OKAVANGO

2
FODAM-SE os direitos autorais: Acreditamos que qualquer expressão que sirva para melhorar, evoluir o sentimento e o pensamento humano é um bem comum. Portanto não deve ser considerada uma propriedade privada. Este trabalho pode ser reproduzido ao todo ou em parte desde que não vise a produção com finalidade de lucro. Viva o livre pensar, expressar e sentir! Viva a livre poesia!! CITE A FONTE! Contatos: http://putoeta.blogspot.com/ SOLILÓQUIO DA PENETRAÇÃO ANAL NUMA NOITE DE MONÓLOGO ONDE xS DE BAIXO ASSASSINA XS DE CIMA. Estávamos SÓS Tanto no palco como na plateia E sendo assim Interpretando nossa realidade Num coito com o lugar MASTURBANDO-ME observei o cheiro Sentindo o teatro quebrado pelo silencio Lambuzando-nos em sermos nos mesmxs Quando o relógio disparou anunciando A missa das oito. Gozamos e fomos embora E quando saímos pela porta O finito era apenas eu. (Avles - Destruir estradas e concretos) SOLILÓQUIO DO ACASALAMENTO DE HIPOPOTAMO Encontrar nas palavras algo Algo que possa ser... Possa ser, barricadas; Possa ser, linha de frente; Possa ser, interrogações; Possa ser perigosx! Pois a poesia precisa Ser... E não ter Ser, o que sempre foi... Precisa voltar a ser O que sempre foi... Ser perigosa. Assim como as palavras e gestos... “Ke xs mortxs deixem para xs vivxs” (Avles Importante se pensar ke falamos ke vivemos num país democrático, mais isso pode até ser argumentado no quesito das votações (sem aprofundar, pois é, claro ke a interferência do poder econômico nelas torna essa democracia uma simples fachada) porém transitamos da ditadura a democracia, do ponto de vista politico, jurídico e institucional, mas a estrutura do poder no sistema bancário, na estrutura industrial, comercial, agrário, midiático, não apenas não se democratizou, como se tornou mais concentrada, mas ditatorial Emir Sader Caros Amigos 1/09) OKAVANGO AVLES (Centelha na Flor Resta urbana) SOLILÓQUIO DO DESCOBRINDO A SOLIDÃO Ao som da libidinosa FLORES NO LIXO Ao som da brutal e companheira TUMOR Nas noites de escritor ou escritora. Passo meu órgão genital onde transo com arame farpado regado a DISRUPT. PATARENI me penetra em dois sentidos. PASZORROZOTT me deixa molhada. Minha vagina se entrega ao som de SEVEN MINUTES OF NAUSEA. LA DESGRACIONE me empala lentamente. Gozo ao escutar NOISE no toca vinil. SIN DIOS me excita e me sugeri ANTI-TIMPANOS. AUTO-CADAVER e assim ke me sinto. ÓDIO o que me leva a peça onde solilóquio-me No conflito e solidão. (Avles - a maior prisão em ke as pessoas vivem, é o medo de ke as outras pessoas irão pensar de Você)

description

Livreto de putoesia - AVLES (Centelha na Flor Resta urbana)

Transcript of OKAVANGO

Page 1: OKAVANGO

FODAM-SE os direitos autorais: Acreditamos que qualquer

expressão que sirva para melhorar, evoluir o sentimento e o

pensamento humano é um bem comum. Portanto não deve

ser considerada uma propriedade privada. Este trabalho pode

ser reproduzido ao todo ou em parte desde que não vise a

produção com finalidade de lucro. Viva o livre pensar,

expressar e sentir! Viva a livre poesia!! CITE A FONTE!

Contatos: http://putoeta.blogspot.com/

SOLILÓQUIO DA PENETRAÇÃO ANAL NUMA

NOITE DE MONÓLOGO ONDE xS DE BAIXO

ASSASSINA XS DE CIMA.

Estávamos SÓS

Tanto no palco como na plateia

E sendo assim

Interpretando nossa realidade

Num coito com o lugar

MASTURBANDO-ME observei o cheiro

Sentindo o teatro quebrado pelo silencio

Lambuzando-nos em sermos nos mesmxs

Quando o relógio disparou anunciando

A missa das oito.

Gozamos e fomos embora

E quando saímos pela porta

O finito era apenas eu.

(Avles - Destruir estradas e concretos)

SOLILÓQUIO DO ACASALAMENTO DE

HIPOPOTAMO

Encontrar nas palavras algo

Algo que possa ser...

Possa ser, barricadas;

Possa ser, linha de frente;

Possa ser, interrogações;

Possa ser perigosx!

Pois a poesia precisa

Ser...

E não ter

Ser, o que sempre foi...

Precisa voltar a ser

O que sempre foi...

Ser perigosa.

Assim como as palavras e gestos...

