O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA...

62
TCC I Trabalho de Conclusão de Curso I Departamento de Universidade Federal de Santa Maria Centro de Educação Superior Norte RS Ciências da Comunicação CESNORS/UFSM Curso de Comunicação Social Jornalismo 20 de junho a 05 de julho de 2011 O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA AM E GUAÍBA AM: ESTRATÉGIAS E CARACTERÍSTICAS RICARDO JUNIOR CARLESSO Artigo científico apresentado ao Curso de Comunicação Social Jornalismo como requisito para aprovação na Disciplina de TCC I, sob orientação da Prof.ª Dr. Debora Cristina Lopez e avaliação dos seguintes docentes: Prof.ª Dr. Debora Cristina Lopez Universidade Federal de Santa Maria Orientador Profª. Luciano Klöckner Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Prof°. Marcelo Freire Pereira de Souza Universidade Federal de Santa Maria Profª. Karen Cristina Kraemer Abreu Universidade Federal de Santa Maria (Suplente) Frederico Westphalen, 20 de junho de 2010. CESNORS Centro de Educação Superior Norte - RS

Transcript of O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA...

Page 1: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

TCC I – Trabalho de Conclusão de Curso I Departamento de Universidade Federal de Santa Maria

Centro de Educação Superior Norte – RS

Ciências da Comunicação – CESNORS/UFSM

Curso de Comunicação Social – Jornalismo

20 de junho a 05 de julho de 2011

O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS

GAÚCHA AM E GUAÍBA AM: ESTRATÉGIAS E

CARACTERÍSTICAS

RICARDO JUNIOR CARLESSO

Artigo científico apresentado ao Curso de Comunicação Social – Jornalismo como requisito

para aprovação na Disciplina de TCC I, sob orientação da Prof.ª Dr. Debora Cristina Lopez e

avaliação dos seguintes docentes:

Prof.ª Dr. Debora Cristina Lopez

Universidade Federal de Santa Maria

Orientador

Profª. Luciano Klöckner

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Prof°. Marcelo Freire Pereira de Souza

Universidade Federal de Santa Maria

Profª. Karen Cristina Kraemer Abreu

Universidade Federal de Santa Maria

(Suplente)

Frederico Westphalen, 20 de junho de 2010.

CESNORS Centro de Educação Superior Norte - RS

Page 2: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

1

O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba AM: estratégias e

características Ricardo Junior Carlesso

1

Debora Cristina Lopez2

RESUMO

O presente trabalho busca averiguar o conteúdo da página inicial das emissoras: Gaúcha AM

e Guaíba AM, contrapondo o áudio presente no site com o da antena. Logo, o objetivo é

analisar as formas de adequação e as mudanças do rádio ao longo das últimas décadas e,

assim, verificar quais as estratégias usadas pelas emissoras neste ambiente virtual. Como

resultados principais, destacam-se: o uso do áudio como eixo central da narrativa do site da

Gaúcha, em que as fontes de informação são, em sua maioria, sonoras. Na Guaíba o áudio

sempre vem acompanhado de material em texto e, em alguns casos, de fotografia. Ou seja, o

áudio serve mais como acessório à página.

PALAVRAS-CHAVE: convergência; internet; rádio; radiojornalismo.

Introdução

O rádio passou por muitas transformações, nas últimas décadas. Devido ao avanço da

internet o meio radiofônico necessitou, assim como grande parte dos outros meios de

comunicação de massa, recompor-se e desenvolver-se para acompanhar as mudanças

tecnológicas. Considerado como o primeiro meio simultâneo de comunicação, o rádio entra,

nesse século, em franco desenvolvimento, num período de alterações oriundas, principalmente

do seu ingresso no mundo virtual, caracterizado na pesquisa como site da emissora.

Nesse contexto, não há como negar que a internet modificou a maneira “do fazer e

consumir rádio”. O veículo passou a integrar a internet e vice-versa. Diferentes formas de se

relacionar com o público podem ser percebidas. A interatividade, por exemplo, sempre foi

característica do rádio e agora é potencializada pela internet. A interação aproxima o público,

que, por sua vez, ganha mais espaço para exigir, participar e complementar as produções. O

áudio se mantém como característica principal na produção radiofônica. Algumas emissoras

possuem estrutura montada e profissionais capacitados para ingressar nesse mundo, em que a

informação é ampliada e rapidamente disseminada pela rede. Isso faz com que o rádio deixe

de ser apenas áudio para ser texto, imagem, gráfico, entre outros.

1 Acadêmico do 7º semestre do curso de Comunicação Social. Hab- Jornalismo da UFSM/Cesnors. 2 Doutora, professora do Departamento de Comunicação Social da UFSM/Cesnors.

Page 3: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

2

O mercado, de modo geral, hoje, está cada vez mais competitivo É preciso seguir a

tecnologia digital ou, se possível, tentar acompanhá-la. Por isso, é de extrema importância que

o rádio se desenvolva nesse processo evolutivo tecnológico. O trabalho que se apresenta,

conta com dois capítulos de referencial teórico: convergência e rádio e internet.

Nessa perspectiva, estuda-se a convergência num sentido mais amplo e não em sua

especificidade, usa-se, principalmente, autores como Jenkins (2008) e Salaverría (2001, 2003,

2008, 2010) para discutir os aspectos que envolvem os meios de comunicação com a presença

mais atuante da convergência, seja na produção ou na disseminação das informações. No

capítulo de rádio e internet busca-se traçar um panorama mais atual sobre as mudanças que

ainda estão ocorrendo nesse mercado que se encontra em expansão. Procura-se discutir como

a comunicação radiofônica muda com a presença do rádio na internet. Para tanto, enfatizam-

se os estudos no conteúdo e nos áudios presentes no site das emissoras, porém, sem deixar de

lado o material de antena, pois a essência do rádio continua sendo o áudio.

Hoje, é necessário ingressar no mundo virtual com conteúdos multimídias e ampliar a

disseminação do áudio que, até pouco tempo era preso a potência da antena, pela internet e

outras plataformas. Focalizam-se os estudos em dois autores, Ferraretto (2001, 2010) e Lopez

(2009, 2010) que, por sua vez, dão sustentação teórica ao trabalho, tanto do rádio

convencional, quando do rádio na internet que apresenta características novas e agora é

conhecido como rádio hipermidiático. Desse modo, ressalta-se que o referencial teórico traz a

sustentação que se necessita para o melhor entendimento do processo de convergência que

está cada vez mais presente nas redações, e não obstante, perceber quais as características do

rádio na internet e as potencialidades que surgem com essa presença. Para verificar como se

encontra essa transformação no mercado radiofônico acompanhou-se, de forma simultânea, os

conteúdos em áudio presentes nos sites e os áudios vinculados pela antena3.

Este trabalho analisa o uso do áudio no site das rádios: Gaúcha AM e Guaíba AM.

Identifica as estratégias do mesmo, e se elas existem, nos sites das emissoras. Por meio disso,

verificar se há ampliação do conteúdo para web ou apenas transposição do áudio e, averiguar

como o veículo, através do seu site, faz uso da convergência, identificando se ela existe ou

não.

3 Para um detalhamento dos procedimentos metodológicos desta pesquisa, ver Apêndice A.

Page 4: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

3

1 Convergência

Com os avanços tecnológicos, e o constante aparecimento de novos produtos os meios

de comunicação modificam-se num ritmo mais acelerado, ou melhor, ampliam as suas formas

de produção e estilo de conteúdo. Essas são algumas das transformações que tem ocorrido no

ambiente da comunicação com a implantação da convergência.

Por convergência refiro-me ao fluxo de conteúdos através de múltiplos suportes

midiáticos, à cooperação entre múltiplos mercados midiáticos e ao comportamento

migratório dos públicos dos meios de comunicação, que vão a quase qualquer parte

em busca das experiências de entretenimento que desejam. Convergência é uma

palavra que consegue definir transformações tecnológicas, mercadológicas, culturais

e sociais, dependendo de quem está falando e do que imaginam estar falando

(JENKINS, 2008, p.27).

Nesse âmbito, a convergência tem modificado os mais diversos campos sócio-

culturais. A rotina das pessoas transforma-se à medida que são incentivados a procurar

informações diferentes e fazer conexões com conteúdos midiáticos dispersos. Há uma

remodelação na relação entre os consumidores e os produtores de mídia, potencializada pelas

ferramentas digitais.

Envolvidos pela disseminação da internet, os meios de comunicação fazem uso deste

momento de transformações para, de alguma forma, abarcar a produção integrada, com

jornalistas polivalentes e com uma narrativa multimidiática. Trata-se da convergência dos

formatos das mídias tradicionais (imagem, texto e som) na narração do fato jornalístico

(MIELNICZUK, 2001) e multiplataforma - informações produzidas e divulgadas através de

múltiplos canais e que, cada vez mais, tendem a ajustar seus produtos de informações com as

características de cada meio (SALAVERRÍA, 2003).

Percebe-se que o processo de convergência ganha espaço nas redações, gerando

consequências como a mudança de rotina e obrigando veículos monomídias a avançarem e

investir em novos formatos. “En efecto, la digitalización está obligando a las empresas

periodísticas a migrar desde un modelo de producción sumamente condicionado por el

soporte de recepción, hacia otro relativamente independiente de ese factor” (SALAVERRÍA,

2010, p.33).

Então, é preciso reformular algumas atividades que até pouco tempo eram

consideradas suficientes para a empresa e seus profissionais. Com a introdução da

digitalização, os meios necessitam de adequação já que uma mesma informação passa a ser

consumida por diferentes canais e suportes. Porém, isso não significa, essencialmente, melhor

qualidade na produção da notícia.

Page 5: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

4

Nessa perspectiva, Debora Lopez (2009) afirma que surgem novas estratégias

narrativas, provenientes de trocas entre os meios, de hibridizações de seus formatos, de suas

ferramentas e de suas rotinas, permitindo a adoção de um jornalismo multimídia e

multiplataforma. É preciso compreender a convergência jornalística como um processo em

evolução contínua que modifica a estrutura de suas produções para facilitar a troca de

informações e conteúdo, bem como atender a certa demanda do público.

Ainda para Debora Lopez (2010), a convergência não tira a essência de cada meio de

comunicação, mas sim, transforma-o para atender às necessidades do público. No caso

específico do rádio, Cebrián Herreros (2001) diz que não se trata de invadir os terrenos dos

demais meios e sim obter o máximo de proveito das possibilidades multimidiáticas que se

pode incorporar. É preciso desenvolver-se juntamente com as novas tecnologias e saber que

mesmo sendo primordial, a internet não é o único elemento que irá desencadear a

convergência. Um exemplo é a telefonia móvel que, através do celular, permitiu que o

radiojornalismo fosse transmitido pelo aparelho, de qualquer lugar e ainda auxiliou na

produção das matérias, das coberturas de rotina em tempo real e também na aproximação com

o ouvinte, refletindo no dia a dia do público ao criar um novo relacionamento com o

noticiário. A troca de informação com o ouvinte aumenta a aproximação deste para com a

emissora e, ao adequar o site a esse novo contexto tecnológico, o público recebe um

atendimento de melhor qualidade e a emissora pode traçar novos investimentos e atuações de

acordo com as respostas obtidas através de um público participativo.

