O USO DA CONTABILIDADE NA EDUCAÇÃO FINANCEIRA: Uma ...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
O USO DA CONTABILIDADE NA EDUCAÇÃO FINANCEIRA:
Uma ferramenta útil para à gestão financeira pessoal.
THIAGO VICENTE BARBOSA MARANGONI
CUIABÁ- MT
2017
Thiago Vicente Barbosa Marangoni
O USO DA CONTABILIDADE NA EDUCAÇÃO FINANCEIRA: UMA FERRAMENTA ÚTIL PARA À GESTÃO FINANCEIRA
PESSOAL.
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Departamento de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Mato Grosso para obtenção do título de bacharel em Ciências Contábeis.
Orientador: Professor MSc. Aldo Nobuyuki Nakao.
Cuiabá – Abril – 2017
Thiago Vicente Barbosa Marangoni
O USO DA CONTABILIDADE NA EDUCAÇÃO FINANCEIRA: UMA FERRAMENTA ÚTIL PARA À GESTÃO FINANCEIRA PESSOAL.
Monografia, defendida e aprovada em ____/_____/_____ pela banca examinadora constituída pelos professores:
Professor MSc. Aldo Nobuyuki Nakao
Presidente
Professor Adão Ferreira da Silva
Membro
Professora Mônica Campos da Silva
Membro
DEDICATÓRIA
A Deus pelo dom da vida e por me guiar até à conclusão desta jornada. A minha família, por acreditar e investir em mim, em especial aos meus pais Ildomar e Sandra Marangoni, os quais me instruíram e deram apoiou desde o início com seu amor e sua dedicação. Aos meus amigos e namorada pelo incentivo, compreensão e pela paciência que tiveram comigo.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, tudo se deve a Deus, grande inspiração e motivação
constante, mantendo-me firme no caminho a ser percorrido e fortalecendo meu
espírito perante as dificuldades encontradas.
Aos meus pais, Ildomar e Sandra Marangoni, pela paciência imensurável
e o apoio incondicional nas noites em que dormir era tarefa supérflua, pela
orientação e dedicação, e, principalmente, por acreditarem que mais um sonho
está se concretizando.
Agradeço a constante preocupação do meu professor orientador:
Específico e metodológico, sempre presente e me auxiliando a sanar as
frequentes dúvidas e desânimos.
A minha fonte de motivação, Jéssica Silvério, pela companhia e pelo
tempo despendido no encontro de soluções e na busca incansável de
informações, sempre acrescentando positividade ao meu estudo e preenchendo
minha existência de alegrias e coragem.
Aos colegas de faculdade que me acompanharam nesse percurso e aos
Professores sempre presentes, auxiliando-me no decorrer de tudo até aqui.
“Se A é o sucesso, então A é igual a X mais Y mais Z. O trabalho é X; Y é o lazer; e Z é manter a boca fechada”.
Albert Einstein
RESUMO
Este estudo tem o objetivo de considerar aspectos relevantes da vida
financeira cotidiana. Analisar o uso da contabilidade na Educação Financeira dos
estudantes de ciências contábeis do 4º ano da UFMT, comparando o nível de
consciência em relação ao controle dos gastos por faixa etária e se houve um
aumento do rendimento na administração do patrimônio dos entrevistados, após
a aprendizagem dos conceitos básicos da contabilidade no decorrer do curso. A
abordagem foi feita através de um questionário aplicado a 40 estudantes de
diferentes faixas etárias do 4º ano de ciências contábeis da Universidade Federal
de Mato Grosso, no município de Cuiabá – MT. A intenção é descobrir qual é o
nível de consciência e a aplicação no controle da gestão financeira pessoal,
comparando as idades dos graduandos do curso.
Através do estudo de caso deste trabalho, analisou-se um grande ou
pequeno aumento do rendimento na administração do patrimônio de 77% dos
entrevistados com a utilização dos conceitos básicos de contabilidade pela
grande maioria dos graduandos e uma diferença no nível de consciência na
aplicação do controle de gastos por faixa etária dos discentes questionados.
Palavras chaves: Contabilidade, Educação Financeira, Finanças Pessoais.
ABSTRACT
This study aims to consider relevant aspects of everyday financial life. To analyze
the use of accounting in Financial Education of students of accounting sciences
of the 4th year of the UFMT, comparing the level of awareness regarding the
control of the expenses by age group and if there was an increase in the income
in the administration of the equity of the interviewees, after learning accounting
concepts throughout the course. The approach was carried out through a
questionnaire applied to 40 students of different ages of the 4th year of
accounting sciences of the Federal University of Mato Grosso, in the city of
Cuiabá - MT. The intent is to discover the level of awareness and application in
controlling personal financial management by comparing the ages of the
undergraduate students.
Through the case study of this work, we analyzed a large or small increase in
income in the administration of the assets of 85% of the interviewees with the use
of basic accounting concepts by the vast majority of undergraduates and a
difference in the level of awareness in the application of the Control of
expenditures by age group of the questioned students.
Keywords: Accounting, Financial Education, Personal Finance.
LISTA DE GRÁFICOS:
Gráfico 1 – Faixa etária dos entrevistados.
Gráfico 2 – Se os entrevistados praticam alguma atividade remunerada.
Gráfico 3 – Como está a situação financeira dos entrevistados.
Gráfico 4 – Forma de controlar as finanças pessoais.
Gráfico 5 – Quanto a frequência de anotar os gastos.
Gráfico 6 – Dificuldades financeiras.
Gráfico 7 – Nível de consciência de controle dos gastos.
Gráfico 8 – Fonte de conhecimento sobre Educação Financeira.
Gráfico 9 – Relação do dinheiro com os familiares.
Gráfico 10 – Conceitos básicos de contabilidade para gerir suas finanças
pessoais.
Gráfico 11 – Se os conceitos básicos de contabilidade são usados pelos alunos
do 4º ano para gerir suas finanças pessoais.
Gráfico 12 – Aumento do rendimento após o aprendizado do curso de Ciências
Contábeis.
Gráfico 13 – Nível de consciência na aplicação do controle dos gastos: Ótimo.
Gráfico 14 – Nível de consciência na aplicação do controle dos gastos: Bom.
Gráfico 15 – Nível de consciência na aplicação do controle dos gastos: Ruim.
Sumário
1 – INTRODUÇÃO ........................................................................................... 11
2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................... 14
2.1 Origem da Contabilidade ............................................................................ 14
2.1.1 Patrimônio ............................................................................................... 15
2.1.1.1 Receitas ............................................................................................... 15
2.1.1.1 Despesas ............................................................................................. 15
2.2 Educação Financeira .................................................................................. 16
2.2.1 Influência da gestão financeira na família ............................................... 17
2.2.2 O uso da contabilidade na Educação Financeira .................................... 19
2.4 Cenário Financeiro dos jovens no Brasil .................................................... 20
3 – METODOLOGIA ............................................. Erro! Indicador não definido.
4 – ESTUDO DE CASO ................................................................................... 24
4.1 Resultados ................................................................................................. 24
4.1.1 Questionário sobre o controle de gastos e uso da contabilidade na gestão financeira pessoal. ........................................................................................... 24
4.2 Análise dos Resultados .............................................................................. 37
5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................... 42
6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................... 44
APÊNDICE ....................................................................................................... 46
11
1 – INTRODUÇÃO
Na atualidade podem-se verificar muitas pessoas que reclamam da “falta”
de dinheiro, porém a falta de conhecimento sobre administrar o seu próprio
patrimônio, pode ser a causa deste problema. Com isso, será possível reeducar
uma pessoa quando se refere ao seu orçamento, bem como verificar as
vantagens da implantação dos conceitos básicos de contabilidade como
ferramentas de auxilio na Educação Financeira, mudando os hábitos de
consumo de uma pessoa para mostrar o quão é importante controlar os gastos
e economizar.
