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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS- GRADUAÇÃO "LATO SENSU" PROJETO A VEZ DO MESTRE O TURISMO EDUCACIONAL NA ILHA DE PAQUETÁ Por: ADRIANA FILOSO SAMPAIO Orientador Profª. DIVA NEREIDA MARQUES MACHADO MARANHÃO Rio de Janeiro 2005

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO "LATO SENSU"

PROJETO A VEZ DO MESTRE

O TURISMO EDUCACIONAL NA

ILHA DE PAQUETÁ

Por: ADRIANA FILOSO SAMPAIO

OOrriieennttaaddoorr

Profª. DIVA NEREIDA MARQUES MACHADO MARANHÃO

Rio de Janeiro

2005

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

O TURISMO EDUCACIONAL NA

ILHA DE PAQUETÁ

Apresentação de monografia à Universidade

Cândido Mendes como condição prévia para a

conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu”

em Docência do Ensino Superior.

Objetivo: Criar um projeto de Aulas práticas, que

possam contribuir para a formação do turismólogo.

Por: ADRIANA FILOSO SAMPAIO

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao professores a atenção e

principalmente ao professor Antônio

Carlos, com jeito especial de mostrar

como o ser humano é tão humano.

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho, à minha família

que sempre está ao meu lado.

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RREESSUUMMOO

A formação do universitário da área do Turismo é muito importante,

pois dependerá dele a qualidade do trabalho específico na área, para

gerar uma economia forte, e uma sociedade cada vez mais atuante e feliz.

A expectativa de poder criar um projeto, para ajudar na formação, cada

vez melhor, fará com que consequentemente resulte em diversos pontos

favoráveis a nossa sociedade.

Temos com uns dos vários exemplos; a vontade de preservar o local de

trabalho, a interdisciplinalidade na Universidade, os benefícios que o

governo poderá gerar com a despoluição da Baía de Guanabara, o

reaquecimento do turismo interno. É um tema bastante abrangente, pois

pode ser visto sob vários aspectos: a qualidade da formação, realmente

alcançada no respectivo curso. Promover mudanças aceleradas que

ocorrem no mundo moderno tais com: avanço tecnológico, globalização,

desemprego estrutural, multiculturalismo, precárias condições de

trabalho, estresse funcional, desvalorização profissional, entre outros.

Tais mudanças trazem, obviamente, novos desafios para a educação e

exigem uma mudança.

O universitário deverá ser capaz de elaborar projeto próprio, assumindo

assim seu papel independente na sociedade e eterno aprendiz resgatando

assim sua importância e sua valorização profissional.

Palavras-chave: Formação, Turismo, Educação.

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MMEETTOODDOOLLOOGGIIAA

EEssttee ttrraabbaallhhoo ffooii rreeaallii zzaaddoo aattrraavvééss ddee ppeessqquuiissaa bbiibblliiooggrrááffiiccaa eemm lliivvrrooss,,

rreevviissttaass ee ppáággiinnaass cciieenntt ííffiiccaass nnaa iinntteerrnnee tt,, ttoommaannddoo --ssee ccoommoo bbaassee nnaa ssuuaa

oorrggaannii zzaaççããoo oobbsseerrvvaaççõõeess ee eexxppeerriiêênncciiaass ppeessssooaaiiss..

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 07

CAPÍTULO

OBJETIVOS GERAIS DO TURISMO 08

EDUCACIONAL NA ILHA DE PAQUETÁ

CAPÍTULO II

TURISMO 17

CONCLUSÃO 28

ANEXOS 30

ANEXOS 32

Atividades Extras Curriculares

BIBLIOGRAFIA 34

ÍNDICE 36

FOLHA DE AVALIAÇÃO 38

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Ø INTRODUÇÃO

O Ensino Superior deve proporcionar , uma formação voltada para a

cidadania. O educando deve dominar esses conhecimentos, necessários ao

exercício da cidadania. A Universidade deve promover a criação de projetos

pedagógicos adequados a realidade, como também determinar, que haja a

interdisciplinalidade e a contextualização sócio cultural, possibilitando uma

visão globalizada e interativa entre o aluno e o meio-ambiente.

COMO O TURISMO NA ILHA DE PAQUETÁ, PODERIA CONTRIBUIR

PARA A EDUACAÇÃO UNIVERSITÁRIA?

O turismo pedagógico atenderia às universidades em suas atividades

educativas, que envolvem passeios e viagens, sendo um método de ensino, e

uma forma de transformação de lazer entre professores e alunos em

conhecimento e interação social. Portanto como método de ensino, é aplicado

dentro do processo de ensino-aprendizagem, tendo este tipo de turismo

possibilidade de movimentar o mercado interno e viabilizar pontos turísticos

(prepara e ou conservar) para agências comercializarem como produto

turístico a outros tipos de demanda.

É importante ressaltar o surgimento de agências especializadas, que

trabalham de acordo com o projeto pedagógico, tendo as escolas, só o trabalho

neste caso, apenas de contratar o serviço desta agência. E é aí que a

Universidade entra, devendo preparar os universitários para esse mercado

extenso nas escolas.

A Universidade deve motivar os alunos, fazendo com que eles

comessem sendo responsáveis nas aulas práticas, de todo o trabalho que a

agência faria nas escolas.

Por isso que, o turismo educacional na Ilha de Paquetá propõe, que o

processo de aprendizagem e avaliação, esteja diretamente ligado ao

aprendizado na prática, preparando o cidadão para uma formação no sentido

de permitir o enfrentamento crítico dos desafios.

