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OPINIÕES SOBRE De Escravo a Filho “Como conselheira profissional de família eu vi de perto a dor daqueles que precisavam de um pai em sua casa e viveram escravizados no con- ceito de orfandade, mesmo conhecendo o Pai Celestial. O pastor José Víctor Dugand, em seu livro De Escravo a Filho, ensina a importância da figura do pai no desenvolvimento de todas as pessoas, e como o cristão que cresce sem esta figura paterna, conhece a Deus de maneira intelec- tual, mas vive como escravo porque não experimentou o significado de ser filho. Todos devemos ler este livro a fim de compreendermos o que sempre ensino em meus aconselhamentos: “Não importa quem nos edu- cou ou o dano que nos fez; o importante é Quem nos criou. Conheça sua identidade e a doçura da relação pai e filho que você nunca teve com seu pai terreno, através da leitura deste livro”. Norma Pantojas, autora dos livros “Os Trinta Erros que as Mulheres Cometem e Como Evitá-los” e “Os Trinta Erros que os Homens Cometem e que Toda Mulher Deve Saber” [BV Books] “Há cinco anos, Deus nos deu o privilégio de conhecer o pastor José Víctor Dugand. Agora, com os ensinamentos deste livro, pudemos en- tender de onde viemos, quem é o caminho e qual é o nosso destino. Entendemos a liberdade, a consciência e a bênção que são encontradas ao sabermos que não somos escravos, mas filhos.” Joel Ángel Hermánez, compositor, líder de louvor e integrante do Blest, indicados ao Grammy Latino, Dove Awards e três vezes ganhador do Premio Arpa

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OPINIÕES SOBRE De Escravo a Filho

“Como conselheira profissional de família eu vi de perto a dor daqueles que precisavam de um pai em sua casa e viveram escravizados no con-ceito de orfandade, mesmo conhecendo o Pai Celestial. O pastor José Víctor Dugand, em seu livro De Escravo a Filho, ensina a importância da figura do pai no desenvolvimento de todas as pessoas, e como o cristão que cresce sem esta figura paterna, conhece a Deus de maneira intelec-tual, mas vive como escravo porque não experimentou o significado de ser filho. Todos devemos ler este livro a fim de compreendermos o que sempre ensino em meus aconselhamentos: “Não importa quem nos edu-cou ou o dano que nos fez; o importante é Quem nos criou. Conheça sua identidade e a doçura da relação pai e filho que você nunca teve com seu pai terreno, através da leitura deste livro”.

Norma Pantojas, autora dos livros “Os Trinta Erros que as Mulheres Cometem e Como Evitá-los” e “Os Trinta Erros que os Homens Cometem e

que Toda Mulher Deve Saber” [BV Books]

“Há cinco anos, Deus nos deu o privilégio de conhecer o pastor José Víctor Dugand. Agora, com os ensinamentos deste livro, pudemos en-tender de onde viemos, quem é o caminho e qual é o nosso destino. Entendemos a liberdade, a consciência e a bênção que são encontradas ao sabermos que não somos escravos, mas filhos.”

Joel Ángel Hermánez, compositor, líder de louvor e integrante do Blest, indicados ao Grammy Latino, Dove Awards e três vezes ganhador

do Premio Arpa

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“Posso me identificar seguramente com o pastor José Víctor Dugand, em seu livro De Escravo a Filho, já que, quando jovem, vivi em um orfanato, separado dos meus pais. Assim como aconteceu comigo, este livro lhe ajudará a entender o conceito da paternidade de Deus, fará com que você se sinta Seu filho amado e participe de todos os benefícios que você tem como herdeiro.”

Dr. Alberto M. Gelgado Pastor da igreja Alfa & Ômega

Miami, Flórida

“Sei que tudo o que você encontrar em De Escravo a Filho será edificante, como foi para mim. Através dos anos, o Senhor tem usado de maneira poderosa o José Víctor em minha vida, e este livro vem reafirmar esta obra. Com seus ensinamentos, eu entendi que minha identidade está em Deus e aprendi a desfrutar dos privilégios de uma filha do Rei.”

Claudia Pinzon, Produtora e autora do livro Um Dia de Cada Vez [BV Books]

“De Escravo a Filho é um diagnóstico agudo do estado em que se encon-tram a igreja e o corpo de Cristo em sua totalidade. Ele é um recurso que leva os cristãos a reconhecerem que a chave para a realização da nossa fé cristã está em entender e aceitar o amor de Deus Pai.

Rev. Luis Cortés FilhoPresidente da Esperanza, a maior rede evangélica

espanhola dos Estados Unidos.

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Todos os direitos em língua portuguesa reservados por

© 2010, BV Films Editora Ltdae-mail: [email protected] Visconde de Itaboraí, 311 – Centro – Niterói – RJCEP: 24.030-090 – Tel.: 21-2127-2600www.bvfilms.com.br / www.bvmusic.com.br

É expressamente proibida a reprodução deste livro, no seu todo ou em parte, por quaisquer meios, sem o devido consentimento por escrito.

