o espírito do Sutra de Lótus elucidado pelo Mestre Fundador. Na época existiam os cursos Gakurin Honka

Gratidão ao Passado e Prática no Presente em Direção ao Futuro

Mayuree Mukdathong Igreja de Bangkok

Este foi um relato realizado na cerimônia de 30 anos de fundação da igreja RKK de Bangkok, no dia 8 de julho de 2012.

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o estudo e a prática, foi uma experiência única para o meu crescimento.

Depois de me formar na faculdade, retornei para a Tailândia e após trabalhar numa empresa japonesa durante um ano, passei a fazer uma pós-graduação no Japão. Foi nessa época que conheci meu atual marido, com quem me casei em 2004; dois anos depois, tivemos a nossa primeira filha.

Quando engravidei da minha filha, minha alegria foi imensa. Até então fui uma pessoa que não pensava na própria saúde, e foi durante a gravidez que, pela primeira vez, dei importância à saúde, me cuidando com o que tomava e comia. Deixei de lado tanto o café, que não deixava de tomar para trabalhar, e os analgésicos para enxaqueca.

Assim nasceu saudável a nossa filha, mas dois ou três dias depois do nascimento, o médico disse que ela estava com icterícia. Ela teve que tomar o banho de luz e, antes do tratamento, no exame de sangue, perfuraram o pequeno calcanhar para recolher o sangue. Quando vi isso, fiquei com tanto dó dela que eu não parava de chorar.

Nessa hora me lembrei da história que havia ouvido de minha mãe quando eu era bebê. Quando bebê, eu tinha a saúde debilitada e vivia tendo febre alta. Tive também convulsões e todas as vezes meu pai me levava ao médico, às cinco da manhã, e ficava esperando horas e horas. Certa vez, meu pai teve que segurar firme o meu corpo para que o médico pudesse aplicar uma injeção. Meu pai, naquele dia, havia saído do consultório completamente suado e quase chorando. Lembrei-me dessas histórias que minha mãe havia me contado e entendi, pela primeira vez, o quanto meu pai havia sofrido por mim.

Dessa forma, experimentei o sentimento de preocupação em relação à minha filha e percebi que tanto meu pai quanto minha mãe haviam feito o mesmo comigo. Nasceu então dentro de mim um sentimento muito grande de gratidão.

A propósito, o nome de nossa filha é Nalin. Em tailandês significa “flor de lótus” e o apelido Lin significa em japonês “corajosa”. Quando colocamos este nome, como era a primeira filha, retiramos o primeiro som “Na” do nome de meu marido, Nawamin e colocamos o som “Lin” que transmite tranquilidade.

Coincidentemente havia uma palavra no budismo que significava “flor de lótus”.

Gostaria de criar nossa filha como a flor de lótus, uma pessoa de sentimento belo, gentil e dedicada, mas a realidade é que não tenho sido uma boa mãe, pois repasso a ela minha ira e minhas reclamações todos os dias. Por eu ser assim, para me tornar uma boa mãe, comecei a frequentar o curso de educação no lar da Risho Kossei-kai, e recebi a oportunidade de realizar uma função.

O princípio da educação no lar, que é o aprendizado com os filhos, é “se os pais mudarem os filhos mudarão”. Aprendi que se quero mudar os filhos, em primeiro lugar eu é que tenho que mudar. Se os filhos não mudam é prova de que eu não mudei. Aprendi também que devemos reconhecer as boas ações, elogiar e dizer que temos esperanças em relação aos filhos.

À medida que aprendo muita coisa no curso, percebo minhas falhas e pontos a serem refletidos, e o fato de poder ir corrigindo minhas falhas no relacionamento com a minha filha é, além de gratificante, uma felicidade muito grande.

