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Excelentíssimo Senhor Jairo Jorge da Silva Prefeito de Canoas - RS O Partido Popular Socialista (PPS) de Canoas, por sua Comissão Executiva, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, trazer o estudo inicial para a IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE FLUVIAL NO MUNICIPIO DE CANOAS – RS”. APRESENTAÇÃO DO TEMA Hoje nas médias e grandes cidades o transporte público torna-se cada vez mais necessário no dia a dia de seus moradores, uma vez que a circulação é uma necessidade física relacionada às necessidades de produção e reprodução de grupos e classes sociais, condicionadas por fatores sociais, econômicos, políticos e culturais. O tema apresentado tem como intuito à criação de um sistema de circulação, na procura de uma sociologia de transporte, feita dentro de uma perspectiva mais ampla da sociologia do

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Excelentíssimo Senhor

Jairo Jorge da SilvaPrefeito de Canoas - RS

O Partido Popular Socialista (PPS) de Canoas, por sua Comissão Executiva,

vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, trazer o estudo

inicial para a “IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE FLUVIAL NO MUNICIPIO DE CANOAS – RS”.

APRESENTAÇÃO DO TEMA

Hoje nas médias e grandes cidades o transporte público torna-se cada vez

mais necessário no dia a dia de seus moradores, uma vez que a circulação é

uma necessidade física relacionada às necessidades de produção e

reprodução de grupos e classes sociais, condicionadas por fatores sociais,

econômicos, políticos e culturais.

O tema apresentado tem como intuito à criação de um sistema de circulação,

na procura de uma sociologia de transporte, feita dentro de uma perspectiva

mais ampla da sociologia do espaço, não em um espaço geográfico “natural”,

mas em um espaço produzido pelo o homem, um “ambiente construído”.

O tema proposto é a IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE FLUVIAL NO MUNICIPIO DE CANOAS – RS, que atenda a demanda das

necessidades da produção e reprodução no município de Canoas, e crie novas

perspectivas para o turismo de maneira sustentável gerando renda e atrativos

para seus moradores.

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1. INTRODUÇÃO

O TRANSPORTE NO BRASIL*USP - A Folha de S. Paulo - Ambiente Brasil

Até a década de 1950, a economia brasileira se fundava

na exportação de produtos primários, e com isso o

sistema de transportes limitou-se aos transportes fluviais

e ferroviários. Com a aceleração do processo industrial

na segunda metade do século XX, a política para o setor concentrou os

recursos no setor rodoviário, com prejuízo para as ferrovias, especialmente na

área da indústria pesada e extração mineral. Como resultado, o setor

rodoviário, o mais caro depois do aéreo, movimentava no final do século mais

de sessenta por cento das cargas.

As primeiras medidas concretas para a formação de um sistema de transportes

no Brasil só foram estabelecidas em 1934. Desde a criação da primeira estrada

de ferro até 1946 os esquemas viários de âmbito nacional foram montados

tendo por base as ferrovias, complementados pelas vias fluviais e a malha

rodoviária. Esses conceitos começaram a ser modificados a partir de então,

especialmente pela profunda mudança que se operou na economia brasileira, e

a ênfase passou para o setor rodoviário.

A crise econômica da década de 1980 e uma nova orientação política tiveram

como conseqüência uma queda expressiva na destinação de verbas públicas

para os transportes.

2. MODAIS DE TRANSPORTE NO BRASIL

2.1. TRANSPORTE FERROVIÁRIO

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A primeira estrada de ferro brasileira foi inaugurada no Rio de Janeiro em 1854,

com 14,5 km de extensão, unindo a Baía de Guanabara ao sopé da Serra da

Estrela, no caminho de Petrópolis. Outras foram construídas posteriormente, no

Nordeste e no planalto paulista, estas impulsionadas pela cultura do café –

provocando a ligação de Santos - São Paulo-Jundiaí e a construção das linhas

das Cias.

