Olhar(ES) 34

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Dezembro de 2011 Publicação trimestral N.º 34 Coordenação:Isabel Vaz Ana Lotra Nesta edição ¿Qué es felicidad? CERN A Voz dos Ex-alunos Em Roma com EMRC Outras Perspetivas Gala Nacional do Des- porto Escolar Triste Memória 2 4 4,5 5 6 7 8 ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ Olhar(es) digital : www.aelourinha.pt No passado dia 18 de Novembro de 2011, decorreu na Escola Secun- dária da Lourinhã, a Gala Nacional de Desporto Escolar, na qual foi apre- sentada uma demonstração ilustrativa das atividades realizadas por pro- fessores e alunos nas escolas durante o ano lectivo 2010/2011. p.7 GALA NACIONAL DO DESPORTO Boxing Day Boxing Day is usually on 26 December in the United Kingdom, Canada and some other Commonwealth countries. The day after Christmas Day is also known as St Stephen's Day or the Feast of Stephen as mentioned in the carol 'Good King Wenceslas'. The origins of Boxing Day are uncertain. The name could have come about from the custom of priests opening alms boxes in churches after Christmas. These held mon- ey which had been given for needy people in the days coming up to Christmas. An- other story of how it began is from the tra- dition of employers and wealthy people giving their servants and trades people Christmas boxes (gifts) as a way of saying thank you for good service throughout the year. Mistletoe Most people have heard of mistletoe, particularly at Christmas time. It is a plant which often grows on other trees and shrubs. The white berries are full of a sticky juice. There are lots of legends and traditions surrounding mistletoe, the most well known and popular being the kissing one. It was be- lieved that kissing under the mistletoe would lead to marriage. P.8 In English DID YOU KNOW THAT...

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Jornal do Agrupamento de Escolas da Lourinhã, nº34 de dezembro de 2011

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Dezembro de 2011 Publicação trimestral

N.º 34

Coordenação:Isabel Vaz Ana Lotra

Nesta edição ¿Qué es felicidad? CERN A Voz dos Ex-alunos Em Roma com EMRC Outras Perspetivas Gala Nacional do Des-porto Escolar Triste Memória

2 4

4,5 5 6 7 8

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

Olhar(es) digital : www.aelourinha.pt

No passado dia 18 de Novembro de 2011, decorreu na Escola Secun-dária da Lourinhã, a Gala Nacional de Desporto Escolar, na qual foi apre-sentada uma demonstração ilustrativa das atividades realizadas por pro-

fessores e alunos nas escolas durante o ano lectivo 2010/2011. p.7

GALA NACIONAL DO DESPORTO

B o x i n g D a y

Boxing Day is usually on 26 December in the United Kingdom,

Canada and some other Commonwealth countries. The day after Christmas Day is also known as St Stephen's Day or the Feast of Stephen as mentioned in the carol 'Good King Wenceslas'. The origins of Boxing Day are uncertain. The name could have come about from the custom of priests opening alms boxes in churches after Christmas. These held mon-

ey which had been given for needy people in the days coming up to Christmas. An-other story of how it began is from the tra-dition of employers and wealthy people giving their servants and trades people Christmas boxes (gifts) as a way of saying thank you for good service throughout the year.

M i s t l e t o e

Most people have heard of mistletoe, particularly at Christmas time. It is a plant which often grows on other trees and shrubs. The white berries are full of a sticky juice. There are lots of legends and traditions surrounding mistletoe, the most well known and popular being the kissing one. It was be-lieved that kissing under the mistletoe would lead to marriage. P.8

In English DID YOU KNOW THAT...

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Festa do

A interrupção de Natal é um bom momento para colocar em dia aquelas

leituras que são continuamente adiadas ao longo do tempo de estudo e trabalho. Por

isso, a Biblioteca disponibiliza para estes momentos um conjunto variado de obras,

desde os grandes clássicos a leituras atualíssimas. Pode encontrar, entre outras

informações relevantes, notícia das últimas aquisições na página do facebook:

http://www.facebook.com/BIBLIOESL

Para além dos recursos e equipamentos, a Biblioteca dinamiza formação

aos seus utilizadores. Em janeiro e fevereiro, decorrerão sessões de formação sobre

métodos de pesquisa e outros aspetos de metodologia do trabalho científico.

Passados 3 anos da primeira edição deste evento, o sucesso continua garantido. Criada com o intuito de levar os alunos de EMRC da ESL a conhecerem-se, e nas se-guintes edições a conhecerem os novos, a Festa do Cartão é já uma das imagens de marca da disciplina na ESL. Os alunos são os protagonistas desta festa, na qual os profes-sores intervêm apenas como organizadores. O seu objetivo final é entregar aos estudantes do 10º ano o Cartão de Moral e renovar os cartões dos mais velhos, isto é, os dos 11º e 12º anos. Este cartão tem um significado so-mente simbólico, no entanto, tem um grande valor sentimental para nós, alunos de Moral. Na festa deste ano não houve lugar para a apresentação das atividades desenvol-vidas nos anos anteriores, o que deixou mais tempo aos alunos para conviverem. Com grande espírito de cooperação, assim como “manda” a disciplina, os alunos do 11º e 12º anos desenvolveram atividades de convívio, que envolveram música e jogos, tudo isto com o objetivo de começar a criar laços. Outra novidade em relação aos anos anteriores foi o facto de, nesta edição da Fes-

IN DIREITOS HUMANOS Este cartoon representa a diferença entre as classes sociais .

