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Aula Prof Simone Gonçalves CardosoOperações Unitárias

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  • DESTILAO: APLICAO EGUA PARA FINS

    1

    GUA PARA FINS FARMACUTICOS

    Prof Simone Gonalves Cardoso

  • PLANO

    Introduo Tipos Aplicaes gua para fins farmacuticos Referncias

    2

  • INTRODUO Conceito: Operao unitria que se caracteriza pela

    evaporao e posterior condensao de um lquido.

    Objetivo: remover um solvente, purificar um lquido ou separar componentes de uma mistura de lquidos, ou ainda separar lquidos de slidos.ou ainda separar lquidos de slidos.

    Separaes possveis: misturas homogneas de lquidos ou de slido+lquido

    3

  • A destilao um modo de separao baseada no fenmeno de equilbrio lquido-vapor de misturas (que ocorre quando o sistema fechado).

    L V linha de equilibrio

    4http://www.apuntescientificos.org/miscibilidad-ibq2.html

    Quando calor fornecido a umamistura liquida, promove sua vaporizao parcial, e estabelece-se um equilbrio entre as fases lquida e vapor, para umadada presso total, e a composio das duas fases ser diferente

  • TIPOS

    Tipo AplicaoSimples Separar misturas homogneas quando um

    dos componentes slido

    Fracionada Separar dois ou mais lquidos com pontos de ebulio diferentes

    vcuo ou presso reduzida

    Purificar lquidos que se decompem antes mesmo de entrarem em ebulio ou que

    5

    reduzida mesmo de entrarem em ebulio ou que precisam temperaturas elevadas para serem

    destiladas.

    Por arraste de vapor Separar misturas de substncias que no so solveis em gua, alm de uma delas ser ligeiramente voltil e as outras fixas, ou para o caso em que uma das substncias

    apresente sensibilidade trmica

  • Destilao Simples

    - O lquido com menor ponto de ebulio comece a evaporar.

    - Ao evaporar encontra o condensador, com paredes frias, e o vapor se condensa, retornando ao estado lquido.

    6http://www.infoescola.com/quimica/

    estado lquido.- Aps algum tempo, todo o

    lquido de menor ponto de ebulio ter passado para o erlenmeyer e sobrar a outra substncia, slida, no balo de vidro.

    Simples Separao de um lquido de uma substncia no voltil (tal como um slido, p.ex.)/usada para separar misturas homogneas quando um dos componentes slido e o

    outro lquido.

  • Destilao fracionada

    - A substncia de menor ponto de ebulio ir evaporar primeiro

    - A outra substncia vai evaporar tambm.

    - Ao encostar nas barreiras da coluna de fracionamento, a segunda substncia vai condensar, voltando para o balo 1

    7http://www.infoescola.com/quimica/

    para o balo 1- A outra substncia ficar mais

    concentrada continuar subindo, at encontrar o condensador.

    - Ao final do processo, o balo 2 conter o lquido mais voltil, e o balo 1 ter o lquido menos voltil.

    1

    2Coluna de Vigreux

    Fracionada Separar dois ou mais lquidos com pontosde ebulio diferentes

  • Destilao vcuo

    - A temperatura de ebulio varia diretamente com a presso.

    - Sob presso atmosfrica reduzida as temperaturas de ebulio das fraes tambm cairo, ou seja, elas sero vaporizadas a uma temperatura menor que a necessria sua vaporizao quando se

    vcuo

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    http://www.infoescola.com/quimica/

    sua vaporizao quando se trabalha sob presso atmosfrica.

    - Utiliza-se uma aparelhagem similar da destilao fracionada, com a diferena de que se adapta uma bomba de vcuo que reduzir a presso do meio.

    vcuo oupresso reduzida

    Purificar lquidos que se decompem antes mesmo de entrarem em ebulio ou que precisam temperaturas elevadas para

    serem destiladas.

  • Destilao por arraste de vapor

    - No balo A encontra-se a gua- No balo B encontra-se a

    mistura a ser destilada- A gua vaporizada em A passa

    por B e arrasta a substncia- O resultado do processo (o

    destilado) uma mistura

    9http://www.infoescola.com/quimica/

    destilado) uma mistura formada por gua e a substncia mais voltil (que podem ser separadas atravs da decantao por serem imiscveis).