Copyright © 2009 by José Victor Dugand Originalmente publicado em espanhol por Editorial Unilit1360 NW 88th Avenue, Miame, Florida 33172, USADe Esclavo a HijoAll Rights Reserved

Editor Responsável: Claudio RodriguesCoeditor: Thiago RodriguesCapa e editoração: GuilTradução: Marco Antonio CoelhoRevisão de Texto: Daiane Rosa Ribeiro de Oliveira

ISBN: 978-85-61411-39-81ª edição – Maio/2010Impressão: Imprensa da FéClassificação: Moral Cristã e Teologia Devocional/ Vida Cristã/Crescimento Espiritual/ Formação Espiritual

Impresso no Brasil

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DEDICATÓRIA

À minha esposa, Jessica, minha úni-ca e verdadeira amiga, o amor da

minha vida.

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CONTEÚDO

Agradecimentos ................................................................................9

Prólogo .......................................................................................... 11

Introdução ..................................................................................... 13

Um Um problema de Identidade .................................... 19

Dois De volta para o Pai .................................................. 31

Três O vazio do pai ......................................................... 41

Quatro A vida abundante dos filhos ......................................51

Cinco Geração de Filhos ou Exército de Escravos? ............. 59

Seis Filho ou escravo? ..................................................... 69

Sete A dualidade da identidade ....................................... 81

Oito A relação entre o pai terreno e o Pai Celestial............ 91

Nove O verdadeiro conceito de paternidade .................... 103

Dez Rompa o ciclo da destruição .................................. 119

Conclusão: Abrace a paternidade de Deus .................................. 137

Apêndice: Testemunhos sobre os verdadeiros conceitos de Deus ........ 147

Sobre o autor .............................................................................. 156

Sobre o Ministério Ekklesia Global ............................................. 157

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AGRADECIMENTOS

Este livro não seria uma realidade se não fosse pelo amor e apoio que recebi de um grupo maravilhoso de pessoas.

Em primeiro lugar, quero agradecer ao meu pai, José Víctor, que me ensinou a amar a Deus com integridade, e a minha mãe, Adélia, o melhor modelo de perseverança e disciplina que eu já conheci. Obrigado por todos os sacrifícios que vocês fizeram para que seus filhos pudessem seguir em frente na vida.

À minha esposa, Jessy. Ninguém me conhece como você. Obrigado por me amar de maneira incondicional e por me ajudar a proteger os sonhos que Deus colocou em meu coração. Amo e admiro muito você... você é a mulher de Deus mais excepcional que já conheci.

Minhas amadas filhas Lina Marcela, Alejandra Sofía e Estefanía Grace. Obrigado por me ensinarem a ser pai. Lembrem-se que eu as amo por aquilo que vocês são, não por aquilo que fazem.

Agradeço também ao meu pastor, Glen Roachelle, que apare-ceu na vida da minha família no momento de maior necessidade. Pastor, obrigado por trazer cura ao meu coração e restaurar o con-ceito de autoridade em minha vida.

À igreja Ekklesia, em Miami, e sua equipe ministerial. Vocês têm sido nossa família pelos últimos quinze anos. Obrigado por me concederem o privilégio de servir a vocês e honrar o depósito espiritual que o Pai colocou em mim.

Aos meus amigos e companheiros do ministério apostó-lico Ekklesia Global, José Aníbal e Carolina Rivera, Edgardo e Cristiana Avero, Santiago e Paulina Proaño e aos casais de pastores que formam a família Ekklesia.

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À Larry e Elisa Pacheco, por estes corações que nunca deixa-ram de crer nas promessas de Deus e que me motivam a seguir lutando. Este livro não seria uma realidade sem a ajuda e o apoio de vocês.

De maneira especial, quero agradecer a Luis e Maria Fernan-dez, e a toda família Unilit, por terem acreditado neste projeto. Sei que este é só o começo de uma relação que vai trazer muita alegria ao coração do Pai. À Nancy Pineda, minha brilhante edi-tora, obrigado pelo profissionalismo e excelência com que você realiza seu trabalho.

Quero terminar agradecendo ao Pai Celeste por Seu amor in-condicional. Peço-Lhe que me permita levar esta verdade a muitos lugares para que Seus filhos e filhas possam conhecê-lO e desfru-tar da vida abundante que Tu tens para eles.

José Víctor Dugand

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PRÓLOGO

Devo confessar que, além de ser um dos meus melhores amigos, há muito tempo admiro José Víctor Dugand como pregador. Para mim, ele é um grande pastor, mas

agora como escritor... ele é bárbaro! Fiquei impressionado. Não esperava menos, pois seu livro De Escravo a Filho reflete a maturi-dade de um homem comprometido que tem uma relação íntima com Deus. Seu ensinamento é tão rico, que cada página se trans-forma em um verdadeiro manjar para o leitor.

Em muitos momentos da leitura, me identifiquei com a ideia de ter um pai e viver como órfão. Desde que me entendo por gente, lembro-me de minhas tias e meus parentes, em especial minha mãe, que sempre me apresentavam como Fernandinho, o filho do famoso Alfonso Arau, “o artista”. Meus pais se divorcia-ram quando eu tinha cinco anos e a verdade é que, mais que ter sido o filho do artista, eu gostaria de ter o meu pai perto de mim. Mais tarde, ao saber que tinha um Pai Celestial que me amava, foi muito difícil estabelecer uma relação com Ele, porque não sabia o que era uma relação de pai e filho.

