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Turismo: uma marca nacional Oportunidades de Negócio „Turismo em Portugal: Visões para o Futuro.‰ Centro Cultural de Belém Setembro 2006 Research Sectorial

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Turismo: uma marca nacionalOportunidades de Negócio

„Turismo em Portugal: Visões para o Futuro.‰Centro Cultural de Belém

Setembro 2006

Research Sectorial

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 1Research Sectorial

1. Portugal no Turismo Internacional ............................................................................................................... 2

2. O Turismo na Economia Portuguesa: Sectores e Oportunidades ............................................................ 5

A. Alojamento .................................................................................................................................................................. 7

B. Mercados Emissores ................................................................................................................................................. 15

C. MICE ........................................................................................................................................................................... 22

D. Termas ........................................................................................................................................................................ 26

E. Golfe ............................................................................................................................................................................ 32

F. Oceano ........................................................................................................................................................................ 36

G. Turismo Residencial ................................................................................................................................................. 42

3. Notas Finais ⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄ 47

Turismo: uma marca nacional.

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2004

Ranking mundial de destinos turísticos, 1998 e 2004(Milhões)

Portugal ocupava, em 2004, último ano para o qual foi disponibilizado publicamente o top 25, a 20ª posição do ranking mundial de destinos turísticos, o que equivale a uma quota de mercado de 1.5%. No entanto, face a 1998, o nosso país perdeu cinco posições. A quota de mercado de Portugal no ranking mundial de destinos turísticos, entre 2002 e 2004, diminuiu de 1.7% para 1.5% (as razões poderão estar nas características do turismo português, que não criam vantagens comparativas face aos outros destinos).

Destacada é a posição de Espanha, da qual o nosso país poderia tirar vantagens, pela proximidade, através da divulgação e promoção turística de base ibérica – marca turística “Ibéria”1.

1. Portugal no Turismo Internacional.

1 França 75.12 Espanha 52.43 EUA 46.14 China 41.85 Itália 37.16 Reino Unido 27.87 México 20.68 Alemanha 20.19 Russia 19.9

10 ˘ustria 19.411 Canadá 19.212 Turquia 16.813 Malásia 15.714 Ucrânia 15.615 Polónia 14.316 Hong Kong 13.717 Grécia 13.318 Hungria 10.919 Tailândia 11.720 Portugal 11.6

Ranking País Turistas

1 Proposta de cooperação apresentada por Portugal a Espanha na Cimeira Luso-Espanhola, Santiago de Compostela, Outubro 2004.Fonte: World Tourism Organization.

1998

FrançaEspanhaEUAItáliaReino UnidoChinaMéxicoPolóniaCanadá˘ustriaAlemanhaR. ChecaF. RussaHungriaPortugalGréciaSuiçaHong KongTurquiaTailândia

70.047.747.124.825.524.019.318.818.717.316.516.315.814.711.211.011.09.69.29.1

País Turistas1234567891011121314151617181920

Ranking

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1. Portugal no Turismo Internacional.Tendo em conta os relatórios de 2003 e 2004 do World Travel & Tourism Council (WTTC), o sector do

turismo português deverá registar, entre 2004 e 2014, uma taxa de crescimento média anual (incluindo os

efeitos directos e indirectos gerados pelo turismo) de cerca de 4.6% (calculada com base nas estimativas

da WTTC para o PIB do turismo em 2004 e 2014), 2 pontos percentuais acima do estimado para a Zona

Euro. No entanto, deve referir-se que os países líderes no ranking mundial de destinos turísticos,

nomeadamente Espanha, deverão registar ritmos de crescimento superiores ao verificado em Portugal.

Estimativas para o PIB gerado pelo sector do turismo, 2004-2014

(EUR mil milhões)

15

65

115

165

215

265

315

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Portugal - TCMA = 4.6%

Itália - TCMA = 5.1%

Espanha - TCMA = 5.4%

Alemanha - TCMA = 3.7% França- TCMA = 4.6%

Fontes: World Travel & Tourism Council, ES Research – Research Económico.

Produto do Sectordo Turismo

PIB Total da Economia

5.09

2.60

3.50

1.75

Mundo Zona Euro

Taxa de crescimento média anual, 2004-2014(Percentagens)

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Turismo: uma marca nacional.

1. Portugal no Turismo Internacional ............................................................................................................... 2

2. O Turismo na Economia Portuguesa: Sectores e Oportunidades ............................................................ 5

A. Alojamento .................................................................................................................................................................. 7

B. Mercados Emissores ................................................................................................................................................. 15

C. MICE ........................................................................................................................................................................... 22

D. Termas ........................................................................................................................................................................ 26

E. Golfe ............................................................................................................................................................................ 32

F. Oceano ........................................................................................................................................................................ 36

G. Turismo Residencial ................................................................................................................................................. 42

3. Notas Finais ⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄.. 47

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• Comércio

• Construção

• Ordenamento do território

• Financiamento

• Ensino/formação

• Promoção

• Preservação ambiental

• Transportes terrestres

• Actividades culturais

• Actividades recreativas

• Actividades desportivas

• Aluguer de veículos

• Alojamento

• Restauração

• Transportes aéreos

• Agências de viagens

• Operadores turísticos

Turismo

Outras actividades

Actividades

Conexas

Actividades

Potenciadas

Actividades Core

O conceito de cluster de turismo pressupõe um conjunto de actividades core1, conexas2 e potenciadas3. Contudo a evolução deste sector estará, obviamente, dependente da evolução das “outras” actividades, nomeadamente, no que se refere ao financiamento, promoção, ordenamento do território, ensino/formação e preservação ambiental, actividades estas quase de exclusiva iniciativa pública.

1 A não existência de consumo turístico implicaria o desaparecimento destas actividades (restauração, alojamento, transportes, agências de viagens e operadores turísticos).2 Actividades significativamente afectadas pelo consumo turístico (transportes, actividades culturais e recreativas, aluguer de veículos, actividades desportivas).3 Actividades económicas de fraco cariz turístico (construção, comércio).Fonte: “O cluster Turismo em Portugal”, 2001 – Merícia Gouveia e Teresinha Duarte.

