Objetivos Ateliê Escola abre portas a ex-infrator ... · profissionalizantes e atividades...

2
06/08/13 Correio Escola Multimidia portal.rac.com.br/institucionais/cidadao-rac/2012/12/19/150243/atelie-escola-abre-portas-a-ex-infrator 1/2 home | fale conosco Projeto Institucional Você está aqui: Home > projetos rac > Ateliê Escola abre portas a ex-infrator Apresentação de funk com Kesley Henrique de Oliveira, o MC Kesley, e Alexandrinha Roberta de Sousa, MC Mano Feu, na sede do projeto, que envolve 80 adolescentes em atividades socieducativas: novos rumos (Foto: Rodrigo Zanotto/Especial para AAN) Tags Cidadão Rac ateliê escola Fundação Casa Texto E-mail Imprimir Comente Parece que o som vem lá do porão. A gente se mete escada abaixo e dá de cara com um salão amplo, iluminado, espaço de lazer dos antigos moradores da casa. Hoje, ali ao redor da churrasqueira, se espalham instrumentos musicais, produtos artesanais, painéis de grafitagem, telas de pintura, mesas para atividades manuais. E, no meio do cenário, estão moços e moças, conversando, trabalhando. O Ateliê Escola é um programa que, desde o começo do ano passado, promove atividades artísticas e culturais com 80 adolescentes, todos egressos do sistema público de medidas socioeducativas. Aquela rapaziada, em um período triste da vida, se envolveu com crimes. Todo mundo foi parar em unidades da Fundação Casa. Quando saíram, foi no ateliê que encontraram incentivo para recomeçar a vida e apagar de vez as trapalhadas do passado. E a assistência não se limita aos ex-infratores. Se estende às famílias dos jovens. Se busca, de alguma forma, levar ações socioeducativas para dentro dos lares. O projeto, na verdade, nasceu há cinco anos dentro do Centro de Educação e Assessoria Popular (Cedap), uma organização não governamental (ONG) de 25 anos, fundada em Campinas por um grupo de lideranças sindicais e educadores populares. A pintura, a música e o artesanato, por exemplo, eram atividades levadas por monitores às casas de recolhimento do Estado. Deu tão certo que a própria rapaziada, no final da pena, sugeriu que as atividades continuassem do lado de fora. No final de 2010, os diretores da entidade inscreveram o Projeto Ateliê Escola em um programa de incentivo à cidadania patrocinado pela Petrobras. A proposta campineira foi aprovada, e a estatal liberou ao grupo um patrocínio de R$ 1,26 milhão. O dinheiro foi importantíssimo, desde então, para a manutenção do programa. Além das oficinas artísticas, o recurso ainda bancou cursos profissionalizantes e atividades complementares à educação formal. E com um detalhe importante: a própria verba permitiu que cada adolescente assistido, ao longo do período, recebesse um auxílio em dinheiro de R$ 120,00 mensais. Um pagamento modesto, mas imprescindível para quem sai dos centros de atendimento sem emprego e sem escola. A psicóloga Carolina Garcia Signore, há dez anos contratada pelo Cedap, admite que o patrocínio da Petrobras deu um novo gás para a entidade. Ela é a atual coordenadora do Ateliê Escola e passa o dia cercada pelos adolescentes participantes. “Conseguimos montar uma rede de assistência social que acolheu o ex-menor infrator, prestou serviço de excelência”, orgulha-se. O grupo foi formado por educadores sociais, pedagogos, arte-educadores e assessores técnicos. Foram 30 profissionais contratados para trabalhar só na sede alugada da Vila Itapura. Bazar No último dia 30, os formandos participaram de uma festa de encerramento da temporada 2012. Os objetos decorativos e quadros foram apresentados em um bazar. A coordenadora Carolina sonha com a renovação do contrato com a estatal e com a vinda de benefícios para mais um ano de Cidadão RAC Adolescente que deixaram a Fundação Casa aprendem música, grafitagem e artes manuais 19/12/2012 - 08h05 . Rogério Verzignasse DA AGÊNCIA ANHANGUERA Tweet Tweet 0 0 Capa Esporte Entretenimento Tv Correio Blogs Projetos Correio Colunistas Especiais Campinas e RMC Nacional Mundo O que é Objetivos Critérios Grupo RAC Recomendar 0

Transcript of Objetivos Ateliê Escola abre portas a ex-infrator ... · profissionalizantes e atividades...

