Operação de migração para o novo data center da Celepar - … · 2014. 4. 22. · grau de...
Transcript of Operação de migração para o novo data center da Celepar - … · 2014. 4. 22. · grau de...
FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
O FUTEBOL A PARTIR DOS JOGOS COOPERATIVOS:
Novas Práticas na Organização da Educação Física
Autor Erisvaldo Quaresma De Morais
Escola de Atuação Colégio Estadual Barão do Rio Branco – Ensino Fundamental e Médio
Município da escola Jesuítas - Paraná
Núcleo Regional de Educação Assis Chateaubriand
Orientador Prof. Dr. José Carlos Mendes.
Instituição de Ensino Superior UNIOESTE – Marechal Candido Rondon
Disciplina/Área Educação Física
Produção Didático-pedagógica Unidade Didática
Relação Interdisciplinar Todas as Áreas do Conhecimento
Público Alvo 6ª série
Localização Rua Jesuítas, 650 – Carajá
Apresentação A unidade didática enfatizará os jogos lúdicos e
cooperativos, a partir da aplicação de 21 aulas
para os alunos da 6ª série do Colégio Estadual
Barão do Rio Branco – Ensino Fundamental e
Médio, enfatizando a prática da modalidade de
futebol na perspectiva do referido projeto de
intervenção como mencionado.
Palavra - chave Jogos Cooperativos; Jogos Lúdicos; Futebol de campo
1 INTRODUÇÃO
A organização do Trabalho Pedagógico na Educação Física, constantemente
têm desafiado os professores na construção de propostas pedagógicas alternativas
no processo de ensino do esporte no âmbito escolar. Neste contexto, observou-se
que a prática do futebol é raramente oportunizada neste ambiente, muitas vezes, por
falta de espaço específico, campo de futebol, ou por sua prática, na maioria das
vezes, está cercada de alta competitividade dos alunos, consequentemente, ocorre a
exclusão dos menos aptos para tal prática.
Autores como Lovisolo (2001), Bauman (2008), Saviaini (1991) e Correia
(2006), afirmaram que a prática de esporte nas aulas de Educação Física resume-se
a uma aplicação na premissa da prática esportiva competitiva de alto rendimento.
Essas práticas educativas na disciplina, aliadas à ideologia pós-moderna do
consumo e da competição, acabam fazendo com que a Educação Física colabore,
junto com as outras disciplinas escolares, para uma educação competitiva,
excludente e segregadora (COLETIVO DE AUTORES, 1992).
O futebol, pelo fato de ser um dos esportes mais populares e representar
significativamente às práticas consumistas e competitivas da atualidade, a medida
que o imaginário coletivo fortalece a idéia que os meninos pobres podem conseguir
ascensão social e financeira por meio dele, muitas vezes, fortalecida pela mídia por
meio de campanhas publicitárias e fortalecimento da imagem dos jogadores de
futebol profissional como ‘heróis nacionais’ . Notoriamente, a prática do futebol no
âmbito escolar, muitas vezes, reflete tais ideologias, contribuindo para uma prática
excludente em que só há vaga para os melhores, consequentemente, os alunos
menos aptos permanecem num plano secundário, mesmo que sem intencionalidade
do professor que ministra as aulas.
No entanto, o futebol faz parte dos conteúdos a serem ministrados no âmbito
escolar. Primeiro por seu caráter popular, e segundo, por seus possíveis benefícios
que sua prática pode oportunizar, como:
Diminuição da gordura corporal, manutenção do peso, aumento da força e da massa muscular, aumento da densidade óssea, melhora da resistência cardiovascular, ou seja, favorece o trabalho de vários sistemas do corpo como o digestivo, o imunológico, o nervoso, o muscular, o esquelético, o endócrino e o respiratório, ativando as suas funções. Reduz o risco de várias doenças como as cardíacas,
diabetes, pressão alta e etc, elimina o estresse e a ansiedade. Diminui a freqüência cardíaca em repouso. Melhora a flexibilidade, a coordenação, a mobilidade articular, o reflexo, a agilidade e a concentração. Estimula a circulação sangüínea. Trabalha principalmente os músculos das panturrilhas, coxas, glúteos, costas e abdome. Aumenta a socialização, afinal é um esporte coletivo (SOUZA, 2002, p. 1).