2. O Turismo na Economia Portuguesa: Sectores e Oportunidades.

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1. Portugal no Turismo Internacional ............................................................................................................... 2

2. O Turismo na Economia Portuguesa: Sectores e Oportunidades ............................................................ 5

A. Alojamento .................................................................................................................................................................. 7

B. Mercados Emissores ................................................................................................................................................. 15

C. MICE ........................................................................................................................................................................... 22

D. Termas ........................................................................................................................................................................ 26

E. Golfe ............................................................................................................................................................................ 32

F. Oceano ........................................................................................................................................................................ 36

G. Turismo Residencial ................................................................................................................................................. 42

3. Notas Finais ⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄.. 47

Turismo: uma marca nacional.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 7Research Sectorial

Portugal tem vindo a aumentar o número de estabelecimentos hoteleiros a uma taxa de crescimento média anual de apenas 1.5%, embora, em 2005, se tenha verificado um aumento de 3%. Dos 2 012 estabelecimentos activos em 2005, quase metade correspondia a Pensões, que se dirigem a um segmento-alvo menos exigente, e apenas cerca de 30% a Hotéis. Em 2005, o pessoal ao serviço nos estabelecimentos hoteleiros ascendeu a cerca de 45 000 (0.8% da população activa).

Evolução do número de estabelecimentos, 1995-2005(Unidades)

Fonte: INE.

1 733 1 744 1 768 1 754 1 772 1 786 1 7811 890 1 934 1 954 2 012 878

607

210127

97 42 33 18

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

Pens

ões

Hot

éis

Apar

tam

ento

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éis

Esta

lage

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Pous

adas

Alde

amen

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Mot

éis

A. Alojamento.

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Capacidade(milhares)

Em 2005, a capacidade de alojamento dos estabelecimentos hoteleiros portugueses ascendia a 263.8 mil camas o que, em relação a 2004, corresponde a uma variação de +3.9%. A oferta de camas está muito concentrada, por tipologia e por região, dado que 47.9% do total de camas disponíveis resulta de oferta hoteleira e cerca de 38% se situa no Algarve, o que poderá apontar para o crescimento da capacidade de alojamento noutras zonas do país.

Capacidade de alojamento por tipo de estabelecimento, 2005

(Milhares)

Fonte: INE.

126.4

41.5

37.834.6 13.4 6.0 2.2 1.8

Hot

éis

Pens

ões

Apar

tam

ento

s

Apar

t-hot

eis

Alde

amen

tos

Esta

lage

ns

Pous

adas

Mot

éis

263.8Ranking NUTS II

1

2

3

4

5

6

7Tota

l

Peso(%)

100.0Algarve 37.9

48.1Lisboa 18.2

35.5Centro 13.5

Norte 34.6 13.1

28.1Madeira 10.6

9.0Alentejo 3.4

8.4Açores 3.2

Capacidade de alojamento por região, 2005

(Milhares, Percentagens)

A. Alojamento.

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A capacidade média dos estabelecimentos hoteleiros, medida pelo número de camas por estabelecimento, apresentou, entre 1995 e 2005, uma taxa de crescimento média anual de 1.1%. Em 2005, a capacidade média foi de 131 camas, um valor muito acima da referência europeia. No Algarve este indicador ascende a 231 camas, o que poderá revelar algum desajustamento tendo em conta não só a realidade europeia mas também a forte sazonalidade turística nesta região.

Nota: os valores de Espanha, Hungria, França, Itália e Reino Unido referem-se a 2004.Fontes: Eurostat, INE, ES Research – Research Sectorial.

Número de camas por estabelecimentos hoteleiros na UE-25, 2005 (Unidades)

UE-25 = 50.4

Evolução do número de camas por estabelecimentos hoteleiros em Portugal, 1995-2005

(Unidades)

118 119 120 123 122 125 123 126 127 130 131

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

213

146131 126

116106

87 87 81 79 77 76 68 64 64 61 60 60 56 54 48 40 34 31 27

Mal

ta

Din

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Portu

gal

Finl

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Itália

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R. C

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˘ust

ria

Irlan

da

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anha

Rei

noU

nido

A. Alojamento.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 10Research Sectorial

Entre 1995 e 2005, o total de dormidas em Portugal, apresentou uma tendência positiva (TCMA95-05 = 2.4%). Em 2005, os estabelecimentos hoteleiros acolheram 11.5 milhões de hóspedes, que realizaram 35.5 milhões de dormidas. As regiões NUTS II Algarve, Lisboa e Madeira acolheram 38.9%, 20.4% e 15.9%, respectivamente, do total de dormidas realizadas em Portugal. Em termos médios, cerca de 33% das dormidas foram adquiridas por residentes, o que contrasta com a média UE-25 em 2004 (54.5%).

Dormidas em Portugal, 1995-2005 (Milhões)

Fontes: Eurostat, ES Research – Research Sectorial.

67%

33%

ResidentesNão Residentes

27.9 28.1 29.432.4 32.7 33.8 33.6 34.2 33.9 34.1 35.5

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

TCMA95-05 = 2.4%

A. Alojamento.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 11Research Sectorial

76.1 75.671.2

65.6 63.4 62.7 60.9 60.7 58.7 56.9 54.8

48.245.4

38.3 38.1

˘ust

ria

Irlan

da

Espa

nha

Portu

gal

Bélg

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Din

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Itália

Fran

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Suéc

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Rei

no U

nido

Finl

ândi

a

Alem

anha

Em 2005, os turistas não residentes adquiriram 23.8 milhões de dormidas em Portugal. Tendo em conta que, em 2002, os turistas britânicos, espanhóis, alemães e holandeses eram responsáveis por cerca de 66% do total de dormidas vendidas a não residentes, a dependência de Portugal destes quatro mercados emissores era, assim, superior à média da UE-15 em 7.2 pontos percentuais*.

Dependência dos quatro principais mercados emissores na UE-15, 2002 (Percentagens)

* Os quatro principais mercados emissores diferem de país para país.Fontes: Eurostat, ES Research – Research Sectorial.

Média UE-15 = 58.4

A. Alojamento.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 12Research Sectorial

Em 2005, as regiões do Centro, Norte, Alentejo e Açores foram as que registaram uma maior dependência do turismo efectuado por residentes. Embora com um peso relativo menor, os residentes representaram, ainda, o primeiro e segundo mercados em Lisboa e Algarve, respectivamente. Das regiões cujo 1º mercado tem origem em turistas não residentes, a Madeira evidenciou um maior grau de dependência do que o Algarve (os ingleses e alemães representam 51.6% do total de dormidas efectuadas na Madeira).

Distribuição das Dormidas por NUTS II, segundo os países de residência, 2005(Percentagens)

Fonte: INE.

