+opinião Brazil Business Edition N.º2

19
Nessa Ediçao EDIÇÃO N.º2 MAIO DE 2013 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA—FORMATO DIGITAL Entrevista Exclusiva com Gilson Pichioli Diretor de Logísca e Infraestrutura do CIESP Jundiaí - SP

description

Número 2 da revista Brasileira de negócios, feiras e eventos. Tudo sobre o Arnold Classic Brasil, o evento que movimentou R§60 em 3 dias., e muito mais.

Transcript of +opinião Brazil Business Edition N.º2

Page 1: +opinião Brazil Business Edition N.º2

Nessa Ediça o

EDIÇÃO N.º2 MAIO DE 2013

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA—FORMATO DIGITAL

Entrevista Exclusiva com

Gilson Pichioli Diretor de Logística e Infraestrutura do CIESP Jundiaí - SP

Page 2: +opinião Brazil Business Edition N.º2

Olá!

A segunda edição da + OPINIÃO Brazil Business Edition está mais forte do que nunca. Literalmente "sarada". Você pode constatar isso lendo a cobertura do ARNOLD CLASSIC BRASIL , o evento volta-do para os suplementos alimentares que tomou conta do Rio de Ja-neiro movimentou algo em torno de R$ 60 milhões em apenas três dias e contou com a presença do fisiculturista mais conhecido de todos, ator e ex-governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, que esteve presente no lançamento da sua linha de suplementos alimentares, a ARNOLD.

Você confere ainda a quantas anda a situação da macrorregião de São Paulo, responsável por cerca de 80% do faturamento do estado, pois o Diretor de Logística e Infraestrutura do CIESP Jundiaí, Gison Pichioli nos deu uma entrevista bastante elucidativa.

Após mais uma leitura inteligente , o artigo do Prof. Luiz Marins, e da coluna do também Professor Carlos Eduardo Sanches, onde ele faz uma interessante abordagem sobre a importância de sustentar o crescimento do sistema elétrico brasileiro tendo em vista o res-peito às questões ambientais, dê uma relaxada sabendo o que Campos do Jordão oferece de bom a quem procura essa linda e bu-cólica cidade de São Paulo em busca de tranquilidade, bom clima e um badaladíssimo festival de inverno, quando é possível degustar ótimos vinhos, saborear muito chocolate, raclettes, fondues, com-prar malhas de excelente qualidade e curtir bastante na "Suíça bra-sileira."

Além disso ainda há muitas novidades nesta edição. Aproveite e boa leitura!

Marco Aurélio Cidade. Diretor para o Brasil.

EDITORIAL

Marco Aurélio Cidade—Diretor +opinião Brasil BE

Marco Aurélio Cidade

Diretor +opinião Brazil

Page 3: +opinião Brazil Business Edition N.º2
Page 4: +opinião Brazil Business Edition N.º2

São Paulo vive um novo surto de prosperi-

dade que lhe confere um merecido papel

mais arrojado no cenário mundial - e não

são apenas as estatísticas e as pesquisas de

grandes consultorias que apontam essa mu-

dança.

O perfil mais internacional do centro finan-

ceiro do Brasil é uma realidade e também

uma oportunidade que empreendedores e

autoridades brasileiras não podem deixar

passar em branco. É hora de investir no

aprimoramento de serviços, eventos, infra-

estrutura urbana, entretenimento, enfim,

em tudo o que uma grande metrópole como

São Paulo precisa valorizar para consolidar

sua imagem no mundo globalizado.

As páginas de jornais e revistas, a internet e

a TV, ótimos termômetros das tendências

na economia e na vida cotidiana, andam

cada vez mais recheadas de dados e histó-

rias que revelam a cara da nova cidade: in-

ternacional, cosmopolita, sofisticada, múlti-

pla. Ora é o aumento no número de vistos

de residência para estrangeiros, ora os voos

lotados, os ingressos esgotados para vários

eventos num mesmo dia, as dezenas de

shopping centers com movimento intenso e

os hotéis repletos de hóspedes. …………………

Os bairros residenciais e os eixos comerciais

passam por transformações a um ritmo ve-

loz. Mais empresas chegando, mais conglo-

merados internacionais transferindo suas

representações regionais da Cidade do Mé-

xico ou Miami para a metrópole. A expressi-

va demanda por escritórios de alto padrão

na capital paulista é um exemplo do poderio

desta metrópole que, segundo estudos, só

perde para Nova York em número de escri-

tórios de multinacionais no continente ame-

ricano.

O Brasil desponta no

cenário internacional e a

cidade detentora do

maior PIB do País sai

necessariamente na

frente, ao cumprir sua

vocação de centro naci-

onal da indústria, finan-

ças, negócios, entreteni-

mento e eventos.

O momento agora é de

criar as bases para am-

pliar ainda mais a visibi-

lidade da cidade como pólo de eventos e

vetor de grandes negócios.………………………..

As condições estão aí. Do café ao capital

industrial, somos agora a quarta maior, en-

tre as 22 metrópoles mundiais a receber

mais investimentos estrangeiros em 2011,

de acordo com levantamento da consultoria

KPMG. Perde apenas para Londres, centro

financeiro mundial, e para duas gigantes

chinesas, Xangai e Hong Kong. Vieram US$

8,4 bilhões para São Paulo, na estimativa da

Sociedade Brasileira de Estudos das Empre-

sas Transnacionais e da Globalização Econô-

mica. Algo natural, já que aqui estão as se-

des dos maiores bancos, indústrias, constru-

toras e consultorias brasileiras, entre outros

segmentos, e uma das maiores bolsas de

valores do mundo.