Recentemente, minha filha disse coisas como: “Mamãe, você não quer dar carinho para mim?” “Se eu cair, mamãe, não vai me socorrer?” “Mamãe só faz as suas coisas”. De manhã, quando a levei para a escola, ela não queria me largar e me segurava dizendo: “Fica mais um pouco comigo”. Mesmo assistindo as aulas do curso, no começo eu falava: “Você não é boa filha porque não me obedece” ou “Não posso fazer nada se você cair e se machucar depois de ter me desobedecido”. Entretanto, depois que recebi a oportunidade de fazer este relato, comecei a fazer as orações e lembrei-me das palavras do professor

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Maruyama: “Observar o sentimento que está por trás das ações dos filhos” e pude compreender o sentimento que estava atrás das palavras da minha filha. Como sou muito atarefada com o trabalho, não tenho tempo de brincar com a minha filha, e como ela recebe atenção do pai e da avó, eu achava que isso já era o suficiente. Ela realmente tem o amor do pai e da avó, mas ela não tinha por completo o meu amor. Foi essa a razão de ela ter dito aquelas palavras; ela deve ter expressado, à sua maneira, o que tinha dentro dela, e isso me fez acordar. Quando percebi isso, eu disse à minha filha: “Você tem razão, eu não tenho dado atenção a você. Perdoe-me”. Dessa forma aumentei o tempo para me relacionar com a minha filha.

Outro dia, eu e meu marido estávamos atarefados o dia todo com os preparativos do trabalho de tradução simultânea que aconteceria dois dias depois. Não tive nenhum tempo para brincar com a minha filha e a havia dito antecipadamente: “Hoje o papai e a mamãe têm que trabalhar, por isso não podemos brincar com você, está bem?”. Minha filha, ouvindo isso, foi brincar sozinha com os brinquedos, assistiu à televisão com a avó e, no final da tarde, lembrou-se que ela havia planejado ir ao parque. Entretanto estava chovendo, e como não podia sair, ela começou a chorar. Se fosse o eu de antigamente eu falaria: “Não dá para sair porque está chovendo, não tem jeito”, a deixava chorando e continuaria o meu trabalho; mas, nessa hora, lembrei-me de que ela havia sido tolerante o dia todo e disse: “Então vamos juntas fazer um bolo?”. Ela ficou feliz e disse toda animada: “Eu quero sim!”. Naquela hora eu pensei em esquecer o meu trabalho e me divertir com a minha filha, e começamos a fazer o bolo. Minha filha deve ter ficado satisfeita com isso, e, quando percebi, lá estava ela vendo televisão e brincando sozinha. Nessa hora, lembrei-me das palavras do professor Maruyama: “A criança fica tranquila e feliz com um pouco de atenção que a mãe dá; é só “recarregar a bateria do amor””. Pela primeira vez entendi o que era “recarregar a bateria do amor”, pois, num curto espaço de tempo, minha filha havia ficado tranquila e satisfeita. Percebi também que por mais que eu a abraçasse e ficasse junto dela, como eu não estava presente de corpo e alma, o sentimento não estava sendo transmitido.

O curso de educação no lar não me fez apenas refletir, fez também perceber os pontos positivos de

minha filha. Ao dirigir, quando um ônibus andava na rua devagar, na minha frente, eu dizia: “Que lerdo!”. E a minha filha então dizia: “Mamãe, o ônibus também está trabalhando com atenção e dedicação”. Quando comíamos fora, eu agradecia por minha filha Lin trazer o suco para mim e dizia: “O suco que você me trouxe está delicioso!”. E minha filha dizia: “É porque dentro deste suco tem bastante do meu sentimento de gentileza”. Pude perceber o quanto minha filha era gentil e dedicada, e toda vez eu falo: “Como você é gentil!”. Tenho feito a prática lembrando sempre disso, pois aprendi no curso que é dessa forma que a natureza búdica expressa no Sutra de Lótus se fortalece.

Pensei então em querer transmitir às mães tailandesas o resultado visível que é obtido com as práticas aprendidas no curso, e atualmente estou ajudando nos preparativos das palestras do professor Maruyama e fazendo também a função de intérprete. No ano passado, tive a oportunidade de traduzir para o tailandês o artigo publicado na revista Yakushin, com o título “Você é uma boa mãe: não sofra sozinha”, do professor Maruyama, e tenho transmitido o texto por e-mail, para as pessoas que participam das palestras.