Segundo Alonso (2016, p. 17), “A maneira mais simples e eficiente de ter
uma vida financeira saudável é ser racional em relação aos assuntos ligados ao
dinheiro. Ou seja, trazer o tema para sua análise, em vez de deixa-lo ali, de forma
nebulosa e intocável, em algum lugar da sua cabeça”.
A educação financeira pode ser considerada como um suporte para o
auxílio de pessoas, as quais não têm controle nenhum sobre suas finanças. Pois,
Kiyosaki acredita que os problemas financeiros estão relacionados a falta de
educação financeira das massas (KIYOSAKI, 2011, p. 22). Assim, a implantação
da Educação Financeira na gestão financeira pessoal pode mostrar que é
possível dentro de um orçamento controlado, não importando o tamanho do
mesmo.
Já a “[...] contabilidade é uma das ferramentas fundamentais que
proporciona êxito nas tomadas de decisões, uma vez que ela desempenha seu
papel de ordem e controle, seja na gestão de um negócio ou da vida pessoal
financeira. ” (TREML; PEREIRA; PEREIRA, 2015, p. 2). Logo, a educação
financeira, aliada à contabilidade, pode contribuir significativamente para o
sucesso de pessoas que pensam no futuro, planejam e controlam suas finanças
pessoais. Isso poderá garantir o alcance de uma vida melhor e com equilíbrio
financeiro.
Para tanto, o problema central presente da pesquisa é: “Qual o nível de
consciência em relação ao controle de gastos por faixa etária e caso os conceitos
12
básicos de contabilidade melhoraram o rendimento na administração das
finanças pessoais? ”.
O objetivo principal do estudo é averiguar o nível de consciência na
aplicação do controle dos gastos dos discentes e se houve aumento do
rendimento, na administração do patrimônio dos mesmos, após o aprendizado
sobre os conceitos básicos de contabilidade. A pesquisa tem como objeto
elaborar um estudo sobre os discentes do 4º ano matutino e noturno do curso de
ciências contábeis, da Universidade Federal de Mato Grosso, campus de
Cuiabá.
Os objetivos específicos são:
- Revisar a literatura;
- Elaborar uma pesquisa de campo;
- Tabular os dados;
- Gerar informações do estudo de caso.
Primeiramente, será abordado o tema da origem da contabilidade,
procurando expressar como os nossos antepassados começaram a utilizar a
contabilidade ao seu favor, e como ela evoluiu com o passar dos anos. Em
seguida, os conceitos básicos de contabilidade serão detalhados neste estudo
de caso, como forma de plantar uma semente para o entendimento das regras
que regem a educação financeira.
Em segundo plano, tem a presença da Educação Financeira, como sendo
tema principal da pesquisa, a qual será explicada através dos diferentes autores
como ela pode ser contributiva, na vida das pessoas, especificamente dos
estudantes do 4º ano de ciências contábeis da UFMT, e realizar um estudo
detalhado sobre o conceito de Educação Financeira.
Posteriormente o assunto a ser tratado é a influência da gestão financeira
na família. Tendo como base os valores e princípios familiares, uma boa
educação financeira é princípio de conquistas e sucesso no futuro. Por isso,
famílias que tratam esse tema com a devida importância têm maiores chances
13
de ser bem-sucedidas nos aspectos, emocional, profissional, bem como no
financeiro.
O cenário financeiro dos jovens no Brasil é abordado na seção seguinte,
com o intuito de mostrar porque os jovens estão tendo uma porcentagem
significativa no número de endividados do país.
Uma pesquisa de campo foi elaborada, com a amostra de 40 discentes do
4º ano matutino e noturno do curso de Ciências Contábeis da UFMT, campus
Cuiabá, com a intenção de analisar os dados colhidos e responder o problema
em questão.
14
2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA O referencial teórico permite que se conheçam conceitos básicos, para
reforçar a ideia do projeto e que são extremamente necessários para a evolução da pesquisa.
2.1 Origem da Contabilidade
A evolução histórica da Contabilidade aconteceu de forma lenta, pois ela
é tão antiga quanto a origem do homem pensante. “Alguns historiadores fazem
remontar os primeiros sinais objetivos da existência de contas aproximadamente
a 4.000 anos a.C.” (IUDÍCIBUS, Sérgio de, 2000, p. 30).
Segundo Iudícibus:
[...] a função da Contabilidade já no início da civilização era de avaliar
a riqueza do homem; avaliar os acréscimos ou decréscimos dessa
riqueza. Mas como contar seu patrimônio e avaliar seu crescimento se
não existiam números, nem escrita e, muito menos, moeda? Havendo
um pequeno monte de pedrinhas ao seu lado, o homem separa uma
pedrinha para cada cabeça de ovelha, executando assim o que o
contabilista chamaria hoje de inventário. Após o término dessa missão
o homem separa o conjunto de pedrinhas, guardando-as com muito
cuidado, pois o conjunto representava a sua riqueza num determinado
momento. (IUDÍCIBUS, Sérgio de, 1994, p. 30).
Com isso, em termos de entendimento, o grau de desenvolvimento da
teoria da contabilidade e de suas práticas está diretamente ligado, na maioria
das vezes, ao grau de evolução comercial, social e institucional das sociedades,
cidades ou países.
Já sabemos o fato de que toda história tem mostrado é que a
Contabilidade se torna importante à medida que há desenvolvimento econômico
e social. Todavia, o marco mais importante de acordo com Iudícibus (2000), foi
a primeira literatura contábil relevante pelo Frei Luca Pacioli em 1494, com seu
famoso Tractatus de Computis et Scripturis, consolidando assim o método das
partidas dobradas, expressando a causa efeito do fenômeno patrimonial com os
termos débito e crédito. Logo, esta obra de Pacioli pode muito bem ser vista
como pontapé inicial do pensamento científico da Contabilidade.
15
2.1.1 Patrimônio
A Contabilidade não é uma ciência exata. Ela é uma ciência social, pois a
ação humana que gera e modifica o fenômeno patrimonial. Todavia, a
Contabilidade utiliza os métodos quantitativos (matemática e estatística) como
sua principal ferramenta, e tem como principal função zelar pelo patrimônio, bem
como, controlar os bens adquiridos pelo homem.
O Patrimônio é o objeto de estudo da contabilidade, que abrange tudo
aquilo que a pessoa tem e tudo aquilo que a pessoa deve, ou seja, é o conjunto
de bens, direitos e obrigações. Ribeiro (2002, p. 40) diz que o “[...] Patrimônio
Líquido é igual ao valor da Situação Líquida da empresa”. Ou seja, o Patrimônio
Líquido é a diferença entre as despesas e as receitas de uma pessoa física ou
jurídica.
2.1.1.1 Receitas
Segundo Equipe de Professores da USP (1979 apud IUDICIBUS, 2000,
p. 73): “Entende-se por receita a entrada de elementos para o ativo, sob forma
de dinheiro ou direitos a receber, correspondentes, normalmente, à venda de
mercadorias, de produtos ou à prestação de serviços”.
Em outras palavras voltadas para pessoa física, pode-se classificar
receitas como todos os recursos adquiridos mensalmente pelos indivíduos, para
arcar com suas contas e dívidas, ou seja, pagar pelas necessidades pessoais
dos mesmos, garantindo sua sobrevivência na sociedade atual.
