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PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO
Como combater o bullying na sua
escola
Guia para educadores e gestores
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PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO 2
Como combater o bullying na sua escola
Guia para educadores e gestores
Ricardo Alexandre Pereira
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PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO 3
INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ — CAMPUS CURITIBA
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA—PROFEPT
Guia para educadores e gestores — Como combater o bullying na sua escola: Práticas de prevenção ao bullying em
turmas de Educação Profissional Técnica de Nível Médio Integrado.
Autoria: Ricardo Alexandre Pereira
Orientação: Adriano Willian da Silva Viana Pereira
Dados da Catalogação na Publicação Instituto Federal do Paraná
Biblioteca do Campus Curitiba
Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida, desde que seja citada a fonte.
P436c Pereira, Ricardo Alexandre.
Como combater o bullying na sua escola: guia para educadores e gestores / Ricardo Alexandre Pereira; orientador, Adriano William da Silva V. Pereira. – Curitiba: Instituto Federal do Paraná, 2019. - 52 p.: il. color.
1. Assédio nas escolas. 2. Ambiente escolar. 3. Ensino
profissional. I. Pereira, Adriano William da Silva V. II. Instituto
Federal do Paraná. Programa de Pós-Graduação em Educação
Profissional e Tecnológica. III. Título.
CDD: 23. ed. -371
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PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO 4
Apresentação
Este guia foi produzido como produto
educacional, fruto de uma pesquisa
intitulada “Bullying Escolar:
desenvolvimento de estratégias de
enfrentamento em cursos de ensino
técnico integrado de nível médio”,
elaborado no âmbito do Mestrado
Profissional em Educação Profissional e
Tecnológica (PROFEPT) - Instituição
Associada Instituto Federal do Paraná—
Campus Curitiba.
Este material é voltado para
educadores e gestores dos campi dos
Institutos Federais e redes estaduais
como um apoio para implantação de
ações e projetos de prevenção ao
bullying com turmas de educação
profissional técnica de nível médio.
Ricardo Alexandre Pereira
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PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO 5
Sumário
Introdução ............................................................................................................................... 06
Responsabilidade da escola .............................................................................................. 07
1. Conhecendo o bullying ....................................................................................................... 08
O que é bullying? ............................................................................................................... 09
Quais os tipos de Bullying ................................................................................................. 10
Protagonistas envolvidos .................................................................................................. 11
Como é a dinâmica do bullying ......................................................................................... 12
Consequências do bullying ................................................................................................ 13
2. Conhecendo a realidade escolar.......................................................................................... 14
Clima Escolar ..................................................................................................................... 15
3. Intervindo na realidade escolar .......................................................................................... 20
Envolvendo a comunidade escolar ................................................................................... 21
4. Prevenção ao bullying ......................................................................................................... 22
Práticas de Prevenção ao bullying ..................................................................................... 23
Outras Práticas de Prevenção ao bullying ......................................................................... 24
Referências .............................................................................................................................. 25
Instrumentos ........................................................................................................................... 26
Instrumento A — Fluxo de encaminhamento para situações de suspeita de bullying
Instrumento B—Roteiro: Formação Inicial—Grupo de Combate ao Bullying
Instrumento C — Roteiro: Pesquisa Clima Escolar e Bullying
Anexos ..................................................................................................................................... 48
Anexo 1—Lei nº 13.185, de 06 de novembro de 2015
Anexo 2—Lei nº 13.277, de 29 de abril de 2016
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PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO 6
Introdução
Em fevereiro de 2016 entrou em vigor no
Brasil a lei nº 13.185/2015 que obriga as
escolas a adotarem medidas de prevenção e
combate ao bullying. Esta lei determina que
seja feita a capacitação de docentes e
equipes pedagógicas para implementação de
ações de prevenção e combate ao bullying,
assim como identificação de vítimas,
agressores e orientação aos familiares.
Este material voltado para as redes federal e
estaduais tem o objetivo de colaborar com
educadores e gestores na implantação de
estratégias de prevenção ao bullying com
turmas de educação profissional técnica de
nível médio integrado, visando o
cumprimento desta lei, de forma prática e
objetiva, com ideias e soluções que podem
ser utilizadas em conjunto ou isoladamente,
de acordo com a realidade local.
Engajado com a premissa da pesquisa-ação,
esta proposta tem como metodologia o
envolvimento dos estudantes para a
transformação do seu contexto escolar. Dessa
forma, os estudantes são protagonistas de
todas as ações propostas nesse material, que
incluem mobilização, conscientização e
discussão sobre práticas de bullying no
contexto escolar.
Acredita-se que este enfoque seja o
diferencial da proposta.
Apesar de o agente mobilizador ser o
estudante, esta metodologia não exclui os
profissionais da escola, que devem atuar
na identificação, capacitação e apoio na
execução das ações do projeto, assim
como na sistematização dos resultados das
ações junto aos estudantes protagonistas.
Espera-se com este guia abrir um espaço de
reflexão e debate sobre a convivência
escolar, para que a escola seja um espaço de
igualdade e respeito.
Boa leitura.
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PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO 7
Responsabilidade da escola
A escola tem sido palco de diversas
violências. Adolescentes e jovens são
populações vulneráveis, expostos às
desigualdades sociais estruturais de nossa
sociedade, como o desemprego, a
criminalidade, as questões de saúde pública
e as inúmeras e repetidas violações de
direitos. Diante disso tudo, a escola carrega o
papel de ser um catalisador da realidade
social e um agente mobilizador da
transformação.
O bullying é um processo que ocorre na
esfera coletiva e a escola é seu lugar de maior
prevalência. De acordo com Cleo Fante e José
Augusto Pedra (2008), a especificidade do
Brasil é que os atos de bullying não
acontecem nos espaços sociais da escola,
como pátio e refeitório, mas principalmente
dentro de sala de aula, diante da presença do
professor.
Algumas ações no âmbito da legislação
nacional foram tomadas para orientar os
estabelecimentos e os profissionais de ensino
com relação às prática do bullying. Em 2015,
foi aprovada a Lei 13.185, de 06 de
novembro, que institui, em âmbito nacional,
o Programa de Combate à Intimidação
Sistemática (Bullying). A lei é considerada um
importante marco para a visibilização da
temática.
Dentre outras ações, o Programa de Combate
à Intimidação Sistemática (Bullying)
estabelece, em seu artigo 5º, que é
”dever do estabelecimento de ensino, dos clubes e
das agremiações recreativas assegurar medidas
de conscientização, prevenção, diagnose e
combate à violência e à intimidação sistemática,
bullying” (BRASIL, 2015).
O bullying é uma dinâmica psicossocial
expansiva que envolve um número cada vez
maior de crianças e adolescentes, à medida
que muitas vítimas reproduzem a vitimização
contra outro/s. É um problema epidêmico,
motivo pelo qual deve ser considerado
questão de saúde pública, requerendo
esforços e ações estratégicas conjuntas por
parte da família, comunidade escolar, e
autoridades ligadas à educação, saúde e
segurança pública, por meio de programas
preventivos e assistenciais (FANTE; PEDRA,
2008).
Portanto, é imprescindível que todo
estabelecimento de ensino institua ações de
combate a essas práticas, de forma sistêmica.
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Conhecendo o
Bullying
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O que é bullying?
Bullying é uma palavra de origem inglesa adotada em muitos países para designar
comportamentos agressivos e antissociais. Compreende todas as formas de atitudes agressivas,
realizadas de forma voluntária e repetitiva, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por
um ou mais estudantes contra outro/s, causando dor e angústia e realizada dentro de uma
relação desigual de poder, tornando possível a intimidação da vítima.