No cenário Mundial

S. Paulo pronta para um novo papel

Toni Sando

Presidente SPC&VB

São Paulo Convention &

Visitors Bureau

TripAdvisor - Centro

Page 5: +opinião Brazil Business Edition N.º2

Uma pesquisa da revista Exame/KPMG com

74 empresas internacionais na América Lati-

na mostrou que 68% afirmaram ter um cen-

tro de decisão dedicado à América Latina,

sendo que quase a metade tem a sede latina

americana em São Paulo – fenômeno que

ganhou impulso a partir de 2007. Outro ran-

king, este da revista América Economia, posi-

cionou São Paulo como a principal cidade

para negócios da América Latina. Numa pes-

quisa com executivos, a capital paulista foi

considerada a melhor plataforma para negó-

cios no continente, só ficando atrás de Mia-

mi, que, afinal, é americana. De 2010 para cá,

São Paulo passou a ter 15 novos destinos

aeroportuários internacionais, totalizando

48.

Mais promissor ainda é um levantamento

divulgado este mês pela PricewaterhouseCo-

opers, que projeta crescimento anual de

4,1%. Com isso, em 2020, São Paulo será a

13ª em produção de riquezas no mundo,

com um PIB de US$ 411 bilhões, à frente de

Hong Kong, Miami e Xangai. Ou seja, ganhará

seis pontos em relação à sua atual posição e

estará distante apenas US$ 15 bilhões em

relação à 10ª colocada, Washington (US$ 426

bilhões projetados).

Tantos indicadores macroeconômicos são

acompanhados por números superlativos no

turismo e nos eventos. A São Paulo Turismo

(SPTuris) divulgou em abril um levantamento

elaborado por meio de seu núcleo de estu-

dos e pesquisas – o Observatório do Turismo

–, o qual mostrou que mais de 40% das pes-

soas que desembarcam no Aeroporto Inter-

nacional de São Paulo-André Franco Monto-

ro, em Cumbica, Guarulhos, vêm à capital

paulista a negócio e a trabalho……………………..

Outro dado positivo revelado por essa sonda-

gem, para o qual os empresários e autorida-

des precisam estar atentos, é o interesse dos

turistas ou viajantes a negócios em retornar

à cidade para a Copa do Mundo de 2014:

44,2% dos turistas brasileiros e quase 92%

dos estrangeiros disseram que pretendem

voltar nessa época. ………………………………………

Ao verificar a motivação secundária dos via-

jantes que vêm a negócios, a categoria lazer/

turismo aparece em segundo lugar. Ou seja,

os empresários também aproveitam a via-

gem para curtir a vida cultural, ir aos centros

comerciais, ver desfiles de moda, feiras,

shows ou à corrida de Fórmula 1 - a única em

um país latino-americano. Isso tudo apesar

de o real estar valorizado em relação às prin-

cipais moedas mundiais.lllllllllllllllllllllllllllllllllllll

A consulta aos passageiros revelou que a

gastronomia, os atrativos culturais/

entretenimento e as opções de compras são

os itens que mais agradam aos visitantes.

Mais de 80% dos entrevistados avaliaram

essas atrações como boas ou ótimas. Ufa, as

boas notícias são muitas. É mais do que o

momento de investir, planejar e apostar com

firmeza na São Paulo que é tudo de bom.

Assentar as bases para multiplicar as oportu-

nidades. O mundo está olhando para nós e

não vai se decepcionar.

SPC & VB – Avenida Paulista

SPC & VB – Sambódromo

Page 6: +opinião Brazil Business Edition N.º2

Para que um país cresça e se desenvolva nos

setores econômico, industrial e social, um

dos pontos mais importantes é a sua capaci-

dade de suprir a demanda energética. Atual-

mente, com relação a esse item, apenas isso

não basta. Temos de olhar com muita aten-

ção para as questões ambientais inseridas

nesse contexto. Se, de um lado, é importan-

te preservar o meio ambiente, e realmente

é, de outro, a demanda por energia aumen-

ta substancialmente.

Para tanto, o planejamento é fundamental.

Temos um grande potencial hidrelétrico

(260 GW), 70% ainda não explorado - a mai-

oria na região amazônica; os melhores ven-

tos do mundo circulam por aqui; nosso po-

tencial solar é maravilhoso; várias culturas

de biomassa estão em nosso país; estamos

sempre entre a 5ª e 7ª reserva de urânio do

mundo; e também temos as reservas do pré

-sal e de gás natural ainda por explorar –

sem falar no polêmico gás de xisto (shale

gas).

A nossa variedade climática nos ajuda muito

também. Isso permite, por exemplo, que o

ONS (Operador Nacional do Sistema) possa

organizar a produção, por parte das usinas,

e o fornecimento de energia para os consu-

midores de forma mais racional, pois o nos-

so sistema elétrico é interligado. O ONS é o

responsável pela operação do sistema elé-

trico brasileiro gerenciando os recursos

energéticos de acordo com a oferta e a de-

manda do sistema.

Sobre o sistema elétrico Brasileiro

Uma pequena discussa o

Prof. Carlos Sanches

Formado pela USP

Professor, autor e palestrante.