    Porarrastede vapor

    Separar misturas de substncias que no so solveis em gua, alm de uma delas ser ligeiramente voltil e as outras fixas ou para o caso em que uma das apresente sensibilidade trmica

  • APLICAES

    Extrao de leosessenciais

    (arraste de vapor)

    Refinao do petrleo(destilao fracionada)

    10

    http://oleosessenciais.org/category/producao/metodos_de_extracao/

  • 11

  • 12

  • 13

  • 14

  • 15

  • 16

  • Aspectos Gerais Maior demanda consumo humano

    Uso industrial rgidas exigncias tcnicas

    Aplicaes

    Veculo de um grande nmero de preparaes Veculo de um grande nmero de preparaes

    Lquido de limpeza (com ou sem detergente)

    Meio de transferncia trmica: gua de refrigerao, vapor em caldeiras, etc

    17

  • Impurezas na gua

    1 - Compostos Inorgnicos dissolvidos

    So os sais dissolvidos na guaons inorgnicos presentes nions: Cloreto, Sulfatos, Nitratos.

    Ctions: Sdio, Clcio, Magnsio.gua dura: incrustaes

    2 - Compostos Orgnicos dissolvidos

    gua dura: incrustaes

    Origem na natureza ou em decorrncia da poluio

    Origem natural materiais provenientes da decomposio de vegetais e animais Origem no-natural compostos orgnicos que tm sua origem nas atividades humanas. Ex: pesticidas solveis em gua (inseticidas, herbicidas) 18

  • 3 Partculas e Colides

    Partculas podem ser rgidas (areia, terra) ou deformveis (restos vegetais)

    Colides so suspenses estveis de partculas orgnicas ou inorgnicas

    4 Microrganismos

    Bactrias, fungos e vrus

    escudo protetor para microrganismos

    Bactrias, fungos e vrus

    5 Gases Dissolvidos

    Todos os gases existentes na atmosfera dissolvidos na gua

    CO2 + H2O H2CO3 H+ + HCO3-

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  • Classificao da gua

    ASTM (American Society for Testing Materials)

    USP

    Farmacopeia Brasileira

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  • ASTM Tipo I

    gua Ultrapura ou Grau Reagente Aplicaes crticas, como Anlises HPLC, AA, clulas

    Produzida atravs de Osmose Reversa

    Tipo II

    Aplicaes farmacuticas Aplicaes farmacuticas Ex: preparaes de solues, microbiolgicas

    Tipo III

    Aplicaes gerais em laboratrio (purificada) Ex: lavagem de materiais, preparo gua tipo II e III

    21

  • ASTM

    22

  • gua Purificada

    Obtida por destilao, troca inica ou osmose reversa

    Preparada a partir da gua potvel

    Utilizada no preparo de formas farmacuticas

    USP

    Utilizada no preparo de formas farmacuticas

    No utilizada para administrao parenteral

    23

  • gua para Injetveis

    Obtida por destilao ou osmose reversa

    No possui substncias adicionadas

    Utilizada no preparo de solues parenterais

    USP

    Utilizada no preparo de solues parenterais

    Apirognica

    24

  • gua Estril para Injetveis

    a gua para injeo esterelizada, obtida a partir da gua para Injetveis

    No possui substncias adicionadas

    USP

    No possui substncias adicionadas Deve ser armazenada em recipiente de dose simples, de preferncia vidro do Tipo I ou II (mximo 1litro)

    25

  • gua Bacteriosttica para Injetveis

    a gua estril para injeo que possui um ou mais agentes antimicrobianos

    Deve-se observar a compatibilidade com o frmaco

    USP

    Deve ser armazenada em recipiente de dose simples, de preferncia vidro do Tipo I ou II (mximo 30 ml)

    26

  • gua Estril para Inalao

    a gua obtida a partir da gua para Injeo Estril

    No possui agentes antimicrobianos, exceto quando utilizadas em umidificadores.

    USP

    utilizadas em umidificadores.

