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    ODONTOLOGIA BASEADA EM EVIDNCIAS: FLOR.

    Aline BarcellosAna Carla CamposMarcela NascimentoRachel Itaborahy

    Grupo PET/Odontologia UFJF.Tutora: Prof.. Dr. Rosngela Almeida Ribeiro

    Introduo

    Brasil: segundo maior sistema de fluoretao de guas deabastecimento pblico de todo o mundo

    Um dos maiores contingentes populacionais de consumidores dedentifrcios fluoretados

    Exposio a mltiplas formulaes de produtos fluorados.

    Preocupao com as consequncias: aumento da prevalncia defluorose dentria

    Adoo de prticas adequadas de vigilncia em sade.

    Flor: reduo da prevalncia da crie e da velocidade deprogresso de novas leses.

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    Mltiplas formas de exposio QUAL ESCOLHER?

    Os profissionais da sade podero, a partir do diagnsticoda sua realidade loco-regional, optar pelo mtodo ouassociao de mtodos a base de fluoretos mais adequados.(CURY; TENUTA, 2008)

    IMPORTNCIA DA ODONTOLOGIA BASEADA EM EVIDNCIAS

    Introduo

    O QUE ODONTOLOGIA BASEADA EM EVIDNCIAS?

    O sistema de ensino baseado em evidncias,tambm conhecido como PBL (Aprendizadobaseado em problemas), um mtodo deaprendizado centrado no aluno, tem o problemacomo elemento motivador do estudo e integradordo conhecimento. O estudante deixa de ser umelemento passivo, para passar a ser o principalgerador de conhecimento ao procurar ativamentea informao que necessita para resolver umdeterminado problema.

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    Abordagem para a tomada de deciso na rea desade na qual o clnico utiliza a melhor evidnciadisponvel, em sintonia com os anseios do paciente,para decidir qual a melhor alternativa de tratamentopara aquela pessoa.

    A evidncia para sustentar uma deciso clnica podeter diferentes nveis. Esse peso relativo existente sobreum assunto dado pela qualidade e quantidade depublicaes sobre ele.

    Os artigos podem variar de opinies pessoais eeditoriais a no topo da pirmide de evidncia revises sistemticas e metanlises, passando porensaios clnicos randomizados e outros desenhos de

    O QUE ODONTOLOGIA BASEADA EM EVIDNCIAS?

    http://superdentista.blogspot.com/2010/12/piramide-de-evidencias.html#axzz1WgAmmYdD

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    OBJETIVOS DO NOSSO ESTUDO

    Discutir as tendncias e controvrsias sobre o usodo flor, em suas diferentes formas deadministrao, como medida de preveno epromoo de sade bucal.

    Formas de administrao

    Flor Sistmico:

    - Ingesto de gua fluoretada ou alimentos preparados comgua fluoretada

    - Aumento transitrio da concentrao de F salivar

    - F ingerido absorvido e retorna cavidade bucal pelasecreo salivar

    - Parte do flor: incorporao nos ossos

    - Estado aparente de equilbrio da concentrao de Flor nosangue: equilbrio de flor renovvel nos ossos em relaoao sangue e depende da ingesto contnua de F.

    http://www.bemparana.com.br/maximosaude/wp-content/uploads/2010/01/beber-agua.jpg

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    Flor tpico:

    - Bochecho

    - Escovao dos dentes

    - Vernizes

    - Gs

    Aps certo tempo este F solvel na saliva eliminado da cavidadebucal, portanto, importante considerar qual o perodo do diaque reteria o flor por mais tempo. Assim, hipoteticamente o usode F antes de dormir deve ser aconselhado desde que o fluxosalivar durante o sono desprezvel.

    FONTE???????

    Formas de administrao

    http://1.bp.blogspot.com/_gEi360uTuyc/TAPCJ8Bo9BI/AAAAAAAAALU/UA2rZdJj94c/s1600/10.jpg

    MEIOS COLETIVOS DE USO DE FLOR

    gua de abastecimento pblico

    Elemento essencial da estratgia de promoo da sade:integrao da sade bucal s demais prticas de sadecoletiva.

    Fundamentao cientfica: compostos de flor, na formaslida ou soluo aquosa, podem ser adicionados s guas deabastecimento pblico, nas estaes de tratamento ou poosde captao, previamente ao seu envio rede de distribuioe, assim, agirem na preveno da crie dentria.

    Fluorsilicato de sdio e o cido fluorsilcico.

    OPAS e OMS: medida da mais alta prioridade parapreveno e controle da crie dentria

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    gua de abastecimento pblico

    Projeto SB Brasil (2002- 2003): crianas de 5 anos vivendo emmunicpios com gua fluoretada apresentaram um ndice CEODmdio de 2,52 comparados com um CEOD mdio de 3,57 das crianasresidentes em municpios sem a medida. Aos 12 anos de idade, adiferena no ndice CPOD se mantm a favor dos residentes emmunicpios beneficiados pela fluoretao quando comparados aos nobeneficiados: mdias de 2,27 e 3,38, respectivamente (BRASIL, 2004c).

    A fluoretao das guas de abastecimento beneficiaproporcionalmente mais aqueles que mais precisam dela, pois seuimpacto preventivo maior quanto maior a desigualdade social, tantoem dentes decduos quanto em dentes permanentes (RILEY et al., 1999; JONES;WORTHINGTON, 2000)

    Brasil: fluoretao de guas concentra-se nas regies e municpioscom melhores indicadores sociais (PERES et al., 2004, 2006).