Cursos de extensão nas áreas

de Energia & Meio Ambiente

de Tecnologia Educacional

Administrador do blog

http://fontes-

energeticas.blogspot.com.br

O Brasil chegou a uma capacidade de geração elétrica ao redor de 121GW (giga

Watts) em dezembro de 2012 segundo dados do MME – Ministério de Minas e

Energia. Para 2020, a ideia é crescer 50%, aproximadamente, supondo uma ta-

xa de crescimento em torno de 4,5 a 5% ao ano. Como sustentar esse crescimen-

to? Quais fontes energéticas serão mais sustentáveis, não só do ponto de vista

ambiental, mas também do econômico?

Hidrelétricas

Page 7: +opinião Brazil Business Edition N.º2

A capacidade instalada das usinas hidrelétri-

cas - de acordo com o MME - é de 84,3 GW,

ou seja, 69,7% do total, o que revela a impor-

tância dessa fonte para o país. A maior parte

delas foi construída nas décadas de 1970 e

1980, época em que as questões ambientais

estavam apenas engatinhando. Hoje, temos

um quadro bem diferente: as questões ambi-

entais ganharam muita força e a simpatia da

sociedade civil o que, no caso das hidrelétri-

cas, força-nos a repensá-las.

Usinas hidrelétricas com grandes reservató-

rios produzem energia que é conhecida co-

mo despachável - pode ser armazenada, nes-

te caso, sob a forma de “água represada”,

para ser utilizá-la em momentos de estia-

gem; já as usinas a fio d’água - que estão

sendo construídas atualmente no país e têm

reservatórios de pequena capacidade - de-

pendem muito mais da vazão do rio, ou seja,

são muito vulneráveis às condições climáti-

cas e, no caso de estiagem, não terão reserva

de água para funcionar e fornecer energia.

Portanto, usinas a fio d’água representam

um ganho ambiental, mas uma insegurança

quanto ao fornecimento contínuo de ener-

gia.

As outras formas de energia despachável que

temos à disposição são a nuclear e as térmi-

cas a combustíveis fósseis. Solar e eólica, que

são as fontes renováveis mais utilizadas no

mundo, não são despacháveis - até o mo-

mento não se consegue armazená-las. Por-

tanto, elas não podem garantir a segurança

no fornecimento de energia.

O governo, a partir de 2001, ano do famoso

“apagão”, começou a investir mais fortemen-

te nas usinas térmicas a combustíveis fósseis

que passaram a ser as grandes aliadas do

nosso sistema elétrico, atuando de modo

complementar às hidrelétricas para manter a

segurança energética. Mas agora, quase na

metade do 1º semestre de 2013, estamos

pensando em, talvez, promover as térmicas a

combustíveis fósseis de reservas - comple-

mentares - a titulares.

Como se sabe, esse tipo de usina é mais cara

e poluente. Será que vamos enveredar por

esse caminho? E as térmicas a biomassa, não

seriam uma melhor solução. Elas também

utilizam fontes renováveis - dependem da

natureza - porém, uma vez colhida a safra de

determinado período, ela pode ser armaze-

nada.

Hidrelétrica Itaipu

Page 8: +opinião Brazil Business Edition N.º2

Uma rápida análise do setor

Feiras e Eventos

Muito tempo já se passou desde que surgiram

as feiras de negócios no Brasil. E como elas

evoluíram.

Cresceram e hoje têm seu espaço bem demar-

cado pelos resultadoS que apresentam. Os

pavilhões de exposição cresceram, se moder-

nizaram e atualmente contam com excelente

tecnologia, o que favorece a realização desse

tipo de negócio.

Diversas empresas estrangeiras aportaram no

brasil de olho nesse segmento tais como

Guazelli, Lemos Brito e outras.

Infelizmente algumas coisas aconteceram ao

longo desse tempo, que caminham em sentido

contrário ao da proposta. O setor, apesar de

ter se profissionalizado, também se prostituiu,

uma vez que muitos caíram de paraquedas no

mercado e oferecem aos incautos serviços

sem certificações e muito menos com qualida-

de. São apenas e tão somente atravessadores

interessados no merc ado de feiras, com cus-

tos baixos que lhes favorece nas concorrên-

cias, mas confunde o mercado.

O setor está em franca expansão e disso não

há dúvida. Há algumas deficiências na mão de

obra qualificada que no decorrer do tempo

vão se extinguir, mas os bons prestadores de

serviço estão se superando sempre e com isso

o mercado, creio, vai ser depurado sempre

para melhor.

Uma singularidade do mercado é que há se-

manas com seis feiras simultâneas e outras

sem nenhum feira. O que é importante é que

a cidade tenha uma agenda positiva para ofe-

recer continuamente e a qualquer tempo, ao

turista de negócios e aos visitantes das feiras,

bons serviços e atendimento exemplar.

É interessante observar também como os

mercados de tecnologia, eletroeletrônicos e

alimentação se subdividiram em feiras seg-

mentadas e passaram com isso a trazer mais

investimento pela realização de mais feiras,

congressos e convenções.

No entanto, as grandes feiras sempre vão exis-

tir: o Salão do Automóvel, a Fispal, a Fenatran,

a Mecânica, a Apas e muitas outras. O que não

podemos deixar de compreender é que as

pequenas e médias terão cada vez mais espa-

ço uma vez que a quantidade de profissionais

que preferem se encontrar e passar suas men-

sagens em eventos ao invés de reuniãoes em

seus escritórios deve crescer cada vez mais.

Outro ponto interessante de analisar são as

tendências em relação ao estandes. O Brasil

tem a característica de investir sempre mais

nos segmentos em expansão e por isso se es-

tou presente em uma feira vou dar uma espia-

da do estande da concorrência para ver como

ela investiu e se houve um investimento mai-

or, é claro que vou investir também. Com isso

as montadoras tornam seus projetos mais

criativos.

