Onde estão os homens da Igreja? -...

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Jornal mensal da Igreja Metodista Fevereiro de 2008 Ano 122 número 2 Palavra Episcopal Pela Seara Missões Reflexão Entrevista Cultura Onde estão os homens da Igreja? Livro lançado pela Federação de Homens e Mulhe- res da 5ª RE capacita para a missão. Página 5 Lugar da comunhão Oferta Missionária 2008: o trabalho missionário do norte e nordeste do país conta com as doações que serão coletadas no terceiro domingo de maio. Página 11 Veja também: as nomeações pastorais da Área Nacional Página 7 Reaviva o dom O Encontro de Pas- tores(as): parada ne- cessária para rever práticas pastorais. Página 3 Crianças compositoras O talento das crian- ças metodistas irá inspirar a EBF 2008. Inscreva sua igreja! Página 4 Fateo em ação Funcionários(as) da Faculdade integram diretoria do Projeto Meninos e Meninas de Rua de SBC. Página 10 Obstáculos no caminho Pastor aponta deci- sões equivocadas no último Concílio Geral da Igreja Metodista. Página 12 Bispo Paulo Ayres Primeiro bispo da Re- gião Missionária do Nordeste, ele fala so- bre autonomia e identidade. Página 14 Cinema & Teologia Elaborar um estudo bíblico baseado em um filme? E por que não? Página 15 Participar da Ceia não é apenas cumprir um pro- tocolo religioso. É um meio de graça. Página 13 Valorização do Laicato Mulheres atuantes, mas pouco presentes nas instân- cias de decisão; homens distantes da Igreja.... O que está acontecendo? Pensar so- bre essa questão é entrar no campo dos “estudos de gênero”. Nessa edição, você tem uma reflexão sobre o tema, com as opiniões dos presidentes das Confedera- ções Metodistas de Homens e Mulheres. Páginas 8 e 9

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Jornal mensal da Igreja Metodista • Fevereiro de 2008 • Ano 122 • número 2

Palavra Episcopal

Pela Seara

Missões

Reflexão

Entrevista

Cultura

Onde estão os homens da Igreja?

Livro lançado pela Federação de Homens e Mulhe-res da 5ª RE capacita para a missão. Página 5

Lugar da comunhão

Oferta Missionária 2008: o trabalho missionário do norte e nordeste do paísconta com as doações que serão coletadas no terceiro domingo de maio. Página 11

Veja também: as nomeações pastorais da Área Nacional Página 7

Reaviva o dom

O Encontro de Pas-tores(as): parada ne-cessária para reverpráticas pastorais. Página 3

Criançascompositoras

O talento das crian-ças metodistas iráinspirar a EBF 2008.Inscreva sua igreja! Página 4

Fateo em açãoFuncionários(as) daFaculdade integramdiretoria do ProjetoMeninos e Meninasde Rua de SBC. Página 10

Obstáculosno caminho

Pastor aponta deci-sões equivocadas noúltimo Concílio Geralda Igreja Metodista. Página 12

Bispo Paulo Ayres

Primeiro bispo da Re-gião Missionária doNordeste, ele fala so-bre autonomia eidentidade. Página 14

Cinema & TeologiaElaborar um estudobíblico baseado emum filme? E por quenão? Página 15

Participar da Ceia não é apenas cumprir um pro-tocolo religioso. É um meio de graça. Página 13

Valorização do Laicato

Mulheres atuantes, mas

pouco presentes nas instân-

cias de decisão; homens

distantes da Igreja.... O que

está acontecendo? Pensar so-

bre essa questão é entrar

no campo dos “estudos de

gênero”. Nessa edição, você

tem uma reflexão sobre o

tema, com as opiniões dos

presidentes das Confedera-

ções Metodistas de Homens

e Mulheres. Páginas 8 e 9

Fevereiro 20082 Palavra do leitor

Presidente do Colégio Episcopal: Bispo João Carlos LopesConselho Editorial: Magali Cunha, José Aparecido, Elias Colpini, Paulo Roberto SallesGarcia e Zacarias Gonçalves de Oliveira Júnior.Jornalista Responsável: Suzel Tunes (MTb 19311 SP)Estagiário de comunicação: José Geraldo Magalhães JúniorCorrespondência: Avenida Piassanguaba nº 3031 Planalto Paulista - São Paulo - SPCEP 04060-004 - Tel.: (11) 6813-8600 Fax: (11) 6813-8632home: www.metodista.org.br e-mail: [email protected]

A redação é responsável, de acordo com a lei, por toda matéria publicada e, sendoassim, reserva a si a escolha de colaborações para a publicação. As publicações assinadassão responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opiniãodo jornal. Propriedade da Imprensa Metodista, inscrição no 1o Oficial de Registro deTítulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica, sob o número de ordem 176.

Órgão oficial da Igreja Metodista, editado mensalmente sob a responsabilidade do Colégio EpiscopalFundado em 1º de janeiro de 1886 pelo missionário Rev. John James Ransom

A produção do Jornal Expositor Cristão é realizada em convênio com oInstituto Metodista de Ensino Superior, que cuida da diagramação edistribuição do periódico. O conteúdo editorial é definido pela Sede Nacionalda Igreja Metodista.Editoração eletrônica: Maria Zélia Firmino de SáProjeto Gráfico: Alexander Libonatto FernandezImpressão: Gráfica e Editora RudcolorAssinaturas e RenovaçõesFone: (11) 4366-5537e-mail: editora metodista.brRua do Sacramento n 230 Rudge Ramos - São Bernardo do Campo - SPCEP 09640-000 www.metodista.br/editora

Editorial

Missa na TVPública

Prestando atenção neste do-mingo pela manhã a programaçãode nossas tevês, fiquei surpresoquando presenciei em uma esta-ção de São Paulo (TV Cultura, ca-nal 2), laica e estatal, a celebra-ção de missa, mesmo sendo dacidade de Aparecida.

Para que tal ocorra, e acre-ditamos sem custo algum para aIgreja Católica, o mesmo espaço,por direito, também caberia àsoutras denominações religiosas.

Acredito que vivemos em umpaís plural e com ampla liberda-de. Outras denominações religio-sas também têm o direito deocupar o mesmo espaço na mídia,quando esta, por sua livre conve-niência e mesmo sendo estatal,cede espaço apenas para aqueladenominação de seu interesse,querendo agradar a algum públicoque não representa.Aparecido Dicena, por e-mail.

Em outubro de 2007, um cida-dão espírita, sr. Pascoal de Marco,morador de Santos, fez o mesmoquestionamento junto ao Ministé-rio Público do Estado de S.Paulo.Em resposta, a Fundação PadreAnchieta, que mantém a TV Cul-tura, divulgou, por sua assessoriade imprensa, uma nota na qualela reconhece que o tema “mere-ce a atenção do debate público” ese compromete a levar a questãoà atenção do Conselho Curador, aquem compete estabelecer as di-retrizes da programação da Cultu-ra. A nota afirma que a questão“será debatida de forma a quequalquer decisão seja um reflexodo entendimento da sociedade”.

FundaçãoMetodista

Foi com muita alegria que euli a reportagem sobre a Fundação

Acho que já falei que tenhoum menino e uma menina. Em-bora igualmente lindos (permi-tam-me exercer o inalienáveldireito materno de “lamber ascrias”...) André e Débora sãopessoas diferentes. Como to-dos os seres humanos, nascidosà imagem e semelhança de umDeus Infinito, eles são únicosem suas particularidades. Masexiste, ainda, uma outra carac-terística que os distingue: osexo. Ao acompanhar o desen-volvimento de um menino euma menina percebi, com cer-ta surpresa, que algumas sutisdiferenças não são condiciona-das culturalmente, fazem partedo “pacote biológico”.

Contudo, se as característi-cas genéticas (com todas assuas potencialidades e limites)são específicas, os valores doReino, no qual espero educaressas crianças, são gerais. Porisso, ambos devem desfrutar domesmo amor, da mesma liber-dade, do mesmo senso de res-ponsabilidade e dos mesmosdireitos de se desenvolveremintegralmente. É disso que nosfala a matéria de capa destaedição, que aborda a necessida-de da participação ativa e igua-litária de homens e mulheres,de todas as idades, na igreja. Oque nos remete a duas peque-nas notas publicadas na página5: a publicação do livro A Valo-rização do Laicato, iniciativapioneira da Federação de Ho-mens e Mulheres da 5ª Região,e a série de livretos intituladaDireito Canônico em Revista,uma “tradução” didática doscânones, feita pelo pastorCarlos Walter. Essas publicaçõesme fizeram lembrar de outraação pioneira: a Cartilha de ori-entação para participação emConcílios, produzida pela Confe-deração Metodista de Mulheres.

Parceria na missãoTodas essas publicações são es-forços no sentido de capacitar aIgreja para o exercício da mis-são, que é trabalho coletivo enão apenas uma responsabilida-de pastoral.

Nesse momento pós-concí-lio, em que as regiões da Igre-ja Metodista começam a colo-car em prática seus planos deação, é oportuno trazer à me-mória a importância dessa par-ceria. No início da igreja cris-tã, Paulo já falava sobre isso.Eles nos recomenda, por exem-plo, a “levar as cargas uns aosoutros” (Gálatas 6.2) e a su-portarmos (ser suporte, apoio)“uns aos outros em amor”(Efésios 4.2). Paulo, sábio ecuidadoso pastor que era, nãoiria gastar sua pena para cho-ver no molhado... Nem tam-pouco o pastor John Wesley,que escreveu uma carta exor-tando especificamente contra o“mexerico religioso” (de todosé o pior, dizia ele). Se essespastores dedicaram-se a escre-ver sobre fraternidade e unida-de, é porque suas comunidadescareciam dessas qualidadescristãs. Ou será que só haviamexericos e brigas de irmãosnas igrejas de Paulo e Wesley ?

Por falar em Wesley, é comgrande alegria que anuncia-mos que a coluna do nosso“colaborador” já tem nome: éWesleyando, idéia do pastorCláudio Freire, do Paraná(descubra o significado dessenome na página 5). Nossoagradecimento ao pastor Cláu-dio e a todos os irmãos e ir-mãs que mandaram suas su-gestões, estabelecendo, com aredação do Expositor, a parce-ria solidária que dá sentidoao trabalho e à vida.

Suzel [email protected]

Metodista (MG) e todo o serviçoque ela está prestando à nossaIgreja. Foi exatamente para istoque ela foi criada em 1997. Po-rém, foi com tristeza eu não terencontrado nenhuma referênciaao nome do seu idealizador, o ir-mão Waldir Nascimento. Comtodo o carinho à pastora HideídeBrito, mas foi cometido um errohistórico e uma injustiça paracom o Waldir, que sonhou, gestou,sofreu muitas incompreensõescom os irmãos que não conheci-am as possibilidades de uma Fun-dação. Ele é parte integrante des-ta história; lutou e sofreu muitopela Fundação. E o reconheci-mento do trabalho desteirmão, que está passando por ummomento muito difícil em sua saú-de, deve merecer um registro es-pecial do Expositor Cristão.

Edson Rubim,por e-mail

Obrigada pela lembrança opor-tuna. Quando jornalistas fazemreportagens, é quase certo quenão “esgotarão o assunto” de umaúnica vez. Porque é assim mesmoque a comunicação se faz: comouma “via de mão dupla”, nainteração com leitores e leitoras.

Casa novaSirvo-me da presente para

informar o nosso novo endereço,a partir do dia 17 de janeiro de2008, na cidade de Ribeirão Preto,SP. Colocamo-nos ao dispor pararecebê-los em nossa nova resi-dência.

Bispo João Alves de Olivei-ra Filho e Reverenda EuniceRoberto de Araújo Oliveira.

Rua Flávio Canesin, número 650,casa 414Condomínio Paineiras14098-558 – Ribeirão Preto – Esta-do de São Pauloe-mail: [email protected].(16)3618-0519 - Cel.(16)9774-0939Bispo João Alves/Revda. Eunice efilhos.

Fevereiro 2008 3Palavra Episcopal

O Ministério Pastoral daIgreja Metodista em terras bra-sileiras fará uma parada obriga-tória para a realização do EN-CONTRO NACIONAL DE PASTORESE PASTORAS, no período de 1o a4 de abril de 2008, nas depen-dências do Hotel Fazenda doVale, Serra Negra, São Paulo.