Isto afetou também a relação com meus filhos. Lembro-me de que em certa ocasião um deles me disse: “Papai, não é fácil ser seu filho!” E a verdade é que eu considero isso, pois em algum mo-mento da minha vida, eu fui um desses pais que, por ignorância, abandonou seus filhos dentro de sua própria casa.

Um dia, assisti um seminário ministrado por José Víctor, cha-mado “De Escravo a Filho”. Posso dizer que este seminário mudou o rumo da minha vida. Enfim, pude ver Deus como Pai. Eu entendi! Deus me ama, é Meu Pai e demonstra isto para mim de mil manei-ras. Eu sei que Ele está presente desde o dia em que O reconheci...

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Agrada-me muito saber que aquele seminário que transformou a minha vida se transformou em um livro maravilhoso que poderá chegar a mais corações que tanto precisam da verdade que está nele. Ao ler De Escravo a Filho pude confirmar que na maturidade deste caminhar e no desenvolver deste tema, Deus não somente deu ao meu pastor uma revelação profunda daquilo que é impor-tante nesta relação com Ele como Pai, mas também ordenou que esta mensagem fosse difundida de maneira didática, prática e clara nas famílias e nos jovens deste tempo. Por isso é que Deus lhe di-tou esta obra, como o fez com os profetas de seu tempo.

Muitos temos sido escravos das consequências de uma rela-ção paterna de desamor. Sem dúvidas, quando descobrimos que temos um Pai que nos ama, que nos perdoou para sempre e que nunca vai nos abandonar, nos liberamos para desfrutar de uma vida abundante, cheia de satisfação e alegria.

De Escravo a Filho é uma conversa que nos desafia a um en-sinamento do tamanho do mundo, porque todos somos filhos e muitos somos pais. É evidente que a revelação do Pai está nesta obra... mas relação maior é a que recebo ao lê-la. Por isso, este livro é uma verdadeira joia polida pela mão de Deus na vida de José Víctor Dugand.

Que recurso bom. Recomendo-o de coração.

Fernando ArauDirige a “Fernando Arau Foundation”, é comediante e produ-tor, diretor e escritor do El show de Fernando Arau y de Matri-

monio: Una historia de ciencia y fricción.

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INTRODUÇÃO

Nunca esquecerei do sábado, dia nove de fevereiro de 2002. Encontrava-me sentado à pequena escrivaninha que tenho em casa, preparando uma nova série de ensi-

namentos que devia compartilhar com a igreja onde eu e minha esposa somos pastores. Havia um anseio muito grande em meu coração para ensinar uma palavra que pudesse transformar a vida das pessoas da congregação; tinha pedido a Deus para falar com clareza. Neste momento eu não sabia que estava a ponto de vi-ver uma experiência que marcaria minha vida para sempre. Logo, o Espírito Santo levou-me à carta de Paulo aos Romanos, onde diz:

Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para no-vamente temerem, mas receberam o Espírito que os adota como

filhos, por meio do qual clamamos: “Aba Pai”.

ROMANOS 8:15

Logo em seguida, meus olhos espirituais foram abertos e Deus me mostrou uma radiografia da condição espiritual dos cristãos. Pude ver que, em sua maioria, ao invés de viverem a liberdade, a plenitude e a alegria, eles vivem como escravos cheios de temores e incapacidades de desfrutar a vida abundante que o Pai tem para Seus filhos.

Amado leitor, isto é mais que uma visão espiritual: isto é a rea-lidade! Há uma frustração geral nos filhos de Deus. Muitos levam anos seguindo e servindo a Cristo e se perguntam: “Será que isto é a vida cristã? Há de ter algo a mais!” Em sua decepção, acabam vivendo cheios de insatisfação e hipocrisia, ou, o que é pior, se afastam de Deus e Sua igreja.

A cada ano, cerca de três milhões de cristãos se tornam ina-tivos e a assistência geral da igreja cristã descendeu de maneira

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constante nos últimos trinta anos. Sendo assim, a igreja cristã segue apre-sentando um evangelho baseado na superação pessoal e na modificação

da conduta cujo único fruto é uma mu-dança superficial e temporal na vida dos cristãos. Com o tempo, a grande maioria se dá conta de que sua condição espiritual e emocional segue igual e acaba se decep-cionando mais e perdendo a esperança.

Por que há tantos cristãos frustrados e decepcionados com sua vida espiritual? Se você faz essas perguntas em diferentes congregações, é provável que você tenha algumas das seguintes respostas, que são as mais populares:

• Falta-lhes fé• Não são obedientes.• Não oram e jejuam o suficiente.• Não guerreiam espiritualmente.

• Necessitam ser curados e libertos.• Não servem ao reino.• Não foram discipulados.• Não têm a plenitude do Espírito Santo.• Não vivem em santidade.

Apesar de achar que tudo isso é válido, essas não são as razões pelas quais os cristãos estão da maneira que estão. Para falar a verdade, um grande número de cristãos faz tudo isso e ainda mais, e ainda se sentem vazios e insatisfeitos. É possível que você seja um deles.