Como indica Jenkins, “a convergência ocorre dentro dos cérebros de consumidores

individuais e em suas interações sociais com outros” (JENKINS, 2008, p.28). Na

comunicação, as modificações do veículo partem, muitas vezes, pela demanda do público.

Para Cebrián Herreros (2001), a convergência vai muito além da transmissão da mídia

tradicional e gera formas híbridas de comunicação social, transformando as combinações

anteriores e dando origem a serviços novos. Dessa forma, acontece uma metamorfose nos

meios, como: uma emissora de rádio através de sua página na internet pode passar a produzir

e divulgar conteúdos de vídeo, ou então, as emissoras de televisão contêm portais que

envolvem áudio, texto e fotografia. Assim, a influência do veículo aumenta gradativamente

perante o público, principalmente pelo poder de discutir o mesmo acontecimento através de

diferentes abordagens. Roger Fidler (1997) indica que as formas estabelecidas pelos meios de

comunicação devem mudar em resposta ao surgimento de novos meios e, caso eles não se

transformem, a outra opção é a sua extinção. O autor cita três conceitos como fundamentais

para o que chama de midiamorfose, a coevolução, a convergência e a complexidade. “Não é

Page 6: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

5

possível fazer julgamentos razoáveis sobre tecnologias emergentes e o futuro da mídia, é

preciso adquirir um conhecimento amplo e integrado de comunicação humana e os padrões

históricos de mudança dentro do sistema global” (FIDLER, 1997, p. 22).

Nesse sentido, com a digitalização dos conteúdos, o avanço da convergência e o

aumento da interatividade mudaram as rotinas de trabalho das redes de comunicação,

transformando a produção jornalística. Assim, migra-se de um sistema de uma plataforma

apenas para se tornar multiplataforma, multimídia e com jornalistas polivalentes

(SALAVERRÍA, 2001).

Apesar das mudanças ocorridas através da inserção de novas tecnologias e novos

produtos, a informação permanece como a matéria prima da comunicação. Os veículos

organizam-se a partir do conteúdo e, posteriormente por meio do suporte. Essa relação indica

a importância da marca nos processos de convergência e, além de facilitar a vida do público

criando uma identidade, traça uma característica própria. Exemplo disso são o áudio e as

características competentes de cada emissora que acabam por traçar uma identificação com o

ouvinte e agora, no ambiente da convergência, não podem ser deixados de lado porque têm

uma relação muito próxima de assimilação.

Nesse contexto, mesmo que haja ampliação do conteúdo, a marca – formas de

produção, estilos e jornalistas, peculiaridades próprias de cada veículo – não pode ser deixada

de lado porque tem uma relação com o usuário. A tecnologia digital é fundamental, mas se a

apuração das informações não acontecer de maneira correta, de nada adianta a facilidade para

sua disseminação. Cebrián Herreros (2001) afirma que na atualidade a informação

compreende três campos: as ações que dizem respeito à sociedade em geral, os dados que

representam uma elaboração sobre uma realidade especifica e necessita de um tratamento

mais rigoroso e por fim, os resultados obtidos através das pessoas, as quais funcionam como

relatores de fatos e disseminam suas ideias e opiniões contestando o que o outro fez ou disse.

Hoje o público consome simultaneamente as informações e a validade informativa ultrapassa

as formas de produção, depende muito da aprovação de um público receptor que está mais

exigente.

Henry Jenkins (2008) acredita num comportamento migratório do público por sentir-se

à vontade para procurar o que deseja, de acordo com a sua personalidade. As pessoas vão à

busca de novas experiências de entretenimento e, consequentemente, com as múltiplas ofertas

de conteúdos, a informação também precisa ser elaborada de tal forma que atenda os anseios

da audiência. Salaverría (2003) afirma que é preciso ajustar o ritmo de transferência de

informações de acordo com o tempo e os padrões preferidos pelo público. É como se a rotina

Page 7: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

6

estivesse modificando-se de acordo com a necessidade das pessoas, que procuram mais

interatividade e conteúdos audiovisuais sem deixar de lado a credibilidade informativa.

Assim é perceptível que o público influencia as decisões tomadas pelos meios de

comunicação. O perfil do público está em constante mutação e os jovens de hoje serão a

audiência de amanhã. Exemplo disso são os websites das emissoras radiofônicas que

apresentam aproximação através da participação do ouvinte em relação ao conteúdo,

rejuvenescendo-se e criando uma identidade do site baseada em seu público-alvo.

Para Cebrián Herreros (2001) a internet é uma fonte muito útil pela adaptação de

conteúdos para as necessidades gerais e pessoais na busca pelos temas mais distintos. Hoje,

encontram-se informações multimídia para mais de uma plataforma. Vive-se em um ambiente

convergente em que a recepção desses conteúdos através de website e em aparelhos como o

tablet e smartphone modificam a rotina de produção nos veículos de comunicação.

Nesse contexto, não se pode restringir a internet como apenas um meio de

comunicação, mas também, como um ambiente e espaço onde é possível disponibilizar

conteúdos e transitar localizando informações, fontes e atender melhor a audiência. Ramón

Salaverría (2010, p 38) diz que as empresas jornalísticas têm a necessidade de alimentar as

suas publicações digitais com conteúdos textuais e audiovisuais de todo o tipo e ainda manter

um ritmo de atualização. Para tanto se faz necessária uma grande demanda de matéria prima

informativa que é suprida, na maioria das vezes, mediante uma coordenação multiplataforma

de mídia, ou seja, é preciso de planejamento para produzir a mesma informação sob aspectos

e públicos diferentes. Com as mudanças ocorrendo a todo o momento, há um

desenvolvimento contínuo nos meios de comunicação. Porém Jenkins (2008) acredita que a

circulação de conteúdos depende fortemente da participação ativa dos consumidores. Cada

meio de comunicação possui características próprias que são adaptadas ao mundo digital,

criando uma identidade específica sem perder suas peculiaridades, como: o radiojornalismo,

mesmo que habite o ambiente virtual, mantém o áudio como principal formato de

comunicação.

Logo, observa-se a importância da aproximação entre o veículo que preserva as suas

características e a audiência que vem se transformando no ambiente virtual. Henry Jenkins

(2008) relata que convergência representa uma transformação cultural, à medida que

consumidores são incentivados a procurar novas informações e fazer conexões em meio a

conteúdos midiáticos dispersos.

Embora lentamente, as transformações estão ocorrendo e a demanda por informações

em diferentes formatos aumentando, o aprimoramento dos profissionais da área da

Page 8: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

7

comunicação e dos jornalistas faz-se necessário para o bom desenvolvimento do serviço

prestado. “Nessa nova realidade profissional, o repórter não deve mais se especializar em uma

única área de cobertura para determinada mídia, mas sim, estar pronto para veicular sua

apuração em diversos formatos e linguagens” (KISCHINHEVSKY, 2009, p 58). Essas

transformações indicam mudanças na área profissional.

Esos cambios muestran un denominador común: una creciente polivalencia. Los

periodistas que acostumbraban a desempeñar una única tarea - redacción, fotografía,

diseño, documentación... - para un único medio comienzan a ser una rara avis del

pasado. Las empresas periodistas actuales, por el contrario, buscan periodistas

capaces de asumir distintas labores en el seno de las redacciones y con versatilidad

para trabajar en diferentes medios, bien de manera consecutiva o, incluso,

simultánea (SALAVERRÍA, 2010, p. 36).

A convergência jornalística tem lentamente inovado os modelos informativos e trazido

uma nova realidade para os profissionais da área jornalística. Por isso, não é difícil ver

repórteres de jornais ou revistas tirando fotos ou realizando reportagens de áudio, vídeo e

texto, tudo ao mesmo tempo. Para Debora Lopez (2010), o repórter que faz a cobertura de um

acontecimento para qualquer plataforma deve ter, além de rapidez e versatilidade, a

capacidade de executar diversos formatos. Marcelo Kischinhevsky (2009) afirma que nessa

nova realidade profissional, o repórter deve estar pronto para veicular sua apuração nos mais

diversos formatos e linguagens.

Pode-se considerar, portanto, um novo perfil para o profissional de comunicação, tudo

isso devido às transformações tecnológicas das últimas décadas, bem como a reconstrução dos

espaços de trabalho e das rotinas profissionais propiciadas pela convergência em seus

diversos níveis. Nesse momento é preciso aproveitar as transformações para que não só os

meios de comunicação possam se desenvolver, mas também os jornalistas, fazendo com que o

nível das informações sejam cada vez mais elevado e, por meio disso, o público que é

consumidor receba e faça uso de informações com qualidade e em diferentes formatos

(GARCÍA AVILÉS; CARVAJAL apud LOPEZ, 2010, p.23).

Ao observar a convergência, verifica-se uma perspectiva em que os meios devem se

adequar mesmo que o processo se encontre em estágio de implantação. As mudanças são

imprescindíveis ao pensar que a nova geração, os nativos digitais4, estarão adaptados ao

modelo virtual em que ele mesmo é quem busca o que deseja. Sem oferta, esse público tende

a se encaminhar para outros meios que atendam suas necessidades. Um exemplo é o rádio,

4 “Pessoas acostumadas a receber informações muito rapidamente, gostam de processar mais de uma „coisa‟ por

vez e realizar múltiplas tarefas” (PRENSKY, 2001, p.2).

Page 9: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

8

que se aproveita da internet para ampliar a propagação de seu conteúdo que era limitado à

potência da antena, pelo mundo.

2 Rádio e Internet

O rádio traz em sua bagagem uma história de “glamour” por ser um dos primeiros

meios eletrônicos a se popularizar no Brasil. Segundo Ferraretto (2010), a primeira

transmissão radiofônica foi realizada em 1922, na Feira e Exposição Mundial do Centenário

da Independência, conhecida como vitrine para incentivar o comércio com outros países.

Era um período em que o capitalismo buscava mercados cada vez maiores, e pendia

para a internacionalização de seus interesses, um momento de expansão da economia

nacional. Nos primeiros anos, o rádio caminha a passos lentos, o alto custo dos aparelhos e as

poucas redes de transmissão de conteúdo tornam o rádio uma curiosidade de alto custo

(PINTO, 2008). Além disso, era necessário pedir permissão junto ao Governo da época para

ter acesso ao conteúdo. Com o passar dos anos o rádio se tornou mais acessível, considerado

um dos primeiros meios de comunicação a popularizar-se no país. “O rádio se expandiu até

ser um meio de comunicação quase universal. Percorre o mundo em ondas curtas, ligando

continentes em uma fração de segundos” (MCLEISH, 2001, p.15).

Hoje, o rádio se mantém como um dos principais veículos de comunicação, porém, a

competitividade na oferta do conteúdo tem aumentado gradualmente. No início, com o

surgimento e a posterior popularização da televisão e, nos últimos anos, pela disseminação da

internet, criada para manter a comunicação nas bases militares dos Estados Unidos durante o

período da Guerra Fria. Segundo Carlos Afonso (2000), não demorou muito para que as

primeiras ligações com redes similares em outros países fossem ativadas - a começar da

conexão entre Nova Iorque e Londres em 1973.

Carlos Afonso (2000) ainda lembra que no Brasil ela começou a ganhar espaço nos

anos 90 para fins de pesquisa acadêmica e em 1995, com a implantação de uma política de

capitalização de serviços defendida por vários setores. Entre os quais a Rede Nacional de

Pesquisa (RNP), os ministros das Comunicações e da Ciência e Tecnologia da época, o Ibase

e outras entidades, começa a sua disseminação pelos quatro cantos do país. Em pouco tempo,

o mundo todo passou a conhecer a internet com características e potencialidades comercias.