O Colégio Episcopal já es-colheu o tema que vai iluminara programação: as palavras doApóstolo Paulo ao jovem Timó-teo, “Reaviva o dom que háem Ti...”(2.Tm 1.6).

Ao comunicar essa mensa-gem, Paulo está transmitindomuitas coisas importantes. Porexemplo, todos nós temos asnossas fragilidades e limitações,e a caminhada do pastoreioapresenta desgastes internos eexternos. Há muita cobrança nocontexto de uma sociedade com-petitiva, individualista, há mui-tos sinais de messianismos nacaminhada do pastoreio, hácompetição dentro do pasto-rado, há uma crise de autorida-de. Não há dúvida, que nós, bis-pos, bispa, pastores e pastoras,precisamos de uma parada pararevermos as nossas práticas pas-torais, bem como, para revita-lizarmos o dom da graça deDeus no dia-a-dia do nosso pas-toreio. Devemos lembrar nessecontexto das palavras do Apósto-lo: “Temos, porém, este tesouroem vasos de barro, para que aexcelência do poder seja deDeus e não de nós” (2 Co 4.7).Ainda nessa mesma direção Pau-lo ressalta: “ A minha graça tebasta, porque o poder se aper-feiçoa nas fraquezas. De boavontade, pois, mais me gloriareinas fraquezas, para que sobremim repouse o poder de Cristo”(2 Co 12.9).

O Colégio Episcopal, em suacorrespondência ao MinistérioPastoral dentro do processo de Or-ganização da Ordem Presbiteral,relembra a importância de alguns

marcos bíblicos, bem como natradição da Igreja, objetivando ao reavivar o dom pastoral:

• Espiritualidade própria;• Fidelidade;• Obediência;• Compromisso missionário;• Cuidado com a Palavra e

os Sacramentos;• Unidade (e todas as ou-

tras marcas da Igreja);• Pastoreio;• Autoridade delegada;• E reconhecimento da Igre-

ja (como valor da ordenaçãoque, em última instância, équem possui o carisma).

Ainda nessa linha de racio-cínio, queremos trazer a preo-cupação do 18o Concílio Geralda Igreja Metodista ao aprovaro Plano Nacional Missionário2007-2012, fundamentando oseguinte compromisso: “Capa-citar e desenvolver o ministé-rio pastoral de modo a cuidarda Palavra, da formação, daunidade e da conexidade naIgreja Metodista”.

À luz desse compromisso, aIgreja ressalta: “O papel doministério pastoral está em

manter as ações locais de modoa refletirem a identidade daIgreja Metodista, fazendo aconvergência visível das partescom o todo. Todos os ministrose ministras o são sob mandatorecebido para zelar pela doutri-na e discipulado na vida daIgreja. O ministério especialda Palavra tem a natureza pró-pria e uma vocação particularque o coloca em uma via deduas mãos. Este ministériovisa, por um lado, ao ensino,acompanhamento, pastoreio ecuidado, discipulado, expansãomissionária. E, por outro, visaà obediência às marcas da

Igreja e ao sustento de suaunidade. A boa pregação requeroração, preparo, meditação,compreensão do texto bíblico,contextualização. A educaçãoteológica será realizada tendo-se em vista a formação de pes-soas vocacionadas para o mi-nistério pastoral e docente.”

De que maneira o EncontroNacional de Pastores e Pastoraspoderá ajudar a nossa Igreja nasua vocação de ser “comunida-de missionária a serviço dopovo”? Primeiramente, não

pode ser mais um encontro. Hámuitos encontros na agenda daIgreja e, na verdade, há um es-gotamento emocional quandose fala em encontro. Assim,diante da beleza da naturezaem Serra Negra/SP, embora empoucos dias, esse evento é umchamado para desnudar-se dosconvencionalismos e, numaabertura franca, dedicar-se aoreal encontro com Deus, consi-go mesmo e com o ministériopastoral, a fim de que ocorrauma verdadeira revitalizaçãoda graça de Deus em nossos re-lacionamentos.

Um encontro para uma lide-rança comprometida com a açãodivina no exercício do pasto-rado é uma ocasião propíciapara ver e sentir as profundasriquezas da outra e do outro,acolhendo, com amor e cari-nho, suas fraquezas; é derru-bar as diversas barreiras queimpedem melhores e mais ele-vados níveis de companheiris-mo, na vivência de um pasto-reio de pastores e pastoras.Um encontro verdadeiro propi-cia a libertação das emoçõesnegativas que separam e criamanimosidade e dá, também,coragem para decretar vitóriasobre os mecanismos de defesado eu que nos escondem darealidade, impedindo-nos deviver uma vida mais autênticae transparente, no meio dogrupo. O encontro deve, ainda,fraternizar aqueles e aquelasque dele participam, especial-mente, o ministério pastoralque vive e trabalha sob o páliodo Espírito Santo.

Finalmente, todas as provi-dências estão sendo tomadaspelo Colégio Episcopal e suaassessoria a fim de que tenha-mos um ENCONTRO NACIONALfrutífero, inspirador e, sob ospassos de Jesus Cristo, possarestaurar e reaquecer o coraçãoe, conseqüentemente, “Reavivaro Dom que há em Ti...” Conta-mos com sua presença!

Referênciasbibliográficas

– Plano Nacional Missionário2007 – 2012 – Colégio Episcopal,Biblioteca Vida e Missão – do-cumentos

- Orientação do ColégioEpiscopal sobre encaminhamen-tos da Ordem Presbiteral daIgreja Metodista.

“Reaviva o dom que há em ti...”

Adriel de Souza MaiaBispo da 3ª Região Eclesiástica

Fevereiro 20084 Pela Seara

Neste ano, a EscolaBíblica de Férias terá umtoque especial de talentoe criatividade. As músicas-tema da EBF serãoselecionadas em um con-curso aberto a todas ascrianças metodistas dopaís. Podem se inscreverno concurso CriançasMetodistas Compositoraspequenos artistas com até12 anos de idade, individu-almente ou em grupo.Cada igreja pode inscreveraté duas músicas: uma so-

bre “Escola Bíblica de Férias”, para ser a música oficial da EBF, e ou-tra com o tema específico de 2008: “Eco-Missão: a Aventura de Vivera Graça”. “Estimulando as crianças a participarem deste concurso vocêestará oferecendo a elas a rica oportunidade de se sentirem parte im-portante de nossa Igreja e de se comprometerem com a missão!”, dizElci Lima, Coordenadora Nacional de Trabalho com Crianças.

Veja abaixo o regulamento do concurso e participe!

RegulamentoDA PARTICIPAÇÃO

1) Podem ser inscritas composições inéditas de crianças com até 12anos de idade no dia 29 de fevereiro. Também serão aceitas com-posições coletivas, desde que pelo menos 50% dos participantes se-jam crianças com até 12 anos.

2) Cada igreja pode inscrever no máximo duas músicas (sendo uma decada tema):• Uma música sobre a abertura da “Escola Bíblica de Férias” (que

será a “marca musical” da EBF para os próximos anos).• Uma música com o tema: ECO-MISSÃO: a Aventura de Viver a Graça. O estilo das composições será livre, com letra obrigatoriamente

no idioma nacional3)As músicas deverão ser encaminhadas até o dia 11/03/2008.4) A inscrição será gratuita e poderá ser feita por correio ou e-mail:

a) via correio: com data de postagem até 11/03/2008 no seguinteendereço:

Sede Nacional A/C Departamento Nacional de Trabalho com Cri-anças, Concurso: Crianças Metodistas Compositoras

Endereço: R: Piassanguaba, nº 3031, Planalto Paulista – São Paulo– SP – CEP: 04060-004.

Atenção: A data de postagem via Sedex não poderá ultrapassaro prazo previsto para o encerramento das inscrições –11/03/2008

Material a ser enviado no ato da inscrição:1) Ficha de inscrição (Anexo 1)2) Autorização de uso das composições (Anexo 2). TODOS os au-

tores e/ou co-autores deverão preencher, assinar e enviar a autori-zação de uso das composições para o Departamento Nacional deTrabalho com Crianças. No documento deve constar, também, assina-tura de um responsável legal, com firma reconhecida.

3- CD com a cópia da música em arquivo normal ou em MP3, oufita K7 , identificados com o nome da música, igreja/ congregação

4- Três cópias da letra da música com cifras ou partitura.

b) via e-mail: [email protected], no período de 25/01/2008 até11/03/2008.

Não se esqueça de enviar no e-mail:1. Ficha de Inscrição (Anexo 1)2. Arquivo com a letra da música (com cifra ou partitura)3. Arquivo em MP3 com a música original;

• Os arquivos mp3 devem ter entre 2 e 3MB de informação. E-mails muito “pesados” ultrapassam a capacidade máxima do correio epodem voltar ao destinatário. Por isso, caso sua igreja queira mandarduas músicas, mande cada uma em um e-mail diferente, para não so-brecarregar a mensagem.

• MESMO QUEM FIZER SUA INSCRIÇÃO POR E-MAIL TERÁ QUE EN-VIAR, PELO CORREIO, A AUTORIZAÇÃO DOS AUTORES COM ASSINATURADE UM RESPONSÁVEL LEGAL, COM FIRMA RECONHECIDA (respeitando-se as datas de inscrição).

DA SELEÇÃO– A seleção das músicas inscritas será feita por uma Comissão

Julgadora especialmente composta para este fim, integrada por nomínimo 5 (cinco) pessoas convidadas pelo Depto Nacional de Trabalho

Crianças compositorasIgreja lança concurso de músicas inspiradas na Escola Bíblica de Férias

com Crianças e terá a participação de 2 (duas) crianças de igrejasque não participaram do concurso.

– As músicas vencedoras poderão ou não ser interpretadas pelascrianças vencedoras.

• O material sonoro, anexado no site ou gravado no CD, que es-tiver inaudível ou identificado de forma confusa impedirá a avaliaçãopor parte da Comissão julgadora.

DA PREMIAÇÃO– As músicas vencedoras serão premiadas de seguinte forma:**a igreja local receberá um Kit de materiais de educação cristã

da Sede Nacional** Todas as crianças compositoras receberão um certificado de par-

ticipação do concurso. As vencedoras receberão, também, uma lembran-ça especial do Departamento Nacional de Trabalho com Crianças.

ANEXO 1 : Modelo da ficha de inscrição (para preencher e man-dar no envelope do correio ou anexo no e-mail)1- Igrejaa) Nome da Igreja:b) Endereço:c) Telefone:d) E-mail:e) Região Eclesiástica:f) Bispo/a presidente:

2- Pessoa Responsável pela inscrição da música:a) Email:b) Endereço:c) Telefone. Casa (___)_________ Cel (___)____________d) Que atividade desenvolve na igreja? ______________________________

3- Músicaa) O tema da música inscrita refere-se a:( ) Abertura da EBF - Escola Bíblica de Férias( ) Tema do Biênio: Eco-Missão: a Aventura de Viver a Graça

b) Qual o título da música?c) Qual o estilo da música?d) Como você enviou a música?( ) fita cassete( ) CD( ) CD com arquivo em MP3(ATENÇÃO: enviar anexa a letra com cifra e/ou partitura da música)

e) Compositor/a ou Compositores/as:Nome:__________________________________________________________Idade: _____________ Data de Nascimento: ____________________Nome:__________________________________________________________Idade: _____________ Data de Nascimento: ____________________Nome:__________________________________________________________Idade: _____________ Data de Nascimento: _____________________Nome:___________________________________________________________Idade: _____________ Data de Nascimento: ____________________

Declaramos que as informações aqui prestadas são verdadeiras.Estamos cientes do regulamento do concurso e concordamos com

as regras estabelecidas.Assinaturas do: Coordenador/a Local de Trabalho com Crianças

e do Pastor/a da Igreja

ANEXO 2 - Modelo de AUTORIZAÇÃO DE USO DE MÚSICA (paramandar pelo correio, com firma reconhecida)

Eu, (pai) ou (mãe) ou responsável legal__________________________,

RG nº __________________, CPF nº _______________________________

autorizo o Departamento Nacional de Trabalho com Crianças, daIgreja Metodista, a fazer uso da música _________________________da qual meu/minha filho/a: _________Idade:____ anos, é autor/a/ouco-autor/a; e inclui-la no caderno EBF (Escola Bíblica de Férias) e/ou em CD, ou materiais lançados pelo Departamento Nacional de Tra-balho com Crianças da Igreja Metodista.Local______________________________, data_______/______/________

________________________________________________________________ Assinatura do pai/ mãe/ ou responsável legal(Reconhecer firma na assinatura do pai/ mãe ou responsável legal)

Fevereiro 2008 5Pela Seara

Qual a diferença entre “igre-ja” e “congregação”? Quais sãoos direitos e deveres dos pasto-res? Uma igreja pode criar umaescola? Todas essas perguntasestão respondidas nos Cânonesda Igreja Metodista, livro quereúne os fundamentos missioná-rios e organizacionais da nossaIgreja. O problema é que nemsempre é fácil enfrentar as qua-se 450 páginas de texto da pu-blicação. Foi para facilitar a vidadas igrejas locais que o advoga-do e pastor metodista CarlosWalter Vieira criou a série Direi-to Canônico em Revista.