    27

  • gua Estril para Irrigao

    obtida a partir da gua para Injeo Estril

    No possui agentes antimicrobianos

    Deve ser armazenada em recipiente de dose simples, de

    USP

    Deve ser armazenada em recipiente de dose simples, de preferncia vidro do Tipo I ou II

    Volumes podem ser superiores a 1 litro

    28

  • 29

  • Caractersticas guaPurificada

    gua Injetveis

    gua Estril Injetveis

    gua Bacteriosttica

    Injetveis

    gua Estril

    Inalao

    gua Estril Irrigao

    1. Obtida por Destilao X X X X X A partir de gua Estril Injetveis

    2. Obtida por Osmose Reversa

    X X X

    3. Obtida por Troca X

    USP

    3. Obtida por Troca Inica

    X

    4. Utilizada no preparo de Solues Parenterais

    X

    5. Contm substncias adicionadas

    X

    6. Apirognica X

    7. Armazenada em Recipientes Tipo I ou II

    X X X30

  • Farmacopeia Brasileira

    -gua potvel-gua reagente

  • Farmacopeia Brasileira

  • Farmacopeia Brasileira

  • 34

  • Mtodos de Purificao

    Remover a contaminao que pode interferir em testes ou procedimentos So composto por diversos estgios de purificao necessrio que se desenvolva uma combinao de tecnologiastecnologias

    Deionizao

    DestilaoUltrafiltrao

    Osmose ReversaAdsoro e Absoro pelo Carvo AtivadoFiltraoOxidao e Esterilizao por Ultravioleta

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  • Mtodos de Purificao

    Deionizao

    Processo eficiente para a remoo de ons.

    Resinas Globulares Porosas de Troca Inica .

    Resinas Aninicas capturam nions.

    Resinas Catinicas capturam ctions.

    Dimetro de 0.3 a 0.8mm.

    Resinas Catinicas capturam ctions.

    Ctions presentes na gua (Na+, Ca++) iro se ligar Resina Catinica e

    deslocar o H+

    nions(Cl-, NO3-) iro se ligar Resina Aninica e deslocar as hidroxilas.

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  • Mtodos de Purificao

    Vantagens Desvantagens

    Efetiva remoo de ons No remove partculas, material orgnico ou microrganismos.

    Instalao simples Altos custos de operao/regenerao.

    Deionizao

    Baixo investimento Qualidade da gua varivel; glbulos danificados.

    Leito duplo Leito misto

    1.Catinica2.Aninica

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  • Mtodos de Purificao

    Destilao Processo clssico de purificao de gua

    Envolve mudana de fase: de lquido para vapor e de vapor para lquido

    (a gua aquecida at ferver e evaporar)

    Processo lento, a gua precisa ser adequadamente armazenada para ser depois utilizada

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  • Mtodos de Purificao

    Destilao

    Vantagens Desvantagens

    Remove grande % de todos os tipos de contaminantes.

    No h controle da qualidade da gua.

    Investimento mdio. Altos custos de operao: energia e gua.

    Processo muito conhecido e percebido como fcil de operar.

    Manuteno regular fundamental para garantir o desempenho.

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  • Gustavo Junior Lage levantamento:Para destilar 1 litro de gua perdeu 62,5 litrosPara destilar 15 litros perdeu 937,5 litrosPara destilar um galo de 30 litros teve uma perda total de 1.875 litros

    Ideia para coletar o excedente de gua e usar para outros fins:

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  • Ultrafiltrao

    Mtodos de Purificao

    Ultrafiltros so membranas polimricas assimtricas

    Camada muito fina (1 m)de espessura na parte superior

    Camada de suporte mais espessa (100m) Camada de suporte mais espessa (100m)

    As membranas de Ultrafiltrao operam sob presso. Molculas pequenas conseguiro

    atravessar a camada ativa enquanto as maiores sero retidas.

    41

  • Mtodos de Purificao

    Ultrafiltrao

    Vantagens Desvantagens

    Remoo efetiva (>99%) de todas molculas orgnicas.

    Quase nenhuma remoo de ons, gases e orgnicos de baixo peso molecular.

    Muito eficiente na remoo de endotoxinas

    Baixo uso de energia.

    Baixa manuteno.

    42

  • Mtodos de Purificao Osmose Reversa

    A gua contendo ons ou outros contaminantes pressurizada (presso > osmtica) contra a membrana de osmose

    reversa e obtm-se gua pura no outro lado da membrana.

