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Obtenção de fenótipos para estudos de resistência aos parasitas de bovinos Márcia Cristina de Sena Oliveira Pesquisadora da Embrapa Pecuária Sudeste

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Obtenção de fenótipos para

estudos de resistência aos

parasitas de bovinos

Márcia Cristina de Sena Oliveira

Pesquisadora da Embrapa Pecuária Sudeste

Por que selecionar para resistência

aos parasitas?

• Espoliação, transmissão de agentes de doença, danos ao

couro

• Resistência aos antiparasitários

• Contaminação do meio ambiente e dos produtos de

origem animal

• Possibilita a introdução de animais taurinos e cruzados

Resistência genética

•Existem diferenças na resistência aos parasitas: entre

e dentro de grupos genéticos

• A resistência genética é considerada uma alternativa

efetiva de controle

FENOTIPAGEM PARA RESISTÊNCIA

AOS CARRAPATOS

Importante :

1- Animais contemporâneos e do mesmo sexo

2- Animais não tratados ou tratados com acaricidas com período de

carência curto

3- Animais submetidos ao mesmo manejo sanitário

4-Animais submetidos ao mesmo manejo nutricional

5-Avaliações devem ser feitas pela manhã

FENOTIPAGEM PARA RESISTÊNCIA

AO CARRAPATO (Rhipicephalus

microplus)

Ciclo do carrapato :

>98% de mortalidade das larvas= alta resistência

95,1-98%= resistência moderada

90-95%=baixa resistência

<90%=sensível

Utech et al. (1978) Filo Artropoda

Classe Arachnida

Ordem Acarina

Família Ixodidae

FENOTIPAGEM PARA RESISTÊNCIA

AO CARRAPATO BOVINO

METODOLOGIAS PARA

FENOTIPAGEM

*Animais sob infestação natural 1-Contagens de fêmeas padrão presentes no corpo dos animais

2- Determinação de escores de infestação

3- Avalição de todos os instares do carrapato presentes em uma

área do corpo do animal por análise de raspado

*Contagens de fêmeas padrão em

animais submetidos a infestação

artificial

Contagens de fêmeas padrão em

bovinos sob infestação natural

F Contar todas as fêmeas com tamanho igual ou

maior que 4,0 mm presentes em um lado do corpo

dos animais (Wharton & Utech, 1970).

VANTAGENS:

Contagens podem ser feitas de forma rápida e com

grande exatidão por pessoas bem treinadas, usando

apenas a visão, o tato, um contador manual ou sistema de

captação de imagens (infravermelho).

Desvantagens:

Fatores climáticos influenciam as infestações

Contagens são mais facilmente feitas em animais de

pelos curtos e claros.

São necessários bons currais de contenção.

Estimativa da infestação natural por

meio de escores:

0- ausência de carrapatos

1-infestação baixa

2-infestação média

3-infestação alta

4-infestação muito alta

(Fraga et al., 2003) F

Vantagens do uso de escores:

1- Possibilita melhor avaliação do

nível de infestação.

2- Pode ser feito de forma rápida.

Desvantagens:

1- Apenas uma pessoa bem

treinada pode fazer todas as

avaliações.

avaliação de todos os instares de

carrapato presentes em uma área do

corpo dos animais (raspagem).

Vantagens do uso das raspagens:

1- Possibilita melhor avaliação do

nível de infestação.

2- Pode ser feito com muita calma

Desvantagens:

1- Técnica trabalhosa e demorada

2- Usa apenas uma região do corpo

dos animais

Infestações artificiais

Contagens de fêmeas padrão:

Dias 19-20-21-22 e 23 pós infestação

Pode-se fazer infestações sucessivas

com as respectivas contagens de

carrapatos.

Resultados: taxa de retorno= número

fêmeas padrão contadas em relação ao

número colocado em cada animal

1g= 20.000 ovos

FENOTIPAGEM PARA RESISTÊNCIA A

MOSCA-DOS-CHIFRES Filo Artropoda

Classe Insecta

Ordem Diptera

Família Muscidae

Ovos, L1, L2

e L3

Haematobia irritans

FENOTIPAGEM PARA RESISTÊNCIA A

MOSCA-DOS-CHIFRES

Metodologias

1-Contagens do número de moscas presentes no dorso dos

animais por visualização ou com auxílio de um contador

automático.

2- Contagens do número de moscas presentes no dorso dos

animais após fotografias digitais dos dorsos dos animais e

posterior contagem com auxílio de programa de computador.

