OE1080

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da A+ à G Existem 9 classes de eficiência Sabe quanta energia gasta a casa? O sector dos edifícios é responsável pelo con- sumo de aproximadamente 40% da energia final na Europa. Porém, mais de 50% deste consumo pode ser reduzido através de me- didas eficiência energética, o que pode re- presentar uma redução anual de 400 milhões de toneladas de CO2 – quase a totalidade do compromisso da UE no âmbito do Protocolo de Quioto. Para fazer face a esta situação, os Esta- dos-Membros têm vindo a fomentar várias medidas com vista a promover a melhoria do desempenho energético e das condições de conforto dos edifícios. É neste contexto que surge a diretiva nº 2002/91/CE, do Parla- mento Europeu e do Conselho, de 16 de De- zembro, relativa ao desempenho energético dos edifícios. Em Portugal, a ADENE- Agência de Energia - é a entidade gestora do Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios. De acordo com a diretiva, a certificação energética deve permitir aos futuros utentes obter informação sobre os consumos nomi- nais de energia dos edifícios ou frações au- tónomas, passando o critério dos custos energéticos, durante o funcionamento nor- mal do edifício, a integrar o conjunto dos de- mais aspetos importantes para a caracteri- zação do edifício. A etiqueta energética dos edifícios clas- sifica o desempenho energético em termos das necessidades de energia primária do mesmo. A etiqueta energética apresenta 9 classes de eficiência energética, sendo a classe A+ a mais eficiente e a classe G a me- nos eficiente. Na realidade, todos os edifícios construí- dos desde Julho de 2006 têm que apresentar uma classe energética igual ou superior a B- . A redução das necessidades energéticas entre classes consecutivas compreendidas entre B- e A+ é de 25% (um edifício classifi- cado com etiqueta A terá necessidades ener- géticas inferiores em pelo menos 25% com- parativamente com um edifício com a classificação B). Para as classes de eficiência energética compreendidas entre C e G a dife- rença é de 50%, isto é, uma fração autónoma com classificação D terá necessidades ener- géticas superiores em 50% superiores a uma fração com etiqueta energética classe C. Coletores solares obrigatórios O Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE) veio estabelecer requisitos de quali- dade térmica para os novos edifícios de ha- bitação e de pequenos serviços sem sistemas de climatização, nomeadamente ao nível das características da envolvente (paredes, envi- draçados, pavimentos e coberturas), limi- tando as perdas térmicas e controlando os ga- nhos solares excessivos. Este regulamento impõe limites aos con- sumos energéticos da habitação para clima- tização e produção de águas quentes, num claro incentivo à utilização de sistemas efi- cientes e de fontes energéticas com menor impacte em termos de consumo de energia primária. A nova legislação determina também a obrigatoriedade da instalação de coletores solares e valoriza a utilização de outras fon- tes de energia renovável na determinação do desempenho energético do edifício. Fontes: www.eco.edp.pt e www.adene.pt Etiqueta energética Ao escolher equipamentos energetica- mente mais eficientes, está a poupar energia e também o ambiente. No mer- cado, podemos encontrar variadíssi- mas opções de equipamentos. Para fazer a escolha mais acertada, consulte a respetiva etiqueta energética e opte por aqueles que apresentam menores consumos energéticos. A etiqueta energética permite comparar fácil e ra- pidamente a eficiência energética e o consumo dos eletrodomésticos da mesma categoria. A etiqueta energé- tica é obrigatória para as máquinas de lavar e/ou secar roupa, máquinas de lavar loiça, frigoríficos e combinados, fornos elétricos, aparelhos de ar con- dicionado, iluminação e televisores. A nova etiqueta energética, disponibili- zada em 2012, adiciona mais três clas- ses de eficiência (A+, A++ e A+++) e elimina as classes E, F e G à etiqueta anterior. No entanto, por algum tempo irão coexistir produtos com etiqueta nova e com etiqueta antiga. Para a mesma capacidade e características, um aparelho classificado como A+++ é considerado mais eficiente e econó- mico. pub

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da A+ à GExistem 9 classes de eficiência

Sabe quanta energia gasta a casa?Osectordosedifíciosé responsávelpelocon-sumo de aproximadamente 40% da energiafinal na Europa. Porém, mais de 50% desteconsumo pode ser reduzido através de me-didas eficiência energética, o que pode re-presentarumareduçãoanualde400milhõesde toneladasdeCO2–quasea totalidadedocompromisso da UE no âmbito do ProtocolodeQuioto.

Para fazer face a esta situação, os Esta-dos-Membros têm vindo a fomentar váriasmedidascomvistaapromoveramelhoriadodesempenho energético e das condições deconforto dos edifícios. É neste contexto quesurge a diretiva nº 2002/91/CE, do Parla-mento Europeu e do Conselho, de 16 de De-zembro, relativa ao desempenho energéticodos edifícios.

EmPortugal,aADENE-AgênciadeEnergia- éaentidadegestoradoSistemaNacionaldeCertificação Energética e daQualidadedoArInterior nos Edifícios.

De acordo com a diretiva, a certificaçãoenergética deve permitir aos futuros utentesobter informação sobre os consumos nomi-nais de energia dos edifícios ou frações au-tónomas, passando o critério dos custosenergéticos, durante o funcionamento nor-mal doedifício, a integrar o conjuntodosde-mais aspetos importantes para a caracteri-zação do edifício.

