Oficina 5 - esp.mg.gov.bresp.mg.gov.br/wp-content/uploads/2011/02/implantacao-do-plano... · 8...
Transcript of Oficina 5 - esp.mg.gov.bresp.mg.gov.br/wp-content/uploads/2011/02/implantacao-do-plano... · 8...
Oficina 5
Acolhimento e Classificação de Risco
Guia do Tutor/Facilitador
ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAISAv. Augusto de Lima, 2.061 - Barro Preto - BH - MG
CEP: 30190-002 - www.esp.mg.gov.br
Tammy Angelina Mendonça Claret MonteiroDiretora Geral da Escola de Saúde Pública
do Estado de Minas Gerais
Thiago Augusto Campos HortaSuperintendente de Educação ESP-MG
Onofre Ricardo de Almeida MarquesSuperintendente de Pesquisa ESP-MG
Adilson Meireles PachecoSuperintendente de Planejamento, Gestão e Finanças ESP-MG
Michael Andrade MolinariCoordenador de Educação Continuada - SEDU/ESP-MG
Patrícia da Conceição ParreirasCoordenadora do Núcleo de Gestão Pedagógica - SEDU/ESP-MG
Eleni Fernandez Motta de LimaReferência Técnica/Coordenadoria de Educação Continuada - SEDU/
ESP-MG
Revisão Técnico-Pedagógica:Agda Soares Martins
Eleni Fernandez Motta de Lima
Helenice Oliveira Diniz Bispo
Patrícia da Conceição Parreiras
Poliana Estevam Nazar
Thiago Augusto Campos Horta
Wagner Fulgêncio Elias
Editora Responsável: Adriana SantosProjeto Gráfico: Fred LimaProdução Gráfica: Autêntica Editora
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAISRua Sapucaí, 429 - CEP: 30150-050 - Belo Horizonte - MGwww.saude.mg.gov.br
Marcus Vinícius Caetano Pestana da SilvaSecretário de Estado de Saúde de Minas Gerais
Antônio Jorge de Souza MarquesSecretário Adjunto de Estado de Saúde de Minas Gerais
Helidéa de Oliveira LimaSubsecretária de Políticas e Ações de Saúde
Jomara Alves da SilvaSubsecretária de Inovação e Logística em Saúde
Juliana Barbosa e OliveiraSuperintendente de Gestão de Pessoas e Educação em Saúde
Aline Branco MacedoGerente de Educação Permanente
Marco Antônio Bragança de MatosSuperintendente de Atenção à Saúde
ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE:
Eugênio Vilaça MendesConsultor da Secretaria de Estado de Saúde
Maria Emi ShimazakiConsultora Técnica
Marco Antônio Bragança de Matos Superintendente de Atenção à Saúde
Fernando Antônio Gomes LelesEmpreendedor PúblicoGerente Adjunto do Projeto Estruturador Saúde em Casa
Wagner Fulgêncio EliasAssessor de Normalização
Luciana Maria de MoraesTécnica da Assessoria de Normalização
Marli NacifTécnica da Gerência de Atenção Primária à Saúde
3
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
SUMÁRIO
1. COMPETÊNCIAS .............................................................................................................. 5
2. OBJETIVOS...................................................................................................................... 5
3. ESTRATÉGIAS E ATIVIDADES............................................................................................. 5
4. ESTRUTURA GERAL E PROGRAMAÇÃO.......................................................................... 6
1° Dia ................................................................................................................................. 7
Atividade I ........................................................................................................................ 7
Atividade II ........................................................................................................................ 7
Atividade III ...................................................................................................................... 11
Atividade IV ....................................................................................................................... 11
Atividade V ...................................................................................................................... 13
2° Dia ............................................................................................................................... 14
Atividade VI...................................................................................................................... 14
Atividade VII..................................................................................................................... 21
Atividade VIII..................................................................................................................... 23
Atividade IX..................................................................................................................... 25
ANEXOS ............................................................................................................................27
5
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
1 - COMPETÊNCIAS
Esta oficina tem como propósito que os participantes desenvolvam compe-tência para a organização da demanda espontânea e agenda das equipes nas Unidades de Atenção Primária à Saúde, através da implantação das estratégias de acolhimento e do protocolo de classificação de risco e dos critérios de organização da agenda.
2 - OBJETIVOS
• Apresentar as atividades realizadas no período de dispersão.
• Apresentar e analisar os consolidados microrregionais referente à Oficina III (para facilitadores) e a Oficina II (para Tutores)
• Compreender os fundamentos sobre o Acolhimento.
• Compreender os fundamentos sobre o protocolo de Classificação de Risco.
• Aplicar os fundamentos sobre o Acolhimento e protocolo de Classificação de Risco na atenção à demanda espontânea.
• Organizar a agenda da equipe de saúde.
• Programar as atividades do período de dispersão.
3 - ESTRATÉGIAS E ATIVIDADES
Esta oficina sugere uma nova proposta de trabalho e traz abordagens que propiciem o engajamento dos participantes no processo de aquisição dos novos conhecimentos que favoreçam a reflexão sobre seu contexto e o processo a ser desenvolvido nas suas atividades.
As estratégias educacionais a serem desenvolvidas têm por objetivo subsidiar os profissionais nas atividades a serem realizadas nos períodos de dispersão do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde e durante o exercício de sua prática na gestão municipal.
As atividades do módulo estão articuladas em suas unidades de forma a auxiliar os participantes no aprimoramento da prática profissional, que con-sistem em exercícios, trabalhos de grupo, mini-exposições, estudo dirigido, estudo de caso e trabalhos de campo.
Discussões estruturadas facilitarão a troca de experiências, e a construção de estratégias.
Os trabalhos de campo, realizados no período de dispersão, serão apresen-tados e avaliados no momento presencial no próximo módulo.
Este módulo tem uma carga horária total de 16 horas, distribuídas em dois dias de atividades.
6
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
4 - ESTRUTURA GERAL E PROGRAMAÇÃO
1º DIATempo
estimadoHorário definido Atividade Metodologia
30 min Introdução e dinâmica inicial. Dinâmica de grupo.
1h30minAvaliação e apresentação das atividades reali-zadas no período de dispersão relacionadas à Oficina de Programação Local.
Trabalho em grupoDiscussão em plenária.
15 min Intervalo
30 min Monitoramento da participação dos facilitadores e municípios e dos produtos realizados.
Discussão em plenária.
1h15minApresentação do consolidado microrregional dos produtos relacionados à Oficina III – Diagnóstico Local.
Exposição Dialoga-da.
1h30min Almoço
2h15min Acolhimento e a classificação de risco.Exposição dialoga-da.Estudo de caso.
15 min Intervalo
45 min Continuação: Acolhimento e a classificação de risco.
Discussão em plenária.
45 min Gerenciamento por processos. Exposição dialogada.
2º DIA
2h30 minA organização dos processos para a implan-tação do Acolhimento e do Protocolo de Man-chester.
Trabalho em grupoEstudo dirigidoDiscussão em plenária.
15 min Intervalo
1h 15 minOrganização da agenda da equipe de APS: a atenção à demanda espontânea e a atenção programada.
Exposição Dialogada. Trabalho em grupo.
1h 30 min Almoço
1hContinuação: Organização da agenda da equipe de APS: a atenção à demanda es-pontânea e a atenção programada.
Discussão em plenária.
1h Elaboração do Plano de Trabalho de Dispersão. Trabalho em Grupo.
15 min Intervalo
30 min Continuação: Apresentação do Plano de Tra-balho do Período de Dispersão. Discussão em plenária.
30 min Avaliação da Oficina/ Encerramento. Discussão em plenária.
7
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
33
CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
ATENÇÃO
Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.
ATIVIDADE 6: Pré-Teste
30 minutos
Objetivo
Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.
Material
Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.