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A Ilha de Paquetá pode se tornar centro de referência, uma estação de

preparação para esses alunos, propulsora de experiências, capazes de

oferecer melhores alternativas para o ensino nas áreas de Arte, Informática,

História, Geografia, Português, Literatura, Sociologia, Política, além da parte

especifica “O Turismo” de uma maneira geral.

CAPÍTULO I

1. OBJETIVOS GERAIS DO TURISMO

EDUCACIONAL NA ILHA DE PAQUETÁ

O objetivo mais geral da proposta de trabalho com os alunos do Ensino

Superior consiste na mobilização de competências e desenvolvimento de

habilidades, previstas nos Parâmetros Curriculares. Com este fim, pretendo:

¨ Desenvolver no universitário, o gosto pela investigação e pela

compreensão dos fenômenos naturais e sociais, estimulando-o a encontrar

soluções para problemas de sua vida diária e de sua comunidade;

¨ Conhecer a diversidade do patrimônio etnocultural brasileiro,

reconhecendo esta diversidade como um direito dos povos e dos indivíduos,

compreendendo a memória;

¨ Proporcionar o desenvolvimento, ao longo do processo educativo,

de valores e atitudes fundamentais nas relações humanas e, logo, no ensino

aprendizagem, tais como: autodomínio, cordialidade nas relações

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interpessoais, trabalho em equipe, convivência com as diferenças, criatividade

e iniciativa, valorização do bem estar coletivo, respeito ao bem comum, desejo

de aprender, responsabilidade e solidariedade, valorização do conhecimento

científico, capacidade de argumentação, vontade de superar conflitos e

obstáculos;

¨ Desenvolvimento da conscientização dos universitários, docentes,

consequentemente da sociedade para a conservação dos pontos turísticos;

¨ Aumento do turismo interno;

¨ Aumento da oferta de trabalho para mão-de-obra especializada;

¨ Melhora da Ilha de Paquetá com ponto turístico.

2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO TURISMO

EDUCACIONAL NA ILHA DE PAQUETÁ

Ø 2.1 ESTUDOS E PROJETOS A SEREM

DESENVOLVIDOS COM AS DISCIPLINAS:

Esta monografia propõe a idéia de desenvolver nas Universidades

projetos, para o Ensino Superior, das seguintes etapas para a visitação na Ilha

de Paquetá:

¨ Etapa 1: Cruzamento dos mapas conceituais, em que será

possível o planejamento entre professores, alunos e suporte;

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¨ Etapas 2: Atividades individuais (por disciplina), conjuntas e

subatividades que permitam o envolvimento do aluno no processo de

construção do conhecimento;

¨ Etapa 3: Produção mensal do percurso trabalhando em

cooperação com as várias áreas do saber;

¨ Etapa 4: Apresentação do produto final, registrando os resultados

da pesquisa, a ser definidos pelos alunos em parceria com os professores.

2.2 MÉTODO CIENTÍFICO:

Através de relatórios usando textos relacionados não só com Literatura,

mas também, História, Geografia, Sociologia e outras que estiverem

interessadas. A Língua Portuguesa será de grande ajuda na interpretação do

texto e confecção de relatórios etc. Este tipo de trabalho pode ser realizado

durante todo o curso, utilizando conteúdos de várias disciplinas.

2.3 INFORMÁTICA:

A evolução tecnológica trouxe o computador, que, com a Internet,

tornou-se um poderoso meio de obter e manusear as informações, uma

ferramenta sofisticada também a serviço da educação. Em função disto, a

Informática junta-se a outras disciplinas em ações de ensino e pesquisa que

visem a elaborar propostas e material pedagógicos inovadores.

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Poderemos aplicar a Informática:

a) Usar a Informática como ferramenta para novas estratégias de

aprendizagem, capaz de contribuir de forma significativa para o processo de

construção do conhecimento, nas diversas áreas;

b) Aplicar a tecnologia da comunicação e da informação para os

alunos, na vida profissional e em outros contextos relevantes da sua vida;

c) Busca de Sites na Internet sobre os assuntos estudados;

d) Captação, classificação e organização do material de pesquisa;

e) Coleta de dados para a elaboração de gráficos;

f) Digitação e armazenamento de dados;

g) Tratamento gráfico e visual, visando a elaboração do produto

final.

2.4 HISTÓRIA:

Esta disciplina vai ter uma vastidão de conteúdos a serem

desenvolvidos. A História se propõe situar o Homem na memória social, na

cidadania e na sua identidade, levando-o a perceber criticamente o tempo

vivido, estabelecendo relações com durações diferenciadas. O indivíduo deve

poder se posicionar sobre questões Contemporâneas. Esta é a grande

importância: o Homem se torna capaz de identificar e compreender os

problemas econômicos, sociais, políticos, ambientais, culturais, éticos de seu

mundo imediato, permitindo que interfira nele de maneira crítica.

a) Promover a compreensão das múltiplas possibilidades existentes

na sociedade, forma dos processos e das relações que se estabelecem entre

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grupos humanos, na diversidade de tempos e espaços a partir da experiência

do indivíduo e sua perspectiva de desenvolvimento;

b) Entender a memória coletiva com fruto da produção e conquistas

humanas;

c) Propiciar, por meio dos conhecimentos históricos, uma base para

a construção da cidadania, redimensionando os aspectos da vida em

sociedade e o papel do indivíduo nessa transformação;

d) Promover a identificação das semelhanças e das diferenças, das

mudanças e das permanências nos processos históricos;

e) Desenvolver trabalhos, com base nos Patrimônios Históricos e

locais visitados, conhecido na viagem – 500 anos de História;

f) Suporte técnico-pedagógico às discsiplinas;

g) Registro e tratamento audiovisual das atividades desenvolvidas

nas disciplinas.