O setor ferroviário se desenvolveu de forma acelerada desde a inauguração da

primeira estrada de ferro, até 1920. A década de 1940 marcou o começo do

processo de estagnação, que se acentuou com a ênfase do poder central na

malha rodoviária. Diversas ferrovias e ramais começaram a ser desativados e a

rede ferroviária, que em 1960 tinha 38.287 km, reduziu-se a 26.659 km em

1980. A crise do petróleo na década de 1970 mostrou a necessidade da

correção da política de transportes, mas dificuldades financeiras impediram a

adoção de medidas eficazes para recuperar, modernizar e manter a rede

ferroviária nacional, que entrou em processo acelerado de degradação.

Na década de 1980, a administração pública tentou criar um sistema ferroviário

capaz de substituir o rodoviário no transporte de cargas pesadas. Uma das

iniciativas de sucesso foi a construção da Estrada de Ferro Carajás,

inaugurada em 1985, com 890 km de extensão, que liga a província mineral de

Carajás, no sul do Pará, ao porto de São Luís MA. O volume de investimentos,

porém, ficou muito aquém das necessidades do setor num país das dimensões

continentais do Brasil. As ferrovias transportam 33% da carga (minério de ferro

e granéis) e já apresentam expansão em sua malha.

2.2. TRANSPORTE RODOVIÁRIO

No Brasil, a extensa área, a disponibilidade hídrica, a longa faixa litorânea e os

relevos pouco acidentados não impediram a adoção de uma política de

transportes apoiada nas rodovias.

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As estradas brasileiras tiveram sua construção iniciada apenas no século XIX e

as rodovias surgiram na década de 1920, primeiramente no Nordeste, em

programas de combate às secas. Em 1928 foi inaugurada a primeira rodovia

pavimentada, do Rio de Janeiro - Petrópolis, hoje rodovia Washington Luís.

A partir das décadas de 1940 e 1950, a construção de rodovias ganhou

poderoso impulso devido a três fatores principais: a criação do Fundo

Rodoviário Nacional, em 1946, que estabeleceu um imposto sobre

combustíveis líquidos, usado para financiar a construção de estradas pelos

estados e a União; a fundação da Petrobrás, em 1954, que passou a produzir

asfalto em grande quantidade; e a implantação da indústria automobilística

nacional, em 1957.

A mudança da capital do Rio de Janeiro para Brasília levou à criação de um

novo e ambicioso plano rodoviário para ligar a nova capital a todas as regiões

do país. Entre as rodovias construídas a partir desse plano destacam-se a

Brasília-Acre e a Belém-Brasília, que se estende por 2.070 km, um terço dos

quais através da selva amazônica.

Em 1973 passou a vigorar o Plano Nacional de Viação, que modificou e definiu

o sistema rodoviário federal. Compõe-se o sistema federal das seguintes

rodovias:

a) 8 rodovias radiais, com ponto inicial em Brasília e numeração iniciada por

zero;

b) 14 rodovias longitudinais, no sentido norte-sul, com numeração iniciada em

um;

c) 21 rodovias transversais, no sentido leste-oeste, com numeração iniciada em

dois;

d) 29 rodovias diagonais, cuja numeração começa em três;

e) 78 rodovias de ligação entre cidades, com numeração iniciada em quatro.

Entre as rodovias mais modernas do Brasil estão a Presidente Castelo Branco,

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que liga São Paulo à região Centro-Oeste; a Torres-Osório, no Rio Grande do

Sul; a Rio - Santos, que, como parte da BR-101, percorre o litoral dos estados

do Rio de Janeiro e São Paulo; e a rodovia dos Imigrantes, de São Paulo a

Santos.