A VERDADEIRA RAZÃO: NÃO CONHECEM O PAI

A verdadeira razão para tantos cristãos estarem assim é porque não conhecem o amor de Deus Pai e porque não podem desfrutar da vida abundante que é oferecida a eles. Não estou falando de Jesus, nem do

Há uma frus-tração geral nos filhos de Deus.

Muitos levam anos seguindo e servindo

a Cristo e se per-guntam: “Será que isto é a vida cristã? Há de ter algo a

mais!”

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Espírito Santo. Refiro-me ao Pai, a primeira pessoa da Trindade. Um cristão pode adorar a Jesus e conhecer o poder do Espírito Santo, mas até que conheça o amor de Deus como Pai, viverá insatisfeito e vazio como se estivesse incompleto. Afinal de contas, para isso fomos criados: para ter uma relação de amor com o Pai Celestial.

É lamentável que exista um desco-nhecimento geral do Deus Pai na igreja. É como se Ele não existisse. Por que o Pai está ausente da igreja? A razão é que a figura paterna está ausente na vida dos que formam a igreja. Por que os cristãos não se relacionam com Deus como Pai? Porque não sabem o que é um pai e nin-guém pode se relacionar com alguém que não conhece. Estamos em meio a uma geração órfã, que não tem referên-cia de paternidade. Os pais foram embo-ra da vida dos filhos e esses não sabem como se relacionar com a figura paterna. Por esta razão, parece mais fácil para eles interagirem com Jesus e com o Espírito Santo, mas não sabem se aproximar do Pai.

UMA CAMPANHA DE EXTERMÍNIO

Por trás disso há uma estratégia diabólica. Satanás quer impedir que os filhos de Deus conheçam o amor do Pai Celestial porque sabe que um cristão escravizado, com um coração órfão, não pode manifestar a vida de Deus, nem estabelecer Seus propósitos eternos na terra.

Para alcançar seu plano, Satanás se propôs a eliminar os pais da vida dos filhos. O inimigo sabe que, quando um ser humano não tem pai ou tem um conceito distorcido de paternidade, isso se converte em um impedimento para conhecer ao Deus Pai. Seu objetivo principal é apa-gar qualquer conceito de paternidade e, para alcançá-lo, decidiu levar os pais.

Por que os cristãos não se rela-cionam com Deus como Pai? Porque não sabem o que é um pai e nin-guém pode se

relacionar com alguém que não

conhece.

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Quer saber se a ofensiva do diabo tem tido êxito? Hoje em dia, um em cada três lares está sem pai, e nas famílias que o pai está presente, a relação com os filhos é cada vez mais deficiente. Está comprova-do o efeito devastador que o crescimen-to sem uma paternidade responsável tem nos filhos. Os sociólogos consideram que a paternidade é um dos fatores mais importantes para forjar uma autoestima

saudável e, por esta razão, está muito relacionada à capacidade de um ser humano de triunfar na vida. Além disso, as estatísticas demonstram que a falta de um pai está intimamente ligada à criminalidade e à pobreza.

O mais triste é que as congregações estão cheias de cristãos que não tiveram, não conhecem ou não se relacionam com um pai. Eu tenho visto isso com meus próprios olhos, nas igrejas da América do Norte, da América Central, América do Sul, Europa e até na Ásia. Agora é possível entender por que não há diferença entre as estatísticas de divórcio, po-breza e suicídio dentro e fora da igreja. Ambos os lados sofrem do mesmo mal: não há pais!

O FINAL DA HISTÓRIA

Eu não lhe contei toda a história que aconteceu naquele inesquecível 9 de fevereiro de 2002. Falta o mais importante...

Logo depois de preparar o sermão, sentei-me para meditar em tudo o que o Espírito Santo havia me mostrado. Estava espantado frente à realidade espiritual dos filhos de Deus e foi despertada em mim uma compaixão muito grande por esses órfãos e incapazes de conhecer o Pai Celestial. Neste momento pensei nos jovens de nossa igreja e me entris-teci ao ver como caminham com um vazio profundo em seu coração, cheios de insegurança e dispostos a fazerem qualquer coisa com o fim de sentirem-se amados e valorizados.

Após um longo tempo de meditação, desliguei o computador e fui para o quarto contar para minha esposa tudo o que Deus havia me mos-trado. Ao entrar em meu quarto, encontrei minha esposa, Jessy, falando

Está comprovado o efeito devastador que o crescimento

sem uma paternida-de responsável tem

nos filhos.

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com uma das minhas tias. Fiquei curioso para saber o que elas conversavam, e per-guntei a elas: “De que estão falando?”. Minha tia respondeu: “De Lina Marce-la, sua filha”. Neste dia, depois de viver a experiência onde o Espírito Santo me revelara a condição das pessoas que cres-cem sem paternidade em sua vida, per-cebi que tinha uma filha de quinze anos que crescera sem mim.

Não posso explicar o que senti neste momento. Começaram a passar em mi-nha mente, pensamentos que me ator-mentavam: Quem é? Onde está? No en-tanto, o pior de todos era: Quanto dano Satanás tinha feito a ela, por não ter um pai que cuidasse dela? Então, pensei em todos os efeitos emocionais e sociais de crescer como um órfão e senti uma culpa devastadora.