País % País % País % País % País %

Portugal Portugal 32.8 Reino Unido 20.8 Alemanha 11.0 Espanha 7.7 Holanda 4.7

Norte Portugal 62.8 Espanha 11.5 Reino Unido 4.3 França 3.6 Alemanha 3.0Centro Portugal 67.2 Espanha 9.6 França 4.1 Itália 4.0 Alemanha 2.5Lisboa Portugal 29.3 Espanha 16.3 Alemanha 7.0 Reino Unido 6.4 França 5.6Alentejo Portugal 73.9 Espanha 6.5 Holanda 3.2 Alemanha 2.9 Reino Unido 2.3Algarve Reino Unido 36.6 Portugal 22.9 Alemanha 12.9 Holanda 8.4 Irlanda 5.5Açores Portugal 42.3 Dinamarca 12.0 Suécia 12.0 Alemanha 5.7 Finlândia 5.3Madeira Reino Unido 28.0 Alemanha 23.6 Portugal 14.3 França 4.1 Espanha 4.1

4À Mercado 5À Mercado1À Mercado 2À Mercado 3À Mercado

A. Alojamento.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 13Research Sectorial

Em 2005, os proveitos totais dos estabelecimentos hoteleiros, a preços correntes, cifraram-se em EUR 1 591.3 milhões, correspondendo 66.7% (EUR 1 060.9 milhões) desse montante a proveitos de aposento1. Os hotéis representaram cerca de 67% dos proveitos totais de todos os tipos de estabelecimentos hoteleiros, e Lisboa e o Algarve, as regiões com maior capacidade de alojamento e procura, obtiveram os melhores resultados quer a nível de proveitos totais, quer de aposento. A Madeira registou a terceira melhor performance nos indicadores referidos.

Proveitos totais e proveitos por aposento, por NUTS II, 2005(Percentagens)

1 Valores cobrados pelas dormidas realizadas.Fontes: INE, ES Research – Research Sectorial.

Proveitos de AposentoOutros Proveitos 3.3%

10.4%

9.5%

27.9%

2.9%

30.5%

1. 1

1. 2

15.6%

A. Alojamento.

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1. Portugal no Turismo Internacional ............................................................................................................... 2

2. O Turismo na Economia Portuguesa: Sectores e Oportunidades ............................................................ 5

A. Alojamento .................................................................................................................................................................. 7

B. Mercados Emissores ................................................................................................................................................. 15

C. MICE ........................................................................................................................................................................... 22

D. Termas ........................................................................................................................................................................ 26

E. Golfe ............................................................................................................................................................................ 32

F. Oceano ........................................................................................................................................................................ 36

G. Turismo Residencial ................................................................................................................................................. 42

3. Notas Finais ⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄.. 47

Turismo: uma marca nacional.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 15Research Sectorial

Os principais critérios envolvidos na escolha do destino de férias (UE, 1997) foram o cenário, o clima e o custo da viagem. A “resposta” portuguesa a estes critérios é positiva, como se observa, por exemplo, através do número e distribuição do património natural e cultural classificado como Bens Património Mundial.

4945

35 33 31 2924 23

20 19 18 18 1715 13

11 106 4

Cen

ário

Clim

a

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Critérios de escolha do destino, 1997 (Percentagens)

B. Mercados Emissores - Caracterização do Turista Europeu.

Fonte: “The European on Holidays” – Comissão Europeia.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 16Research Sectorial

3.0

1.71.5

1.3 1.3 1.21.0 0.9 0.9 0.8 0.8 0.7 0.7

0.6 0.5 0.4 0.4 0.3 0.3 0.3 0.2

Bélg

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B. Mercados Emissores - Bens Património Mundial.Portugal, com 13 galardões, é o oitavo país da União Europeia com maior número de Bens Património Mundial. Contudo, ao analisarmos apenas os galardões correspondentes à vertente cultural e tendo em consideração as superfícies territoriais dos países analisados, Portugal sobe quatro lugares no ranking, apresentando, em média, 1.3 Bens Património Mundial por cada 10 000 Km2. Em termos geográficos, constata-se que é o centro norte do país a região mais galardoada.

Localização dos Bens portugueses Património Mundial, 2006

Número de Bens Património Mundial por 10 000 Km2 na UE, 2006 (Unidades)

Média Amostra = 0.9

Paisagem vinícola da Ilha do Pico

Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém (Lisboa)

Centro histórico de Évora

Convento de Cristo (Tomar)

Centro histórico de Guimarães

Centro histórico do Porto

Mosteiro da Batalha

Most. de Alcobaça

Alto DouroVinhateiro

Arte rupestre do Vale do Côa

Centro histórico de Angra do Heroísmo

de SintraPaisagem cultural

Paisagem vinícola da Ilha do Pico

Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém (Lisboa)

Centro histórico de Évora

Convento de Cristo (Tomar)

Centro histórico de Guimarães

Centro histórico do Porto

Mosteiro da Batalha

Most. de Alcobaça

Alto DouroVinhateiro

Arte rupestre do Vale do Côa

Centro histórico de Angra do Heroísmo

de SintraPaisagem cultural

Paisagem vinícola da Ilha do Pico

Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém (Lisboa)

Centro histórico de Évora

Convento de Cristo (Tomar)

Centro histórico de Guimarães

Centro histórico do Porto

Mosteiro da Batalha

Most. de Alcobaça

Alto DouroVinhateiro

Arte rupestre do Vale do Côa

Centro histórico de Angra do Heroísmo

de SintraPaisagem cultural

Paisagem vinícola da Ilha do Pico

Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém (Lisboa)

Centro histórico de Évora

Convento de Cristo (Tomar)

Centro histórico de Guimarães

Centro histórico do Porto

Mosteiro da Batalha

Most. de Alcobaça

Alto DouroVinhateiro

Arte rupestre do Vale do Côa

Centro histórico de Angra do Heroísmo

de SintraPaisagem cultural

Paisagem vinícola da Ilha do Pico

Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém (Lisboa)

Centro histórico de Évora

Convento de Cristo (Tomar)

Centro histórico de Guimarães

Centro histórico do Porto

Mosteiro da Batalha

Most. de Alcobaça

Alto DouroVinhateiro

Arte rupestre do Vale do Côa

Centro histórico de Angra do Heroísmo

de SintraPaisagem cultural

Paisagem vinícola da Ilha do Pico

Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém (Lisboa)

Centro histórico de Évora

Convento de Cristo (Tomar)