Desenvolvimento
1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;
2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;
3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.
Fechamento
Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades
AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1
Nome: ____________________________________________________Turma: _______
Município: __________________________________________________GRS: _______
Leia com atenção o seguinte caso:
1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).
Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233
1º DIA
ATIVIDADE I: INTRODUÇÃO E DINÂMICA INICIAL
Tempo estimado: 30 minutos
Objetivos:
• Saudar os participantes.
• Apresentar os participantes.
• Apresentar os objetivos da oficina.
• Explicar a metodologia de trabalho.
• Pactuar compromissos que garantam o bom andamento da oficina com os participantes.
Desenvolvimento:
Cada tutor/facilitador deverá desenvolver a atividade de acordo com a realidade local.
ATIVIDADE II: APRESENTAÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS NO PERÍODO DE DISPERSÃO RELACIONADAS À OFICINA DE PROGRAMAÇÃO LOCAL.
Tempo estimado: 2 horas
Objetivos:
Avaliar as atividades do período de dispersão e conhecer os produtos de-senvolvidos pelas equipes das UAPS, dos municípios e consolidados por microrregião.
Desenvolvimento:
Formar grupos, nomear um coordenador e um relator;
Analisar as atividades realizadas durante o período de dispersão pelos TUTORES, levando em consideração os seguintes itens:
• A interação entre o tutor universitário e o técnico da GRS na condução da implantação do PD/APS na microrregião.
33
CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
ATENÇÃO
Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.
ATIVIDADE 6: Pré-Teste
30 minutos
Objetivo
Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.
Material
Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.
Desenvolvimento
1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;
2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;
3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.
Fechamento
Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades
AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1
Nome: ____________________________________________________Turma: _______
Município: __________________________________________________GRS: _______
Leia com atenção o seguinte caso:
1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).
Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233
8
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
• A interação entre o tutor universitário e o técnico da GRS e os facilitadores nas oficinas microrregionais.
• A realização da quarta oficina microrregional: avaliação de pontos fortes e pontos fracos e proposições de encaminhamentos.
• Notícias sobre a implantação dos produtos.
Analisar as atividades realizadas durante o período de dispersão pelos FA-CILITADORES, levando em consideração os seguintes itens:
• A interação entre o facilitador e os participantes nas oficinas municipais.
• A realização da quarta oficina municipal: avaliação de pontos fortes e pontos fracos e proposições de encaminhamentos.
• A conclusão dos produtos da Oficina 3: instrumentos relacionados ao Diag-nóstico Local e Municipal: cadastro atualizado da população, classificação das famílias por grau de risco, diagnósticos locais e municipais.
• A aplicação dos instrumentos relacionados à Programação Local: planilha de programação local e análise do consolidado semanal de atendimento e princípios para a construção da agenda local.
Analisar as atividades realizadas durante o período de dispersão pelos PAR-TICIPANTES, levando em consideração os seguintes itens:
• A realização da quarta oficina com as equipes de saúde: avaliação de pontos fortes e pontos fracos e proposições de encaminhamentos.
• A conclusão dos produtos da Oficina 4: a aplicação dos instrumentos relacionados à Programação Local: planilha de programação Local, análise do consolidado semanal de atendimento, elaboração dos princípios para a construção da agenda local.
Cada relator terá aproximadamente 10 minutos para a apresentar as con-clusões do grupo.
9
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
TABELA DE MONITORAMENTO DOS PRODUTOS
PRODUTO CUMPRIMENTO
Módulo I As Redes de
Atenção à Saúde
PDAPS divulgado na Secretaria Munici-pal de Saúde
PDAPS divulgado para o Conselho Mu-nicipal de Saúde
Termo de Compromisso assinado pelo Facilitador
Resolução Municipal sobre a implan-tação do PDAPS publicada
Conteúdo da Oficina repassado para todos os profissionais da Equipes de Saúde.
A rede de atenção à saúde da mulher e da criança desenhada nos territórios sanitários
A rede de atenção à urgência e emergência desenhada nos territórios sanitários
Questionário de avaliação do estágio de desenvolvimento das redes de atenção à saúde preenchido.
Módulo II Análise da
Atenção Primária à Saúde
Conteúdo da Oficina repassado para todos os profissionais da Equipes de Saúde.
Conteúdo da Oficina repassado para o Conselho Municipal de Saúde
Análise da cobertura da APS – Municí-pio realizada
Análise qualitativa da APS - Município realizada
Plano de Investimento em Estrutura Física da APS realizado
Plano de Fortalecimento da APS reali-zado
Consolidado Microrregional - Análise da APS finalizado
10
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
TABELA DE MONITORAMENTO DOS PRODUTOS
PRODUTO CUMPRIMENTO
Módulo III Diagnóstico Local
Conteúdo da Oficina repassado para todos os profissionais da Equipes de Saúde.
Conteúdo da Oficina repassado para o Conselho Municipal de Saúde.
Cadastro da População (atualizado) realizado
Classificação das Famílias por Grau de Risco realizada.
Diagnóstico(s) Local (is) realizado(s)
Diagnóstico Municipal realizado
Consolidado Microrregional - Diagnós-tico Municipal finalizado
Módulo IV Pro-gramação Local
Conteúdo da Oficina repassado para todos os profissionais da Equipes de Saúde.
Conteúdo da Oficina repassado para o Conselho Municipal de Saúde.
Programação Local elaborada
Princípios para elaboração da agenda pactuados.
Consolidado Microrregional – Pro-gramação Local realizado.
11
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
ATIVIDADE III: APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DO CONSOLIDADO MICRORREGIONAL
Tempo estimado: 1 hora e 15 minutos
Objetivos:
• Na oficina de TUTORES deverá ser apresentada uma análise dos conso-lidados microrregionais dos produtos da Oficina 2 – Análise da Atenção Primária à Saúde.
• Na oficina de FACILITADORES deverá ser apresentado o consolidado microrregional dos produtos da Oficina 3 – Diagnóstico Local.
Desenvolvimento:
O tutor ou o facilitador apresentará aos participantes um relato da situação atual após as oficinas anteriores, destacando a adesão dos mu-nicipios, presença e participação de cada um, os produtos já realizados e os que ainda faltam. É importante verificar possíveis dificuldades ou problemas que necessitem de maior atenção, para que sejam apresen-tados e resolvidos.
ATIVIDADE IV: ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Tempo estimado: 2 horas e 30 minutos
Objetivos:
Realizar o alinhamento conceitual sobre o Acolhimento e a Classificação de Risco.
Aplicar os fundamentos sobre o Acolhimento e Classificação de Risco na APS.
Desenvolvimento:
• Fazer a exposição dialogada sobre o acolhimento e classificação de risco na Atenção Primária à Saúde.
• Fomar grupos, nomear um coordenador e um relator.
• Com base na exposição anterior realizar o estudo de caso – Um dia na UAPS São Joaquim. (se necessário utilizar o texto de apoio no Anexo 1 – pág 27)
33
CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
ATENÇÃO
Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.
ATIVIDADE 6: Pré-Teste
30 minutos
Objetivo
Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.
Material
Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.
Desenvolvimento
1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;
2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;
3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.
Fechamento
Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades
AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1
Nome: ____________________________________________________Turma: _______
Município: __________________________________________________GRS: _______
Leia com atenção o seguinte caso:
1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).
Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233
33
CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
ATENÇÃO
Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.
ATIVIDADE 6: Pré-Teste
30 minutos
Objetivo
Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.
Material
Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.
Desenvolvimento
1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;
2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;
3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.
Fechamento
Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades
AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1
Nome: ____________________________________________________Turma: _______
Município: __________________________________________________GRS: _______
Leia com atenção o seguinte caso:
1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).
Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233
12
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
• Para a discussão do estudo de caso, responder as questões a seguir:
• Quais problemas são identificados, pelo grupo, no atendimento da UAPS São Joaquim? Comente.