A série de livretos em for-mato de bolso já conta com ostítulos: Igreja Local; Remunera-

Trocando em miúdosção Pastoral; Disciplina Eclesiás-tica; Criação e Risco de Institui-ção Social e Casamento Reli-gioso com Efeito Civil. “É umtrabalho inédito que, certamen-te, será uma ferramenta peda-gógica muito importante parapastores, pastoras e liderançasnos diversos segmentos daIgreja”, afirma o Rev.Adriel deSouza Maia, bispo da 3ª RegiãoEclesiástica, na apresentaçãode uma das edições.

O pastor Carlos Walter pro-mete mais temas para futuropróximo. E ele não está se limi-tando apenas a escrever as pu-blicações; oferece, também,palestras sobre os diversos te-mas abordados. As aulas podemser oferecidas em igrejas lo-cais, agendando-se com antece-dência, e podem custar vinte outrinta reais por pessoa, depen-dendo da quantidade de temasabordados. O preço do cursoinclui as revistas, que custamR$ 5,00 se compradas individu-almente. Para adquirir os livros,entre em contato com o autorpelo telefone (11) 6987-0662 oue-mail [email protected].

“A valorização do laicato:marca a ser revitalizada naprática missionária meto-dista”. O título e subtítulo dolivro lançado pela Federaçãodas Sociedades de Homens eMulheres da 5ª Região Eclesiás-tica não deixa nenhuma mar-

Metodistas em missãogem para dúvidas: TâniaMesquita Guimarães e Do-mingos de Souza GuimarãesJr., autores do livro e ideali-zadores do projeto Uma Se-mana para Jesus, queremver os metodistas com amão na massa. Mas o livronão se trata de uma simples“defesa de tese”. É um ca-derno orientador para os en-contros de capacitação deleigos e leigas para o traba-lho missionário. Traz infor-mações sobre a doutrina ecostumes da Igreja Meto-dista, discute nossos com-promissos missionários e ex-plica o funcionamento dosgrupos societários, peças-chave para o cumprimento

da missão. Quem quiser umexemplar impresso pode entrarem contato com Marcos Nerida Mata, presidente da Fede-ração de Homens da 5ª RE, pelotelefone (61) 3577-3832 . Ou-tra opção é fazer download dosite www.metodista.org.br.

Das Seleções das Cartas edi-tadas por J.Manning Potts (Im-prensa Metodista, 1991) veja oque João Wesley nos fala sobre:

Mexerico religioso

Para Philothea Briggs.Whitby, 20 de junho de 1772

De todos os mexericos, o re-ligioso é o pior; ele acrescenta ahipocrisia à falta de caridade, eefetivamente faz o trabalho dodiabo em nome do Senhor. Os lí-deres de todas as Sociedades de-vem se esforçar muito para tirarisso do meio dos Metodistas.Que eles em grupos ou classesobservem:

1 – A partir de agora nãofalaremos de qualquer pessoaausente, mas somente de Deuse de nossas almas.

2 – Que a regra de nossaconversa aqui seja a regra detodas as nossas conversas. Queisto seja observado (a não serem algum caso necessariamenteespecial) em todas as ocasiõese em todos os lugares.

Se essas regras forem fre-quentemente inculcadas, terãoum excelente efeito.

Wesleyando

Do livro As marcas de ummetodista (disponível na Biblio-teca Metodista On Line –www.metodista.org.br, pgs 8 e9), John Wesley nos fala sobre a

Unidade no Espírito

“Eu gostaria que toda genteentendesse que eu, e todosquantos os que me seguem (osMetodistas), veementementenos recusamos a sermos distin-guidos dos outros homens anão ser pelos princípios doCristianismo – o simples, o ve-lho Cristianismo, é o que euensino, renunciando e detestan-do a todos os demais sinaisque sirvam para a distinção.

Qualquer pessoa que seja oque eu proclamo (qualquer queseja a denominação que prefira,pois nomes não mudam a es-sência das coisas) é um Cris-tão, não apenas de nome, masde vida e de coração. Ele seajusta interna e externamenteà vontade de Deus, tal como foimostrada na Palavra escrita quenos foi dada. Ele pensa, fala evive de acordo com o modeloque foi posto na revelação do

próprio Jesus Cristo. Sua alma érenovada em toda a verdadeirajustiça e santidade, segundo aimagem de Deus. Assim, tendoa mente de Cristo ele andacomo também Cristo andou. Nósnos esforçamos por estas mar-cas e por estes frutos de umafé verdadeira, buscando umadistinção do mundo descrente, ede todos aqueles cuja vida ementalidade não se ajustam aoevangelho de Cristo.

De modo algum queremosnos distinguir dos cristãos reais– qualquer que seja a sua deno-minação – como também daque-les que, sinceramente, buscamaquilo que reconhecem aindanão possuírem. “Pois quem querque faça a vontade de meu Pai,que está no Céu, este é meuirmão, irmã ou mãe”. E assimvos rogo, meus irmãos, pelasmisericórdias de Deus, que nãosejais divididos entre vós. É oteu coração reto para comigo,assim como o meu o é paracontigo? Eu nada mais pergunto.Se assim o for, dá-me a tuamão. Não destruamos a obra deDeus por causa de simples ter-mos e opiniões. Tu serves e

amas a Deus? Isto é o bastante.Estendo-te a minha mão direitaem sinal de comunhão. Se háqualquer consolação em Cristo,se há qualquer conforto noamor, se há comunhão no Espí-rito, lutemos juntos pela féevangélica, andando de maneiradigna da vocação a que fomoschamados, com toda a humilda-de e mansidão, assim tambémcom longanimidade. Suportemo-nos uns aos outros em amor eesforcemo-nos por manter aunidade do Espírito, no vínculoda paz, lembrando sempre quehá um só corpo como tambémum só Espírito, pois nossa voca-ção está em apenas uma espe-rança: “um só Senhor, uma sófé, um só batismo, um só Deuse Pai de todos, que está sobretodos, age por meio de todos eestá em todos”.

O nome desta nova coluna é uma sugestão do pastor Cláudio Freire, de Maringá, PR.Wesley + ando = ando com Wesley, seguindo a Cristo.Que ao andarmos em tão boa

companhia, possamos sentir “nos arder o coração”, como os caminhantes de Emaús!

Fevereiro 20086 Pela Seara

Motivo para comemorarA Igreja Metodista em Cabeceira Alegre, Dourados, MS, co-

memorou nos dias 24 e 25 de novembro de 2007 seu 23º aniver-sário fazendo, a si mesma, uma pergunta que, a princípio, podeparecer estranha: “Temos motivo para comemorar?” O Rev. JoséOlímpio da Silva afirma que as Igrejas do Senhor precisam seperguntar se têm conseguido atravessar cada ano e comemoraraniversários mantendo sua firmeza espiritual e o comprometi-mento inegociável com a Palavra de Deus. Graças a Deus, aresposta da Igreja Metodista em Cabeceira Alegre é positiva. Epor ter muitos motivos para comemorar, a Igreja deu louvores aDeus em um culto que contou com a presença do pastorEmanuel, da Igreja Metodista de Campo Grande, e do pastorOsvaldo Elias, da Igreja Metodista Central de Dourados, MS.

A Igreja Metodista no bairro do São Bernardo, em Campinas,SP, gozou muitas vitórias e anos de glória que perduraram desdea sua fundação, em 1955, até a década de 80. A partir dessaépoca, ela passou a sofrer de certo desânimo espiritual, perden-do mais membros do que ganhando. Chegou ao ponto de pararcom as atividades de Escola Dominical.

Como fruto da congregação desta própria Igreja, no Jardimdo Lago, recebi minha primeira nomeação pastoral confirmadapara cá. Minha esposa Sandra e eu recebemos a notícia commuita alegria e nos sentimos privilegiados por pastorear umaIgreja histórica neste bairro. Mas não ignoramos as dificuldadesdo presente. Ao assumir a Igreja em fevereiro de 2002, encon-tramos um remanescente fiel. Um grupo pequeno, sim, mas quenão cessava de orar pela Igreja, pedindo a sua restauração.Unimos-nos a eles em amor pela obra e juntos assumimos a res-ponsabilidade de recuperarmos o tempo perdido, na convicção deque a Glória da segunda casa será maior do que a da primeira.Este é o nosso lema; que Deus esteja a nossa frente.

Desde 2002, temos perseguido esse lema. E temos contempla-do e colhido os frutos das orações desta Igreja. Foram reforma-das as classes para uso e reinício da Escola Dominical; fizemostroca dos bancos e forro do templo, troca de pisos e várias outrasreformas necessárias. Para marcar a última fase das reformas foirealizado, nos dias 1 e 2 de dezembro de 2007, um culto deação de graças com a presença e pregação do Rev. NicanorLopes, SD do nosso distrito, quando pudemos perceber estampadonos semblantes dos irmãos(ãs) um sentimento profundo de gra-tidão e louvor a Deus por contemplarem algo que, para a mai-oria, era apenas um sonho.

Hoje, com suas estruturas restauradas, a Igreja encontra-serecuperada e animada para cumprir o seu propósito de igrejamissionária naquele lugar. Doravante o lema é: restaurar vidaspara o Reino de Deus. Ao Senhor seja toda glória e louvor e hon-ra. Ele é quem faz todas estas coisas.

Rev. Carlinhos Ferreira da Silva, pastor local

Momento de restauraçãoIgreja Metodista no bairro de São Bernardo

em Campinas-SP realiza reformas

O que você vê na foto é a concretização de um sonho de 14anos: a velha construção da foto da esquerda já não existe mais;foi substituída por esse novo templo, com capacidade para 200pessoas. A congregação da Igreja Metodista do Paranoá está ce-lebrando essa conquista, eleita há três anos como a prioridade noplanejamento da Sociedade de Homens da Asa Sul e resultado daparticipação e colaboração generosa de todos os membros daIgreja desde o início até a conclusão da obra. “Glorificamos elouvamos a Ele, pois fomos, somos e seremos muito abençoados,pois servimos a um Deus poderoso, que não permite que nos faltenada”, testemunham os pastores Euler de Oliveira (SD do DistritoFederal e Pastor Local) e Onias Borges Leão, pastor da Congrega-ção Metodista do Paranoá.

Paranoá concretiza sonho

Homenagem em Capivari“...respeitem pessoas como ele(s)...”

Filipenses 2.29 NTLH

Por ocasião das festividades dos seus 125 anos, a IgrejaMetodista em Capivari homenageou o casal Efraide Alves dosSantos e Genil Andretta dos Santos, os membros mais antigos dacomunidade. Foi no dia primeiro de janeiro de 1960, que o irmãoEfraide Alves dos Santos, então com 23 anos de idade, foi rece-bido como membro da Igreja Metodista em Capivari. Desde en-tão, tem servido a Deus e a Igreja com muita dedicação e amor,tendo a oportunidade de atuar em várias áreas da Igreja. Pode-mos dizer que, como fruto de seu trabalho de evangelização, a jo-vem Genil Andretta, sua amada esposa, foi recebida como mem-bro da Igreja Metodista dia 28 de abril de 1963, ainda com 21anos de idade. Ela também tem servido ao Senhor com dedicação.A Igreja Metodista em Capivari sente-se imensamente agradecidaao Senhor pelo e fé amor demonstrados por este casal na constru-ção do Reino do Senhor em nosso município.

A Igreja Metodista em Presidente Venceslau, SP (foto), tam-bém comemorou em novembro mais um ano de vida: 78 comple-tos em novembro de 2007. O culto de aniversário contou com apresença do Bispo Adonias Pereira do Lago e sua esposa Marta.Em sua pregação, o Bispo Adonias falou sobre a necessidade deexistirem ministros e ministras dispostos a exercerem de manei-ra autêntica seus dons em prol do Reino de Deus. Quem partici-pou saiu edificado e desafiado a colocar as mãos no arado semolhar para trás! (Informou: Ministério de Comunicação)

Efraide e Genilmembros mais antigosde Capivari.