Na figura, podemos ver que existe uma grande diferença no vestuário, na forma co-mo a sociedade distingue os homens, através da diferença entre passadeiras (pois as classes mais baixas não têm “nível” para pode-rem frequentar os mesmos locais que as classes altas). E, mesmo relativamente ao tamanho, para que a diferença seja mais notória, a classe baixa foi represen-tada de forma mais pequena para que pareça insignificante (tal como muitas vezes acontece na nossa sociedade). Se não existisse uma diferença tão grande entre classes, haveria uma maior igualdade na sociedade e não existiria tanta discriminação. Existem muitos casos destes pelo Mundo, no quais as pessoas com me-nos possibilidades são desprezadas pelas mais poderosas. Hoje em dia, o poder faz a pessoa e são poucos os que olham para além disso.

Ana Carolina, Filipe Fernandes, Luana Silva e Tiago Perluxo, 11ºF

Camilo Pessanha Camilo Pessanha foi um simbolista a cem por cento. Era através de enigmas e símbolos que ele compunha todos os seus poemas. Difíceis de inter-pretar, todos eles nos transmiti-am diversas emoções. Apesar de repudiar a confissão direta, como todos os simbolistas, Pessanha confes-sava-se muitas vezes, porém indirectamente, e era através dessas confissões indirectas que conseguíamos deslindar todos os dramas existenciais de Camilo e o seu difícil caminho para atingir a felicidade. O autor de Clepsydra era mórbido, triste, pessimista e um desistente. Os seus poemas eram vagos, indecisos e nebulo-sos, como em tudo o que é sim-bolista, os poemas do bardo eram um véu sobre aquilo que ele queria realmente dizer, um véu extremamente minucioso, construído com grande subtileza

e mestria. Marta Nobre, 11ºD

Biblioteca

ta do Cartão, terem sido os alunos de 12º ano a entregar os cartões aos restantes. A entre-ga dos cartões dos alunos do 12º ano foi feita pelo professor Fernando Santos, que já não se encontra em funções na escola, mas que foi convidado para vir entregar os cartões aos seus antigos alunos. Na ótica dos alunos de 11º e 12º ano, mais do que entrega e renovação dos cartões de Moral, o objetivo da Festa do Cartão é mostrar aos novos alunos que EMRC não é só mais uma disciplina, é A DISCIPLINA, que pode fazer a diferença no percurso escolar. Na Festa do Cartão, os alunos sentem- se como se se vissem pela primeira vez, e, na verdade, é o que acontece. Nela, os re-cém-chegados podem conhecer uma outra faceta dos alunos mais velhos, ficam a ver o lado mais humano, mais cooperativo, mais sensível destes, assim como os alunos mais velhos conhecem os principiantes desta disci-plina e desta aventura, em que nem todos os estudantes embarcam e os que aderem, nem sempre, são capazes de acabá-la. Assim, é nesta festa que eles são consagrados como novos membros da elite de EMRC.

Estamos no FACE!

Terá lugar este ano letivo a 4ª edição do concurso poético Palavras Sentidas. Fique atento à divulgação do Regulamento , que será feita pelos professores de Portu-guês e pela Biblioteca, a partir de janeiro. Participe!

Marta Nobre no Teatro Cine - 2010/11

Constantin Ciosu, s/título, In Direitos Humanos, 10 anos—PortoCartoon, Museu Nac. Da Imprensa e Afrontamento, 2008

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ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

TRADIÇÕES É inquestionável a riqueza do nosso património oral, não só pelo número de manifesta-ções, mas também e sobretu-do pela imensa sabedoria que cada uma delas encerra, fruto da experiência de vida dos nossos antepassados. Então, vejamos e reflitamos:

A união faz a força.

A Laranja de manhã é Ouro, de tarde é Prata e à noite ma-ta.

A noite é boa conselheira.

A ocasião faz o ladrão.

Amor com amor se paga.

A cavalo dado não se olha o dente.

As coisas procuram-se onde se perdem.

A justiça tarda, mas não falha.

À primeira, qualquer um cai, à segunda só cai quem quer.

Água mole em pedra tanto bate até que fura.

Burro velho não aprende li-ção.

Casamento molhado, casa-mento abençoado.

Cada macaco no seu galho.

Cada um sabe de si e Deus sabe de todos.

Cão que ladra não morde.

Cá se fazem cá se pagam.

Devagar se vai ao longe .

Depressa e bem não há quem.

Deus escreve direito, por li-nhas tortas .

Recolha de Filipe Fernandes, 11ºE

¿Qué es felicidad? Para mi felicidad es más que

estar contento, la felicidad es llegar al

nivel de plenitud, unas veces nos pode-

mos sentir un poco más en bajo, pero

para alcanzarla no nos podemos dejar

llevar y debemos seguir luchando por lo

que queremos, o simplemente, cada día

que pasa, se pierde. En mi

opinión, podemos estar tris-

tes sino felices, eso ocurre

cuando echamos alguien de

menos, nos ponemos tristes

porque no tenemos esa per-

sona al lado, pero felices

porque amamos a alguien.