Centro histórico de Guimarães

Centro histórico do Porto

Mosteiro da Batalha

Most. de Alcobaça

Alto DouroVinhateiro

Arte rupestre do Vale do Côa

Centro histórico de Angra do Heroísmo

de SintraPaisagem cultural

Nota 1: dos três tipos de bens património mundial existentes (cultural, misto e natural) apenas foram tidos em consideração os dois primeiros.Nota 2: Malta (com 3 bens e 316 Km2), Luxemburgo (com 1 bem e 2 586 Km2), Chipre (com 3 bens e 9 000 Km2) e a Eslovénia (com 1 e 20 000Km2) não foram contabilizados.Fontes: UNESCO, Eurostat, Comissão Nacional da UNESCO – Portugal, ES Research – Research Sectorial.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 17Research Sectorial

B. Mercados Emissores Irlanda.

1 A área dos círculos representa a estadia média.Fontes: INE, ES Research – Research Sectorial.

Relação entre a proporção de dormidas em 1996 e 2005 e estadia média1 em 2005, por país de residência(Percentagens, Dias)

2005

Da amostra considerada verifica-se que, pese embora o reduzido peso relativo da Irlanda (2.5%) no total de dormidas adquiridas nos estabelecimentos hoteleiros portugueses – 0.9 milhões de dormidas –, os hóspedes irlandeses permanecem em média 6 noites, o valor mais elevado de todos os turistas em Portugal, sugerindo que este será um dos mercados em que Portugal deverá apostar no futuro.

5.7

0

5

10

15

20

25

30

35

0 5 10 15 20 25 30 35

1996

2.1

5.3

3.4

2.4

1996

Estadia média

Portugal 28.9 32.8 2.1

Reino Unido 19.9 20.8 5.7

Alemanha 18.6 11.0 5.3

Espanha 5.2 7.7 2.4

Países Baixos 5.1 4.7 5.6

França 3.3 3.1 2.7

Irlanda 1.5 2.5 6.0

Itália 2.4 2.0 2.3

Suécia 1.5 1.7 4.9

EUA 1.7 1.6 2.4

Outros 11.9 12.1 3.4

Proporção dormidas

2005

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 18Research Sectorial

Braga

Fátima

X

X

Vila ViçosaX

B. Mercados Emissores Irlanda Turismo Religioso.

1 10 maiores mercados emissores.Fontes: INE; ES Research – Research Sectorial.

A aposta no mercado irlandês parece, de facto, ser uma estratégia a considerar já que a taxa de crescimento média anual das dormidas em Portugal, entre 1996 e 2005, foi a mais elevada1, 1.5 pp acima da espanhola, que se encontra em segundo lugar. O desenvolvimento do mercado irlandês passaria, em paralelo ao turismo de clima, pelo reforço dos programas de turismo religioso com uma “arquitectura” que levaria os turistas a percorrer o triângulo Lisboa-Fátima, Braga e Vila Viçosa (Circuito Mariano). Os propósitos da Câmara Municipal de Ourém em promover a transformação do aeródromo de Fátima em aeroporto regional para acolher voos charters, a abertura do aeroporto de Monte Real à aviação civil, em 2006, e a já ligação em Low Cost a Dublin (Ryanair) alia os investimentos em promoção turística e organização de viagens (Agências de Viagem), aos em infra-estruturas de transporte.

Taxa média anual de crescimento de dormidas1 1996-2005 (Percentagens)8.7

7.2

4.1 3.73.1

2.0 1.9 1.80.7

-3.2

Irlan

da

Espa

nha

Portu

gal

Suéc

ia

Rei

no U

nido

Fran

ça

EUA

País

esBa

ixos

Itália

Alem

anha

Média Amostra = 3.0

Circuito de turismo religioso

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 19Research Sectorial

Fontes: World Tourism Organization, ES Research – Research Sectorial.

Turistas chineses no estrangeiro, 2002-2004(Milhões)

16.4

20.0

28.5

2002 2003 2004

TCMA(02-04)=31.9%

B. Mercados Emissores China.O mercado chinês (República Popular da China - RPC) é um “novo” emissor de turistas que merece atenção.

A taxa de crescimento média anual do número de turistas chineses, entre 2002 e 2004, foi de 31.9%. As

presentes perspectivas da Organização Mundial do Turismo avançam que a RPC deverá ser um dos

mercados emissores de turistas mais relevantes a nível mundial, com um valor estimado de 100 milhões de

turistas em 2020, valor que equivale a 13.1% dos turistas em todo mundo, em 2004.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 20Research Sectorial20

0420

04

DespesasRanking País

1 Alemanha 71.0

2 65.6

3 55.9

4 38.1

5 28.6

6 20.5

7 16.5

8 16.0

9 15.7

10 15.2*

EUA

Reino Unido

Japão

França

Itália

Holanda

Canadá

Rússia

China

Ranking mundial de despesas turísticas internacionais2, 2004

(USD mil milhões)

O volume de despesas realizadas pelos turistas chineses colocam o país, em 2004, no 10º lugar a nível mundial, valor que cresceu cerca de 5.1% ao ano entre 2000 e 2003. Portugal tem aqui uma boa oportunidade, aproveitando estes novos turistas mundiais, explorando a ligação histórica com a China, assim como o facto de nos ter sido atribuído o Approved Destination Status1, que significa a autorização para viajar para o nosso país.A tradição oriental de viajar em pacotes turísticos organizados, como fizeram, e fazem, os turistas japoneses depois da II Guerra Mundial, faz destacar o papel das Agências de Viagem como organizadores naturais deste tipo de oferta turística.

* Valor referente a 2003.1 Memorandum of Understanding between the National Tourism Administration of the People’s Republic of China and The European Community, 2003.2 A publicação disponível só apresenta o ranking dos 10 primeiros países.Fontes: World Tourism Organization, ES Research – Research Sectorial.

B. Mercados Emissores China.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 21Research Sectorial

1. Portugal no Turismo Internacional ............................................................................................................... 2

2. O Turismo na Economia Portuguesa: Sectores e Oportunidades ............................................................ 5

A. Alojamento .................................................................................................................................................................. 7

B. Mercados Emissores ................................................................................................................................................. 15

C. MICE ........................................................................................................................................................................... 22

D. Termas ........................................................................................................................................................................ 26

E. Golfe ............................................................................................................................................................................ 32

F. Oceano ........................................................................................................................................................................ 36

G. Turismo Residencial ................................................................................................................................................. 42

3. Notas Finais ⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄..⁄ 47

Turismo: uma marca nacional.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 22Research Sectorial

C. MICE - Lisboa. A capital do país tem apresentado um elevado sucesso no que se refere a encontros MICE com mais de 50

participantes tendo ocupado, em 2005, o 11º lugar do ranking (20º lugar em 2000 e 7 vezes no top 10

desde 1993). Em encontros MICE com mais de 300 participantes, Lisboa manteve-se praticamente na

mesma posição nos últimos 5 anos (20º e 22º, em 2000 e 2005, respectivamente) evidenciando alguma

dificuldade em atrair encontros de maior dimensão.