As dificuldades econômicas do país a partir do final da década de 1970

causaram uma progressiva degradação da rede rodoviária. Na década de

1980, o crescimento acelerado deu lugar à estagnação. A perda de receitas,

com a extinção, em 1988, do imposto sobre lubrificantes e combustíveis

líquidos e do imposto sobre serviços de transporte rodoviário, impediu a

ampliação da rede e sua manutenção. Como resultado, em fins do século XX a

precária rede rodoviária respondia por 65% do transporte de cargas e 92% do

de passageiros.

Embora o sistema rodoviário, incrementado a partir da década de 60 com a

expansão da indústria automobilística, seja oneroso (três vezes mais do que o

ferroviário e nove vezes mais do que o fluvial, além de consumir 90% do diesel

utilizado em transportes no país), responde por cerca de 60% da carga que

circula no território. Como objetivou a integração inter-regional, seu

desenvolvimento prejudicou a melhoria e a expansão dos transportes

ferroviários e hidroviários.

2.3. TRANSPORTE AÉREO

Implantado no Brasil em 1927, o transporte aéreo é realizado por companhias

particulares sob o controle do Ministério da Aeronáutica no que diz respeito ao

equipamento utilizado, abertura de novas linhas etc. A rede brasileira, que

cresceu muito até a década de 1980, sofreu as conseqüências da crise mundial

que afetou o setor nos primeiros anos da década de 1990.

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O transporte aeroviário é responsável por 4% do movimento total de

passageiros no Brasil. No segmento de carga, sua participação é de 0,65%. A

receita total do setor gira em torno de R$ 12 bilhões ao ano.

As companhias aéreas brasileiras transportaram em média 40 milhões de

passageiros (29 milhões em vôos internos e 11 milhões em vôos

internacionais), de acordo com o Departamento de Aviação Civil - DAC, com

um acréscimo de 27,9% em relação ao ano anterior. Além disso, haviam

10.332 aeronaves registradas ativas e 2.014 aeroportos e aeródromos oficiais,

sendo 1.299 privados e 715 públicos (dados de abril/2000).

Os principais centros do país em volume de passageiros transportados são

pela ordem: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Salvador,

Recife, Porto Alegre, Curitiba, Fortaleza e Manaus. Em volume de cargas,

destacam-se São Paulo (incluindo-se o aeroporto de Viracopos, em Campinas -

o 1° do país em carga aérea), Rio de Janeiro, Manaus, Brasília e Belo

Horizonte.

2.4. TRANSPORTE MARÍTIMO

Entre 1920 e 1945, com o florescimento da indústria de construção naval,

houve um crescimento constante do transporte marítimo, mas a partir dessa

época a navegação de cabotagem declinou de forma substancial e foi

substituída pelo transporte rodoviário. Para reativar o setor, o Congresso

aprovou em 1995 uma emenda constitucional que retirou dos navios de

bandeira brasileira a reserva de mercado na exploração comercial da

navegação de cabotagem e permitiu a participação de navios de bandeira

estrangeira no transporte costeiro de cargas e passageiros.

Na realidade, o transporte multimodal é a melhor opção para o Brasil, pois a

associação de vários sistemas de transporte e a criação de terminais

rodoviários, ferroviários e hidroviários reduziria os fretes, aumentariam a

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competitividade dos produtos e permitiriam uma maior integração territorial.

Além dos corredores de transportes (Araguaia-Tocantins, Leste, Fronteira

Norte, MERCOSUL, Transmetropolitano, Nordeste, Oeste-Norte, São

Francisco, Sudoeste), é fundamental abrir um caminho em direção ao oceano

Pacífico (corredor bi oceânico) para atingir os grandes mercados da Ásia e do

Pacífico.

2.5. TRANSPORTE HIDROVIÁRIO

Hoje, a navegação fluvial no Brasil está numa posição inferior em relação aos

outros sistemas de transportes. É o sistema de menor participação no

transporte de mercadoria no Brasil. Isto ocorre devido a vários fatores. Muitos

rios do Brasil são de planalto, por exemplo, apresentando-se encachoeirados,

portanto, dificultam a navegação. É o caso dos rios Tietê, Paraná, Grande, São

Francisco e outros. Outro motivo são os rios de planície facilmente navegáveis

(Amazonas e Paraguai), os quais encontram-se afastados dos grandes centros

econômicos do Brasil.