Certa vez, enquanto ainda continuava transmitindo o curso de educação no lar, tive a oportunidade de encontrar no trabalho um senhor que tinha um filho da mesma idade de minha filha. Ele me contou que o filho não gostava de ir à escola e que, depois de um ano, ainda não havia acostumado com a ideia. Certo dia, o pai viu, pelo lado de fora da escola, sem que fosse percebido, que o filho seguia os amigos com o rosto escondido no uniforme. Quando o filho voltou para casa, o pai perguntou por que ele fazia isso, e ele respondeu que era porque ele estava chorando. O filho estava triste, mas creio que foi mais doloroso ao pai ter tido conhecimento disso. Quando ouvi essa história, transmiti o que havia aprendido do professor Maruyama que é “abraçar” e “elogiar”, então disse: “Quando ele voltar para casa, abrace forte o seu filho, elogie por ele ter ido à escola e ter se esforçado. Tente perguntar o que aconteceu de bom na escola”. Entreguei também a ele o conteúdo do curso de líderes do professor Maruyama, traduzido para o tailandês. Depois de alguns meses, fiquei sabendo através dele mesmo que havia seguido os meus conselhos e que agora o filho ia todo feliz à escola e que adorava ir lá.

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Depois disso, também ele participou, com a família, de uma palestra do professor Maruyama.

Em janeiro deste ano, foi realizada mais uma palestra sobre educação no lar; além do convite, foi publicado na internet o artigo do professor Maruyama “Você é uma boa mãe: não sofra sozinha”, traduzido para o tailandês. Por esse fato, houve a inscrição de muitas pessoas que participaram do evento. Dentre os participantes, havia uma pessoa que recebeu orientação do professor Maruyama a respeito de problemas na educação dos filhos. Ela comentou na ocasião que havia pedido orientação a muitas pessoas e lido muitos livros, mas nunca havia ouvido um conselho tão simples de entender, tão concreto e fácil de praticar. Ela voltou, com o rosto mais alegre, dizendo que iria praticar em casa o que havia ouvido.

A roda da educação no lar da Tailândia ainda é pequena, mas para poder transmitir a alegria obtida através da prática do princípio “se os pais mudarem os filhos mudarão”, quero pouco a pouco ampliar essa roda, colaborando com a Sra. Sassagawa, Sra. Sato e Sra. Ken.

Atualmente estou morando com os meus pais. Meu pai se encontra completamente acamado, mas está bem. Minha mãe, por eu estar sempre ocupada, cuida de minha filha e de tudo à nossa volta. Ela não intervém na educação de nossa filha, mas quando faço algo errado ela me chama a atenção. É muito gratificante. Graças à minha mãe, nossa filha é muito boa e alegre. Creio que eu sozinha não conseguiria criá-la dessa forma. Agradeço de coração à minha mãe.

Meu marido não é membro da Risho Kossei-kai, mas possui um pensamento de acordo com a razão e faz qualquer coisa para ajudar o próximo. Ele tem tido também a oportunidade de ajudar como intérprete e hoje está, nesta cerimônia, fazendo também a função de intérprete. Graças à compreensão e apoio do meu marido, trabalho dando vida às línguas que recebi de presente de meus pais e posso também cuidar deles. Agradeço de coração ao meu marido.

Por último, quero dizer que, graças à função que tive hoje de fazer, o meu relato, pude rever o meu passado e perceber que não percorri o meu caminho

sozinha; percebi que tive, além de meus pais, o apoio de muitas e muitas pessoas à minha volta e que foi graças a elas que sou o que sou hoje. Agradeço profundamente a todos.

Daqui para a frente, também quero dar vida ao tesouro que recebi, que são a língua e a cultura do meu pai, que é tailandês de origem chinesa, e da minha mãe, que é japonesa. Através da educação no lar, quero dar importância à fé herdada de minha mãe e fazer o voto de transmitir o ensinamento de Buda e do Mestre Fundador a muitas pessoas.

Eterno Buda, Mestre Fundador, muito obrigada. Mestre Presidente, muito obrigada.

Meus sinceros agradecimentos pela atenção de todos.

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Kaiso Zuikan vol.6, p.254-255

A impetuosidade é proibida

O mamão é uma fruta que possui a polpa macia além de ajudar na digestão; ultimamente tem aumentado o seu consumo.