Para uma ação ser caracterizada como bullying ela precisa:
da intenção clara do agressor em ferir o alvo, sem motivação aparente.
ser repetida contra a mesma pessoa ou grupo de pessoas.
ser repetida ao longo do tempo.
apresentar uma disparidade de poder que dificulte a defesa da vítima.
Essas intimidações podem acontecer de diferentes formas, como por
exemplo:
ataques físicos
insultos pessoais ou piadas ofensivas
comentários sistemáticos e apelidos pejorativos
ameaças por quaisquer meios
grafites e desenhos depreciativos
expressões preconceituosas
isolamento social consciente e premeditado
Uma das principais diferenças entre a intimidação sistemática (bullying)
e as manifestações agressivas esporádicas (desentendimentos)
mais comuns que acontecem entre os estudantes é a sua repetição.
Atenção!!
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PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO 10
Quais os tipos de bullying?
Virtual (Cyberbullying): depreciar, enviar mensagens intrusivas da intimidade, enviar ou adulterar fotos e dados pessoais que resultem em sofrimento ou com o intuito de criar meios de constrangimento psicológico e social.
Verbal: insultar, xingar e apelidar pejorativamente.
Moral: difamar, caluniar, disseminar rumores.
Social: ignorar, isolar e excluir.
Sexual: assediar, induzir e/ou abusar.
Psicológico: perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar, manipular, chantagear e infernizar.
Físico: socar, chutar, bater.
Material: furtar, roubar, destruir pertences alheios.
De acordo com a lei 13.185/2015, o bullying pode ser caracterizado em diferentes tipos, como:
A UNESCO reconhece o bullying motivado
pela orientação sexual ou identidade de
gênero real ou percebida da vítima como
bullying homofóbico.
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Protagonistas envolvidos
Podemos caracterizar os protagonistas que estão envolvidos na dinâmica do bullying em cinco.
São eles:
VÍTIMAS
Estudantes considerados diferentes: tímidos, retraídos, passivos, submissos, ansiosos, temerosos, com dificuldade de defesa, de expressão e de relacionamento. Além disso, as diferenças de raça, religião, orientação sexual, sotaque, maneiras de ser e se vestir podem potencializar o bullying.
AGRESSORES
Estudantes que se valem da força física ou habilidade psicoemocional para aterrorizar os mais fracos e indefesos. Geralmente são prepotentes, arrogantes, com grande capacidade de liderança e persuasão e utilizam de suas capacidades de liderança para submeter outros a seu domínio.
VÍTIMAS
AGRESSORAS
Aquelas que são ou foram vitimizadas e que acabam reproduzindo os maus-tratos sofridos. Integram-se a grupos para hostilizar seu agressor ou elegem uma outra vítima como “bode expiatório”.
ESPECTADORES São aqueles que presenciam o bullying, porém não o sofrem nem o praticam. Representa a grande maioria dos estudantes que convive com o problema e adota a lei do silêncio.
VÍTIMAS
PROVOCADORAS
Aquelas que provocam e atraem reações agressivas sem conseguir lidar com as consequências; podem ser hiperativas, inquietas, dispersivas e ofensoras; são de modo geral de costumes irritantes e quase sempre responsáveis por causar tensões no ambiente em que se encontram.
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PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO 12
Como é a dinâmica do bullying?
O bullying pode ser exercido por indivíduos ou por grupos, de maior ou menor tamanho. O
bullying também afeta outros estudantes além do autor e da vítima, como aqueles que o
presenciam ou testemunham.
Os agressores necessitam da confusão, do medo e da sensação de impotência das suas vítimas,
bem como do silêncio dos que estão ao seu redor.
Uma característica peculiar da dinâmica do bullying é a frequente proximidade entre o autor do
bullying (agressor) e o alvo (vítima). Normalmente estudam na mesma sala de aula e/ou
frequentam os mesmos lugares.
Não se pode subestimar os relatos de bullying, caracterizando somente como problemas de
relacionamento ou como brincadeiras. O bullying ultrapassa os limites dos conflitos comuns
entre crianças e adolescentes e pode ser notado pelo comportamento de cada um dos
envolvidos na situação.
Dicas para incentivar uma contribuição positiva dos espectadores
Informar aos espectadores que:
O envolvimento faz toda a diferença. Os espectadores não devem se juntar ao agressor e sempre que
possível, devem ser solidários a pessoa que está sendo agredida. Incentivar outros espectadores a colaborar. Ajudar a vítima a sair da situação, buscando afastá-la da agressão. Procurar ajuda de um adulto.
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PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO 13
Consequências do bullying
O bullying não pode passar desapercebido aos profissionais da educação, pois os problemas
causados por ele são muitos, são graves e afetam as vítimas, seus agressores e também as
testemunhas das agressões.
No caso das vítimas, o bullying pode interferir na autoestima, concentração, motivação para os
estudos e rendimento escolar, causando muitas vezes a reprovação do estudante e até sua saída
da escola. Quando ocorre a longo prazo, a intimidação sistemática pode ainda causar
transtornos emocionais graves como: bulimia, anorexia, depressão, fobia social, ansiedade
generalizada e ideias suicidas.
As testemunhas das agressões também sofrem com o bullying e podem apresentar crises de
ansiedade, constante sensação de impotência, medo e tristeza por não conseguirem ajudar seus
pares. Além disso, a banalização da violência pode fazer com que ela seja naturalizada pelos
espectadores, os tornando apáticos e distantes da dimensão real deste problema.
Na outra ponta estão os praticantes de bullying que, apesar de serem vistos como os grandes
vilões, também sofrem com essa prática. De imediato, eles se distanciam dos objetivos
escolares, sofrem queda no rendimento escolar, podem deixar de frequentar as aulas e perdem
a motivação para estudar. Além disso, crianças e adolescentes que intimidam seus pares
sistematicamente podem tender à delinquência e costumam desenvolver problemas nas
relações profissionais e sociais e até nos relacionamentos afetivos e amorosos.
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PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO 14
Conhecendo a
Realidade escolar
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PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO 15
Clima Escolar
Clima Escolar
É o conjunto de percepções e expectativas
compartilhadas pelos integrantes da
comunidade escolar, decorrente das
experiências vividas, nesse contexto, com
relação aos seguintes fatores
interrelacionados: normas, objetivos,
valores, relações humanas, organização e
estruturas física, pedagógica e
administrativa, os quais estão presentes na
instituição de ensino.
Refere-se à atmosfera psicossocial de uma
escola, sendo que cada uma possui o seu clima
próprio. Ele influencia a dinâmica escolar e,
por sua vez, é influenciado por ela e, desse
modo, interfere na qualidade de vida e na
qualidade do processo de ensino e de
aprendizagem. (VINHA; MORAIS; MORO,
2017).
O clima corresponde às percepções dos
docentes, discentes, equipe gestora,
funcionários e famílias, a partir de um
contexto real comum, portanto, constitui-
se por avaliações subjetivas.
Por que conhecer o clima escolar?
Um bom clima escolar exerce influência positiva em diversos fatores entre eles:
age como um fator protetor para a aprendizagem e desenvolvimento de uma vida positiva em jovens;
exerce forte influência sobre a motivação para aprender;
atenua o impacto negativo do contexto socioeconômico sobre o sucesso acadêmico;
contribui para o desenvolvimento pessoal e bem-estar dos estudantes e professores;
contribui para o desenvolvimento emocional e social dos estudantes;
está diretamente relacionado ao desempenho acadêmico nos diferentes níveis de ensino;
pode contribuir não só para o sucesso imediato do estudante como também seu efeito parece persistir por anos.