• Quais as conseqüências dos problemas identificados, pelo grupo na questão anterior, para a população? Comente.
• Por que estes problemas ocorrem? Comente.
• Que soluções o grupo propõe para o enfrentamento dos problemas identificados? Comente.
• Cada relator terá aproximadamente 10 minutos para apresentar as con-clusões do grupo.
ESTUDO DE CASO: UM DIA NA UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE - UAPS SÃO JOAQUIM
Unidade de Atenção Primária à Saúde, 5:30 horas, fila imensa de pessoas aguardando para receber ficha para consulta médica. Na porta da unidade há um aviso dizendo que só serão fornecidas 10 fichas de consultas naquele dia, porque os profissionais deverão fazer uma capacitação sobre a dengue.
As pessoas esperam do lado de fora da unidade, sem lugar para assentar ou proteger-se do frio ou chuva. Entre eles existe uma senhora com sua filha de dois anos passando mal, vomitando e com febre.
Às 7:30 horas chega a gerente e abre a unidade, juntamente com outros funcionários. Um dos agentes é designado para distribuir as fichas e avisar que quem não conseguir deve voltar no dia seguinte ou procurar o pronto atendimento. As fichas são distribuídas por ordem de chegada e, por isso, a criança que estava passando mal não consegue a ficha de consulta. Sua mãe, nervosa, procura a recepção para reclamar, dizendo que sua filha está grave e precisa de uma consulta de urgência. A ACS que distribuiu as fichas explica que existem muitas pessoas na mesma situação e que o médico não consegue atender a todos. A mãe continua reclamando e a ACS chama a gerente para resolver o problema.
A gerente demora um pouco porque estava escrevendo os cartazes para colocar na porta da unidade comunicando aos usuários que as consultas marcadas para o horário da tarde seriam canceladas por causa da capacitação e que eles deveriam procurar a unidade posteriormente para re-agendar as consultas.
A mãe relata à gerente que várias pessoas que conseguiram consultas podiam esperar, porque não tinham nada grave: tinha uma senhora que queria mostrar o resultado de exame de fezes de seu filho, o rapaz que faltou ao serviço para assistir o jogo do seu time e queria um atestado
33
CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
ATENÇÃO
Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.
ATIVIDADE 6: Pré-Teste
30 minutos
Objetivo
Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.
Material
Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.
Desenvolvimento
1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;
2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;
3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.
Fechamento
Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades
AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1
Nome: ____________________________________________________Turma: _______
Município: __________________________________________________GRS: _______
Leia com atenção o seguinte caso:
1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).
Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233
13
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
médico, uma outra mulher, dona Terezinha, que tinha perdido a consulta para coleta de preventivo marcada três meses antes e só agora tinha con-seguido remarcar.
A gerente explica que eles chegaram antes e, portanto, tinham prioridade para o atendimento e recomenda procurar o pronto atendimento.
Entre as pessoas que não conseguiram atendimento tinha também uma se-nhora de 65 anos, hipertensa. Ela já era cadastrada no grupo de hipertensos, mas na sua última consulta não recebeu medicamentos porque estavam em falta na unidade. Retornou outras duas vezes na farmácia da unidade, sem conseguir os medicamentos. Quando, enfim, chegou uma nova remessa de medicamentos disseram a ela que já tinha mais de 30 dias sem tomar o medicamento e que ela deveria fazer uma nova consulta para reavaliação antes de reiniciar a medicação.
Quando também outros usuários começam a reclamar, a gerente explica que não é culpa da equipe. A capacitação foi uma ordem da secretaria que tinha chegado dois dias antes e que eles tinham que obedecer. A gerente solicitou à enfermeira que a ajudasse no atendimento, pois os usuários es-tavam irritados, mas a mesma alegou que era dia do programa de gestante (embora naquele momento não houvesse gestante para ser atendida).
Algumas horas depois, dona Terezinha saiu da consulta dizendo que não tinha feito o preventivo pela falta de material esterilizado. Após o atendimen-to, eram ainda 11:30 h, o médico foi embora porque deveria almoçar antes da capacitação, justificando que já tinha atendido as consultas, preenchido os formulários estatísticos e resolvido outros problemas com a gerência. Nesta hora, ainda existiam 23 pessoas aguardando atendimento.
Pouco depois, o agente comunitário avisa a todos os usuários que eles de-veriam ir embora porque a unidade deveria ser fechada. Os usuários saem da unidade, muito insatisfeitos.
ATIVIDADE V: GERENCIAMENTO POR PROCESSOS
Tempo estimado: 45 minutos
Objetivo:
Alinhar conceitos sobre gerência por processos.
Desenvolvimento:
Fazer a exposição dialogada sobre o gerenciamento por processos.
33
CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
ATENÇÃO
Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.
ATIVIDADE 6: Pré-Teste
30 minutos
Objetivo
Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.
Material
Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.
Desenvolvimento
1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;
2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;
3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.
Fechamento
Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades
AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1
Nome: ____________________________________________________Turma: _______
Município: __________________________________________________GRS: _______
Leia com atenção o seguinte caso:
1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).
Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233
14
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
2º DIA
ATIVIDADE VI: ORGANIZAÇÃO DOS PROCESSOS DE TRABALHO PARA A IMPLANTAÇÃO DO ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Tempo estimado: 2 horas e 30 minutos
Objetivo:
Aplicar os fundamentos da gerência por processos para a implantação do Acolhimento e Classificação de Risco na APS.
Desenvolvimento:
• Formar grupos, nomear um coordenador e um relator;
• Ler o texto de apoio “Gerência por processos”;
• Mapear os processos finalísticos relacionados à classificação de risco.
• Discutir e preencher a Matriz 1 – Gerenciamento de Processos.
Cada relator terá aproximadamente 10 minutos para apresentar as conclu-sões do grupo.
TEXTO DE APOIO:
GERÊNCIA POR PROCESSOS 1
Processo é um conjunto de operações sucessivas e ou paralelas que pro-porcionam um resultado bem definido. Geralmente como parte de um ciclo global de produção de um produto ou serviço (IQG, 2008).
O fluxo dos processos fornece parâmetros para relatar e manusear dados relativos aos mesmos. É uma forma de acompanhar a execução de tarefas constatando as necessidades de evolução e melhoria, gerando uma cadeia de valores. (IQG, 2008).
Os processos utilizam os recursos da organização para oferecer resultados objetivos aos seus clientes (Gonçalves, 2000).
Pode-se afirmar que toda prestação de serviço em saúde tem dois com-ponentes de qualidade: operacional, que é o processo propriamente dito,
1 Texto elaborado por: Rubia Pereira Barra, Maria Emi Shimazaki, Helidea de Oliveira Lima e Lismar Isis Campos, 2008.
33
CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
ATENÇÃO
Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.
ATIVIDADE 6: Pré-Teste
30 minutos
Objetivo
Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.
Material
Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.
Desenvolvimento
1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;
2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;
3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.
Fechamento
Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades
AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1
Nome: ____________________________________________________Turma: _______
Município: __________________________________________________GRS: _______
Leia com atenção o seguinte caso:
1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).
Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233
15
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
e outro de percepção, ou como os clientes percebem o tipo de serviço oferecido, e os prestadores se sentem na oferta que fazem.
Um dos primeiros passos para o entendimento do gerenciamento por processos é o estudo do modelo de Fleming (Fig. 1). Pode-se observar que os resultados dependem de processos que inevitavelmente estão na dependência da estrutura e do meio ambiente. A estrutura é definida pelos insumos, como área física, recursos materiais (recursos financeiros, equipamentos, instrumentais, medicamentos, mobiliário, entre outros), recursos humanos e instrumentos de gestão, incluindo-se a estrutura orga-nizacional (organograma) e os modelos teóricos aplicados na administração da instituição (BITTAR, 1999).