Deixo claro que os estandes básicos e modula-

res tipo os da Octanorm, sempre irão estar

presentes com aquelas salas transparentes e

suas vitrines modulares e as montadoras in-

vestem muito em materiais modulares por

serem de baixo custo, contudo são o que cos-

tumamos chamar de montagem básica.

Falando em investimento e ideias inovadoras,

aumenta cada vez mais o número de exposito-

res e promotores que trazem seus clientes,

representantes e distribuidores com tudo pa-

go: hospedagem, alimentação e transporte e

vários mimos. mas a agenda desses visitantes

deve sempre ser otimizada para que aprovei-

tem melhor o tempo que destinarem à visita-

ção da feira.

Passando para a produção e divulgação desse

tipo de evento é importante deixar claro que

as novas tecnologias e a internet são ferra-

mentas muito utilizadas e imprescindíveis até,

mas nada substitui o olho no olho. É esse con-

tato que passa a confiança e o conhecimento

dos hábitos do seu cliente ou fornecedor, tão

necessários para a realização de bons negó-

cios.

Octavio Neto

Jornalista e Publicitário

CEO do Grupo Radar

Apresentador do

programa Radar Television

Page 9: +opinião Brazil Business Edition N.º2
Page 10: +opinião Brazil Business Edition N.º2

Passado o terremoto de Lisboa (1755), o rei

Dom José perguntou ao General Pedro D’Al-

meida, Marquês de Alorna, o que se havia de

fazer. Ele respondeu ao rei: “Sepultar os mor-

tos, cuidar dos vivos e fechar os portos”.

Essa resposta simples, franca e direta tem mui-

to a nos ensinar. Muitas vezes temos em nossa

vida empresarial e mesmo pessoal,

“terremotos” avassaladores como o de Lisboa

no século XVIII. A catástrofe é tão grande que

muitas vezes perdemos a capacidade de racio-

cinar de forma simples, objetiva. Esses

“terremotos” podem ser de toda ordem: um

lote de produtos com defeito que saiu de nos-

sa indústria para o mercado sem que tenha-

mos detectado a tempo; produtos contamina-

dos que causaram problemas; erros incorrigí-

veis cometidos por nossos funcionários em

relação ao nosso melhor cliente, etc, etc. To-

dos nós estamos sujeitos a “terremotos” na

vida.

Quem está competindo no mercado sabe que

há “falhas geológicas” indetectáveis sob nos-

sos pés e que podem gerar um “tremor” a

qualquer instante sem que estejamos prepara-

dos. O que fazer? Exatamente o disse o Mar-

quês de Alorna: “Sepultar os mortos, cuidar

dos vivos e fechar os portos”. E o que isso quer

dizer para a nossa vida empresarial e pessoal?

Que lições podemos tirar desse conselho a D.

José?

Sepultar os mortos significa que não adianta

ficar reclamando e chorando o passado. É pre-

ciso “sepultar” o passado. Colocar o passado

debaixo da terra. Isso significa “esquecer” o

passado. Pouco ou nada resolve abrirmos uma

“sindicância” para descobrir os culpados pelo

terremoto. Também não adianta ficarmos dis-

cutindo como teria sido se o terremoto não

tivesse ocorrido. Ou ainda se Lisboa estivesse

situada fora da falha geológica que gerou o

terremoto. Enterrar os mortos. E a verdade é

que muitas empresas e pessoas têm enorme

dificuldade em “enterrar os mortos”. Ficam

anos e anos em atitude de um eterno velório.

Passado o terremoto, lembre-se, a primeira

coisa a ser feita é “enterrar os mortos”.

Cuidar dos vivos significa que depois de enter-

rar o passado, temos que cuidar do presente.

Cuidar do que ficou vivo. Cuidar do que so-

brou. Cuidar do que realmente existe. Fazer o

que tiver que ser feito para salvar o que restou

do terremoto. Dar foco ao presente só será

possível se enterrarmos os mortos, esquecer-

mos o passado. Cuidar dos vivos significa reu-

nir pessoas e bens que sobreviveram ao terre-

moto e rearranjá-los de forma a servirem para

a reconstrução, para o novo. Muitas empresas

e pessoas não conseguem dar foco ao presen-

te para “cuidar dos vivos”. Vivem o tempo to-

do na ilusão do que poderia não ter ocorrido.

Não conseguem se desligar. Não têm energia

para “cuidar dos vivos”

Fechar os portos significa não deixar as

“portas” abertas para que novos problemas

possam surgir ou “vir de fora” enquanto esta-

mos cuidando dos vivos e salvando o que res-

tou do terremoto de nossa empresa ou de

nossa vida. Significa não permitir que novos

problemas nos desviem do “cuidar dos vivos”.

Fechar os portos também é necessário porque

quando você está passando por um

“terremoto”, seus adversários e inimigos sa-

bem de sua fragilidade e possível desesperan-

ça. E aí quererão aproveitar-se de sua fraque-

za. Se você deixar seus “portos” abertos pode-

rá ter que lutar contra os invasores, vampiros e

abutres que virão espreitar a sua desgraça.

Feche os portos!

Os conselhos do Marquês de Alorna a D. José

são de uma sabedoria indiscutível. Serviram

para a reconstrução de Lisboa em 1755 e ser-

vem para nossas empresas e nossas vidas pes-

soas neste século XXI. É assim que a história

nos ensina. Por isso a história é “a mestra da

vida”. Portanto, quando você ou sua empresa

enfrentarem um terremoto, não se esqueça:

enterre os mortos, cuide dos vivos e feche os

portos!