2.5 Em Geografia:

Esta disciplina é responsável por um conteúdo vasto, que tem como

objeto de estudo a descrição da superfície da Terra, o estudo dos seus

acidentes físicos, solos e vegetações, localização geográfica e das relações

entre o meio natural e os grupos. É imprescindível ao Universitário de Turismo,

fazendo com que ele desta forma, aprenda conhecer o local em todos os

aspectos, podendo também correlacionar com outras disciplinas para uma

melhor compreensão como a História.

a) Estudo e realização de mapas;

b) Estudo das Características gerais da Ilha de Paquetá;

c) Estudo da Economia, população e etnia;

d) Estudo dos relevos e climas.

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2.6 Em Sociologia:

Uma breve passagem pelas competências da Área de Ciências

Humanas e suas Tecnologias demonstra que, sem os conhecimentos de

Ciências Sociais – Sociologia e Ciência Política - , não seria possível ao

Universitário operacionalizar, concretamente, certos conceitos e categorias de

entendimento da realidade social.

a) Estudo do imaginário social (etnográfico) em torno da Ilha de

Paquetá: demonstrando a importância do universo de categorias e conceitos na

área das Ciências Humanas para a compreensão da realidade histórica-social;

b) Pesquisa do perfil sócio-econômica da Ilha de Paquetá, visando a

compreensão e aplicação dos métodos quantitativos e qualitativos de pesquisa

social.

3. JUSTIFICATIVAS DAS

INTERDISCIPLINALIDADES:

A partir das possibilidades de trabalho individual e ou conjunto entre as

disciplinas se tem a condição de desenvolver as habilidades necessárias para

observar e pesquisar o ambiente social, identificando, analisando, comparando

e produzindo sobre as diferentes realidades sociais a partir das observações e

reflexões realizada, possibilitando desenvolver as habilidades para ler e

representar os fatos sociais em textos escritos, gráficos, tabelas, mapas,

comunicações, expressões artísticas e artefatos. Ampliando a noção de cultura,

a partir de uma percepção baseada na produção simbólica, construindo a

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identidade social e política, de modo a viabilizar o exercício da cidadania plena,

para que haja, uma reciprocidade de direitos e deveres entre o poder público e

o cidadão e também entre os diferentes grupos.

A perspectiva de um novo tratamento ao conhecimento quando propõe

uma visão multifocal sobre problemáticas comuns, ajudando o Universitário a

fazer uma integração do conhecimento, sem mantê-lo de forma isolada,

quando diferentes aspectos de um fenômeno são enfocados por disciplinas

distintas. Faz-se necessário um novo desenho curricular através de

interconexões.

CAPÍTULO II

4. TURISMO

A importância desta atividade econômica para o país, encontra-se no

setor terciário da economia, sendo sua principal característica a prestação de

serviços: serviços de hospedagem, serviços de alimentação, serviços de

transporte, serviços de lazer e diversão. A esse conjunto de atividades

chamamos oferta turística. O projeto de transformar a Ilha de Paquetá, numa

grande oferta turística e num mundo de treinamento Universitário, seria ideal

para a criação de um local com todos os recursos necessários para que o

universitário possam ter uma formação de extrema qualidade para atender a

demanda.

Dessa forma, finalmente poderemos impulsionar o turismo no Estado

com a qualidade esperada no mundo inteiro.

A economia, a sociedade, a cultura, o meio ambiente são setores que se

benefeciam do turismo. Hoje, em todo o mundo, as políticas públicas voltam-se

para o investimento nesse setor, principalmente pela rápida condição em gerar

novos empregos e aumentar a renda.

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4.1 ROTEIRO TURÍSTICO

A organização do roteiro turístico considerará prioritariamente uma

programação que possibilite ao turista usufruir do passeio com o máximo de

atenção e comodidade, e com o menor desgaste possível.

A organização global do roteiro turístico alocará os diversos serviços que

fornecem a estrutura e o apoio necessário para a viagem, segundo o aspecto

geral de roteiro individual ou roteiro programado, quais sejam:

- Transporte;

- Meio de Hospedagem;

- Alimentação.

Será então oferecido um pacote turístico, ou seja, uma oferta conjugada

de vários componentes do produto turístico e embute um conceito de

“amarração de partes” que está na origem da expressão “pacote turístico”.

Os universitários terão a oportunidade de serem treinados em todos os

setores de prestação de serviço ligados ao turismo, pois é importante ressaltar

que todos os serviços envolvidos no pacote turístico são independentes entre

si, mas complementares, quando envolvem a atividade turística.

Constituem o universo dos serviços envolvidos no pacote turístico as

empresas de transporte; os meios de hospedagem; os restaurantes,

estabelecimentos culturais, parques ecológicos, entre outros.

Pode-se desenvolver dois tipos de roteiros turísticos para a Ilhas de

Paquetá:

- Turismo Nucleado – Caracteriza-se pela fixação do turista em

uma única localidade e, apartir daí, faz pequenas excursões para localidades

vizinhas.

- Turismo Concentrado – Caracteriza-se pela permanência do

turista em uma única localidade onde se concentram todas as atrações

procuradas.