Alcanzar la felicidad no es

siempre posible, en el mundo

en que vivimos, donde pre-

domina el deseo de ser su-

perior y controlar a los otros, muy pocos

son aquellos que tienen la capacidad de

alcanzarla.

¿Cuándo llegamos a ese nivel de pleni-

tud? Acontece cuando luchamos por lo

que queremos y vemos los frutos de esa

lucha, y lo mejor que podemos lograr, es

el corazón de quien queremos.

Dominique Martinho , 10º B

La felicidad es un sentimiento interior, un

sentimiento de autorrealización. Es cuan-

do alcanzamos algo que queremos mu-

cho.

Puede significar cosas diferentes para

cada persona. Para unos la felicidad pue-

de ser comprar una casa, ir a vivir con

sus amigos, entrar en la

universidad, comprar su

propio coche, casar,

cumplir años, sacar

buenas notas en un

examen, empezar a

salir por la noche. Cada

uno tiene un objetivo y

cuando se logra el senti-

miento de felicidad entra

en nuestro cuerpo.

La felicidad se alcanza

trabajando para conquistar las cosas que

nos gustan más, que nos hacen felices.

Algunos tienen que luchar más que otros,

pero cuando la sentimos es lo mejor. En

la vida también tenemos pequeños place-

res como comer la comida de mamá…

estas pequeñas cosas también nos traen

felicidad.

Inês Cunha 10ºB

Ser aluno de EMRC exige um espírito aberto, de sacrifício, de entreajuda. No entanto este esforço é compensado: Através desta discipli-na é possível fazer novas amizades, verda-deiras e duradoras, garantem-no alunos de 12º ano. Os alunos de EMRC apoiam-se uns aos outros quando é necessário, mesmo não estando juntos todos os dias. EMRC liga-os, cada ati-vidade proporciona experiências diferentes mas que, marcam sempre a memória de cada um. Desenvolve uma união com pes-soas diferentes, tendo em conta que, atualmente temos tendência para só nos relacionar com um tipo cada vez mais restrito de pessoas. EMRC altera esta situa-ção: conhecem-se pessoas no-vas e destroem-se até estereóti-pos, que muitas vezes tínhamos feito acerca de alguém só porque “sim”. Tudo isto começa na Fes-ta do Cartão, o primeiro passo na

caminhada dos estudantes desta disciplina, que se destacam e que são diferentes pelo elo de amizade que nutrem, ou que ainda irão desenvolver ao longo do ano, e pelo fato de, através de EMRC, adquirirem uma nova visão da comunidade escolar e também do mundo.

O Olhar(ES) deseja a todos um Santo Natal

e um excelente Ano Novo.

Cartão 2011

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Colisão de ma-téria: Cientistas

vão revelar resultados de experiências

Com estas experiên-cias, os cientistas preten-dem achar o bosão de Hi-ggs, considerado a mãe de todas as partículas, o tijolo elementar do universo. No Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN), realizou-se na ter-ça-feira, dia 13 de dezem-bro, à tarde, um seminário onde foram revelados os mais recentes resultados das experiências de colisão da matéria. Com estas experiên-cias, que foram feitas no interior do gigantesco ace-lerador de partículas, os cientistas pretendem achar o bosão de Higgs, conside-rada a mãe de todas as partículas, o tijolo elemen-tar do universo. Neste, que é mais potente acelerador de partí-culas do mundo, localizado em Genebra, já foram reali-zados 400 mil milhões de colisões em busca da mãe de todas as partículas.

A Voz dos Ex-Alunos Com a última edição do Olhar(es) deste ano damos início a uma nova rubrica que se prende com dar a voz aos ex-alunos do Agrupamento de Escolas. As Escolas são pessoas, não só quem está presente, mas também quem aí construiu o seu percurso. ”A Voz dos Ex-Alunos” pretende ser um espaço de comunicação para quem é uma mais-valia, pelo exemplo e pelo caminho construído, ou em construção. Porque as pessoas são o que as organizações têm de mais valioso, a Escola pretende que os seus alunos edifiquem caminhos de cidadania, sucesso e felicidade. Quando isso acontece, a Escola terá cumprido o seu papel. Prof. Ricardo Monteiro

cação do Instituto Politécnico de Beja. Afirmo e reconheço que foi uma mudança drástica, mas muito positiva na minha vida. As principais motivações que me levaram a esco-lher a profissão de Assistente Social foram a minha preocupação com um mundo melhor, um mundo desperto para a Equidade e Justiça Social, onde os Direitos Humanos se de-vem sobrepor aos estereótipos e estigmas da sociedade, onde as pessoas com dificuldades socioeco-nómicas não devem viver subalterni-zadas e oprimidas por toda uma sociedade, cabendo a estes profissionais lutar por uma sociedade mais justa, emancipando os oprimidos.

Cheguei a Beja sem conhecer nada nem ninguém. Comecei por viver com um casal de idosos que tinham um quarto para alugar, em-bora, passados 4 meses de lá estar, tenha ido viver com colegas e permanecido com estes até ao final do curso, no mesmo apartamento em frente ao Instituto. É uma fase em que aprendemos a atribuir valor a muitas coisas, principalmente aos nossos amigos e família que, no meu caso, estavam longe e eu só os via duas vezes por mês.