    Vantagens Desvantagens

    Remoo % razovel de todos os tipos de contaminantes (ons, microrganismos e endotoxinasbacterianas, bactrias).

    Contaminantes no sosuficientemente removidos para satisfazer as exigncias da gua do Tipo II

    Manuteno mnima. Membranas esto sujeitas a incrustaes e obstrues em longo prazo.

    Baixo custo de operao devido a pouca utilizao de energia eltrica(apenas p/ movimentar a bomba de pressurizao).

    43

  • Mtodo de Pr-tratamento

    Adsoro pelo Carvo Ativado

    Remoo de compostos orgnicos e Reduo de cloro pelo mecanismo de adsoro. Tecnologia voltada para o pr-tratamento e proteo de outras etapas etapas problema de contaminao

    Vantagens Desvantagens

    Remoo efetiva de uma ampla gama de substncias orgnicas.

    Quando todos os stios esto ocupados, estabelece-se o equilbrio e os orgnicos so liberados.

    Grande capacidade devido a grande rea superficial.

    Bactrias podem se desenvolver aps algum tempo.

    44

  • Mtodos de Pr-tratamento

    Filtrao

    Processo mecnico de remoo de partculas incluindo microrganismos.

    Depende do tamanho dos poros do filtro utilizado.

    No processo de Microfiltrao em Membrana com poro de No processo de Microfiltrao em Membrana com poro de 0.22m de dimetro - usadas na indstria farmacutica para filtrao esterilizante de solues.

    45

  • Mtodos de Purificao

    Oxidao e Esterilizao por Ultravioleta

    A esterilizao por Ultravioleta realizada por Absoro da luz de 254nm, que destri o DNA e RNA dos microrganismos, causando a morte de sua clula.

    Vantagens DesvantagensVantagens Desvantagens

    Destruio limitada de microorganismos e vrus.

    Efeito limitado sobre outros contaminantes.

    Baixo uso de energia. Tcnica que pode ser prejudicada se a concentrao de orgnicos na gua for muito alta.

    46

  • CondutividadeA conduo de corrente eltrica

    depende dos ons presentes na gua

    Quanto mais pura a gua, menor a concentrao

    desses ons

    Monitoramento e Controle de Qualidade da gua Purificada

    desses ons

    Menor a Condutividade

    Condutividade quase todos os ons foram removidos: 0,055 microSiemens/cm a 25COu 18,2 Megohm.cm.

    Esta a gua ultrapura do Tipo I (ASTM)47

  • Carbono Orgnico Total

    Sensibilidade em detectar baixos nveis de compostos orgnicos em amostras aquosas.

    Monitoramento e Controle de Qualidade da gua Purificada

    48

  • PORTARIA N 518, DE 25 DE MARO DE 2004

    Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilncia da qualidade da gua para consumo humano e seu padro de potabilidade, e d outras providncias.

    RDC 17 DE 16 DE ABRIL DE 2010 - BPF RDC 17 DE 16 DE ABRIL DE 2010 - BPF

    Estabelece os requisitos mnimos a serem seguidos na fabricao de medicamentos para verificar a padronizao do cumprimento das Boas Prticas de Fabricao (BPF) de uso humano

    durante as inspees sanitrias. Exigncias gerais para sistemas de gua para uso farmacutico, especificaes da qualidade

    da gua, mtodos de purificao, armazenamento e distribuio entre outros.

    49

  • REFERNCIAS

    Brasil. Farmacopeia Brasileira, volume 1/Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria. Braslia: Anvisa, 2010. 548p.

    Brasil. Farmacopeia Brasileira, volume 2/Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria. Braslia: Anvisa, 2010. 904p.904p.

    PRISTA, L. N., CORREIA, A. A., MORGADO, R. M. R. Tcnica Farmacutica e Farmacia Galnica. 5 ed. Lisboa: Fundao Caloustre Gulbenkian, v. I, 1995. v. II e III, 1996.

    USP26/NF21. United States Pharmacopeia & National Formulary. Rockville: United States PharmacopeialConvention, 2003.

    http://www.quimica.com.br/revista/qd458/agua_ultrapura1.html

    50

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