Nos últimos anos têm sido realizadas várias obras, com o intuito de tornar os

rios brasileiros navegáveis. Eclusas são construídas para superar as diferenças

de nível das águas nas barragens das usinas hidrelétricas. É o caso da eclusa

de Barra Bonita no rio Tietê e da eclusa de Jupiá no rio Paraná, já prontas.

Existe também um projeto de ligação da Bacia Amazônica à Bacia do Paraná.

É a hidrovia de Contorno, que permitirá a ligação da região Norte do Brasil às

regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, caso implantado. O seu significado

econômico e social é de grande importância, pois permitirá um transporte de

baixo custo.

O Porto de Manaus, situado à margem esquerda do rio Negro, é o porto fluvial

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de maior movimento do Brasil e com melhor infra-estrutura. Outro porto fluvial

relevante é o de Corumbá, no rio Paraguai, por onde é escoado o minério de

manganês extraído de uma área próxima da cidade de Corumbá.

O Brasil tem mais de 4 mil quilômetros de costa atlântica navegável e milhares

de quilômetros de rios. Apesar de boa parte dos rios navegáveis estarem na

Amazônia, o transporte nessa região não tem grande importância econômica,

por não haver nessa parte do País mercados produtores e consumidores de

peso.

Os trechos hidroviários mais importantes, do ponto de vista econômico,

encontram-se no Sudeste e no Sul do País. O pleno aproveitamento de outras

vias navegáveis depende da construção de eclusas, pequenas obras de

dragagem e, principalmente, de portos que possibilitem a integração

intermodal. Entre as principais hidrovias brasileiras, destacam-se duas:

Hidrovia Tietê-Paraná e a Hidrovia Taguari- Guaíba.

2.5.1. Principais hidrovias

Hidrovia Araguaia-Tocantins - A Bacia do Tocantins é a maior bacia

localizada inteiramente no Brasil. Durante as cheias, seu principal rio, o

Tocantins, é navegável numa extensão de 1.900 km, entre as cidades de

Belém, no Pará, e Peixes, em Goiás, e seu potencial hidrelétrico são

parcialmente aproveitados na Usina de Tucuruí, no Pará. O Araguaia cruza o

Estado de Tocantins de norte a sul e é navegável num trecho de 1.100 km. A

construção da Hidrovia Araguaia-Tocantins visa criar um corredor de transporte

intermodal na região Norte.

Hidrovia São Francisco - Entre a Serra da Canastra, onde nasce, em Minas

Gerais, e sua foz, na divisa de Sergipe e Alagoas, o "Velho Chico", como é

conhecida o maior rio situado inteiramente em território brasileiro, é o grande

fornecedor de água da região semi-árida do Nordeste. Seu principal trecho

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navegável situa-se entre as cidades de Pirapora, em Minas Gerais, e Juazeiro,

na Bahia, num trecho de 1.300 quilômetros. Nele estão instaladas as usinas

hidrelétricas de Paulo Afonso e Sobradinho, na Bahia; Moxotó, em Alagoas; e

Três Marias, em Minas Gerais. Os principais projetos em execução ao longo do

rio visam melhorar a navegabilidade e permitir a navegação noturna.

Hidrovia da Madeira - O rio Madeira é um dos principais afluentes da margem

direita do Amazonas. A hidrovia, com as novas obras realizadas para permitir a

navegação noturna, está em operação desde abril de 1997. As obras ainda em

andamento visam baratear o escoamento de grãos no Norte e no Centro-oeste.