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4.2. O PROFISSIONAL DE TURISMO

O Turismólogo é o profissional, que exerce atividades de

acompanhamento, orientação e transmissão de informações a pessoas ou

grupos, em visitas, excursões urbanas, municipais, estaduais, interestaduais,

internacionais ou especializadas.

No exercício de sua profissão, deve conduzir-se com dedicação, decoro

e responsabilidade, zelando pelo bom nome do turismo no Brasil, devendo

ainda respeitar e cumprir leis e regulamentos que disciplinem a atividade

turística.

Este profissional é quem orienta, dirige, lidera. É necessário além dos

dotes naturais de conhecimentos específicos, de técnicas de trabalho, de

ampla cultura geral, do domínio de habilidades e atitudes que possibilitem

atender um turista ou grupo com eficiência. Além de ser um líder é, também

responsável pela realização de um sonho. O que o turista imaginou deverá ser

concretizado. A expectativa do turista deverá ser atingida e conquistada. Esse

mundo novo que ele irá conhecer ou rever, toda essa vivência, sua alegria e

felicidade deverá ser compartilhada.

O turista muitas vezes, está vulnerável, cabe ao responsável protegê-lo,

orientá-lo. Todos deverão segui-lo com confiança. A individualidade deverá ser

respeitada sem que se perca o sentido de grupo, de coletividade. Cada povo

tem sua cultura própria, isto deverá ser compreendido aceito e respeitado. A

integração do turista com a cultura que ele está absorvendo deverá ser

realizada harmonicamente para que não haja violentações nem morais, nem

físicas, materiais ou psicológicas.

O turismólogo deve conduzir o turista no sentido de valorizar e respeitar

os valores sócio-culturais do povo visitado. Tem fundamental importância na

valorização e preservação do patrimônio histórico, artístico, natural cultural da

comunidade. Sua função ultrapassa o interesse da atividade turística para

constituir-se em elemento de ação social de grande valia.

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O universitário de Turismo deve estudar, sempre, absorver cultura,

acompanhar a moda, ter charme, carisma e boa educação, ter conhecimento

de informações básicas do país e localidade específica, de origem dos

visitantes, conhecer a legislação do Brasil.

Este universitário é responsável pelo desenvolvimento do espírito de

grupo que favoreça a integração entre si e a comunidade visitada.

5. ATRATIVOS TURÍSTICOS

A escolha pela implementação deste projeto na Ilha de Paquetá reuniu

diversos fatores, como a necessidade de ser um Atrativo Turístico.

· Tudo aquilo que atrai o interesse e atenção do turista é um atrativo;

· Quanto maior a diversidade de atrativos presentes em uma cidade,

maior será o seu potencial turístico;

· Atrativos podem ser físicos ou imateriais;

· O turista é sempre atraído pelo belo, o novo, o insólito, o exótico, o

contraste e, algumas vezes, pelo grotesco.

Na Ilha de Paquetá, teremos a oportunidade de trabalhar com os

seguintes tipos de Atrativo:

¨ Atrativos Naturais – Praias, parques, fauna , flora;

¨ Atrativos de Importância Histórica – Locais, Monumentos, Igreja;

¨ Atrativos Culturais – Eventos culturais, bares, teatros;

¨ Atrativos de Importância Arquitetônica – Isolados ou em conjunto.

Obras de Arte, monumentos, prédios, conjuntos arquitetônicos;

¨ Atrativos de Caráter Étnico – Povos e culturas com características

particulares.

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6. A HISTÓRIA

É necessário que haja em todo lugar atrativos turísticos que motive o

deslocamento de grupos humanos para conhecê-los, ou seja, lugares

sustentados por elementos materiais que se apresentam sob a forma de bens

imóveis ou móveis, áreas que, por motivos históricos e/ou artísticos,

representam importantes testemunhos para a cultura nacional, regional ou

local.

Sendo assim todas as obras produzidas pelo homem (da pré-história à

época atual), são consideradas testemunho cultural e apresentadas, como

obras arquitetônicas de escultura e pintura de valor histórico, científico e

estético, desde que permitam a visitação pública e/ou sejam elementos

componentes da paisagem e do meio ambiente dos roteiros turísticos.

Portanto estarei mostrando os pontos turísticos da Ilha de Paquetá e seu

entorno.

6.1 A Baía de Guanabara

A expedição portuguesa enviada em 1501, sob o comando de Gaspar de

Lemos, chegou ao ‘acidente geográfico’ em 1º de janeiro de 1502 e batizou a

Baía de Rio de Janeiro, pois a considerava a foz de um rio. A Baía, com uma

área de 412 quilômetros quadrados e perímetro de 143 Km, é a segunda maior

baía do litoral brasileiro, depois da de Todos os Santos, na Bahia. Possui

centenas de ilhas, rochedos e arquipélagos. O entorno da baía era constituído

de uma baixada de morros, com vegetação de restinga e manguezais, por trás,

um grande maciço montanhoso coberto de uma densa mata tropical.

Em 1503 parte a segunda expedição chegando em 1504 na Baía de

Guanabara – que na linguagem dos nativos quer dizer ‘seio do mar’, a fim de

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aprofundar os conhecimentos da área. Deu-se o primeiro desembarque com

tentativas de ocupação e contato com os índios. Provavelmente os

portugueses se estabeleceram por três anos às margens de um riacho que até

hoje carrega o nome de carioca, “casa de branco”, ou segundo outra

interpretação “toca do Acará”, peixe comum na região. Mais tarde foram

encontrados vestígios de uma plantação de cana-de-açúcar e há relatos de

uma “casa de pedra” que mais tarde desapareceria. Não foi de imediato,

porém, que os portugueses deram importância à região. O que se seguiu à

descoberta do Rio de Janeiro foi algo semelhante ao abandono, não muito

diferente do modo como o restante da colônia foi tratado.