FENOTIPAGEM PARA RESISTÊNCIA A

MOSCA-DOS-CHIFRES

Metodologias

* A medida que aumenta o número de moscas/animal, diminui a

precisão das contagens visuais

FENOTIPAGEM PARA RESISTÊNCIA

AO BERNE (LARVAS DE Dermatobia

hominis)

L1, L2 e L3

Filo Artropoda

Classe Insecta

Ordem Diptera

Família Cuterebridae

FENOTIPAGEM PARA RESISTÊNCIA

AO BERNE (LARVAS DE Dermatobia

hominis)

*Contagem de todas as larvas

presentes no corpo dos animais

FENOTIPAGEM PARA RESISTÊNCIA AOS

PARASITAS GASTRINTESTINAIS

Filo: Nemathelminthes

Classe: Nematoda

Ordem: Strongylida

Família: Trichostrongylidae

Nematódeos pequenos e frequentemente capilariformes, com os ciclos evolutivos bastante

semelhantes entre si, podendo ser dividido em fase de vida livre que ocorre no ambiente, e

parasitária, que acontece no interior do hospedeiro.

FENOTIPAGEM PARA RESISTÊNCIA AOS

PARASITAS GASTRINTESTINAIS

(estrongilídeos)

Abomaso

Intestino

delgado

Intestino

grosso

L1, L2

L3

Parasitas adultos

L4-L5

FENOTIPAGEM PARA RESISTÊNCIA AOS

PARASITAS GASTRINTESTINAIS

Contagem de ovos por grama de fezes: OPG

Colher fezes direto da ampola retal

56 ml de solução de cloreto de sódio saturada e

4 g de fezes. Misturar e coar

Colocar na Câmara de McMaster

FENOTIPAGEM PARA RESISTÊNCIA AOS

PARASITAS GASTRINTESTINAIS

Ler em microscópio óptico com aumento de 10X

Contar o número de ovos em cada câmara /2*100=OPG

FENOTIPAGEM PARA RESISTÊNCIA AOS

PARASITAS GASTRINTESTINAIS

Como determinar os gêneros dos estrongilídeos?

Análise morfológica de L3 (larva infectante)

Formas da região anterior, posterior e células intestinais das larvas infectantes de nematódeos

gastrintestinais comum em ruminantes: a. Strongyloides b. Trichostrongylus c. Cooperia d.

Haemonchus e. Oesopagostomum.

FENOTIPAGEM PARA RESISTÊNCIA AOS

PARASITAS GASTRINTESTINAIS

Determinação da porcentagem de cada gênero de

estrongilídeo, por análise morfológica de L3 (larva

infectante)

L3 dos nematódeos gastrintestinais recuperadas nas coproculturas (40x). A. Larva, região anterior e região posterior de

Strongyloides spp.; B. Larva, região anterior e região posterior de Oesophagostomum spp. (seta preta) e

Trichostrongylus spp. (seta cinza); C. Larva, região anterior e região posterior de Haemonchus spp.; D. Larva, região

anterior e região posterior de Cooperia spp.

FENOTIPAGEM PARA RESISTÊNCIA AOS

PARASITAS GASTRINTESTINAIS

Para cada amostra são contadas 100 larvas e os

resultados são expressos em termos da

porcentagem de cada gênero. O número de ovos

é calculado tendo como base o OPG.

FENOTIPAGEM PARA RESISTÊNCIA AOS

HEMOPARASITAS (Babesia bovis, Babesia

bigemina e Anaplasma marginale).

Exame direto de esfregaços de sangue

Diagnóstico por PCR e nested PCR

Eletroforese dos produtos de amplificação do

gene que codifica a proteína de roptria-1 de B.

bovis. Poços 2 e 3= PCR, 4,5,6 e 7= n-PCR, 8=

controle negativo da reação.

FENOTIPAGEM PARA RESISTÊNCIA AOS

HEMOPARASITAS

Figura 1. Especificidade dos primers mt-cyB de B. bovis (Cbosg 1 e 2), B. bigemina (Cbisg 1 e 2) e dos primers msp1de A.

marginale (AM 1 e 2). Os valores de temperatura da curva de dissociação para B. bovis, B. bigemina e A. marginale foram

77.5ºC, 76.0ºC e 83.0ºC. RFU= Unidade de fluorescência relativa.

FENOTIPAGEM PARA RESISTÊNCIA AOS

HEMOPARASITAS

Quantificação do DNA dos parasitas

Alguns resultados

publicados :

Dúvidas ?

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