Fevereiro 2008 7Oficial

O Colégio Episcopal, no uso de suas atribuições,aprova e publica as seguintes nomeações pastorais:

Instituto Educacional Piracicabano – IEP* Bispo Josué Adam Lazier, presbítero ativo de

tempo integral, com ônus, cedido pela 6a Região Ecle-siástica, Coordenador da Pastoral Escolar e Coorde-nador da Pastoral Universitária.

* César Romero Amaral Vieira, presbítero ativode tempo integral, com ônus, cedido pela 4a RegiãoEclesiástica, Agente da Pastoral.

* Yone da Silva, presbítera ativa, de tempointegral, com ônus, cedida pela 6a Região Eclesi-ástica, Agente de Pastoral.

* Ana Glória Prates Gris da Silva, pastora su-plente, tempo integral, com ônus, cedida pelaREMNE, Agente de Pastoral.

* Nilson da Silva Junior, presbítero ativo, tem-po integral, com ônus, cedido pela 5a Região Ecle-siástica, Agente de Pastoral.

* Davis Roberto Daniel, presbítero ativo, tem-po integral, com ônus, cedido pela 6a Região Ecle-siástica, Agente de Pastoral.

Instituto Metodista de Ensino Superior* Luiz Eduardo Prates da Silva, presbítero,

tempo integral, com ônus, cedido pela 2a RegiãoEclesiástica, Coordenador da Pastoral.

* Cesar Roberto Pinheiro, presbítero ativo,tempo integral, com ônus, cedido pela 3a RegiãoEclesiástica, Agente de Pastoral.

* Juarez Ferreira de Jesus, presbítero ativo detempo integral, com ônus, cedido pela 4a RegiãoEclesiástica, Agente da Pastoral.

* Laura Peres da Rocha Fernandes Costa,presbítera ativa de tempo parcial, com ônus, ce-dido pela 3a Região Eclesiástica, Agente da Pasto-ral no Cewsup, em Itapeva - SP.

Instituto Metodista Bennett* Glaucia Mendes Oliveira Silvestre, presbítera

ativa, tempo integral, com ônus, cedida pela 1aRegião Eclesiástica, Coordenadora da Pastoral.

* Paulo César Welte, presbítero ativo, tempointegral, com ônus, cedido pela 1a Região Eclesi-ástica, Agente de Pastoral.

Instituto Metodista Bennett – Faculdade deTeologia Cesar Dacorso Fº

* Marcelo da Silva Carneiro, presbítero ativode tempo integral, com ônus, cedido pela 1a Re-gião Eclesiástica, Coordenador do César DacorsoFilho.

* Anselmo Francisco do Amaral, Presbítero Ati-vo, Tempo Parcial, com ônus, cedido pela 1a Re-gião Eclesiástica, professor.

* Juracy José Sias Monteiro, Presbítero Ativo,Tempo Parcial, com ônus, cedido pela 1a RegiãoEclesiástica, professor.

* Marcelo Ricardo Luz, Presbítero Ativo, Tem-po Parcial, com ônus, cedido pela 1a Região Ecle-siástica, professor.

* Nelson de Souza Motta Marriel, PresbíteroAtivo, Tempo Parcial, com ônus, cedido pela 1aRegião Eclesiástica, professor.

* Ricardo Lengruber Lobosco, Presbítero Ati-vo, Tempo Parcial, com ônus, cedido pela 1a Re-gião Eclesiástica, professor.

* Uriel Teixeira, Presbítero Ativo, Tempo Par-cial, com ônus, cedido pela 1a Região Eclesiástica, professor.

* Waldemar Augusto de Barros Neto, Pres-bítero Ativo, Tempo Parcial, com ônus, cedido pela1a Região Eclesiástica, professor.

Rede Metodista do Sul* Flavio Ricardo Hasten Reiter Artigas, pres-

bítero ativo, tempo integral, com ônus, cedida pela6a Região Eclesiástica, Coordenadora da Pastoral.

* Paulo Francisco Chaves, presbítero ativo,tempo integral, com ônus, cedido pela 2a RegiãoEclesiástica, Agente de Pastoral.

* João Fernando Morbini, presbítero de tempointegral, com ônus, cedida pela 2a RegiãoEclesiástica, Agente de Pastoral.

* Nivaldo Francisco Dias, presbítero de tempointegral, com ônus, cedida pela 5a Região Eclesi-ástica, Agente de Pastoral.

Nomeações pastorais para Instituições Educacionais,Área Nacional e Igrejas e Órgãos no exterior

* Fátima Beatriz Teixeira Martins, presbítera,tempo parcial , com ônus, tempo parcial, cedidopela 2a Região Eclesiástica, Agente de Pastoral.

* Almerindo Gonçalves Pedroso, presbítero,tempo parcial, com ônus, tempo parcial, cedidopela 2a Região Eclesiástica, Agente de Pastoral.

Instituto Metodista Izabela Hendrix* Lino Estevão Magalhães Leite, presbítero

ativo, tempo integral, com ônus, cedido pela 4aRegião Eclesiástica, Coordenador da Pastoral.

* Cilas Ferraz de Oliveira , presbítero ativo,tempo integral, com ônus, cedido pela 4a RegiãoEclesiástica, Agente de Pastoral.

Instituto Metodista Granbery* Messias Valverde, presbítero ativo de tem-

po integral, com ônus, cedido pela 4a Região Ecle-siástica, Coordenador da Pastoral.

* Plínio Viana Freitas, presbítero ativo detempo integral, com ônus, cedido pela 4a RegiãoEclesiástica, Agente da Pastoral.

Instituto Americano de Lins da IgrejaMetodista - IALIM

* Omir Wesley Andrade, presbítero ativo, tem-po integral, com ônus, cedido pela 5a Região Ecle-siástica, Coordenador da Pastoral.

CEDÊNCIAS PARA ÁREA NACIONAL:

O Colégio Episcopal, no uso de suas atribui-ções, aprova e publica as seguintes nomeações depastores e pastoras:

Sede Nacional* Bispo Nelson Luis Campos Leite, presbítero

ativo, cedido pela 3ª Região Eclesiástica, para oNo Cenáculo, Disk-Oração e Programa deDiscipulado.

* Bispo Stanley da Silva Moraes, presbíteroativo de tempo integral, com ônus, cedido pela 2aRegião Eclesiástica, para Secretário Executivo doColégio Episcopal.

* Joana D´Arc Meirelles, presbítera ativa detempo integral, com ônus, cedido pela 1a RegiãoEclesiástica, para Secretária Executiva paraVida e Missão.

* Renilda Martins Garcia, presbítera ativa detempo integral, com ônus, cedido pela 1a RegiãoEclesiástica, para Departamento Nacional de Es-cola Dominical.

* Andréia Fernandes, aspirante à OrdemPresbiteral, com ônus, cedido pela 1a Região Ecle-siástica, para Redatora no Departamento Nacionalde Escolas Dominicais.

* Silas Lain Pupo, pastor aposentado, com ônus,cedido pela 3ª Região Eclesiástica, para SecretariaExecutiva da Associação da Igreja Metodista.

* Carlos Walter Vieira, presbítero ativo, tem-po parcial, sem ônus, cedido pela 3ª Região Eclesi-ástica, para Assessoria Jurídica da Sede Nacional.

Faculdade de Teologia* Blanches de Paula, presbítera ativa, tempo

integral, com ônus, cedida pela 4a Região Eclesi-ástica, Professora.

* Cláudio de Oliveira Ribeiro, presbítero ati-vo, tempo integral, com ônus, cedido pela 1ª Re-gião Eclesiástica, Professor.

* Helmut Renders, presbítero ativo, tempointegral, com ônus, missionário da IgrejaMetodista Unida da Alemanha na 3a Região Eclesi-ástica, cedido pela Região para o Centro de Estu-dos Wesleyanos.

* Jonadab Domingues de Almeida, presbíteroativo, tempo integral, com ônus, cedido pela 6aRegião Eclesiástica, Pastor de Vida Comunitária.

* José Carlos de Souza, presbítero ativo, tem-po integral, com ônus, cedido pela 3a Região Ecle-siástica, Professor.

* Josias Pereira, presbítero ativo, tempo par-cial, com ônus, cedido pela 3a Região Eclesiástica,Professor.

* Luiz Carlos Ramos, presbítero ativo, tempointegral, com ônus, cedido pela 5a Região Eclesi-ástica, Professor.

* Margarida Fátima Souza Ribeiro, presbítera,tempo integral, com ônus, cedido pela 2a RegiãoEclesiástica, Cátedra Otília Chaves.

* Nicanor Lopes, presbítero, tempo integral,com ônus, cedido pela 5a Região Eclesiástica,Núcleo de Estudos para Ação Missionária- NEPAM.

* Otoniel Luciano Ribeiro, presbítero ativo,tempo integral, com ônus, cedido pela 3a RegiãoEclesiástica, Vice-Diretor Administrativo e Pro-fessor.

* Paulo Roberto Garcia, presbítero ativo,tempo integral, com ônus, cedido pela 3a RegiãoEclesiástica, Professor e Vice-Reitor.

* Ronaldo Sathler Rosa, presbítero ativo, tem-po integral, com ônus, cedido pela 3a Região Ecle-siástica, Professor.

* Rui de Souza Josgrilberg, presbítero ativo,tempo integral, com ônus, cedido pela 1a RegiãoEclesiástica, Reitor e Professor.

* Tercio Machado Siqueira, presbítero ativo,tempo integral, com ônus, cedido pela 4a RegiãoEclesiástica, Professor.

CEDÊNCIA PARA IGREJASE ÓRGÃOS NO EXTERIOR:

* Carlos Jaime Nunes Bueno, presbítero, cedi-do pela 2ª Região Eclesiástica, para Igreja Met-odista de Portugal.

* Clauri de Mello Gonçalves, presbítera ativa,cedida em comissão pela 5ª Região Eclesiástica,Missionária em Malden, Massachussetts, Conferên-cia de New England, Estados Unidos da América.

* Jairo Messias Monteiro, presbítero ativo,cedido pela 3ª Região Eclesiástica para a JuntaGeral de Ministérios Globais, como Missionáriopara a Suíça, biênio 2007/2008. (MissionaryService in Switzerland through the GeneralBoard of Global Ministries for the 2007/2208)[Comunidade Cristã Metodista de Genebra]

* Jorge Luiz Ferreira Domingues, PresbíteroAtivo, cedido pela 1ª Região Eclesiástica, paraAdministration Mission Context andRelationships/ Mission Education UMC, nos Esta-dos Unidos da América.

* Juarez Gonçalves, presbítero ativo, tempointegral, com ônus, cedido pela 5a Região Eclesi-ástica, Boston Brazilian Ministry, Estados Unidosda América.

* Levy da Costa Bastos, Presbítero Ativo, ce-dido pela 1ª Região Eclesiástica para IgrejaMetodista da Alemanha.

* Lorenz Richard Kock, Presbítero Ativo, cedi-do pela 3ª Região Eclesiástica para Igreja Evangé-lica Metodista da Espanha.

* Lourdes Teixeira Magalhães, Presbítera Ativa,cedida pela 3ª Região Eclesiástica, para HarrisonBrazilian Ministry, Estados Unidos da América.

* Marcio Gropo Toledo, Presbítero Ativo, cedi-do pela 2ª Região Eclesiástica, para a Igreja Evan-gélica Metodista no Uruguai.

* Mércio Nilton Meneghetti, presbítero ativo,cedido pela 2ª Região Eclesiástica, para IgrejaEvangelica Metodista do Uruguai.

* Oséias Barbosa da Silva, presbítero ativo,cedido pela 3a Região Eclesiástica, para IgrejaMetodista da Inglaterra.

* Rosângela Soares de Oliveira, Presbítera Ati-va, cedida pela 1ª Região Eclesiástica, para Juntade Ministérios Globais da Igreja Metodista Unidasnos Estados Unidos da América.

* Tânia Mara Vieira Sampaio, para AssociaçãoEcumênica de Teólogos e Teólogas do TerceiroMundo (EATWOT).