Figura 1 – Modelo de Fleming
Quanto ao processo, Fleming o define como toda tecnologia envolvida nos cuidados ao paciente. Hammer e Champy apud Bittar (1999) entendem processo como um conjunto de atividades com uma ou mais espécies de entrada e que cria uma saída de valor para o cliente. Processo também pode ser definido como um conjunto de atividades de trabalho inter-relacionado que se caracteriza por requerer certos insumos e tarefas particulares, im-plicando em um valor agregado com vistas a obter resultados (CQH, apud BITTAR, 1999).
Estrutura e processo caracterizam o meio interno da instituição. O meio ambiente ou meio externo pode ser melhor visualizado no modelo de Bittar (Fig. 2), que demonstra os inúmeros fatores com suas variáveis inter-ferindo no processo de produção de programas e serviços. Esses processos necessitam de planejamento, organização, coordenação/direção, onde necessidades e desejos são levantados e posteriormente atendidos através de programas e serviços.
Além de interferências internas e externas nos processos de produção, outras ainda ocorrerão na comunicação e na distribuição dos programas e serviços, interferindo desde a efetivação da realização até em sua qualidade (BITTAR, 1999).
Fonte: Bittar, 1999.
16
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
Figura 2 – Modelo de Bittar
Os processos, através dos programas e serviços, necessitam de avaliação e controle quanto à sua efetividade, eficácia, eficiência, produção, produ-tividade, qualidade e à prevenção e redução da morbimortalidade, além da imagem que apresentam aos usuários ou clientes. Quanto à questão da imagem, deve-se lembrar da percepção ou da satisfação daqueles que realizam os processos - os profissionais ligados diretamente à saúde, com suas condições de trabalho e de desenvolvimento pessoal.
Os serviços de saúde podem ser divididos em pelo menos três áreas, cada uma com características próprias no que diz respeito aos recursos e as atividades realizadas para obtenção de resultados. A composição dessas áreas (estratégicas, finalísticas e de apoio) se dá através de processos como descrito a seguir:
PROCESSOS ESTRATÉGICOS
Os processos estratégicos são aqueles que definem o negócio da organi-zação e direcionam os processos finalísticos. Por exemplo: gestão de pes-soas, gestão da qualidade, gestão do corpo clínico, gestão administrativa e financeira entre outros.
PROCESSOS FINALÍSTICOS
Os processos finalísticos são aqueles que geram os produtos ou serviços finais da organização, isto é, aqueles que são entregues e atendem às neces-sidades e expectativas das partes interessadas. Estes processos contribuem diretamente para a criação de valor para os clientes e para a sociedade. Por
Fonte: Bittar, 1999.
17
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
exemplo: atendimento ambulatorial, visita domiciliar, grupos operativos, internação clínica, internação cirúrgica, tratamento intensivo, atendimento em emergência, entre outros.
PROCESSOS DE APOIO
Os processos de apoio são aqueles que dão suporte direto aos processos finalísticos. Fornecem ou criam as condições necessárias para que a orga-nização possa gerar seus produtos ou serviços que vão atender às neces-sidades e expectativas de seus clientes e da sociedade, agregando valor para estes. Por exemplo: higiene, processamento de roupas, manutenção predial, manutenção de equipamentos, serviço de prontuário do paciente, entre outros.
O conjunto desses processos constitui o macroprocesso da organização e são estabelecidos de acordo com o perfil, o negócio, o organograma e as diretrizes organizacionais.
CONSTRUÇÃO DO FLUXO BÁSICO DO PROCESSO
O fluxo do processo inicia-se pelo recebimento de insumos dos fornecedores, que levam ao processamento das atividades com geração de produtos que visam satisfazer às necessidades dos clientes.
A figura abaixo apresenta o fluxo básico do processo:
Figura 3 – Fluxo básico do processo.
PROCEDIMENTOS E NORMALIZAÇÃO DOS PROCESSOS
O Procedimento Operacional Padrão – POP destina-se a estabelecer e fixar as condições para a execução de quaisquer operações de conteúdo técnico ou administrativo. Evidencia as atividades críticas que têm que ser feitas para que a tarefa tenha bom resultado.
Um POP explicita ao executor a seqüência das atividades críticas. Define as condições necessárias para sua execução, tais como equipamentos, materiais, local, momento de realização e responsável.
A elaboração de um POP deve ser realizada por quem executa o procedi-mento, pois este é o conhecedor da rotina.
Fonte: Tachizawa et al, 2006.
18
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
O bom desempenho dos colaboradores no nível das tarefas e procedimentos é responsável pela qualidade dos processos organizacionais, pelo cumpri-mento da missão e alcance da visão. O coordenador do processo deve efetuar o treinamento do pessoal com base no POP. Quanto mais bem treinado estiver o executor, conjugado a uma melhor estabilidade do processo, menor a exigência de supervisão e maior a possibilidade de delegação.
INDICADORES DE QUALIDADE E DESEMPENHO
As medições precisam ocorrer como decorrência das estratégias da organi-zação, abrangendo os principais processos e seus resultados. As informações necessárias para a avaliação e a melhoria do desempenho incluem, entre outras, aquelas relacionadas com o cliente, produtos, mercado, comparações com a concorrência ou referenciais de excelência, fornecedores e funcioná-rios. A premissa é de que aquilo que é medido permite ser avaliado.
Um sistema de indicadores vinculados aos requisitos dos clientes ou de desempenho da organização representa uma base clara e objetiva para alinhar todas as atividades com as metas da organização. Por exemplo, para avaliar se os indicadores selecionados para monitoramento da qualidade do produto estão adequados, pode-se correlacioná-los com os resultados das medições da satisfação dos clientes.
É com este propósito que surgem os indicadores de desempenho, como uma relação matemática que mensura atributos de um processo ou de seus resultados com o objetivo de comparar esta métrica advinda de eventos reais com metas e padrões preestabelecidos.
Em sua determinação, podem ser visualizadas algumas características des-critivas, tais como:
a) é uma relação matemática que resulta em uma medida quantitativa;
b) identifica um estado do processo ou resultado deste;
c) associa metas numéricas e temporais pré- estabelecidas.
Como métrica consistente para o processo deve-se:
a) Identificar as saídas mais importantes de cada processo-chave (produ-tos);
b) Identificar as dimensões críticas de desempenho para cada uma dessas saídas;
c) Determinar as métricas para cada dimensão crítica;
d) Desenvolver metas ou padrões para cada métrica.
Uma regra prática para identificar os indicadores em um determinado proces-so é conduzir em grupo uma discussão sobre o assunto. A recomendação é não estabelecer indicadores sobre os quais não se possa exercer controle.
INTERAÇÃO DOS PROCESSOS
A interação pressupõe a negociação com clientes e fornecedores do pro-cesso, visando estabelecer acordos que possam atender às necessidades e expectativas dos clientes.
19
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
Os vários processos de uma organização interagem entre si na medida em que clientes de um processo tornam-se fornecedores de outros.
Por exemplo, o processo higiene é fornecedor da internação cirúrgica. A internação cirúrgica é fornecedora do atendimento cirúrgico (bloco). O atendimento cirúrgico é cliente do processamento de roupas. O processa-mento de roupas é fornecedor da internação cirúrgica e do atendimento cirúrgico e assim sucessivamente.
A figura abaixo apresenta a forma como os processos interagem na orga-nização.
Figura 4 – Interação dos Processos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BITTAR. O. J. N. V. - Gestão de processos e certificação para qualidade em saúde. Revista Associação Médica. Brasil 1999; 45(4): 357-63.
FNQ. - Critérios compromisso com a excelência e rumo à excelência/Fun-dação Nacional da Qualidade. São Paulo: 2008.