A popularização foi uma questão de tempo. O baixo custo para o acesso à informação

e a facilidade na comunicação entre povos e conteúdos diversos se comparados ao telefone

fixo da época, fez com que, primeiramente, o comércio de computadores e, posteriormente a

adequação de outros aparelhos como o celular, aumentassem gradativamente. Segundo a

Page 10: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

9

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD, em 2008 se estima que mais da

metade (53,8%) da população brasileira de 10 anos ou mais de idade, ou seja, cerca de 86

milhões de pessoas, tem telefone celular para uso pessoal.

Conforme pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, de 2005

para 2008, enquanto a população de 10 anos ou mais de idade cresceu 5,4%, o contingente

daqueles que possuíam celulares teve aumento de 54,9%. Apesar de a pesquisa ser mais

recente, as transformações tem acontecido durante a história, no caso do rádio, Cebrián

Herreros (2001) afirma que começou a década de 90 sob um horizonte de profundas

mudanças causadas pela inovação rápida e técnica e agora enfrenta uma enorme

competitividade pela audiência.

Ao perceber o avanço da telefonia móvel, TV por assinatura e da internet e as suas

possíveis potencialidades, os meios de comunicação tiveram que, de alguma ou outra forma,

se adaptar aos novos formatos midiáticos. No caso específico da comunicação radiofônica,

Ferraretto (2010) afirma que há um movimento de aproximação e/ou adaptação do rádio aos

novos meios de comunicação ou suportes tecnológicos que acontece através do envio de sinal

de algumas emissoras hertzianas pela internet e pelos serviços de televisão por assinatura. O

autor complementa ao dizer que isso tudo faz parte de um conjunto de possibilidades

fundamentais na definição do novo conceito de rádio. “Para sobreviver e se adaptar à era de

predomínio das imagens visuais, na web, o rádio acaba por fazer a remediação das outras

mídias, incorporando o texto impresso e a imagem em movimento” (FERREIRA, 2009, p.8).

Com os avanços tecnológicos em geral e a potencialidade da internet o rádio, com a

digitalização, houve uma modificação na estrutura física - tem ganhado novos contornos.

Segundo Nelia R. Del Bianco (2005), as vantagens da transmissão digital são potencialmente

significativas e sugerem que essa revolução tecnológica irá revitalizar o rádio tanto no

conteúdo quanto na forma de consumo, bem como a diversificação e o surgimento de novas

formas de consumo como um dos principais fatores. Roger Fidler (1997) afirma que as novas

mídias não nascem espontaneamente e independentes, mas surgem gradualmente a partir da

metamorfose das antigas.

O rádio entra nessa nova fase e evolui através da sua difusão por outras plataformas

de comunicação, mas, ao mesmo tempo, é preciso cuidado para que ele não perca as suas

principais características enquanto meio de comunicação. Emilio Prado (1989) assegura que

se a atualidade e a rapidez da difusão são os aspectos mais importantes da informação, a

simultaneidade e instantaneidade (essenciais no rádio) prestam um serviço muito importante

para a informação. “Afinal, mesmo que a digitalização transforme bastante o rádio, ele

Page 11: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

10

continuará a ser um veículo predominantemente sonoro. Então, o fim do rádio não será

agora!” (ALMEIDA, MAGNONI, 2010, p.276).

O rádio, enquanto aparelho permanece vivo, mas, em contrapartida, outras formas de

ouvir rádio se adaptaram ou foram adaptadas para esse novo e exigente perfil de público,

exemplo disso são os dispositivos móveis como o tablet e o smartphone.

Há, portanto, um amplo quadro de possibilidades de miscigenação entre o que antes

parecia ser definido com base em limites claros e preciso. Um exemplo: uma

emissora de curto alcance hertziano, caracterizada como comunitária, pode ganhar o

mundo via internet e, até mesmo, oferecer parte dos conteúdos irradiados em

podcasting (MAGNONI; CARVALHO, 2010 p. 39).

Cada vez mais a audiência do rádio tem recebido a possibilidade de acessar conteúdos

imediatos e interativos, características estas que sempre fizeram parte da essência do rádio e

agora são potencializadas na internet. Almeida e Magnoni (2010) afirmam que a

interatividade e a portabilidade sempre fizeram do rádio o veículo mais próximo do ouvinte.

Os autores complementam ao dizer que a digitalização antecipada pela internet continuará a

provocar mudanças significativas na linguagem, nas formas de emissão e recepção, e também

em toda cadeia produtiva do antigo veículo.

Embora hoje se tenha vários meios para adquirir informações em tempo real o rádio

precisa entrar nesse novo capítulo da Era da informação. Palacios et al (2002) indicam que o

cenário começou a modificar-se por meio do surgimento de iniciativas empresariais e

editorias de forma exclusiva para a internet. São os sites jornalísticos que extrapolam a ideia

de uma versão para Web de um jornal impresso, formando, assim, o webjornalismo. Então a

importância do website da estação. Através dele encontra-se a possibilidade de englobar

vários tipos de mídia, realizando ligações em um mundo de informação ilimitado,

documentado e de fácil acesso.

Percebe-se assim, que a internet afeta diretamente a composição dos meios massivos,

como é o caso do rádio. Exemplo disto é o uso de podcast5, ferramenta de memória da

emissora, em que o público pode ter acesso a determinado conteúdo direcionado ou então, no

caso de não poder acompanhar ao vivo a transmissão de antena, pode recuperar o programa

inteiro e fazer download usufruindo no horário que estiver disposto. Uma das características

que está bem marcada na internet é a possibilidade de interatividade que ela proporciona aos

seus usuários. Segundo Mielniczuk (2001, p.4) “Diante de um computador conectado à

5 Por ser uma tecnologia relativamente nova, ainda com muitas possibilidades a serem exploradas, o seu conceito ainda se

encontra muito ligado a disponibilização de programação musical dado que a definição de podcasting é resultante da soma das palavras Ipod e broadcasting. Porém esta realidade tem vindo a alterar-se dada a utilização do podcasting em várias áreas do saber, seja eles no âmbito dos negócios para disponibilizar reuniões, programas de telejornais e entretenimento, programas de caráter científico e, atualmente, utilizado na educação para transmissão de aulas e formação a distância.

Page 12: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

11

Internet e acessando um produto jornalístico, o usuário estabelece relações: a) com a máquina;

b) com a própria publicação, através do hipertexto; e c) com outras pessoas”.

Isso significa que o usuário busca por meio do dispositivo novas formas de manter um

relacionamento, seja com o conteúdo acessado ou com outros usuários. Para Álvaro Bufarah

Junior (2003) entre os veículos de comunicação de massa tradicionais, o rádio é o que tem

maior tradição na interação entre o receptor (ouvinte) e o emissor (rádio). O autor

complementa ao dizer que com os conceitos de interatividade presentes na Internet, o rádio

recebe maiores possibilidades de integrar sua programação às necessidades dos ouvintes,

tornando os usuários mais participativos. Assim, existe a oferta de uma programação mais

diversificada que vem a atender aos anseios do público em questão.

Para Almeida e Magnoni (2010), essa aproximação tem acontecido simultaneamente

pela disponibilização da multimidialidade, que consiste na união de vários formatos em um só

canal, isso por ter a capacidade de usar a imagem, os vídeos, os textos e os sons para

transmitir a mesma mensagem, assim tanto a imprensa como a televisão e o rádio podem ser

encontrados na internet com ampliação de conteúdos e formatos diferentes, ou seja, o rádio

deixa de ser apenas áudio e passa a agregar imagem, texto, vídeo.

Com esse aumento na demanda e nos formatos da informação aparece um novo perfil

de público, o qual traça o seu próprio caminho e faz buscas diretas a conteúdos que lhe sejam

úteis ou mais agradáveis. Isso faz com que os conteúdos da web sejam determinados de forma

que releve os interesses de nichos específicos de receptores e, dessa forma, cria-se uma

identidade do público com o site. Para Esmeralda Villegas Uribe (2006) a convergência entre

o rádio e a internet brinda novas estratégias integrais de comunicação, porém é preciso

garantir que seus benefícios não sejam limitados pela fenda tecnológica e que a qualidade seja

fator determinante nesse espaço.

O rádio se caracterizou pelo imediatismo informacional e simultaneidade na

transmissão, agora, através dos canais de comunicação digital, o emissor tende a segurar o

usuário à sua página, proporcionando informações continuas e multimídia. Dessa maneira a

rotina da produção está se modificando e a forma de trabalho tem ganhado novas

características ao ampliar a maneira como é feita a apuração dos fatos, valorizando, cada vez

mais, o planejamento multimídia e o profissionalismo dos jornalistas. Entretanto, como afirma

Ramón Salaverría (2001), muitas vezes a qualidade tem sido deixada de lado pelo excesso na

quantidade de informações.

Mielniczuk (2001) assegura que durante a história do jornalismo na Web é possível

identificar três fases distintas. Num primeiro momento, chamado de transpositivo, os

Page 13: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

12

conteúdos oferecidos eram, em grande maioria, cópias de grandes jornais impressos e

atualizados a cada 24h, dependendo do fechamento do jornal. A segunda fase é identificada

quando a internet estava se aperfeiçoando e desenvolvendo sua estrutura técnica, chamada de

metáfora, em que mesmo conectado ao jornalismo impresso, os produtos começam a

apresentar novas experiências na tentativa de explorar as características oferecidas pela rede.

Começam a surgir links com chamadas para notícias de fatos que acontecem no período entre

as edições e o e-mail passa a ser utilizado como uma possibilidade de comunicação entre

jornalista e leitor ou entre os leitores.

Apesar dos avanços, as fases não são excludentes, hoje em dia encontram-se sites que

são de primeira geração, ou seja, são meras transposições do áudio de antena através do

streaming ao vivo. Observa-se a presença de segunda geração com postagens de áudios

editados, exploração de memória, mas, ainda sem a criação de uma identidade própria do

rádio na internet. A terceira fase apresenta-se através de conteúdos multimídia, explorando

mais o áudio e o conteúdo do site como complementação da antena.

O cenário começa a modificar-se com o surgimento de iniciativas tanto empresariais

quanto editoriais destinadas exclusivamente para a Internet. São sites jornalísticos que extrapolam a idéia de uma simples versão para a Web de um jornal impresso e

passam a explorar de forma melhor as potencialidades oferecidas pela rede. Tem-se,

então, o webjornalismo. (MIELNICZUK, 2001, p.2)

O webjornalismo é a terceira fase e, a atual, corresponde a um estágio avançado de

toda uma estrutura técnica relativa às redes telemáticas e aos microcomputadores pessoais,

permitindo a transmissão mais rápida de sons e imagens. Essas fases se evidenciam em

inúmeros casos, como: os sites de emissoras radiofônicas que começam pela simples cópia e

postagem de conteúdos, muitas vezes da rede que integram ou agências, nas páginas, logo

após tem-se as tentativas de novas experiências, entre elas o aumento da interatividade e

participação do usuário e, no momento atual, em que se percebe um uso maior do áudio, de

conteúdos multimídia e produção multiplataforma.