No interior do mamão, existem muitas sementes pequenas e pretas que, quando espalhadas no quintal durante o verão, num instante geram folhas. Entretanto, quando elas entram em contato com o ar frio do outono, começam a secar. Pode ser que o solo do Japão não seja adequado, pois, mesmo que no início as sementes demonstrem vigor, elas não se desenvolvem.

A perseverança no caminho búdico também acontece da mesma forma; se há muita impetuosidade no início, no meio do caminho acaba-se o fôlego. Quando observamos que, certo dia, de repente, a pessoa começou a sua perseverança, de repente ela para. Se a perseverança não for contínua, não obteremos frutos. O importante é dar o primeiro passo e depois avançar com diligência e persistência.

Se deixarmos as sementes em cima da mesa nada brotará. É necessário um esforço contínuo: precisamos enterrá-las, fazer com que o sol bata nelas e não nos esquecermos de regá-las. O mesmo deve ser feito pelos que trilham o caminho búdico: não devem ser indolentes, mas precisam lembrar sempre de que não podem ser tão impetuosos, pois assim não conseguirão atingir seus objetivos.

As palavras “Em primeiro lugar, o próximo” e “Acumular virtudes” são consideradas uma tradição maravilhosa da Risho Kossei-kai. Desde janeiro deste ano, estive visitando vários sanghas do mundo, e tive a oportunidade de me encontrar com muitas pessoas que estão perseverando na prática do ensinamento realizando funções de destaque ou de apoio para a disseminação nas regiões em que se encontram. A postura humilde de poder ter a oportunidade de realizar uma função ou a aceitação do acúmulo de virtudes como uma alegria é comum nos sanghas do mundo todo. Durante a expansão dessa tradição, tivemos em julho a entronização da imagem do Eterno Buda na regional de Sacalina, a primeira na Rússia, e em setembro foi instalada a Regional de Phnon Penh no Camboja.

Aprendemos que “A virtude é a base da felicidade”. Mesmo que não enxerguemos resultados, mesmo que nos encontremos no meio de pessoas que procuram apenas “vantagens”, procuremos trilhar o caminho búdico e continuemos plantando virtudes. A razão está em que, se assim o fizermos, com certeza, obteremos felicidade, e isso fará florescer uma grande flor para a paz do mundo.

A Virtude é a Semente da Felicidade

THE TEACHING OF FOUNDER NIKKYO NIWANO

Rev. Shoko Mizutani Director of Rissho Kosei-kai International

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SHAN-ZAI Volume 86(December 2012)

【Published by】Rissho Kosei-kai International Fumonkan, 2-6-1 Wada Suginami-ku, Tokyo, 166-8537 Japan TEL: 03-5341-1124 FAX: 03-5341-1224 E-mail : [email protected] Senior Editor: Shoko Mizutani Editor: Etsuko Nakamura Translator: Nicia Lemi Kishi Copy Editor: Angela Sivalli Ignatti Editorial Staff: Shiho Matsuoka, Yukino Kudo, Mayumi Eto, Sayuri Suzuki, Eriko Kanao, Emi Makino, and Yurie Nogawa

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Primeira participação no Seitanti Matsuri

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Dayton

West Delhi

Rissho Kosei-kai Rissho Kosei-kai is a lay Buddhist organization whose holy scripture is the Threefold Lotus Sutra. It was estab-lished by Founder Nikkyo Niwano and Co-founder Myoko Naganuma in 1938. This organization is composed of ordinary men and women who have faith in the Buddha and strive to enrich their spirituality by applying his teach-ings to their daily lives. At both the local community and international levels, we, under the guidance of the Presi-dent Nichiko Niwano are very active in promoting peace and well-being through altruistic activities and coopera-tion with other organizations

Phnom Penh

Singapore

London, The United Kingdom

Tailândia, Sri Lanka, Bangladesh e Índia. Os participantes vestiram-se com seus trajes típicos e, portando instrumentos típicos de seus países, espalharam sorrisos e vitalidade do sul da Ásia a todos que se encontravam nas calçadas.