Não se passava nem um dia sem que eu me lançasse ao chão e choras-se e reclamasse com Deus por Ele ter permitido que algo assim aconte-cesse com minha própria filha. Entre outras coisas, Lhe perguntava: Por que não me deste a oportunidade de cuidar dela e protegê-la?

Já se passaram vários anos desde este momento e, atualmente, Lina Marcela progrediu muito. É uma mulher que ama a Deus de maneira profunda e serve a Ele com liberdade. Está bem casada com um pastor de uma igreja e está estabelecendo seu próprio lar. O que é mais importante é que, apesar do abandono paterno que viveu em sua infância, encon-trou sua verdadeira identidade como filha de Deus e tem uma realização íntima muito linda com seu Pai Celestial. Além disso, está começando a desfrutar da vida abundante dos filhos de Deus.

Você se encontra frustrado e decepcionado com sua vida espiritual? Já provou todas as fórmulas espirituais e não viu uma mudança? Você não tem que se resignar a uma vida espiritual medíocre e cheia de insa-tisfação. O Pai Celestial lhe ama e Seu desejo é que você tenha uma vida plena e abundante, mas você necessita ir até a raiz do problema! Não se trata de fazer, mas de ser. Enquanto você não encontrar sua verdadei-

Estava espan-tado frente à reali-dade espiritual dos filhos de Deus e foi despertada em mim

uma compaixão muito grande por esses órfãos e inca-

pazes de conhecer o Pai Celestial.

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ra identidade de filho e estabelecer uma relação íntima com o Pai Celestial, não poderá desfrutar da vida abundante que Ele tem para você.

O que você vai ler neste livro não é uma teoria. Esta verdade tem se prova-do em centenas e centenas de vidas com resultados sobrenaturais. O mais mara-vilhoso é que essas não são mudanças temporárias, são pessoas que abraçaram para sempre sua identidade de filhos do Pai e nunca mais voltaram à escravidão. Desafio você a experimentar um proces-so espiritual que transformará sua vida para sempre. Convido você a viver como Filho do Pai Celestial.

Enquanto você não encontrar sua verdadeira iden-tidade de filho e estabelecer uma

relação íntima com o Pai Celestial, não

poderá desfrutar da vida abundante que Ele tem para

você.

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Nos últimos quinze anos de minha vida, Deus me deu a opor-tunidade de servir em muitos países. Visitei igrejas pequenas e grandes, carismáticas e tradicionais, crescentes e decrescentes.

Este feito, além de me permitir aprender muitas coisas que apliquei em minha vida pessoal e na igreja que pastoreio, na cidade de Miami, Flóri-da, me deu o privilégio de conhecer cristãos de diferentes culturas e histó-ricos espirituais. Cada um vivendo uma experiência espiritual particular.

Para alguns, essa experiência chamada “vida cristã” significa servir e não abrir mão de um momento para fazer algo para Deus e Seu reino. Para outros, significa obedecer, e sua maior motivação é ver como apli-cam cada verdade de Deus à vida. Uns pensam que é adorar, outros evan-gelizar, e alguns ainda estão tratando de definir a “vida cristã” e seguem

C A P Í T U L O

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UM PROBLEMA DE IDENTIDADE

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D E E S C R A V O A F I L H O

procurando. Enfim, é evidente que todos, em integridade de coração, caminham com base no que creem que seja a “vida cristã”.

Sem dúvidas, também pude notar outra coisa que é evidente em to-dos os lugares que fui: Muitos cristãos estão frustrados com sua vida espiritual e caminham com uma profunda insatisfação em seu coração. É comum ver cristãos que serviram com fidelidade por anos e agora têm uma atitude de apatia e aborrecimento e estão cansados de dar a vida pelos outros.

Um grande número já não quer nem mesmo congregar. Outros passam pu-lando de um lugar para o outro em bus-ca do último mover espiritual para ver se isto lhe ajuda a recuperar a paixão que tiveram um dia.

A igreja tem tratado de contrastar essa situação enchendo o calendário de atividades, conferências, trabalhos e se-minários, a fim de manter o cristão em um estado emocional positivo e não dando espaço para que ele caia. No en-tanto, a única coisa que isso tem produ-

zido são cristãos sem fundamento espiritual e viciados em experiências emocionais.

O que aconteceria se as igrejas cancelassem todas as atividades? Mi-nha opinião é que isto nos permitiria ver esta triste realidade: a maioria dos cristãos não tem uma vida espiritual verdadeira. Estou certo de que eles entrariam em confusão e desespero ao não terem “nada” que os fi-zesse sentir a Deus e então, sairiam a buscar, apavorados, um lugar onde pudessem encontrar sua droga espiritual.

A RAIZ DO PROBLEMA: A FALTA DE IDENTIDADE

Temos que ir à raiz do assunto. De nada adianta motivar os cristãos a edificarem uma vida espiritual, se antes não os ajudamos a colocar o fundamento adequado. Todo edifício construído sobre um mal funda-mento, cedo ou tarde, será afetado.

Muitos cristãos estão frustrados com sua vida espiritual e caminham com uma profunda

insatisfação em seu coração.