Pense nisso. Sucesso!

Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os Portos

Luiz Marins

Professor, Conferencista e

CEO da Anthropos

Antropologia Empresarial

Page 11: +opinião Brazil Business Edition N.º2

Localizada entre São Paulo,Rio de Janeiro e

Belo Horizonte, Campos do Jordão é uma

linda cidade brasileira com arquitetura mui-

to peculiar.

Tem sua economia baseada no turismo

(responsável por cerca de 80% da receita da

cidade), na produção de bons chocolates,

malhas e artesanato singular e ainda ofere-

ce ao aos turistas de várias partes do Brasil

e do mundo, um evento único, o Festival de

Inverno de Campos do Jordão.

A "Suíça brasileira", recebe na alta tempora-

da mais de 1 milhão de turistas; e está mais

que preparada para isto.

Além de excelente infraestrutura a cidade

possui de hotéis de luxo a ótimas pousadas,

com preços mais amenos, mas sem pecar

em conforto e hospitalidade e tem boas

opções em gastronomia, lazer, compras e

diversão.

Visitar Campos do Jordão é relaxar, aprovei-

tar e se reciclar para a vida. E o melhor é

que isso pode ser feito o ano todo porque

Campos do Jordão não é só inverno.

A primavera volta a revestir as árvores e

colore a cidade com belas flores: margari-

das, hortências, atalaias e crisineas ofere-

cem ao turista um cenário de inigualável

beleza que encanta os olhos. As chuvas che-

gam devagarinho num clima que favorece o

romantismo.

No verão há um calor gostoso e ameno,

abrandado pelos belos plátanos que habi-

tam a cidade.

A temperatura dificilmente ultrapassa os 30

graus e sente-se sempre uma brisa gostosa

passeando pelas ruas.

Com o outono a cidade

ganha um belíssimo tom

avermelhado pelas folhas

das árvores, que logo

começam a cair transfor-

mando outra vez Campos

do Jordão, que se prepa-

ra para seu momento

maior: o inverno.

Manhãs brancas e gela-

das com temperaturas

européias que podem

chegar alguns graus ne-

gativos durante a noite. É

aí que a cidade vive seu esplendor e o turis-

ta pode apreciar e vivenciar um espetáculo

à parte.

Faça uma visita ao site, escolha onde vai se

hospedar e aproveite Campos do Jordão:

http://

www.guiadecamposdojordao.com.br/

Uma cidade que respira turismo, chocolate e boas malhas

Campos do Jorda o

Marco Aurélio Cidade

Diretor +opinião Brazil

Business Edition

fonte: Site XXXXXXX

Fonte: http://www.mundi.com.br . fotos B. Ferreira

Fonte: http://www.mundi.com.br . fotos B. Ferreira

Page 12: +opinião Brazil Business Edition N.º2

O suplementos para atletas ganham cada

vez mais espaço no Brasil e provam ser um

excelente negócio e movimentam R$ 60

milhões em apenas três dias.

Com mais destaque no fisiculturismo, moda-

lidade esportiva disseminada pelo mundo

ainda nas décadas de 1950/60 por Joe Wei-

der (1920 - 2013), guru e grande incentiva-

dor de Arnold Schwarznegger, os suplemen-

tos para atletas começaram a ganhar fama

no Brasil no início da década de 1990, dado

a bons resultados e à evolução das fórmu-

las, altamente controladas e aprimoradas

para proporcionar o melhor rendimento ao

atleta, sem prejudicar a sua saúde, no en-

tanto.

Atualmente os suplementos fazem parte da

rotina diária de treinos de quem se preocu-

pa em ter um corpo sarado e se empenha

ao máximo para isso ou para quem preten-

de apenas ter boa disposição física para

praticar seu esporte preferido e repor as

energias gastas durante o treino. Mas uma

coisa é certa: o suplemento está hoje, inte-

grado à vida do atleta.

Para os empresários é um excelente negócio

em franca expansão e o faturamento esti-

mado para 2013 é de R$ 500 milhões.

Atualmente há em torno de 1.200 pontos

(cerca de 300 lojas especializadas) de venda

no Brasil que distribuem produtos de inú-

meras marcas para um público consumidor

estimado em 5% da população brasileira (10

milhões de habitantes, nº da população de

Portugal).

É claro que, comparado ao mercado ameri-

cano, o Brasil ainda está muito aquém, já

que o Tio Sam participa com uma fatia de

32,6% do mercado global, que movimenta

valores em torno de US$ 250 bilhões, ou

seja uma fatia que vale algo em torno de

US$ 82 bilhões. Logo a seguir temos a Euro-

pa Ocidental com 14,4%, a América latina

com 3,1%, o Leste Europeu com 2,7% e

África, Oriente Médio e Austrália com 3%.

A cada ano surgem novas marcas e cada

uma tenta superar a concorrência, estudan-

do, pesquisando , trabalhando, criando pro-

dutos com mais qualidade e ganhando com

isso, espaço num mercado cada vez mais

crescente. Os preços são muito variáveis,

mas na verdade não importam. Quem gosta

de praticar esportes, seja amador ou profis-

sional, não se preocupa com isso e vai mes-

mo buscar o melhor para si.

(Matéria de Capa)

Vamos Malhar!