GONÇALVES. J.E.L.- As empresas são grandes coleções de processos. RAE - Revista de Administração de Empresas . v. 40 . n. 1 . Jan./Mar. 2000.
IQG. - Programa de desenvolvimento de recursos humanos em gestão da qualidade em saúde. Modúlo III: Gestão do Risco. Belo Horizonte, Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais. 2008
TACHIZAWA. T. & SCAICO. O. - Organização flexível – qualidade na gestão por processos. Ed. Atlas. SP, 2ª edição. 2006.
Fonte: Tachizawa et al, 2006. Adaptado por Campos , 2008
20
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco M
ATR
IZ 1
– O
GER
ENC
IAM
ENTO
DO
PR
OC
ESSO
Títu
lo: A
colh
imen
to e
cla
ssifi
caçã
o de
risc
oR
evis
ão: 0
0 - 0
0/00
/200
8 Va
lidad
e: 0
0/00
/200
9
O Q
UE
RES
ULT
AD
O E
SPER
AD
O(IT
ENS
DE
VER
IFIC
AÇ
ÃO
)
RES
ULT
AD
O
DO
PR
OC
ESSO
SIST
EMA
GER
ENC
IAL
APL
ICA
BIL
IDA
DE*
QU
AN
DO
ON
DE
QU
EMPR
OC
EDIM
ENTO
01A
tend
imen
to
inic
ial
Iden
tifica
ção
do p
robl
ema
que
mot
ivou
o u
suár
io b
usca
r o
aten
dim
ento
Rea
lizaç
ão d
o at
endi
men
to
de a
cord
o co
m c
ritér
ios
clín
icos
est
a-be
leci
dos
no
prot
ocol
o de
M
anch
este
r, no
pon
to d
e at
ençã
o ce
rto,
no te
mpo
ce
rto, d
e fo
rma
segu
ra,
étic
a e
com
qu
alid
ade
UA
PS
ES
FU
PA PS
02C
adas
troC
olet
a e/
ou a
tual
izaç
ão d
e in
form
açõe
s e
dado
s pe
ssoa
is
do u
suár
ioU
AP
SE
SF
UPA PS
03C
lass
ifica
ção
de
risco
Dim
inui
ção
do ri
sco
de m
orte
s ev
itáve
is e
prio
rizaç
ão d
o at
endi
-m
ento
de
acor
do c
om c
ritér
ios
clín
icos
no
tem
po a
dequ
ado
e nã
o po
r ord
em d
e ch
egad
a
Obr
igat
orie
dade
de
enca
min
ha-
men
to re
spon
sáve
l com
gar
antia
de
ace
sso
à re
de d
e at
ençã
o
UA
PS
ES
FU
PA PS
UA
PS
ES
FU
PA PS
UA
PS
ES
FU
PA PS
04A
ssis
tênc
ia
Ass
istê
ncia
com
prio
rizaç
ão d
o at
endi
men
to d
e ac
ordo
com
cr
itério
s cl
ínic
os, c
om tr
atam
ento
ad
equa
do
05O
bser
vaçã
o
Sup
ervi
são
méd
ica
e/ou
de
enfe
rmag
em, p
ara
fins
diag
nóst
i-co
s ou
tera
pêut
icos
, por
per
íodo
in
ferio
r a 2
4 ho
ras
06In
tern
ação
In
tern
ação
do
cida
dão,
no
tem
po
e lo
cal a
dequ
ados
vis
ando
re-
stab
elec
er o
est
ado
de s
aúde
UA
PS
ES
FU
PA PS
*UA
PS
: uni
dade
de
aten
ção
prim
ária
à s
aúde
; ES
F: e
quip
e de
saú
de d
a fa
míli
a; U
PA: u
nida
de d
e pr
onto
ate
ndim
ento
; P.S
: pro
nto
soco
rro
21
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
ATIVIDADE VII: ORGANIZAÇÃO DA AGENDA DA EQUIPE DA APS – A ATENÇÃO À DEMANDA ESPONTÂNEA E PROGRAMADA
Tempo estimado: 2 horas e 15 minutos
Objetivos:
• Estabelecer e discutir as diretrizes para a organização da agenda da equipe de saúde, no tocante a atenção à demanda espontânea e programada.
• Subsidiar a organização da agenda da equipe de saúde, no tocante a atenção à demanda espontânea e programada.
Desnvolvimento:
• Fomar grupos, nomear um coordenador e um relator.
• Discutir a organização da agenda da equipe da UAPS.
• O grupo poderá utilizar a “Matriz 2 – Roteiro para o Planejamento da Agenda da (s) Equipe (s) da UAPS”.
• Cada relator terá aproximadamente 10 minutos para apresentar as conclusões do grupo.
33
CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
ATENÇÃO
Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.
ATIVIDADE 6: Pré-Teste
30 minutos
Objetivo
Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.
Material
Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.
Desenvolvimento
1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;
2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;
3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.
Fechamento
Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades
AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1
Nome: ____________________________________________________Turma: _______
Município: __________________________________________________GRS: _______
Leia com atenção o seguinte caso:
1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).
Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233
22
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de RiscoM
ATR
IZ 2
- PL
AN
EJA
MEN
TO D
A A
GEN
DA
DA
(S) E
QU
IPE
(S) D
A U
NID
AD
E D
E AT
ENÇ
ÃO
PR
IMÁ
RIA
À S
AÚ
DE
PAR
A A
ATEN
ÇÃ
O Á
DEM
AN
DA
ES
PON
TÂN
EA E
PR
OG
RA
MA
DA
QU
AL
(IS) O
(S) R
E-SU
LTA
DO
(S) E
SPER
A-
DO
(S)?
O Q
UE
FAZE
R?
CO
MO
?Q
UEM
?Q
UA
ND
O?
QU
AN
TO?
23
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
ATIVIDADE VIII: ELABORAÇÃO DO PLANO DE TRABALHO DE DISPERSÃO
Tempo estimado: 1 hora e 30 minutos
Objetivos:
• Aplicar os conteúdos apresentados nesta Oficina;
• Repassar o conteúdo da Oficina para todos os profissionais da equipe de saúde;
• Estudar, discutir e preencher a matriz para gerenciamento do proces-so para a implantação do acolhimento com classificação de risco na UAPS;
• Planejar a agenda da (s) equipe (s) da UAPS;
• Documentar os pontos relevantes das matrizes de gerenciamento de processo e de planejamento da agenda das UAPS, no município e enviar para a GRS;
• Elaborar os consolidados microrregionais e fazer a análise dos processos e dos planejamentos, pela GRS, e apresentar na próxima Oficina.
Desenvolvimento:
Formar grupos, nomear um coordenador e um relator;
Cada grupo deverá elaborar a programação para o período de dispersão, definindo para cada um dos produtos das atividades a serem realizadas e os responsáveis, prazos e recursos necessários para a sua realização.
Cada relator terá aproximadamente 10 minutos para apresentar as con-clusões do grupo.
Período:
O trabalho de dispersão deverá ser realizado no período de:
_____/_____/2008 a _____/_____/2009.
33
CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
ATENÇÃO
Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.
ATIVIDADE 6: Pré-Teste
30 minutos
Objetivo
Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.
Material
Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.
Desenvolvimento
1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;
2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;
3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.
Fechamento
Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades
AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1
Nome: ____________________________________________________Turma: _______
Município: __________________________________________________GRS: _______
Leia com atenção o seguinte caso:
1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).
Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233
24
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
OS PRODUTOS DO TRABALHO DE DISPERSÃO:
a) GERENCIAR O PROCESSO PARA A REALIZAÇÃO DO ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NA UAPS:
• Realizar o trabalho de dispersão a partir da matriz de gerenciamento de processo para o acolhimento e classificação de risco.
• Realizar a análise das matrizes das UAPS pelo nível central da SMS.