Hidrovia Tietê-Paraná - Esta via possui enorme importância econômica por

permitir o transporte de grãos e outras mercadorias de três estados: Mato

Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. Ela possui 1.250 quilômetros navegáveis,

sendo 450 quilômetros no rio Tietê, em São Paulo, e 800 no rio Paraná, na

divisa de São Paulo com o Mato Grosso do Sul e na fronteira do Paraná com o

Paraguai e a Argentina. Para operacionalizar esses 1.250 quilômetros, há

necessidade de conclusão de eclusa na represa de Jupiá para que os dois

trechos se conectem.

Taquari - Guaíba - Com 686 quilômetros de extensão, no Rio Grande do Sul,

esta é a principal hidrovia brasileira em termos de carga transportada. É

operada por uma frota de 72 embarcações, que podem movimentar um total de

130 mil toneladas. Os principais produtos transportados na hidrovia são grãos e

óleos. Uma de suas importantes características é ser bem servido de terminais

intermodais, o que facilita o transbordo das cargas. No que dizem respeito ao

tráfego, outras hidrovias possuem mais importância local, principalmente no

transporte de passageiros e no abastecimento de localidades ribeirinhas.

A utilização dos rios como via de transporte/navegação sempre foi presente na

história da humanidade. Em países desenvolvidos, onde a rede de transporte

terrestre é extremamente desenvolvida, as hidrovias ainda assim são de

fundamental importância. Desse modo, as hidrovias desses países são

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modernas, o que torna esse meio de transporte eficiente, incluindo ainda as

evoluções nas embarcações fluviais, tendo em vista que no passado eram

movidas a vapor, mais tarde passaram a usar o óleo diesel como combustível,

o que permitiu aumento na velocidade.

Uma característica positiva desse meio de transporte é o baixo custo, por essa

razão o transporte ferroviário não substituiu o hidroviário, com exceção dos

lugares impróprios para a implantação de hidrovias.

O transporte hidroviário é econômico, além disso, é menos poluente, pode ser

usado como alternativo ou, até mesmo, substituir o transporte rodoviário.

Porém, não basta somente querer implantar uma hidrovia, existem fatores que

impedem, em alguns casos, sua instalação. Um dos principais problemas está

ligado à irregularidade da superfície (topografia), que deve ser plana, pois se o

terreno for acidentado, a implantação da hidrovia torna-se inviável.

Atualmente, até mesmo em lugares de planaltos é possível navegar a partir da

aplicação de tecnologias. Para que a navegação fluvial se desenvolva

eficientemente é preciso levar em conta aspectos de caráter natural, como os

períodos de cheias e as vazantes dos rios, ambas relacionadas ao volume de

água que sofrem variações e que interferem na navegação.

Diante dos constantes transtornos ocasionados pelo alto fluxo de veículos em

nossa BR 116, pela má qualidade de nossas estradas e dos serviços públicos

de transporte, faz-se necessário o estudo do modelo de transporte fluvial, como

alternativa ecologicamente correta, barata e que tende a auxiliar no desafogo

de nossas rodovias. Alguns exemplos de travessias já realizadas hoje:

Bacia Sudeste:Hidrovia Travessia Município Operador

Lagoa dos Patos Rio Grande – S.J.N. (Passageiros)

Rio Grande - São José do Norte

Navegação Cais Muratta Ltda.,Transnorte Transp. Aquaviário Ltda.,Röig & Cia. Ltda., Transp. Hidrov. Grande Norte Ltda.

Lagoa dos Patos Rio Grande – S.J.N. (Veículos–Centro/Barra)

Rio Grande - São José do Norte F. Andreis & Cia. Ltda.

Lagoa Mirim Canal de São Gonçalo Arroio Grande - Rio Grande Mário de Castro

Rio da Prata Rio da Prata Nova Roma do Sul - Veranópolis

Prefeitura de Nova Roma do Sul

Rio das Antas Antas Nova Pádua - Nova Roma do Sul

Prefeitura de Nova Roma do Sul

Rio Forqueta Picada Vinagre Marques de Souza - Koch, Stach & Cia. Ltda.