2.1.1.1 Despesas
Para a contabilidade, uma despesa representa uma diminuição do ativo e
aumento do passivo; e assim como as receitas provocam um aumento do
patrimônio líquido, as despesas diminuem o valor do mesmo.
“Despesa, em sentido restrito, representa a utilização ou o consumo de
bens e serviços no processo de produzir receitas. Note que a despesa
pode referir-se a gastos efetuados no passado, no presente ou que
serão realizados no futuro”. (IUDÍCIBUS, 2000, p. 155).
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Caracteriza-se como despesas, os gastos diários das pessoas com à
formação acadêmica, contas pessoais, alimentação e diversão, ou seja, os
valores gastos com a estrutura administrativa pessoal.
2.2 Educação Financeira
A educação tem um papel fundamental em tornar a mente explanada,
livrando as pessoas das regiões escuras da ignorância, pois os pensamentos
tendem a sofrer modificações à medida que a bagagem de conhecimentos se
aprimora em virtude da instrução. De forma idêntica acontece com a educação
financeira.
“A Educação Financeira é um tema atual que vem sendo reconhecido
cada vez mais como fator importante para promoção de qualidade de
vida das pessoas, pois possibilita a tomada de decisão de caráter
financeiro e econômico, que impacta diretamente no bem-estar dos
indivíduos e de suas famílias”. (BRAZ; BRITO; BAPTISTA; DA SILVA;
HENRIQUE, 2012, p. 3).
Com isso, a educação financeira surge com a funcionalidade de ajudar a
vida financeira de qualquer usuário, utilizando de ferramentas fáceis para a
elaboração de conhecimento voltada à otimização da administração financeira
pessoal, permitindo assim, adquirir e desenvolver habilidades por meio de
informações e orientações que tornam as oportunidades e escolhas bem mais
conscientes, as quais melhoram o bem-estar do indivíduo.
Segundo D’Aquino (2009); “O objetivo da Educação Financeira deve ser
o de criar uma mentalidade adequada e saudável em relação ao dinheiro.
Educação Financeira exige uma perspectiva de longo prazo, muito treino e
persistência”. Ou seja, a educação financeira tem o objetivo de ajudar homens e
mulheres atingir a maturidade financeira, com instrumentos para controlar os
desejos, pressa para ensinar nos primeiros anos de vida e consequentemente
alcançar bons resultados futuros.
Clason explica muito bem o fato de como ações diárias podem refletir no
futuro: "Nossas ações sensatas acompanham-nos através da vida para nos dar
prazer e ajudar-nos. Do mesmo modo, nossas ações insensatas nos seguem
para nos causar prejuízos e atormentar-nos.” (CLASON, 2005, p. 36).
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Não existe um único jeito de tratar o assunto finanças. O tema é cheio de
caminhos complicados e sofre constantes mudanças, principalmente no contexto
de sociedade moderna em constante transição em que se vive. Entretanto, é
possível estabelecer um tipo de manual de conduta que está ao alcance de todos
e que pode facilmente ser inserido no cotidiano das pessoas independente de
grau de instrução ou situação econômica atual.
Peretti (2007, p. 33-34) discorre sobre alguns pontos importantes que ele
chama de Princípios Básicos da Educação Financeira. Assim, afirma que para
começar a pensar financeiramente é preciso descobrir que tipo de pessoa se
deseja ser.
Os principais princípios de Peretti (2007) consistem em: refletir a respeito
da vida que se quer ter hoje, amanhã e futuramente; criar a consciência de que
para gastar dinheiro, primeiro é preciso ganhar dinheiro; eliminar desperdícios e
evitar os supérfluos; e por último definir objetivos e tentar efetiva-los da melhor
forma possível.
Já Alonso (2016, p. 18-19), prefere construir a Educação Financeira com
base em cinco pilares, são eles: Domínio financeiro; Rotina financeira;
Endividamento saudável; Colchão de liquidez; Oportunidades financeiras. Ou
seja, os pilares consistem em psicologia econômica, incluir suas finanças
pessoais no dia a dia, diferenciar uma dívida boa de uma dívida ruim, reserva
financeira que esteja bem aplicada e com um retorno adequado.
A alternativa mais simples e eficiente é atuar racionalmente em relação
aos assuntos ligados ao dinheiro, ou seja, trazer o tema para sua análise, em
vez de deixá-lo de lado, de forma nebulosa e intocável, em algum canto da sua
cabeça. A educação financeira apresenta soluções para que se elabore um
planejamento financeiro capaz de nortear a família de forma segura.
2.2.1 Influência da gestão financeira na família
Referente à gestão financeira familiar, D’aquino (2009) exemplifica que
pesquisas mostram que 50% dos casamentos atuais acabam em separação e a
principal causa é a divergência de afinidades relacionadas ao dinheiro. Assuntos
relacionados com dinheiro atrapalham a vida de muitos casais. Na época atual,
para que as relações sejam firmes o suficiente para romper obstáculos
financeiros, é preciso entender as raízes desses problemas. Assim, é preciso
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construir uma relação com conversas para auxiliar na instalação da paz entre o
casal.
A família precisa de união para fazer com que a situação financeira
melhore. É necessário a união de todos os membros, todos devem saber
exatamente a real situação que a família se encontra para que ninguém exceda
o limite financeiro.
De acordo com Cerbasi:
Certamente, aqueles sem aptidão nem afinidade com números
sentirão maior dificuldade, mas garanto que será apenas no começo.
Traçar um plano com objetivos claros segui-los e acompanhar as
metas aproximando-se é algo muito prazeroso. Muitos obstáculos de
curto prazo são reservados quando se perseguem objetivos maiores
de longo prazo. (CERBASI, 2004, p. 36).
Para que a família comece a ser uma boa influência financeiramente para
seus herdeiros, é preciso pouca coisa: acompanhar os gastos, criar o hábito de
fazer as anotações de todas as entradas e saídas e desenvolver disciplina de
todos os membros. Por isso, é de extrema importância não se acomodar e não
deixar de lado esse controle financeiro familiar, pois pode ter consequências
desastrosas no orçamento e na maioria das vezes acarretar longos períodos de
dificuldades.
Cerbasi ressalta que a participação dos filhos nas decisões sobre o
dinheiro da casa é de extrema importância:
O segundo passo na educação financeira seria dar permissão aos
filhos para imitar os adultos em situações de escolha e compra com
recursos limitados – pedir a ajuda dos filhos, por exemplo, para montar
o orçamento de uma festinha de fim de semana ou das próximas férias.
A etapa seguinte seria estimular a responsabilidade pessoal. Talvez
seja esse o maior objetivo de propor uma mesada aos filhos. Eles
aprenderão bastante quando perceberem que seus recursos são
escassos. (CERBASI, 2004, p. 92).
A rotina de dominar as finanças, economizando e, poupando não é
importante apenas para que sobre dinheiro, mas sim para certificar-se, de que o
indivíduo pode sustentar tudo aquilo que ele conquistou através do dinheiro.
Cerbasi (2004, p. 38) afirma que o fato de guardar dinheiro por guardar,
não mostra nenhum propósito essencial, porém algo bom que o dinheiro pode
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proporcionar é permitir manter aquilo que o casal ou a família conquistam dia a
dia.
Muitas das influências financeiras são ensinadas na forma de exemplos.
Como os pais se comportam financeiramente com os filhos terá um reflexo no
futuro dos mesmos. É de grande importância dialogar com os filhos sobre à
situação das finanças da família, assim eles poderão entender quando não se
pode comprar algo e ajudar para não danificar o orçamento com coisas
desnecessárias.