A etiqueta energética dos edifícios clas-sifica o desempenho energético em termosdas necessidades de energia primária domesmo. A etiqueta energética apresenta 9classes de eficiência energética, sendo aclasse A+ amais eficiente e a classe G ame-nos eficiente.

Na realidade, todososedifíciosconstruí-dosdesde Julhode2006 têmqueapresentar

uma classe energética igual ou superior a B-.

A reduçãodasnecessidadesenergéticasentre classes consecutivas compreendidasentre B- e A+ é de 25% (um edifício classifi-cadocometiquetaA teránecessidadesener-géticas inferiores em pelo menos 25% com-parativamente com um edifício com aclassificaçãoB). Paraasclassesdeeficiênciaenergética compreendidasentreCeGadife-rençaéde50%, istoé,uma fraçãoautónomacom classificação D terá necessidades ener-géticassuperioresem50%superioresaumafração com etiqueta energética classe C.

CCoolleettoorreess ssoollaarreess oobbrriiggaattóórriioossO Regulamento das Características de

Comportamento Térmico dos Edifícios(RCCTE) veio estabelecer requisitos de quali-dade térmica para os novos edifícios de ha-

bitação e de pequenos serviços sem sistemasde climatização, nomeadamente ao nível dascaracterísticas da envolvente (paredes, envi-draçados, pavimentos e coberturas), limi-tando as perdas térmicas e controlando os ga-nhos solares excessivos.

Este regulamento impõe limites aos con-sumos energéticos da habitação para clima-tização e produção de águas quentes, numclaro incentivo à utilização de sistemas efi-cientes e de fontes energéticas com menorimpacte em termos de consumo de energiaprimária.

A nova legislação determina também aobrigatoriedade da instalação de coletoressolares e valoriza a utilização de outras fon-tes de energia renovável na determinação dodesempenho energético do edifício.

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Etiqueta energética Ao escolher equipamentos energetica-mente mais eficientes, está a pouparenergia e também o ambiente. No mer-cado, podemos encontrar variadíssi-mas opções de equipamentos. Parafazer a escolha mais acertada, consultea respetiva etiqueta energética e optepor aqueles que apresentam menoresconsumos energéticos. A etiquetaenergética permite comparar fácil e ra-pidamente a eficiência energética e oconsumo dos eletrodomésticos damesma categoria. A etiqueta energé-tica é obrigatória para as máquinas delavar e/ou secar roupa, máquinas delavar loiça, frigoríficos e combinados,fornos elétricos, aparelhos de ar con-dicionado, iluminação e televisores. Anova etiqueta energética, disponibili-zada em 2012, adiciona mais três clas-ses de eficiência (A+, A++ e A+++) eelimina as classes E, F e G à etiquetaanterior. No entanto, por algum tempoirão coexistir produtos com etiquetanova e com etiqueta antiga. Para amesma capacidade e características,um aparelho classificado como A+++ éconsiderado mais eficiente e econó-mico.

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CClliimmaattiizzaaççããooseja inteligente

Maximize a entrada da luz solar

- As temperaturasconsideradas de confortopara uma casa variam en-tre os 18ºC, no Inverno, eos 25ºC, no Verão. Porcada grau adicional, con-sumimos entre 7% a 10%da energia necessáriapara aquecer toda a casa.

- Opte por um apare-lho de climatização(aquecimento ou arrefe-cimento) da classe de efi-ciência mais elevada.

- Aqueça apenas asáreas da casa que real-mente utiliza e feche asportas das salas e quar-tos que não estão a serutilizados.

- Quando o aqueci-mento está ligado, devemanter sempre as janelase portas fechadas.

- No Inverno, maxi-mize a entrada da luz so-lar, levantando estores eabrindo os cortinados. NoVerão, evite a entrada dosraios solares diretos du-rante o dia e facilite a ven-tilação natural de noite,abrindo as janelas em la-

dos opostos da casa.- Plante árvores que

forneçam sombra no Ve-rão. Uma árvore de folhacaduca permite obtersombra apenas nas esta-ções mais quentes.

- Prefira soluções queutilizem energias renová-veis, nomeadamente ascaldeiras a biomassa ouos coletores solares tér-micos, capazes de contri-buir com cerca de 70% daenergia necessária para oaquecimento de água.

- De manhã, ao acor-dar, para arejar o quartobastam 10 a 15 minutos.Não é necessário deixara janela aberta maistempo, evitando assimperdas de calor.

- A instalação de vál-vulas termostáticas nosradiadores é uma boa so-lução, pois permitemajustar com precisão atemperatura em cadasala da casa, regulandoautomaticamente o cau-dal de água quente combase na temperatura se-

lecionada.- Evite cobrir os radia-

dores com peças de mo-biliário ou cortinas; se oradiador estiver insta-lado por baixo de uma ja-nela, recomenda-se ainstalação de uma placade material isolador e re-fletor entre o radiador e aparede.

- Uma boa forma deprevenir a entrada de arfrio, implicando uma pe-quena despesa, consisteem instalar um painelisolante nas caixas dosestores de enrolar parareduzir as entradas de arfrio e evitar desperdíciosdesnecessários de ener-gia.

- À noite, deve manteros estores de enrolar fe-chados sempre que pos-sível. Nos dias de sol,aproveitar ao máximo aentrada de radiação so-lar na habitação, paraaquecê-la gratuitamente.

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