Para Lopez (2010, p 35) “O jornalismo se rendeu à crescente participação do

internauta e reconfigurou, gradualmente o seu conteúdo para uma maior interatividade em

todas as etapas da produção jornalística.” É preciso entender o público como participante

ativo da comunicação, envolvendo a produção e as formas de disseminação da informação.

Mielniczuk (2001) relata que na Web os produtos jornalísticos podem ser atualizados

constantemente e o espaço que a informação ocupa não é problema, o custo é baixo se

comparado com outros meios. Apesar de fazer parte do mesmo meio, a transmissão do rádio

na web não caracteriza uma garantia de produção de webjornalismo. São coisas diferentes.

Page 14: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

13

O radiojornalismo, caracterizado pela interatividade e a instantaneidade, encontra na

Web um potencial para ampliar suas formas de produção, sem deixar de lado sua característica

sonora. Ao pensar no rádio contemporâneo faz-se necessário abarcar as produções integradas,

desenvolvendo e atendendo melhor ao público que está cada vez mais exigente, através de

informações multimídia e multiplataforma e acompanhando a crescente interatividade. As

novas tecnologias que afetam a produção, transmissão e o consumo de conteúdo radiofônico,

levam os jornalistas a uma nova condição: repensar e rediscutir o radiojornalismo, seus

fazeres e sua linguagem. São processos que não devem ser considerados de maneira isolada, e

que prescindem dessa relação por se afetarem mutuamente. “É tempo de pensar o

radiojornalismo para além de sua concepção tradicional, considerando as especificidades de

suporte que criam uma nova estrutura narrativa para o rádio” (LOPEZ, 2010, p.37).

Entre as novas estruturas narrativas encontram-se, talvez seja a mais importante, a

caracterização do rádio hipermidiático. Segundo Lopez (2010), inserido no contexto de

convergência de mídias, o rádio hipermidiático tem uma construção narrativa multimídia

fundamentada em uma base sonora que pretende garantir a eficácia comunicacional e é

complementada pelo conteúdo multimídia de transmissão multiplataforma. “[...] o rádio

hipermidiático insere-se no contexto da tecnologização das informações, sofrendo influências

principalmente do rádio digital e da entrada deste meio na internet.” (LOPEZ, 2010, p.9).

Através desses novos conceitos, muitos deles envolvidos pela internet, o rádio, por

meio de sua página na Web, se torna mais atual e transforma sua narrativa que até pouco

tempo era basicamente sonora, proporcionando uma melhor e mais completa informação,

atendendo aos anseios do público.

3 Análise

3.1 Rádio Gaúcha

Na Rádio Gaúcha6 o sinal é amplificado via Rede Gaúcha Sat e internet. São 24 horas

de Jornalismo no ar, seja na transmissão de antena ou pelo site da emissora. Este que pode ser

trabalhado aliado ao jornalismo multimídia, com iniciativas de uso de recursos digitais que

abordam textos, produções em audiovisual como vídeo e paisagem sonora, também faz uso de

fotografia, infográficos, memória e blog. Os conteúdos sonoros são bastante usados no site. A

6 A Rádio Gaúcha foi criada em 1927, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. A emissora integra o Grupo RBS, uma das maiores empresas de comunicação multimídia do Brasil. Através de emissoras de rádio e televisão, jornais, portais de internet e iniciativas no meio digital, o grupo produz e distribui informações jornalísticas, de entretenimento e de serviços. Como o site do grupo (www.rbs.com.br) informa a Rede Brasil Sul - RBS é líder nos mercados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul em todos os segmentos que atua.

Page 15: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

14

quantidade de áudios encontrados na página inicial durante o período de análise foi de 96

arquivos, mais de 10 por dia e com média de duração que gira em torno de 05 minutos

(Apêndice B). O streaming conta com 01 link ao vivo, todos os dias, gerando um resultado

total de 05 e o áudio sob demanda é a maioria considerável, contabilizando 91 arquivos. Isso

indica que a principal característica do site é a sua relação com conteúdos sonoros.

Outro fator importante é a organização dos arquivos presentes na página, que se

traduzem em facilidade de acessibilidade ao procurar e acessar determinado conteúdo. A

coordenadora de Projetos Digitais da RBS e ex-editora do site da Rádio Gaúcha, Gabrieli

Chanas (2011), afirma que o site existe aproximadamente há seis anos, mas na forma como

ele está hoje, mais completo, há dois anos. “A gente criou uma organização muito bacana de

pastinhas. A gente vai lá e tem uma central de áudios. Tu podes procurar por programas,

palavras-chave, time, enfim, tu podes procurar de várias formas” (CHANAS, 2011). Então se

observou a importância do uso de tags – espécie de marcação através de palavras-chave – que

promovem a organização da memória da emissora através da classificação e organização do

material. Isso acaba por facilitar a vida dos usuários que buscam por conteúdos direcionados.

O site (Anexo 01) é dividido em 04 colunas e trabalha, na maior parte, com conteúdos

dinâmicos7, porém, o espaço em que se encontra o institucional é estático. Em sua estrutura na

barra lateral esquerda ficam os links de conteúdos multimídia, programas, interatividade e

institucional, na barra superior e lateral direita encontra-se o espaço comercial e seus

anunciantes. Nas duas barras do meio encontram-se os destaques da programação, em sua

maioria, acompanha uma foto e as atualizações são feitas, no turno diurno, a cada 15 e 30

minutos. Ou seja, a área central do site apresenta conteúdos em áudio, o que reitera a

valorização do áudio pela emissora.

A estrutura da equipe do site conta com uma editora, uma jornalista e dois estagiários,

sendo atualizado somente no período diurno. Micheli Raphaelli (2011), editora do site,

acredita que o público do rádio é o mesmo que o do site. “Na verdade, o site é baseado em

áudio. Se você procurar ali, ele tem pequenos textos, mas o objetivo dele é reproduzir o que

foi divulgado no rádio e quem perdeu pode ir lá e recuperar” (RAPHAELLI, 2011).

Alguns links como o Sala de Redação disponibilizam, diariamente, o programa

completo para download, outros como o Polêmica e Nosso Mundo Sustentável, informações

sobre a Previsão do Tempo e blog, permanecem na página inicial diariamente e recebem

7 Documentos estáticos são páginas cujo conteúdo nunca é alterado. Documentos dinâmicos, por outro lado, sofrem alterações baseados em diversas condições, tais como solicitações do usuário. Exemplos de conteúdo dinâmico incluem sites de busca e de notícias. (SILVA, O. online)

Page 16: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

15

atualização de acordo com a execução de cada programa. Assim que acaba de ir ao ar, e até

mesmo durante a transmissão caso não esteja acompanhando ao vivo, o público pode ter

acesso também pelo site. Durante a análise não foi observado o uso de podcast – ferramenta

em que o usuário pode montar uma programação personalizada e específica -, embora se tem

encontrado arquivos de áudio produzidos , especialmente para o site, não os foi considerado

como ferramenta de podcasting, pois o público não tem a possibilidade de personalizar a sua

programação e foi observado também a ausência de assinaturas RSS, fundamental para o

podcast. Porém, ao acessar o site, é possível ter acesso a arquivos de reportagens, boletins,

sistema de buscas, etc., resultando na exploração da memória que acaba por potencializar a

relação entre público e emissora.

Os espaços de interação como o “Fale conosco” e as redes sociais facebook, twitter e

Comunidade Gaúcha8, também mantém um link constante na página. Enquanto no twitter o

ouvinte pode seguir a emissora e postar o link do áudio na rede social, o facebook

disponibiliza ao usuário que acompanhe a emissora através de postagens de material

jornalístico pela rede. O usuário tem a disponibilidade de compartilhá-los com outras pessoas,

aumentando ainda mais a disseminação das informações no ambiente virtual. Já a

Comunidade Gaúcha surgiu em 2009, período do boom do Orkut e, conforme Chanas (2011),

usa a plataforma privada conhecida como Ning. O acesso é gratuito e acontece através de um

link presente no site que dá acesso a vários programas, local em que sucede a interação entre

os apresentadores e o público. “Ao participar da comunidade do programa as pessoas podem

bater um papo com o apresentador ou o produtor, sanar dúvidas, enviar criticas, tudo

diretamente ou em grupo” (CHANAS, 2011). Embora tenha sido mais utilizada pelas pessoas

que fazem parte da produção e apresentação dos programas, a Comunidade Gaúcha é

referenciada, às vezes, durante a programação de antena e ainda, na página específica de cada

programa encontra-se um link para que o público tenha acesso a essa rede social.

Quando há algum acontecimento extraordinário, como: o casamento do Príncipe

Willian, a parte superior da página, que fica logo abaixo do espaço comercial, abre um

ambiente especial pra cobertura do evento, com link‟s dos programas que trataram do assunto

no dia ou também as coberturas ao vivo. Aliás, o áudio foi o principal formato encontrado na

home durante o período de análise. Durante a semana foram 96, a maioria acompanhada de

uma fotografia (apenas na página inicial) e de um pequeno comentário em texto.

8 Espaço dentro do site da emissora aonde se encontra ouvintes e profissionais através de uma rede social.

Page 17: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

16

A principal fonte de informação usada é sonora, 81, ou seja, o áudio é bastante

valorizado pela emissora, tanto no site quanto no conteúdo emitido pela antena (ver Apêndice

C). A fonte documental pôde ser observada 10 vezes e principalmente em coberturas especiais

como o caso do casamento do príncipe da Inglaterra, ou outras informações que exijam dados

com maior precisão e momentaneidade. Tanto na programação da rádio transmitida pela

antena, como através do site, o público se torna participante ativo. Segundo Raphaelli (2011),

em Porto Alegre, a rádio recebe muita informação via twitter. “A interação acontece, por

enquanto, através das respostas que estão sendo transmitidas pelo áudio de antena”

(RAPHAELLI, 2011), a emissora conta com mais de 32 mil seguidores pela rede social, e as

atualizações acontecem, em média, a cada 60 minutos ou menos. Pelo facebook mais de 890

pessoas curtem a página da emissora em que as atualizações são feitas, em média, a cada 03

horas.

Embora seja apenas em formato textual, através do espaço ouvinte-repórter presente

no site, o público tem a sua disposição uma ferramenta de contato direto com o programa

preferido, podendo encaminhar comentários, dúvidas, perguntas, sugestões e ainda pedir

informações técnicas. Os usuários encontram a possibilidade de expor sua opinião e trazer

informações de sua localidade ou que venha a complementar outra existente, através de

telefone ou internet. Outro ponto forte do site em relação a sua programação são as enquetes

disponibilizadas para votação via telefone e site em que os resultados vão ao ar pela antena e,

também, podem ser acompanhados pelo site quase que simultaneamente, tornando o ouvinte

cada vez mais atuante e causando uma aproximação com a rádio por ser chamado durante a

programação para participar dando a sua opinião, seja pelas enquetes disponíveis, através de

torpedos ou ligações e pelo próprio site.

Observa-se que há uma potencialização do caráter interativo do rádio através de

ferramentas que usam a internet para relacionar o público com a emissora. Com isso o

ouvinte, por sua vez, passa a ser mais ativo gerando uma aproximação entre veículo e usuário

e vice-versa. A interatividade sempre foi característica do rádio e agora é potencializada pela

internet, fazendo com que os leitores passem a ser ao mesmo tempo consumidores e

produtores da informação, pois eles interagem com a notícia.