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UM PROBLEMA DE IDENTIDADE

Ainda me lembro de uma experiência traumática que vivi há uns dois anos. No mês de terminar a construção de um dos edifícios de nos-sa igreja, notei uma rachadura em uma das paredes exteriores. Mandei consertá-la e um homem especializado fez um trabalho maravilhoso ao deixar a pare-de como nova. Uma semana depois, a fenda voltou a aparecer. Então chamei o homem e disse que o trabalho não ha-via sido bem feito, que precisava voltar para reparar a parede. Assim ele o fez, e como você pode imaginar, poucos dias depois, a bendita fenda apareceu nova-mente.

Desesperado e esgotado, chamei um engenheiro civil da igreja e pedi a ele que nos ajudasse com a situação. De imediato, ele revisou a parede, me cha-mou e disse: “Pastor, tenho más notícias. O problema não está na parede, está no alicerce do edifício. Está mal feito e, por mais que façam reparos na parede, essa fenda voltará a aparecer.” O edifício tem quase dez anos de construção e a fenda ainda está lá e é muito frustrante não poder fazer nada a respeito.

Da mesma maneira, se o cristão não coloca o alicerce adequado, fen-das continuarão aparecendo em sua vida espiritual e ele viverá frustrado. Só o alicerce apropriado permitirá que ele edifique solidamente sua vida espiritual e desfrute do que Deus tem para ele.

Qual é a raiz do problema? Os cristãos não conhecem sua identidade e caminham em uma identidade equivocada. Uma identidade adequada é o fundamento de toda a vida espiritual. Você não é fruto de um aci-dente cósmico, nem resultado aleatório da natureza. Deus lhe criou com uma identidade específica e até que você não a encontre, não poderá agir como é devido... muito menos se sentir realizado e pleno.

O apóstolo Paulo se referia a isto quando disse:

Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temerem, mas receberam o Espírito que os ado-ta como filhos, por meio do qual clamamos: “Aba Pai”.

ROMANOS 8:15

Se o cristão não coloca o alicerce

adequado, fendas continuarão a

aparecer em sua vida espiritual e ele

viverá frustrado.

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D E E S C R A V O A F I L H O

É muito importante entender que o apóstolo Paulo não falava para incrédulos, mas sim para filhos de Deus que pertenciam à igreja que eles congregavam em Roma. Por esta razão, Paulo utiliza alguns termos que ficaram conhecidos. Por exemplo, quando ele menciona a adoção como filhos, utiliza o termo juiothesia, que é um conceito da lei civil romana que eles conheciam.

Segundo a lei romana, a adoção era um processo legal no qual o escolhido para ser filho se convertia em herdeiro que obtinha o direito, não somente ao novo estado civil, mas também às propriedades daquele que o adotava, como se agora fossem uma só pessoa. Logo menciona a frase “Aba, Pai”, que é originada do caldeu e do grego e cuja conotação quer dizer que a pessoa pode se aproximar com liberdade e confiança do Pai Celestial.

Em resumo, Paulo está dizendo: “O Pai Celestial os adotará como filhos que se relacionam em liberdade com Ele e desfrutem de tudo o que é Seu. Por que vivem como escravos cheios de medo?” É como se depois de anos na prisão, um preso recuperasse a liberdade, mas ao invés de sair, ficasse em sua cela. Certamente, os guardas perguntariam: “Por que você prefere viver como um prisioneiro, se é uma pessoa livre?”

Essa é uma radiografia dos cristãos da igreja cristã atual: não conhe-cem sua identidade como filhos e por isso não podem se relacionar em liberdade com Deus como Pai e desfrutar do seu amor.

A VERGONHA DOS ÓRFÃOS

Quando um cristão não conhece o amor do Pai Celestial, é como um órfão que carece de uma influência paterna em sua vida espiritual. Isto tem um efei-to devastador muito semelhante ao que acontece com a pessoa que cresce sem pai no mundo natural.

Há um favor presente na vida dos filhos, recebido através do pai, que não se pode receber de nenhum outro lado. Ainda que uma mãe também possa

Quando um filho de Deus não conhece seu Pai Celestial, vive como um órfão

apesar de ser filho.

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UM PROBLEMA DE IDENTIDADE

abençoar seus filhos, ela deve entender que a paternidade porta consi-go um favor especial que não se encontra em nenhuma outra pessoa. Quando um filho tem a bênção paterna, seu destino é muito diferente do destino da pessoa que enfrenta a vida sem ela. Por essa razão é que na antiguidade os filhos brigavam pela bênção do pai, pois sabiam o que significava na vida daquele que a recebia.

Quando Esaú ouviu as palavras de seu pai, deu um forte grito e, cheio de amargura, implorou ao pai: “Abençoe

também a mim, meu pai!”GÊNESIS 27:34

No mundo espiritual é semelhante. Quando um filho de Deus não conhece seu Pai Celestial, vive como um órfão apesar de ser filho. Isto lhe impede de desfrutar do amor de Deus como Pai e experimentar o favor que vem de Sua paternidade.