D’aquino (2009) propõe que o objetivo para demonstrar a educação
financeira para os filhos é levá-los a atingir a maturidade das finanças, (adiando
desejos para pensar em benefícios futuros). Essa maturidade para ser atingida,
não passa por um procedimento natural, muito pelo contrário, pois a natureza
humana consiste em satisfazer os desejos momentâneos imediatamente. E
como forma de vencer esta barreira está a educação financeira, que deve estar
presente desde o início da caminhada das crianças.
Para o sucesso financeiro familiar, é preciso que marido e mulher tenha o
mesmo pensamento, para sua vida a dois e familiar, para que assim os filhos
acompanhem esse raciocínio. Ter o costume de introduzir o assunto “dinheiro”
nas conversas da família faz com que todos caminhem juntos para a mesma
direção, todos compreendem de onde vem e para onde está indo o dinheiro.
Em resumo, a gestão financeira no ambiente familiar deve envolver todos
os membros da família, independente de faixa etária, pois quanto antes se passa
a discutir em conjunto o tema, antes se consegue viabilizar a caminhada rumo
ao objetivo maior, que é o bem-estar da família como um todo. Cabe aos pais a
responsabilidade de mostrar aos filhos desde cedo os assuntos financeiros da
família. Assim as crianças passam a compreender o impacto de seus desejos no
ambiente familiar e provavelmente tornam-se adultos financeiramente
conscientes e sem dúvidas repetirão e passaram as futuras gerações o
comportamento financeiro que herdaram do seus pais.
2.2.2 O uso da contabilidade na Educação Financeira
As pessoas leigas no assunto acreditam que a contabilidade é uma
ferramenta complexa demais para ser aplicada em seu dia-a-dia. Porém, alguns
20
conceitos da contabilidade são importantes para se compreender sobre a
acumulação de recursos que pode trazer independência financeira ao indivíduo.
Segundo Kiyosaki e Lechter (2000), assuntos como contabilidade e
investimentos são importantes para a vida das pessoas, mas essas sabem muito
pouco sobre o assunto, pois as escolas se concentram nas habilidades
acadêmicas e profissionais, mas não nas habilidades financeiras.
“A Contabilidade é um sistema de registro de movimentos financeiros que
permite a produção de demonstrativos que fornecem uma visão clara da situação
patrimonial de uma pessoa ou instituição” (PIRES, 2006, p. 47). Com isso, Pires
afirma que a contabilidade pode ser uma ferramenta útil na vida financeira
pessoal e não ser um “bicho de sete cabeças” como às pessoas julgam.
Silva (2007) afirma que a contabilidade pessoal pode ser definida como a
organização financeira do patrimônio de pessoas físicas. É o registro de todas
as movimentações financeiras efetuadas por uma pessoa. Estas informações
são empregadas para controlar e governar as finanças pessoais. Essas
operações têm o envolvimento dos registros das aquisições de bens e direitos,
obrigações contraídas, como todas as transações financeiras e econômicas de
uma pessoa. A necessidade da contabilidade para pessoas físicas se deve ao
fato, de que a mesma visa fornecer informações sobre a situação financeira com
base nos fatos ocorridos no patrimônio, coletando dados e proporcionando a
oportunidade da administração da sua própria vida financeira, observando
possibilidades de economias extras de recursos, para futuros investimentos.
2.4 Cenário Financeiro dos jovens no Brasil
A reportagem de Economia (2016) do Portal G1 analisou estatísticas sobre
emprego e renda usando micro dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua (Pnadc) e do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), e dividiu assim a população entre 14 e 24 anos entre
ocupados, desocupados, aqueles que só estudam e os chamados “nem-nem”, ou
seja, aqueles que nem estudam nem participam da força de trabalho.
21
Por fim, a reportagem sobre economia mostrou a proporção de jovens
ocupados vem caindo desde 2013, de acordo com a Pnadc (Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios Contínua), pois, após atingir à porcentagem de 44%
no terceiro trimestre de 2012, os jovens empregados eram de 37% no primeiro
trimestre de 2016.
O custo de vida acima do limite de tolerância e recessão afetam pessoas
com menos de 30 anos, pela primeira vez. Para equilibrar as contas, a opção
tem sido cortar lazer, cultura e até mesmo gastos com alimentação, assim foi
reportado por Augusto e Costa (2015) do Correio Braziliense.
Apesar dos momentos difíceis, os quais os jovens brasileiros passaram
em 2015 e 2016 com a falta de empregos no mercado de trabalho, o ano de 2017
pode ser um pouco diferente para os calouros do mercado de trabalho. Pois,
segundo uma pesquisa do Na prática (2017) sobre dicas para os jovens
sobreviverem a crise, relata que os líderes brasileiros especializados em atração
de talentos têm em vista, que o ano de 2017 trará um bem-vindo aumento no
volume de contratações.
Por isso, os jovens precisam investir cada vez mais em autoconhecimento
e também pesquisar bem o mercado e as oportunidades profissionais. E a
pesquisa do Na prática (2017) entrevistou a Fernanda Brunsizian, gerente de
comunicação do LinkedIn, a qual revelou que: “Em tempos de recursos
escassos, como o atual, o investimento em talentos fica mais em qualidade do
que quantidade – assim, a preocupação em contratar o candidato certo fica maior
ainda”.
Quando debate sobre contabilidade aparenta para muitos algo distante da
realidade ou da vida pessoal, mas quando a conhece de fato, percebe-se que
ela sempre esteve envolvida em nossa vida, seja no recebimento de receitas
(salários ou outros ganhos) ou a maioria das atividades realizadas no dia a dia,
a qual gera gastos e despesas. Com isso, a contabilidade pode ser uma
ferramenta útil no controle das finanças pessoais, pois com a utilização dos seus
conceitos básicos pode-se verificar a situação financeira real do seu patrimônio
e ter êxito nas tomadas de decisões.
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3 – METODOLOGIA
No uso da contabilidade na educação financeira foi utilizada uma pesquisa
de campo, através de um questionário (Apêndice A), para verificar se os
discentes do curso de ciências contábeis do 4º ano da UFMT, controlam os seus
gastos e usam os conceitos básicos de contabilidade para administrar o seu
patrimônio.
Por meio desta pesquisa, torna-se possível constatar as prioridades no
controle de gastos por faixa etária e o uso do conhecimento ensinado, no
decorrer do curso, para gerir as finanças pessoais, onde dados serão recolhidos
para verificação e reconhecimento do caso.
Baseado nas leituras referentes aos tipos de pesquisa optou-se pelo uso
da pesquisa de campo em vista da análise que proporciona a fim de viabilizar a
correção de certas dificuldades provenientes de hábitos financeiros prejudiciais,
tendo como base acontecimentos reais obtidos pela investigação.
Segundo Vergara (2009, p. 43):
“Pesquisa de campo é investigação empírica realizada no local onde
ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para
explicá-lo. Pode incluir entrevistas, aplicação de questionários, testes
e observação participante ou não”.
A pesquisa de campo foca seu interesse para o acompanhamento de
grupos específicos (estudantes de Ciências Contábeis do 4º ano da UFMT). Este
tipo de pesquisa não pode ser confundido com pesquisa experimental, pois ela
não possui como principal objetivo reportar necessariamente um experimento.
Ela busca, através de dados coletados, pesquisar a realidade que será
analisada.
A pesquisa de campo pode ser também aquela em que o mesmo objeto
de estudo serve como fonte de informação e conhecimento para quem a efetuar.