É preciso atender ao público de maneira que se sinta confortável nesse ambiente de

fácil acesso e informatizado que o site proporciona e assim crie uma identificação pelo

conteúdo encontrado e pelas características da página. Embora algumas informações

encontradas no site, principalmente as fotografias, em grande parte, sejam produzidas por

outros meios de comunicação do grupo RBS, percebe-se através dos áudios fornecidos pela

Page 18: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

17

página inicial uma reedição do conteúdo trabalhado no áudio de antena. Como mostra o

apêndice D, de 96 áudios totais na página inicial, 91 são sobreposições de conteúdo, bem

como uma reedição do áudio vinculado pela antena. Exemplo disso são os

destaques/principais informações de cada programa.

Mesmo que ocorra apenas a reedição e não a complementação do que foi ao ar, ao

proporcionar esse conteúdo para consumo ou download, compreende-se uma preocupação por

parte da emissora em disponibilizar informação ao público nesse ambiente virtual. Chanas

(2011) diz que é muito comum o apresentador acabar de falar uma notícia no ar e o ouvinte

ligar para o produtor e dizer: “vai pro site?”, porque ele quer ouvir de novo. “Então é a nossa

forma de disponibilizar de novo. A gente se preocupa em disponibilizar, dividir, colocar

categorias, facilitar a busca dele porque virou referência” (CHANAS, 2011). Mesmo que a

maior parte do conteúdo disponível no site seja uma reedição, a memória da emissora

apresenta aos usuários mais facilidade para encontrar o áudio desejado. Encontra-se, também,

neste ambiente a recuperação do material mais antigo, que foi ao ar há alguns anos atrás e aos

poucos vem sendo digitalizado e postado. Essas iniciativas de recuperação e digitalização

fazem parte dessa nova configuração do rádio, onde é preciso manter as características

históricas do veículo, embora seja preciso desenvolvê-las, como é o caso da memória da rádio

sendo disponibilizada virtualmente.

Durante a semana de análise foi encontrado para download na página inicial,

diariamente, o programa Gaúcha 25 horas que vai ao ar no horário da Voz do Brasil e é

transmitido apenas pela internet e plataformas como o iPhone. Também se encontra

disponível para download, com link permanente na página inicial, o arquivo completo do Sala

de Redação, um dos programas de maior destaque na grade de programação da Gaúcha. Vai

ao ar semanalmente às 13h, discute o esporte e, às vezes, política. Conta com um seleto grupo

de apresentadores e ouvintes onde, muitos deles, pautam suas rotinas por meio do programa.

Cada programa tem sua própria página, fazendo com que a página principal seja composta

pelas principais informações do momento, sendo atualizada constantemente. Chanas (2011)

afirma que a equipe não tem um horário fixo para atualização. Mas acredita que ela é

atualizada, no total, trocando conteúdo, umas dez vezes por dia. Observou-se que o site não é

atualizado no período noturno.

Os áudios da Gaúcha são postados e organizados na midiateca do Clicrbs, veículo do

grupo em que a Gaúcha faz parte. Nesse local encontra-se uma biblioteca informatizada

composta de arquivos produzidos pelo grupo. O midiacenter como é conhecido, apresenta

problemas de navegabilidade, pois para usufruir do arquivo presente no site o público é

Page 19: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

18

deslocado para uma nova página em que encontra dificuldade em retornar para a página de

origem. Contudo, mesmo que mantenha a sua identidade ao usufruir de um link de outro

veículo, a Rádio Gaúcha privilegia os seus ouvintes mais fiéis e dificulta os que estão apenas

de passagem. Só encontra facilidade quem conhece a página de mídias. Sendo assim, acredita-

se que para a emissora quem consome o material do site é o ouvinte internauta que tem por

característica acessar a página constantemente. Outro fator importante são as referências feitas

ao site e seu conteúdo durante a programação de antena. Ações como os convites feitos ao

público para acompanhar as redes sociais também somam para que a rádio seja lembrada no

ambiente virtual.

De maneira geral, o áudio encontrado na página inicial da Rádio Gaúcha não vem

acompanhado de texto e tem como gênero principal o jornalismo e o esporte. O áudio

representa o eixo central da narrativa do site em que as fontes de informação são, em sua

maioria, sonoras. O perfil de uso conta com a presença do apresentador e dos entrevistados

como fonte. Portanto, o site apenas retrata o que foi ao ar pela antena e a ampliação só foi

observada em produções especificas para o site.

3.2 Rádio Guaíba

A Rádio Guaíba AM está no ar desde 1957. Inicialmente, fazia parte da Empresa

Jornalística Caldas Jr., e em 2007 foi adquirida pelo Grupo Record de Comunicação. Segundo

o site da emissora, desde então vem implementando inovações em todos os seus setores. Em

sua programação, a Guaíba trabalha com jornalismo em geral e com o esportivo em

específico, também fornece prestação de serviços e interatividade. Segundo o site

(www.radioguaiba.com.br), a interatividade é palavra-chave nesse novo conceito de

transformações que a rádio vem passando com a nova gestão da Record, que realizou

mudanças na estrutura física e tecnológica, isso sem comprometer a tradição de levar

informação com qualidade para o público, uma das marcas registradas da Rádio Guaíba AM e

Guaíba FM9.

Pode-se citar o site da emissora como umas das principais mudanças. Através dele, a

emissora insere-se, cada vez mais, no mercado virtual. Porém, a tradição do conteúdo é

mantida, a ênfase no esporte continua sendo mantido na produção do áudio de antena. O ex

chefe de Jornalismo da Rádio Guaíba, Ataídes Miranda (2011), cita a internet como uma

ferramenta importante porque proporciona ao público que não consegue o sinal através do

9 A Rádio Guaíba FM foi fundada em 1980, inicialmente, tinha uma programação própria voltada a musicalidade. Em 2010, a FM abandona a programação musical e passa a veicular integralmente a programação da Rádio Guaíba AM.

Page 20: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

19

rádio, ouvir a programação ao vivo pelo site, e também por estar presente na apuração das

noticias. “A internet é um braço direito de todo o pessoal da produção. A reportagem não

tanto porque se preocupa mais com a „coisa‟ local, mas para coordenadores e produtores a

internet é um grande aliado” (MIRANDA, 2011). A emissora conta ainda com a

potencialização do seu áudio de antena através da Rede Guaíba Sat que disponibiliza a

programação 24 horas por dia para mais de cinco estados.

O site (Anexo 02) da emissora apresenta uma mescla entre conteúdo dinâmico e

estático e varia entre três e quatro colunas. Na barra lateral esquerda encontram-se as

principais informações, os destaques do dia e ao se aproximar do final da página existe um

link com o canal do ouvinte onde são disponibilizados telefone, email e número para envio de

torpedo. Na barra lateral direita o espaço fica restrito à interatividade através de enquetes onde

o público pode opinar votando e, logo abaixo, um espaço comercial.

A interatividade aparece em todos os conteúdos disponibilizados pelo site, através dos

espaços para comentário, fale com a redação e na opção de enviar pra algum contato. Na

coluna do meio e principal, encontra-se o plantão “Últimas Notícias” e o plantão “Esporte”,

sempre com as 10 últimas informações de cada editoria. Esses materiais se repetem em outros

espaços da página e, durante a análise, observou-se que no plantão “Esporte”, em alguns dias,

não aconteceu mais de 10 atualizações, resultando na repetição das informações de um dia

para o outro. Entretanto, no plantão de notícias, são mais de 10 atualizações diárias.

Observou-se que, sem fazer rolagem de tela, apenas na sexta-feira, 06 de maio de 2011, não

foi observada a presença de, ao menos, um áudio na página inicial da emissora.

Na página principal encontram-se, também, os blogs, ferramenta usada com

frequência pelos apresentadores e produtores que, além de ser um espaço de opinião e

disseminação do conteúdo, aumenta a interação com o público no ambiente virtual. Nos blogs

o público pode tecer comentários ou enviar a postagem para algum amigo. Nesse ambiente

verificou-se também a presença de materiais em áudio. Exemplo disso é o blog do programa

“Carreira e Sucesso”, em que o texto serve como uma breve chamada para que o ouvinte

ouça o programa que foi ao ar pela antena e está apenas liberado para consumo e não para

download. Ainda na página inicial existe um menu chamado de Reportagens Especiais em

que o conteúdo é encontrado em vídeo, com pequenos trechos de texto e, principalmente, em

áudio. Funciona como um canal multimídia de baixíssima atualização, visto que a produção

mais recente aconteceu no dia 16 de março.

Embora seja o site da emissora a maioria dos conteúdos encontrados é de material em

texto. No segundo dia de análise, 04 de maio de 2011, das 20 notícias presentes na página

Page 21: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

20

inicial, apenas uma continha áudio disponível, as outras 19 apenas texto. Muitos deles

oriundos de outros veículos do grupo em que faz parte, como Correio do Povo e Portal R7.

Verificou-se, também, material em texto de agências de notícias, objeto não identificado na

página da Rádio Gaúcha. Miranda (2011) afirma que a Guaíba trabalha com conteúdo

integrado a outros veículos, principalmente na parte editorial. “Quando tem uma viagem

destas internacional ou nacional o repórter vai e faz matéria pra rádio, pro jornal, pro site da

rádio e do Correio. Então a gente trabalha bastante integrado. E até com jornais e TVs que

nem são do nosso grupo” (MIRANDA, 2011).

Como aponta Miranda (2011) o compartilhamento de informações dentro do grupo

em que faz parte é cotidiano. Em alguns casos os textos produzidos por outros veículos do

grupo são tratados em áudio na antena, sempre referenciados. São perceptíveis investimentos,

através do site da Guaíba, maiores na marca do grupo do que na marca da própria rádio.

Ressalta-se que o meio de comunicação imediato e atual é o rádio – embora a internet também

tenha esses elementos – e se, por exemplo, se pauta pelo Correio do Povo acaba por deixar

essas características de lado. A página da emissora não tem um perfil sonoro e não faz

menção a nenhuma rede social. Na página inicial há uma subdivisão por editorias, são links

que remetem a uma página própria em que se encontram conteúdos específicos de cada uma.

A página principal não apresenta e nem explora as possibilidades da web como: a

personalização. A memória só apresenta opções de filtragem, parecendo mais um banco de

dados com todos os materiais que foram postados no site. A ausência de mais áudios, apenas

sete sob demanda, fotografias e produções em audiovisual deixam de ser um atrativo para o

visitante que busca no site uma ampliação ou complementação do conteúdo que foi ao ar pela

antena, ou então, vai diretamente a página em busca de informações. É indispensável que,

mesmo com a presença da rádio na internet, ela não perca a sua principal característica que é a

produção em áudio.

A ausência de imagens e principalmente o baixo número de áudios encontrados na

página principal fazem com que o site da emissora deixe a desejar do ponto de vista

informacional. Conforme o apêndice E, durante os cinco dias de análise foram encontrados

apenas 12 arquivos de áudio, a média de duração ficou em torno de 1‟e 12”, números baixos

se comparados, por exemplo, à Rádio Gaúcha que apresentou 96 áudios.