Marco Aurélio Cidade

Diretor +opinião Brazil

Business Edition

Fonte: http://esporte.uol.br

Page 13: +opinião Brazil Business Edition N.º2

O público consumidor aumenta consideravel-

mente ano após ano e os resultados obtidos

pelos usuários são compatíveis com sua ex-

pectativa, uma vez que as vendas crescem

acentuadamente. É justamente nesses even-

tos para a categoria (esportes) que os exposi-

tores aproveitam para lançar novos produtos

com um marketing tão forte quanto muitos

participantes.

No Rio de Janeiro o primeiro ARNOLD CLAS-

SIC BRAZIL, que faz parte do ARNOLD SPORTS

FESTIVAL, criado pelo conhecido ex-

fisiculturista, ator e político Arnold

Schwarznegger, teve um investimento de R$

6 milhões e movimentou cerca de R$ 60 mi-

lhões.

O evento contou com 19 competições espor-

tivas olímpicas e não olímpicas nas categori-

as Profissional e Amadora da Federação In-

ternacional de Fisiculturismo & Fitness (IFBB)

e teve lançado o Projeto Setorial de Exporta-

ção "Brazilian Sports”, através da parceria

estabelecida entre a a APEX BRASIL - Agência

Brasileira de Promoção de Exportações e

Investimentos e a ABRESE - Associação Brasi-

leira das Empresas de Bens e Serviços do

Esporte.

O projeto contou com um investimento de

cerca de R$ 500 mil e tem o objetivo de au-

mentar aumentar as exportações brasileiras

do setor, capacitan-

do as empresas em

várias áreas e expan-

dindo em 5% as

perspectivas de ne-

gócios dos partici-

pantes.

Os visitantes ainda

tiveram direito a

uma feira de nutri-

ção esportiva, expo-

sições de vitaminas,

equipamentos de

última geração para

fitness e muscula-

ção, apresentação de lutas, acessórios de

ginástica e lutas e muito mais: empresas fa-

bricantes ou representantes de isotônicos,

energéticos, proteicos, calçados esportivos,

confecções, pisos esportivos, ou seja, não é

só de suplementos que vive um empresário

voltado para o esporte. Há espaço para mui-

tos tipos de empresas tais como clínicas de

nutrição, academias, clínicas dentárias, edito-

ras especializadas, e até água mineral, sem-

pre muito bem-vinda para quem pratica es-

portes.

Portanto, mais do que certo é dizer: esporte

é vida. E lucro!

Fonte: http://arnoldclassicbrasil.com.br/pt/imprensa/release

Fonte: http://arnoldclassicbrasil.com.br/pt/imprensa/release

Page 14: +opinião Brazil Business Edition N.º2
Page 15: +opinião Brazil Business Edition N.º2

Gilson Pichioli

Administrador de Empresas e Pós Graduado em Admininstração de Marketing

21 anos com o ferroviário da extinta FEPASA- Ferrovia Paulista S/A

Diretor adjunto de Logística e Transportes do CIESP São Paulo (DEINFRA – Diretoria de In-

fraestrutura)

Diretor de Logística e Infraestrutura do CIESP Jundiaí

Consultor em Logística Multimodal

Perfeitura de Jundiaí –SP

Entrevista com Gilson Pichioli

A macrometrópole paulista sofre diariamente com um fluxo de aproximadamente 700 mil pessoas que saem de suas

casas na região metropolitana de São Paulo, para trabalhar.

Este centro expandido da

capital paulista, formado

pelas cidades de Jundiaí,

Piracicaba, Sorocaba e São

José dos Campos é hoje

responsável por 80% da

riqueza gerada no estado.

Jundiaí, por exemplo, um

importante município loca-

lizado a 65 km da capital

paulista, é um território de

alta competitividade econô-

mica e está hoje consolida-

do como centro de logística

para toda a macrometrópo-

le por ficar muito próximo a

duas das mais importantes

rodovias de São Paulo, a

Anhanguera e a Bandeirantes.

O administrador Gilson Pichioli, Diretor adjunto de logística e transportes do CIESP - CENTRO DAS INDÚSTRIAS DO ESTA-

DO DE SÃO PAULO (DEINFRA - Diretoria de Infraestrutura), Diretor de logística e infraestrutura do CIESP Jundiaí e Con-

sultor em logística multimodal, faz uma abordagem bastante elucidativa sobre o assunto em entrevista exclusiva à +

OPINIÃO Brazil Business Edition.

Fonte: http://skyscrapercity.com

Page 16: +opinião Brazil Business Edition N.º2

+opinião BR - A macrometrópole paulista – MMP – concentra algo em torno de 80% do PIB do estado e quase 30% do

nacional, além de abrigar uma população de 30 milhões de pessoas, o equivalente a três vezes a população de Portugal.

Como analisaria brevemente a evolução, de 2000 até agora, desta região tão complexa e de grande importância para o

Brasil?

Gilson Pichioli - A MMP compreendida pelas Regiões Metropoli-

tanas de São Paulo, Campinas, Baixada Santista e Vale do Paraí-

ba, juntamente com as Aglomerações Urbanas de Jundiaí, Soro-

caba e Piracicaba, evoluiu muito nos últimos dez anos por conta

da expansão industrial altamente diversificada e com grande

participação do segmento logístico, este último tanto para uso

próprio quanto para prestação de serviços a terceiros.

A infraestrutura de atendimento nessa macroregião, constituída

basicamente por rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, ener-

gia e telecomunicação, tornaram-na altamente atrativa para

investimentos e especulação imobiliária.