06/08/13 Correio Escola Multimidia

portal.rac.com.br/institucionais/cidadao-rac/2012/12/19/150243/atelie-escola-abre-portas-a-ex-infrator 1/2

home | fale conosco

Projeto

Institucional

Você está aqui: Home > projetos rac >

Ateliê Escola abre portas a ex-infrator

Apresentação de funk com Kesley Henrique

de Oliveira, o MC Kesley, e Alexandrinha

Roberta de Sousa, MC Mano Feu, na sede

do projeto, que envolve 80 adolescentes em

atividades socieducativas: novos rumos

(Foto: Rodrigo Zanotto/Especial para AAN)

Tags

Cidadão Racate l iê es cola

Fundação Cas a

Texto

E-mail

Imprimir

Comente

Parece que o som vem lá do porão. A gente se mete escada abaixo e dá de cara com um salãoamplo, iluminado, espaço de lazer dosantigos moradores da casa. Hoje, aliao redor da churrasqueira, seespalham instrumentos musicais,produtos artesanais, painéis degrafitagem, telas de pintura, mesaspara atividades manuais. E, no meiodo cenário, estão moços e moças,conversando, trabalhando. O AteliêEscola é um programa que, desde ocomeço do ano passado, promoveatividades artísticas e culturais com 80adolescentes, todos egressos dosistema público de medidassocioeducativas.

Aquela rapaziada, em um período triste da vida, se envolveu com crimes.Todo mundo foi parar em unidades da Fundação Casa. Quando saíram, foino ateliê que encontraram incentivo para recomeçar a vida e apagar de vez as trapalhadas dopassado. E a assistência não se limita aos ex-infratores. Se estende às famílias dos jovens. Sebusca, de alguma forma, levar ações socioeducativas para dentro dos lares.

O projeto, na verdade, nasceu há cinco anos dentro do Centro de Educação e Assessoria Popular(Cedap), uma organização não governamental (ONG) de 25 anos, fundada em Campinas por umgrupo de lideranças sindicais e educadores populares. A pintura, a música e o artesanato, porexemplo, eram atividades levadas por monitores às casas de recolhimento do Estado. Deu tão certoque a própria rapaziada, no final da pena, sugeriu que as atividades continuassem do lado de fora.

No final de 2010, os diretores da entidade inscreveram o Projeto Ateliê Escola em um programa deincentivo à cidadania patrocinado pela Petrobras. A proposta campineira foi aprovada, e a estatalliberou ao grupo um patrocínio de R$ 1,26 milhão. O dinheiro foi importantíssimo, desde então, paraa manutenção do programa. Além das oficinas artísticas, o recurso ainda bancou cursosprofissionalizantes e atividades complementares à educação formal.

E com um detalhe importante: a própria verba permitiu que cada adolescente assistido, ao longo doperíodo, recebesse um auxílio em dinheiro de R$ 120,00 mensais. Um pagamento modesto, masimprescindível para quem sai dos centros de atendimento sem emprego e sem escola.

A psicóloga Carolina Garcia Signore, há dez anos contratada pelo Cedap, admite que o patrocínioda Petrobras deu um novo gás para a entidade. Ela é a atual coordenadora do Ateliê Escola e passao dia cercada pelos adolescentes participantes. “Conseguimos montar uma rede de assistênciasocial que acolheu o ex-menor infrator, prestou serviço de excelência”, orgulha-se. O grupo foiformado por educadores sociais, pedagogos, arte-educadores e assessores técnicos. Foram 30profissionais contratados para trabalhar só na sede alugada da Vila Itapura.

Bazar No último dia 30, os formandos participaram de uma festa de encerramento da temporada 2012. Osobjetos decorativos e quadros foram apresentados em um bazar. A coordenadora Carolina sonhacom a renovação do contrato com a estatal e com a vinda de benefícios para mais um ano de

Cidadão RAC

Adolescente que deixaram a Fundação

Casa aprendem música, grafitagem e

artes manuais

19/12/2012 - 08h05 .

Rogério Verzignasse DA AGÊNCIA ANHANGUERA

TweetTweet 0 0

Capa Esporte Entretenimento Tv Correio Blogs Projetos Correio Colunistas Especiais

Campinas e RMC Nacional Mundo

O que éObjetivosCritérios

Grupo RAC

Recomendar 0

06/08/13 Correio Escola Multimidia

portal.rac.com.br/institucionais/cidadao-rac/2012/12/19/150243/atelie-escola-abre-portas-a-ex-infrator 2/2

Como Anunciar | Como Assinar | Fale Conosco | Termo de Uso | Expediente

atividades.

De fato, o Cedap precisa de parcerias. Todas as atividades assistenciais, inclusive as organizadasnos centros de recolhimento do Estado, consomem investimentos da ordem de R$ 3 milhõesanualmente. Só 30% dos custos são bancados com recursos públicos. O restante depende dacontribuição isolada de 42 associados e de patrocínios pontuais.

De acordo com a coordenadora geral do Cedap, Edith Bortolozo, a ONG se acostumou a fazermalabarismos para ter dinheiro em caixa: jantares, almoço, bazares, pizzadas. “É assim mesmo. Sedá um jeito. A gente não pode desanimar. Olhando o entusiasmo da rapaziada, temos certeza deque nosso trabalho é muito importante”, diz.

Paulo Henrique da Cunha de Jesus ao lado de grafites no CedapFotos:Rodrigo Zanotto/Especial para AAN