Durante o meu 2.º e 3.º anos da licenciatura, fui membro representante do Curso de Serviço Social na Comissão Técnico-científica do De-partamento de Ciências Sociais e do Compor-tamento, onde participava nas reuniões de avaliação do curso. No meu último ano da li-cenciatura, realizei o meu estágio curricular no Centro Distrital de Segurança Social de Beja – Serviço Local de Segurança Social de Ferreira do Alentejo, na área da Rede Nacional de Cui-dados Continuados Integrados, acompanhando as funções da Assistente Social que me orien-tava o estágio. Além do estágio, para conclu-são do curso, tive que realizar ainda uma dis-sertação teórica sobre “A importância dos cui-dadores informais no processo de reabilitação de pessoas em estado de dependência”.

Actualmente estou desempregado, espero que seja por pouco tempo, mas, de facto, as coisas não estão fáceis para conseguir um emprego. A área da saúde e o trabalho com famílias sempre foi uma das minhas preferên-cias ao longo do curso, isso não posso negar, embora goste de todas as problemáticas em que intervém o Serviço Social. Em relação ao futuro, gostaria de realizar uma pós-graduação em Serviço Social e Políticas Sociais de Famí-lia na Europa e, mais tarde, quem sabe, um mestrado em Serviço Social ou em Psicologia Comunitária e Protecção de Menores. Para já, a prioridade é encontrar um trabalho, mesmo que não seja na área, para poder juntar algum dinheiro e continuar a investir na minha forma-ção.

Bruno Gonçalves

O meu nome é Bruno Gonçalves, nasci a 23 de Maio de 1990. Iniciei a minha vida escolar no ano de 1996 quando entrei na Escola Básica do 1.º Ciclo de Nadrupe. Frequentei esta escola durante quatro anos, sendo que, em Setembro do ano de 2000, dava início a uma nova etapa da minha vida no 2º ciclo, uma etapa que motiva em todos nós alguns receios, ansiedade e, ao mesmo tempo, uma sensação de responsabili-dade, levando-nos a pensar que realmente a escola é algo sério e que começa a ter uma de-terminada importância nas nossas vidas.

A entrada na Escola Dr. Afonso Rodrigues Pereira fez com que eu me confrontasse com uma realidade que até esse momento era des-conhecida: uma escola grande, com muitos alu-nos, muitos professores, as aulas de Inglês, de Educação Física, de Ciências Naturais, enfim… uma série de novidades que, hoje em dia, acom-panham os mais petizes desde o Jardim de In-fância, mas que, para mim, chegado de uma escola com cerca de vinte alunos e um único professor para 1º, 2º, 3º e 4º anos, fez toda a diferença. Senti-me mais crescido, sim, porque não era só a chegada a uma nova escola, era também o aprender a ir para essa escola, o co-meçar a andar de transportes públicos, lidando com o imprevisto.

No meu 7.º e no 8.º ano de escolaridade, era membro da Rádio Escolar e noticiava os aconte-cimentos da Escola Dr. Afonso Rodrigues Perei-ra com o apoio da Rádio Clube da Lourinhã. Também no meu 8.º ano de escolaridade, eu e outros colegas meus participámos num inter-câmbio com uma outra escola de uma vila cha-mada Ecully, na região de Lyon (França). Até ao meu 9.º ano, sempre pensei seguir algo relacio-nado com as Ciências Sociais, o que me levou a optar por seguir o Curso Tecnológico de Acção Social. Frequentei este curso na Escola Secun-dária da Lourinhã entre os anos de 2005 e 2008. Foi mais uma grande mudança na minha vida, foram três anos intensos, onde conheci e fiz muitos amigos. Fui membro da Oficina de Teatro da Escola durante os três anos em que lá estive. Durante o 11.º ano, eu e uns amigos começá-mos na brincadeira a pensar constituir uma lista candidata à Associação de Estudantes para o ano lectivo seguinte, objectivo que conseguimos alcançar com sucesso. Organizámos algumas festas e conseguimos levar para a escola a pri-meira mesa de matraquilhos.

No final do 12.º ano, todos nós começamos a decidir o rumo que queremos efectivamente dar às nossas vidas. É o medo dos exames nacio-nais, é a indecisão em escolher a Universidade/Curso que queremos frequentar, é o medo de que a média não seja suficiente, enfim… uma série de factos que passam tão rapidamente, embora não pareça. Foi no final do meu 12.º ano que decidi seguir o curso de Serviço Social, co-locando-o em todas as opções na candidatura ao Ensino Superior, tendo sido colocado na mi-nha segunda opção – a Escola Superior de Edu-

A porta-voz para a experi-ência ATLAS, Fabiola Gi-anotti (à esquerda), e o di-retor geral do CERN, Rolf-Dieter Heuer, durante a conferência de imprensa em Genebra.