Sente-se que essa falta de arquivos em áudio, talvez seja motivada pela falta de um

editor específico para o site, já que as iniciativas de atualização partem dos próprios

repórteres. Segundo Miranda (2011), o repórter digita, coloca a foto, o áudio e envia pra um

redator. “O redator dá uma lida antes. Ele “deixa em “pendentes” e depois revisa e pública”

Page 22: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

21

(MIRANDA, 2011). Mesmo que o site não represente ter no áudio seu principal suporte de

informação, Miranda (2011) complementa ao dizer que a orientação da direção é pra usar

muito áudio. Contudo, isso não se evidencia na realidade. Conforme podemos observar

através do apêndice E/F, a quantidade de áudios sob demanda é pequena, são apenas sete, e

fica restrita pela sobreposição do mesmo conteúdo oriundo do material de antena, apenas com

um adicional, a reedição.

Ao analisar o site da Rádio Guaíba observou-se o baixo uso de conteúdos sonoros.

Ainda que os textos e as fotos encontradas constituam a multimidialidade, a Rádio Guaíba

apresenta poucas características de inserção no ambiente de convergência. Talvez isso venha

a ocorrer pela falta de produção específica para o site, seja ela de novos conteúdos ou da

própria reedição do áudio. Miranda (2011) acredita que o público do site não é o mesmo

público da rádio, ou pelo menos a sua grande maioria. “Tem muito internauta que não é

ouvinte da rádio, ele busca ali uma informação rápida, acredito que ele não está ouvindo

rádio” (MIRANDA, 2011). Durante o período de análise observou-se poucas vezes a

referência ao site durante a programação de antena da Guaíba. A ausência de marketing feito

pelo site direcionado as redes sociais dificulta a popularização da rádio nesse ambiente

virtual. Exemplo disso é o perfil da emissora no twitter com mais de 1.500 seguidores, com

atualização, em média, a cada 60 minutos, que poderia ser mais bem explorado se, ao menos,

tivesse um link na página principal da emissora que remetesse a essa ou outras redes sociais.

Por conseguinte, ficou demonstrado através da análise que o áudio presente na página

inicial da Guaíba vem sempre acompanhado de material em texto e, em alguns casos, de

fotografia. Ou seja, o áudio serve mais como um acessório à página. E deveria ser, na

verdade, a essência dela. O perfil do áudio da emissora nesse ambiente virtual conta com a

presença de entrevistados como principal fonte10

. Assim, a emissora apenas retrata o conteúdo

que foi ao ar pela antena e a ampliação só ocorre em produções em texto que, muitas vezes,

são realizadas por outros veículos do grupo e são especificas para o site.

Considerações Finais

Ao iniciar a pesquisa a hipótese era de que o áudio fosse o principal material

encontrado nas páginas principais da Rádio Gaúcha e Rádio Guaíba. Acompanhando as

transformações tecnológicas e o surgimento de novos meios e formatos, verificou-se como

acontecia o uso do áudio por parte das emissoras e as estratégias usadas para atender ao

10 Em reportagens especiais verificou-se a presença do apresentador como fonte.

Page 23: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

22

público no ambiente virtual que é indispensável para que o rádio continue sendo um dos

principais meio de comunicação de massa.

Com os resultados da análise, a hipótese foi parcialmente confirmada e se passou a

analisar as características do áudio utilizado nas páginas das emissoras. O áudio de antena

também foi levado em consideração, para que se pudesse contrapor um com o outro e

verificar se havia produção, complementação ou apenas uma reedição exclusiva ao conteúdo

disponibilizado pela página. Então se observou que a produção do áudio presente no site é a

mesma veiculada em antena, apenas com adicionais de reedição. Quanto a caracterização do

rádio no ambiente da convergência constatou-se a presença, principalmente, de material

oriundo da integração de veículos que fazem parte do mesmo grupo, de uma lado a RBS e de

outro o grupo Record.

Através da pesquisa bibliográfica conseguiu-se compreender melhor como a

convergência tem afetado os meios de comunicação, pelo seu processo decorrente do avanço

e aperfeiçoamento das tecnologias. Evidencia-se que na Rádio Gaúcha esse processo pode ser

observado, entre outros exemplos, pela participação do público através de SMS, redes sociais

e na disponibilização do conteúdo através do iPhone. Na Guaíba existe a falta de divulgação

dos perfis em redes sociais, porém o público participa da programação enviando torpedos

SMS e fazendo conexões via telefone.

Com a teoria, foi possível entender melhor os aspectos do rádio na internet, seu

modelo e novos formatos, ou seja, a potencialização que acontece pela sua presença na web.

Baseando-se nos conceitos de Mielniczuk (2001) quando assegura que durante a história do

jornalismo na Web é possível identificar três fases distintas. Logo, percebeu-se que o site da

Rádio Guaíba encontra-se na segunda fase, pois, apesar do texto ser uma característica

multimídia, há muito conteúdo nesse formato. Assim constatou-se que a página da emissora

apresenta uma identidade de site e não de site de rádio.

Porém se evidenciaram iniciativas na apresentação de experiências com o uso do

áudio, pois há presença, mas não predominância. Também foi possível observar a exploração

de características como a multimidialidade, isto é, existem iniciativas dentro da terceira fase.

Já o site da Rádio Gaúcha encontra-se na terceira fase porque apresenta conteúdos multimídia

em quantidades significativas, explora mais o áudio e o conteúdo do site serve como

complementação do que foi ao ar pela antena, mesmo que isso não seja uma produção em

áudio.

Ao acompanhar a Rádio Gaúcha, notou-se que o site da emissora recebe atualização

constante, mesmo que não siga uma regra de atualização e a maior parte dos arquivos

Page 24: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

23

encontrados seja em áudio. Na Rádio Guaíba a atualização ocorre conforme os

acontecimentos do dia, e a maior parte do material é textual. Entretanto, verificou-se que a

Gaúcha conta com uma equipe específica para a produção e adequação do conteúdo ao site, a

Guaíba não. Fator determinante para a confirmação das diferenças encontradas de uma à

outra.

Os jornalistas, por sua vez, ingressam nesse ambiente de convergência proporcionado

pela atuação do rádio na internet, configurado nesse caso, como a página da emissora, e

transformam sua rotina. A redação deixou de pensar apenas na informação monomídia, quer

dizer, apenas no áudio de antena, agora tende a pensar mais na multimidialidade e na

importância da oferta de conteúdo via internet. Os consumidores passam a criar uma

identificação com a emissora nesse ambiente virtual. Por isso, investimentos devem ser feitos

para que o público possa ser atendido de maneira satisfatória, tanto na transmissão de antena,

quanto aos conteúdos disponibilizados pelo site.

A hipótese inicial dessa pesquisa foi confirmada parcialmente, pois mesmo que ainda

faltem investimentos em novas linguagens e em variedade de conteúdo multimídia, a Gaúcha

usa o áudio como base de sustentação informacional do site. A Guaíba apresenta menor

quantidade de áudios disponíveis, sendo que o conteúdo predominante na página deriva de

material em texto. A Rádio Guaíba deveria buscar novas estratégias para usar mais o áudio,

pois, é a essência do rádio hertziano e isso precisa ser levado em consideração pela emissora

através do site.

Enfim, a página da Rádio Gaúcha oferece as características de uma emissora de rádio

na web. Apresenta como característica principal, o áudio. Na Rádio Guaíba fica demonstrada

pela análise, a falta de um laiautte de página que explore melhor o conteúdo que faz parte do

site. Embora os áudios sejam poucos, eles não recebem o destaque que deveriam, até por ser o

site da emissora, que acaba por criar uma identificação com o público consumidor daquele

material.

Portanto, é preciso investir no aprimoramento dos profissionais para que possam

conduzir as informações por meio de suas múltiplas habilidades, resultando em conteúdos

multimídia com uma disseminação multiplataforma. Sem ofertas, ou sem ofertas visíveis o

público tende a movimentar-se em busca de outra fonte para adquirir informação.

Page 25: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

24

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

AFONSO, C. Internet no Brasil: o acesso para todos é possível?. Disponível em:

http://reseau.crdi.ca/uploads/user-S/10245206800panlacafoant.pdf. Acesso em: 05 de abr. 2011.

ALMEIDA, A.; MAGNONI, A. Rádio e internet: recursos proporcionados pela web ao

radiojornalismo. In: MAGNONI, A.; CARVALHO, J. (org) O novo rádio: cenários da radiofusão na

era digital. São Paulo: Senac, 2010.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2002.

BAUER, M.W. ;GASKELL, G. Pesquisa qualitativa com Texto, Imagem e Som. Tradução de

Pedrinho A, Guareschi. Petrópolis: Editora Vozes, 2002.

BUFARAH J. A. Rádio na Internet: convergência de possibilidades. Disponível em:

http://galaxy.intercom.org.br:8180/dspace/bitstream/1904/3111/1/NP6BUFARAH.pdf. Acesso em: 27

mai. 2011.

CEBRIÁN HERREROS, M. Información radiofónica: Mediación técnica, tratamiento y

programación. Madrid: Sintesis, 2001.

CHANAS, Gabrielli. Entrevista concedida a Debora Cristina Lopez e Marcelo Freire. 13 de janeiro de

2011.

DEL BIANCO, R, N. As forças do passado moldam o futuro. Disponível em:

http://www.bocc.ubi.pt/~boccmirror/pag/bianco-nelia-forcas-moldam-o-futuro.pdf. Acesso em: 02 jun.

2011.

FAGUNDES, Sibeli. Entrevista concedida a Debora Cristina Lopez e Marcelo Freire. 13 de janeiro de

2011.

FERRARETTO, L.A. O veículo, a história e a técnica. 2° ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2001.

FERRARETTO, L.A. O rádio e as formas do seu uso no início do século XXI: uma abordagem histórica. In: FRANCISCO MAGNONI, A.;MAURICIO DE CARVALHO, J. (org) O novo rádio:

cenários da radiofusão na era digital. São Paulo: Senac, 2010.

FERREIRA N. G. Remediações e reconfigurações do rádio na web. In: VII Encontro Nacional de

Pesquisadores em Jornalismo. 2009. São Paulo. Anais VII Encontro Nacional de Pesquisadores em

Jornalismo. 2009.

FIDLER, R. Mediamorfosis: Comprender los nuevos medios. Barcelona: Granica, 1997.

FISCMANN, R. O que são podcasts. Disponível em: http://macmagazine.com.br/o-que-sao-podcasts/. Acesso em: 5 de jun. 2011.

GARCÍA AVILÉS, J. A. et al. Métodos De Investigación Sobre Convergencia Periodística. In:

Semináriodo Acordo de Cooperação Brasil-Espanha. FACOM/UFBA - 3 a 7 de dezembro de 2007.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRÁFIA E ESTÁTISTICA – IBGE. 2008. Disponível em:

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/acessoainternet2008. Acesso em: 12 de mai. 2011.

JENKINS, H. Cultura da Convergência. São Paulo: Aleph, 2008.

Page 26: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

25

KISCHINHEVSKY, M. Convergencia nas redações - Mapeando os impactos do novo cenário

midiático sobre o fazer jornalístico. In: RODRIGUES, C. (org) Jornalismo On-Line: modos de fazer. Rio de Janeiro: PUCRIO: Ed. Sulina, 2009.

LOPEZ, D.C. Radiojornalismo hipermidiático: tendências e perspectivas do jornalismo de rádio all news brasileiro em um contexto de convergência tecnológica. Tese doutoral. Universidade Federal da

Bahia, 2009.

LOPEZ, D.C. Radiojornalismo hipermidiático: tendência e perspectivas do jornalismo de rádio all news brasileiro em um contexto de convergência tecnológica. Covilhã: Labcom, 2010.

MCLEISH, R. Produção de Rádio: Um guia abrangente de produção radiofônica. São Paulo: Summus, 2001.

MIRANDA, Ataídes. Entrevista concedida a Debora Cristina Lopez e Marcelo Freire. 12 de janeiro de

2011.

MIELNICZUK, L. Características e implicações do jornalismo na Web. 2001.

PALACIOS, M. et al. Um mapeamento de características e tendências no jornalismo online

brasileiro. Disponível em: http://www.facom.ufba.br/jol/pdf/2002_palacios_mapeamentojol.pdf.

Acesso em: 26 abr. 2011.

PINTO, R. Roquette-Pinto e o ensino pelo rádio. In: MEDITSCH, E.; ZUCULOTO, V. (org) Teorias

do Rádio: textos e contextos. Florianópolis: Insular, 2008.

PRADO, E. Estrutura da informação radiofônica. São Paulo: Summus, 1989.

PRENSKY, M. Nativos Digitais, Imigrantes Digitais. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/9799/Prensky-Digital-Natives-Digital-Immigrants-Part1. 2011. Acesso em: 13

de abr, 2011.

RAPHAELLI, Michelle. Entrevista concedida a Debora Cristina Lopez e Marcelo Freire. 13 de janeiro

de 2011.

SALAVERRÍA, R. Aproximación al concepto de multimedia desde los planos comunicativo e

instrumental. 2001. Disponível em: http://dspace.unav.es/dspace/handle/10171/5068. Acesso em: 15

mai. 2011

SALAVERRÍA, R. Convergencia de medios. Revista CHASQUI, v.81, 2003.

SALAVERRÍA, R. Estructura de La convergencia. In: GARCÍA, Xosé López; TARIÑA, Xosé

Pereira. Convergencia digital: Reconfiguración de los Medios de Comunicación em España. Santiago de Compostela: Ed. Universidade de Santiago de Compostela, 2010.

SILVA, O.J. Diferenças entre sites estático e dinâmicos. Disponível em: http://www.arquivodecodigos.net/arquivo/tutoriais/jsp/desenvolvendo_jsp_1_2.php. Acesso em: 25

abr, 2011.

URIBE VILLEGAS, E. O rádio digital e o radio em internet: além das transformações

tecnológicas. Colombia: UNIrevista, 2006.

Page 27: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

26

APÊNDICE A

DETALHAMENTO DOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para a realização desta pesquisa foi analisado o uso do áudio no site das rádios Gaúcha

AM e Guaíba AM. Foi observada apenas a página principal de cada emissora no intuito de

constatar de que maneira os áudios são abordados na internet e qual a importância destes para

a emissora. Para tanto, fez-se necessário a captação do áudio durante os dias 25 a 29 de abril

de 2011 na Rádio Gaúcha AM e 2 a 6 de maio na Rádio Guaíba AM . Como a coleta foi

realizada de forma individual, houve a necessidade da captação durante duas semanas, uma

semana para cada emissora.

No total foi captada 1 hora e 30 minutos diários de áudio transmitido pela emissora.

Os horários de captação foram alternados entre: 6 às 7:30, 7:30 às 9, 9 às 10:30, 10:30 às 12h

e 12h às 13:30, a maior parte no turno matutino, período de maior fluxo de informação do

rádio. As 14h foi analisada a página principal da emissora. É neste período que foi constatado

o maior nível de atualização dos sites.

Os sons são registrados a fim de se obter um traço material. A fim de facilitar a

análise, este registro necessita ser transcrito em um sistema de símbolos que realce

certas características dos eventos, enquanto outras são excluídas. Em última análise,

esses eventos sonoros têm lugar no contexto de um sistema social, cujas operações

nós queremos compreender, através do exame da sua produção e recepção sonoras. (BAUER; GASKELL, 2002, p. 367)

Além do áudio de antena, foram coletados, através do site, os áudios disponíveis para

download e os que não se encontravam liberados foram capturados através de programa de

edição de áudio. Também foi realizado o acompanhamento das atualizações através de “print

screen” da página. Esse material coletado será analisado de acordo com a perspectiva teórica

metodológica da análise de conteúdo. Segundo Herscovitz, (2007), altamente empregada nos

vários ramos das ciências sociais empíricas, a análise de conteúdo revela-se como um método

de grande utilidade na pesquisa jornalística

Para facilitar a compreensão dos áudios encontrados na página principal, foi

desenvolvida uma tabela com informações que auxiliassem a análise durante a fase de

captação do áudio. Baseada no método de Laurence Bardin (2002), a organização da análise

deu-se em três etapas. Segundo o autor a mesma coisa acontece com o levantamento

sociológico ou experiência, as diferentes fases da análise de conteúdo estão organizadas em

torno de três pólos cronológicos:

Page 28: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

27

1) Pré análise: A fase de organização tem como objetivo a operacionalização e a

sistematização das ideias que tivemos durante a produção da tabela. Tudo isso, com o

propósito de criar um sistema preciso e flexível para, se necessário, introduzir novos

procedimentos durante a análise. Basicamente são três finalidades: Eleição de documentos

que serão submetidos para análise, formulação de hipóteses e os objetivos. Exemplos:

desenvolvimento do projeto de pesquisa, revisão bibliográfica e um pré acompanhamento do

áudio e do site.

2) Exploração do material: Ao executar corretamente a pré análise, essa fase fica com a

responsabilidade de administrar as decisões tomadas e os resultados obtidos até o momento.

Consiste da decomposição ou enumeração dos dados obtidos de acordo com a pré análise.

Exemplo: Além da pré observação da analise esse momento auxilia a formatar e/ou

redesenhar os resultados obtidos através da tabela e da tabulação dos dados.

3) Tratamento e interpretação dos resultados obtidos: Os resultados, mesmo que sejam

brutos, são tratados de uma maneira que possam ser considerados significativos e válidos.

Para maior rigor os dados são empenhados em estatísticas e testes de validez. Desta forma,

tendo em mãos resultados significativos e confiáveis, podemos levantar diversas

interpretações de acordo com os objetivos previstos e, consequentemente, aos imprevistos.

Exemplo: Análise e cruzamento dos dados, análise do site e comparação com áudio de antena.

Cruzar os resultados da análise com os resultado das entrevistas disponíveis.

Para que pudéssemos obter uma compreensão melhor sobre a as variáveis que agem

sobre os resultados, a análise foi realizada de forma individual, com a mesma tabela, nos

mesmos horários, mas em semanas diferentes. Assim foi possível se aproximar e, mesmo que

por pouco tempo, verificar de perto como é a produção de cada emissora, principalmente no

que diz respeito aos seus respectivos sites e o conteúdo nele disponibilizado. Não obstante,

buscamos verificar as diferenças, sejam elas existentes ou não, na produção para o áudio de

antena e o encontrado nos sites.

Page 29: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

28

APÊNDICE B

Página Inicial Segunda 25 Terça 26 Quarta 27

de abril

Quinta

28

Sexta

29

Total

Quantidade de

áudios na home -

22 23 21 11 19 96

Duração média dos

áudios

4’ 7’ 3’40 2’20 10’45” 27’05”

Streaming

Ao vivo 1 1 1 1 1 5

Sob demanda 21 22 20 10 18 91

Gaúcha: Tabela com dados sobre a quantidade e duração média dos áudios. E opções de

streaming.

Page 30: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

29

APÊNDICE C

Fonte de informação S T Q Q S Total

Documental 2 3 2 1 2 10

Sonora 19 19 18 10 15 81

Gaúcha: Tabela sobre a principal fonte de informação.

Page 31: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

30

APÊNDICE D

Tipo de audio

Programas exclusivos

em áudio

Gaúcha 25

horas

Gaúcha

25 horas

Gaúcha

25 horas

Gaúcha

25 horas

Gaúcha

25 horas

5

Complementação de

conteúdo

Sobreposição de

conteúdo

20 21 19 09 17 86

Produção em áudio

Conteúdo exclusivo para

o site

Gaúcha 25

horas

Gaúcha

25 horas

Gaúcha

25 horas

Gaúcha

25 horas

Gaúcha

25 horas

5

Reedição do conteúdo

de antena

20 21 19 09 17 86

Conteúdo produzido por

outros veículos do grupo

Não

Conteúdos produzidos

por outros veículos de

fora do grupo

Não

Conteúdo produzido por

ouvintes

Não

Conteúdo de redes

sociais e servidores

externos de áudio

Não

Gaúcha: Tabela tipo do áudio e características.

Page 32: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

31

APÊNDICE E

Página Inicial

MAIO

Segunda

2

Terça

3

Quarta

4

Quinta

5

Sexta

6

Total

Quantidade de áudios na home - 5 2 2 2 1 12

Duração média dos áudios 45’’ 1’30” 56” 1’24” Ao

vivo

3’55”

Streaming

Ao vivo 1 1 1 1 1 5

Sob demanda 4 1 1 1 0 7

Guaíba: Tabela quantidade e duração de áudios, e opção de streaming.

Page 33: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

32

APÊNDICE F

Tipo de audio S T Q Q S Total

Programas exclusivos em áudio Não

Complementação de conteúdo Não

Sobreposição de conteúdo 1 1 1 1 7

Produção em áudio

Conteúdo exclusivo para o site Não

Reedição do conteúdo de antena 1 1 1 1 7

Conteúdo produzido por outros veículos do grupo Não

Conteúdos produzidos por outros veículos de fora do grupo Não

Conteúdo produzido por ouvintes Não

Conteúdo de redes sociais e servidores externos de áudio Não

Guaíba: Tabela tipo e produção de áudio

Page 34: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

33

APÊNDICE G

Tabela utilizada para analisar os áudios presentes nos sites das emissoras

Emissora: Gaúcha AM

Dia: 25 a 29 de abril.

Obs: Somente será analisada a página principal.

Página Inicial Segunda 25 Terça 26 Quarta

27 de

abril

Quinta

28

Sexta

29

Total

Quantidade de áudios na

home -

22 23 21 11 19 96

Duração média dos

áudios

4’ 7’ 3’40 2’20 10’45” 27’05”

Streaming

Ao vivo 1 1 1 1 1 5

Sob demanda 21 22 20 10 18 91

Tipo de audio

Programas exclusivos em

áudio

Gaúcha 25

horas

Gaúcha

25 horas

Gaúcha

25 horas

Gaúcha

25 horas

Gaúcha

25 horas

5

Comentários Gaúcha 25 horas é um programa extra e apenas transmitido pela internet

e demais plataformas. Vai ao ar no horário da “Voz do Brasil”.

Complementação de

conteúdo

Sobreposição de

conteúdo

20 21 19 09 17 86

Produção em áudio

Conteúdo exclusivo para

o site

Gaúcha 25

horas

Gaúcha

25 horas

Gaúcha

25 horas

Gaúcha

25 horas

Gaúcha

25 horas

5

Reedição do conteúdo de

antena

20 21 19 09 17 86

Conteúdo produzido por

outros veículos do grupo

Não

Conteúdos produzidos

por outros veículos de

Não

Page 35: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

34

fora do grupo

Conteúdo produzido por

ouvintes

Não

Comentários No site encontra-se o menu “Ouvinte-Repórter”, além de fazer parte da

“Interatividade” da emissora, o ouvinte só pode postar mensagem de

texto.

Conteúdo de redes

sociais e servidores

externos de áudio

Não

Hospedagem dos áudios

Servidor próprio Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Rede de gerenciamento e

hospedagem de áudio

gratuita (p.e. ODEO)

Não

Rede de hospedagem de

áudio paga

Não

Compartilhamento de

áudios

Compartilhamento em

redes sociais. Quais?

Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Código Embed Não

Enviar a um amigo

(recomendar)

Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Enviar por twitter Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Facebook Nâo

Validação e valoração do

áudio

N

Comentários O Facebook aparece na página inicial, porém apenas para seguir a Rádio

na rede social, não foi encontrado compartilhamento dos áudios por esta

rede.

Editoria / Seção

Geral 7 5 2 3 17

Cultura 4 4

Page 36: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

35

Política 5 5 1 4 15

Economia 1 1

Policia 1 4 1 2 8

Tecnologia

Esportes

- Gols 2 2

- Resumos da rodada /

partida

2 2

- Debates 1 3 1 2 7

Programas completos ou

parte deles

1 2 4 1 1 9

- Entrevistas Coletivas 3 3 1 1 8

- Outro. Qual?

Saúde

Apresentação

Incrustados 20 21 19 9 17 86

Como imagem linkada

Áudio com ícone 1 1 1 1 1 5

Programa completo 1 1 1 1 1 5

Comentário Gaúcha 25 horas

Como link de texto

Page 37: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

36

Sobre os áudios

jornalísticos

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Total

Reportagem

Entrevista 8 14 10 4 6 42

Boletim 8 5 5 4 9 31

Nota 5 3 5 1 2 16

Comentários: Entrevista, em alguns casos, são partes de programas editados e

postados no site, algumas são depoimentos... Não necessariamente

pergunta e resposta.

Estrutura

Som ambiente e

trilha : áudio slide

show e infográfia

de base sonora

Sim Sim Som sim sim Sim

Comentários Foi observado o uso do som ambiente nas produções de “campo”, como

coletivas, entrevistas em eventos, etc. Trilha de abertura, encerramento

e, em alguns casos, de complementação de transmissões. Infográfia foi

observada no “Saiba quem são os destaques das quartas de final do

Camp. Gaúcho.

Conta com trabalho

de pós-

produção/edição

Não Não Não não Não Não

Comentário Já colocado no em Produção do áudio/Reedição de conteúdo de

antena.

Break (comercial)

durante os áudios

Não Não Não não não Não

Som (indicar

predomínio ou

presença)

Matéria bruta (sem

edição)

Não Não Não Não não Não

Realiza

sonorizações em

estúdio

Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Page 38: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

37

Comentário Em entrevistas, trechos de programas, etc.

Explora

ambientação do

fato

Às vezes Às vezes Às vezes Às vezes Às

vezes

Às

vezes

Comentário Colocamos “às vezes”, pois não é em todos os áudios, mas, todos os

dias e principalmente nas produções de campo e em programas de

debates a ambientação é bastante explorada. Outro fator determinante

foi o casamento que aconteceu na sexta-feira e teve trechos transmitidos

ao vivo pela antena e site.

Utiliza trilhas Não Não Não Não Não Não

Comentário Consideramos o “Não” por ser usada trilha apenas em programas

específicos como o “Gaúcha 25 horas” e em programas completos

disponíveis para download. A grande maioria dos áudios presentes no

site não usa trilhas.

Explora silêncio Não Não Não não Não Não

Fonte de

informação

Documental 2 3 2 1 2 10

Sonora 19 19 18 10 15 81

Page 39: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

38

APÊNDICE H

Tabela utilizada para analisar os áudios presentes nos sites das emissoras

Emissora: Guaíba

Dia: 2 a 6 de maio

Obs: Somente será analisada a página principal

Página Inicial

MAIO

Segunda

2

Terça

3

Quarta

4

Quinta

5

Sexta

6

Total

Quantidade de áudios na home - 5 2 2 2 1 12

Duração média dos áudios 45’’ 1’30” 56” 1’24” Ao

vivo

3’55”

Streaming

Ao vivo 1 1 1 1 1 5

Sob demanda 4 1 1 1 0 7

Tipo de audio

Programas exclusivos em áudio Não

Complementação de conteúdo Não

Sobreposição de conteúdo 4 1 1 1 7

Produção em áudio

Conteúdo exclusivo para o site Não

Reedição do conteúdo de antena 4 1 1 1 7

Conteúdo produzido por outros veículos

do grupo

Não

Conteúdos produzidos por outros

veículos de fora do grupo

Não

Conteúdo produzido por ouvintes Não

Conteúdo de redes sociais e servidores

externos de áudio

Não

Hospedagem dos áudios

Page 40: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

39

Servidor próprio Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Rede de gerenciamento e hospedagem

de áudio gratuita (p.e. ODEL)

Não

Rede de hospedagem de áudio paga Não

Compartilhamento de áudios

Compartilhamento em redes sociais.

Quais?

Não Não Não Não Não Não

Código Embed Não

Enviar a um amigo Sim

Enviar por twitter Não

Facebook Não

Validação e valoração do áudio Não

Editoria / Seção

Geral

Cultura 1 1

Política 2 1 1 4

Economia

Policia

Tecnologia

Esportes

- Gols

- Resumos da rodada / partida

- Debates

- Programas completos ou parte deles

- Entrevistas Coletivas 1 1

- Outro. Qual?

Saúde 1 1

Apresentação

Page 41: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

40

Incrustados 4 1 1 1 0 7

Como imagem linkada

Áudio com ícone 1 1 1 1 1 5

Programa completo

Como link de texto „

Sobre os áudios jornalísticos Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Total

Reportagem

Entrevista 4 1 1 1 7

Comentário A semana em que foi realizada a análise foram encontrados apenas

sete áudios e todos eles com entrevistas editadas e reduzidas do

conteúdo que foi ao ar pela antena.

Boletim

Nota

Estrutura

Som ambiente e trilha : áudio

slide show e infográfia de

base sonora

Sim 1 vez

Comentário Foi observada a utilização de som ambiente em uma oportunidade,

produção de campo/ entrevista coletiva.

Conta com trabalho de pós-

produção/edição

Não Não Não Não Não Não

Comentário Já colocado no em Produção do áudio/Reedição de conteúdo de

antena.

Break(comercial) durante

os áudios

Não Não Não Não Não Não

Som (indicar predomínio ou

presença)

Matéria bruta (sem edição) Não Não Não Não Não Não

Realiza sonorizações em

estúdio

Não Não Não Não Não Não

Explora ambientação do fato Às vezes Às Às vezes Às vezes Às Às

Page 42: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

41

vezes vezes vezes

Comentário Em entrevista coletiva e em produção de campo

Utiliza trilhas Não Não Não Não Não Não

Explora silêncio Não Não Não Não Não Não

Fonte de informação

Documental 0

Sonora 4 1 1 1 7

Page 43: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

42

APÊNDICE I

Tabela utilizada para analisar os áudios presentes nos sites das emissoras

Emissoras: Gaúcha e Guaíba

Obs: Somente será analisada a página principal das emissoras Gaúcha AM e Guaíba AM

COMPARATIVA

Página Inicial Gaúcha – Abril 25 a 29 Guaíba-Maio de 2 a 6

Quantidade de áudios na home - 96 12

Duração média dos áudios 27’05” 3’55”

Streaming

Ao vivo 5 5

Sob demanda 91 7

Tipo de audio

Programas exclusivos em áudio 5 – Gaúcha 25 horas 0

Complementação de conteúdo 0 0

Sobreposição de conteúdo 86 7

Produção

Conteúdo exclusivo para o site 5 – Gaúcha 25 horas 0

Reedição do conteúdo de antena 91 4

Conteúdo produzido por outros veículos do grupo Não Não

Conteúdos produzidos por outros veículos de fora do

grupo

Não Não

Conteúdo produzido por ouvintes Não Não

Conteúdo de redes sociais e servidores externos de

áudio

Não Não

Hospedagem dos áudios

Servidor próprio Sim Sim

Rede de gerenciamento e hospedagem de áudio

gratuita (p.e. ODEL)

Não Não

Page 44: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

43

Sobre os áudios jornalísticos Gaúcha Guaíba

Reportagem

Entrevista 42 7

Boletim 31

Nota 16

Rede de hospedagem de áudio paga Não Não

Compartilhamento de áudios

Compartilhamento em redes sociais. Quais? Sim Não

Código Embed Não Não

Enviar a um amigo (recomendar) Sim Sim

Enviar por twitter Sim Não

Facebook Não Não

Validação e valoração do áudio Não Não

Conteúde de Esportes

- Gols 2

- Resumos da rodada / partida 2

- Debates 7

- Programas completos ou parte deles 9

- Entrevistas Coletivas 8 1

- Outro. Qual?

Apresentação

Incrustados 86 7

Como imagem linkada

Áudio com ícone 5 5

Programa completo 5

Como link de texto „

Page 45: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

44

Estrutura

Som ambiente e trilha : áudio slide show e

infográfia de base sonora

Sim Sim

Conta com trabalho de pós-produção/edição Não Não

Break(comercial) durante os áudios Não Não

Som (indicar predomínio ou presença)

Matéria bruta (sem edição) Não Não

Realiza sonorizações em estúdio Sim Não

Explora ambientação do fato Ás vezes As vezes

Utiliza trilhas Não Não

Explora silêncio Não Não

Fonte de informação

Documental 10 0

Sonora 81 7

Page 46: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

45

ANEXO 01

Home page da Rádio Gaúcha

Page 47: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

46

Anexo 02

Home page da Rádio Guaíba

Page 48: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

47

ANEXO 03

Home page da Gaúcha – 25 de abril

Page 49: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

48

Anexo 04

Home page da Gaúcha – 26 de abril

Page 50: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

49

ANEXO 05

Home page da Gaúcha – 27 de abril

Page 51: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

50

ANEXO 06

Home page da Gaúcha – 28 de abril

Page 52: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

51

ANEXO 07

Home page da Gaúcha – 29 de abril

Page 53: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

52

ANEXO 08

Home page da Guaíba – 2 de maio

Page 54: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

53

ANEXO 09

Home page da Guaíba – 3 de maio

Page 55: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

54

ANEXO 10

Home page da Guaíba – 4 de maio

Page 56: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

55

ANEXO 11

Home page da Guaíba – 5 de maio

Page 57: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

56

ANEXO 12

Home page da Guaíba – 6 de maio

Page 58: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

57

ANEXO 13

Áudio disponível na Gaúcha

Page 59: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

58

ANEXO 14

Áudio disponível na Gaúcha

Page 60: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

59

ANEXO 15

Matéria com áudio disponível na Guaíba

Page 61: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

60

ANEXO 16

Áudio disponível Guaíba

Page 62: O USO DE ÁUDIO NA PÁGINA INICIAL DAS EMISSORAS GAÚCHA …decom.ufsm.br/tcc/files/2011/09/TCC-ricardo.pdf · 1 O uso de áudio na página inicial das emissoras Gaúcha AM e Guaíba

61

ANEXO 17

DVD com os áudios captados da antena