Ranking de encontros internacionais ICCA1, 2005(Unidades, percentagens)

Ranking de encontros internacionais UIA2, 2005(Unidades, percentagens)

1 Encontros com mais de 50 participantes, regulares e que já tenham percorrido pelo menos 3 países (encontros governamentais excluídos).2 Encontros organizados por organizações internacionais: mínimo 300 participantes; mínimo 40% de participação estrangeira e de 5 nacionalidades; duração mínima 3 dias. Excluem-se

encontros de carácter religioso, didáctico, político, comercial e desportivo.

Fonte: Observatório do Turismo de Lisboa, ICCA (International Congress and Convention Association), UIA (Union of International Associations).

Cidade 2005 % Total Var. 00-05 (%)1À Viena 129 2.43 1192À Singapura 125 2.35 1403À Barcelona 116 2.18 1374À Berlim 100 1.88 645À Hong Kong 95 1.79 1026À Paris 91 1.71 57À Amsterdão 82 1.54 308À Budapeste 77 1.45 64

Seul 77 1.45 22110À Estocolmo 72 1.35 3611À Lisboa 66 1.24 83

Cidade 2005 % Total Var. 00-05 (%)Paris 294 3.28 -22Viena 245 2.74 38Bruxelas 189 2.11 -20Singapura 177 1.98 46Barcelona 162 1.81 65Genebra 161 1.8 -11Nova Iorque 129 1.44 -15Londres 128 1.43 -44Seul 103 1.15 51Copenhaga 98 1.09 11Lisboa 64 0.71 -14

1À2À3À4À5À6À7À8À9À

10À22À

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 23Research Sectorial

Fontes: Associação de Turismo de Lisboa, ES Research – Research Sectorial.

Centro de Congressos de Lisboa

Casa Museu Convento do Beato

Faculdade de Medicina Dentária

Pavilhão Atlântico

Fundação Minerva (Univ. Lusíada)

Lisboa Welcome Center

Casino do Estoril

FIL

Culturgest

Pavilhão Cultural de Belém

Nos dias 14 a 16 de Maio de 2005, pela segunda vez consecutiva, realizou-se no Estoril a cerimónia dos 2005 Laureus World Sport Awards, evidenciando o sucesso e bom perfil de Lisboa-Estoril para a realização deste tipo de eventos. Em 2004, a mesma cerimónia, que contabilizou cerca de 360 milhões de telespectadores em todo o mundo, realizou-se no CCB. No dia 3 de Novembro de 2005 teve lugar no Pavilhão Atlântico a 12ª edição dos MTV Europe Music Awards.

Centros de Congressos e Exposições inscritos na Associação de Turismo de Lisboa

A organização de eventos desta dimensão engloba um vasto leque de actividades geradoras de negócio: aluguer e decoração do espaço, alojamento, recrutamento de recursos humanos (assistentes, fotógrafos, segurança, pessoal de limpeza, tradução, serviços administrativos), catering, viagens e transfers. A sua realização influencia directamente a evolução da estrutura hoteleira na região.

C. MICE - Lisboa.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 24Research Sectorial

Fonte: Associação de Turismo de Lisboa.

A oferta e procura turística da Região de Turismo de Lisboa abrange todas as motivações definidas pela WTO (e.g., Lazer, Negócios, Cultura, Desporto, Religioso, Saúde, Gastronomia). A respectiva concentração e maior acessibilidade e proximidade entre os diversos produtos turísticos são vantagens que deverão potenciar o crescimento e spill-over da procura turística a outras regiões.A importância do turismo na região de Lisboa, tem sido aliás comprovada pelos consecutivos investimentos hoteleiros

Oferta HoteleiraJul. 2005

303 Estabelecimentos hoteleiros/135 Hotéis

48 095 camas/74% de hotéis

Número de camas por 1000 habitantes, 2005

(Unidades)

391

1 6832 057 2 047

788

3 064

6 338

2 982

2 ** 3 *** 4 **** 5 *****

2005

1990

Categoria dos hotéis da cidade de Lisboa, 1990 e 2005

(Nº quartos)

9

12

15

17

35

115

240

Norte

Alentejo

Centro

Lisboa

Açores

Madeira

Algarve

C. MICE - Lisboa.

realizados que, entre 1990 e 2005, aumentaram claramente a qualidade da oferta da cidade.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 25Research Sectorial

1. Portugal no Turismo Internacional .............................................................................................................. 2

2. O Turismo na Economia Portuguesa: Sectores e Oportunidades ............................................................ 5

A. Alojamento .................................................................................................................................................................. 7

B. Mercados Emissores ................................................................................................................................................. 15

C. MICE ........................................................................................................................................................................... 22

D. Termas ........................................................................................................................................................................ 26

E. Golfe ............................................................................................................................................................................ 32

F. Oceano ........................................................................................................................................................................ 36

G. Turismo Residencial ................................................................................................................................................. 42

3. Notas Finais ⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄.. 47

Turismo: uma marca nacional.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 26Research Sectorial

Em 2005, o número de termas existentes em Portugal ascendia a 48, estando 38 em actividade. O encerramento de estabelecimentos termais poderá resultar da perda de propriedades terapêuticas das águas, do deficiente aproveitamento das infra-estruturas existentes e/ou da falta de capacidade técnica e financeira para a manutenção da actividade. Tendo em conta que apenas 18% das termas abertas operam durante todo o ano, poderáexistir um potencial de crescimento da respectiva ocupação e utilização com o adaptar das estâncias termais à satisfação de necessidades de recreio, lazer activo e recuperação física e psíquica, o que envolve significativos montantes de investimento.

Fontes: Instituto Geológico e Mineiro, Associação das Termas de Portugal, ES Research – Research Sectorial.

Número de termas existentes segundo entidade concessionária, distribuição geográfica e actividade, 2005

(Unidades)

Termas abertasTermas c/ actividade suspensa

As termas assumem particular relevância nas regiões mais desfavorecidas do país, podendo vir a constituir pólos de atracção e de desenvolvimento económico e social. O sector termal português caracteriza-se por uma distribuição quase igualitária entre a gestão pública (43.8%) e privada dos recursos existentes (56.2%).