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ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

Contudo, para que nada seja fruto do acaso, os cientistas já avisaram que em causa estão pro-gressos significativos na investigação, sendo ainda cedo para proclamar a exis-tência do bosão de Higgs. Numa analogia com a formulação da teoria da gravidade, um cientista ex-plicou que será preciso que caiam um milhão de maçãs da árvore para que a des-coberta desta partícula seja anunciada ao mundo. O bosão de Higgs é uma partícula hipotética, essencial para explicar para por que é que as outras partículas têm massa se-gundo o chamado modelo padrão, a teoria sobre o mundo mais consensual entre os físicos. Segundo a ideia formulada nos anos 60 pelo físico Pe-ter Higgs, esta partícula transformou a matéria dis-persa do Big Bang em es-trelas e planetas nos pri-mórdios do Universo. Artigo compilado por Nel-son Santos, in TSF.pt, pu-blicado em 13-12-2011

A Voz dos Ex-Alunos Com a última edição do Olhar(es) deste ano damos início a uma nova rubrica que se prende com dar a voz aos ex-alunos do Agrupamento de Escolas. As Escolas são pessoas, não só quem está presente, mas também quem aí construiu o seu percurso. ”A Voz dos Ex-Alunos” pretende ser um espaço de comunicação para quem é uma mais-valia, pelo exemplo e pelo caminho construído, ou em construção. Porque as pessoas são o que as organizações têm de mais valioso, a Escola pretende que os seus alunos edifiquem caminhos de cidadania, sucesso e felicidade. Quando isso acontece, a Escola terá cumprido o seu papel. Prof. Ricardo Monteiro

Sou a Joana Malho, tenho 20 anos e fre-quento atualmente o 2º ano de Psicologia na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa.

Fui estudante da Escola Secundária. Inicial-mente não sabia o que queria seguir, por isso, matriculei-me em Artes e, no final do primeiro período, mudei para Economia. No final desse mesmo ano, decidi repetir o 10º ano e inscrevi- -me em Ciências e Tecnologias. No 11º ano, tinha a certeza de que queria Ciências Farma-cêuticas, no entanto, não tinha nota suficiente para ingressar. Sendo assim, mudei de escola e ingressei no ensino recorrente, de forma a poder obter uma média superior para poder ir para o curso que desejava.

No 12º ano, comecei a viver em Lisboa e, neste mesmo ano, tive a disciplina de Psicolo-gia. Aqui tudo começou a mudar. Foi um ano em que aproveitei para me conhecer e visitar os lados mais recônditos da minha maneira de ser. Fui sofrendo algumas transformações a nível emocional. No final desse ano lectivo, decidi ingressar no ensino superior em Psico-logia.

Consegui entrar na primeira opção e fiquei feliz. No entanto, os primeiros anos dos cursos do ensino superior são muitos gerais e fala-se muito pouco sobre as coisas verdadeiramente giras do curso, daquilo que queremos ouvir e aprender. Na minha opinião, o primeiro semes-tre foi bastante entediante e comecei a desmo-tivar. Quis sair da Faculdade e mudar de cur-so, só que não sabia o que escolher. Consultei o plano de estudos do 2º semestre e decidi ficar porque iria poder ter uma unidade curricu-lar que me cativava – Psicologia Positiva.

Hoje penso que foi a melhor decisão que pude tomar. Pude contar com os Professores Helena Marujo e Luís Miguel Neto. Ao longo do semestre, esta cadeira deu-me uma “caixa de ferramentas” enorme para a minha vida académica e pessoal. Mais uma vez, a Psico-logia fez com que eu me conhecesse um boca-dinho mais e começasse a descobrir talentos e capacidades que ainda não tinha descoberto em mim. De certa forma, continuar no curso abriu-me os horizontes e comecei a participar em workshops, formações e conferências.

Comecei a conhecer professores e profissio-nais em várias áreas da psicologia. Na cadeira de Psicologia Positiva, havia por

norma um convidado para uma parte de cada aula. Os convidados falavam sobre o seu percurso, as suas iniciativas, os seus proje-tos. Um dos convidados foi o Luís Plácido Santos, aluno de Gestão da Universidade Nova, que divulgou uma iniciativa sua, a Posi-tive Conference, que surgiu através do Nova HappinessClub, também criado por ele – um clube que tem como objetivo promover a feli-cidade e o bem-estar dos estudantes daquela universidade, dado que é um meio muito

competitivo e stressante. Entretanto, o Luís quis que se replicasse esta iniciativa por vários pontos do país, tendo convidado a Inês Santos Silva a implementar esta ideia na Universidade do Porto, e a mim, para que o fizesse na Uni-versidade de Lisboa.

Neste momento, sou Chief Happiness Officer no UL Happiness Club. Dia 21 de Novembro, segunda-feira, inaugurámos o clube com a realização de um HappinessDay. O Happi-nessDay, realizado em parceria com a Univer-sidade de Lisboa, consistiu na promoção da felicidade nos estudantes universitários atra-vés de actividades desportivas na Academia ULness e culminou com a presença de diver-sos oradores na Reitoria da Universidade de Lisboa, em que o tema abordado foi a Felici-dade. Pudemos contar com a presença de Marta Gonzaga, Vasco Gaspar, João Catalão, Manuel Oliveira e Fernanda Freitas.