As técnicas usualmente utilizadas na pesquisa de campo para a coleta de dados
e informações são: a pesquisa, a entrevista, a gravação, a filmagem, a fotografia,
entre outras formas, podendo-se utilizar uma destas técnicas ou várias ao
mesmo tempo.
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Neste trabalho fez-se uso da pesquisa bibliográfica, a qual: “é o estudo
sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas,
jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral”
(VERGARA 2009, p. 49).
Também se observou neste trabalho a presença da pesquisa descritiva,
que segundo Vergara (2009, p. 42) “expõe características de determinada
população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações
entre variáveis e definir sua natureza”.
A abordagem será feita através de um questionário aplicado a 40
discentes do 4º ano de ciências contábeis da UFMT, campus Cuiabá – MT, no
intuito de comparar por faixa etária o nível de consciência em relação ao controle
de gastos, e saber se os alunos entrevistados tiveram um aumento no
rendimento, utilizando os conceitos básicos de contabilidade, para administrar o
seu patrimônio.
Depois das apreciações concluídas, verificou-se seus resultados
delimitando as possíveis vantagens e desvantagens desta pesquisa.
24
4 – ESTUDO DE CASO
4.1 Resultados
Pessoas de faixas etárias diferentes geralmente têm desiguais modelos
de consumo, pois as necessidades de cada ser humano podem mudar com o
passar dos anos. Porém com a facilidade de alcançar conhecimento nos dias de
hoje, os jovens brasileiros têm a oportunidade de aprender cada vez mais cedo
sobre a educação financeira e assim ter sucesso na gestão financeira pessoal.
Por outro lado, os indivíduos acima dos 30 e 40 anos, os quais tiveram que
aprender com experiências próprias, pode ter acesso as informações para
aumentar o conhecimento e posteriormente potencializar o resultado final.
4.1.1 Questionário sobre o controle de gastos e uso da contabilidade na gestão financeira pessoal.
Para analisar a situação financeira dos discentes do 4º ano de Ciências
Contábeis da UFMT campus Cuiabá, foi elaborado um questionário com 12
perguntas objetivas, visando comparar por faixa etária o nível de consciência de
controle dos gastos dos graduandos e se os mesmos acreditam que a
contabilidade pode ser uma ferramenta útil na gestão financeira pessoal.
As perguntas referem os conhecimentos financeiros que a sociedade
possui, de acordo com a bagagem de conhecimentos que foi acumulada.
A primeira pergunta baseou-se na variação de idades, partindo de que os
jovens estão tornando-se independentes cada dia mais cedo. Foi avaliada a faixa
etária dos entrevistados.
25
Gráfico 1 – Faixa etária dos entrevistados.
Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelo autor.
O gráfico 1 mostra que dos 40 entrevistados, 2% têm até 20 anos, 65%
de 21 a 30 anos, 20% de 31 a 40 anos e 13% acima de 40 anos.
Indiferente da faixa etária é necessário buscar conhecimento para
administrar suas finanças, o que está extremamente ao alcance de todos. É
preciso conhecer, entender e mais importante aplicar de maneira correta os
princípios da educação financeira, como por exemplo, elaborar um orçamento e
acompanhar os gastos e recebimentos.
Levando em consideração as diferentes necessidades das faixas etárias,
os jovens de até 20 anos e uma parte de 21 a 30 anos, sente “necessidade maior
de gastar” com festas e coisas que satisfaz seus desejos, porém esquecem de
pensar no futuro. Já os adultos têm a necessidade de sustentar suas casas, ou
seja, possuem gastos obrigatórios, com isso, tornam-se dependentes das suas
despesas, esquecendo de se pagar primeiro.
2%
65%
20%
13%
1 - Qual é a sua faixa etária?
Até 20 anos
De 21 a 30 anos
De 31 a 40 anos
Acima de 40 anos
26
Gráfico 2 – Se os entrevistados praticam alguma atividade remunerada.
Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelo autor.
A prática de uma atividade remunerada pode ser essencial, pois você ter
uma receita para arcar com suas despesas pessoais, traz uma sensação de
independência.
Porém, pode ter casos de estudantes que estão focados em estudar e
terminar o curso para depois ir à procura de um emprego ou apenas não
precisam praticar uma atividade remunerada, e essa parcela representa 13%
dos entrevistados. Já os discentes do 4º ano de ciências contábeis da UFMT, os
quais são estagiários ou empregados, fazem parte dos outros 87%.
87%
13%
2 - Pratica alguma atividade remunerada?
Sim, pratico;
Não, estou desempregado ouapenas com foco nos estudos.
27
Gráfico 3 – Como está a situação financeira dos entrevistados.
Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelo autor.
O gráfico 3 mostra que dos 40 entrevistados, 40% dos graduandos estão
em uma situação de investidor, portanto isso significa que esses indivíduos já
tiveram um contato com a educação financeira ou apenas confiam seu dinheiro
aos gerentes de suas contas bancárias, ou apenas se consideram investidores.
Já 52% representam os estudantes que batalham mês a mês, para
equilibrar a balança das receitas e despesas, e muitas vezes perdem a batalha,
mas não desistem da guerra. A última parcela mostra os “desesperados”, ou
seja, aqueles discentes os quais possuem algumas dívidas com as quais não
conseguem arcar, e viram de um mês para o outro “no vermelho”.
40%
52%
8%
3 - Como está a sua situação financeira atualmente?
Estou em uma situação deinvestidor, investindo dinheiromensalmente;
Estou equilibrado mensalmente,alguns meses sobram, mas emoutros, faltam;
Infelizmente, estou com algumasdívidas com as quais não consigoarcar.
28
Gráfico 4 – Controlar as finanças pessoais.
Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelo autor.
Esta pergunta foi elaborada para começar a avaliar se os estudantes de
contabilidade do 4º ano matutino e noturno da UFMT possuem o conhecimento
sobre Educação Financeira e se usam a contabilidade como ferramenta de
auxilio no controle dos gastos. Um exemplo é o acompanhamento de toda
movimentação de dinheiro pessoal ou da casa.
Um ponto importante de se observar é o controle dos gastos, pois é a
partir disso que se consegue visualizar detalhadamente o destino das receitas,
os gastos supérfluos e onde se pode economizar e encaminhar para os
investimentos.
Dos 40 graduandos entrevistados, 62% fazem esse controle, 10% nunca
colocaram no papel as movimentações e 28% fazem às vezes, dados que
mostram que a maioria dos alunos dão a importância ao seu dinheiro.
62%10%
28%
4 - Você faz um controle de suas finanças pessoais?
Sim;
Não;
Às vezes.
29
Gráfico 5 – Quanto a frequência de anotar os gastos.
Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelo autor.
42% dos entrevistados acompanham suas movimentações mensais, com
isso, aumenta a facilidade para chegar a um resultado no final do mês.
Na pesquisa observou-se que 23% dos estudantes não possuem o hábito
de anotar os gastos e a despesas decorrentes no mês, pois aparentam ter pleno
conhecimento de suas finanças, nunca anotam nada, pois julgam já conhecer
muito bem seu orçamento. Entretanto deve-se ter cuidado ao se acostumar com
despesas e receitas, porque a qualquer momento pode surgir algo inesperado
que irá necessitar de um planejamento prévio para ser solucionado.
Já 35% dos entrevistados tentam tomar nota das despesas diariamente
ou mensalmente, acabam não tendo disciplina para acompanhar seus gastos até
final do mês.
42%
23%
35%
5 - Com qual frequência você anota seus gastos mensais?
