Objectiva Richard Wiseman 59segundos 1ocapitulo

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 TRADUÇÃO FÁTIMA ANDERSEN MUDE A SUA VIDA EM MENOS DE UM MINUTO SEGUNDOS Richard Wiseman

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TRAduÇÃoFÁTIMA AndeRsen

Mude A suA VIdA eM Menos de uM MInuTo

59 segundos

Richar Wima

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59 SEGUNDOSTítulo original: 59 seconds© Richard Wiseman 00

© desta edição:Editora Objectiva Estrada da Outurela, 874-084 CarnaxideTel.: 4 46 04/[email protected] www.objectiva.pt

.a edição: Fevereiro 00Depósito legal: 0 0/0ISBN: 78-8-67-08-6

Tradução: Fátima AndersenRevisão: Manuel Eugénio FernandesPaginação: Segundo CapítuloCapa: Iara Zeerino / Atelier 004Foto do autor: Antje M. Pohsegger

Impressão e acabamento

Rolo & Filhos II, S.A.

Distribuição:

SodilivrosTel. 8 [email protected]

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Introdução

Denúncia da auto-ajuda; a pergunta de Sophie

e a possibilidade de mudança rápida.

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Gostaria de melhorar um aspecto importante da sua  vida?

Porventura perder peso, encontrar o parceiro ideal,conseguir o emprego com que sonha ou, simplesmente,

ser mais eliz? Tente este simples exercício:

Feche os olhos e imagine o seu novo eu. Pensecomo teria um aspecto antástico naqueles  jeans demarca apertados, a sair com o Brad Pitt ou a Ange-lina Jolie, numa luxuosa cadeira de couro no topo da pirâmide empresarial ou a saborear uma piña colada

enquanto as mornas ondas do Caribe quebram suave-

mente contra os seus pés. A boa notícia é que este tipo de exercício é reco-

mendado há anos por alguma da indústria da auto-ajuda. A má notícia é que um grande corpo de investigaçãomostra agora que esses exercícios são, quando muito, inef-cazes e, na pior das hipóteses, prejudiciais.1 Embora pedirque se imagine no seu melhor o possa ajudar a sentir-semelhor, esse escapismo mental também pode ter o triste

eeito secundário de o deixar impreparado para as difcul-dades que o surpreendem no pedregoso caminho para osucesso, aumentando assim as probabilidades de esmo-recer ace às alhas. Fantasiar sobre o paraíso na terra écapaz de o azer sorrir mas é pouco provável que o ajude a transormar os seus sonhos em realidade.

Outra investigação sugere que o mesmo se aplica à maioria das técnicas de auto-ajuda mais populares que

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pretendem melhorar a sua vida. Tentar «icar eliz à orça», suprimindo pensamentos negativos, pode levar aspessoas a fcarem obcecadas com aquilo que justamente astorna inelizes. O brainstorming em grupo pode produzirmenos ideias e ideias menos originais do que quando aspessoas trabalham sozinhas. Dar socos numa almoada edesatar aos gritos pode aumentar em vez de diminuir osseus níveis de raiva e stress.

Depois há o abominável Yale Goal Study. Segundoalguns autores, em , uma equipa de investigadoresentrevistou fnalistas da universidade, perguntando-lhes setinham registado por escrito os objectivos específcos quequeriam atingir na vida. Vinte anos depois, os investigado-res oram à procura da mesma coorte e descobriram que por cento das pessoas que já possuíam objectivos espe-cífcos tantos anos antes tinham acumulado mais riqueza 

pessoal do que os outros 7 por cento dos seus colegas emconjunto. É uma bela história, muitas vezes citada noslivros e seminários de auto-ajuda para ilustrar o poder da deinição de objectivos. Há só um pequeno problema –tanto quanto se sabe, a experiência nunca se realizou. Em007, o escritor Lawrence Tabak da revista Fast Company tentou encontrar o estudo, contactando vários autores queo tinham citado, a secretária da Classe de e outros

investigadores que tinham tentado averiguar se o estudotinha mesmo existido.2 Ninguém conseguiu produzir qual-quer prova, o que ez com que Tabak concluísse que era quase certo que não passasse de um mito urbano. Duranteanos, os gurus da auto-ajuda estiveram todos contentes a descrever um estudo sem irem verifcar os actos.