20

1 1

13

1 2

4

6

48

Empr

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Tota

l

Gestão Privada

Gestão Pública

D. Termas Estabelecimentos.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 27Research Sectorial

D. Termas Perfil Terapêutico da Oferta Termal.O Termalismo Clássico Terapêutico português é maioritariamente vocacionado para o tratamento de doenças músculo-esqueléticas e reumáticas (71% da oferta termal). As doenças reumáticas1 são, nos países desenvolvidos, o grupo de doenças mais frequentes, devendo por isso ser assumidas como um importante problema social e económico e, paralelamente, um mercado potencial. Segue-se a oferta termal indicada para o tratamento de doenças respiratórias (causa de 5% dos óbitos até aos 70 anos). As doenças do aparelho digestivo e circulatório, duas das doenças que mais motivam consultas2 médicas em Portugal, são abrangidas, respectivamente, por 35% e 13% do total de termas.

Indicações terapêuticas das termas, 2005(Percentagens)

1 Programa Nacional contra as Doenças Reumáticas, Plano Nacional da Saúde 2000 – 2010, Década do Osso e da Articulação 2000 – 2010 (ONU).2 Inquérito Nacional de Saúde 1998/99: 11.9% e 9.7% da população inquirida consultou, respectivamente, o médico relacionado com doenças do aparelho circulatório e digestivo. Fontes: Instituto Geológico e Mineiro, Direcção-Geral de Saúde.

2%

2%

4%

13%

21%

35%

42%

58%

71%

sangue

sistema nervoso

nefro-urinárias

aparelho circulatório

metabólico-endócrinas

aparelho digestivo

pele

aparelho respiratório

reumáticas/músculo esqueléticas

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 28Research Sectorial

Em 2004, Portugal apresentava uma das mais baixas procuras termais da Europa, registando menos de 1 cliente termal por 100 habitantes. Entre 2002 e 2005, verificou-se uma diminuição no número de clientes clássicos (TCMA02-05 = -4.5%), e um aumento no número de clientes de bem-estar (TCMA02-05 = 138.9%). No entanto, em 2005, os aquistas representavam cerca de 87% do total clientes a frequentarem as termas portuguesas.

Procura termal na Europa, 2004(Percentagem da população)

Fontes: Anuário Termas de Portugal, 2006; ES Research – Research Sectorial.

Frequência de clientes clássicos (aquistas) e clientes de bem-estar nas

termas portuguesas, 2002-2005(Milhares)

Clientes Bem-Estar

Clientes Clássicos (aquistas)

Clientes Totais

Média Amostra = 4.8%

27.5

15.4

2.9 2.6 2.5 2.3 2.1 1.6

14

1.2 1.0 0.9 0.9

Eslo

véni

a

Estó

nia

Letó

nia

˘ust

ria

Eslo

váqu

ia

Itália

Espa

nha

Gré

cia

Alem

anha

Luxe

mbu

rgo

Poló

nia

Portu

gal

Fran

ça

2002

92.3

1.3

93.6 87.1

9.9

97.085.6

12.9

98.580.3

17.7

98.0

2003 2004 2005

D. Termas Procura Termal.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 29Research Sectorial

Tendo em consideração as características do parque termal nacional, e que o número de clientes de bem-estar (o segmento termal de maior crescimento na Europa) nas termas portuguesas ainda se apresenta reduzido (cerca de 13% do total de clientes em 2005), concluímos que uma oferta termal renovada apresenta um forte potencial de crescimento.

Fontes: Associação das Termas de Portugal, API, Deloitte, Neoturis, ES Research – Research Sectorial.

Factores Determinantes:

• 1/6 do turismo com destino à Europa (64 milhões viagens/ano) tem como principais motivações a Natureza, o Lazer e o Bem-Estar;

• Os principais países geradores – Alemanha, Reino Unido, Holanda, França, Suíça, EUA e Canadá – são mercados tradicionais portugueses;

• Os EUA são o mercado do Turismo de Saúde e Bem-Estar mais desenvolvido;

• O efeito prevenção e tratamento dos SPA ganhou credibilidade;

• Existem clientes dispostos a pagar preço elevado pelo benefícios no domínio da prevenção.

Filtros de Selecção1. Motivação

Viagens de Lazer

2. Ofertas de Natureza, Cultura e Bem-Estar

3. Quadros Superiores

4. Viagens de Avião

5. Estadia superior a 4 dias

Turistas Individuais e Casais Maduros(30 a 50 anos)Reformados

Jovens Profissionais

D. Termas Incremento da Procura.

2003

(Milhões)

EUA 16.8Alemanha 12.5Reino Unido 9.8Canadá 5.3Holanda 4.7Itália 2.1Bélgica 2.0Suíça 1.9˘ustria 1.6Suécia 1.6França 1.5Espanha 1.4Dinamarca 0.9Irlanda 0.4Brasil 0.2Portugal 1.0

Aquistas Clássicos 9.0

Total 73

Perfil

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 30Research Sectorial

O aumento da Procura Termal deve ser trabalhado, de acordo com os segmentos e mercados alvo de cada estabelecimento, em duas aproximações possíveis:

Termalismo Terapêutico Especializado:

i. Evitar dependência face ao Serviço Nacional de Saúde / Segurança Social;

ii. Difusão do papel preventivo da frequência termal;

iii. Adaptação da oferta terapêutica aos ritmos de vida actuais e à recuperação física e psíquica;

iv. Papel dos Seguros de Saúde e Serviços de Assistência Médico-Social ligados a Associações/Sindicatos Profissionais nacionais e internacionais.

Termalismo Bem Estar / Spa Termal:

i. Portfolio alargado de serviços e tratamentos de bem estar e de beleza com uso da água mineral (e.g.; nutrição, anti-stress, vida saudável);

ii. Novo produto turístico estruturado » papel dos Operadores, Agências de Viagem, Internet (venda directa).