Em paralelo, o setor de comércio e serviços acompanhou a de-

manda. Notadamente, com a elevação da renda per capta aliada

à política favorável de aquisição de bens e serviços, geração de

emprego e renda bem como arrecadação de impostos, o que

vimos ao longo dos últimos dez anos é a falta de planejamento e

investimento do setor público diante da perspectiva de aumento

da demanda por movimentação de cargas e passageiros gerando

os constantes congestionamentos nas ruas, avenidas e nas prin-

cipais estradas rodoviárias.

Investimentos como o Rodoanel São Paulo, em suas fases, já nascem congestionados pelo excesso de veículos.

O acesso ao principal Porto da América Latina, Santos, vem batendo recordes de movimentaçãochegando em 2012 a

mais de 100 milhões de toneladas e com perspectivas de atingir mais de 250 milhões de toneladas nos próximos 15

anos, entretanto, o meio de transporte mais utilizado para acesso é ainda o modal rodoviário, aja visto, no Estado de

São Paulo, de acordo com o PDDT 2000/2020 (Plano Diretor para Desenvolvimento dos Transportes da Secretaria de

Logística e Transportes do Estado de São Paulo), cerca de 93% é movida pelo modal rodoviário e 5% pelo modal ferrovi-

ário.

Esse resultado retrata a disparidade da matriz de transportes no Estado ainda a ser modificada, pois o modal ferroviário

é o segmento que pode absorver fortemente essa demanda e seu crescimento. Em contrapartida, no país como um

todo, a carga rodoviária representa algo em torno de 59% e a ferrovia cerca de 29%. O Porto de Santos evidentemente

necessita de investimentos na ampliação de sua área de atracação,novos terminais e operação logística baseada no

modal ferroviário. Além do Rodoanel Norte em fase de construção, paralelo a este deverá ser construído também o

Ferroanel Norte para que as cargas por ferrovia circulem entre o Porto de Santos e o Interior do Estado de São Paulo

sem conflitar com as linhas da CPTM – Cia. Paulista de Transporte Metropolitano que hoje se traduz em gargalo opera-

cional para as cargas ferroviárias, uma vez que a prioridade é para o passageiro, limitando o crescimento da carga por

circular na Capital em sua maioria no horário noturno.

Com o Ferroanel Norte, a segregação de linha que separará a carga do passageiro e a melhoria no acesso ao Porto de

Santos, a carga que circula no trecho interior/porto poderá mudar dos atuais 7 milhões de toneladas anuais para 28

milhões de toneladas, permitindo assim transferir parte da carga rodoviária para a ferrovia com a consequente diminui-

ção da emissão de CO2 na atmosfera. Ganha o meio ambiente, ganha a logística, ganha toda a comunidade.

Todo esse crescimento e expansão, suas perspectivas de curto, médio e longo prazo, somente se viabilizarão economi-

camente de modo a tornar o segmento industrial mais competitivo se os investimentos na infraestrutura ocorrerem e

rápido, especialmente nas ferrovias, no Porto de Santos, e nos aeroportos.

Page 17: +opinião Brazil Business Edition N.º2

+opinião BR - “Cenário Tendencial 2040” – Um projeto elaborado por especialistas representantes de 11 Secretarias de

Estado e seus Órgãos vinculados (Desenvolvimento Metropolitano, Planejamento de Desenvolvimento Regional, Fazen-

da, Transportes Metropolitanos, Logística e Transportes, Habitação, Meio Ambiente, Energia, Desenvolvimento Econô-

mico, Ciência e Tecnologia, Educação). Não é um período um tanto longo para a implantação/realização de um projeto

para uma região de tão grande importância e já tão sacrificada?

Gilson Pichioli - Entendemos que o prazo para 2040 é longo, porém exequível se em conjunto com outras ações como

as citadas anteriormente. O fundamental é a visão de longo prazo em conjunto com ações emergenciais, pois interven-

ções em áreas urbanas e que estão cada vez mais conurbadas no contexto da MMP demandam e demandarão investi-

mentos vultosos em infraestrutura.

Costumo destacar a importância e a necessidade de projetos para a mobilidade urbana e regional (intercidades) especi-

almente para com a movimentação de cargas baseados no transporte ferroviário com a criação dos CLIs (Centros Logís-

ticos Intermodais) que permitirão a integração entre os vários modais de transportes, principalmente o rodoviário, com

ferroviário e marítimo. Ainda no âmbito da regi-

ão metropolitana de São Paulo, a oferta e as op-

ções públicas baseadas no VLT (Veículo Leve so-

bre Trilhos),

o Monotrilho, a expansão dos serviços de subúr-

bio e do metrô, e do BRT (Bus Rapid Transit) se

tornarão opções viáveis e sustentáveis de acordo

com a característica de cada cidade para que

possamos deixar os automóveis e optar por um

transporte público confiável e seguro. Não há

como evitar isso.

+opinião BR - A partir das primeiras décadas do

século passado, viu-se a importância de projetos

de infraestrutura, sendo os primeiros nas áreas de circulação e transporte para a capital conectando as estruturas de

circulação intraurbana com as nacionais e regionais, podendo ser destacados o Plano de Avenidas (1930), o Plano de

Melhoramentos (anos 1950) e o Plano de Vias Expressa, na década de 1970, além da realização, nos idos de 1990, da

Rodovia Perimetral Metropolitana, que culminou por resultar no Rodoanel. Tantas alterações, mudanças, adaptações e

melhorias e a região ainda continua comprometida. Acha que deveriam ser tomadas medidas mais acentuadas e num

espação de tempo menor que o proposto no PAM?