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TravesseiroRio Jacuí Jacuí - Barragem de Ernestina Ernestina - Nicolau Vergueiro Wanderley Blanck

Rio Jacuí Passo do Jacuí Cachoeira do Sul - Restinga Seca

Astor João Kruge (75%) e Luiz Carlos da Silva (25%)

Rio Jacuí Passo do Jacuí (passageiros) São Jerônimo - Triunfo Navegação Bom Jesus Ltda.Rio Jacuí Passo do Jacuí (veículos) São Jerônimo - Triunfo Transportadora Inácio Ltda.Rio Jacuí Passo do São Lourenço Cachoeira do Sul - São Sepé Irmãos Simon & Cia. Ltda.Rio Taquari Barreto Triunfo - General Câmara Amaro Castro dos SantosRio Taquari Passo de Estrela Estrela - Cruzeiro do Sul Norival MartinsRio Taquari Passo do Taquari Taquari - General Câmara Adroaldo da Silva Couto

Bacia Rio UruguaiHidrovia Travessia Município Operador

Rio Apuaê Guabiroba Centenário - São João da Urtiga Idair Domingos Crezzana

Rio da Várzea Castelinho Frederico Westphalen - Ametista do Sul João Vendrúsculo

Rio da Várzea Linha Nova Rodeio Bonito - Liberato Salzano Elendor Jandrey

Rio da Várzea Via Barca Liberato Salzano - Cerro Grande Jair Dalla Corte

Rio Ibicuí Mariano Pinto (Valdemar Borges) Itaqui - Alegrete

Assoc. Desenv. Sócio-Econômico de Mariano Pinto e Rincão Chácaras

Rio Ibicuí Passo do Silvestre Itaqui - Alegrete Pedro Zelinski & Cia. Ltda.

Rio Ijuí Barca dos Castelhanos Vitória das Missões - Santo Ângelo

Aristides Machado da Silva – PF

Rio Ijuí Barra do Ijuí Roque Gonzales - Pirapó Odil Rodrigues da SilveiraRio Ijuí Passo da Cachoeira Entre Ijuís - Santo Ângelo Ademar Prestes de Lima – PF

Rio Ijuí Passo do Bender Vitória das Missões - Santo Ângelo Arlindo Bender – PF

Rio Ijuí Passo do Fava Entre Ijuís - Santo Ângelo Em processo de desativação

Rio Ijuí Passo do Faxinal Salvador das Missões – Rolador - São Luiz Gonzaga Vitório Francisco Clerici

Rio Ijuí Passo do Flach Roque Gonzales - Pirapó Navegação Pirapó Ltda. (Roque Troian)

Rio Ijuí Passo do Pires Cerro Largo – Mato Queimado - Caibaté Nelmo Antunes de Almeida

Rio Ijuí Passo do Sabiá Santo Ângelo - Vitória das Missões Orlando Bonini – PF

Rio Ijuí Passo do Valença Santo Ângelo - Entre Ijuís Pedro Trindade dos Santos – PF

Rio Ijuí Passo do Zimpel Santo Ângelo – Entre Ijuís - Vitória das Missões José Antunes – PF

Rio Ijuí Passo dos Maias Santo Ângelo - Entre Ijuís Rubem Alles – PFRio Ijuí Passo dos Viola Guarani das Missões - Caibaté Vitório Francisco Clerici

Rio Ijuí Passo Novo São Pedro do Butiá – Rolador - São Luiz Gonzaga Aristides Scherf

Rio Ijuí Passo São João Roque Gonzales - 16 de Novembro Miguel Morais Ribeiro

Rio Itú Passo da Cachoeira Itaqui - Manoel Viana José Mário dos Santos – Transportes ME

Rio Passo Fundo Linha Carajá - Passo Campinas Ronda Alta - Campinas do Sul Balsa Ronda Alta – Campinas

Ltda.

