O texto na internet

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Produção Textual

A produção textual na web segue uma lógica em que a pauta é o próprio roteiro. A definição preliminar das interatividades é fundamental para guiar o trabalho de apuração, os formatos a serem trabalhados (áudio, vídeo, imagem, infográficos, slideshow), e a fragmentação da narrativa, que será escrita por último, alinhavando os subtextos criados a partir de um texto inicial, chamado de lidão.

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No exemplo, se observa um texto inicial no nível 1 (N1), que será desdobrado em subtemas. Neles, já são previstos os formatos (N2) (áudio, vídeo, imagem, infográficos, slideshow) serão utilizados, facilitando o planejamento e a divisão de tarefas na fase de captação jornalística. Dependendo da edição, pode-se optar pelo aprofundamento de um subtema em um novo subtema (N3)

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Técnicas de redação

Deve-se tentar, sempre que possível, adaptar o tamanho do texto para a tela de leitura, pois a barra de rolagem na web causa desconforto ao leitor.

Deve-se definir o número de parágrafos de acordo com a mídia em que a matéria for veiculada (textos com mais parágrafos para web e menores para tabletse smartphones).

Tudo isso, é claro, respeitando o projeto gráfico e editorial da publicação.

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Pirâmide Invertida

A técnica da Pirâmide Invertida continua sendo uma das melhores técnicas utilizada para transmissão objetiva de informação, ainda que mantenha os pilares da linearidade.

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• Primeiro parágrafo – o lead (= do inglês, liderar, conduzir)

• Segundo parágrafo – ampliação do lead

• Terceiro parágrafo – contextualização

• Quarto parágrafo – material secundário ou menos importante

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Vantagens para o leitor

- captam mais facilmente a atenção

- permitem que o leitor interrompa a leitura sem ter que chegar ao final do texto

- na web, os usuários não costuma rolar a tela, e portanto, não lêem até o final

No entanto, a WEB deu a ela novas possibilidades, proporcionadas pelo uso do Hipertexto.

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Pirâmides Flutuantes

Combinada com o uso das interatividades, convencionou-se chamar de Pirâmides Flutuantes (Nielsen). É nela que a narrativa é fragmentada, já prevendo as interatividades.

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Pirâmide Deitada

Outra técnica de redação é proposta pela pesquisador português João Canavilhas. Nela são trabalhados os níveis de leitura. Na prática, parte das perguntas de uma unidade base textual (“o quê”, “quando”, “quem” e “onde”) para o nível explicativo (“por quê” e “como”).

Após a contextualização, inicia-se o nível de contextualização, onde entrariam os outros formatos interativos (áudio, vídeo, imagem, infográficos, slideshow). Por último, no nível exploratório, o texto pode adicionar outros links externos.

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O Diamante da Notícia

Para os casos de grandes cobertura jornalísticas, Paul Brandshaw criou um modelo extremamente detalhado que prevê todas as fases de cobertura da notícia: o chamado Diamante da Notícia.

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• Nesse modelo, três fatores são fundamentais: velocidade, profundidade e interatividade. A cobertura jornalística envolve sete passos:

1) Alerta – Um alerta é enviado sobre um fato que acaba de ocorrer. Esse alerta é enviado para todas as plataformas e serviços informativos (sites jornalísticos, facebook, Twitter e Smartphones) 2) Rascunho – Uma nota preliminar é divulgada, envolvendo aspectos básicos da notícia (lead). 3) Artigo (Notícia) – com informações mais apuradas, é escrita uma notícia4) Contextualização – são adicionadas interatividades ao texto.5) Análise – uma análise é feita por um especialista, que pode ser textual ou via podcast6) Interatividade – chamada por Brandshaw de “a cauda longa da notícia”, é criada uma atualização interativa (animação em flash que combine hipertexto, vídeo, áudio, animação e base de dados). Podem ser criados ainda chats, fóruns ou até uma página wiki.7) Customização – criam-se formas personalizadas de distribuição da notícia para outras plataformas, ou uma forma personalizada de distribuição, via RSS, por exemplo

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TIPOS TEXTUAIS DIGITAIS

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Tipos textuais na grande imprensa

1) Flash – informação rápida e curta, variando de uma a três linhas em média. Comunica um fato grandioso, espetacular, confirmado, mas que ainda está em processo de apuração.