Sempre, anoto os gastos erecebimentos em planilhas todofinal do mês;
Nunca, estou habituado com meusgastos ou não tenho costume decontrolar as minhas despesas, porisso, não vejo necessidade deanotar;
Às vezes.
30
Gráfico 6 – Dificuldades financeiras.
Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelo autor.
O gráfico 6 mostra os fatores, os quais os discentes acreditam que
possam ser as causas das suas dificuldades financeiras. Mesmo uma grande
parte dos entrevistados terem conhecimento sobre Educação Financeira, 50%
dos graduandos acreditam que “Gastar mais do que ganha” é um fator das suas
dificuldades financeira. Não dá para entender, pois a pessoa sabe que tem um
valor determinado para gastar, porém ultrapassa esse limite sem pensar duas
vezes.
Já 20% admitiram que o motivo dos problemas financeiros, refere-se a
“Falta de conhecimento da Educação Financeira”.
Na pesquisa também mostrou, que uma parcela dos estudantes acha o
fato de “Ganhar pouco”, uma das causas das suas dificuldades, e esse montante
representa 25% dos entrevistados. Porém, este problema pode ser resolvido
com um pedido de aumento se o empregado merecer, ou ir atrás de uma fonte
de renda extra, para suprir esse empecilho. A última parcela representada por
5% acredita que nenhum desses motivos representam suas dificuldades
financeiras.
25%
20%
50%
5%
6 - Se você possui dificuldades financeiras, você acredita que elas
estão ligadas a que fatores?
Ganhar pouco;
Falta de conhecimento daEducação Financeira;
Gastar mais do que ganha;
Nenhuma das alternativas.
31
Gráfico 7 – Nível de consciência de controle dos gastos.
Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelo autor.
No gráfico 7 foi medido o nível de consciência de controle dos gastos dos
futuros contadores da UFMT, e 5% estão em um nível “Ótimo”, logo esses
possuem um grande entendimento sobre Educação Financeira.
O maior número dos estudantes entrevistados encontra-se em um nível
“Bom”, portanto tem um pequeno conhecimento sobre assunto. E por último
temos o nível “Ruim”, o qual faz parte de 20% do total, ou seja, são os alunos de
contabilidade que não conhecem nada sobre Educação Financeira.
5%
75%
20%
7 - Qual é o seu nível de consciência de controle, com relação aos seus
gastos mensais?
Ótimo - Pois, eu possuo bastanteentendimento sobre educaçãofinanceira;
Bom - Porque, eu conheço umapequena parte do conhecimentosobre educação financeira;
Ruim - Porque, eu não conheçonada sobre educação financeira.
32
Gráfico 8 – Fonte de conhecimento sobre Educação Financeira.
Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelo autor.
Representado 30% dos entrevistados estão os graduandos que
adquiriram suas habilidades para administrar o dinheiro através de palestras,
jornais, internet, entre outros.
Já 25% aprenderam com ensinamentos familiares; muito do que sabemos
e praticamos vêm de nossa criação. Se os pais fazem seus filhos participarem
efetivamente de como as despesas são pagas, de quanto os pais ganham, eles
saberão dar valor, não somente querer algo, mas saber o que tem que ser feito
para consegui-lo.
Na faculdade, tem-se uma visão diferente a respeito do mundo e de como
agir em muitas situações. Dos entrevistados, 10% aprenderam tudo o que sabem
sobre administração financeira depois que iniciaram a faculdade.
No decorrer da vida, aprende-se muitas coisas através de experiências
práticas. Dos pesquisados, 35% afirmaram que tudo o que sabem sobre dinheiro
e sua administração foi adquirido através de suas vivências, e muitas vezes, por
fracassos em investimentos mal planejados e gastos além da conta.
25%
10%
30%
35%
8 - Qual é a fonte de conhecimento , que você utilizou para gerir o seu
dinheiro?
Com familiares;
Na faculdade;
Palestras, jornais, revistas,internet, rádio e livros;
De minha experiência prática.
33
Isso reflete que em meio a várias tentativas de administrar suas finanças,
as pessoas acabam deixando de pedir ajuda por julgar saber o que estão
fazendo. Porém, em determinados casos, achar que sabe fazer, pode prejudicar
muito, pois são muitas tentativas, que por vezes, podem não dar certo,
prejudicando a todos e estendendo por um período maior a solução financeira.
Gráfico 9 – Relação do dinheiro com os familiares.
Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelo autor.
No gráfico 9, verificou-se que 57% dos alunos entrevistados afirmam que
sempre conversam sobre dinheiro com seus familiares. Isso mostra, que as
pessoas estão começando a falar cada vez mais sobre dinheiro e planejamento
financeiro.
Dos 40 entrevistados, 8% possuem em casa uma pessoa responsável
pela administração das finanças e por isso acaba não se envolvendo no controle
das finanças. Isso é um erro, pois além de sobrecarregar o administrador, os
outros integrantes da casa não saberão como anda o gerenciamento das
finanças.
É realidade que muitas famílias não fazem o controle dos gastos, e
consequentemente não falam sobre dinheiro. Prova disso é que 30% dos
57%
8%
30%
5%
9 - Sobre os seus familiares, como se dá a relação com o dinheiro?
Sempre conversamos sobredinheiro, estabelecendo osobjetivos e sonhos em conjunto eindividuais e planejando para isso;
Tem uma pessoa que é aresponsável pela administração dasfinanças, por isso, acabo não meenvolvendo;
Quase não existe debate sobre oassunto em casa;
Nenhuma das alternativas.
34
entrevistados quase não conversam sobre o assunto em casa, o que é
preocupante, pois a família não tem a noção da sua situação financeira. E por
último, 5% responderam nenhuma das alternativas.
Gráfico 10 – Conceitos básicos de contabilidade para gerir suas finanças
pessoais.
Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelo autor.
Esta pergunta foi elaborada para começar a avaliar se os estudantes de
Ciências Contábeis do 4º ano da UFMT acreditam e utilizam os conceitos
básicos de contabilidade, como instrumento essencial para a educação
financeira pessoal.
A contabilidade é uma das ferramentas úteis que proporciona um maior
acerto nas tomadas de decisões, uma vez que ela pode desempenhar seu papel
de ordem e controle.
Com isso, segundo 92% dos entrevistados acreditam que os conceitos
básicos de contabilidade, poderão ser ferramentas úteis para gerir suas finanças
pessoais. Já uma pequena parte dos alunos, a qual representa 8% dos
graduandos entrevistados, não acreditam que a contabilidade pode ser essencial
para a Educação Financeira.
92%
8%
10 - Você acredita que os conceitos básicos de contabilidade podem ser
ferramentas úteis para gerir as finanças pessoais?
Sim, eu acredito;
Não, eu não acredito.
35
Gráfico 11 – Se os conceitos básicos de contabilidade são usados pelos alunos
do 4º ano para gerir suas finanças pessoais.
Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelo autor.
Apesar de um número significativo (92%) dos entrevistados acreditarem,
que os conceitos básicos de contabilidade podem ser considerados ferramentas
úteis na administração de seu patrimônio, apenas 77% dos estudantes
pesquisados utilizam esses conceitos.
Isso chega a ser engraçado, pois o aluno sabe que aplicar este
conhecimento pode ser benéfico para atingir melhores resultados, mais acaba
não usando simplesmente por causa de desculpas esfarrapadas. Porém, têm os
estudantes dentro dos 23% que não utilizam a contabilidade, pois não acreditam
que ela pode ajudar na Educação Financeira deles.