A autora ainda ressaltou que, o futebol enquanto uma modalidade esportiva
coletiva pode ser de grande valia no processo formação do cidadão, especialmente,
se estimulado de forma adequada para a Educação Física Escolar. Neste sentido,
tornou-se necessário a busca constante de propostas pedagógicas alternativas para
prática do futebol no âmbito escolar, assim como, nas outras modalidades
esportivas.
Uma alternativa salutar na prática do esporte no âmbito escolar tem sido a
aplicação de atividades com caráter essencialmente lúdico, especificamente, por
meio de jogos cooperativos, em que a oposição, quase sempre causadora da
competição exacerbada na prática esportiva, fica num plano secundário no
desenvolvimento destas atividades.
A prevalência de um caráter lúdico nas atividades, segundo Santos e Jesus
(2011), tornou-se uma estratégia insubstituível para ser usada como estímulo na
construção do conhecimento humano e na progressão das diferentes habilidades
operatórias. Além disso, tornou-se uma importante ferramenta utilizada para
estimular o progresso pessoal e de alcance de objetivos institucionais,
especialmente na prática de jogos cooperativos que fomentam um espaço
diferenciado, em que, por meio de propostas e estratégias pedagógicas,
representam um ambiente de possibilidades concretas de interação e de
aprendizagem, em que o conviver e o divertir-se com o outro pode ser valorizado,
levando a assimilar, inclusive, as regras sociais de convivência.
Para Huizinga (2005, p. 2), o jogo “é uma categoria absolutamente primária
da vida, toda e qualquer atividade humana”. Para Kishimoto, (2003, p.16) ele pode
ser visto como “o resultado de um sistema linguístico que funciona dentro de um
contexto social; um sistema de regras; e um objeto”.
Esta interação entre o mundo e as pessoas é a forma de conhecer e pode
ser obtida através do jogo. Neste sentido, Gioca abordou sobre uma concepção do
jogo na perspectiva Piagetiana como;
a construção do conhecimento, principalmente, nos períodos sensório motor e pré operatório. Agindo sobre os objetos, as crianças, desde pequenas estruturam seu espaço, seu tempo, desenvolvem a noção de casualidade chegando à representação e, finalmente a lógica (GIOCA, 2001, p. 23).
Neste sentido, o jogo é para a criança, uma forma de imitação, assim,
imitando o mundo adulto ela está treinando para a vida, num processo contínuo. No
jogo, há a possibilidade do teste constante dos esquemas mentais, ou seja,
conforme Macedo (1994, p.124) afirmou “os esquemas vão pouco a pouco,
diferenciando-se e integrando-se, no mesmo tempo em que o sujeito vai se
separando dos objetos podendo, por isso mesmo, interagir com eles de forma mais
complexa".
Corroborando com estes apontamentos, diferentes autores abordaram a
prática do jogo na vida humana, por exemplo, Kishmoto (apud Maia et al, 2007),
afirmou que o jogo possui duas funções gerais essenciais, ou seja, uma lúdica, que
propicia a diversão, o prazer e até o desprazer e outra educativa, em que ensina
qualquer coisa que complete o indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e seu
posicionamento com o mundo.
Além das funções citadas, o jogo permite que à criança possa adquirir,
segundo Maia et al (2007, p. 127); a) valor experimental: exploração e manipulação;
b) o valor da estruturação: construção da personalidade infantil, sendo retomado os
esquemas de Piaget; c) o valor da relação, onde a criança em contato com seus
pares e adultos, com objetos e com o ambiente em geral; d) o valor lúdico, onde
avaliar se os objetos possuem as qualidades que estimulam a ação lúdica.