Exemplo: Copom eleva taxa Selic para 13,25% ao ano

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2) Factual – é o relato de um fato se atendo estritamente ao lead.

Exemplo:

Copom eleva taxa Selic para 13,25% ao anoO Banco Central confirmou o que era esperado pelo mercado e elevou nesta quarta-feira (29) a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, para 13,25% ao ano. Foi a quinta alta seguida desde a reeleição de Dilma Rousseff, no fim de outubro.

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3) Agenda – é a informação de um fato que está previsto para acontecer

Exemplo:

Mercado aposta em alta do juro básico a 12,25% ao anoEconomistas de instituições financeiras cravaram as apostas de que o ritmo de aperto monetário será mantido nas próximas semanas e a taxa Selic, que será divulgada nesta quarta, terá elevação de 0,50 ponto percentual, em um ambiente de inflação ainda mais alta e crescimento mais fraco.A expectativa do mercado é de que a taxa básica de juros, atualmente em 11,75% ao ano será elevada a 12,25% ao ano, ao final da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

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4) Repercute – é a repercussão de um fato com uma (ou mais) fonte(s ) a partir de um factual

Exemplo:

Para economista, inflação deve pressionar juros em junhoA alta de juros da taxa Selic para 13,25% ao mês deve projetar um cenário de alta de inflação. Segundo o economista-chefe da gestora INVX Global Partners , Eduardo Velho, a inflação alta deve fazer com que o BC faça novo aumento de juros em junho. "Mas deve ser a última alta, porque o contexto da economia nacional não permite novos aumentos, sob risco de afetar mais ainda o crescimento do Brasil", afirmou.Segundo o economista, a meta de inflação de 2015 já foi comprometida em virtude do atraso na aprovação do ajuste fiscal.

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5) Consolidado – é o texto jornalístico completo, reunindo o factual e os desdobramentos dele, incluindo detalhes e repercussões.

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Exemplo:

BC aumenta taxa básica de juros para 13,25% ao anoO Banco Central confirmou o que era esperado pelo mercado e elevou nesta quarta-feira (29) taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, para 13,25% ao ano. Foi a quinta alta seguida desde a reeleição de Dilma Rousseff, no fim de outubro.O aumento da taxa, que serve de referência para o custo do dinheiro na economia brasileira, veio em conformidade com as expectativas do mercado. A alta era a aposta de 53 dos 61 economistas ouvidos em pesquisa da Bloomberg. Os outros oito viam aumento de 0,25 ponto percentual, a 13%.A decisão foi unânime e o comunicado foi exatamente o mesmo da reunião passada.Os juros estão agora no maior nível desde janeiro de 2009. Naquela época, o BC iniciava um processo de redução da taxa básica para reanimar a economia diante dos efeitos da queda do banco Lehman Brothers.A decisão foi anunciada em um momento em que o dólar e o reajuste de tarifas pressionam a inflação e a atividade econômica aprofunda a recessão -o PIB recuará 1,1%, segundo analistas.

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A taxa Selic é utilizada nos empréstimos que o BC faz a instituições financeiras. Ela também serve de referência para a economia e para os juros cobrados de consumidores e empresas.Para a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), marcada para 2 e 3 de junho, as previsões divergem sobre a possibilidade de uma nova alta de juros. Um novo aumento poderia afetar ainda mais a atividade econômica, e a expectativa é que a inflação comece a retroceder sob efeito da política monetária.Para Eduardo Velho, economista-chefe da gestora INVX Global Partners, a inflação alta deve fazer com que o BC faça novo aumento de juros em junho. "Mas deve ser a última alta, porque o contexto da economia nacional não permite novos aumentos, sob risco de afetar mais ainda o crescimento do Brasil", afirma.Para a equipe de análise da Concórdia, a alta desta quarta-feira foi a última deste ano, para não afetar mais ainda a economia brasileira.O BC tenta trazer a inflação ao consumidor, que está acima de 8% no acumulado em 12 meses, para a meta de 4,5% até o fim de 2016. Para isso, conta com o aumento de juros, com a desaceleração da economia e com a melhora nas contas públicas (menos gastos e mais impostos).Para o BC, é preciso agir para evitar que os efeitos da alta do dólar e da correção de tarifas e preços controlados pelo governo se espalhem ainda mais pela economia e mantenham a inflação alta.