Ao final da marcha, as pessoas tiveram a possibilidade de fazer o agradecimento na casa onde nasceu o Mestre Fundador. Na oportunidade os membros relataram sobre a disseminação do ensinamento do Mestre Fundador, que está sendo feita no mundo todo.

Nos dias 13 e 14 de outubro foi realizado o Festival Seitanti Matsuri na cidade natal do Mestre Fundador, Tookamati, na província de Niigata. O objetivo deste Festival é reunir pessoas que enaltecem os notáveis feitos do Mestre Fundador. Ao mesmo tempo é uma oportunidade para o aprofundamento do intercâmbio cultural e contribuem para a promoção e desenvolvimento da cidade.

Na parada do dia 14 aconteceu a apresentação da banda de instrumentos de sopro da cidade, a demonstração artística nativa da província e a parada do Mandoo (lanternas de papel portátil num estandarte), realizada por 62 igrejas da Risho Kossei-kai.

Foi o 36º Festival, e, pela primeira vez participaram desfilando juntos os membros do sul da Ásia, num total de 63 pessoas, que vieram da

Rissho Kosei-kai International5F Fumon Hall, 2-6-1 Wada, Suginami-ku, Tokyo, JapanTel: 81-3-5341-1124 Fax: 81-3-5341-1224

Rissho Kosei-kai International of North America (RKINA)4255 Campus Drive, University Center A-245 Irvine, CA 92612, U.S.A.Tel: 1-949-336-4430 Fax: 1-949-336-4432e-mail: [email protected] http://www.rkina.org

Branch under RKINARissho Kosei-kai of Tampa Bay2470 Nursery Rd.Clearwater, FL 33764, USATel: (727) 560-2927e-mail: [email protected]://www.buddhismtampabay.org/

Rissho Kosei-kai International of South Asia (RKISA)201 Soi 15/1, Praram 9 Road, Bangkapi, HuankhwangBangkok 10310, Thailand Tel: 66-2-716-8141 Fax: 66-2-716-8218e-mail: [email protected]

Rissho Kosei-kai Buddhist Church of Hawaii2280 Auhuhu Street, Pearl City, HI 96782, U.S.A. Tel: 1-808-455-3212 Fax: 1-808-455-4633 e-mail: [email protected] http://www.rkhawaii.org

Rissho Kosei-kai Maui Dharma Center 1817 Nani Street, Wailuku, Maui, HI 96793, U.S.A. Tel: 1-808-242-6175 Fax: 1-808-244-4265

Rissho Kosei-kai Kona Dharma Center 73-4592 Mamalahoa Highway, Kailua-Kona, HI 96740, U.S.A. Tel: 1-808-325-0015 Fax: 1-808-333-5537

Rissho Kosei-kai Buddhist Church of Los Angeles 2707 East First Street, Los Angeles, CA 90033, U.S.A. Tel: 1-323-269-4741 Fax: 1-323-269-4567e-mail: [email protected] http://www.rkina.org/losangeles.html

Rissho Kosei-kai Dharma Center of San Antonio 6083 Babcock Road, San Antonio, TX 78240, U.S.A. Tel: 1-210-561-7991 Fax: 1-210-696-7745 e-mail: [email protected] http://www.rkina.org/sanantonio.html

Rissho Kosei-kai Buddhist Center of Arizona

Rissho Kosei-kai Buddhist Center of Colorado

Rissho Kosei-kai Buddhist Center of San Diego

Rissho Kosei-kai Buddhist Center of Las Vegas

Rissho Kosei-kai of San Francisco 1031 Valencia Way, Pacifica, CA 94044, U.S.A. Tel: 1-650-359-6951 Fax: 1-650-359-6437 e-mail: [email protected] http://www.rkina.org/sanfrancisco.html

Rissho Kosei-kai of Seattle’s Buddhist Learning Center 28621 Pacific Highway South, Federal Way, WA 98003, U.S.A. Tel: 1-253-945-0024 Fax: 1-253-945-0261 e-mail: [email protected]

Rissho Kosei-kai of Sacramento

Rissho Kosei-kai of San Jose

Rissho Kosei-kai of Vancouver

Lotus Buddhist Circle 851 N. San mateo Drive, San Mateo, CA 94401, U.S.A. http://www.buddhistlearningcenter.com/