77%
23%
11 - Você utiliza os conceitos básicos de contabilidade, os quais foram
ensinados durante o curso, para gerir suas finanças pessoais?
Sim;
Não.
36
Gráfico 12 – Aumento do rendimento após o aprendizado do curso de Ciências
Contábeis.
Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelo autor.
No gráfico 12 observou-se que 62% dos discentes entrevistados, tiveram
uma percepção de aumento representativo em seu rendimento em relação a
administração de seu patrimônio, após o aprendizado sobre contabilidade no
decorrer do curso.
Já 15% acreditam que esse aumento foi pouco significativo. Porém,
apesar de ter tido um pequeno aumento, o fato de que o rendimento cresceu, já
mostra que essa parcela pode aperfeiçoar-se mais, para continuar alcançando
melhores resultados.
Por último, temos 23% dos pesquisados, que não perceberam aumento
algum em seu rendimento, pois não acreditam que os conceitos básicos de
contabilidade podem ser uma ferramenta útil para gerir suas finanças pessoais
ou não souberam utilizar os conceitos corretamente.
Este gráfico responde um dos problemas apresentados pela pesquisa.
62%15%
23%
12 - Houve aumento do seu rendimento em relação a
administração de seu patrimônio, após aprender sobre os conceitos básicos
da contabilidade no curso?
Muito, pois meu rendimentoaumentou em relaçãoadministração do meu patrimônio;
Pouco, pois não percebi umaumento significativo;
Nada, pois não vejo os conceitosbásicos de contabilidade comouma ferramenta útil para gerir asminhas finanças pessoais.
37
4.2 Análise dos Resultados
Após a apuração dos resultados, alinhou-se as informações do “Gráfico
1” e do “Gráfico 7”, e analisou-se que a comparação do nível de consciência no
controle dos gastos, tem diferença entre uma faixa etária e outra, como mostra
os gráficos complementares a seguir:
Gráfico 13 – Nível de consciência na aplicação do controle dos gastos: Ótimo.
Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelo autor.
No gráfico 13 mostrou que apenas 2 dos 40 entrevistados tem um nível
de consciência “Ótimo”, porém são de faixa etárias diferentes. Um está na idade
de “De 21 a 30 anos”, isso mostra que é uma pessoa muito bem informada sobre
Educação Financeira, e com o acesso facilitado a informações diariamente,
atingiu um nível de consciência significativo, para ter uma saúde financeira
promissora.
Já o outro representante deste nível está situado na faixa de “Acima de
40 anos”, podemos dizer que além do acesso ao conhecimento, este aluno do
curso tem uma experiência, a qual ajuda alcançar um nível de consciência
exemplar no controle dos gastos. Os dois entrevistados, os quais estão neste
0%
50%
0%
50%
13 - Nível de consciência na aplicação do controle de gastos : Ótimo.
Até 20 anos;
De 21 a 30 anos;
De 31 a 40 anos;
Acima de 40 anos.
38
nível, acreditam e utilizam os conceitos básicos de contabilidade para gerir suas
finanças pessoais.
Gráfico 14 – Nível de consciência na aplicação do controle dos gastos: Bom.
Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelo autor.
No gráfico 14, o qual relata os graduandos entrevistados com um nível de
consciência “Bom”, temos a maioria dos pesquisados nesta condição, pois 30
dos 40 alunos questionados encontram-se neste nível.
Todos os representantes da faixa etária “Até 20 anos” estão em um
estágio “Bom” no controle dos seus gastos, representando 3% do total que estão
neste nível.
Como a faixa etária “De 21 a 30 anos” representa a maioria dos
entrevistados na pesquisa, 60% avaliaram como “Bom” o seu nível de
consciência no controle dos gastos. Todos os entrevistados da faixa “De 31 a 40
anos”, representou 27% no total dos quais afirmaram conhecer uma parte das
informações sobre educação financeira.
3%
60%
27%
10%
14 - Nível de consciência na aplicação do
controle de gastos : Bom.
Até 20 anos;
De 21 a 30 anos;
De 31 a 40 anos;
Acima de 40 anos.
39
Já os questionados com idade “Acima de 40 anos”, os quais acreditam ter
um nível bom de consciência em relação a administração de seu patrimônio,
representou 10% do total dos estudantes do 4º ano matutino e noturno de
Ciências Contábeis da UFMT.
Isso pode apontar, que esses discentes provavelmente sabe um pouco
sobre educação financeira, pois provavelmente herdaram os conhecimentos
possuídos pelos seus pais, ou adquiriram poucas informações sobre educação
financeira por meio de fonte de pesquisas ou até mesmo por meio de experiência
própria.
Já a relação em acreditar e utilizar os conceitos básicos de contabilidade
para gerir as finanças pessoais, 90% e 77% respectivamente dos 30
entrevistados, os quais estão neste nível de consciência, acreditam e utilizam
esses conceitos para administrar seu patrimônio.
Logo, essa diferença de 13% desperta a curiosidade, na qual: O que leva
o estudante de ciências contábeis acreditar que os conceitos básicos de
contabilidade são ferramentas úteis para gerir as finanças pessoais, porém o
mesmo não utiliza.
40
Gráfico 15 – Nível de consciência na aplicação do controle dos gastos: Ruim.
Fonte: Pesquisa de campo elaborada pelo autor.
No gráfico 15, o qual relata os graduandos entrevistados com um nível de
consciência “Ruim”, temos 08 alunos representando os 40 estudantes
questionados neste nível.
Podemos afirmar que não é motivo de orgulho ser representante deste
nível, porque o fato de não conhecer nada sobre educação financeira, pode
causar vários problemas financeiros e consequentemente problemas familiares
e de saúde.
Indiferentes da idade, se a pessoa não tem controle de seu patrimônio,
gasta mais do que ganha, falta de disciplina e organização, o resultado vai ser
uma desorganização total e descontrole da sua vida financeira.
Um total de 87%, dos quais estão nesse nível ruim, representam a faixa
etária “De 21 a 30 anos”, o que é um dado preocupante. Pois, a maioria desses
entrevistados não precisam sustentar uma família ainda ou não pensam no seu
futuro financeiro, porém quando essa hora chegar, eles precisaram aprender
0%
87%
0%
13%
15 - Nível de consciência na aplicação do
controle de gastos : Ruim.
Até 20 anos;
De 21 a 30 anos;
De 31 a 40 anos;
Acima de 40 anos
41
sobre educação financeira para tentar alcançar um resultado financeiro
favorável.
Já 13%, que possuem um nível de consciência na aplicação do controle
dos gastos ruim, estão na faixa etária “Acima de 40 anos”. Este dado levantado
é desesperador, pois esses discentes provavelmente tem uma família para
sustentar, e podem estar com dificuldades financeiras, podendo possuir algumas
dívidas em aberto.
Não que possuir dívidas seja um problema, porém com a falta de
conhecimento as mesmas podem fazer mal ao seu orçamento financeiro e
acarretar problemas maiores.
Nenhum dos alunos das faixas etárias “Até 20 anos” e “De 31 a 40 anos”
estão em um nível ruim de controle dos gastos.
Após a apuração dos resultados, alinhou-se também as informações do
“Gráfico 7” x “Gráfico 10” x “Gráfico 11”, e analisou-se que dos 20% (8 alunos),
os quais têm um nível de consciência “ruim”, por não conhecer nada sobre
educação financeira, acreditam que os conceitos básicos de contabilidade
podem ser ferramentas úteis para gerir as finanças pessoais. Porém, apenas 6
dos 8 entrevistados utilizam esses conceitos para administrar seu patrimônio.