A partir dos diversos objetivos e funções os jogos ainda podem ser
classificados em diferentes categorias, por exemplo, Kishimoto (2003) os classifica
em jogos tradicionais infantis, os jogos de regras, jogos de construção e jogos de faz
de conta.
Neste contexto, a autora ressaltou que os jogos tradicionais seriam os que
resgatam o folclore e a cultura popular, os jogos de regras marcam a transição da
atividade individual para a socializada e não ocorre antes dos quatro aos sete anos,
invariavelmente, sua prática predomina no período dos sete aos quatorze anos de
idade (PIAGET, 1996). Os jogos de construção destinam-se ao livre manuseio das
peças para que a criança construa seu mundo, enquanto, os jogos de faz de conta
podem ser considerados jogos mestres de todos os outros, ou seja, o exercício
pleno da imaginação.
Além desta categorização, os jogos, atualmente, são divididos em dois
grandes grupos: jogos competitivos e jogos cooperativos. Os jogos competitivos,
segundo Maia et al (2007, p.129), apoiando em alguns autores, seria um elemento
importante na educação das crianças, tendo como fundamento de que assim
ficariam melhores preparadas para viverem num mundo competitivo. Todavia, as
sociedades atuais estão levando esta idéia ao extremo, fator observável na pós-
modernidade, Baumam (2008), enfatiza que muitas vezes, as aulas de Educação
Física tornaram-se o exemplo clássico desta sociedade.
Por sua vez, os Jogos Cooperativos, apesar de estar inclusos na
categorização dos jogos tradicionais, eles mostram um novo enfoque. Brotto (2002,
p.47), coloca que “a sua essência começou há milhares de anos, quando membros
das comunidades tribais se uniam para celebrar a vida". Sob esta ênfase Teixeira
(2001, p. 12) classifica-os na seguinte perspectiva:
- Jogos Cooperativos sem perdedores: nesses jogos normalmente não se
tem perdedores, todas as pessoas jogam juntas para superar um desafio comum;
- Jogos Cooperativos de Resultado Coletivo: são formadas duas ou mais
equipes que incorporam o conceito de trabalho coletivo por um objetivo ou resultado
comum à todos, sem que haja competição entre os times que necessitam de alto
grau de cooperação entre si, assim como, cooperar coletivamente com os outros
times para alcançar a meta;
- Jogo de Inversão: esses jogos quebram o padrão de times fixos e
consequentemente mexem com a questão: quem venceu? Trazem o prazer pelo
jogo e não pela vitória.
Segundo a autora, os jogos de inversão podem ser desenvolvidos de várias
formas, por exemplo, em forma de rodízio, em que os participantes trocam de times
em determinados momentos, como inversão do ‘Goleador’: quem faz ponto muda de
time, inversão do placar: os pontos são marcados para o outro time, entre outros.
Nesta perspectiva, os jogos poderiam se tornar uma ferramenta útil no
processo de ensino e aprendizagem das modalidades esportivas no âmbito escolar,
especialmente, os jogos cooperativos, a medida que, segundo Brown (1995), a partir
de sua prática poderíamos incentivar os alunos a superar desafios ou obstáculos e
não para vencer o outro, estimulando a participação de todos, em que as metas mais
importantes são as coletivas, e não as individuais.
Ao observar a prática do futebol no âmbito escolar, muitas vezes, à forma de
exercitação privilegia o caráter competitivo da modalidade, criando expectativas
consumistas para com a atividade. No entanto, a prática do futebol nas aulas de
Educação Física devem compreender os objetivos da disciplina em consonância
com as possibilidades do jogo.
A prática do futebol, segundo Júnior et al (2010) deveria estimular nos alunos
competências necessárias para a leitura crítica do mundo em que vive, passa pela
introdução desse aluno na esfera da cultura corporal do movimento. Na premissa
dos objetivos das Diretrizes Curriculares Estaduais “a prática do futebol faz parte da
constituição de práticas corporais coletivas” (PARANÁ, 2010, p.57), assim, a
efetivação desta prática requer um novo profissional capaz de pensar nos alunos
como fundamentais para o pleno desenvolvimento da disciplina, associando-as aos
demais saberes didáticos, sobretudo na questão dos jogos, do lúdico e da
cooperação.