Rissho Kosei-kai of New York 320 East 39th Street, New York, NY 10016, U.S.A. Tel: 1-212-867-5677 Fax: 1-212-697-6499 e-mail: [email protected] http://rk-ny.org/

Rissho Kosei-kai of Chicago 1 West Euclid Ave., Mt. Prospect, IL 60056, U.S.A. Tel & Fax: 1-847-394-0809 e-mail: [email protected] http://home.earthlink.net/~rkchi/

Rissho Kosei-kai Dharma Center of Oklahoma 2745 N.W. 40th Street, Oklahoma City, OK 73112, U.S.A. Tel & Fax: 1-405-943-5030 e-mail: [email protected] http://www.rkok-dharmacenter.org

Rissho Kosei-kai Buddhist Center of Dallas

Rissho Kosei-kai Buddhist Center of Klamath Falls724 Main St., Suite 214, Klamath Falls, OR 97601, U.S.A.Tel: 1-541-810-8127 Rissho Kosei-kai, Dharma Center of Denver1571 Race Street, Denver, Colorado 80206, U.S.A. Tel: 1-303-810-3638Rissho Kosei-kai Dharma Center of Dayton446 “B” Patterson Road, Dayton, OH 45419, U.S.Ahttp://www.rkina-dayton.com/

Risho Kossei-kai do BrasilRua Dr. José Estefno 40, Vila Mariana, São Paulo-SP, CEP 04116-060, Brasil Tel: 55-11-5549-4446 Fax: 55-11-5549-4304 e-mail: [email protected] http://www.rkk.org.br

Risho Kossei-kai de Mogi das Cruzes Av. Ipiranga 1575-Ap 1, Mogi das Cruzes-SP, CEP 08730-000, Brasil Tel: 55-11-4724-8862

Rissho Kosei-kai of Taipei4F, No. 10 Hengyang Road, Jhongjheng District, Taipei City 100Tel: 886-2-2381-1632 Fax: 886-2-2331-3433

Rissho Kosei-kai of TaichungNo. 19, Lane 260, Dongying 15th St., East Dist., Taichung City 401 Tel: 886-4-2215-4832/886-4-2215-4937 Fax: 886-4-2215-0647

Rissho Kosei-kai of Jilung

Rissho Kosei-kai of TainanNo. 45, Chongming 23rd Street, East District, Tainan City 701 Tel: 886-6-289-1478 Fax: 886-6-289-1488

Rissho Kosei-kai of Pingtung No. 4, Lane 60, Minquan Road, Pingtung City,Pingtung County 900Tel: 886-8-732-1241 Fax: 886-8-733-8037

Korean Rissho Kosei-kai423, Han-nam-dong, Young-San-ku, Seoul, Republic of Korea Tel: 82-2-796-5571 Fax: 82-2-796-1696 e-mail: [email protected]

Korean Rissho Kosei-kai of Pusan1258-13, Dae-Hyun-2-dong, Nam-ku, Kwang-yok-shi, Pusan,Republic of KoreaTel: 82-51-643-5571 Fax: 82-51-643-5572

Korean Rissho Kosei-kai of Masan

Rissho Kosei-kai

Overseas Dharma Centers 2012

Branches under the HeadquartersRissho Kosei-kai of Hong Kong Flat D, 5/F, Kiu Hing Mansion, 14 King’s Road,North Point, Hong Kong,Special Administrative Region of the People’s Republic of China Tel: 852-2-369-1836 Fax: 852-2-368-3730

Rissho Kosei-kai of Ulaanbaatar 39A Apartment, room number 13, Olympic street, Khanuul district, Ulaanbaatar, Mongolia Tel & Fax: 976-11-318667 e-mail: [email protected]

Rissho Kosei-kai of Sukhbaatar 18 Toot, 6 Orts, 7 Bair, 7 Khoroo, Sukhbaatar district, Ulaanbaatar, Mongolia

Rissho Kosei-kai of Sakhalin4 Gruzinski Alley, Yuzhno-Sakhalinsk693005, Russian FederationTel & Fax: 7-4242-77-05-14