Gilson Pichioli- De fato, ao longo das últimas décadas vimos uma série de projetos voltados para infraestrutura sendo

desenvolvidos, que não foram suficientes. Vale destacar o rodoanel que em seu primeiro trecho (Sul) já nasceu com

forte pressão do trânsito local e de passagem. Congestionamentos são vistos diariamente no trecho urbano. À medida

que as cidades e toda a região crescem, demandam execução de projetos de curto e médio prazo, porém com visão de

longo prazo. Podemos citar como exemplo a necessidade urgente de expansão do metrô na Capital e a implantação do

Trem Expresso Metropolitano pelo Governo do Estado de São Paulo através da CPTM (Cia. Paulista de Trens Metropoli-

tanos) previsto para ligar numa primeira fase a cidade de Jundiaí com Água Branca interligando com toda a rede de

metrô e subúrbio. O projeto como um todo deverá realizar no futuro o transporte ferroviário de passageiros em dois

importantes eixos, de Campinas a Santos, passando por Jundiaí e São Paulo, e de Sorocaba a São José dos Campos (Vale

do Paraíba) passando por São Paulo. A primeira fase está prevista para 2016/2017. Esperamos que toda essa expansão

ocorra antes de 2040, pois não há nem haverá condições estruturais compostas por ruas, avenidas e estradas para su-

portar o crescimento constante baseado apenas e tão somente na utilização de automóveis e caminhões.

Fonte: http://skyscrapercity.com

Page 18: +opinião Brazil Business Edition N.º2

+opinião BR - Como vê, comparativamente, a situação atual aeroviária, portoviária e rodoviária da MMP?

Gilson Pichioli - Se pensarmos nos próximos eventos a ocorrerem no país (Copa das Confederações, Olimpíadas e a

Copa do Mundo) aliado a perspectiva de crescimento anual em torno de 2,5% a 3,5%, e se considerarmos as atuais con-

dições aeroviárias, portuárias e rodoviárias já sufocadas pela demanda, é fundamental a continuidade das concessões

dos aeroportos como nos casos de Viracopos e Guarulhos com previsão já em 2014 em Campinas (Aeroportos Brasil)

para elevação no volume de passageiros em cerca 14 milhões por ano. A super safra de soja deste ano demonstrou a

ineficiência do sistema portuário em Santos com os constantes congestionamentos na margem esquerda e que agora

passaram para a margem direita em função da safra de exportação de açúcar, tudo isso aliado ao movimento crescente

do transporte de carga geral conteinerizada entre outras cargas. O Porto de Santos que movimentou em 2012 cerca de

107 milhões de toneladas e espera alcançar para os próximos 10 a 15 anos o volume de 250 milhões de toneladas anu-

ais, somente o fará com a ampliação dos berços de atracação, novos terminais portuários, melhoria e duplicação dos

acessos rodoviários e acima de tudo pesados investimentos no sistema ferroviário como o caso da duplicação das linhas

da ferrovia ALL – América Latina Logística entre Campinas e Santos, renovação do parque de locomotivas da ferrovia

MRS Logística no trecho da serra da cremalheira, segregação de linhas na Capital e a construção do Ferroanel Norte que

permitirá à ferrovia MRS transportar suas cargas entre Santos e o interior do Estado sem depender da passagem pela

mesma linha de passageiro da CPTM na cidade de São Paulo, o que quadruplicará conforme já dissemos a movimenta-

ção de cargas dos

atuais 7 milhões de

toneladas para 28

milhões anuais. En-

tão, comparativamen-

te, toda essa infraes-

trutura necessita sine

qua non de investi-

mentos urgentes para

que nosso Estado e

País ofereçam as con-

dições fundamentais

de competitividade

que nossas empresas

precisam.

+opinião BR - A consolidação do corredor de exportação alternativo no porto de São Sebastião na intenção de escoar a

produção paulista, mas sem competir diretamente com o porto de Santos, é viável?

Gilson Pichioli - Apesar do acesso apenas rodoviário e da distância das principais regiões produtivas serem maiores em

relação ao Porto de Santos, o Porto de São Sebastião pode ser considerado como alternativa logística principalmente

para crescimento da carga geral a granel. Em 2012 movimentou cerca de 879 mil toneladas (cais comercial público) e

51,3 milhões de toneladas de carga líquida em terminal privado (Petrobrás). No contexto geográfico de localização, com

a ampliação dos berços e terminais de atracação bem como a duplicação da rodovia dos Tamoios, favorecerá e será

alternativa principalmente para empresas localizadas na região do Vale do Paraíba.

Fonte: http://skyscrapercity.com

Page 19: +opinião Brazil Business Edition N.º2

+opinião Brazil Business Edition é

propriedade da BigBrain Producções

Diretor - Marco Aurélio Cidade

Edição Gráfica - Filipe Vilarinho

Cronistas dessa edição

Marco Aurélio Cidade

Octavio Neto

Toni Sando

Luiz Marins

Carlos Sanches

Os textos assinados são de

responsabilidade de nossos

colaboradores e podem não refletir a

opinião dos editores. Os anúncios e

informes publicitários são de

responsabilidade dos anunciantes.

Fonte:

Fotos Capa

www.gazetapress.com.br

www.arnoldsportsfestival.com

www.rft.com.br

FICHA TE CNICA

Diretor

[email protected]

Redação

[email protected]

Publicidade

[email protected]

CONTACTOS

Visite o nosso site - www.br.maisopiniao.com