D. Termas Incremento da Procura.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 31Research Sectorial

1. Portugal no Turismo Internacional .............................................................................................................. 2

2. O Turismo na Economia Portuguesa: Sectores e Oportunidades ............................................................ 5

A. Alojamento .................................................................................................................................................................. 7

B. Mercados Emissores ................................................................................................................................................. 15

C. MICE ........................................................................................................................................................................... 22

D. Termas ........................................................................................................................................................................ 26

E. Golfe ............................................................................................................................................................................ 32

F. Oceano ........................................................................................................................................................................ 36

G. Turismo Residencial ................................................................................................................................................. 42

3. Notas Finais ⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄.. 47

Turismo: uma marca nacional.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 32Research Sectorial

Portugal surge nos primeiros lugares como destino de preferência dos países com maior número de praticantes na Europa (leia-se Inglaterra e Alemanha). Esta situação resulta não só das excelentes condições climatéricas, como também pela elevada qualidade apresentada pelos campos de golfe. De referir aliás que, em 2006, o Algarve foi distinguido como o “Destino de Golfe do Ano” pela International Association of Golf Tour Operators. Na tradicional eleição bienal dos "Melhores Campos de Golfe da Europa Continental", promovida pela conceituada revista britânica Golf World, cinco campos algarvios encontram-se no Top 50 e sete no Top 100: San Lorenzoem 5º lugar, Quinta do Lago em 28º, Vila Sol em 31º, OldCourse em 37º, Vale da Pinta em 48º, Penina em 52º e Royal Course no 78º lugar.Em 2005, realizou-se no Algarve o World GolfChampionship, 2º torneio de golfe a nível mundial, com custos totais de preparação de EUR 14.5 milhões.

Campos de golfe em Portugal, 2005

Fontes: International Golf Travel Awards, Golf World, Portugal Hotel Guide, Federação Portuguesa de Golfe, Guia de Golfe Jornal de Negócios.

8

10

8

11

29

3

3

72

E. Golfe Oferta de Campos.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 33Research Sectorial

Apesar do peso reduzido de Portugal na realidade do golfe europeu, têm sido registadas elevadas taxas de crescimento tanto no número de praticantes, 9% em Portugal, como no número de campos disponíveis para a prática deste desporto, 6% no nosso país (o que decorre também de uma baixa base de partida).O número de campos continua a crescer, devendo atingir 84 em 2009, o que representa um investimento de cerca de EUR 152 milhões1, considerando exclusivamente a construção dos campos.

* Previsões.1 “Estudo sobre o golfe no Algarve”, Universidade do Algarve.Fontes: Federação Portuguesa de Golfe, ES Research – Research Sectorial.

E. Golfe Evolução do Número de Campos e Jogadores de Golfe.

NÀ de jogadores (escala da direita)

Evolução do golfe em Portugal, 1985-2009(Nº campos, Milhares de jogadores)

Campos (escala da esquerda)

NÀ de jogadores por campo

246

10

20

30

40

50

60

70

80

90

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

*

2007

*

2009

* 2

5

8

11

14

17

20

23

26

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 34Research Sectorial

O turismo associado a este desporto tem, aliás, compensado, em certa medida, a sazonalidade do sector, jáque os meses fortes de prática são de Fevereiro a Junho e de Setembro a Novembro.Para além disso, o turista que escolhe Portugal como destino para a prática deste desporto é, do ponto de vista financeiro, mais vantajoso para a economia portuguesa do que o turista cujo objectivo será desfrutar da paisagem, clima e gastronomia (leia-se turista “normal”) proporcionado pelo nosso país, já que o respectivo gasto médio é 66% superior. Cerca de 25% destes turistas alojam-se em casa própria o que mostra o potencial mercado de hipotecas e serviços relacionados com o imobiliário.

Fontes: Direcção Geral do Turismo, Universidade do Algarve, INE.

0

20

40

60

80

100

120

140

160

Jan. Fev. Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Índice de sazonalidade da prática de golfe no Algarve, 2002(Pontos)

E. Golfe Alternativa de Ocupação Turística.

98.76 91.78

164.13

Portugal Algarve Algarve (motivo golfe)

Gasto médio diário por turista em Portugal e no Algarve, 2001 (EUR)

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 35Research Sectorial

1. Portugal no Turismo Internacional .............................................................................................................. 2

2. O Turismo na Economia Portuguesa: Sectores e Oportunidades ............................................................ 5

A. Alojamento .................................................................................................................................................................. 7

B. Mercados Emissores ................................................................................................................................................. 15

C. MICE ........................................................................................................................................................................... 22

D. Termas ........................................................................................................................................................................ 26

E. Golfe ............................................................................................................................................................................ 32

F. Oceano ........................................................................................................................................................................ 36

G. Turismo Residencial ................................................................................................................................................. 42

3. Notas Finais ⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄.. 47

Turismo: uma marca nacional.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 36Research Sectorial

F. Oceano Oportunidades de Investimento.

1 Comissão Estratégica dos Oceanos, 2004.

Embora a oferta e procura turísticas em Portugal sejam amplamente dominadas pelos factores Sol & Praia,

Portugal tem um amplo potencial de crescimento no aproveitamento dos recursos marítimos existentes

(ampla diversidade paisagística e biológica e grande extensão de costa e mar propícios para o recreio

náutico).

Através de um posicionamento ligado à internacionalmente reconhecida relação de Portugal com o Mar

poder-se-á impulsionar novos investimentos e melhorar a notoriedade do nosso país junto dos mercados

emissores.

A criação e promoção de um produto turístico associado ao mar que integre:

várias actividades lúdicas e desportivas existentes (cruzeiros, náutica de recreio, vela, remo,

canoagem, mergulho, pesca desportiva, surf, windsurf, caça submarina);

a exploração das infra-estruturas de apoio (marinas e portos de abrigo);

promoção do ordenamento do território e a qualidade urbanística, paisagística e ambiental da orla

costeira poderá não só contribuir para o aperfeiçoamento do nosso principal produto turístico (Sol

& Praia), como ajudar a combater a sazonalidade, ao captar novos fluxos turísticos.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 37Research Sectorial

Número de marinas com bandeira Azul por 1 000 Km de costa, 2006

(Unidades)

Número de marinas com bandeira Azul por NUTS II, 2006

(Unidade)

Portugal apresenta algumas deficiências na oferta de marinas e portos de abrigo de qualidade, sobretudo no Centro e Norte do país. Ao invés, na zona Sul do país algumas marinas, como a de Vilamoura (a maior do país com cerca de 1 000 postos de amarração), Lagos, Portimão e Albufeira, detêm não só infra-estruturas de apoio à náutica de recreio, como também hotéis, bares e restaurantes.

Fontes: Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE/FEE Portugal), CIA, ES Research – Research Sectorial.