Neste sentido, faz-se necessário resgatar a dinamicidade e completude do
futebol como sinônimo de esporte e trabalhá-lo na perspectiva da cooperatividade.
Com este propósito, não se deve negar a projeção social da modalidade no mundo
atual, mas mostrar ao educando outras possibilidades de organização e fazer social,
também a partir do jogo.
Nesta perspectiva, a presente unidade didática tem por objetivo fundamentar
uma proposta de prática do futebol na escola por meio de atividades lúdicas e jogos
cooperativos que enfatizem as capacidades inerentes à prática do futebol alicerçada
nos parâmetros das Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE’s) de Educação Física
(2010), contribuindo para a reflexão sobre o dia a dia da prática de esporte no
âmbito escolar.
Para tanto, inicialmente, foi escolhida uma turma de sexta série para
aplicação da referida proposta, sendo que se buscará informações junto aos alunos
sobre o entendimento deles sobre futebol, como jogam, o que conhecem da história
desse jogo e qual a função deste esporte na escola. A partir destes dados e na
expectativa de atender os objetivos da disciplina em relação a função da prática do
futebol no processo de formação do cidadão, foi elaborada uma proposta de
atividades para as aulas, com base em atividades lúdicas e nos Jogos Cooperativos.
Dessa forma, a unidade didática foi planejada para aplicação de 21 aulas
para os alunos da sexta série do Colégio Estadual Barão do Rio Branco – Ensino
Fundamental e Médio, enfatizando a pratica da modalidade de futebol na perspectiva
do referido projeto de intervenção. As referidas aulas serão ministradas durante sete
semanas letivas, sendo que quatro aulas terão enfoque teórico sobre o projeto e
seus objetivos, assim como, esclarecimentos sobre o futebol e jogos cooperativos,
quinze aulas serão de prática efetiva da modalidade esportiva em questão e duas
aulas direcionadas ao processo avaliativo da intervenção junto aos alunos.
Em relação às aulas práticas serão ministradas durante cinco semanas
letivas, em que serão aplicados jogos que envolvem os princípios básicos de
funcionamento da modalidade futebol, porém deve enfatizar a cooperação e os
resultados coletivos. Duas aulas serão direcionadas aos procedimentos avaliativos
do material didático a ser realizado junto aos alunos, pois poderão elaborar e
executar atividades pertinentes aos conteúdos desenvolvidos.
As aulas práticas serão desenvolvidas basicamente em dois momentos
distintos, inicialmente, serão oportunizadas atividades em situações que propiciem a
vivência dos elementos técnicos do futebol de forma lúdica, por exemplo, utilização
de jogos de perseguição, e que os alunos realizem ações de condução e ou passes,
entre outros elementos. Em seguida será oportunizada a prática de um jogo
cooperativo que atenda alguns aspectos específicos da modalidade de futebol,
promovendo as devidas adequações de regras necessárias para oportunizar a
participação de todos, cada aula terá 50 minutos de duração, sendo distribuídas e
organizadas da seguinte forma:
Etapa 1 – Introdução do Projeto
Proposta de Atividade
Aulas teóricas - Futebol e a Sociedade
Para esta etapa foram planejadas 3 aulas teóricas para apresentação dos
conteúdos para uma reflexão compreensiva teórico prática referente aos conceitos
de cooperação e competição, bem como, valores e comportamentos humanitários,
oportunizando ao aluno a construção de novas formas de se praticar o futebol
cooperativamente, num processo reflexivo e contextualizado. Nessa linha de
argumentação serão apresentados os jogos cooperativos, pois podem constituir uma
alternativa e possibilidade de contrabalançar os efeitos dos jogos competitivos. Além
disso, serão abordados temas sobre o respeito de valores e de comportamentos
humanitários, numa abordagem mais específica pelo meio da Educação Física e sua
função educativa, para tanto, os alunos serão distribuídos em cinco grupos de
acordo com a ordem alfabética. Por meio de sorteio cada grupo receberá um tema
relacionado ao futebol e a sociedade, como por exemplo, Futebol e a educação;
Futebol e a saúde; entre outros.