Há um tempo, encontrei uma passagem nas Escrituras que mostra a condição de vida dos órfãos, e o Senhor me ensinou que era um paralelo com a situação dos cristãos que não O conheciam como Pai. Se você não tem uma relação com Deus Pai e vive como um órfão é muito provável que se identifique com algumas das características que veremos a seguir. Leiamos:

Lembra-te, Senhor, do que tem acontecido conosco; olha e vê a nossa desgraça. Nossa herança foi entregue aos

estranhos, nossas casas, aos estrangeiros. Somos órfãos de pai, nossas mães são como viúvas. Temos que comprar a

água que bebemos; nossa lenha, só conseguimos pagando. Aqueles que nos perseguem estão bem próximos; estamos exaustos e não temos como descansar. Submetemo-nos ao Egito e à Assíria para conseguir pão. Nossos pais pecaram e já não existem, e nós recebemos o castigo pelos seus pe-cados. Escravos dominam sobre nós, e não há quem possa

livrar-nos das suas mãos. Conseguimos pão arriscando a vida, enfrentando a espada do deserto. Nossa pele está

quente como um forno, febril de tanta fome. As mulheres têm sido violentadas em Sião, e as virgens, nas cidades

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de Judá. Os líderes foram pendurados por suas mãos; aos idosos não se mostra nenhum respeito. Os jovens traba-lham nos moinhos; os meninos cambaleiam sob o fardo

de lenha. Os líderes já não se reúnem junto às portas da cidade; os jovens cessaram a sua música. Dos nossos corações fugiu a alegria; nossas danças se transformaram

em lamentos.LAMENTAÇÕES 5:1-15

Usando a passagem acima, vejamos algumas características da vida de um órfão que nos permitirão entender a melhor condição daqueles cristãos que não conhecem o amor do Pai Celestial:

Sua vida é uma vergonhaPara entender a vergonha de ser órfão, primeiro você tem que com-

preender a importância da figura paterna do ponto de vista bíblico. Na antiguidade, a figura do pai representava a aliança de Deus com a família e suas gerações. A aliança era símbolo de bênção, prosperidade, proteção e fidelidade. Quando uma pessoa era órfã, não podia desfrutar da bênção da aliança, porque ela só vinha através da figura paterna. Da mesma ma-neira, quando alguém tinha um pai que possuía uma aliança com Deus, ela também o cobria. Leia a seguinte passagem:

Muito tempo depois, morreu o rei do Egito. Os israelitas

gemiam e clamavam debaixo da escravidão; e o seu clamor subiu até Deus. Ouviu Deus o lamento deles e lembrou-se da aliança que fizera com Abraão, Isaque e Jacó.

Deus olhou para os israelitas e viu a situação deles.

ÊXODO 2:23-25

Ainda que esta passagem esteja fa-lando de todo um povo, quero que você perceba a importância de estar sob uma

Quando um cristão não conhece a Deus Pai, ainda

que seja filho, é como se fosse um órfão, e sua vida se transforma em

vergonha.

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paternidade aliançada com Deus. O Senhor havia feito aliança com os pais de Israel: Abraão, Isaque e Jacó. Por causa disso, olhou o clamor do povo e se lembrou deles. Outra passagem diz:

Mas o Senhor foi bondoso para com eles, teve compaixão e mostrou preocupação por eles, por causa da sua aliança com Abraão, Isaque e Jacó. Até hoje ele não se dispôs a

destruí-los ou a eliminá-los de sua presença.2 REIS 13:23

Portanto, ser órfão era a pior afronta e vergonha que uma pessoa podia sofrer em sua época, porque significava que não estava debaixo da aliança de Deus, o que era uma garantia de abandono e fracasso.

Da mesma forma, quando um cristão não conhece a Deus Pai, ainda que seja filho, é como se fosse um órfão, e sua vida se transforma em vergonha; ao invés de manifestar a bênção e o amor do Pai, sua vida está marcada pela miséria espiritual, amargura e abandono.

Não tem herançaA palavra “herança” vem de um vocabulário hebreu antigo que sig-

nifica “porção”. Era a parte que correspondia a cada filho dentro dos bens dos pai. É importante que você entenda que na época do Antigo Testamento os filhos não tinham que esperar que o pai falecesse para receber sua porção da herança. Esta era entregue quando eles saiam de casa. A herança servia para os ajudar a seguir adiante na vida e poder es-tabelecer sua própria família. Quando uma pessoa era órfã, não contava com uma porção para ajudá-la a seguir em frente porque não tinha de quem herdar.

Quando um cristão não conhece o Pai, é como um órfão porque não desfruta da porção que lhe corresponde como filho de Deus.

Não tem descansoSeguir em frente com o apoio de um pai não é a mesma coisa que

seguir sozinho. Como você pode ver na passagem de Lamentações, para um órfão tudo é mais difícil. A falta da paternidade o coloca em uma situação de desvantagem no caminho da vida. É como um atleta que compete com uma corrente presa aos seus pés.

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O cristão que não tem relação com seu Pai Celestial quase sempre vive esgotado porque trabalha sozinho, sem respaldo e direção de Deus. Não há nada mais desgastante e frustrante mais do que viver e edificar

com nossas próprias forças. Jesus teve ra-zão ao dizer:

“Todas as coisas me foram en-tregues por meu Pai. Ninguém conhece o Filho a não ser o Pai, e ninguém conhece o Pai a não ser o Filho e aqueles a quem o

Filho o quiser revelar. ‘Venham a mim, todos os que estão cansa-dos e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre

vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão

descanso para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve’”.