Sinto-me satisfeita com o trabalho que tenho vindo a realizar e tenho vontade de continuar a desenvolver este tipo de projetos. Do meu ponto de vista, na situação em que vivemos, é necessário manter o espírito empreendedor e proativo. Penso que o simples facto de estar-mos a frequentar a faculdade, só por si, já não nos dá grandes oportunidades. Por isso, deixo um conselho: devemos explorar as nossas capacidades, explorar aquilo que gostamos de fazer, explorar o que nos faz sentir bem. Para-lelamente ao curso, podemos desenvolver diversas atividades que enriquecem o currícu-lo, mas que, acima de tudo, enriquecem a pessoa. Através da experiência, vai-se retendo que a vida universitária não são só as saídas, não são só as praxes, não são só os trabalhos e não são só os exames. A vida universitária é aquilo que se fizer dela, por isso, devemos aproveitar esta etapa para experimentarmos tudo, com peso e medida, até encontrar aquilo que gostamos realmente de fazer. Por isso, quando os teus olhos brilharem enquanto rela-tares aquilo que estás a fazer, é porque esse é o TEU projecto – Because Happiness Is a Full-time Job!...

Joana Malho

Foto de Tanixa

EMRC em Roma Os alunos de EMRC do Agrupamento de Escolas da Lourinhã, nomeadamen-te, os dos 11º, 12º anos Escola Secundária da Lou-rinhã, irão em visita de es-tudo a Roma entre os dias 20 e 25 de Fevereiro de 2012. Na Quarta-feira de Cinzas terão um encontro com sua Santidade o Papa Bento XVI, na Basílica de Santa Sabina.

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Outra Perspetiva

No dia 3 de novembro de 2011, as turmas F e G, res-petivamente dos cursos pro-fissionais Marketing e de Informática de Gestão, no âmbito da disciplina de Área de Integração, realizaram uma visita de estudo à Ade-ga da Aguardente DOC da Lourinhã, denominada por Lourinhac, e ao Museu da Lourinhã cujo espólio é ri-quíssimo. Na Adega, fizemos uma visita guiada pelo Sr. João Catela, na qual nos foi expli-cado todo o processo desde a apanha até a rotulagem da Aguardente. No Museu, apreciámos os períodos de evolução da espécie humana e as formas de expressão como o Menir, que representa a fertilidade. Observámos posteriormente as profissões que existiam no nosso concelho. Seguiu- -se a apresentação da ma-quete da Igreja, que demo-rou oito anos a construir. Por fim, visitámos a casa “Saloia”, que foi construída de forma a que parecesse uma casa típica do Concelho e que nos provocou uma desagradável sensação de frio. Depois de visitarmos a primeira parte do Museu, passámos à secção dos Di-nossauros onde predomina o Lourinhanosauros e o Louri-nhasauro. Neste espaço, podem ainda ser observadas várias espécies de outros Dinossauros, répteis e ma-míferos. Até 9 de novembro, foi ainda possível conhecer os projetos de Angola, “PaleoAngola”, e de Moçam-bique, “PalNiassa”. No final, fomos ao labora-tório do Museu, no qual nos foram dadas informações sobre alguns fósseis que estão a ser tratados e ficá-mos a saber também como os paleontólogos trabalham em campo. Foi uma visita bastante esclarecedora e muito inte-ressante. Miguel Fernandes e Samuel Severi-

no,11ºG

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UM OLHAR EXTERIOR

No passado dia 18 de no-vembro de 2011, sexta-feira, as turmas de Informática do Agrupamen-to de Escolas da Lourinhã efe-tuaram uma vi-

sita de estudo ao Pavilhão do Conheci-mento, às exposições “O Mar é fixe mas não é só peixe.”, “Regressar aos Antepassados“ e a “ Física no Dia-a-Dia”. Saídos da Lourinhã às 10:10h, che-gámos a Lisboa por volta das 11:30h. Quando chegámos, fomos ao Centro Comercial Vasco da Gama, aonde al-moçámos. Depois disso, seguimos pa-ra o Pavilhão do Conhecimento e co-

meçámos pela exposição “Regressar aos Antepassados”, exposição de ativi-dades de quando éramos mais novos. De seguida, fomos para a exposição “O mar é fixe mas não é só peixe.” Nesta, tivemos hipótese de conduzir simuladores de barcos e de um empi-lhador de contentores. Ainda nesta ex-posição, havia um simulador para ar-rancar o motor de um barco e uma zo-na na qual podíamos aprender a fazer nós de pescador. A exposição seguinte era relativa a coisas do quotidiano, as quais não reparamos habitualmente. Realizámos muitas experiências, às quais nunca tínhamos dado atenção e que são realmente interessantes.

Fernando Rocha, Filipe Gomes, Filipe Serafim, Filipe Cláudio, Ilídio Baptista, João Dias, João Rodrigues, Miguel

Monteiro, Ricardo Tiago, 11º G

No passado dia 3 de novembro, as turmas F e G do 11º ano realizaram uma visita de estudo à Adega Coope-rativa da Lourinhã e ao Museu da Lou-rinhã. De seguida, enumeraremos os aspetos positivos e negativos.