* Maísa Gomes de Oliveira, Presbitera Ativa,cedida pela 4ª Região Eclesiástica para a IgrejaMetodista de Moçambique, em parceria com aIgreja Metodista da Alemanha e Igreja MetodistaUnida dos EEUU.

TRANSFERÊNCIA PARA IGREJAMETODISTA NO EXTERIOR:

* Luiz Wesley de Souza, presbítero ativo,transferido pela 6ª Região Eclesiástica para NorthGeorgia Annual Conference of the UnitedMethodist Church., Emory University - CandlerSchool of Theology, Estados Unidos da América.

São Paulo, 1º de fevereiro de 2008.

Bispo João Carlos LopesPresidente do Colégio Episcopal

Fevereiro 20088 Capa

uando o site da Igreja Metodista (www.metodista.org.br)propôs uma enquete sobre a presença de homens e mulheresnas igrejas locais, em novembro do ano passado, ninguém

esperava encontrar grandes surpresas: os registros da IgrejaMetodista no Brasil informam que somos 65.342 homens e113.466 mulheres.

Assim, o resultado da enquete apenas confirmou os dadosoficiais: 76% dos participantes afirmaram que, em suas igrejas,há mais mulheres do que homens. Mas os comentários enviadospelos(as) leitores(as) não se limitaram à diferença numérica. Elesanalisaram a atuação masculina e feminina nas igrejas. “Asmulheres são a maioria absoluta na igreja local, mas muitas vezesnão têm o merecido reconhecimento da instituição”, lamentou apastora Édina do Nascimento Ferreira. O pastor Oséias Barbosa daSilva, missionário na Inglaterra, informou que nas igrejas da GrãBretanha ocorre o mesmo fenômeno: “As mulheres têm dado umacontribuição maravilhosa e conseguem sustentar as igrejas locaise tantos outros projetos. Mas o desafio é olhar para essa questãode gênero a partir das relações de poder na igreja. Temos situa-ções na Igreja que nos mostram a disparidade de gênero, mas poroutro lado, as mulheres não estão em alguns cargos com a mesmaproporção. Será que a Igreja não deveria ser mais igualitárianisso?” Já o pastor presbiteriano Edilson Cavalcanti Costa, emvisita ao site metodista, deixou a pergunta: Que é de nossoshomens? “Não se compreende a ausência masculina nas igrejas.Sou pastor presbiteriano e há quatro anos tenho realizado o En-contro de Homens Cristãos com o mínimo desses. Nisso culpopastores que não dão a mínima para o evento. Espero em Deusque essa realidade mude”, diz ele.

Questão de gênero

Mulheres atuantes, mas pouco presentes nas instâncias dedecisão; homens distantes da Igreja.... O que está acontecendo?Refletir sobre essa questão é entrar no campo dos “estudos degênero”. Para muitas pessoas a palavra gênero é imediatamenteassociada a feminismo. É um equívoco. A pastora Margarida Ri-beiro, coordenadora da Cátedra Otília Chaves, da Faculdade deTeologia da Umesp, explica que o termo “gênero” nasceu do inglêsgender: “apesar de ser uma terminologia difícil e ambígua emportuguês, é uma expressão usada por muitas pessoas para falarda construção cultural e simbólica das relações sociais, especial-mente da relação homem-mulher”. Assim, nos estudos de gênero,avalia-se o papel da mulher na sociedade. E também o papel dohomem. Estudam-se as relações sociais entre homens e mulherese, também, os relacionamentos de mulheres e homens entre si.

É um campo de estudos vasto, pois a sociedade tem passado porprofundas alterações nas últimas décadas. Segundo o censo realizadopelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano de2000, aumentou o número de lares brasileiros sustentados por mu-lheres. De maneira geral, as mulheres têm alcançado níveis deescolarização maiores do que os homens e, pouco a pouco, estãoocupando postos de liderança no mercado de trabalho e na política.

As mudanças na sociedade refletem-se nas igrejas. A IgrejaMetodista é uma das pioneiras no pastorado feminino e, no anode 2001, elegeu a primeira mulher ao episcopado. Contudo, aparticipação feminina na liderança não é proporcional à mem-bresia. Segundo o presidente da Confederação Metodista de Ho-mens, Abidênego Eugênio, “as mulheres se sentem inferiorizadasem relação aos homens”, como conseqüência da “cultura machista

Onde estão os homens da Igreja?

“... homem e mulher os criou” Gênesis 1.27bque impera em nosso meio”. Para Abidênego, as mulheres preci-sam se libertar deste estigma e procurar “se impor com sua ca-pacidade, liderança e consagração”. “Veja no Concílio: em todosos níveis, a presença da mulher é inferior a dos homens. Pois elasmesmas, que têm o poder de voto nas mãos, não acreditam nelasmesmas. São elas que elegem os homens!”

Sônia Nascimento, presidente da Confederação de Mulheres,tem opinião semelhante: “Nós temos em nossas igrejas mulheresextremamente capacitadas, mas que não se dispuseram a assumircargos na igreja. As mulheres precisam confiar mais em si mes-mas e necessitam ocupar o espaço que lhe é devido. Precisam sairdo comodismo, porque assumir um cargo de liderança implica emtrabalho e compromisso”, conclama.

A emancipação masculinaDurante a Segunda Guerra Mundial, enquanto os homens se-

guiam para as frentes de batalha, as mulheres ingressaram no mer-cado de trabalho. Substituíam seus pais e maridos nas fábricas eno comércio. A guerra acabou, mas as mulheres não voltaram à re-clusão dos lares. Passaram a assumir uma dupla jornada de traba-lho, somando a atividade profissional com os afazeres domésticos.

Hoje, o modelo “homem-provedor, mulher-dona-de-casa” já nãoé regra geral e essa mudança afetou profundamente não apenas omercado de trabalho, mas as relações sociais e até a forma de cadapessoa enxergar-se a si mesma. Se o século 20 foi o século da “eman-cipação feminina’, já existem especialistas afirmando que o século21 é o século da “emancipação masculina”. O homem liberta-se, fi-nalmente, do peso de ser o “todo-poderoso” e infalível provedor dolar. Mesmo que a mulher não exerça atividade profissional remune-rada, as novas relações familiares a trazem para o verdadeiro papelde companheira, alguém com quem o homem pode efetivamente di-vidir tarefas, responsabilidades, preocupações e sonhos. “Melhor éserem dois do que um... porque se caírem, um levanta o companhei-ro”, já dizia o sábio autor de Eclesiastes (4.9-10).

Ultrapassado o antigo modelo masculino, o homem tambémse liberta para a expressão dos sentimentos, para a afetividade,para o exercício de uma paternidade mais ativa e, certamente,

muito mais gratifi-cante. Isso não sig-nifica que ele se“feminil izará” –apenas, que se “hu-manizará”.... Estarálivre para relaçõessociais mais iguali-tárias, verdadeirase humanas — maispróximas, portanto,do modelo de Jesus,que concedia a ho-mens, mulheres ecrianças o mesmoamor e respeito.

Como pais mais presentes e atuantes, os homenstêm a oportunidade de estreitarem vínculos deafeto com seus filhos: cuidar das crianças évivenciar uma experiência de amor que gratificaa ambos.

Fevereiro 2008 9Capa

Igreja, espaço de inclusão

“Uma igreja organicamente sadia deve possuir homens, mulhe-res, jovens, adolescentes e crianças de todas as idades”, afirmaDouglas Nassif Cardoso, professor da Faculdade de Teologia da Umespe autor de pesquisas sobre a vida do casal Sarah e Robert Kalleyque, juntos, exerceram um papel fundamental na inserção do protes-tantismo no Brasil. Segundo o teólogo, o maior desafio das liderançaseclesiais é descobrir formas de atração condizentes a cada contextocultural e, a partir deste ponto de contato, anunciar as boas novasdo evangelho a todas as pessoas. Por isso, tão preocupante quantoa ausência de mulheres na liderança é a ausência de homens nacomunidade de fé. Talvez seja necessário perguntar: será que oshomens sentem-se realmente valorizados em suas igrejas?

O luterano Adilson Schultz, do Núcleo de Pesquisa de Gênero daEscola Superior de Teologia, num artigo publicado pela revistaMandrágora, da Umesp, alerta que a estrutura sexista e patriarcaloprime também os homens. Ele lembra que homens morrem emmédia oito anos antes da mulher, são as maiores vítimas de vio-lência, têm doenças por causa da falta de cuidado ou conhecimentodo corpo (quase inexistem programas públicos de saúde preventivapara homens), sofrem angústia quando não conseguem prover acasa, quase nunca podem expressar emoções etc. Além disso, “amaternidade é muito mais valorizada que a paternidade em todosos âmbitos sociais, na igreja, na escola e na mídia”, afirma ele.Uma igreja que siga um modelo patriarcal de divisão de tarefas –homens em cargos administrativos, mulheres no magistério,visitação, oração...— pode estar tolhendo não apenas o acesso demulheres capacitadas à liderança, mas o desenvolvimento de talen-tos masculinos ocultos. Apenas para citar um exemplo, quantasigrejas têm homens no cargo de professores de crianças? Ou seráque somente as mulheres têm o dom de ensinar crianças?

Assim como as mulheres, os homens do século 21 tambémestão passando por mudanças em seus papéis sociais (veja qua-dro). A sociedade é dinâmica e, se a igreja quer fazer diferençana sociedade, tem que ser sensível a essas mudanças. Por isso,o Plano Nacional Missionário aprovado no último concílio, ao es-tabelecer o compromisso de “produzir os frutos da nova vida emCristo, na perspectiva do Reino de Deus” reconhece que “a ação

missionária acontece a partir da igreja local” e, “na maioria dassituações, ocorre em ambientes de constantes mudanças”. “Ocontexto urbano, com seus conflitos e demandas, requer novasrespostas missionárias da Igreja. Somos chamados a estabelecerparcerias, estudar os modelos da vida comunitária existentes nasociedade, realizar ações em diferentes contextos. A temáticaGênero e Igreja merece atenção especial em encontros ministe-riais e congressos”(p. 13).

Certamente, as novas demandas sociais geram incertezas etensões, mas, sob a orientação e o amor de Deus, podem gerartambém novas oportunidades missionárias. Homens e mulherestêm, agora, a chance de serem valorizados em seus verdadeirospotenciais, na medida em que se conhecem melhor e se descobremcomo filhos e filhas amados de Deus, com diferentes talentos. Écomo escreveu, um dia, um inspirado escritor brasileiro chamadoGuimarães Rosa: “O senhor... Mire veja: o mais importante ebonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempreiguais, ainda não foram terminadas – mas que elas vão sempremudando” (do livro Grande sertão: Veredas).

Suzel Tunes

Você já deve ter ouvido frases do tipo: O homem é força; a mulher, fragilidade. O homem é razão. A mulher, emoção. A partir dessasdicotomias, seria fácil encontrar uma explicação para a ausência de homens na igreja. Racionais e práticos, os homens seriam mais ma-terialistas e as mulheres, mais sensíveis e “espirituais”. Você concordaria com uma explicação dessas?

Vamos com calma... A experiência nos mostra que homens e mulheres não pensam e sentem exatamente do mesmo jeito. Ao longode muitos anos, sociedade e cultura trataram de fazer moldes onde encaixam os meninos e as meninas desde o nascimento (meninosde azul e meninas de rosa, naturalmente...). Especialistas nas áreas de história, sociologia e psicologia já demonstraram que muitas dasdiferenças existentes entre homens e mulheres vêm da própria educação que recebem de pais e professores.

De uns tempos para cá, com o desenvolvimento das neurociências, há pesquisadores que se dedicam, exaustivamente, a descobrirse o cérebro de homens e mulheres é diferente. O médico Drauzio Varella, num artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo (26/11/2005)comenta a existência de sutis diferenças anatômico-cerebrais que explicariam por que os homens demonstram mais habilidade na re-alização de tarefas restritas a um único hemisfério cerebral – como interpretar mapas geográficos e lidar com máquinas – enquanto asmulheres levariam vantagem em atividades que se beneficiam das conexões entre os dois lados do cérebro, como interpretação deemoções alheias, sensibilidade social e fluência verbal. Sabemos,porém, que o ser humano é muito mais complexo dos que padrõesanatômicos determinados em laboratório....