Tanto o público como o mundo empresarial acei-taram os modernos mitos durante anos e, ao azê-lo,

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INTRODUÇÃO

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podem ter diminuído a probabilidade de alcançarem osseus objectivos e ambições. Pior ainda, essa alha enco-raja muitas vezes as pessoas a acreditar que não conse-guem controlar as suas vidas. O que é especialmentelamentável, pois a mínima percepção de perda de con-trolo pode ter eeitos desastrosos na confança, elici-dade e duração da vida das pessoas. Num clássico estudode Ellen Langer da Universidade de Harvard, metade

dos residentes de um lar recebeu uma planta e oi-lhepedido que cuidasse dela, enquanto à outra metade oientregue uma planta idêntica, mas oi-lhe dito que opessoal se responsabilizaria por ela.3 Seis meses maistarde, os residentes que tinham sido privados até dessa pequena parcela de controlo sobre a vida estavam signi-fcativamente menos elizes, saudáveis, activos do que osoutros. Ainda mais desolador, 0 por cento dos que não

tinham podido tomar conta da planta tinham morrido,comparados com por cento dos que tinham exercidoesse controlo. Verifcaram-se resultados semelhantes emmuitas áreas, incluindo educação, carreira, saúde, rela-cionamentos e dietas. A mensagem é clara – quem nãose sente em controlo da sua vida é menos bem sucedidoe menos saudável, do ponto de vista psicológico e ísico,do que quem se sente em controlo.

Há uns anos, eu estava a almoçar com uma amiga chamada Sophie. Sophie é uma mulher inteligente, bemsucedida, de trinta e poucos anos, que tem uma posiçãode chefa numa frma de consultoria de gestão. Ao almoço,Sophie explicou que comprara recentemente um aamadolivro sobre como aumentar a elicidade, e perguntou-meo que eu achava dessa indústria. Expliquei que tinha sérias reservas sobre o suporte científco de algumas das

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técnicas em causa, e descrevi como a menor incapacidadede mudar podia causar um considerável dano psicológico.Sophie pareceu preocupada e depois perguntou se a psi-cologia académica tinha produzido mais ormas cienti-fcamente comprovadas de melhorar a vida das pessoas.Comecei a descrever algum do bastante complexo traba-lho académico sobre a elicidade e, ao fm de uns minu-tos, Sophie interrompeu-me. Explicou educadamente que,

por muito interessante que aquilo osse, ela era uma pes-soa ocupada, e perguntou se eu conseguia dar um conse-lho prático que não levasse tanto tempo a implementar.Perguntei de quanto tempo dispunha. Sophie olhou para o relógio, sorriu e replicou «Um minuto?»

O comentário de Sophie ez-me parar e pensar. Mui-tas pessoas são atraídas para o auto-desenvolvimento eapereiçoamento porque lhes oerecem soluções rápidas

e áceis para os diversos problemas da vida. Inelizmente,a maior parte da psicologia académica, ou não conseguelidar com esses problemas, ou dá respostas muito maismorosas e complexas (daí a cena do ilme Sleeper de

 Woody Allen em que o personagem de Allen descobre queacordou a 00 anos no uturo, suspira e explica que, seestivesse estado esse tempo todo em terapia, estaria quasecurado). Perguntei-me se haveria inormações e técnicas

escondidas das revistas académicas que tivessem compro- vação empírica mas ossem rápidas de levar a cabo.

Durante alguns meses pesquisei cuidadosamenteinfndáveis revistas com artigos de investigação de muitasáreas dierentes da Psicologia. À medida que examinava otrabalho, surgia um padrão promissor, com investigado-res que trabalhavam em áreas muito dierentes e desen-

 volviam técnicas que ajudavam as pessoas a alcançarem

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INTRODUÇÃO

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os seus objectivos e ambições em minutos, e não meses.Reuni centenas de estudos oriundos de muitas áreas dasciências do comportamento. Do humor à memória, da persuasão à procrastinação, da resiliência aos relaciona-mentos, no seu conjunto representam uma nova ciência da mudança rápida.

Há uma história muito velha, que se conta às vezespara preencher tempo nos cursos de ormação, de um

homem que tentava consertar a caldeira avariada. Ape-sar de grandes esorços, durante muitos meses não conse-guiu, pura e simplesmente, repará -la. Acaba por desistir edecide chamar um técnico. O engenheiro chega, dá uma pancadinha no lado da caldeira e recua enquanto ela 

 volta à vida. O engenheiro apresenta a conta e o homemargumenta que só deve pagar uma racção porque o tra-balho levou apenas uns minutos. O engenheiro responde

calmamente que não está a pagar o tempo que levou a ligar a caldeira mas, antes, os anos de experiência neces-sários para saber exactamente onde bater. Tal como oengenheiro especializado, as técnicas descritas nestelivro demonstram que a mudança eectiva não tem deser demorada. Pode mesmo levar menos de um minutoe é muitas vezes simplesmente questão de saber exacta-mente onde bater ao de leve.

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