Relativamente aos primeiros, na Adega, destacamos a Prova da Aguar-dente (pois tivemos a oportunidade de experimentar algo diferente) e as cla-ríssimas informações fornecidas princi-palmente pelo Sr. João Catela. Já rela-tivamente ao Museu, destacamos a casa “saloia” que, com bastante deta-lhe, mostra como era a vida antiga-mente: como eram feitas as necessida-des, os métodos de proteção, o mobi-liário, etc.. Registe-se ainda no mesmo espaço a situação deveras cómica de desentendimento com idosas. Ambos os espaços, proporcionaram -nos, de igual forma, um conhecimento mais profundo da nossa herança local. Aspectos interessantes foram ainda o facto de as visitas serem guiadas, o

que nos auxiliou na orientação pelos espaços e, por fim, o facto de realizar-mos estas visitas na companhia das alunas do Curso de Marketing (apreciação que não necessita de ex-plicação, como é bastante óbvio :]). Pela negativa, destacamos, na Ade-ga, o espaço muito escorregadio e su-jo, e a falta de cadeiras que levou a que tivéssemos de permanecer muito tempo em pé. No Museu, o discurso proferido pelas guias foi pouco interes-sante e, devido ao facto de este espa-ço ser muito grande, a visita foi feita de uma forma superficial, com exceção do espaço reservado aos dinossauros. Em ambos os locais, considerámos que as visitas foram pouco motivado-ras porque demoraram demasiado

tempo. Ao nível dos transportes, considerá-mos bastante negativo o facto de não haver um meio mais adequado (apenas uma carrinha para mais de 30 alunos).

Filipe Gomes, Ilídio Baptista, João Dias e João Rodrigues, 11ºG

Adega Cooperativa e Museu da Lourinhã

Pavilhão do Conhecimento

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A injus-tiça

contra os ani-mais

O tema que pretende-mos abordar é a adoção dos animais e o abandono dos mesmos. Queremos alertar para as injustiças que as pessoas cometem com os animais. Todos os anos, centenas de ani-mais são abandonados por diversas razões. Há pessoas que abandonam os cães pelo simples facto de eles terem crescido mais do que era previsto, ou por não terem paciên-cia para os ensinar a com-portarem-se, ou também porque querem ir de férias ou viver para o estrangei-ro e não querem mais se-rem responsáveis pela sua mascote. Os animais não são sim-ples brinquedos que pode-mos obter, usufruir e, quando nos fartamos, dei-tar fora. Eles são seres com sentimentos, eles amam-nos e, tal como nós, gostam de se sentir amados, mas também não são perfeitos e não têm culpa de não o ser. Ao abandoná-los, eles sen-tem-se tristes, sozinhos, vulneráveis e já não con-seguem confiar tão bem nos humanos por se senti-rem magoados, sobretu-do, quando as pessoas cometem a atrocidade de os maltratar fisicamente, apenas por eles não con-seguirem imediatamente corresponder às suas ex-pectativas. Por isso, im-ploramos para que pense bem, se consegue mesmo comprometer-se com o animal de estimação que quer adotar.

Cláudia Escaleira e Fátima Pereira, 11ºD

vamente a este aspeto, para a Lourinhã, a grande aposta é nos Dinossauros. A visita demorou cerca de 40 minutos. No decorrer da mesma, dois alunos fize-ram uma entrevista ao Vereador Tomé. Uma das questões foi: “Estará a Lourinhã preparada para uma nova cheia?” ao que edil respondeu que já tinham sido feitas as limpezas do rio para que toda a água pos-sa descer normalmente pelo caudal. Por volta das 17:20h, terminámos a nossa visita à Câmara. Foi uma visita, na qual adquirimos novos conhecimentos rela-tivamente ao nosso Concelho.

Samuel Severino, 11º G

Na quarta-feira, dia 23 de novembro de 2011, a turma G do 11º Ano do Curso de Informática de Gestão realizou uma visita de estudo à Câmara Municipal da Louri-nhã, com o objetivo proporcionar uma vi-são diferente sobre a forma como a Câma-ra atua nas freguesias e em que áreas intervém para benefício dos seus muníci-pes. Fomos recebidos pelo Vereador Tomé que nos explicou o funcionamento da Câ-mara Municipal, a sua intervenção na vida dos munícipes, a ajuda prestada às fregue-sias, e nos informou acerca das freguesias mais dinâmicas ao nível do turismo. Relati-

(continuação da p.1)Todas as turmas Pro-fissionais Técnicas de Turismo desempe-nharam diversas funções, tais como asse-gurar a receção, estar presentes nos vas-tos espaços da escola, no acto de entrega dos troféus e diplomas aos premiados e também na entrega dos panfletos que con-tinham a programação do evento. Devido às más condições meteorológi-cas, muitos convidados não compareceram

e o progra-ma da Gala sofreu al-gumas al-terações. Entre as 16:00h e as 17:30h, os convida-dos come-

çaram a chegar e puderam apreciar a ex-posição e diversas actividades desportivas. A partir das 17:15h, os convidados co-meçaram a ir para o pavilhão da escola, pois, pelas 17:30h, iria iniciar-se o espetá-culo demonstrativo das atividades das dife-rentes escolas (Agrupamento de Escolas da Lourinhã, Agrupamento de Escolas do Carmo, Escola Secundária José Gomes

Ferreira e Escola Secundá-ria Alberto Sampaio), as apresentações de Dança e Desportos Gímnicos e os discursos de várias entida-des (Sr. Director-Geral da DCIDC e Srª Secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário). A sessão encerrou com a entrega de prémios (Alunos-Praticantes, Gru-pos-Equipas, Alunos-Árbitros, Professores, Es-colas, Autarquia, Desporto Adaptado, Desporto Internacional, Espírito Desportivo e Prestígio), entre os quais, o de Prestígio, que foi entregue ao actual treinador nacional, Paulo Bento. Por volta das 19:00h, foi o encerramen-to do espetáculo, seguido por um lauto banquete, com grande variedade de doces,

frutas e outras iguarias para todo o público e colaboradores do evento. No final, o nosso Diretor de Curso, o Professor Nuno Pereira, veio falar com alguns alunos do Curso Profissional Técni-co de Turismo, que demonstraram uma postura excelente, contribuindo para que o evento tenha corrido muito bem. Termina-mos, desejando que a nossa escola seja novamente escolhida para o ano que vem…