Quando em 1519 Fernão de Magalhães, em sua famosa expedição de

circunavegação da terra, entrou em suas águas para fazer provisões e reparar

sues navios, já se achava abandonada a baía, rebatizando-a de Baía de Santa

Luzia.

Só em 1530 a coroa portuguesa enviou a primeira expedição

colonizadora ao Brasil. Em abril de 1531, o comandante Martim Afonso de

Souza aportou na baía e ficou até agosto. Nestes meses, enviou homens para

explorar o interior, que voltaram com relatos de que, em terras distantes,

colônia adentro, havia ouro e prata. Portanto a Baía de Guanabara, seus

arredores e boa parte da área do atual Estado do Rio de Janeiro, foram doadas

a Martim Afonso de Souza. O donatário, porém, dedicou especial atenção à

região norte da baía.

Enquanto os portugueses buscavam alternativas para manter o controle

sobre o vasto território colonial, navegadores franceses infiltravam-se,

conquistavam a confiança dos índios, edificavam fortalezas e carregavam

navios e navios de pau-brasil. Cerca de 100 franceses chegaram a Baía de

Guanabara em novembro de 1555, e três outros navios chegaram com mais

300 franceses em 1557, A coroa portuguesa não ignorava a ampliação dos

domínios franceses no Rio de Janeiro, mas só o terceiro governador-geral, Men

de Sá, em 1560, reuniu homens na Bahia e demais capitanias para combater

os invasores. Conseguiu destruir fortificações e dispersar os franceses. Mas

eles se tornaram a se reunir. Acolhidos pelos tamoios, seus aliados contra os

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lusos, voltaram a ocupar posições à margem ocidental da baía. Estabeleceram-

se na aldeia de Uruçumirim, atual praia do Flamengo, perto do morro do Leripe,

hoje da Glória, na ilha de Sirigipe, atual Villegagnon e Ilha de Paranapuã –

hoje do Governador. Porém logo depois Estácio de Sá com ajuda de mais

reforços (índios Araribóias), acabaram de expulsar os invasores, e em

retribuição foi dada de presente aos Araribóias uma sesmaria no outro lado da

entrada da baía, ali fundou-se o vilarejo de São Lourenço, que se transformaria

na cidade de Niterói.

Em 1567, o povoado de São Sebastião foi transferido para o alto do

Morro de São Januário ou do Castelo. Os habitantes do morro do Castelo

tinham então três ladeiras para alcançar a planície: a ladeira da Misericórdia

onde morava a aristocracia da época, ladeira da Ajuda ou Passo Porteiro e a

ladeira do Cotovelo. Nossa baía era o primeiro ancoradouro para os

navegantes que seguiram rumo ao sul com excepcionais condições de

segurança e abrigo: tendo, ainda, facilidade de obtenção de água fresca. As

águas da Carioca eram constantemente procuradas pelos navegantes, sendo

que a Aguada dos Marinheiros – atual Praia do Flamengo – foi ponto de

violentos combates pela posse da fonte.

A Baía foi uma importante via de acesso à vasta região que liderou,

como caminho natural, para atingir a área Serrana Fluminense e Minas Gerais,

através dos rios que nela deságuam. Boa parte da região plana do centro da

cidade do Rio de Janeiro pertenceu, outrora, a Baía de Guanabara. Este tipo

de transformação hoje é acelerada por aterros feitos pela ocupação humana,

pela movimentação portuária e pelo lançamentos de esgotos em suas águas.

A Baía, com sua beleza natural sempre encantou historiadores,

artistas e viajantes. Para ela, o nosso maior poeta Carlos Drummond de

Andrade fez a poesia: “ Guanabara, seio, braço/ de a-mar: em teu nome, a

sigla rara/ dos tempos do verbo mar”.

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6.2 A Ilha de Paquetá

Paquetá é um local pitoresco e aprazível. Os únicos meios de transporte

são bicicletas e charretes, inclusive as de aluguel. Com apenas 10,9km2, as

ruas da ilha estão livres da poluição e do barulho.

A própria viagem é uma atração turística: barcas, catamarãs e

aerobarcos levam o visitante pela Baía de Guanabara. Conhecer Paquetá

representa passar um dia descontraído junto à natureza, na mais famosa de

todas as ilhas da Baia de Guanabara.

A vegetação é tropical, com coqueiros e árvores preservadas por sua

importância na paisagem da ilha. Paquetá abriga um dos vinte únicos

exemplares brasileiros do baobá - árvore originária da África, que ficou

conhecida pelos moradores como " Maria Gorda". Outra árvore característica

de Paquetá é o flamboyant, alguns com mais de cem anos.

Famílias inteiras de sagüis, cavalos atrelados à charretes ou garças

pousadas serenamente nas pedras redondas são também grandes atrativos da

ilha.

As praias são calmas. A Pedra da Moreninha e o Parque Darke de

Mattos são passeios imperdíveis. E, ao final da tarde, nada mais romântico do

que passear de pedalinho assistindo ao pôr-do-sol da Baía de Guanabara.