MATEUS 11:27-30

Todas as obras que Jesus fez eram o resultado de sua relação com seu Pai e por isso sua alma sempre estava descansada. Jesus diz hoje para você: “Aprendei de mim”.

Vive na escravidãoA palavra “escravo” vem de um vo-

cabulário hebreu que significa “atadura”. Observe a passagem bíblica de Lamenta-ções que, quando uma pessoa é órfã, há escravos ou “ataduras” que o dominam e não lhe permitem viver em liberdade.

O filho de Deus que não conhece o amor do Pai, é como um órfão, está es-cravizado. Você se perguntará: Por que escravizado? Porque o órfão espiritual é

Quando um cristão não conhece ao Pai, é como um órfão porque não

desfruta da porção que lhe correspon-de por ser filho de

Deus.

O filho de Deus que não conhece o amor do Pai é como um órfão, está escravisado.

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escravizado por ataduras da mente que não lhe permitem ser livre para se relacionar com o Pai Celestial e viver como filho e herdeiro.

Sente-se desprotegidoHá muitos anos, quando ainda era criança, minha mãe me inscreveu

para participar de um concurso de pintura. Lembro-me que havia outro participante que estava tornando a minha vida bastante difícil, trapace-ando meu desenho. Parei diante dele e disse: “Se você continuar me in-comodando, vou chamar meu papai para que ele lhe dê uma lição”. Logo o menino me ameaçou, dizendo que ia chamar o pai dele, um homem tão alto quanto as árvores. Com o dom de convencimento que o Senhor me deu, fiz com que ele acreditasse que meu pai era tão alto quanto as nuvens, e o menino se assustou e deixou de me incomodar. Bem lá no fundo eu sabia que meu pai podia me proteger e isso me dava segurança. Um órfão não pode fazer o mesmo, porque não tem um pai que o proteja. Por esta razão, ele tem que se defender sozinho na vida, ainda que contra os que são maiores e mais fortes que ele.

O mesmo acontece com o cristão que não tem uma relação com o Pai. Acredi-ta que está sozinho, que não conta com ninguém que o proteja. Devido a isto, tende a se transformar em uma pessoa agressiva e dura, de modo que os demais não vejam sua vulnerabilidade e assim evitem que lhe faça dano.

Não tem propósitoA Bíblia ensina que os filhos são como flechas e os pais são os encar-

regados de lançá-los a seu destino.

Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá. Como flechas nas mãos do guerreiro são os filhos

nascidos na juventude. Como é feliz o homem que tem a sua aljava cheia deles! Não será humilhado quando

enfrentar seus inimigos no tribunal.SALMO 127:3-5

O cristão que não tem uma

relação com o Pai crê que está sozinho,

que não conta com alguém que o

proteja.

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O arqueiro tinha a responsabilidade de preparar e polir a flecha e no momento de lançá-la, era ele que dava a direção para se assegurar que chegaria ao alvo. Da mesma forma, o pai é o encarregado de preparar os filhos, dar direção a sua vida e lançá-los em direção ao propósito que criaram para eles. Os órfãos não têm um pai que os direcione ao propó-sito. Por esta razão, poucas vezes acertam o alvo.

O cristão que não tem uma relação com o Pai Celestial tem muita dificul-dade de alcançar os propósitos de Deus, porque quase sempre se lança somente ao seu destino espiritual, ao invés de se colocar nas mãos do Pai.

Não tem alegriaQuando somamos a vergonha, a fal-

ta de herança, o cansaço, a escravidão e a vulnerabilidade e a falta de propósito que há na vida de um órfão, o resultado é um coração cheio de amargura e tristeza.

Se o cristão não conhece ao amor do Pai, ainda que esteja ativo no ministério, ore e jejue ou guerreie espiritualmente, sua vida carece de ale-gria. Cedo ou tarde a amargura deixará seu coração pesado e ele começa-rá a se perguntar: “Será que isso é a vida cristã? Deve haver algo mais.”

APROXIME-SE DO PAI

Se você confessou Jesus como seu Senhor e Salvador, você não é um órfão, mas sim um filho.

Quanto a Demétrio, todos falam bem dele, e a própria ver-dade testemunha a seu favor. Nós também testemunhamos,

e você sabe que o nosso testemunho é verdadeiro.JOÃO 1:12

Você não precisa viver a vida como um órfão cheio de vergonha, sem herança, cansado, desprotegido e amargurado. Seu Pai Celestial o ama

O cristão que não tem uma

relação com o Pai Celestial tem muita

dificuldade para alcançar os propósi-

tos de Deus.

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de maneira incondicional e tem uma porção para você: a vida abundante dos filhos de Deus.

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos aben-çoou com todas as bênçãos espiritu-ais nas regiões celestiais em Cristo.

EFÉSIOS 1:3

Aproxime-se do Pai. Ele está lhe es-perando de braços abertos...

Se o cristão não conhece o amor

do Pai, ainda que esteja ativo no ministério,ore e jejue ou guerreie espiritualmente,

sua vida carece de alegria.