O desenvolvimento do trabalho será da seguinte forma: cada grupo terá
no máximo quinze minutos para explanação em cartaz e depois dez minutos para
debates, devendo conter para a apresentação o título da pesquisa e imagens que
representam a atividade proposta, levando-os a analisar o que entenderam do tema.
Os textos para debate serão distribuídos pelo professor, sendo que os grupos
terão uma aula para discussão e uma aula para apresentação. Após as
apresentações será realizada uma avaliação por meio de discussões entre
professor, e alunos.
Etapa 2 – Introdução da Modalidade
Serão utilizadas três aulas para vivenciar as ações pertinentes à prática da
modalidade de futebol, preferivelmente, opção pela prática de atividades lúdicas
através das seguintes atividades, como por exemplo, a aula Futebol de dupla.
Aula - Futebol de dupla
Apresentação: 10 minutos
Objetivo: trabalhar em grupo cooperativo, levando a aprender sobre
dinamismos de organização e trabalhar em equipe.
Material Didático: bola, bastão, delimitação do campo e o gol.
Desenvolvimento: Os alunos serão divididos em dois grupos e deverão se
posicionar nas laterais do campo de jogo, números iguais de alunos dos dois lados
do campo. Os alunos serão numerados por pares, ou seja, para cada número
existirá um aluno correspondente de cada lado do campo e equipes. Serão
colocados dois bastões no centro do campo, um para cada equipe, assim como duas
bolas. O professor anunciará um número, por exemplo, o número 3, assim, os
alunos correspondente deverão deslocar-se até o bastão apanhá-lo e segurá-lo para
posterior pegar a bola e tentar finalizar no gol.
Variações: colocar cones para serem contornados antes da finalização;
- Troca de passes com os alunos que se encontram fora do campo de jogo (3
passes), entre outras.
Avaliação: 10 minutos
O resultado das equipes será avaliado na participação e na cooperação entre
si. Depois da dinâmica, se discute a forma de organização durante a partida.
Etapa 3 – Introdução dos Jogos Cooperativos
Proposta de Atividade: aulas teóricas
Para esta etapa foram planejadas 4 aulas teóricas para apresentação dos
conteúdos que definem os jogos cooperativos, desenvolvendo o companheirismo.
A discussão pertinente será pautada na falta de união apresentada entre as
pessoas na sociedade atual, uma vez que um dos problemas mais evidenciados na
atualidade está na violência com o ser humano. Na proposta do trabalho com jogos
cooperativos, buscará mudar a visão daqueles que demonstram estar
marginalizados na sociedade e que muitas vezes não participam em nenhuma das
instituições como o bairro, a casa, a escola e principalmente do esporte, ficando
desta forma de fora das atividades propostas.
Os temas propostos são: o que os jogos cooperativos promovem, o que é
companheirismo nos jogos, montar tabela comparativa de cooperativos e jogos
competitivos, enfatizando o Futebol, por meio de um questionário.
O desenvolvimento do trabalho será da seguinte forma: nesta fase os
alunos deverão deslocar até o laboratório de Informática – Paraná Digital, para
pesquisa virtual sobre os temas sugeridos para que possam responder o
questionário relacionado aos aspectos em questão. Serão disponibilizadas três aulas
para pesquisa, discussão dos temas, sendo que ao final na quarta aula será
disponibilizado tempo para resolução do questionário.