A ilha também tem seu mirante: fica no Morro da Cruz, de onde se tem

um panorama parcial da ilha. Por essas e outras belezas naturais é que a Ilha

de Paquetá e as ilhotas ao seu redor são alvo de preservação.

O passeio para a Ilha de Paquetá pode ser feito diariamente, em

horários regulares, e as embarcações partem do cais da Praça XV, no Centro

do Rio.

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6.2.1 LOCALIZAÇÃO DA ILHA DE PAQUETÁ

A Ilha de Paquetá está localizada na Baia de Guanabara. A Ilha é a

segunda em extensão e população, tendo uma área de 1.219.659m2 e

perímetro de 8.020m

6.2.2 A História da Ilha de Paquetá

A Ilha de Paquetá, bairro do Rio de Janeiro - descoberta em 1555 pelos

franceses - tem por nome oficial Freguesia do Senhor Bom Jesus do Monte da

Ilha de Paquetá. Após uma tempestade na Baía de Guanabara, o galeão de

Dom João Vl atracou em Paquetá, deslumbrando o Príncipe Regente que a

chamou de "Ilha dos Amores".

Paquetá deve seu nome aos índios Tamoios, de dialeto Tupi, seus

primeiros habitantes, que assim batizaram a ilha por ser um "lugar habitado por

pacas e etás" - abundantes na época.

Antes mesmo da Fundação da Cidade do Rio de Janeiro, a expedição

de Villegaignon esteve por aqui com a missão de fundar a França Antártica.

André Thevet era o cosmógrafo dessa expedição e coube a ele registrar a

descoberta de Paquetá em dezembro de 1555 (e formalmente reconhecida em

18 de dezembro de 1556).

Paquetá foi também um dos principais focos da resistência Francesa à

expedição de Estácio de Sá, que tinha como uma de suas principais missões

expulsar os franceses: Os portugueses aliados aos Temiminós do Cacique

Araribóia contra os franceses aliados aos Tamoios do Cacique Guaixará.

Nas águas de Paquetá ocorreu uma das principais batalhas da vitória

Portuguesa, com a morte do líder Tamoio Guaixará. Ainda no ano da fundação

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da Cidade do Rio de Janeiro, em 1565 e, mesmo antes do seu falecimento,

Estácio de Sá dava andamento à sua missão colonizadora, e Paquetá foi

incluída na relação de terras doadas a seus aliados, sob forma de Sesmarias.

No caso de Paquetá foram duas Sesmarias: A parte norte da Ilha, hoje o bairro

do campo, doada a Inácio de Bulhões e a parte sul, bairro da ponte, doada a

Fernão Valdez.

Com a colonização e o crescimento da Cidade, Paquetá passou a

exercer um papel importante como produtora de hortaliças, frutas e legumes e,

pedras e cal para construções. A Ilha era freqüentada por nobres e senhores

de terras.

A chegada de D. João VI a Paquetá, em 1808, no mesmo ano em que a

Família Real chega ao Brasil eleva a Ilha a importante status cultural junto à

Corte e à população da Cidade. Paquetá assumia o papel de centro político.

Vários nobres e personalidades importantes passaram a freqüentar ou

mesmo morar em Paquetá. Destacamos a presença de José Bonifácio de

Andrada e Silva, o Patriarca da Independência que em 1829 afasta-se da Corte

por motivos políticos e se exila em Paquetá.

No final deste século a Ilha passaria pelo que foi, provavelmente, o seu

momento mais difícil: A Revolta da Armada. Em 1893 a Marinha de Guerra

deflagrou um movimento insurrecional contra o Governo do Marechal Floriano

Peixoto. A Ilha foi involuntariamente base de operações para os revoltosos,

ficando isolada do Rio de Janeiro por 6 meses.

Muitas famílias tiveram que se afastar da Ilha, as baixas foram intensas

e ao final da revolta muitos Paquetaenses foram severamente punidos sob o

argumento de que teriam colaborado com os revoltosos. Um período triste na

história da Ilha.

Muitos se apaixonaram, mas quem mais amou Paquetá foi mesmo o

Príncipe Regente e depois Rei do Brasil, D. João VI, que dela fez seu local

preferido para as férias de verão.

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José Bonifácio, perseguido e combatido por defender o fim da

escravidão e do latifúndio, foi mantido preso, a partir de 1833 e até completar

70 anos, em sua casa na ilha de Paquetá. Aprendeu, também, a amá-la.

A pedra, localizada no final da Praia da Guarda, passou a ser conhecida

como "da Moreninha", depois que Joaquim Manuel de Macedo a utilizou como

cenário de seu famoso romance - "A Moreninha".

O transporte regular aquaviário na Baía de Guanabara foi iniciado em

1853, com a criação da "Companhia de Navegação de Nichteroy", empresa

privada que fazia o transporte de passageiros entre o Rio de Janeiro e Niterói,

utilizando apenas três embarcações.

O terminal hidroviário de Paquetá começou a operar no ano de 1881,

quando foram inauguradas a ponte de atracação e a linha regular de barcas

entre a Praça XV e Paquetá. A ponte localiza-se ao norte da Baía de

Guanabara, entre a Praia dos Tamoios e a Praça Pintor Pedro Bruno.

6.2.3 Lendas

6.2.3.1 Maria Gorda - O Baobá:

"Sorte por longo prazo

a quem me beija e respeita

mas sete anos de azar

a cada maldade, a mim feita." - 1627

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6.2.3.2 Poço de São Roque:

BEBA DESSA ÁGUA PENSANDO NA PESSOA AMADA

E, POR VOCÊ, ESSA PESSOA FICARÁ GRANDEMENTE APAIXONADA...