• Solicitar o aval do Gestor da SMS.
• Discutir no Conselho Municipal de Saúde.
• Realizar um consolidado municipal e encaminhado para a GRS.
b) ANALISAR A ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO À DEMANDA PROGRAMA-DA E ESPONTÂNEA, PROPOSTA PELAS EQUIPES DAS UAPS, A PARTIR DAS PLANILHAS DE PROGRAMAÇÃO, NO MUNICÍPIO:
• Analisar as planilhas de programação de cada UAPS e as agendas a partir do nível central da SMS.
• Solicitar o aval do Gestor da SMS.
• Discutir no Conselho Municiapl de Saúde.
c) PLANEJAR A AGENDA DA (S) EQUIPE (S) DA UAPS:
• Realizar o planejamento das agendas para a demanda espontânea e programada, pelas equipes das UAPS, no município.
• Realizar a análise dos planejamentos das UAPS pelo do nível central da SMS.
• Solicitar o aval do gestor da SMS.
• Discutir no Conselho Municipal de Saúde.
• Realizar um consolidado municipal e encaminhado para a GRS.
d) CONSOLIDADO MICRORREGIONAL
• Elaborar pela GRS, o consolidado microrregional e fazer a análise para a apresentação na próxima oficina.
25
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
PLANO DE TRABALHO DO PERÍODO DE DISPERSÃO:
Considerando os objetivos e produtos definidos acima, elaborar a progra-mação para o período de dispersão, definindo para cada um dos produtos as atividades a serem realizadas e os responsáveis, prazos e recursos ne-cessários para a sua realização.
PRÓXIMA OFICINA:
Tema:
Data: _____/_____/2009
ATIVIDADE IX: AVALIAÇÃO DA OFICINA
Objetivo:
Avaliar a Oficina V.
Desenvolvimento:
Cada participante poderá manifestar-se livremente, indicando os pontos fracos e fortes desta oficina.
Comentarios finais e encerramento da Oficina.
33
CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
ATENÇÃO
Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.
ATIVIDADE 6: Pré-Teste
30 minutos
Objetivo
Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.
Material
Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.
Desenvolvimento
1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;
2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;
3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.
Fechamento
Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades
AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1
Nome: ____________________________________________________Turma: _______
Município: __________________________________________________GRS: _______
Leia com atenção o seguinte caso:
1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).
Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233
Tempo estimado: 30 minutos
26
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
PRO
GR
AM
AÇ
ÃO
DO
PER
ÍOD
O D
E D
ISPE
RSÃ
O
PRO
DU
TOAT
IVID
AD
ESPR
AZO
RES
PON
SÁVE
LR
ECU
RSO
27
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
ANEXOTEXTO DE APOIO: A PROGRAMAÇÃO DAS UNIDADES DA ATEN-ÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE VOLTADA PARA O ACOLHIMENTO2
As filas nos pronto-socorros, pronto-atendimentos e nas unidades de saúde, lamentavelmente, são cenas comuns em nosso cotidiano. E as histórias se repetem: pessoas exaltadas reclamando pelos longos períodos de espera e os diretores dos pronto-socorros e pronto-atendimentos dizendo que a maioria dos casos que lá se encontram, deveriam ser atendidos nas unidades de atenção primária à saúde, pois não se caracterizam como emergência.
No entanto, ao ouvir os gerentes e profissionais das unidades básicas de saúde têm-se como justificativa: a escassez e a inadequação dos recur-sos – humanos, materiais, administrativos e financeiros - para atender a demanda.
Ao analisar mais atentamente o atendimento nas UAPS, também se obser-vam: os cartazes nas portas das unidades, informando o número limitado de consultas médicas; a distribuição de senhas, por ordem de chegada, sem ofertar alternativa, sem avaliar a gravidade e o risco; as agendas restritivas e as respostas lacônicas: “não tem consulta”, “não tem agenda”, “o doutor não pode atender”, enfim, a cultura do “não”.
As conseqüências para os usuários são perversas: imensas filas, salas e corredores abarrotados, longos períodos de espera, por vezes sem respos-ta. As filas nos pronto-socorros resultam da incapacidade das unidades de saúde em garantir o acesso e em se viabilizar como a porta de entrada dos usuários ao sistema de serviços de saúde.
Apesar da expansão de UAPS e das equipes de saúde da família nos municí-pios, não se consegue assegurar o acesso com eficácia e atender às necessi-dades dos cidadãos. Entretanto, constatar o problema não é suficiente para imprimir as mudanças necessárias. É preciso empenhar-se na construção de estratégias que promovam as mudanças no cotidiano dos serviços.
Faz-se necessário, portanto, a adoção de novas práticas, com o desenvolvi-mento de habilidades, capacidades e competências gerenciais, técnicas e de relacionamento, exigindo ampla mobilização dos profissionais de saúde, dos gestores e da sociedade civil para viabilizar o acesso, com eqüidade e solidariedade, através do Acolhimento dos cidadãos.
A. O ACOLHIMENTO
O Acolhimento tem como propósito identificar a população residente no território de abrangência da (unidade básica de saúde) UAPS, reconhecer e responsabilizar-se pelos problemas de saúde, organizar a porta de entrada e viabilizar o primeiro contato através da equipe de saúde, humanizando o atendimento e alcançando a satisfação do usuário.
2 Texto de apoio extraído do Manual da Atenção Primária à Saúde – SES/MG.
28
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
Tem como objetivo receber, escutar e oferecer uma atenção oportuna, eficaz, segura e ética aos cidadãos.
A prática do Acolhimento fundamenta-se no trabalho integrado, no com-prometimento de toda a equipe de saúde, não apenas de um grupo de profissionais, inserindo-se no processo de trabalho.
O Acolhimento não deve ser entendido como um procedimento isolado realizado pela enfermagem ou por parte da equipe, como um mecanismo de triagem, ou como um trabalho na sala de espera da unidade básica de saúde.
O Acolhimento modifica a lógica do atendimento, por ordem de chegada, na fila de espera da unidade de saúde, por um processo de identificação da clientela em situação de emergência ou de urgência, priorizando-a para atendimento imediato, procurando, assim, diminuir a possibilidade de agra-vamento. Viabiliza também o atendimento das demais pessoas de forma organizada e racional, através da atenção agendada e programada.
A.1. O PACTO EM PROL DO ACOLHIMENTO
Acolher não é tarefa fácil, pois implica na mudança da cultura organizacional, resultando na quebra das barreiras ao acesso, na agilização do atendimento e na responsabilização por parte das equipes, pela atenção primária da população adscrita às UAPS.
Mas, para que a equipe de saúde possa reorganizar a sua prática assistencial e estabelecer um novo processo de trabalho, faz-se necessário a incorpo-ração de novas tecnologias em saúde.
Dentre elas, encontram-se as tecnologias da gestão da clínica - as linhas-guias, os protocolos clínicos, a gestão da condição de saúde, a gestão de casos, o prontuário da família e o sistema de informação gerencial. Estas tecnologias visam instrumentalizar os profissionais para que estabeleçam um conjunto de atividades, desempenhos e fluxos, para a reorganização dos processos de trabalho nas unidades de saúde.
No entanto, para a efetivação da mudança da prática assistencial, faz-se necessário o comprometimento da equipe de saúde, o planejamento inte-grado das ações e o compartilhamento com a comunidade local.
O Acolhimento deve impactar positivamente na comunicação e relação da equipe de saúde e no desenvolvimento de um processo compartilhado entre equipe, gestor de saúde e usuários do sistema de serviços de saúde.
Para tanto, propõe-se uma ampla mobilização e o estabelecimento de um pacto em prol do Acolhimento entre as equipes de saúde, gestor e o Conselho Local de Saúde, além de outras representações da sociedade civil, com vistas à consolidação de um serviço que prime pelos princípios de solidariedade, eqüidade e ética social.