A maneira pela qual os indivíduos percebem e experimentam coletivamente o clima da escola
traz significativas influências sobre o comportamento dos grupos, sugerindo uma associação,
principalmente, à qualidade da aprendizagem e das relações interpessoais na escola. Mas, afinal,
o que é clima escolar e como podemos conceituá-lo?
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PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO 16
Como medir o clima escolar?
O Clima escolar pode ser medido através de questionários aplicados com toda comunidade
escolar: estudantes, docentes, equipe técnica e gestores. Para verificação de clima escolar,
pode-se partir de 5 dimensões de análise básicas, que são:
1. As relações com o ensino aprendizagem
2. A infraestrutura escolar
3. O envolvimento da família com o ensino
4. As regras e conflitos na escola
5. As relações sociais na escola
E pode se acrescentar outras dimensões para identificar situações específicas.
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PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO 17
Escala Likert
A escala Likert é um tipo de escala de resposta usada habitualmente em questionários, sendo
adequada para pesquisas de opinião. Com essa escala busca-se conhecer o nível de
concordância ou não do pesquisado com cada uma das afirmações. Esta escala tem seu nome
devido à publicação de um relatório explicando seu uso por Rensis Likert.
A Escala Likert é a soma das respostas dadas a cada afirmação, que se denomina Item Likert.
Usualmente são usados cinco níveis de respostas, apesar de que alguns pesquisadores preferem
usar sete ou mesmo nove níveis.
O formato típico de um item Likert é:
1.Discordo totalmente
2. Discordo parcialmente
3. Nem concordo, nem discordo
4. Concordo parcialmente
5. Concordo totalmente
Orientações:
Neste guia, você encontrará ao final uma sugestão de Instrumento para verificação de Clima
Escolar, construído a partir das 6 dimensões descritas anteriormente e com base na Escala Likert.
Sugere-se que o instrumento seja adaptado, de acordo com a realidade local, para que possa ser
um retrato mais aproximado possível do contexto escolar que quer se medir.
Recomenda-se que os estudantes sejam orientados da importância da sua participação e da
necessidade da resposta fiel.
Por fim, o instrumento deve abarcar todo o universo de estudantes do campus, dessa forma,
sugere-se que os estudantes sejam levados ao laboratório de informática, em horários de aula.
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PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO 18
Como medir o clima escolar?
O Clima escolar pode ser medido através de questionários aplicados com toda comunidade
escolar: estudantes, docentes, equipe técnica e gestores. Para verificação de clima escolar,
pode-se partir de 5 dimensões de análise básicas. E realizar pequenos ajustes, de acordo com a
categoria participante.
Com relação aos estudantes, essas dimensões buscam avaliar:
1. As relações com o ensino aprendizagem: Nesta dimensão busca-se identificar a percepção dos estudantes com sua relação com o ensino aprendizagem.
2. A infraestrutura escolar Nesta dimensão busca-se identificar a percepção dos estudantes com relação a adequação da infraestrutura escolar para sua aprendizagem.
3. O envolvimento da família com o ensino: Nesta dimensão busca-se identificar a percepção dos estudantes com relação ao envolvimento de sua família com a escola e o quanto compreendem as regras da escola.
4. As regras e os conflitos na escola: Nesta dimensão busca-se identificar a percepção dos estudantes com relação a quanto a escola é justa com suas regras e como lida com os conflitos.
5. As relações sociais na escola: Nesta dimensão busca-se identificar a percepção dos estudantes com relação as relações sociais entre todos dentro da escola.
6. Bullying no espaço escolar: Nesta dimensão busca-se identificar situações de intimidação sistemática durante a trajetória escolar dos estudantes na educação básica ou pode-se optar por realizar um retrato do momento no ano corrente.
E pode se acrescentar outras dimensões para identificar situações específicas. No instrumento
sugerido neste guia , foi acrescentado ao final o módulo Bullying no Espaço Escolar.
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PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO 19
Análise dos dados
Após aplicação do questionário a análise deve ser feita por dimensão identificando o total de
respostas em cada nível de resposta.
Uma sugestão é atribuir valores para cada nível: Discordo totalmente (-2); Discordo parcialmen-
te (-1); Nem concordo, nem discordo (0); Concordo parcialmente (+1) e concordo totalmente
(+2).
Dessa forma, os itens nas pontas da escala (1 e 5) se anulariam mutuamente, assim como os va-
lores na parte de dentro da escala (2 e 4). O nível 3 é neutro.
Essa seria uma solução simples de verificação do clima escolar.
CATEGORIA VALOR
Concordo totalmente +2
Concordo parcialmente +1
Nem concordo, nem discordo 0
Concordo parcialmente -1
Concordo totalmente -2
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Intervindo na
Realidade Escolar
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Envolvendo a comunidade escolar
Projetos de prevenção ao bullying deve envolver toda a escola e seus diversos setores e atores.
Em relação ao bullying escolar, a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e
Adolescência (Abrapia) sugere aos educadores, técnicos e gestores:
Conversar com os estudantes e escutar atentamente reclamações ou sugestões.
Estimular os estudantes a informarem situações suspeitas ou casos de intimidação
sistemática.
Reconhecer e valorizar as atitudes dos estudantes no combate ao problema.
Criar com os estudantes regras de disciplina para todos em coerência com o
regimento escolar.
Estimular lideranças positivas entre estudantes, prevenindo futuros casos.
Intervir diretamente nos grupos, o quanto antes, para quebrar a dinâmica do bullying.
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Prevenção ao
Bullying
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Práticas de prevenção ao bullying
Acredita-se que ações de prevenção e combate ao bullying devem envolver toda a comunidade
escolar (educadores, gestores, estudantes e pais/responsáveis), por isso, neste guia
apresentamos três instrumentos que podem ser utilizados pelos diferentes atores da
comunidade acadêmica, com diferentes abordagens com enfoque na minimização da (re)
produção do bullying no contexto escolar.
Todas as ações propostas estão pautadas para a promoção do diálogo, mediação de conflitos,
criação de canais de apoio e em estratégias que representem formas salutares de vivência
cidadã e na cultura de paz dentro da escola, que devem ter caráter perene.
Assim, propomos três instrumentos que podem ser encontrados no final deste guia. São eles:
Instrumento A: Fluxo de encaminhamento para suspeita de situações
de Bullying
Sugestão de fluxo de investigação para situações de bullying que pode ser utilizado pela equipe
pedagógica da instituição escolar. Importante que este fluxo esteja claro para toda a equipe,
assim como para os estudantes, que devem saber que a escola está preparada para lidar com
situações de intimidação sistemática.
Instrumento B: Roteiro de Formação Inicial - Grupo de Discussão sobre o Bullying (GDB)
Neste guia propomos que os estudantes estejam totalmente envolvidos nas diversas ações de
prevenção e combate ao bullying, dessa forma foi sugerido um projeto de ensino em que os
estudantes pudessem compreender a dinâmica do bullying e desenvolver ações e instrumentos
para atuação no contexto escolar. Nesse instrumento temos uma proposta de roteiro de
Formação Inicial para os estudantes voluntários do projeto de ensino. A partir da formação do
grupo, diversas outras ações podem ser pensadas para serem realizadas, de acordo com a
realidade escolar específica.
Instrumento C: Roteiro: Pesquisa Clima Escolar e Bullying
Roteiro para construção de pesquisa de verificação de Clima Escolar, voltado para estudantes,
construído com base nas 6 dimensões descritas neste guia.
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Outras Práticas de prevenção ao bullying
CANAIS DE DENÚNCIAS DA ESCOLA
Os estudantes devem ser estimulados a procurar a equipe pedagógica ou outro profissional da
escola sempre que se sentirem ameaçados ou souberem que colegas estão sendo ameaçados.