Quando se trata de espiritualidade, é na teologia que a gente podeencontrar respostas mais inspiradoras. Se cremos num Deus que fez oser humano à sua imagem e semelhança – homens e mulheres – entãocremos que Deus traz a essência humana na sua totalidade, integran-do, em si mesmo, a dualidade masculino-feminino. Assim, os seres hu-manos que ele criou também trariam em si essas duas dimensões davida humana: as características tradicionalmente tipificadas como fe-mininas, como sensibilidade, intuição e cuidado; e as característicashumanas tipificadas como masculinas, como a força, energia e organi-zação. É claro que essas qualidades apresentam-se de maneira diferen-te em cada pessoa, de acordo com a identidade de cada um – umareceita única, composta tanto de ingredientes biológicos (como as di-ferenças sexuais), como de ingredientes sociais, culturais e, é claro,espirituais. “Porque os que se inclinam para a carne cogitam dascoisas da carne, mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas doEspírito”, diz Paulo na carta a Romanos 8.5. Então, agora você jápode responder: Espiritualidade é característica feminina? Celebração de Santa Ceia no Concílio Geral da Igreja Metodista Unida,

nos Estados Unidas.

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Para saber mais:

Gênero e Igreja. Educar para transformar. Guia de estu-dos para igrejas locais, produzido pela Igreja Metodista. Dis-ponível na Sede Nacional. Tel. (11) 6813-8600.

Mandrágora – Revista do Grupo de estudos de Gênero eReligião Mandrágora/Netmal, Umesp. Edição número 12: Gê-nero, Religião e Masculinidades.

Livros Sarah Poulton Kalley: Missionária Pioneira naEvangelização do Brasil e Robert Reid Kalley: Médico, Missio-nário e Profeta. Ambos do professor Douglas Nassif Cardoso,Ed. do Autor. Contatos pelo e-mail: douglasnassif uol com.br

Gênero e Teologia. Coletânea de artigos editada pelaSoter – Sociedade de Teologia e Ciências da Religião. SãoPaulo: Edições Loyola, 2003.

Espiritualidade é característica feminina?

Fevereiro 200810 Missões

A Revda. Margarida Fátima Souza Ribei-ro, coordenadora da Área de Apoio ao CorpoDiscente da Faculdade de Teologia (Umesp),é a presidente da nova diretoria do ProjetoMeninos e Meninas de Rua de São Bernardodo Campo, SP, para o biênio 2008-2009. AFateo é uma das fundadoras da ONG que co-memora Jubileu de Prata neste ano. Nasceua partir do trabalho da Pastoral do Menor,que reunia representantes das Igrejas Cató-lica, Presbiteriana Independente e Metodista(veja Expositor Cristão de julho de 2006). Oprojeto leva ações educativas às criançasque vivem e trabalham nas ruas. Em 2007,realizou cerca de 16 mil atendimentos emvárias áreas: apoio escolar, assistência mé-dica, esporte e atividades artísticas.

Em conversa com o Expositor Cristão,a Revda. Margarida Ribeiro fala sobre osplanos para os anos de 2008 e 2009:

Você pretende intensificar a participaçãoda Faculdade de Teologia no projeto?

A Fateo está criando um Programa deExtensão que compreende o diálogo entrefaculdade, igreja e sociedade em seusmais diversos âmbitos de atuação. Algunsalunos do 3º ano da Fateo desenvolvem oestágio de promoção humana no projeto.O Programa de Extensão irá aumentaressa participação, incentivando e promo-

Projeto Meninos e Meninas de Rua tem nova diretoriaPastora metodista assume a presidência

vendo o voluntariado do corpo discente edocente da Fateo.

Quais são os planos para este biênio?Pretendemos ampliar o trabalho de edu-

cação de rua considerando especialmente ocontexto atual do trabalho infantil, a explo-ração sexual e outras questões que nos de-safiam a unir as forças na luta pela dignida-de da criança e do/a adolescente.Pretende buscar alguma parceria comoutras entidades?

Nova Diretoria 2008/2009

Além da Faculdade de Teologia daIgreja Metodista, e também da CátedraCelso Daniel, da Umesp pretendemos inten-sificar e dinamizar parceiras com o CWS –Serviço Mundial de Igrejas; General Boardof Global Ministries, da Igreja MetodistaUnida (EUA); Igreja Unida do Canadá, Fun-dação Esplai (Intercâmbio Espanha); CMAS(Governo Estadual); Fundação Abrinq eMercedes Benz, entre outras parcerias.

José Geraldo Magalhães Jr.

Presidente – Margarida Fátima Souza Ribeiro (funcionária da Fateo); Vice-Presidente - Arielde Castro Alves; 1º Secretaria - Dagmar Silva Pinto de Castro (funcionária da Umesp); 2ºSecretaria/o - Maria Regina de Souza; 1º Secretário de Finanças - Luciana de Santana(funcionária da Fateo) e 2º Secretário de Finanças- Rosimary Ferreira de Souza Pereira

Conselho Fiscal: Coordenador Conselho Fiscal: Otoniel Luciano Ribeiro (diretoradministrativo da Fateo); Fabiola Carvalho Pereira; Valéria Aparecida Oliveira; CarlosEduardo Elias; Licínia Maria Corrêa; Marilda Silva Faria

Fevereiro 2008 11Missões

O Concílio da Sexta Região aconteceuentre os dias 13 a 16 de dezembro com umaplenária de aproximadamente duzentaspessoas, no auditório do CEAVEL - Centro deAperfeiçoamento dos Servidores Públicosde Cascavel. A abertura se deu com a pre-sença de várias lideranças da Igreja, comoJoana D’Arc Meireles, Secretária Executivapara a Vida e Missão; o presidente da Jun-ta Diretiva da Mission Society, Bill Goff,além dos bispos Adonias Pereira do Lago,Rosalino Domingos, Josué A. Lazier, RichardS. Canfield, sob a presidência do bispoJoão Carlos Lopes, que realizou o culto deabertura acolhendo todos (as) conciliares.

A Revda. Joana D’Arc Meireles desa-fiou a plenária a usar o material de edu-cação cristã produzido pela IgrejaMetodista. Nos meses de janeiro e feve-reiro, a Igreja foi conclamada a estudara Carta Pastoral “Testemunhar a Graça eFazer Discípulos e Discípulas”, tema quedeverá ser tratado nas publicações deEscola Dominical ao longo do ano. Ela

Regiões preparam planos de açãoNotícias dos Concílios na 2ª e na 6ª regiões

também orientou a plenária sobreo uso dos símbolos da Igreja Me-todista. Lembrou, por exemplo,que a Cruz e Chama são marcaspatenteadas pela Igreja e não de-vem ser usadas incorretamenteou fora dos padrões de medida(veja mais informações no sitewww.metodista.org.br).

O Bispo Richard Santos Canfieldtrouxe à plenária uma palavra deexortação. Ele fez um alerta profé-tico sobre os problemas que a so-ciedade moderna está enfrentando,principalmente as questões sociaise do aquecimento global. Salientou

que, “além de santificar pessoas e igrejas,precisamos santificar a sociedade que noscerca. Urgência é a palavra... Costumamoslembrar que, se nos calarmos as pedrasclamarão. Não sabemos quanto tempo es-taremos aqui, mas a igreja precisa tomaruma posição porque as pedras já estão cla-

Buscando cumprir o “Ide” de Jesus(Mc 16.15), todos os anos a Igreja Meto-dista realiza a Campanha Nacional de Ofer-ta Missionária. As doações serão coletadasno dia 18 de maio. O alvo total para 2008é de trezentos mil reais, valor que serádividido para os campos missionários, daseguinte maneira:

37,5% para a Região Missionária doNordeste, REMNE

37,5% para a Região Missionária daAmazônia, REMA

15% para Fundo de Emergência10% para Divulgação Em cada uma das regiões missionárias,

serão beneficiados projetos específicos,

mando”, disse. O plenário aplaudiu em péas palavras do bispo.

Além da consagração e nomeação depastores(as), um dos momentos mais im-portantes do Concílio, na opinião dos pre-sentes, foi a aprovação do PlanejamentoRegional para o biênio 2008/9. A Igrejaprepara-se para agir.

Planejamento estratégico no sul

No Rio Grande do Sul, nos mesmos dias13 a 16 de dezembro, a Igreja Metodistareuniu-se nas dependências do ColégioAmericano, Porto Alegre, para a realizaçãodo 38º Concílio da Segunda Região.

A vida e missão da 2ª Região Eclesi-ástica foi traçada pelas inúmeras decisõestomadas como o planejamento estratégicopara o biênio 2008/2009 e a eleição denovos membros da Coordenação RegionalAção Missionária (COREAM).

A nova COREAM eleita no concílio écomposta por: André Vaz (leigo-IM CruzAlta), Rev. Cláudio Nelson Kiehl (cléri-go), Revda. Maria de Lurdes Carpes(clériga), Revda Jussara Cavalheiro(clériga), Maria Inês Bohm (leiga-IMSapucaia do Sul) e Paulo Brum (leigo-IMVila Jardim). Essas pessoas terão aresponsabilidade de conduzir, com baseno planejamento estratégico, ações quelevem ao fortalecimento da Igreja no suldo país. E precisarão do apoio de cadametodista, agindo em suas igrejas lo-cais, colaborando com a missão e oran-do, uns pelos outros.

José Geraldo Magalhães Jr, com infor-mações dos sites da 2 e 6ª regiões.

Campanha Nacional de Oferta Missionária 2008Essa missão também é sua!

escolhidos previamente. Na REMNE, a Ofer-ta Missionária 2008 será destinada à comprada residência pastoral da Igreja Central emJoão Pessoa. Na Rema, 45% da verba vãopara construção do templo em Jaru – RO;outros 45% serão utilizados na construção desalas para escola Dominical para Igreja emJardim Vitória Régia em Porto Velho – RO eos 10% restantes serão empregados noProjeto Três Dias Pra Jesus.

Missão no exterior

Além de enviar missionários e mis-sionárias para o norte e nordeste do país, aIgreja Metodista também mantém servos deDeus atuando em vários países. Neste mo-

mento, quatro pessoas estão de malas ecorações prontos para assumir este desafio:

* Revda. Lourdes Teixeira Magalhãesvai para os Estados Unidos;

* Revda Maísa Gomes de Oliveira vaipara Moçambique;

* Seguem também para Moçambique oDr. Eduardo Maia, médico cirurgião, eCláudia Peres da Rocha Fernandes Costa,bióloga, educadora e especialista em pre-servação do meio ambiente.

No dia 14 de fevereiro, às 20 horas,haverá um Culto de Envio destes irmãos eirmãs, na capela da Sede Nacional da IgrejaMetodista. Ore por essas vidas e pelo tra-balho que desenvolverão, respondendo aochamado do Senhor.

Fevereiro 200812 Reflexão

o examinar os nossos cânones em seuartigo 116, inciso II, percebi que umBispo, para nomear um Superintenden-te Distrital, terá de ter em mãos uma

lista com três nomes de Presbíteros eleitosnos Concílios distritais. Já escrevi anterior-mente e gostaria de chamar sua atençãosobre o afastamento de pastores compulso-riamente aos sessenta e cinco anos de ida-de. Achei isso um absurdo e disse por quê.Mais tarde, escrevi sobre “Pastores de maisou Igreja de menos”. Tem havido muitas di-ficuldades para se nomear nossos pastores.Os formandos da Faculdade de Teologia nãotêm mais garantia de nomeação ao termi-narem seu curso. As campanhas vocacionaisterão de ser paradas, pois se Deus continu-ar chamando não teremos lugar para colocaros chamados para o ministério pastoral.

Analisei o problema e cheguei à tristeconclusão de que a questão não é ter pastoresde mais e sim, igrejas de menos. Nós nosesquecemos de crescer. Sou pastor metodistahá trinta e seis anos, contando com o tempode acadêmico, e nunca vi uma situação dessasna caminhada de nossa Igreja.