Rio Piratinim Passo dos Crentes São Nicolau - Garruchos Cilon Nascimento da Rosa – PF

Rio Piratinim Rincão do Conde São Nicolau - Sto Antônio das Missões Noel Ferreira– PF

Rio Piratinim Rincão do Sarmento São Nicolau - Sto.Antônio das Missões-Garruchos Vanderlei Robalo da Silva - PF

Rio Toropi Passo de Clara Mata - São Pedro do Sul Clara Transporte Fluvial Ltda.

Fonte: Superintendência de Portos e Hidrovias RS

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3. SISTEMA DE TRANSPORTE FLUVIAL NO MUNICIPIO DE CANOAS

3.1. MUNICÍPIO DE CANOAS

Canoas localiza-se na região metropolitana de Porto Alegre - Capital do Rio

Grande do Sul - destaca-se no cenário gaúcho graças ao seu grande

desenvolvimento empresarial, ao crescimento do seu pólo industrial, e também

por ser um pujante centro comercial da região metropolitana.

O crescimento de Canoas é atribuído ao espírito empreendedor da sua

população, constituída não só por pessoas que aqui nasceram, mas também

por muitos que aqui se instalaram atraídos pela proximidade com a capital e

também por estar estrategicamente localizada entre a região serrana e o litoral,

além da sua proximidade com o pólo petroquímico de Triunfo, sendo servida

pelas mais importantes vias rodoviárias do Estado, com destaque para as BR -

116, BR - 386 e BR - 290.

A.V.

A.I.

A.V.

A.V.

A.I.

A.I.

E5LA TITUDE: 29°54'00"SLONGITUDE: 51°12'00"W

ZR3

ZR3

ZR3

C A N O A S1874 CANOAS

2004

PREFEITURA MUNICIPAL

Esc.: 1:15.000

ZR3E

ZR3E

ZR3E1

14-4

ZC3

ZC3

ZC3

ZC3

ZR1

ZR3

ZC3

ZC3

ZR4

ZR2

ZR4

ZR3

ZR3

ZR3

ZR3

ZC3

ZC3

ZC3

A.V.

A.V.

Arroio Sapucaia

Para São Leopoldo

ZI

MUNICÍPIO DE CACHOEIRINHA

MUNICÍPIO DE ESTEIO

MUNICÍPIO DE ESTEIO

ZC3

ZR3

ZR3

ZR3

ZR3

ZC3

ZC3

ZR3

AE

ZC2

ZC3

ZC2

ZR1

AVZR1

DC

ZC1

ZR2

ZR2

ZC3

AV

ZC3

MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE

ILHA DOOLIVEIRA

PARQUE ES TADUALDELTA DO JACUÍ

ILHA DASGARÇA S

MARINHE IROSILHA DOS

RIO J ACUÍ

ILHA HUMAITÁ

ZC3

ZI

AV

ZR4

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ZR4

AE

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ZI

ZI

A

1

B C D E F G H I J L M N O P

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

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12

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5

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3

2

1

A B C D E F G H I J L M N O P

AR RO IO DAS G ARÇ AS

AV

RI O DOS SINOS

MUNICÍPIO DENOVA STA. RITA

Arro io Sapucaia

ZC3

ZC3

ZC3

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ZR3

ZR3

ZR3

ZR3

ZR3

ZR3

ZR4

ZR4

ZI

RIO GRAVATAÍ

RIO GRAV

ATAÍ

AV

ZC3

ZC3

Para Porto Alegre

MUNICÍPIO DECACHOEIRINHA

B

Lim it e de Municípi o

da

Arroio

Briga d

eira

Limi te de Munic ípio

ZR1

ZR2

ZR2

ZR3

Mapa de Canoas. Fonte: SMPU, 2004.