Como alternativa, pode se utilizar de caixa de denúncias, feita de papelão ou outro material
para receber denúncias de bullying e outras violências e desrespeito que ocorram no
ambiente escolar.
Essas denúncias podem também ser organizadas através de formulário eletrônico como os do
googleforms, para isso deve-se ter uma conta de email google, que seja gerenciada pela
equipe pedagógica.
É importante que a escola tenha um fluxo definido para tratar das situações de bullying e que
todos saibam dos procedimentos.
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PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO 25
Referências BRASIL. Lei nº 13.185, de 06 de novembro de 2015. Institui o Programa de Combate à
Intimidação Sistemática (Bullying). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
_ato2015-2018/2015/lei/l13185.htm>. Acesso em: 01 set. 2017.
______. Lei nº 13277, de 29 de abril de 2016. Institui o dia 7 de abril como o Dia Nacional de
Combate ao Bullying e à Violência na Escola. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/L13277.htm>. Acesso em: 01 set. 2017.
BRASIL. (Conselho Nacional de Educação). Parecer CNE/CEB n. 16 de 05 de outubro de 1999.
Publicado no Diário Oficial da União em 26 de novembro de 1999. Dispõe sobre as Diretrizes
curriculares nacionais para a educação profissional de nível técnico. Brasília, 1999.
______. Parecer CNE/CEB n. 11, de 9 de maio de 2012. Trata das Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio. Brasília, 2012.
ELIA, Marcos da Fonseca; SAMPAIO, Fábio Ferrentini. Plataforma interativa para internet: uma
proposta de pesquisa-ação a distância para professores. In: SIMPOSIO BRASILEIRO DE
INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO, 12, Vitória, 2001. Anais..., 2001, p. 247- 252. Disponível em:
<http://www.br-ie.org/pub/index.php/sbie/article/view/130/116>. Acesso em: 01 dez. 2018.
FANTE, Cleo. Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. São
Paulo: Verus, 2005.
FANTE, Cleo; PEDRA, José Augusto. Bullying escolar: perguntas e respostas. Porto Alegre:
Artmed, 2008.
UNESCO. Resposta do Setor de Educação ao bullying homofóbico. Brasília: UNESCO, 2013.
VINHA, Telma Pileggi; MORAIS, Alessandra de; MORO, Adriano. (Coord.). Manual de orientação
para a aplicação dos questionários que avaliam o clima escolar. Campinas: FE UNICAMP, 2017.
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PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO 26
Instru mentos
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PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO
INSTRUMENTO A
FLUXO DE ENCAMINHAMENTO PARA SITUAÇÕES DE SUSPEITA DE
BULLYING
*No fluxo de orientação aos responsáveis, tanto da vítima quanto do agressor, cabe apontar se há
necessidade da família buscar atendimento no Distrito Sanitário, Delegacia da Criança e do Adolescente,
Núcleo de Combate aos Cibercrimes, Disque 110, etc.
Atenção!!
Avaliar a importância de se realizar atividade de intervenção em sala de aula com todos os estudantes,
para tratar da situação coletivamente.
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PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO
INSTRUMENTO B
PROJETO PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING
ROTEIRO DE FORMAÇÃO INICIAL—GRUPO DE DISCUSSÃO SOBRE BULLYING (GBD)
APRESENTAÇÃO
Tem a proposta de ser uma ação perene dentro do contexto escolar. Busca formar grupo de
estudantes visando a minimização da (re)produção do bullying no contexto escolar, por meio de
medidas que envolvam profissionais da escola, estudantes e responsáveis em ações pautadas na
promoção do diálogo, na mediação de conflitos, canais de apoio e em outras estratégias que
representem formas salutares de vivência cidadã e na cultura de paz dentro da escola.
OBJETIVO
Desenvolver estratégias de enfrentamento ao bullying escolar nos cursos de ensino médio
integrado, de forma coletiva, buscando a diminuição da sua (re)produção no contexto escolar.
PÚBLICO ALVO
Estudantes do Ensino médio integrado, que, após divulgação do projeto, manifestem interesse na temática;
Integrantes do Grêmio Estudantil e outras lideranças;
Estudantes que, a partir do atendimento realizado pela equipe multiprofissional da escola, sejam encaminhados para sua inserção no grupo.
TOTAL DE VAGAS
15 vagas para estudantes, prioritariamente, do ensino médio integrado.
DURAÇÃO
5 encontros (2 horas/aula cada encontro)
Carga horária total: 10 horas/aula (8 horas).
RECURSOS
Sala de aula ou outro espaço reservado.
Equipamento eletrônico para reprodução de vídeo.
29
PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO
METODOLOGIA
Desenvolvido com a participação dos estudantes através da Metodologia da Pesquisa-Ação.
A Pesquisa-Ação é uma
uma forma de investigação baseada em uma autorreflexão coletiva empreendida pelos participantes de um grupo social de maneira a melhorar a racionalidade e a justiça de suas próprias práticas sociais e educacionais, como também o seu entendimento dessas práticas e de situações onde essas práticas acontecem. A abordagem é de uma pesquisa-ação apenas quando ela é colaborativa (KEMMIS & MC TAGGART, 1988, apud ELIA & SAMPAIO, 2001, p.248).
Espera-se com a realização deste projeto minimizar as situações de bullying dentro do espaço
escolar, bem como promover o debate sobre a temática. Ainda, possibilitar aos/às estudantes
integrantes do projeto o protagonismo na condução das diversas etapas do projeto,
especialmente das oficinas (sugestão de intervenção posterior à formação do grupo).
FASES
Para sua efetivação propõe-se as seguintes fases:
Organização do Projeto (fevereiro);
Divulgação do projeto e oferta de até 15 vagas para a formação inicial (março);
Formação inicial sobre a temática para os/as estudantes integrantes do projeto; (abril e
maio);
Organização e aplicação do Questionário sobre Clima Escolar e Bullying (junho);
Formação de uma equipe, a qual será responsável pela facilitação das oficinas nas
turmas de ensino médio integrado, construindo coletivamente os conteúdos a serem
desenvolvidos nas oficinas pedagógicas (junho);
Facilitação das oficinas pedagógicas nas turmas de primeiros anos do ensino médio
integrado, desenvolvidas por estudantes integrantes do projeto, após capacitação, com
o apoio dos orientadores, promovendo um espaço para a discussão sobre a temática e
preparando os/as estudantes para identificar as situações de vitimização entre pares e
compreender a quem reportar essas situações. (agosto a novembro).
Neste projeto prevê-se que os/as estudantes desempenhem funções diferentes a cada etapa.
Sugere-se a formação inicial nos meses de abril e maio e a organização e aplicação das oficinas
pedagógicas de junho a novembro.
Atentar-se ao calendário acadêmico para que as atividades do projeto não coincidam com época de
avaliação escolar.
30
PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS — FORMAÇÃO GDB
ENCONTRO 1
Tema: APRESENTAÇÃO
Objetivo do encontro:
Apresentação do projeto e socialização dos motivos da participação dos voluntários no projeto.
Desenvolvimento:
1. Iniciar com a apresentação da proposta do projeto, identificando seus objetivos, suas etapas, sua culminância e definindo, com os integrantes, as datas e horários dos próximos encontros.
2. Conscientizar os estudantes para que respeitem o espaço e a intimidade dos colegas, não podendo reproduzir os relatos e as histórias trocadas durante os encontros.