“Ke xs mortxs deixem para xs vivxs”

(Avles – Importante se pensar ke falamos ke vivemos

num país democrático, mais isso pode até ser

argumentado no quesito das votações (sem aprofundar,

pois é, claro ke a interferência do poder econômico

nelas torna essa democracia uma simples fachada)

porém transitamos da ditadura a democracia, do ponto

de vista politico, jurídico e institucional, mas a

estrutura do poder no sistema bancário, na estrutura

industrial, comercial, agrário, midiático, não apenas

não se democratizou, como se tornou mais

concentrada, mas ditatorial – Emir Sader – Caros

Amigos 1/09)

OKAVANGO

AVLES (Centelha na Flor Resta

urbana)

SOLILÓQUIO DO DESCOBRINDO A SOLIDÃO

Ao som da libidinosa FLORES NO LIXO

Ao som da brutal e companheira TUMOR

Nas noites de escritor ou escritora.

Passo meu órgão genital onde transo com arame

farpado regado a DISRUPT.

PATARENI me penetra em dois sentidos.

PASZORROZOTT me deixa molhada.

Minha vagina se entrega ao som de SEVEN

MINUTES OF NAUSEA.

LA DESGRACIONE me empala lentamente.

Gozo ao escutar NOISE no toca vinil.

SIN DIOS me excita e me sugeri ANTI-TIMPANOS.

AUTO-CADAVER e assim ke me sinto.

ÓDIO o que me leva a peça onde solilóquio-me

No conflito e solidão.

(Avles - a maior prisão em ke as pessoas vivem, é o

medo de ke as outras pessoas irão pensar de Você)

Page 2: OKAVANGO

Katita que é amante de Anita ke é amiga de

Katita que é companheira de Anita que é

psicóloga de Katita que é professora de Anita ke é

confidente de Katita ke é fotografa de Anita ke é

pintora de Katita ke é advogada de Anita ke é

“mula” de Katita ke é cozinheira de Anita ke é

namorada de Katita ke é costureira de Anita... que

gostam de pênis de mulher.

(Avles - A propriedade privada é a responsável

diretamente pela exploração do trabalho alheio,

pois ela é baseada na visão dos lucros sobre a

produção.)

AUTOPSIA DA PUTOESIA

Ao som da Ladesgracione – morte ao onipresente

No embriagar de minha sonoridade

Apenas a revolta;

A socialização da liberdade

Apenas ruídos in fagulhas;

A morte da desigualdade

A busca pelo Flor Resta

O assassinato da onisciência

A destruição para construção

Eis a questão?

Ser?

Ter?

Ke tipo de escravo kero ser?

Aiiiiiiii

Dimiiiiimmmmmm

Esse minúsculo átomo que ocupa espaço

Pirando, transpirando e conspirando sua história

nesse grande romance que é a vida

O que é a vida?

O ke é a vida?

Um minúsculo existir

Um flautulento peido

Uma gota de chuva nesse deserto

a criação de mais uma nota musical

o vazio da multidão

o imperfeito complexo finito ser

a pétala da flor morta no lago Baikal

a morte de deuses e demônios cotidianamente

o que é a vida?

o que é a vida?

o que é a vida?

Aki e agora!

Eis a resposta.

(Avles – Defendo fortemente o direito ke temos de

ser sujeito de nós mesmxs...

...assim se uso maconha ou açúcar (não sei qual

dessas drogas é pior), não dou o direito do estado

e suas leis interferirem nesta escolha pessoal.)

KE AS MORTAS DEIXEM PARA AS VIVAS.

Putoesia

Puto e teoria

Puto teoria e ação.

Putoesia é uma raiz

Da poesia que não se deixou ser matriz

Nem ser códigos palavristicos.

Assim como o hardcore não é musica;

O punk não é um produto;

Noise core é protesto;

A musicalidade knup não é mercadoria

Eis ke surge a putoesia.

Una arma

Contra lapadronizacione

Da pratica e da teoria.

Assim falou Zaratrusta, seu Zé e minha tia

Jefinha.

Assim como o javali se movimenta na mata

Assim como o black block cria sua anti-arte

Assim como a Flor Resta resiste.

Assim és a putoesia.

Essa Flor urbana ke resta

Kebrando concreto

E fazendo sangrar.

Eis a questão?

Amando seu ódio

E semeando liberdade

Na luta dxs de baixo contra xs de cima.

Eis-me aki putoesia.

(Avles - O homem ke destrói as mercadorias

demonstra sua superioridade humana sobre as

mercadorias. Não permanece prisioneiro das

formas arbitrarias ke encobrem as suas

necessidades reais.)

BEIJOS DE ARROTO DE HIENA

És ópio na alimentação do putoeta;

És fagulha na água da putoeta;

És centelha...

És ódio no amor do anarquista;

És amor no ódio do libertário;

És black block na destruição pra construção;

És destruição para construção na arte de rebelar-

se;

A luta contra el capitalismo.

(Avles - Viva la aborto livre!)