29
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
A.2. A FÓRMULA DO ACOLHIMENTO
Se o Acolhimento pudesse ser expresso em uma fórmula, seria:
Ac = (Acs + At)H
Onde, Ac = Acolhimento; Acs = Acessibilidade; At = Atendimento e H = Humanização.
A Acessibilidade é o elemento estrutural do Acolhimento e diz respeito à disponibilidade, comodidade, custo e aceitabilidade do serviço pelo usuá-rio/comunidade. Exemplificando: o serviço está disponível no horário em que o usuário precisa de atendimento? Existe alguma barreira geográfica ou física que dificulte/impossibilite o acesso ao serviço? O custo do trans-porte coletivo é um impeditivo para acessar o serviço? O serviço é aceito pela comunidade? A estrutura física e os ambientes são adequados ao atendimento?
O Atendimento é o elemento processual do Acolhimento e implica em responsabilidade, no reconhecimento do problema pelos profissionais, na identificação e proteção ao cidadão/família em risco, na comunicação entre profissional/equipe e usuário, na continuidade pessoal, na qualidade da atenção clínica e nos registros adequados do atendimento (prontuário).
Portanto, ao discutir a Humanização nos serviços de saúde, há que se analisar os aspectos relacionados à Acessibilidade aos serviços e ao Atendimento realizado pelos profissionais e pelas equipes de saúde. A Humanização deve resultar na quebra ou na minimização das barreiras geográficas, físicas e organizacionais, transformando os ambientes em locais mais acolhedores, racionalizando e otimizando os processos de trabalho, melhorando a co-municação, com vistas à efetivação do vínculo entre o profissional, equipe, usuário e comunidade.
B. A ORGANIZAÇÃO DAS FORMAS DE ACESSO DO USUÁRIO À UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
O Acolhimento inicia-se com o reconhecimento das pessoas/famílias adscri-tas à UAPS, num processo de territorialização, identificando os problemas de saúde. A partir das diretrizes estabelecidas nas Linhas-guias, propõe-se o dimensionamento dos serviços e a organização dos processos de trabalho na UAPS.
Com o objetivo de organizar as formas de acesso do usuário na UAPS, propõe-se didaticamente a classificação em:
• Atenção à demanda espontânea - urgência e emergência;
• Atenção programada.
Em qualquer horário, todos os usuários em situação de emergência ou de urgência deverão ser atendidos de imediato pela equipe de saúde. A equipe deverá realizar os primeiros cuidados necessários, providenciar o suporte adequado e transferir de forma segura para o ponto de atenção competente para resolver o caso.
30
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
Na atenção à demanda espontânea, as situações que não se caracterizam como emergência ou urgência deverão ter a queixa avaliada pelo profissional que poderá atendê-lo de imediato ou agendar uma consulta, ou encaminhá-lo para outro ponto de atenção, dependendo da sua necessidade e também da disponibilidade do serviço.
Na atenção programada, procurar-se-á respeitar o critério de adscrição da clientela em relação à equipe do PSF, ou seja, o usuário deverá, preferencial-mente, ser identificado pelo Agente Comunitário de Saúde - ACS e atendido pelo médico, enfermeiro ou dentista de sua área de moradia. Na atenção programada, o objetivo é respeitar os princípios do primeiro contato, da longitudinalidade, da integralidade do cuidado e viabilizar o vínculo com a equipe de saúde.
Ao iniciar o atendimento na UAPS, um membro da equipe deve fazer uma rápida explanação sobre a organização do serviço, apresentando os diversos serviços oferecidos pela unidade.
No segundo momento, passa-se a identificar os usuários, sendo solicitado a cada um que explicite qual o motivo de sua procura ao serviço. Sempre que possível, salvo os casos de urgência/emergência, deve-se priorizar inicialmente as gestantes, as crianças, os portadores de deficiências e os idosos.
Os usuários que têm retornos de consultas/atendimentos agendados, va-cinas, curativos, exames, entre outros, devem ser encaminhados para os setores correspondentes.
Para os usuários que procuram a unidade básica de saúde, motivados por um problema, ou uma queixa, ou um evento agudo, propõe-se a CLASSIFI-CAÇÃO DE RISCO.
A CLASSIFICAÇÃO DE RISCO é uma atividade realizada por profissionais da equipe de saúde – enfermeiros e médicos, devidamente capacitados para proceder a uma entrevista objetiva que possibilite a exclusão ou identifica-ção de sinais de gravidade.
C. A ATENÇÃO À DEMANDA ESPONTÂNEA: URGÊNCIA – EMERGÊNCIA
O Conselho Federal de Medicina – CFM, resolução 1451/95 define:
• URGÊNCIA: “ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco po-tencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata”.
• EMERGÊNCIA: “constatação médica de agravo à saúde que implique em risco iminente de vida, ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, o trata-mento médico imediato”.
A CLASSIFICAÇÃO DE RISCO:
São objetivos da CLASSIFICAÇÃO DE RISCO:
• Humanizar e personalizar o atendimento;
• Avaliar o usuário logo na sua chegada para identificar a gravidade do caso;
31
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
• Estabelecer a prioridade de atendimento do usuário de acordo com a gravidade do caso;
• Determinar o ponto de atenção e o atendimento adequado de acordo com a gravidade ou a necessidade de atendimento de cada caso;
• Prestar informações adequadas ao usuário/familiares.
A CLASSIFICAÇÃO DE RISCO é um processo dinâmico de identificação dos usuários que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento. A partir deste processo de classificação, os casos poderão ser categorizados por prioridades, a partir da utilização de um protocolo clínico.
Assim, os usuários que vêm para a UAPS, por situação de urgência e emer-gência ou por demanda espontânea, devem ser abordados por um profis-sional para a CLASSIFICAÇÃO DE RISCO.
Portanto, a presença de um ou mais sinais de risco aponta para a necessi-dade de atendimento imediato.
Para o atendimento inicial dos casos de urgência ou de emergência, faz-se necessário que a equipe esteja capacitada, disponha de recursos padro-nizados – materiais e medicamentos –, suporte para transferência segura – SAMU ou transporte sanitário – e um ponto de atenção secundário ou terciário para encaminhamento.
Na ausência de sinais de risco, o profissional deve analisar a necessidade do usuário e oferecer um atendimento ou consulta agendada, compatibilizando a disponibilidade do usuário e do serviço.
A partir do atendimento, o usuário poderá receber um tratamento sintomá-tico, ou ter a continuidade do tratamento ambulatorial, ou ficar em regime de observação, ou ser internado para tratamento hospitalar ou ainda ser transferido para tratamento em outro serviço de maior complexidade.
O PROTOCOLO DE MANCHESTER:
A Classificação de Risco deve ser realizada a partir de um protocolo clínico único, que padronize a linguagem em todos os pontos de atenção, nos sistemas de apoio e logísticos.
A SES de Minas Gerais, a partir da avaliação dos protocolos clínicos existentes e validados internacionalmente, com resultados comprovados nos países desenvolvidos, padronizou a utilização do Protocolo de Manchester.
A CLASSIFICAÇÃO DE RISCO visa à identificação rápida dos casos que apresentem maior gravidade, dentro do pressuposto que a
ausência do atendimento possa acarretar o agrava-mento do quadro clínico.
32
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
O Protocolo de Manchester inicialmente foi formulado para a utilização no Reino Unido e, atualmente, está em operacionalização em vários países da Europa e Austrália. Algumas vantagens deste protocolo sobre os demais: não trabalha com diagnostico; possibilita a classificação de risco em todos os pontos de atenção primária (inclusive pelo call center), secundária e terciária; poder ser informatizado; além de ser passível de auditoria clínica.