Portanto, seria de grande ajuda, para os próprios 8 entrevistados com um
nível de consciência “ruim”, buscar conhecimento sobre educação financeira e
juntar os conceitos básicos de contabilidade para atingir melhores resultados na
administração do patrimônio, pois todos os graduandos questionados, os quais
estão neste nível de consciência, acreditam que os conceitos básicos de
contabilidade são ferramentas úteis para gerir as finanças pessoais.
42
5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa permitiu entender que os princípios da Educação Financeira
junto a contabilidade aplicados no dia a dia pessoal, só tem a contribuir e
organizar as finanças, fortalecendo as relações e solidificando regras que serão
aplicadas e utilizadas sempre.
Uma forma de se obter sucesso no planejamento financeiro é criar o
hábito de registrar absolutamente todos os gastos em forma de planilhas ou
aplicativos. Como mostra a pesquisa, 62% (25 alunos) dos entrevistados
controlam suas finanças, porém apenas 42% (17 discentes) anotam com
frequência seus gastos e recebimentos. Isso mostra o erro de alguns, pois com
anotação frequente das receitas e despesas percebe-se para onde está indo o
dinheiro a cada mês, e só assim poderá ser controlado.
O propósito desta pesquisa é alertar os estudantes de contabilidade
entrevistados, pois quem tem uma vida financeira organizada, possivelmente
será capaz de gerir uma empresa e aplicar a contabilidade como ferramenta da
Educação Financeira em qualquer ambiente, seja profissional ou pessoal.
Como recomendação, espera-se que os discentes entrevistados utilizem
a contabilidade como uma ferramenta útil para gerir as finanças pessoais, pois
92% acreditam que os conceitos básicos de ciências contábeis ajudam a
administrar as finanças pessoais, porém apenas 77% usam esses conceitos.
Conforme o resultado da pesquisa elaborada, os conceitos básicos de
contabilidade aumentaram o rendimento, da maioria dos discentes
entrevistados, na administração das finanças pessoais, representando 62% (25
alunos) do total de entrevistados.
Já a comparação do nível de consciência, na aplicação do controle dos
gastos é diferente de uma faixa etária para outra como mostrou a pesquisa.
Porém com o acesso ao conhecimento sobre Educação Financeira, essa
diferença diminui cada vez mais, pois a maioria dos jovens entrevistados sabem
que pensar no futuro financeiro, já faz parte do presente.
O trabalho elaborado contribui para averiguação que foi feita, porque
alerta em relação ao controle das finanças pessoais, com isso, ajuda perceber
43
possíveis dificuldades, as quais afetam a saúde financeira, e mostra a utilidade
dos conceitos básicos de contabilidade como ferramenta para administrar seu
patrimônio. Já na parte profissional, pode despertar o interesse de se aprofundar
no assunto, adquirindo cada vez mais conhecimento, e posteriormente praticar
consultorias a pessoas físicas e pessoas jurídicas.
A limitação da pesquisa restringiu-se a 40 alunos do 4º ano matutino e
noturno de ciências contábeis da UFMT, campus Cuiabá, a qual foi aplicado um
questionário de 12 perguntas objetivas elaboradas pelo autor, porém poderia ter
sido aplicada no 3º, 2º ou 1º ano de contábeis da UFMT, ou até mesmo em outros
cursos, das unidades públicas ou privadas de ensino, como: Administração de
empresas, Direito, Engenharia ou Medicina. Com isso, podendo atingir diferentes
resultados dos alcançados no trabalho.
Para pesquisas futuras, a mensuração de fatores psicológicos, pode ser
uma sugestão adequada. Porque, muitos dos discentes entrevistados têm o
conhecimento sobre educação financeira e contabilidade, porém não aplicam as
informações adquiridas em seu dia a dia.
44
6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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finanças pessoais para leigos. 1ª ed. São Paulo, SP. Editora Bernardi, 2016.
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http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos12/49616595.pdf>. Acessado em: 14
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CERBASI, Gustavo. Casais inteligentes enriquecem juntos. 1ª ed. São Paulo,
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IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade, 6ª edição. São Paulo: Ed.
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45
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VERGARA, Sylvia C. Projetos e Relatórios de pesquisa em Administração.
11ª ed. São Paulo, SP. Editora Atlas, 2009.
46
APÊNDICE
APÊNDICE A: Questionário sobre o controle de gastos e uso da contabilidade
na gestão financeira pessoal.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT
Curso Superior de Ciências Contábeis
Trabalho de Conclusão de Curso
Acadêmico – Thiago Vicente Barbosa Marangoni
1 – Qual é a sua faixa etária?
a) Até 20 anos;
b) De 21 a 30 anos;
c) De 31 a 40 anos;
d) Acima de 40 anos.
2 – Pratica alguma atividade remunerada?
a) Sim, pratico;
b) Não, estou desempregado ou apenas com foco nos estudos.
3 – Como está a sua situação financeira atualmente?
a) Estou em uma situação de investidor, investindo dinheiro mensalmente;
b) Estou equilibrado mensalmente, alguns meses sobram, mas em outros faltam;
c) Infelizmente, estou com algumas dívidas com as quais não consigo arcar.
4 – Você faz um controle de suas finanças pessoais?
a) Sim;
b) Não;
c) Às vezes.
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5 – Com qual frequência você anota seus gastos mensais?
a) Sempre, anoto os gastos e recebimentos em planilhas todo final de mês;
b) Nunca, estou habituado com meus gastos ou não tenho costume de controlar
as minhas despesas, por isso, não vejo necessidade de anotar;
c) Às vezes.
6 – Se você possui dificuldades financeiras, você acredita que elas estão ligadas
a que fatores?
a) Ganhar pouco;
b) Falta de conhecimento da Educação Financeira;
c) Gastar mais do que ganha;
d) Nenhuma das alternativas.
7 – Qual é o seu nível de consciência de controle, com relação aos seus gastos
mensais?
a) Ótimo – Pois, eu possuo bastante entendimento sobre Educação Financeira;
b) Bom – Porque, eu conheço uma pequena parte do conhecimento sobre
Educação Financeira;
c) Ruim – Porque, eu não conheço nada sobre Educação Financeira.
8 – Qual é a fonte de conhecimento, que você utilizou para gerir o seu dinheiro?
a) Com familiares;
b) Na faculdade;
c) Palestras, jornais, revistas, internet, rádio e livros;
d) De minha experiência própria.
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9 – Sobre os seus familiares, como se dá a relação com o dinheiro?
a) Sempre conversamos sobre dinheiro, estabelecendo os objetivos e sonhos
em conjunto e individuais e planejando para isso;
b) Tem uma pessoa que é a responsável pela administração das finanças, por
isso, acabo não me envolvendo;
c) Quase não existe debate sobre o assunto em casa;
d) Nenhuma das alternativas.
10 – Você acredita que os conceitos básicos de contabilidade podem ser
ferramentas úteis para gerir as finanças pessoais?
a) Sim, eu acredito;
b) Não, eu não acredito;
11 – Você utiliza os conceitos básicos de contabilidade, os quais foram
ensinados durante o curso, para gerir suas finanças pessoais?
a) Sim;
b) Não.
12 – Houve aumento do seu rendimento em relação a administração de seu
patrimônio, após aprender sobre os conceitos básicos da contabilidade no
curso?
a) Muito, pois meu rendimento aumentou em relação administração do meu
patrimônio;
b) Pouco, pois não percebi um aumento significativo;
c) Nada, pois não vejo os conceitos básicos de contabilidade como uma
ferramenta útil para gerir as minhas finanças pessoais.