Aula - Futebol de Passe e Recepção
Apresentação: 10 minutos
Objetivo: avaliar o nível de atenção inicial dos alunos para as atividades
cooperativas
Material Didático: campo de futebol ou área livre, bola, corda (fita)
Conteúdo: 30 minutos
Os alunos serão preparados para desenvolver atividades pertinentes ao
futebol, neste momento começa atividades para ativar os alunos de forma geral,
onde a atividade consiste em avaliar o passe e a recepção. Deve-se organizar
grupos com 5 ou 6 elementos, sendo que um deles será selecionado para começar
no meio, como recuperador de bolas. O último aluno que tocar passa a ser o
recuperador de bolas. A função dos outros elementos será de passar a bola entre si,
evitando que esta seja interceptada pelo aluno que está no meio. O grupo terá de se
manter dentro de um espaço delimitado.
Condicionantes: não é permitido dar mais de três toques na bola.
Avaliação: duração 10 minutos
Será avaliado os conteúdos técnicos e táticos do Futebol em situação de
jogo reduzido.
Etapa 4 – Vivencia de Jogos Cooperativos
Serão necessários cinco aulas para vivenciar jogos cooperativos adaptados
para a prática do futebol.
Aula - Futebol Maluco
Apresentação: 10 minutos
Objetivo: descontração, quebra de paradigmas, cooperação, respeito aos
limites do ‘outro’.
Procedimento/Material Didático: campo de Futebol, vários tipos de bolas
de peso e tamanho diferenciados.
Conteúdo: 30 minutos
Desafio: fazer gols
Dividir dois times, de preferência com o mesmo número de cada lado.
Colocar várias bolas, de vários tamanhos, cores e pesos.
O jogo acaba quando algum time completar 3 gols (ou o que for definido por
eles). Porém, sagra-se campeão, aquele time que mais se divertiu e não o que fez
os gols necessariamente. Essa decisão poderá ser tomada pelo grupo todo, ou pelo
professor.
Avaliação: 10 minutos
A avaliação deverá verificar a cooperação e o trabalho em grupo, alem de
vivenciar as atividades cooperativas.
Etapa 5 – Construir e Executar Atividades
Sabendo que os Jogos Cooperativos tem como características principais a
participação de todos, a não exclusão por falta de habilidade, a mistura de grupos e
a diversão. Nesse tipo de jogo, o resultado não é a principal preocupação, mas sim a
diversão o prazer em jogar, a união do grupo que não se preocupa com o fracasso
ou o sucesso, com o vencer ou perder.
Os Jogos Competitivos são jogos que possuem regras rígidas, que sempre
eliminam um grupo e que o objetivo principal é vencer. Mas ao analisarmos bem,
nesse tipo de jogo também há cooperação entre a equipe, também há união entre os
jogadores e também podem ser muito divertidos. E, nosso objetivo com o trabalho
não é criticar esse tipo de jogo, mas analisar possibilidades de diversificar formas de
se jogar, alternativas que permitam a participação de todos, a criatividade, a
adaptação de regras e não somente a reprodução do que já está pronto.
Atividade: pés e mãos
Apresentação: 10 minutos
Objetivo: cooperação e interação
Procedimento/Material Didático: campo de Futebol, bola
Conteúdo: 30 minutos
Desafio:
Esta aula geralmente trabalha com aqueles que só querem futebol, e os que
querem jogar com as mãos.
Faz-se duas equipes com um número razoável de alunos em cada lado, e
começa-se jogando com os pés. Quando a bola ultrapassa a linha de fundo de
determinada trave da quadra, recomeça o jogo com as mãos, vence quem assinalar
maior número de gols.
Avaliação: 10 minutos
Avaliar a forma com que os alunos irão levar os aspectos positivos da
atividade, pois poderá aproveitar para analisar as habilidades apresentadas pelos
alunos.
Aula - Técnica e Domínio no Futebol
Formação de jogo: cada time no seu campo.
Desenvolvimento: o professor deverá solicitar o que foi apresentado em
aula, observar o que melhorou e o que ainda tem que melhorar, e em qualquer
momento da aula, se preciso, deverá realizar intervenções para adequação das
atividades.
Exercício 01 Formação: a posição é sentados.
Desenvolvimento: com os joelhos estendidos e paralelos, flexionar o
abdômen à frente e estendendo os cotovelos, tentando tocar com as mãos, os pés.