E SE AINDA NÃO TEM PAR,

BEBA UM GOLE SÓ: BEM DEVAGAR...

E, POR VOCÊ, UM CORAÇÃO DESSA ILHA IRÁ SE APAIXONAR...

6.2.3.3 Gruta dos Amores

Era no tempo dos Tamoios que Itanhantã ia em sua ubá -espécie de

canoa usada pelos índios - pescar e caçar na Ilha de Paquetá.

Depois, ele sempre repousava no aconchego de uma gruta.

Uma indiazinha, chamada Poranga, ia diariamente encontrar Itanhantã, mas

ele não lhe dava a mínima atenção! Todos os dias Poranga subia na gruta e

cantava, esperando Itanhantã chegar, pescar, caçar e descansar. E todos os

dias suas lágrimas caíam na pedra.

O canto e o choro de Poranga não amoleceram o coração de Itanhantã, mas

suas lágrimas conseguiram abrir um buraco na pedra e, certo dia, caíram sobre

os olhos do caçador adormecido. Ele se assustou e saiu correndo para a sua

ubá, quando avistou Poranga e disse: "Cunhã-Porã"-moça linda em Tupi.

No dia seguinte, ao voltar ao seu local de descanso, Itanhantã reparou a linda

voz da indiazinha e apaixonou-se por ela. Os dois foram felizes pelo resto de

suas vidas. E as lágrimas de Poranga se transformaram na fonte que existe até

hoje na Gruta dos Amores.

Dizem que quem quiser manter o amor para a vida inteira, basta beber da fonte

da Gruta dos Amores, junto com a pessoa amada.

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7. Exemplo de Projeto Educacional

Pode-se realizar um projeto turístico-educacional, para capacitar o

universitário, professores e até mesmo turistas que se enquadrem na proposta,

cuja a idéia além de visitar o local e se divertir, seja acrescentar

conhecimentos.

Será oferecido como um diferencial ligado à educação, por uma agência

de turismo, vendido como pacote e realizado pelos universitários, com

instruções diretas de professores.

Esse pacote terá em seu roteiro, realizações de palestras e debates,

será para quem quer conhecer o local com profundidade e/ou acrescentar no

seu currículo como capacitação, pois terá a oportunidade do turista também

obter no final da viagem um certificado.

8. Projeto de Despoluição da Baía de Guanabara

8.1 Tempo e Custo

Com o objetivo de modificar o diagnóstico da Baía de Guanabara, o

maior conjunto de obras de saneamento básico realizado nos últimos 20 anos

tem um prazo estimado de 15 a 20 anos, deve custar 3,5 bilhões e é dividido

em partes:

1ª parte do Projeto de Despoluição da Baía de Guanabara (PDGB1): tem

o custo total de 793 milhões e vai durar 7anos (1994-2001);

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2ª parte está sendo negociada apartir de uma carta (Carta Consulta para

o PDGB2) feita pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro e encaminhada ao

BID (Banco Internacional de Desenvolvimento).

8.2 Financiamentos

Teremos através de parcerias dos órgãos, que financiam este projeto de

despoluição como:

· Governo do Estado do Rio de Janeiro à U$206 milhões;

· Overseas Economic Cooperation Fund (OECF) à U$237 milhões;

· Banco Internacional de Desaenvolvimento (BID) à U$ 350

milhões.

8.3 O que já foi feito:

O projeto de Despoluição da Baía de Guanabara, antecipadamente,

ainda não está despoluindo, mas já está gerando o maior conjunto de obras de

saneamento básico dos últimos anos do Estado do Rio de Janeiro. Muitas

estações foram construídas, mas não tem esgoto para receber. Este projeto foi

criado para reverter a situação crítica em que se encontra a Baía. Dentre as

obras concluídas estão:

· Nova estação de tratamento;

· Reforma de 4 elevatórias;

· Emissário Submarino.

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9. Conclusão

Hoje em dia, não se tem dedicado ao turismo uma atenção à altura da

importância que ele, cada vez mais possui.

O turismo possui não apenas grande significado econômico em muitos

casos (fonte de renda), mas também exerce impactos outros igualmente

relevantes, notadamente sobre a cultura e o espaço (natural e/ou social) da

área receptora dos turistas. Esta atividade crescente e de significado potencial

de impacto sobre as relações sociais e o ambiente, merece por isso mais que

um lugar subalterno.

O turismo ordenado traz o desenvolvimento econômico, que é essencial

para designar um processo de superação de problemas ambientais de

recuperação e preservação como também a área social, e com isso a

sociedade se torna, para seus membros, mais justa e legítima, propiciadoras

de maior felicidade individual e coletiva. O desenvolvimento exige a

consideração simultânea das relações sociais (cultura, economia, política) e

também do espaço natural e social.

Compete ao Estado moderno a execução de funções básicas para

garantir a satisfação das necessidades do setor e os anseios da população,

portanto o Estado tem no Turismo uma de suas atividades ( e para ele dirige

sua atenção setorial), para atender aos requisitos de crescimento, por meio de

planejamento estratégico (decisões tomadas pelas mais altas autoridades do

setor).

Esse projeto motivaria, ainda mais o Governo a tomar providências para

melhorar a Baía de Guanabara, na recuperação ambiental e implementação de

atrativos que viabilizem melhor os pontos turísticos já existentes, tendo este

processo três pontos: estabelecimento de objetivos; definição de cursos de

ação e determinação das necessidades de recursos.