3. Solicitar que os estudantes se apresentem e expliquem a motivação da sua participação no projeto.
4. Promover uma discussão entre os estudantes sobre a temática: “diversidade de virtudes”:
Orientação: em duplas, distribuir uma folha para cada participante e orientá-los para que cada um deles escreva o nome de sua dupla e, a partir da conversa que terão entre si, descrever três características que os aproxima e três características que os distancia (deve ser individual e sem revelar ao colega). Após isso, cada participante deverá realizar a exposição das características anotadas no formulário e justificá-la.
Encaminhamentos: Informar que no próximo encontro os estudantes assistirão trechos de filme sobre a temática.
ENCONTRO 2
Tema: O QUE É BULLYING?
Objetivo do encontro:
Apresentação do conceito de bullying e suas características técnicas.
Desenvolvimento:
1. Solicitar que os estudantes conversem em grupos sobre seu entendimento sobre violência escolar.
2. Reproduzir trechos do filme Bullying: provocação sem limites (sugestão). 3. Apresentar aos estudantes a Lei 13.185/2015, enfocando a definição de
bullying, como intimidação sistemática e alertando para os atos que não se caracterizam como bullying.
4. Solicitar aos estudantes que relatem situações de bullying já presenciadas e/ou que sejam de conhecimento deles.
5. Solicitar que, a partir de quadro esquemático, identifiquem onde e como essas situações ocorreram e, que indiquem, de acordo com o ponto de vista de cada um, quais as marcas deixadas pelas situações vivenciadas.
Encaminhamentos: Informar que no próximo encontro os estudantes realizarão dinâmica para o desenvolvimento de empatia.
31
PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
ENCONTRO 3
Tema: DESENVOLVENDO EMPATIA
Objetivo do encontro:
Realização de exercícios com os participantes sobre se colocar no lugar do outro.
Desenvolvimento:
1. Atividade para desenvolver empatia: cada estudante deve escrever em um papel algum defeito, dificuldade, vergonha, sem se identificar. As respostas serão colocadas em balões que, ao som de uma música, serão trocados entre os estudantes. Ao parar a música, os adolescentes poderão ler o que foi escrito por um colega. O facilitador realizará então perguntas ao grupo como: Alguém também se sente da mesma maneira? Alguém apresenta a mesma dificuldade? Posteriormente levantar questões como: se todos nós temos defeitos, porque apontamos defeitos nos outros e magoamos uns aos outros? Não deveríamos unir forças para nos fortalecer?
2. Exibir o vídeo “create no hate” (sugestão) e abrir discussão a respeito.
Encaminhamentos:
Solicitar que para o próximo encontro que os participantes tragam exemplos de bullying divulgados na mídia e de testemunhos de vítimas de bullying. Solicitar também que leiam o artigo: “Bullying e cyberbullying: o que fazer com isso?”, de Maria Teresa Maldonado, para o próximo encontro.
ENCONTRO 4
Tema: A DINÂMICA DO BULLYING
Objetivo do encontro:
Apresentação da dinâmica do bullying e as características dos protagonistas: vítimas, vítimas provocadoras, vítimas-agressores, agressores e espectadores.
Desenvolvimento:
1. Leitura de “testemunhos” de vítimas e discussão dos casos em grupos. 2. Abordar as consequências do bullying. 3. Tratar sobre casos como os de Columbine e Virgínia Tech, que levaram a
consequências extremas e lamentáveis e sobre casos recentes noticiados na mídia.
4. Discutir os exemplos trazidos pelos participantes.
Encaminhamentos:
Com base no artigo “bullying e cyberbullying: o que fazer com isso?”, solicitar que os estudantes pesquisem possibilidades de ações que busquem engajar a comunidade escolar e, por conseguinte, minimizar a (re)produção do bullying no âmbito escolar.
32
PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
WANZINACK, Clóvis; SIGNORELLI, Marcos Claudio (Orgs.). Violência, gênero e diversidade: desafios para a educação e o desenvolvimento. Rio de Janeiro: Editora Autografia, 2015.
ESCOREL, Soraya Soares da Nóbrega; BARROS, Ellen Emanuelle de França. Bullying não é brincadeira. João Pessoa/PB: Gráfica JB, 2008.
FANTE, Cleo; PEDRA, José Augusto. Bullying escolar: perguntas e respostas. Porto Alegre: Artmed, 2008.
FANTE, Cleo. Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para paz. 2.ed. ver. E ampl. Campinas: Versus Editora, 2005.
LEIDERFARB, Luciana. O preço do silêncio. Disponível em: <http://expresso.sapo.pt/sociedade/2015-10-20-O-preco-do-silencio>. Acesso em: 22 jun. 2018.
MALDONADO, Maria Tereza. Bullying e Cyberbullying – O que fazer com isso? Disponível em < http://www.mtmaldonado.com.br/artigos/bullying_cyberbullying.php>. Acesso em: 27 jul. 2018.
MIRANDA, Simão de.; DUSI, Miriam. Previna o Bullying: Jogos para uma Cultura de Paz. Campinas/SP: Papirus, 2011.
ENCONTRO 5
Tema: ROMPENDO O CICLO DO BULLYING
Objetivo do encontro:
Apresentar aos estudantes projetos de prevenção e sugestão de intervenção.
Desenvolvimento:
1. Discutir coletivamente as sugestões trazidas de ações que busquem engajar a comunidade escolar e, por conseguinte, minimizar a (re)produção do bullying no âmbito escolar.
2. Apresentar Guias Safernet (para estudantes). 3. Formar um grupo de liderança para execução de oficinas e demais ações
propostas envolvendo a temática.
Encaminhamentos:
Criar um grupo para desenvolvimento de ações futuras de intervenção na realidade escolar, buscando desenvolver, através de novo cronograma, materiais e estratégias para intervenção na realidade escolar, como oficinas para discussão sobre bullying voltado para estudantes do ensino médio integrado, criação de espaços de escuta e de aferição de clima escolar. Todas as atividades deverão ser acompanhadas por profissionais da equipe pedagógica.
33
PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO
Prezado/a Estudante,
Você está sendo convidado/a a responder perguntas para o Questionário: "CLIMA ESCOLAR E
BULLYING". A pesquisa busca identificar, junto aos estudantes do ensino médio, as formas recorrentes
de violências e intimidação sistemática ocorridas durante sua trajetória escolar na educação básica,
assim como verificar o clima escolar da escola.
Os resultados serão utilizados apenas para seus fins, sem que haja identificação de NENHUM
participante. O preenchimento do questionário tem duração média de 15 minutos. Sua sinceridade será
fundamental para garantir legitimidade aos resultados dessa pesquisa.
Espera-se contar com sua colaboração. As informações coletadas por meio deste questionário visam a
ajudar a melhorar as relações interpessoais, as condições de aprendizagem e o ambiente escolar.
Esse questionário é anônimo, secreto e individual, por isso lhe pedimos que o responda com sinceridade
e dizendo exatamente o que você pensa ou sente em relação ao que tem vivenciado DURANTE ESTE
ANO. O questionário também abordará sua experiência escolar tanto na escola atual quanto em sua
experiência no ensino fundamental.
Respondê-lo é importante porque possibilitará conhecer o que está indo bem e o que necessita ser
melhorado quanto à convivência escolar.
Por favor, leia cada pergunta atentamente e assinale a/s alternativa/s respondendo o que tem
acontecido em sua escola. Suas respostas serão agrupadas com as dos demais estudantes para
podermos conhecer como todos percebem o clima da escola.
Nosso objetivo é saber o que você pensa sobre sua realidade escolar
INSTRUMENTO C
QUESTIONÁRIO CLIMA ESCOLAR E BULLYING
Roteiro para estudantes
* Esse instrumento foi adaptado do “Manual de orientação para a aplicação dos questionários que avaliam o clima escolar”,
coordenado por Telma Pileggi Vinha, Alessandra de Morais, Adriano Moro. – Campinas, SP: FE/UNICAMP, 2017.