Exercício 02 Formação: Igual à anterior.
Desenvolvimento: com os joelhos estendidos, e pernas abduzidas, tentar
tocar com as mãos, os pés.
Exercício 03 Formação: em pé.
Desenvolvimento: com o apoio de um dos membros inferiores, levar o
quadril para trás, em seguida flexionar o joelho, e tente segurar com a mão do
mesmo lado o dorso do pé.
Observação: em seguida feito o exercício, troca-se o lado, e, repete-se o
exercício.
Exercício 04 Formação: igual à anterior.
Desenvolvimento: joelhos estendidos, membros inferiores semi-afastados,
flexão à direita, por 7 segundos + ou – .
Observação: em seguida feito o exercício, troca-se o lado, e, repete-se o
exercício.
Volta a Calma
Formação: sentados próximos ao professor, este explicará o que foi
trabalhado, questionará o que mais gostaram e do que não gostaram, e fará os
apontamentos de destaque na aula, pedindo palmas da turma.
Alongamento: para finalizar a atividade e descontração.
Observação: os mesmos exercícios aplicados no decorrer do aquecimento.
Etapa 6 – Atividade: Avaliação
Esta etapa contempla estratégias pedagógicas diagnosticadas pelo professor
durante o trabalho desenvolvido pelo professor. O objetivo desta fase é
redimensionar a pratica da Educação Física Escolar, através do conteúdo
estruturante de Jogos Lúdicos e Jogos Cooperativos, ao mesmo tempo em que
busca estabelecer relação com o conteúdo estruturante Esporte, numa abordagem
pelo futebol de campo.
Pois, na premissa dos objetivos das Diretrizes Curriculares Estaduais “a
prática do futebol faz parte da constituição de práticas corporais coletivas” (PARANÁ,
2010, p.57), assim, a efetivação desta prática requer um novo profissional capaz de
pensar nos alunos como fundamentais para o pleno desenvolvimento da disciplina.
Proposta de Atividade: Avaliação
Para analisar o conhecimento adquirido dos alunos, tornou-se relevante
analisar os aspectos relativos aos conhecimentos sobre cooperação e competição.
O desenvolvimento do trabalho será da seguinte forma: nesta fase os
alunos receberão um questionário onde estará contemplado todas as atividades
desenvolvidas, devendo mencionar para cada item o seguinte critério: R para
Regular, B para Bom e O para Ótimo. Os resultados serão avaliados e exposto aos
alunos, fazendo-os interagir sobre os resultados.
REFERÊNCIAS BROTTO, F. O. Jogos cooperativos: o jogo e o esporte como um exercício de convivência. Santos: Projeto cooperação, 2002. BROWN, G. Jogos cooperativos: teoria e prática. 2 ed. São Leopoldo: Sinodal, 1995. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia de Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992. CORREIA, M. M. Trabalhando com jogos cooperativos: em busca de novos paradigmas na educação física. Campinas: Papirus, 2006. GIOCA, M. I. O jogo e a aprendizagem na criança de 0 a 6 anos. Monografia: Universidade da Amazônia, 2001 KISHIMOTO, T. M. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 2003 LOVISOLO, H. Meditação: esporte rendimento e esporte da escola. Porto Alegre: Revista Movimento no15. 2001. MACEDO, L. Ensaios Construtivistas. 3. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1994 PARANÁ. Diretrizes curriculares da educação básica – educação física. Paraná: SEED, 2008. PIAGET, J. Biologia e conhecimento. 2 ed. Petrópolis: Vozes, 1996. SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1991. SANTANA, W. C. de. Futsal Apontamentos Pedagógicos na Iniciação e na Especialização. Campinas: Editores Associados, 2004. SOARES, C. L. A Educação Física Escolar: Conhecimentos e especificidades. Rev: Paulista de Educação Física. São Paulo: supl. 02, p. 6-12, 1996. SOLER, R. Educação Física: uma abordagem cooperativa. Rio de Janeiro: Sprint, 2006.