O parque industrial instalado em Canoas conta com o suporte de um moderno

complexo de empresas prestadoras de serviços, estruturadas a fim de atender

a demanda cada vez mais crescente. Seguindo a esteira do desenvolvimento o

setor comercial, constituído por grandes redes varejistas, centros comerciais e

shopping center, além de inúmeros estabelecimentos de pequeno e médio

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porte, vem acompanhando as tendências da globalização, unindo comércio e

lazer.

3.2. PROPOSTAS PLANO DE GOVERNO – 2008

Uma cidade para morar e ser feliz

A principal preocupação de uma Prefeitura deve ser o bem estar dos moradores da cidade. Tudo o que for feito deve se subordinar a esse pressuposto. Por isso, nosso

plano de desenvolvimento urbano vai contemplar um conjunto de princípios acumulados nas mais bem sucedidas experiências de gestão nessa área, objetivando democratizar o espaço público e criar uma nova cidade voltada para o bem viver de seus cidadãos.

Nossa idéia de planejamento, portanto, parte do cidadão e, estará pautada pelas

seguintes diretrizes:

Sustentabilidade , de forma que as necessidades do presente não comprometam as necessidades do futuro;

Uso de tecnologias limpas , através de técnicas e materiais que garantam qualidade ambiental, reduzindo a poluição e recuperando espaços degradados;

Habitação, saneamento e meio ambiente

Esses três setores são partes importantíssimas do desenvolvimento urbano da cidade.

Habitação de qualidade não quer dizer apenas casa em condições de habitabilidade, mas

um conjunto de condições fundamentais para a vida das pessoas. Por isso, é preciso

implementar políticas púbicas que trate conjuntamente esses temas, que se

complementam e são interdependentes quando se pensa em dar qualidade de vida para

os moradores de uma cidade. É por isso, que o governo do BOM vai:

Implantar o Parque Municipal Eco-sustentável Delta do Jacuí, com o objetivo

de explorar o potencial turístico da praia do Paquetá, gerando renda para a proteção

ambiental;

Implantar as Linhas Verdes, interligando os Parques existentes através de

ciclovias;

Projeção estratégica de Canoas

Page 14: O transporte no Brasil - perspectivabr.files.wordpress.com€¦  · Web viewUm dos principais problemas está ligado à irregularidade da superfície (topografia), que deve ser plana,

Canoas ocupa um lugar importantíssimo para a produção e o comércio no eixo mais

dinâmico da economia gaúcha. Por isso, tem vantagens comparativas que precisam ser

potencializadas. Com base nessa compreensão, o governo do BOM vai:

Organizar Consórcios Metropolitanos, para a viabilização de investimentos em

obras que qualifiquem as condições produtivas;

Instalar o Parque Eco-turístico do Delta do Jacuí e da Praia do Paquetá, com

uma estação de monitoramento da fauna e da flora, a fim de criar um parque de turismo

sustentável em parceria com os empreendedores locais, com grande capacidade de

geração de emprego e renda para a população;

3.3. TRANSPORTE FLUVIAL – TERMINAL PRAIA DO PAQUETA

Recentemente, tivemos o exemplo através do transporte fluvial que será

realizado entre os municípios de Porto Alegre e Guaíba. E sendo Canoas,

banhada pelos rios Sinos e Gravataí, sugerimos o estudo e se possível e

tecnicamente viável a IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE TRANSPORTE

FLUVIAL EM CANOAS – RS.

O desenvolvimento deste sistema modal de transporte trará muitos benefícios

para o município de canoas e seus habitantes sejam eles nos deslocamentos

diários para os municípios banhados pelo Delta do Jacuí, ou um grande atrativo

turístico.

Mas o maior mérito será da iniciativa em buscar novos parâmetros sustentáveis

nas suas políticas inovando na gestão pública com audácia, respeito ao meio

ambiente, criando um novo conceito de transporte integrando agilidade,

praticidade, turismo, visão ambiental e nova pratica sustentável preservando e

respeitando as novas gerações de canoenses.

Atenciosamente.

Celso Pitol

Presidente Municipal

Partido Popular Socialista-PPS

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