Este Protocolo tem como base a classificação de risco a partir de determinan-tes (sinais ou sintomas), e, para cada determinante contem um fluxograma decisório. O Protocolo classifica em 5 categorias por grau de prioridade. Os níveis de prioridade são identificados respectivamente por cores. Assim:
• A prioridade 1 é identificada com a cor vermelha;
• A prioridade 2 é identificada com a cor laranja;
• A prioridade 3 é identificada com a cor amarela;
• A prioridade 4 é identificada com a cor verde;
• A prioridade 5 é identificada com a cor azul.
PRIORIDADE 1 - VERMELHO:
• O usuário classificado com prioridade 1 necessita de ressuscitação.
• Deve ser categorizado como caso de EMERGÊNCIA ABSOLUTA. Ex: parada cardíaca, choque, politraumatismo, coma profundo, entre outros.
• Este atendimento é prioridade absoluta, os primeiros cuidados são ime-diatíssimos, o transporte deve ser realizado prioritariamente pelo SAMU.
• O ponto de atenção com competência para o atendimento destes usuários é o pronto-socorro e o acesso deve ser imediatíssimo.
PRIORIDADE 2 - LARANJA:
• O usuário classificado com prioridade 2 deve ser categorizado como caso de EMERGÊNCIA, mas ainda não necessita de ressuscitação. Ex: trauma grave, alteração do estado mental, comprometimento do estado hemodi-nâmico, queimaduras de segundo e terceiro grau, dor precordial, quadros hemorrágicos intensos, entre outros.
• Este atendimento é prioridade, os primeiros cuidados são imediatos (no máximo em 15 minutos), o transporte deve ser realizado prioritariamente pelo SAMU.
• O ponto de atenção com competência para o atendimento destes usuários é o pronto-socorro e o acesso deve ser imediato.
PRIORIDADE 3 - AMARELO:
• Deve ser categorizado como caso de URGÊNCIA MAIOR. Ex: traumatis-mos moderados, quadros dolorosos de intensidade moderada, quadros de sibilância de intensidade moderada, entre outras.
33
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
• Este atendimento é prioridade, os primeiros cuidados são imediatos, o transporte sanitário deve ser acionado.
• O ponto de atenção com competência para o atendimento destes usuários é o pronto-atendimento e o acesso deve ser imediato.
PRIORIDADE 4 - VERDE:
• O usuário classificado com prioridade 4 é classificado como URGÊNCIA MENOR. Ex: quadro febril de baixa intensidade em criança, gestantes com queixas, quadros dolorosos de baixa intensidade, entre outros.
• Este atendimento deve ser priorizado, preferencialmente, na UAPS, para o mesmo turno, após os primeiros cuidados e medidas necessárias nos casos de emergência e de urgência maior.
• O ponto de atenção com competência para o atendimento destes usuá-rios é a UAPS.
PRIORIDADE 5 - AZUL:
• O usuário classificado com prioridade 5 não apresenta Sinal de Alerta, trata-se de caso eletivo. Ex: quadro gripal, dor de intensidade leve, trauma menor, entre outras.
• Este atendimento ou consulta pode ser agendada ou realizada de imediato, caso haja disponibilidade.
• O ponto de atenção com competência para o atendimento destes usuá-rios é a UAPS.
D. A ATENÇÃO PROGRAMADA
• Com o Acolhimento, procura-se organizar o serviço através da demanda programada, pautando-se não mais apenas pelos eventos agudos, mas pela abordagem dos problemas crônicos e/ou condições crônicas.
• A Atenção Programada abrange todos os ciclos de vida dos indivíduos/famílias - desde o nascimento à velhice – estruturados a partir das Linhas-guias e operacionalizados por redes integradas de atenção, com o objetivo de promover a saúde, identificar precocemente e controlar as patologias de relevância, prestar assistência de forma integrada e resolutiva.
• Para a Atenção Programada serão destinados atendimentos e consultas agendadas, em cada turno de atendimento, estabelecendo-se o limite máxi-mo de consultas por turno, conforme critério estabelecido pelas Secretarias Municipais, de comum acordo com as equipes de saúde.
• Os quantitativos de consultas e atendimentos programados deverão ser calculados a partir dos parâmetros estabelecidos na Planilha de Progra-mação das Linhas-guias da SES de Minas Gerais e com base nos dados do Prontuário de Saúde da Família - diagnóstico e cadastramento das famílias residentes no território.
• Os atendimentos programados são agendados previamente e consensados
34
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
com os usuários. Deve-se, evitar o acúmulo das pessoas nos mesmos ho-rários e os longos períodos de espera.
• As diretrizes para a Atenção Programada estarão contidas nas LINHAS-GUIAS DA SES DE MINAS GERAIS. A organização do atendimento dar-se-á de acordo com os ciclos de vida: SAÚDE DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DA GESTANTE, DO ADULTO E DO IDOSO.
• Dar-se-á também por patologias de maior relevância: HIPERTENSÃO, DIABETES, TUBERCULOSE, HANSENÍASE, TRANSTORNOS MENTAIS, DST/Aids, entre outras. Além da SAÚDE BUCAL E MENTAL.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Secretaria de Gestão de Investimento em Saúde. Experiências Inovadoras no SUS: produção científica: doutorado e mestrado. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. 69 a 114 p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Competência para o Trabalho em Uma Unidade Básica de Saúde Sob a Estratégia de Saúde da Família – Médico e Enfermeiro. Brasília, novembro, 2000.
COCHRANE, D. – Evidence-based medicine in practice. In: COCHRANE, D. (Editor) – Managed care and modernization. Buckingham, Open University Press, 2001.
DEPARTMENT OF HEALTH – The new NHS: modern, dependable. London, Stationery Office, 1998.
DUCCI, Luciano e colaboradores. Curitiba: A Saúde de Braços Abertos. SHI-MAZAKI, Maria Emi e colaboradores. Acolhimento Solidário: A Saúde de Braços Abertos. CEBES, 2001. 63 a 78 p.
EDDY,D. – Practice policies, what are they? JAMA, 263: 877-880, 1990.
MENDES, Eugênio Vilaça. Os sistemas de serviços de saúde: o que os gesto-res deveriam saber sobre essas organizações complexas. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, 2002. 186 p.
MINAS GERAIS, Secretaria de Estado de Saúde. Guia de Estudo: a organização da rede de urgência e emergência. Belo Horizonte, 2007.
MINAS GERAIS, Secretaria de Estado de Saúde. Guia de Estudo do Plano Diretor da APS: As Redes de Atenção à Saúde. Belo Horizonte, 2008.
OMS, WONCA. Centro Internacional para la Medicina Familiar. Hacer que la Práctica Médica y la Educación Médica sean más adecuadas a las ne-cesidades de la gente: la contribuición del médico de familia. London, Ontario, Canadá, 1984.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAUDE. Cuidados inovadores para condições crônicas: componentes estruturais de ação: relatório mundial / Organização Mundial da Saúde – Brasília, 2003.
RAKEL, R. Textbook of family practice. 5 ed. Philadelphia, PA: W. B. Saun-ders, 1995.
35
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
SHIMAZAKI, ME. Protocolos clínicos nas unidades básicas de saúde. Belo Horizonte, Escola de Saúde Pública de Minas Gerais, 2006.
STARFIELD, Bárbara. Atenção Primária equilíbrio entre necessidade de saú-de, serviços e tecnologias. Brasília: UNESCO, Ministério da Saúde, 2002.
WORLD HEALHT ORGANIZATION. The Ljubljana Chater on Reforming Healht Care. Ljubljana, 18 june, 1996.
WORLD HEALHT ORGANIZATION. 48a General Assembly. Genebra: WHO, 1996.
36
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
Anotações
37
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
38
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
39
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco
40
Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde – Oficina 5: Acolhimento e Classificação de Risco