QUESTIONÁRIO CLIMA ESCOLAR E BULLYING
IDENTIFICAÇÃO
Um pouco sobre você.
Somente para fins de classificação da amostra. Nenhuma informação de identificação pessoal será
coletada.
A Idade?
______________________ anos.
Fem
inin
o
Mas
culin
o
Ou
tro
B Você se identifica com qual gênero?
Outro: Qual? ______________________________________________________________________________
Am
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a
Bra
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Ind
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da
Pre
ta
C Você se identifica com qual cor ou raça/etnia?
1 a
no
2 a
no
s
3 a
no
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4 a
no
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D Você está a quantos anos estudando nesta escola?
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Esco
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cula
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sem
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E Você estudou o ensino fundamental predominantemente em:
QUESTIONÁRIO CLIMA ESCOLAR E BULLYING
CLIMA ESCOLAR
Neste momento, faremos algumas perguntas sobre o clima escolar. As perguntas serão afirmativas e você terá que responder o quanto concorda ou discorda com cada afirmação. Não há certo ou errado.
SEÇÃO 1 – AS RELAÇÕES COM O ENSINO APRENDIZAGEM
Marque o quanto VOCÊ está de acordo com cada afirmação: * * Somente uma opção por linha.
Dis
cord
o
tota
lmen
te
Dis
cord
o
par
cial
men
te
Não
co
nco
rdo
,
nem
dis
cord
o
Co
nco
rdo
par
cial
men
te
Co
nco
rdo
tota
lmen
te
1 Eu escolhi estudar nesta escola.
2 Eu escolhi o curso que estou cursando.
3 Estou feliz estudando nesta escola.
4 Estou feliz com meu curso.
5 Tenho bom relacionamento com os professores do meu curso.
6 Tenho bom relacionamento com meus colegas de turma.
7 Tenho bom relacionamento com os demais estudantes da escola.
8 Tenho orgulho de estudar nesta escola.
9 O que aprendo aqui é útil para minha vida.
QUESTIONÁRIO CLIMA ESCOLAR E BULLYING
Marque o quanto VOCÊ está de acordo com cada afirmação: * * Somente uma opção por linha.
Dis
cord
o
tota
lmen
te
Dis
cord
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par
cial
men
te
Não
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nem
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cial
men
te
Co
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te
10 A quantidade de atividades e trabalhos é bem distribuída entre os componentes curriculares.
11 As avaliações são justas e de acordo com o esperado pelos estudantes.
12 Os estudantes entendem a forma de avaliação dos professores do curso.
13 Os professores escutam os estudantes no planejamento das atividades propostas em sala.
14 Os horários de atendimento dos professores são adequados às necessidades dos estudantes.
15 Os estudantes com necessidades educacionais específicas têm o apoio necessário da escola.
16 O ensino desta escola é superior a de outras escolas do ensino médio.
17 Após a conclusão do curso, os estudantes estarão preparados para prestar vestibular.
18 Após a conclusão do curso, os estudantes estarão preparados para buscar um emprego qualificado.
Marque o quanto VOCÊ está de acordo com cada afirmação: * * Somente uma opção por linha.
Dis
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o
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lmen
te
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,
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cord
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Co
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men
te
Co
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lmen
te
19 Os estudantes parecem interessados e motivados.
20 Os estudantes cumprem os prazos e horários acordado com os professores.
QUESTIONÁRIO CLIMA ESCOLAR E BULLYING
SEÇÃO 2 - A INFRAESTRUTURA ESCOLAR
Marque o quanto VOCÊ concorda com cada uma das afirmações abaixo. Na minha escola: * * Somente uma opção por linha.
Dis
cord
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lmen
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Dis
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Co
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te
21 Os banheiros estão em bom estado, limpos e com papel higiênico e sabonete à disposição.
22 As salas de aula são confortáveis, limpas e conservadas (carteiras e mesas adequadas, boa iluminação e ventilação, não há ruídos).
23 O espaço para almoçar é adequado às necessidades dos estudantes.
24 A cantina atende às necessidades dos estudantes.
25 A biblioteca tem um espaço adequado para as atividades.
26 A biblioteca tem um acervo variado e interessante.
27 Os espaços para estudos fora da sala de aula são adequados.
28 Os espaços utilizados para as atividades físicas e esportivas são adequados.
29 Os espaços para a convivência entre estudantes são adequados.
30 Os estudantes tomam cuidado com os equipamentos disponíveis (móveis, equipamentos eletrônicos) e espaços físicos (banheiro, sala de aula).
SEÇÃO 3 - O ENVOLVIMENTO DA FAMÍLIA COM O ENSINO
Marque o quanto VOCÊ concorda com cada uma das afirmações abaixo. * * Somente uma opção por linha.
Dis
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nem
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Co
nco
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lmen
te
31 Sua família conhece como o ensino na escola funciona.
32 Sua família acompanha seu desempenho no curso.
33 Sua família vai às reuniões convocadas pela escola.
34 Existe uma boa comunicação entre a sua família e a escola.
35 Sua família está contente com o ensino oferecido pela escola.
QUESTIONÁRIO CLIMA ESCOLAR E BULLYING
SEÇÃO 4 – AS REGRAS E CONFLITOS NO CAMPUS
Marque o quanto VOCÊ concorda com cada uma das afirmações abaixo. * * Somente uma opção por linha.
Dis
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36 Os estudantes conhecem e compreendem as regras escolares.
37 Em geral, os estudantes cumprem as regras escolares.
38 Em geral, os professores, a equipe pedagógica e os profissionais técnicos cumprem as regras do ambiente escolar.
39 As regras são justas e valem para todos (estudantes, professores e profissionais técnicos).
Marque o quanto VOCÊ concorda com cada uma das afirmações abaixo. * * Somente uma opção por linha.
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tota
lmen
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lmen
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40 Os conflitos são resolvidos de forma justa para os envolvidos.
41 A punição não é aplicada de forma geral e sim somente para os envolvidos na situação.
42 As punições são aplicadas depois dos estudantes envolvidos serem ouvidos.
43 Os professores e a equipe pedagógica tratam todos os estudantes igualmente, sem favorecimento.
44 Há momentos e espaços destinados a discutir os problemas de convivência.
45 Os estudantes podem contar com os professores e equipe pedagógica para resolver os conflitos.
QUESTIONÁRIO CLIMA ESCOLAR E BULLYING
SEÇÃO 5 - AS RELAÇÕES SOCIAIS NO CAMPUS
Marque o quanto VOCÊ concorda com cada uma das afirmações abaixo. * * Somente uma opção por linha.
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rdo
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lmen
te
46 Sou acolhido/valorizado pelos meus colegas da turma.
47 Sou acolhido/valorizado pelos outros estudantes.
48 É fácil fazer amigos dentro da escola.
49 Quando preciso, tenho colegas com quem posso contar.
50 Posso expressar quem eu sou dentro do ambiente escolar.
51 Os estudantes se ajudam mesmo que não sejam amigos.
52 Não sofro preconceito ou discriminação dentro da escola.
53 Tenho amigos suficientes na escola.
54 Minha turma é unida.
55 Posso expressar minhas ideias nas redes sociais e grupos relacionados ao meu curso e /ou minha escola.
Marque o quanto VOCÊ concorda com cada uma das afirmações abaixo. * * Somente uma opção por linha.