Rissho Kosei-kai of the UK

Rissho Kosei-kai of VeneziaCastello-2229 30122-Venezia Ve Italy

Rissho Kosei-kai of Paris86 AV Jean Jaures 93500 Tentin Paris, France

Rissho Kosei-kai of Sydney

International Buddhist Congregation (IBC)5F Fumon Hall, 2-6-1 Wada, Suginami-ku, Tokyo, JapanTel: 81-3-5341-1230 Fax: 81-3-5341-1224e-mail: [email protected] http://www.ibc-rk.org/

Rissho Kosei-kai of South Asia Division85/A Chanmari Road, Lalkhan Bazar, Chittagong, BangladeshTel & Fax: 880-31-2850238

Thai Rissho Friendship Foundation 201 Soi 15/1, Praram 9 Road, Bangkapi, Huaykhwang Bangkok 10310, Thailand Tel: 66-2-716-8141 Fax: 66-2-716-8218 e-mail: [email protected]

Rissho Kosei-kai of Bangladesh 85/A Chanmari Road, Lalkhan Bazar, Chittagong, Bangladesh Tel & Fax: 880-31-2850238

Rissho Kosei-kai of Dhaka House No.465, Road No-8, D.O.H.S Baridhera, Dahka Cand.-1206, Bangladesh Tel: 880-2-8316887

Rissho Kosei-kai of Mayani Mayani Barua Paya, Mirsarai, Chittagong,Bangladesh

Rissho Kosei-kai of Patiya Patiya, Post office road, Patiya, Chittagong, Bangladesh

Rissho Kosei-kai of Domdama Domdama, Mirsarai, Chittagong, Bangladesh

Rissho Kosei-kai of Cox’s Bazar Phertali Barua Para, Cox’s Bazar, Bangladesh

Rissho Kosei-kai of Satbaria Satbaria, Hajirpara, Chandanish, Chittagong, Bangladesh

Rissho Kosei-kai of Laksham Dupchar (West Para), Bhora Jatgat pur, Laksham, Comilla,Bangladesh

Rissho Kosei-kai of Raozan West Raozan, Ramjan Ali Hat, Raozan, Chittagong, Bangladesh

Rissho Kosei-kai of Chendirpuni Chendirpuni, Adhunagor, Lohagara, Chittagong, Bangladesh

Rissho Kosei-kai of Sri Lanka 382/17, N.A.S. Silva Mawatha, Pepiliyana, Boralesgamuwa, Sri Lanka Tel & Fax: 94-11-2826367

Rissho Kosei-kai of Polonnaruwa No. 29 Menik Place, Kaduruwela, Polonnaruwa, Sri Lanka

Rissho Kosei-kai of Habarana 151, Damulla Road, Habarana, Sri Lanka

Rissho Kosei-kai of Galle No.43 Melban Park Akmeemana, Galle, Sri Lanka

Rissho Kosei-kai of Kandy-wattegama 12 Station Road, Kapugastota, Sri Lanka

Branches under the South Asia DivisionDelhi Dharma CenterB-117 (Basement Floors), Kalkaji, New Delhi-110019, India Tel: 91-11-2623-5060 Fax: 91-11-2685-5713 e-mail: [email protected]

Rissho Kosei-kai of West DelhiA-139 Ganesh Nagar, Tilak NagarNew Delhi-110018, India

Rissho Kosei-kai of KolkataE-243 B. P. Township, P. O. Panchasayar, KOLKATA 700094, India

Rissho Kosei-kai of Kathmandu Ward No. 3, Jhamsilhel, Sancepa-1, Lalitpur,Kathmandu, Nepal Tel: 977-1-552-9464 Fax: 977-1-553-9832e-mail: [email protected]

Rissho Kosei-kai of LumbiniShantiban, Lumbini, Nepal

Rissho Kosei-kai of Singapore

Rissho Kosei-kai of Phnom Penh #201E2, St 128, Sangkat Mittapheap, Khan 7 Makara,Phnom Penh, Cambodia

Other GroupsRissho Kosei-kai Friends in Shanghai1F, ZHUQIZHAN Art Museum, No. 580 OuYang Road,Shanghai 200081 China