Miguel Henriques, Nádia Pereira, Pedro Correia, Rodolfo Santos, Rute Sousa e Sandy Ferreira, 11º E

GALA NACIONAL DO

Câmara Municipal da Lourinhã

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

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Lembro-me de ser um miúdo feliz e ingénuo, criado como cristão, de ter boas notas, mas poucas emoções, de olhar à minha volta e não me inteirar do que se passava, de querer desco-brir tudo o que não conhecia. Tinha amigos e conhecidos, mas nem todos se davam. Tinha que es-colher e escolhi, mal, mas escolhi. Decidi crescer e amadurecer, e até pensei que fosse a forma mais rápida. Enganado estava eu, mas, na altura, não sabia. Idolatrava aqueles que desafiavam a autoridade, seguia os seus conse-lhos estupidamente, até chegar ao cúmulo de experimentar os seus néc-tares, as suas drogas. “Shamon” ou pedra rija como lhe chamavam, foi o meu primeiro bafo, o meu primeiro passo no longo acidentado caminho em direção à toxicodependência. Essa noite mudou-me! Sentado naquelas escadas, naquele bairro social, pela primeira vez, naquela Noi-te de Março de 2007, fumei. E que sensação, que momento de liberda-de... Fiquei perdido em sensações que nunca havia experimentado. Um peso na cabeça, um sorriso nos lá-bios, uns olhos encolhidos e uma vontade de rir que não parava. Sentia

-me contente, mas estava só pedra-do, hoje sei isso. Parece que não, mas o tempo voa, as pessoas mudam e as memó-rias definham-se. Certos momentos, todavia, ficam gravados. Já passaram quase cinco anos, e a minha vida ain-da não estabilizou. Sinto-me perse-guido pelos erros do meu passado, desde aquela noite de Março até ho-je. De mentir a vender, lucrei com os vícios dos fracos, amigos e conheci-dos que ainda precisam daquele néc-tar, que ainda gastam dinheiro em busca daquela primeira sensação, impossível de alcançar. Vou-me redimindo com pequenos atos de bondade, comprei brindes aos escuteiros, recolhi roupa para os necessitados, comprei comida para os carenciados etc. Sou uma pessoa melhor, mais cuidadosa, mais esfor-çada, mais “crescida” e madura, mas, ainda assim, sinto alguma relutância ao entrar na igreja em que a minha mãe me batizou. Será que, quando chegar à altura, vou ser excomungado pelos meus pecados, ou apreciado pelas minhas boas ações? Não sei. Quem me dera saber…

Flávia Bernardino, 11º F

Triste Memória ANEDOTAS

Um homem e uma mu-lher estão a tomar uma cerveja num barzinho. Ele vira-se para ela e diz: - Estás a ver aquela mu-lher ali no balcão, a tomar um uísque sozinha? Pois, eu separei-me dela faz sete anos! Depois disso, ela nunca mais parou de beber. A mulher responde: - Não digas parvoíces. Ninguém consegue come-morar durante tanto tempo assim! ———————————– A velhota cruza-se com o rapaz na rua e diz: - Boa tarde. O miúdo não diz nada e continua a andar. A ve-lhota vira-se para trás e diz-lhe: - Olha lá! Na escola não te ensinaram a dizer boa-tarde? - Não! Só tenho aulas de manhã! _____________________ A professora diz ao aluno: - Mas... O que é que tu estás a comer? - Os trabalhos de casa, senhora professora. - Mas, porquê? - A professora é que disse que eles eram canja… _____________________ - Querida, o que é que você prefere? Um homem bonito ou inteligente? - Nem um, nem outro. Vo-cê sabe que eu só gosto de você!

Inês Santos, 11º F

In English (cont.)

In ancient times the Druids be-lieved that mistletoe would bring good luck and health. Although it has been used to treat some ailments, the ber-ries are in fact poisonous and should not be touched by children. Mistletoe has also been associated with fertility, a good crop being a sign that the fol-lowing season's harvest would be a good one.

C h r i s t m a s C a r o l s

Carols are songs of religious joy sung at a particular season of the year, especially Christmas. Christmas

carols are songs (hymns) where the words are about Christmas or winter that are sung just before or during Christmas. There are some early carols which date back to between 1350 and 1550. People loved to sing carols then. However, in 1647 and during the time of Oliver Cromwell and the Puritan Parliament, Christmas was cancelled because it was thought that people were enjoying themselves too much to remember Jesus Christ. Charles II revived the Christmas festival, but it wasn't until Victorian times that people became interested in singing carols again. Around 1822 onwards carols were taught in church-es in England and gradually spread elsewhere in the United Kingdom. The tradition has continued ever since. It is also customary to give money to carollers who wander the streets sing-ing outside people's homes.

The English Teachers Group

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