Dis
cord
o
tota
lmen
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Co
nco
rdo
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te
56 Os estudantes tratam os professores com respeito.
57 Os estudantes tratam os demais profissionais da escola com respeito.
58 Os professores tratam os estudantes com respeito.
59 Os profissionais da escola tratam os estudantes com respeito.
60 Marque a opção "CONCORDO TOTALMENTE”.
61 Os estudantes podem expressar quem são dentro da escola.
62 Existe respeito pela diferença e pela diversidade dentro da escola.
63 Os estudantes com necessidades educacionais específicas são acolhidos pelos colegas.
64 Os estudantes LGBTs são acolhidos e respeitados.
65 A diversidade religiosa é respeitada dentro da escola.
66 Quando alguma situação de discriminação acontece, ela é repudiada.
QUESTIONÁRIO CLIMA ESCOLAR E BULLYING
Indique o quanto VOCÊ se sente ACOLHIDO e RESPEITADO pelos profissionais da:* * Somente uma opção por linha.
Nad
a ac
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te
aco
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o e
resp
eita
do
67 Direção Geral
68 Direção de Ensino
69 Coordenação de Curso
70 Seção Pedagógica
71 Seção de Assuntos Estudantis
72 Espaço Saúde
73 Biblioteca
74 Secretaria Acadêmica
75 Cantina
Marque o quanto VOCÊ concorda com cada uma das afirmações abaixo. * * Somente uma opção por linha.
Dis
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te
Co
nco
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te
76 Os professores são comprometidos com a aprendizagem de todos os estudantes.
77 Os professores propõem atividades em grupos que promovem a troca de ideias e a cooperação entre os estudantes.
78 Os professores apoiam e incentivam os estudantes.
79 Os professores percebem quando os estudantes estão com problemas ou dificuldades.
80 Os professores escutam o que os estudantes têm a dizer.
81 Os professores demonstram preocupação com o bem estar dos estudantes.
QUESTIONÁRIO CLIMA ESCOLAR E BULLYING
BULLYING NO ESPAÇO ESCOLAR Módulo Variável
Neste momento, faremos perguntas sobre bullying e Intimidação durante sua trajetória escolar.
Sim
Não
Talv
ez /
Não
ten
ho
cert
eza
82 VOCÊ sabe o que é bullying?
83
Para VOCÊ bullying é:
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
QUESTIONÁRIO CLIMA ESCOLAR E BULLYING
DEFINIÇÃO DE BULLYING Bullying pode ser definido como uma intimidação sistemática, caracterizada por atos de violências física ou psicológica, intencionais e repetitivos que ocorrem sem motivação evidente, praticados por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas (Lei 13.185/2015).
Assim, gostaríamos que respondesse as próximas perguntas.
ENSINO FUNDAMENTAL
Nesta seção, vamos pedir para você responder sobre situações de bullying que você PRESENCIOU / SOFREU / PRATICOU durante o ensino fundamental (1º ao 9º ano).
Sobre sua experiência com situações de bullying no ENSINO FUNDAMENTAL: * * Somente uma opção por linha.
Sim
Não
Talv
ez /
Não
ten
ho
cer
teza
84 Já presenciei bullying.
85 Já sofri bullying.
86 Já pratiquei bullying.
Qual a frequência que essas situações ocorriam no ENSINO FUNDAMENTAL? * * Somente uma opção por linha.
Nu
nca
Rar
amen
te
Às
veze
s
Freq
uen
tem
en
te
Sem
pre
87 Presenciei bullying.
88 Sofri bullying.
89 Pratiquei bullying.
QUESTIONÁRIO CLIMA ESCOLAR E BULLYING
Que tipo de bullying VOCÊ PRESENCIOU / SOFREU / PRATICOU no Ensino Fundamental? (MÚLTIPLA ESCOLHA):
Pre
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ciei
Sofr
i
Pra
tiq
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i
Não
pre
sen
ciei
, não
sofr
i, n
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rati
qu
ei
90 Verbal (insultos, xingamentos, apelidos depreciativos)
91 Físico (ameaças, chutes, socos)
92 Moral (inventar rumores, mentiras, boatos)
93 Material (mexer com pertences, subtrair coisas)
94 Social (isolar, excluir, ignorar)
95 Psicológico (chantagens, manipulação, perseguição)
96 Cyberbullying (ocorrido através de meios eletrônicos)
97 Homofóbico/transfóbico (bullying por questões de sexualidade)
Assinale com que frequência as situações abaixo ocorreram com VOCÊ no ENSINO FUNDAMENTAL: * * Somente uma opção por linha.
Nu
nca
Rar
amen
te
Às
veze
s
Freq
uen
tem
en
te
Sem
pre
98 Eu vi alguém ser provocado, zoado, recebendo apelidos, irritado ou tendo seus pertences subtraídos por algum colega.
99 Eu vi alguém ser isolado, excluído, ignorado por algum colega.
100 Eu vi alguém ser agredido, maltratado, ameaçado, excluído ou humilhado por algum colega.
101 Eu fui provocado, zoado, irritado ou tive meus pertences subtraídos por algum colega.
102 Eu fui isolado, excluído, ignorado por algum colega.
103 Eu fui agredido, ameaçado, excluído ou humilhado por algum colega.
104 Eu provoquei, zoei, coloquei apelidos, irritei ou subtraí pertences de algum colega.
105 Eu isolei, exclui ou ignorei algum colega.
106 Eu agredi, maltratei, ameacei, exclui ou humilhei algum colega.
QUESTIONÁRIO CLIMA ESCOLAR E BULLYING
E onde essas situações ocorriam quando VOCÊ:* * Somente uma opção por linha.
Pre
sen
cio
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llyin
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Sofr
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ully
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Não
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so
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não
pra
tiq
uei
bu
llyin
g
107 Indo e vindo da escola
108 Na sala de aula
109 Nos corredores
110 Na quadra
111 Nos banheiros da escola
112 Em outro local da escola
113 Através da internet ou celular
Sim
Não
Talv
ez /
Não
ten
ho
cer
teza
114 A sua escola do ensino fundamental já promoveu alguma ação/discussão sobre a
prevenção de bullying?
115
Que tipo de ação/discussão sua escola promoveu?
___________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
QUESTIONÁRIO CLIMA ESCOLAR E BULLYING
ENSINO MÉDIO
Nesta seção, vamos pedir para você responder sobre situações de bullying que você PRESENCIOU / SOFREU / PRATICOU durante o ensino médio.
Sobre sua experiência com situações de bullying na escola atual (ENSINO MÉDIO): * * Somente uma opção por linha.
Sim
Não
Talv
ez /
Não
ten
ho
cer
teza
116 Já presenciei bullying.
117 Já sofri bullying.
118 Já pratiquei bullying.
Qual a frequência que essas situações ocorrem na escola atual (ENSINO MÉDIO)? * * Somente uma opção por linha.
Nu
nca
Rar
amen
te
Às
veze
s
Freq
uen
tem
en
te
Sem
pre
119 Presenciei bullying.
120 Sofri bullying.
121 Pratiquei bullying.
Que tipo de bullying VOCÊ PRESENCIOU / SOFREU / PRATICOU na escola atual? (MÚLTIPLA ESCOLHA)
Pre
sen
ciei
Sofr
i
Pra
tiq
ue
i
Não
pre
sen
ciei
, não
sofr
i, n
ão p
rati
qu
ei
122 Verbal (insultos, xingamentos, apelidos depreciativos)
123 Físico (ameaças, chutes, socos)
124 Moral (inventar rumores, mentiras, boatos)
125 Material (mexer com pertences, subtrair coisas)
126 Social (isolar, excluir, ignorar)
127 Psicológico (chantagens, manipulação, perseguição)
128 Cyberbullying (ocorrido através de meios eletrônicos)
129 Homofóbico/transfóbico (bullying por questões de sexualidade)
QUESTIONÁRIO CLIMA ESCOLAR E BULLYING
Assinale com que frequência as situações abaixo ocorreram com VOCÊ no Ensino Médio: * * Somente uma opção por linha.