    Valor Mximo Permitido VMP de fluoreto 1,5 ppm, ou seja,1,5 mg de fluoreto por litro de gua.

    Na maior parte do territrio brasileiro: o teor ideal de flor nagua 0,7 ppm ou 0,7 mg de flor por litro.

    Na maior parte da Regio Sul: teor ideal 0,8 ppm ou 0,8 mg deflor por litro.

    Populaes privadas do benefcio da fluoretao das guas apresentaram um valor 34,3% maior para o ndice CPOD (NARVAI et al., 2004)

    Constitui imperativo tico conhecer o teor de F normalmenteencontrado nas guas de um determinado manancial (teor natural deflor), antes de disponibiliz-las ao consumo humano (NARVAI; BIGHETTI, 2008)

    gua de abastecimento pblico

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    Dentifrcios

    Associa remoo de biofilme e aumento nos nveis de flor nacavidade bucal: interferncia no processo de des e remineralizao.

    Fluoreto de sdio (NaF) ou monofluorfosfato de sdio (MFP,Na2PO3F).

    Dentifrcios com baixa concentrao de fluoretos (500 ppm F): foiencontrada reduo da eficcia desses produtos na preveno decries, principalmente em crianas com atividade de crie (LIMA et al.,2008).

    Concentrao de flor adicionada aos dentifrcios (1.100 ou 1.500ppm): tem efeito sobre a prevalncia e gravidade da crie empopulaes.

    Seu uso indicado a toda populao- crianas menores de 9 anos:risco de ingesto

    Escovao Supervisionada

    Escovao dental supervisionada indireta: os profissionaisde sade envolvidos atuam no planejamento, superviso eavaliao das aes e, apenas indiretamente, na suaexecuo.

    Escovao dental supervisionada direta: os profissionais desade envolvidos atuam diretamente no planejamento,execuo e avaliao das aes

    http://www.munizfreire.es.gov.br/arquivos/fotos/288.jpg

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    Enxaguatrios

    Soluo concentrada de fluoreto de sdio, para serBochechada diria (NaF a 0,05%), semanal ouquinzenalmente (NaF a 0,2%).

    Revises sistemticas recentes indicam umareduo de crie na ordem de 23% a 30% (MARINHO etal., 2003a).

    Contraindicado em crianas em idade pr-escolar:risco de ingesto.

    Recomendaes bochechos semanais e dirios

    Gis

    Usado em aplicaes profissionais: ambiente restrito do consultrioou clnica odontolgica

    Reviso sistemtica da literatura indica 19% a 37% de reduo decrie quando do uso individual (MARINHO et al., 2003b).

    Gel de flor-fosfato acidulado (FFA) com concentrao de 1,23% defluoreto em cido ortofosfrico a 0,1 M durante quatro minutos.Recomendaes de no beber gua ou comer por at 30 minutosaps a aplicao

    Recomenda-se aplicao semestral ou quadrimestral (PINTO, 2001)

    No h risco de fluorose dentria: alta concentrao porm baixafrequncia

    Crianas: risco de ingesto

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    MEIOS INDIVIDUAIS DE USO DE FLOR

    Bochechos de NaF a 0,05%Indicados para pacientes com alto risco ou atividade de crie que no

    esto conseguindo controlar a crie com meios convencionais de uso de flor,por exemplo, aqueles usando aparelhos ortodnticos fixos.

    Suplementos para uso individual na gestao e infncia

    Por falta de evidncias cientficas, no hindicao de uso de suplementos de F pr-natal.Suplementos de F ps-natal tm indicaoindividual limitada, sendo contraindicados comomedidas de sade pblica/coletiva.

    http://3.bp.blogspot.com/_IFun9Nyrlqw/SwHXlo01SnI/AAAAAAAABOM/ay9WTnyz7Xw/s1600/gravidas.jpg

    Aderentes superfcie dentria: reagir com a superfcie dental emanter uma liberao de F para o ambiente bucal por um perodomaior de tempo

    Estudos controlados indicam 46% de reduo de cries- NaF a2,26% (23.000 ppm F) em verniz de colofneo em meio alcolico.(CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 2001)

    Duas aplicaes anuais para pacientes com atividade de crie oucom histria passada de alta experincia de crie.

    Programas de sade pblica/coletiva: de duas a quatro aplicaesanuais. necessria a limpeza prvia dos dentes, por meio daescovao, posterior secagem, isolamento relativo (CENTERS FOR DISEASECONTROL AND PREVENTION, 2001).

    Populaes em idade pr-escolar.

    No h risco de fluorose dentria na frequncia recomendada

    Vernizes

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    Materiais dentrios liberadores de flor

    Cimentos de Ionmero de vidro(CIV) e cimentos de ionmero de vidromodificados por resina(CIVMR).

    Utilizados como selantes de fssulas-fissuras, na colagem deaparelhos ortodnticos fixos e em ART

    Selantes: previnem no s a iniciao como progresso de crie(AZARPAZHOOH; MAIN, 2008; BEAUCHAMP et al., 2008; GRIFFIN et al., 2008).

    Liberao constante de F

    Menor reteno e qualidade esttica

    Indicados para indivduos de alto risco de crie e para aqueles queno usam regulamente dentifrcios fluoretados.

    Fluorose

    Prtica de sade pblica prudente: uso adequado econtrole do consumo excessivo de flor - minimizaressa condio, especialmen