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Dessa forma a Ilha de Paquetá, estrategicamente planejada e integrada

no desenvolvimento regional será um produto final competitivo, ajustado para

qualquer tipo de demanda, porém antes de atingir esse patamar, precisa

adequar-se às exigências do mercado interno, que na verdade é o eixo

propulsor do desenvolvimento do turismo e qualidade do produto ofertado.

Na verdade a integração do turismo deve-se integrar com os seguintes

itens:

· Inventário dos diferenciais turísticos;

· Análise do espaço turístico existentes e potencial;

· Financiamento e remuneração de capital;

· Geração de empregos;

· Implantação e implementação da infra-estrutura básica e de

acesso;

· Integração com os meios de transporte e comunicação;

· Implantação do equipamento receptivo e de estrutura de serviços;

· Promoção, venda do produto turístico no mercado interno e

regional;

· Marketing.

Fica fácil depois de implementar tais projetos, e utilizar este ponto

turístico correlacionado a cultura/educação e desenvolver a

interdisciplinalidade. Os vínculos são estreitos entre o turismo e a educação,

sobretudo o fato da prática turística constituir processo essencialmente

pedagógicos, de aprendizagem constante. Seja na percepção de outras

realidades e diferentes estilos de vida; na utilização do tempo ocioso: na

preservação de bens; na assimilação de novos papéis e funções que vem

emergindo com a exploração do turismo; ou ainda na exigência de formação

específica dos profissionais.

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10. Anexos

10.1 Fotografias

PEDRA DA MORENINHA

MIRANTE DO MORRO DA CRUZ

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ILHA DAS FOLHAS (Vista do Mirante da Cruz)

TAMARINEIRA ( ao fundo, a Ilha dos Lobos)

SOLAR D' EL REY

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10.2 Anexo Atividades Extras Curriculares

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11. Bibliografia

11.1 Livros

LAROSA, M. A., AYRES, F. A.; Como Produzir uma Monografia Passo a

Passo... . 4ª ed. Rio de Janeiro: WAK, 2002.

HERNÁNDEZ, F., VENTURA, M.; A Organização do Currículo por

Projetos de Trabalho. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 1998. 199p.

Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, Multieducação :

Núcleo Curricular Básico. Rio de Janeiro, 1996. 408p.

EDMUNDO, Luiz; Recordações do Rio Antigo. Vol CXLIV. Rio de

Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1949. 180p.

MAURICIO, A.; Templos Históricos do Rio de Janeiro. Vol CXII e CXIII

Rio de Janeiro: Gráfica Laemert, Limitada, 1947. 312p.

BENI, M. C.; Análise Estrutural do Turismo. 2ed. São Paulo: Editora

Senac, 1998. 428p.

CRULS, Gastão; Aparência do Rio de Janeiro. Vol 2. Edição do IV

centenário. Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 1965. 1104.

KRIPPENDORF, Jost; Sociologia do turismo. Rio de Janeiro: Ed.

Civilização Brasileira, 1989. 236p.

Guia Quatro Rodas Praias. São Paulo: Editora Abril, 2000. 226p.

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11.2 Internet

Associação Comercial de Paquetá. Fotos e Fonte de Pesquisa.

Disponível em http:/www.oglobo.com.br>. acesso em 04/04/05.

CHIARA, Carlos, KUNG, Stephan, PAULO, João, PUGA, Hugo,

CUPELLO, Marcelo, Fonte de pesquisa. Disponível em

http:/www.agua1103hpg.com.br>. acesso em 04/04/05.

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ÍÍnnddiiccee

Folha de Rosto 1

Agradecimentos 2

Dedicatória 3

Resumo 4

Metodologia 5

Sumário 6

Introdução 7

Capítulo I

1 - Objetivos Gerais do Turismo Educacional na Ilha de Paquetá 8

2 - Objetivos Específicos do Turismo Educacional na Ilha de Paquetá 9

2.1 - Estudos e Projetos a Serem Desenvolvidos com as Disciplinas

2.2 - Método Científico 10

2.3 - Informática

2.4 - História 11

2.5 - Geografia 12

2.6 - Sociologia 13

3 - Justificativa das Interdisciplinalidades 13

Capítulo II

4 - Turismo 14

4.1 - Roteiro Turístico 15

4.2 - O Profissional de Turismo 16

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5 - Atrativos Turísticos 17

6 - A História 18

6.1 - A Baía de Guanabara

6.2 - A Ilha de Paquetá 21

6.2.1 - A Localização da Ilha de Paquetá 22

6.2.2 - História da Ilha de Paquetá 22

6.2.3 - Lendas 24

6.2.3.1 - Maria Gorda

6.2.3.2 - Poço de São Roque 25

6.2.3.3 - Gruta dos Amores

7 - Exemplo de Projeto Educacional 26

8 - Projeto de Despoluição da Baía de Guanabara 26

8.1 - Tempo e Custo 26

8.2 - Financiamentos 27

8.3 - O que Já Foi Feito? 27

9 - Conclusão 28

10 - Anexos 30

10.1 - Anexo Fotografias 30

10.2 - Anexo Atividade Extras Curriculares 32

11 - Bibliografia 34

Índice 36

Folha de Avaliação 38

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição:

Título da Monografia:

Autor: Adriana Filoso Sampaio

Data da entrega: 11/04/05

Avaliado por: Conceito:

Avaliado por: Conceito:

Avaliado por: Conceito:

Conceito Final: