O Viscu observa o futuro e, após profunda desilusão ... · semana de recepção aos ingressantes,...

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O Viscu observa o futuro e, após profunda desilusão, enxerga ruína Havia quem dissesse que, com o longo período de férias e a irrupção de um calor infernal entre as terras FEAnas, O Viscu de Caironde seria esquecido, deixado às moscas e à mesmice, ao abandono e ao total esmaecimento. Havia quem dissesse que, tendo-se em vista a pequenez numérica (e unicamente numérica) de nossa redação, a atual (e repetida) gestão do Centro Acadêmico Visconde de Cairu não teria dificuldades em sufocar a única publicação confiável da FEA, a do paladino do amanhã. E havia também quem dissesse a verdade, que o jornal/panfleto que o sábio leitor tem em mãos sobreviveria a um réveillon, além, é claro, de não sucumbir à conspiração invisível, inaudível e completamente imperceptível comandada pelo CAVC e seus asseclas. Mesmo assim, ainda que a transição para 2014 tenha sido árdua, em termos reais o ano é sempre o mesmo: começa com uma suposta “recepção” dos ingressantes e acaba com um grupo que pratica a repetida política de portas fechadas e votos restritos (agora “tetracampeão”) chegando à almejada diretoria do CAVC, órgão máximo supremo já presidido pelo amigo de todos Antônio Delfim Netto. Um ano em que um novo reitor terá todas as possibilidades para dialogar com o mundo (e de nenhuma delas usufruirá) e em que parte da estudantada institucionalizada ignorará o presente violento e opressivo para lutar pela Revolução manifestada em mais caixas para abastecimento do cartão do bandejão. Dois mil e quatorze, assim, não seria apenas mais um ano em nossas miseráveis e estraçalhadas existências, mas sim, como seria ouvido por entre as poéticas paredes de gesso pintado da FEA, “o próprio tempo”. Tempo esse que, no entanto, ainda nos guarda algumas surpresas, pequenos tesouros e grandes montes de lixo por entre os muros do labirinto que é a própria vida. Nele estão escondidas, por exemplo, a expropriação de Marina Silva sem indenização, a destituição de Delfim Netto do panteão, abolição da PM e a conquista total das terras de Guerreiro pela juventude FEAna. Em relação a essa última, contudo, é necessário explicitar a participação essencial do Viscu no processo: graças a sua posição de última reserva legal-moral-racional-material no meio econômico- administrativo-contábil-atuarial, torna-se evidente o protagonismo a ser tomado pelo paladino do amanhã. Será apenas com sua (nossa) presença no verdadeiro processo emancipatório que não apenas esta parcela da juventude uspiana como também toda a Humanidade se verá puramente livre de toda opressão, subjugação, repressão e culto a inimigos do direitos humanos. Se, como afirmam por aí as empresas de consultoria em seus relatórios de final de ano, “só a luta muda a vida”, devemos nos lembrar também que só o Viscu muda a luta. E, não deixando de lado nossa humilde posição, convidamos todos (inclusive você) a se juntarem a nós em nossa Grande Marcha, quando, enfim, sairemos de nossa confortável posição de críticos, denunciantes e irrepreensíveis para de uma vez por todas tomarmos as rédeas da História. A partida será dia 1º e, ao longo de dois anos e meio, visitaremos todas as sedes da Copa, rombos do metrô e o Palácio do Bandeirantes. Refeições não inclusas. Juntem-se a nós! Falem conosco! Escrevam ao Viscu! A redação O Viscu de Caironde mora na filosofia. fb.com/oviscu

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O Viscu observa o futuro e, após profundadesilusão, enxerga ruínaHavia quem dissesse que, com o longo período deférias e a irrupção de um calor infernal entre asterras FEAnas, O Viscu de Caironde seriaesquecido, deixado às moscas e à mesmice, aoabandono e ao total esmaecimento. Havia quemdissesse que, tendo-se em vista a pequeneznumérica (e unicamente numérica) de nossaredação, a atual (e repetida) gestão do CentroAcadêmico Visconde de Cairu não teriadificuldades em sufocar a única publicaçãoconfiável da FEA, a do paladino do amanhã. Ehavia também quem dissesse a verdade, que ojornal/panfleto que o sábio leitor tem em mãossobreviveria a um réveillon, além, é claro, de nãosucumbir à conspiração invisível, inaudível ecompletamente imperceptível comandada peloCAVC e seus asseclas.

Mesmo assim, ainda que a transição para 2014tenha sido árdua, em termos reais o ano é sempreo mesmo: começa com uma suposta “recepção” dosingressantes e acaba com um grupo que pratica arepetida política de portas fechadas e votosrestritos (agora “tetracampeão”) chegando àalmejada diretoria do CAVC, órgão máximosupremo já presidido pelo amigo de todos AntônioDelfim Netto. Um ano em que um novo reitor terátodas as possibilidades para dialogar com o mundo(e de nenhuma delas usufruirá) e em que parte daestudantada institucionalizada ignorará opresente violento e opressivo para lutar pelaRevolução manifestada em mais caixas paraabastecimento do cartão do bandejão. Dois mil equatorze, assim, não seria apenas mais um ano emnossas miseráveis e estraçalhadas existências,mas sim, como seria ouvido por entre as poéticasparedes de gesso pintado da FEA, “o própriotempo”.

Tempo esse que, no entanto, ainda nos guardaalgumas surpresas, pequenos tesouros e grandesmontes de lixo por entre os muros do labirinto queé a própria vida. Nele estão escondidas, porexemplo, a expropriação de Marina Silva semindenização, a destituição de Delfim Netto dopanteão, abolição da PM e a conquista total dasterras de Guerreiro pela juventude FEAna. Emrelação a essa última, contudo, é necessárioexplicitar a participação essencial do Viscu noprocesso: graças a sua posição de última reservalegal-moral-racional-material no meio econômico-administrativo-contábil-atuarial, torna-se evidenteo protagonismo a ser tomado pelo paladino doamanhã. Será apenas com sua (nossa) presença noverdadeiro processo emancipatório que não apenasesta parcela da juventude uspiana como tambémtoda a Humanidade se verá puramente livre detoda opressão, subjugação, repressão e culto ainimigos do direitos humanos. Se, como afirmampor aí as empresas de consultoria em seusrelatórios de final de ano, “só a luta muda a vida”,devemos nos lembrar também que só o Viscu mudaa luta.

E, não deixando de lado nossa humilde posição,convidamos todos (inclusive você) a se juntarem anós em nossa Grande Marcha, quando, enfim,sairemos de nossa confortável posição de críticos,denunciantes e irrepreensíveis para de uma vezpor todas tomarmos as rédeas da História. Apartida será dia 1º e, ao longo de dois anos e meio,visitaremos todas as sedes da Copa, rombos dometrô e o Palácio do Bandeirantes. Refeições nãoinclusas.

Juntem-se a nós!Falem conosco!Escrevam ao Viscu!

A redação

O Viscu de Caironde mora na filosofia.fb.com/oviscu

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Já dizia o Senhor: “de canhotos e destros é feito omundo” (quanto aos ambidestros, manetas,minorias das minorias, tanto faz). Ultimamente,entretanto, os canhotos têm insistido em aparecerdemais, precisam ter a atenção chamada. Com issoem vista, bixarada, o Comando de Caça aosCanhotos da FEA ressucita a velha sigla nosentido de proteger nosso sagrado ambiente doshábitos insidiosos e nefastos perpetrados por “essetipo de gente”. A briga é ferrenha, sim, mas vocês,queridos, não estarão sós nessa tão necessária lutaque, felizmente, é perpetuada.Assim, para promover o mais eficaz combate àcanhotagem indiscrimida (enfim, para colocá-lanos eixos), apontamos a seguir algumas das maissignificativas e eficazes medidas apresentadas nopresente ano e tomadas contra o grupo emquestão:

Ironias sobre grupo dos canhotos naapresentação das entidades aos bixos da manhã;

Risos na apresentação dos invertidos aosbixos no dia da matrícula;

Insinuações que alguns destros nossosestavam bandeando para os encontros deles;

E, por último, mas não menos importante, oenvio, no dia em que se discutia se os canhoteirosteriam ou não espaço para apresentação(inadequada, obviamente) no dia da matrícula, daseguinte frase: “Eu seria contra uma sala namatrícula. Comparem o objetivo de vcs [entidadedos canhotos] com o do (sic) Pesc, FEA Social, pet,samba de escola, atlética, fea jr., cavc, aiesec.”

Evidentemente, para o CCC-FEA, acolher,integrar e defender alunos canhotos e seusinteresses não é importante o suficiente para

apoiarmos a obtenção de uma sala no glorioso diada matrícula (um espaço dividido em uma sala, nocaso) frente às tão queridas entidades e seus muitomais relevantes objetivos. Como desejamos, aogrupo de canhotos restou apenas a saída semiluminação razoável do corredor G, além,infelizmente, da espalhafatosa bandeira solitáriadeles presa na parede. Sorte nossa, uma vez que,mesmo com o apoio de alguns membros do CAVC,não houve esforços o suficente para ajudá-los: oauto-interesse das entidades formais naconcorrência por espaço suplantou quaisquertentativas dos partidários da ditadura canhota,sinistra, esquerdina.

E agora é a vez de vocês, bixos, tomaremfinalmente as rédeas destras na nova condução denossa história. Não arrefeçamos nossa defesa paraque nosso direito à liberdade de escrever com amão que queremos não nos seja negado. Todossabemos que escolher com uma determinada mãoou com as duas é questão de escolha, não deorientação. Precisamos de vocês, bixarada, parareafirmar nossa direito à destreza sagrada emtodos os momentos possíveis: no Teatro dos Bixos eem cantos contra as outras equipes esportivas,entre outras inúmeras situações em quepoderemos humilhar nossos concorrentes com asimples menção à mão (esquerda) que usam nodia-a-dia. Afinal, sempre é bom reafirmarmosnossa mão boa, a mão que escolhemos e que nosgarante a liberdade de estarmos vivos.Orgulhamo-nos de nossa mão, a direita, aquelaque, inequivocamente, nos transforma de meninosem homens. V.B. – canhoto

& A.K.A.

Pelo direito à destreza

O Viscu de Caironde decretou o fim da "Longa vida da Lady Say"!fb.com/oviscu

Rolezinho, Eldorado e CAVC – o manual prático para permanecer sobre o muroJá se passou pouco mais de um mês desde que ogrande (quantitativamente, apenas) noticiárioabandonou a pauta dos rolezinhos, deixando delado sua tarefa significativas de elucidar o“fenômeno”, compreendê-lo e, comotradicionalmente tem feito, exigir o extermínio damassa que perturba a ordem nacional. E já fazmais de cinco semanas desde que o CentroAcadêmico Visconde de Cairu (supostamente aentidade que represente o corpo discente da FEA),em parceria com a AAAVC, publicou uma notaúnica em que comparava os acontecimentos emquestão com o evento anualmente realizado nasemana de recepção aos ingressantes, quando osúltimos são levados ao shopping center Eldorado e,uma vez lá, cantam maravilhosos hinos que

atacam, principalmente, todas aquelas que nãotiveram condições de passar no vestibular da USP.O assunto, portanto, é velho, mas, tendo-se emvista a recente “semana do bixos” e a repetição daexcursão FEAna ao Eldorado na programação, nãopodemos deixar de nos perguntarmos, emprimeiro lugar, o porquê da mais profundacontinuidade de tal evento, especialmente seobservarmos a maneira como a nota publicadapelas entidades da FEA caracterizou os critériosde diferenciação no tratamento aos rolezeiros daperiferia: “socioeconômicos e racistas”. Por que oalto clero de nossos estudantes decidiu, semqualquer tipo de accountability, refazer tãoprazerosa atividade de maneira extremamentesemelhante à dos outros anos, sem politizá-la?

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O Viscu de Caironde também cortou seu orçamento.fb.com/oviscu

Recordar é viverNa publicação que o olhar leitor agora paira, não irásconhecer a versão oficial - a história dos vencedores -difundida pelo monopolizador midiático conhecido cáe acolá por “CAVC”. Afinal, se nem toda batalha podeser ganha, não há vencedor que sustente o que diráser a verdade verdadeira ad æternum. Aqui, por outrolado, se escuta “uma voz que propague a dúvida e aincerteza” (O Viscu nº 1, ano I), que não esconde suasfraquezas e limitações e admite sua pequenez peranteo adversário. Mas como diz o antigo ditado fenício,“não há rato que não assuste elefante”. Assim,invoquemos o passado para iluminarmos o presente etatearmos pelo nebuloso futuro. Ou, como diriam ossumérios: “elefantes nunca esquecem”.Comecemos pelo fato fundamental, o pecadooriginário: o dia da matrícula. Ali pela primeira vez seescuta o que muito se repetia no sertão de GracilianoRamos: “você é um bixo, Fabiano”. Introduzidos aopalácio FEAno e tocados como gado por entre oscorredores, os recém-chegados são recebidos pelapropaganda de um número sem fim de entidadesestudantis, ludibriando-os com a aparência de umadmirável mundo novo. Repletas de palavras dóceis econvidativas, encobrem a real face de sua organização– uma prisão burocrática-empresarial que,selecionando seus membros segundo a lógica daconcorrência, exclui estudantes na busca do capitalhumano mais apto. Eis a seleção natural do deus-mercado – glorificado a torto e a direito aqui nestasterras.Nesse ano de dois mil e treze, FHC deu as caras esuperlotou o auditório (para nos contar nada e maisum pouco) em uma aula magna digna de uma nota derodapé. Delfim Netto - nosso herói - não estevepresente, mas inaugurou sua biblioteca e deixou suaspalavras imortalizadas nas paredes FEAnas para oencanto das futuras gerações. Deste idílio passageiro,um espectro voltou a assombrar estas terras: oespectro das catracas. O arrastado projeto deimplantação de muralhas no espaço - acredite se

quiser - público (os cercamentos FEAnos, se preferir)foi votado no final de dois mil e doze e aprovado desdeentão. Assustados com as cifras do orçamento dereformas para a implantação das catracas - mais deum milhão de reais - a estudantada FEAna sentiu aferida aberta em seu espírito frugal e parcimonioso efoi à luta. De negociações pelo Centro Acadêmico aprotestos organizados pela organização (política?) "AFEA É Sua" (nossa?), de lados e estratégias que nãose conversavam, o resultado foi a suspensão portempo indeterminado do projeto e a reivindicação porparte do CAVC da bandeira da vitória.Enfim o final do ano se aproxima e chega com ele anecessidade imperiosa de elergermos uma (nem tão)nova gestão para o Centro Acadêmico Visconde deCairu. Munidos de panfletos e cartazes, rivalizando eexaltando suas diferenças, as duas chapasconcorrentes revelam em seu discurso que são apenasfaces iguais da mesma moeda. De um lado, a "A FEAÉ Sua" com promessas de um CA aberto,participativo e de aparente horizontalidade, masfundamentalmente presa a uma estruturaburocratizada e hierárquica; de outro, a vitoriosa"Síntese", a "continuidade que não é continuidademas é continuidade", herança de tudo-o-que-há-de-bom da gestão de dois mil e treze e base de tudo-o-que-há-de-melhor para a gestão de dois mil e catorze.Autointitulados de responsáveis e experientes,prometem uma gestão compreensiva, democrática,transparente, comunicativa, representativa e tantasoutras qualidades vazias perdidas no tempo. É dessedebate de teses sem antítese que nasce uma Sínteserecheada de pseudo-hegelianismo. Contudo, overdadeiro embate dialético está aqui em suas mãos.E até a superação do atual modelo Visconde paraenfim assumir o final modelo Viscu, o convite estáposto: junte-se a nós. Estamos todos no mesmo barco.E ele afunda.

M.G.D.X.

E mais: por que não aproveitou o momento de realtransformação social para unir todos os filhos deGuerreiro e, de uma vez por todas, destruir todosos centros de compras, espaços murados, fechados,exclusivos e sem iluminação natural, lugares semvida e sem viço? Enfim, por que não desfrutou domomento para acabar, como provavelmente diriaPablo Capilé, com a sociedade do hipercomparti-lhamento baseado nas potencialidades tetraplana-das do pós-rancor germecomunicacional cubocard?

As respostas às perguntas acima colocadas certa-mente jamais serão dadas. Restam-nos, por conse-guinte, a dúvida, a contemplação e o paladino doamanhã, a única entidade da Faculdade de Econo-mia, Administração, Contabilidade e Atuária quedesce do muro: é aquela que tem pujança neces-sária para corroer por dentro a nova ordemmundial, derrubá-la e ainda possuir o desprazerde chupar seus ossinhos, seguindo, à risca, nossoprograma.

A.K.A.

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E grita O Viscu de Caironde: "Cheira, Zago!"fb.com/oviscu

Denúncia de trabalho escravo coloca FEA Jr.em situação delicada com seus investidoresEncontrados em celas nos subterrâneos do FEA­5,um grupo de jovens acorrentados vestindo camisase gravatas foi socorrido pelo corpo de bombeiros,alertados por uma denúncia de procedênciaanônima. Após o resgate, a perícia realizadaconstatou que as paredes estavam riscadas compalavras tais como “empreendedorismo”,“liderança” e “inovação” e restos de alimentos fast-food foram encontrados jogados. Questionado peloMinistério do Trabalho, o setor de RH da empresajunior apenas afirmou que os jovens estariamparticipando de uma competição de resolução decasos e a ambientação seria essencial aotreinamento. Segundo um dos representantes da

entidade, que não quis se identificar, "odesenvolvimento do potencial criativo eempreendedor de cada um é mais eficienteconforme a dedicação e esforço pessoal. O máximoque podemos oferecer são as condições que melhorfazem aflorar as grandes ideias". Alguns indivíduosresgatados estavam com a comunicaçãocomprometida, incapazes de falar uma frasecompleta sem o uso de pelo menos três palavras eminglês, enquanto outros repetiam continuamente amáxima "o mercado financeiro não para, e você?".A Liga de Mercado Financeiro não quis comentar oocorrido.

M.G.D.X.

O paladino do amanhã tremulava ao vento, loquaz,quando foi agarrado por você, leitor. Provávelfeano, possível bixo, o leitor está imerso nas coisasdo mundo: médicos cubanos mensaleiros, quiçátucanos, talvez mineiros, estão, sim, sendoamarrados a postes, por isso é necessária suadoação! Enquanto isso em Kiev, capital daVenezuela, black blocs atacam membros do PussyRiot. Caracas! "Não vai ter Copa!", gritam eles, aoque a outra metade responde: "Só presunto!" Atorrente de notícias de tão ininterrupta é repetida.O noticiário virou novela. O que acontece hoje é oanúncio de amanhã. Ou seria o contrário? O jovemaprovado no meio disso tudo é um pró­ativo,munido de sua recém feita conta universitária eum busp que dá a volta na Terra, ele sonha emmudar o mundo. De cima do muro. Aqui, entre osmuros da nossa escola, o passado também serepete, mas nosso mecanismo é a fuvest. 2 fases, 4listas, 1 reescolha, tem até transferência. A cada

ano os formandos são repostos por calourosbanhados em tinta, nenês carecas que seconfundem fau a fora no dia do juízo inicial: amatrícula. A equipe do Viscu trascendeu e estavalá, vinda diretamente do seu futuro, calouro. Aquios pássaros já não gorjeiam tanto assim, aignorância deixou de ser nossa benção e nossosabiá ainda canta, mas mais baixo. Por isso, aquivão alguns avisos. Clarividentes economistas,eficientes administradores, sacros contadores earriscados atuários, não vamos fazer feio!Decoremos esses dados: o PIB do BC está em2,52%, o reitor não é mais o Rodas (se for pra gritaralguma coisa é "fora, Zago!") e nem todo mundo quedeu like no Fea Society é gay. Pensando melhor,nem todo gay deu like no Fea Society. Por hoje é só.Devolva o paladino do amanhã ao vento,favorecendo assim a reciclagem e o próximo leitor.Não queime depois de ler.

A.M.

Não Queime Depois de Ler

Com o objetivo de adequar as instalações aos mais recentes parâmetros delaboratórios de Economia, a Diretoria agora finaliza a construção de um aquáriono corredor A. Ali serão postos cerca de 45 m³ de água e duas dúzias de carpas.Consta que o espaço emulará uma lagoa na qual será reencenada a Tragédia dosComuns. Segundo a produção, Delfim Netto (figura) representará o papel do maispoderoso peixe civil durante a ditadura e, ao final, autografará AI-5s. A.K.A.

Nota rápida: a mais recente reforma na FEA