Sempre procuro acompanhar as decisõesde nossos Concílios Gerais e me orientarpor elas. Até porque, sendo um pastor nãopoderia ser de outra forma. Mas confessoque ultimamente tem sido difícil. Com todoo respeito aos delegados e delegadas aoGeral, eu diria, em sã consciência, que al-gumas decisões foram tomadas a toque decaixa. Não houve discussão aprofundada enem se pensou em suas conseqüências navida da Igreja pós Geral. O mesmo Conciliodiz que para ser Superintendente Distritaltem de ser presbítero. Tudo bem. Mas exis-

Obstáculos no caminhoDecisões equivocadas ou impensadas do último Concílio Geral da Igreja Metodista

Participantes do 18º Concílio Geral da Igreja Metodista, reunidos no Sesc Aracruz, em julho de 2006. A segunda fase do conclave foi em outubro, na Uni-versidade Metodista de São Paulo.

tem muitos distritos que não têm trêspresbíteros. Alguém pensou nisso na horade votar essa lei? Mas alguém diria: NossaIgreja é conexional. Um concílio distritalpoderá indicar ao bispo uma lista tríplicecom nomes de presbíteros de outros distri-tos. A coisa na é tão simples assim. Vejapor exemplo uma Região do tamanho daQuinta Região Eclesiástica da IgrejaMetodista. Como um distrito aqui no inte-rior do Estado de São Paulo iria indicar onome do um presbítero do distrito deBrasília? Se pensaram no conexonalidade daIgreja nesse sentido, pensaram no lado prá-tico e logístico na hora de votar?

Um outro agravante nesse caso é o fatodo presbítero ser itinerante. Como ficamas mudanças se um pastor foi indicado paracompor a lista tríplice em seu distrito e étransferido para outro distrito? Pensaramnesse lado logístico também, na hora devotar? Creio que não. Infelizmente, não.Isso passa a idéia de que havia a intençãode politizarem ainda mais a vida de nossaIgreja. Essa lei já está causando muito dorde cabeça por todos os lados e para muitosbispos. Agora não adianta ameaças de en-trar na justiça, gritaria daqui e dali,falatórios inócuos. Essas coisas deveriamser pensadas e discutidas antes de seremvotadas no Geral. Mas se passou por cimasem perceber os riscos.

Tenho certeza em meu coração de que oque mais mobiliza os nossos Concílios Ge-rais são as eleições de bispos. Essa, aindaque queiramos negar, tem sido a motivaçãomaior de nossos Concílios Gerais, em detri-mento da Missão da Igreja, que tem sidoatropelada por tantos jogos políticos. Ago-

ra, tiraram dos bispos o direito de escolherseus SDs, pois somente poderão nomearaqueles que foram indicados pelos ConcíliosDistritais. Em muitos casos, o bispo fica demãos atadas. Por favor, agora não joguemlama em nossos queridos bispos, não osculpem. É a lei que o Geral aprovou sempensar nas conseqüências. Todo porque ospensamentos estavam voltados para a elei-ção de bispos. Tantos dias, tanto dinheiropara se fazer tão pouco!

Tenho de reconhecer que nesse últimogeral muitas coisas boas foram aprovadas.Coisas que se arrastavam há anos. Foramcorajosos? Ah, isso foram. Mas o vírus dapoliticagem atrapalhou muitas coisas e fezcom que leis absurdas passassem desperce-bidas pelos conciliares.

Minha proposta para melhorar a cami-nhada da Igreja, antes que seja tarde de-mais, é que os bispos voltem a ser eleitosem suas Regiões Eclesiásticas. Isso acabariacom a politicagem no Geral e nossas leiscanônicas seriam aprovadas com maior pro-fundidade e seriam muito mais claras. Paraterminar, eu insisto: Não culpem os nossosbispos por terem de fazer com que seusdistritos realizassem outros concíliosdistritais para refazer a lista tríplice, de-pois que as nomeações foram finalizadas.Eles procuram fazer o melhor diante deuma dificuldade que a lei lhes impôs. Estãode parabéns por terem encontrado essasaída, que, diante do exposto, para mim foia mais conscienciosa e justa.

Que Deus tenha misericórdia de nossaamada Igreja Metodista.

Rev. Jesué Francisco da Silva

Fevereiro 2008 13Reflexão

igreja brasileira parece estarpassando por um processo detransição. Secularismo, consu-

mismo, utilitarismo religioso e frag-mentação da identidade estão atingin-do valores antes tido comofundamentais na vida cotidiana doscristãos. Até o ato da Ceia do Senhorsofre essa crise. Tem deixado de serum lugar de comunhão, de fé e espe-rança para se tornar um ato corri-queiro e, como diz um amigo, “a ceiatem sido um lanchinho na igreja”, etem perdido seu caráter de corpo esangue do Senhor.

O alimento de nossa vida espiritu-al tem sido somente mais um requisitodo protocolo religioso. E sobre issoJohn Wesley adverte: “O simples fatode haver realizado o ato para nadaaproveita; que não há poder para salvação senão no Espírito deDeus; não há mérito senão no sangue de Cristo” (BURTNER, RobertW. & CHILES, Robert E. Coletânea da Teologia de João Wesley. Pg.269).

A Ceia do Senhor não pode ser visto somente como mais umato religioso, praticado de forma mecânica, pois como afirmouJosé Carlos de Souza (Ceia do Senhor e Hospitalidade Eucarística,Uma perspectiva Metodista, in Revista CAMINHO. P 27)

“A Ceia do Senhor está no coração da vida e da missão daigreja [...] Eucaristia relaciona-se com a origem, o sentido e a ra-zão de ser de nossa fé”.

Segundo o cânone Metodista “a Ceia do Senhor não é somen-te um sinal do amor que os cristãos devem ter uns para com osoutros, mas antes é um sacramento da nossa redenção pela mortede Cristo, de sorte que, para quem reta, dignamente e com fé orecebe, o pão que partimos é a participação do corpo de Cristo,como também o cálice de bênção é a participação do sangue deCristo.” Portanto para nós metodistas, a Ceia não é somente ummemorial, mas um sacramento, um meio de graça. Wesley sempreinstruía seu povo que não tivesse os elementos como mágicos,pois por si só os elementos nada podem fazer.

Segundo Souza, um dos primeiros sentidos que vêm à mentede quem lê os textos neotestamentários da instituição da Ceia doSenhor, é de que, nessa celebração se realize um memorial(anamnese) dos sofrimentos e da morte de Cristo. Mas como elebem coloca, anamnese vai muito além da tradução de relembrar,recordar. O ato de a comunidade fazer a anamnese propõe a elatomar consciência de si mesma como povo de Deus, renovar ocompromisso com a manifestação do Reino no tempo presente.Antes de ser uma ação da igreja, a Ceia é ato do Senhor, por

O lugar da Comunhãomeio do qual Ele comunicasua Graça a toda humanida-de, Cristo é o verdadeirocelebrante que, na mesaEucarística vem ao encontrode seu povo e o serve. Tra-ta-se, pois de autêntico sa-cramento e do principalmeio de Graça.

A celebração da Ceia ésímbolo de comunhão da co-munidade com seu Senhor, eda própria comunidade emsi, é onde todos estão reuni-dos para comungar do pão edo cálice, do corpo e do san-gue de Jesus, e com Ele nosfortalecemos para a missioDei.

A Ceia é uma anamneseda obra salvífica de Cristo. Então, a comunidade celebra e adoraem ação de graças, bem como se compromete com a entrega de simesmo ao serviço de Deus e do próximo. Encontramos a seguintedeclaração na Carta Pastoral do Colégio Episcopal sobre a Ceia doSenhor: “Sabemos que os seres humanos constroem muros de se-paração. Nossa sociedade exclui da mesa ora os pobres, ora osnegros, ora as mulheres, ora as crianças. Num contexto de vidaonde o alimento se torna motivo de angústia e sofrimento na mesado povo brasileiro, entendemos ser fundamental que o sentido dorepartir o pão seja experiência de partilha e solidariedade”.

Portanto, a prática da Eucaristia vai muito além da simplesprática religiosa de se fazer um ato comemorativo. É um ato deamor, paixão e compaixão, de celebração e serviço. A Carta Pastoralnos diz que: “A Ceia do Senhor, além de denunciar as desigualdadese injustiças, propõe à igreja e ao mundo que ambos sejam umgrande altar de comunhão, onde buscamos a Deus com nossafraternidade, amor e justiça”.

Julio de Santa Ana em seu livro Pão, Vinho e Amizade: Medita-ções, diz que a Santa Ceia “surge como um ato que possui umagrande variedade de sentidos. É comunhão; é lembrança de liberta-ção; é compromisso com o Reino; é expressão de uma comunidademilitante; é mistério da presença de Jesus Cristo naqueles que crê-em; é motivação para a unidade [...].

Que nesse espírito de amor e compromisso possamos nos unirpara celebrar, amar e servir ao Senhor, e com o Senhor, após estar-mos saciados de seu corpo e sangue, unidos na mesa da comum-união apresentar o “já e ainda não” do Reino ao mundo.

Edson Elias de Morais, Bacharelem Teologia – FTSA, Londrina, PR.

Eu tenho dois filhos. Eles também, desde pequenos, fazem per-

guntas e afirmações capazes de deixar teólogo de boca aberta.Na verdade, toda criança é assim. Elas não têm medo de dizer oque pensam e expor suas dúvidas – a menos que nós, adultos,plantemos inibição e medo em seus corações.

Por isso, se um dia alguém disser a você que criança não estápronta para participar da Ceia do Senhor, ajude essa pessoa a per-ceber que talvez sejamos nós, adultos, que ainda não estamos pron-tos para compreender o profundo significado desta celebração.

A Ceia do Senhor é uma refeição comunitária que celebra umaaliança com Deus. Você deixaria seu filho sem comer até que elepudesse compreender a importância do alimento para a sua vida?Não, você o alimenta. Ele não sabe distinguir carboidrato de prote-ína, mas intui que o alimento é vital para sua sobrevivência e, maisainda: ele pode sentir que este alimento está sendo oferecido comamor. Com o passar do tempo, você o ensinará sobre a importância

de cada nutriente. Contudo, a primeira lição ele já aprendeu: ofilho sabe que é alimentado porque seus pais o amam.

Ao redor da Mesa do Senhor, a criança também se senteacolhida pela comunidade de fé. No exemplo de Cristo que deusua vida, e no exemplo da comunidade com quem ela partilha opão, a criança aprende o significado do amor.

As crianças são muito sábias. Antes que lhes chegue a teo-ria, elas aprendem pela vivência. Aprendem a falar ouvindo ospais falando. Aprendem gestos, vendo como os adultos gesticu-lam. Aprendem o que é comunhão pelo testemunho da Igreja.

Por isso, pouco é necessário falar diante do pão e do vinho.Aos mais novos, conte como Jesus gostava de fazer as refeiçõescom os amigos. Aos maiores, lembre que Jesus nos pediu paratomarmos desses elementos como lembrança de sua paixão emorte. E, então, fique em silêncio.

Apenas mostre. Compartilhe com elas a sua fé. E deixe queelas compartilhem com você a beleza que elas têm dentro de si.Afinal, ao redor da Mesa do Senhor, as crianças, cidadãs do Rei-no de Deus, estão em casa.

Suzel Tunes

Festa no Reino “E aconteceu que, passados três dias, oacharam no templo, assentado no meio dosdoutores, ouvindo-os e interrogando-os. Etodos os que o ouviam admiravam a suainteligência e respostas”. Lucas 2.46-47

Fevereiro 200814 Entrevista

episcopado do bispo Paulo Ayres naRegião Missionária do Nordeste -REMNE divide-se em duas fases. Na

primeira, que vai de 1982 a 1987, ele aindaera bispo da 1ª Região e vinha ao Nordestecomo bispo supervisor do trabalho que esta-va sendo realizado na região. A segunda foide 1988 até 1998, quando foi eleito para serbispo residente no Nordeste. Num bate-papodescontraído ele contou para o CompartilharPastoral como foram esses dois períodos ecomo vê a REMNE hoje.

Como foi criada a Região Missionária doNordeste?

Essa fase foi conseqüência de um traba-lho que vinha sendo realizado em encontrosde missionários (obreiros) no Nor-deste, por volta de 1974. Nessesencontros surgiu a idéia de que ocampo missionário do Nordeste setransformasse numa região. Essepedido foi levado ao Concílio Geralde 1978 e foi recusado pelo mes-mo, causando um trauma muitogrande aos/as nordestinos/as. A si-tuação agravou-se ainda maisquando, por volta de 1980, o Con-selho Geral resolveu interferir dire-tamente no trabalho do Nordestecom a substituição de obreiroscomo o reverendo Ely Teodoro Ba-tista que estava em Fortaleza hátempos e tinha sido responsávelpelo pastoreio do trabalho meto-dista que floresceu muito no Ceará.E também a saída do reverendoAdolfo Evaristo de Souza da Igreja da Torre(PE). Mas, os/as obreiros/as e os/as repre-sentantes da Igreja Metodista que participa-vam desses encontros missionários foramao Concílio de 1982 com uma proposta reno-vada de ter uma região missionária. O Con-cílio de 1982, então, tomou a decisão quechamaríamos de meio a meio: criou a re-gião, mas não elegeu um bispo e me no-meou como bispo supervisor do trabalhometodista no Nordeste. Eu fui autorizado air uma vez por ano ao Nordeste. No princípioeu não fazia idéia de como funcionava otrabalho na região. A minha primeira visitafoi em 1983, para organizar um Concílio emFortaleza e aproveitei para conhecer o tra-balho realizado em Recife, Natal, João Pes-soa e Salvador.