Nu
nca
Rar
amen
te
Às
veze
s
Freq
uen
tem
en
te
Sem
pre
130 Eu vi alguém ser provocado, zoado, recebendo apelidos, irritado ou tendo seus pertences subtraídos por algum colega.
131 Eu vi alguém ser isolado, excluído, ignorado por algum colega.
132 Eu vi alguém ser agredido, maltratado, ameaçado, excluído ou humilhado por algum colega.
133 Eu fui provocado, zoado, irritado ou tive meus pertences subtraídos por algum colega.
134 Eu fui isolado, excluído, ignorado por algum colega
135 Eu fui agredido, ameaçado, excluído ou humilhado por algum colega.
136 Eu provoquei, zoei, coloquei apelidos, irritei ou subtraí pertences de algum colega.
137 Eu isolei, exclui ou ignorei algum colega.
138 Eu agredi, maltratei, ameacei, exclui ou humilhei algum colega.
Assinale onde essas situações ocorriam quando: (MÚLTIPLA ESCOLHA)
Pre
sen
cio
u s
itu
açõ
es d
e
bu
llyin
g
Sofr
eu b
ully
ing
Pra
tico
u b
ully
ing
Não
pre
sen
ciei
, não
so
fri,
não
pra
tiq
uei
bu
llyin
g
139 Indo e vindo da escola
140 Na sala de aula
141 Nos corredores
142 Na quadra
143 Nos banheiros da escola
144 Em outro local da escola
145 Através da internet ou celular
QUESTIONÁRIO CLIMA ESCOLAR E BULLYING
Assinale quando foi a última vez que o bullying ocorreu, quando VOCÊ: * * Somente uma opção por linha.
Nu
nca
Na
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ima
sem
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No
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ltim
os
30
dia
s
No
últ
imo
an
o
Há
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an
o o
u
mai
s
146 Presenciou
147 Sofreu
148 Praticou
149 Em sua opinião, o que poderia ser feito para diminuir a incidência de bullying dentro do ambiente escolar?
___________________________________________________________________________________________________
150 Há algo mais que você deseja comentar sobre a temática do bullying (intimidação sistemática)?
___________________________________________________________________________________________________
AVALIAÇÃO DA PESQUISA Módulo Variável
Nessa seção gostaríamos que avaliasse a experiência com a pesquisa que acabou de responder.
Avalie: * * Somente uma opção por linha.
Nad
a
Po
uco
Mai
s o
u m
eno
s
Mu
ito
Tota
lmen
te
I O quanto VOCÊ se sentiu satisfeito respondendo essa pesquisa:
II O quanto VOCÊ acha o tema dessa pesquisa relevante:
III O quanto VOCÊ acredita que essa pesquisa pode contribuir para entender a temática do clima escolar e do bullying na escola:
Obrigado pela participação
PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO
Anexos
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PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO
ANEXO A
LEI Nº 13.185, DE 6 DE NOVEMBRO DE 2015.
Institui o Programa de Combate à Intimidação
Sistemática ( Bullying).
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Fica instituído o Programa de Combate à Intimidação Sistemática ( Bullying ) em todo o território nacional.
§ 1º No contexto e para os fins desta Lei, considera-se intimidação sistemática ( bullying ) todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.
§ 2º O Programa instituído no caput poderá fundamentar as ações do Ministério da Educação e das Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, bem como de outros órgãos, aos quais a matéria diz respeito.
Art. 2º Caracteriza-se a intimidação sistemática ( bullying ) quando há violência física ou psicológica em atos de intimidação, humilhação ou discriminação e, ainda:
I - ataques físicos;
II - insultos pessoais;
III - comentários sistemáticos e apelidos pejorativos;
IV - ameaças por quaisquer meios;
V - grafites depreciativos;
VI - expressões preconceituosas;
VII - isolamento social consciente e premeditado;
VIII - pilhérias.
Parágrafo único. Há intimidação sistemática na rede mundial de computadores ( cyberbullying ), quando se usarem os instrumentos que lhe são próprios para depreciar, incitar a violência, adulterar fotos e dados pessoais com o intuito de criar meios de constrangimento psicossocial.
Art. 3º A intimidação sistemática ( bullying ) pode ser classificada, conforme as ações praticadas, como:
I - verbal: insultar, xingar e apelidar pejorativamente;
II - moral: difamar, caluniar, disseminar rumores;
III - sexual: assediar, induzir e/ou abusar;
IV - social: ignorar, isolar e excluir;
V - psicológica: perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar, manipular, chantagear e infernizar;
VI - físico: socar, chutar, bater;
VII - material: furtar, roubar, destruir pertences de outrem;
VIII - virtual: depreciar, enviar mensagens intrusivas da intimidade, enviar ou adulterar fotos e dados pessoais que resultem em sofrimento ou com o intuito de criar meios de constrangimento psicológico e social.
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PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO
Art. 4º Constituem objetivos do Programa referido no caput do art. 1º :
I - prevenir e combater a prática da intimidação sistemática ( bullying ) em toda a sociedade;
II - capacitar docentes e equipes pedagógicas para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema;
III - implementar e disseminar campanhas de educação, conscientização e informação;
IV - instituir práticas de conduta e orientação de pais, familiares e responsáveis diante da identificação de vítimas e agressores;
V - dar assistência psicológica, social e jurídica às vítimas e aos agressores;
VI - integrar os meios de comunicação de massa com as escolas e a sociedade, como forma de identificação e conscientização do problema e forma de preveni-lo e combatê-lo;
VII - promover a cidadania, a capacidade empática e o respeito a terceiros, nos marcos de uma cultura de paz e tolerância mútua;
VIII - evitar, tanto quanto possível, a punição dos agressores, privilegiando mecanismos e instrumentos alternativos que promovam a efetiva responsabilização e a mudança de comportamento hostil;
IX - promover medidas de conscientização, prevenção e combate a todos os tipos de violência, com ênfase nas práticas recorrentes de intimidação sistemática ( bullying ), ou constrangimento físico e psicológico, cometidas por alunos, professores e outros profissionais integrantes de escola e de comunidade escolar.
Art. 5º É dever do estabelecimento de ensino, dos clubes e das agremiações recreativas assegurar medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate à violência e à intimidação sistemática ( bullying ).
Art. 6º Serão produzidos e publicados relatórios bimestrais das ocorrências de intimidação sistemática ( bullying ) nos Estados e Municípios para planejamento das ações.
Art. 7º Os entes federados poderão firmar convênios e estabelecer parcerias para a implementação e a correta execução dos objetivos e diretrizes do Programa instituído por esta Lei.
Art. 8º Esta Lei entra em vigor após decorridos 90 (noventa) dias da data de sua publicação oficial.
Brasília, 6 de novembro de 2015; 194º da Independência e 127º da República.
DILMA ROUSSEFF Luiz Cláudio Costa Nilma Lino Gomes
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PRÁTICAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING EM TURMAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADO
ANEXO B
LEI Nº 13.277, DE 29 DE ABRIL DE 2016.
Institui o dia 7 de abril como o Dia Nacional de
Combate ao Bullying e à Violência na Escola.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º É instituído o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, a ser celebrado, anualmente, no dia 7 de abril.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 29 de abril de 2016; 195º da Independência e 128º da República.
DILMA ROUSSEFF Aloizio Mercadante