O que o senhor encontrou nessa primeiravisita ao Nordeste com relação ao trabalhometodista?

Praticamente em todos os lugares o tra-balho metodista estava passando por uma

Remne: 10 anos de AutonomiaEm fevereiro de 2008, a Região Missionária do Nordeste comemora 10 anos de autonomia

administrativa. Para celebrar a data, o jornal regional Compartilhar Pastoral entrevistou o Rev.Paulo Ayres, seu primeiro bispo. O Expositor reproduz essa entrevista e, junto com os irmãos e

irmãs do Nordeste, agradece a Deus por esses 10 anos de trabalho e bênçãos!

crise muito grande porque havia um ressen-timento de algumas igrejas como a da Torree Fortaleza por conta da saída dos reveren-dos Ely e Adolfo. E em Campina Grande,João Pessoa e Natal por não ter apoio doConselho Geral. Mas, também, havia umavontade de ver o trabalho crescer.

E por que essa falta de prioridade doConselho Geral para com o Nordeste? A re-gião não tinha potencialidade?

A gente percebia que havia muita po-tencialidade, mas nós não tínhamos nenhu-ma estratégia de ocupação. Grande parte dotrabalho metodista no Nordeste foi desenvol-vida por alguém que saiu do Sul do Brasil efoi morar em alguma cidade do Nordeste ou

pelo esforço de evangelistas nordestinosque, muitas vezes, sem qualquer decisãoapoiada e respaldada pela Igreja abriam umtrabalho num determinado lugar. Então, eraum trabalho que não tinha um propósito queconjugasse forças e recursos da Igreja comoum todo. Até que essa Região Missionárialevou para o Concílio de 1987 a propostapara ter um bispo residindo no Nordeste. Eeu fui eleito.

Como foi esse período como bispo residen-te no Nordeste?

Eu como bispo e pastor não tinha nenhumtreinamento missionário para implantação denovas igrejas. Mas, comecei a conviver comalgumas pessoas e ler documentos sobremissões e descobri que a tríade: auto-sus-tento, auto-governo e autoproclamação (acer-ca das quais eu nunca ouvira antes) eram importantes na implantação de um trabalhocristão numa área missionária. Foi entãoque comecei a trabalhar essas questões. Eraevidente que o trabalho metodista no Nordes-

te tinha uma forte ênfase avivada, por issosem as marcas metodistas. Eu percebi que agente estava tentando transplantar a IgrejaMetodista do Sul do Brasil para o Nordeste.Como se fosse possível pegar uma planta jácrescida em uma região e levá-la para outraque tem características diferentes. Isso foimuito difícil. Os/as pastores/as que vinhampara o Nordeste também não tinham essaformação missionária porque na Faculdade deTeologia eles/as são treinados/as para serempastores/as de igrejas já estabelecidas. Já nomeu segundo qüinqüênio começou a ficar cla-ro que nós tínhamos que mudar oparadigma. O que estava claro é que nós ha-víamos desenvolvido uma proposta de umaestrutura para 30 mil membros e não tínha-

mos nem três mil. Ou seja, está-vamos com uma estrutura muitomaior que o corpo que tinha quecarregar essa estrutura. Isso cria-va sérios problemas para o auto-sustento, porque a nossa depen-dência financeira era grande deorçamentos que vinham da áreageral e das regiões eclesiásticas. Ea implantação do novo trabalhoatravés de cotas orçamentáriasera cada vez mais difícil porquenão tinha nome, cara, lugar. Comoíamos sustentar uma obramissionária assim no vazio? En-tão, surgiu a idéia das parcerias,ou seja, para a gente desenvolverum trabalho em algum lugar erapreciso ter parceria e os projetosmissionários tinham que ter prin-

cípio, meio e fim visando às pessoas daquelelugar; desenvolver uma consolidação em queo auto-sustento, auto-governo e autopro-clamação pudessem ser garantidos. Então eudiria que o trabalho da Igreja Metodista noNordeste foi realizado em grande parte numprocesso de acertos e erros.

Como o senhor vê a REMNE hoje? Hoje, eu percebo que a REMNE tem uma

intencionalidade, está desenvolvendo proce-dimentos que podem ajudar a não ter umprocesso de transplante da Igreja Metodistado Sul para o Nordeste, mas, ter uma implan-tação de igrejas que estejam realmente den-tro da realidade do Nordeste. Isso não signi-fica que as igrejas do Nordeste vão ser maisou menos metodistas que as do Sul, mas queessa é a maneira nordestina de ser metodis-ta. Para mim, isso é muito gratificante.

Keuly ValoisPublicado no jornal Compartilhar

Pastoral, jan/fev de 2008

Fevereiro 2008 15Cultura

Agenda

FevereiroDia 14, às 20 horas, na Capela da Sede Nacional da Igreja Metodista,será o culto de envio dos missionários (as) que, em resposta aochamado de Deus, irão para Moçambique e Estados Unidos. Ore pelaRevda Maísa Gomes de Oliveira, Dr. Eduardo Maia e Cláudia Peres daRocha , que vão para Moçambique; e para a Revda Lourdes TeixeiraMagalhães, que vai para os Estados Unidos.

MarçoO mês começa com duas datas significativas. O dia 2, Dia Mundial deOração e o dia 8, Dia Internacional da Mulher.Dia 10 de março é o último dia para inscrições ao Encontro Nacio-nal de Pastores e Pastoras, que acontecerá na cidade de SerraNegra, SP, entre os dias 1 e 4 de abril. Informações na Sede Nacionalda Igreja Metodista: (11) 6813-8600.

Dia 11 de março é o último dia para envio das inscrições para oConcurso Crianças Metodistas Compositoras.Dias 15 e 16 acontece o I Encontro Regional de Evangelistas - Igre-ja Metodista da I Região Eclesiástica. Será na Escola de Missões emTeresópolis.Até o dia 20 de março a Faculdade de Teologia está com inscriçõesabertas para o curso de Especialização em Estudos Wesleyanos. Oformato do curso será Educação à Distância. Mais informações:www.metodista.br/fateo ou e-mail [email protected] Tel.: (11)4366 5976Dia da Mocidade Metodista é 18. É um dia de celebrar a força e afé de nossa juventude.A Páscoa, momento de ação de graças pela ressurreição e vida é nodia 23 de março.De 27 a 29 acontece o II Seminário sobre Responsabilidade Social eCidadania no Centro Universitário Metodista Bennett, RJ. InscriçõesGratuitas. Mais informações no site www.cogeime. org.br/respsocial oupelo e-mail: [email protected] tel: (11) 5078-6411

Além de momentos de lazer,o cinema também pode proporci-onar reflexões importantes paranossa vida e fé. É como essepropósito que o site da IgrejaMetodista Unida, dos EstadosUnidos (www.umc.org), ofereceuma seleção de filmes comenta-dos, com roteiros para a elabora-ção de estudos bíblicos. Veja aresenha do filme Reine sobremim (Reign over me, no original),que foi lançado em DVD no finalde 2007 (traduzido e adaptado apartir do texto de Gregg Tubbs).

Reine sobre mimProdutora: Sony PicturesElenco: Adam Sandler, Don

Cheadle, Jada Pinkett Smith, LivTyler. Lançado em 2007

No filme Reine sobre Mim, odiretor Mike Binder une humore drama para abordar o tema daperda e recuperação. Ele contaa história de um homem queperdeu toda a família e cuja úni-ca esperança para construir umfuturo é a compaixão de um ami-go de seu passado.

A história abre com um en-contro casual entre dois velhosamigos que não se viam há váriosanos. Charlie Fineman (AdamSandler) e Alan Johnson (DonCheadle) eram colegas de quartona Faculdade de Odontologia.

Cinema & TeologiaJulgai todas as coisas, retende o que é bom (1 Ts 5.21)

Cristo em MimCelebre a Páscoa com a cantata

“Cristo em Mim”, uma linda históriacriada por Déa Kerr e musicada porLiséte Espíndola e Neuza Cezar. O mate-rial inclui 12 canções interpretadaspelo Grupo Vocal Cantarte, partituras,play-back e ainda instruções sobre fi-gurino e cenário.

Para adquirir, entre em contatocom a Sede Nacional (tel. 11-6813-8600)

Perderam contato após a forma-tura. Mas Alan sabia que, no dia11 de setembro de 2001, a espo-sa de Charlie e suas três filhashaviam morrido num dos aviõesque se chocou contra o WorldTrade Center.

Alan encontra um Charlie to-talmente desestruturado. Ele nãose lembra do amigo. Também nãose recorda de ter tido uma famí-lia. Não exerce mais sua profissãoe vive uma vida desregrada, semhorários e obrigações. Passa amaior parte do tempo ouvindomúsica e jogando videogames.Alan, no extremo oposto, mantémuma carreira sólida, mas vive umavida familiar que o sufoca, ao ladode uma esposa controladora. Elecomeça a passar mais e mais tem-po no mundo de Charlie tentandofazer com que seu velho amigopossa se abrir sobre sua perda eprocure ajuda.

Embora não seja explicita-mente cristão, a atuação de Alanno filme é um inspirador testemu-nho de valores cristãos essenci-ais, como compaixão, perdão ereconciliação. Alan dá generosa-mente de si mesmo – seu tempo,cuidado, perseverança — para ocuidado de outro.

O filme também mostra a na-tureza recíproca dos relaciona-mentos. Não há quem ajude ooutro que não seja também aju-dado. A partir do contato comCharlie, Alan vai repensar seupróprio modo de ver a vida.

Contudo, Reine sobre mimnão é um conto de fadas. Umatragédia ocorreu na vida deCharlie; tragédias podem surgirem nossas vidas. O amor é o bál-samo que trata as feridas e nosdá esperança para prosseguir.

Questões para estudo:1) O título do filme é o nome

de uma música, “Love Reign OverMe” (Amor, reine sobre mim).Leia um trecho da letra e res-ponda: Qual é o simbolismo daágua no cristianismo? Como vocêpoderia relacionar a letra damúsica com a história do filme?

Apenas o amorPode trazer a chuvaQue faz você desejar o céuApenas o amorPode trazer a chuva

Que cai como lágrimas lá do altoAmor, reine sobre mimNa árida e empoeirada estradaAs noites que passamos sósEu preciso voltar para casa,para a fresca chuvaNão sou capaz de dormir; en-tão me deito e pensoA noite é quente e negra comotintaÓ Deus, eu preciso de umadose da fresca chuva

2) Como Charlie respondeu àsua tragédia pessoal? Você achaque ele realmente esqueceu suafamília?

3) Você já tentou ajudar al-guém a se restabelecer de umagrande perda? Como a sua fé aju-dou nesse momento?

4) É fácil perceber comoCharlie mudou ao longo da histó-ria, mas como se dá a mudançade Alan? O que ele aprendeu?

5) A existência de tragédiasafeta a sua fé em um Deus justo?Como a sua fé o ajuda a superaros problemas? Você pensa que osofrimento pode nos ajudar asentir as bênçãos de Deus? (vejaRomanos 8.28, Salmo 31.24,Eclesiastes 9.1-2)

6) Você admira Alan por ten-tar ajudar Charlie? E quanto aossogros dele? É possível errar ten-tando ajudar?

Charles WesleyAcaba de ser lançado o CD “Charles Wesley - 300

Anos”, que traz 16 hinos com poemas de Wesley em ar-ranjos para canto e piano cantados em português emversões presentes nos hinários brasileiros. O barítonoCarlos Eduardo Vieira e o pianista Luiz Otávio Pereira doCarmo fizeram arranjos especialmente para essa gravaçãoexplorando as diversas possibilidades que o repertóriooferece e trazendo uma enorme variedade de estilos elinguagens musicais. O CD poderá ser adquirido pelo e-mail [email protected]. Custa R$25,00.

Fevereiro 200816 Página da Criança