F. Oceano Marinas e Portos de Abrigo.

1

5

4

1

Média Amostra = 10.3

Norte

Madeira

Algarve

Açores

51.5

24.5 24.018.0 13.7

10.56.8 6.1 3.3 2.1 1.9 1.1 0.8 0.6 0.5 0.2

Alem

anha

Fran

ça

Finl

ândi

a

Fran

ça

Espa

nha

Din

amar

ca

Itália

Portu

gal

Cro

ácia

Irlan

da

Turq

uia

Estó

nia

Rei

noU

nido

Islâ

ndia

Grá

cia

Nor

uega

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 38Research Sectorial

F. Oceano Oportunidades de Investimento.

1 Comissão Estratégica dos Oceanos, 2004.Fonte: Associação Nacional de Cruzeiros.

A renovação e exploração das infra-estruturas das marinas e portos de abrigo é uma possível área de negócio, salvaguardando a associação a projectos imobiliários e/ou animação turística, paralelamente com a actividade base de uma infra-estrutura portuária de recreio.Outras iniciativas, como a ampliação da duração da época balnear, e a realização de grandes eventos desportivos associados ao mar, como o campeonato do Mundo de Vela em 2007, poderão também contribuir para o sucesso do Turismo Oceânico1 nacional. Este campeonato implica um investimento de EUR 13.3 milhões, podendo vir a gerar, de acordo com a organização (Clube Naval de Cascais), cerca de EUR 50 milhões de receitas. Serão mais de mil barcos e 8 mil pessoas entre participantes, acompanhantes e jornalistas.

Marinas e Portos de Abrigo

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 39Research Sectorial

Número de praias com bandeira azul por NUTS II, 2006

(Unidade)

Evolução do número de praias com bandeira azul, 1987-2006(Unidades)

Portugal tem vindo a melhorar a gestão das suas zonas balneares, no que respeita à qualidade das águas, àlimpeza das praias, divulgação de informação ambiental e construção de equipamentos de apoio, como se pode comprovar pela evolução do número de bandeiras azuis que, entre 2000 e 2006, registou uma taxa de crescimento média anual de cerca de 7%. Esta realidade tem implicado a concretização de um conjunto de investimentos, promovidos por entidades públicas (municípios) e privadas, como por exemplo acessos àpraia por via pedestre e automóvel, instalações sanitárias com tratamento de águas residuais, equipamento de salvamento e primeiros socorros, sistemas de recolha de lixos.

Fonte: Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE/FEE Portugal).

F. Oceano Bandeira Azul.

71 68

107 101 96

50

102 96111 114 122 112 115

139 132144

169 165

194208

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

3517

4812

55

1526

Nor

te

Cen

tro

Lisb

oa

Alen

tejo

Alga

rve

Mad

eira

Açor

es

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 40Research Sectorial

Percentagem do total de praias com bandeira azul, 2003(Percentagens)

Em 2003, Portugal era o segundo país da UE-15 com melhores praias, sendo apenas ultrapassado pela Irlanda. Os resultados bastante superiores às grandes referências balneares europeias, como é o caso da Espanha, da França, da Itália e da Grécia, não só evidenciam a qualidade dos recursos balneares nacionais, como explicam a grande procura existente no segmento Sol & Praia.

Fonte: Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE/FEE Portugal).

F. Oceano Bandeira Azul.

55.7

38.5

21.7 19.3 18.415.7 13.8

8.1 7.02.8 2.0 1.9 1.5

Irlan

da

Portu

gal

Espa

nha

Gré

cia

Rei

no U

nido

Din

amar

ca

Bélg

ica

Fran

ça

Suéc

ia

Itália

Alem

anha

Hol

anda

Finl

ândi

a

Média Amostra = 15.9

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 41Research Sectorial

1. Portugal no Turismo Internacional .............................................................................................................. 2

2. O Turismo na Economia Portuguesa: Sectores e Oportunidades ⁄........................................................ 5

A. Alojamento .................................................................................................................................................................. 7

B. Mercados Emissores ................................................................................................................................................. 15

C. MICE ........................................................................................................................................................................... 22

D. Termas ........................................................................................................................................................................ 26

E. Golfe ............................................................................................................................................................................ 32

F. Oceano ........................................................................................................................................................................ 36

G. Turismo Residencial ................................................................................................................................................ 42

3. Notas Finais ⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄. 47

Turismo: uma marca nacional.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 42Research Sectorial

Centros Comerciais

G. Turismo residencial Conceito.

• Integra empreendimentos, infra-estruturas e serviços de apoio, serviços de entretenimento e

lazer, motivadores da fixação de residentes e incentivadores da permanência de estrangeiros

em território nacional.

O investimento imobiliário no turismo residencial pode ser utilizado:

• Como local de férias;

• Para usufruir de estadias de longa duração (para além do conceito de cerca de 1 mês de

férias);

• Como objectivo de no futuro vir a constituir-se como local de habitação permanente;

• Como investimento gerador de rendimento através do aluguer a terceiros.

Cluster Turismo Residencial

Con

ceit

o

Apartamentos

Casas Hotéis

Campos Golf

Centros Hípicos

Marinas Saúde e Bem-Estar

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 43Research Sectorial

G. Turismo residencial Oportunidades.

O número de proprietários estrangeiros em

Espanha é 24 vezes superior ao valor

português

Portugal Espanha

70 000 1 700 000

Antecipa-se um potencial de crescimento desta oferta em Portugal

de cerca de 300 mil novas casas

• Comparação do nº de proprietários estrangeiros em Portugal e Espanha, em 2005

• Crescente interesse dos ingleses pela 2ª casa localizada no estrangeiro

114.2

2.6 5.3

52.371.4

4.2 8.5

83.8

Itália Portugal França Espanha

20052010

Em 2005, cerca de 260 mil ingleses detinham casa no

estrangeiro (Espanha, França, Portugal e Itália concentravam

50% deste valor). Neste ano, Portugal representava 2% do

total. Perspectivando-se o aumento da procura, por parte de

ingleses, de 2ª residência no estrangeiro, e o facto do nosso

país se encontrar no top 3 do ranking das preferências dos

ingleses como país de destino, existe um elevado potencial de

crescimento da procura de turismo residencial no nosso país.

Ingleses que possuem casa em Espanha, França, Portugal e Itália, 2005-2010* (Milhares)

* Previsões

Fontes: ILM Hospitality & Tourism Adviser, Mintel, ES Research – Research Sectorial.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 44Research Sectorial

G. Turismo residencial Oferta estimada.

Até 2016, perspectiva-se que o turismo residencial capte

investimentos de cerca de EUR 12.7 mil milhões. Na Costa Azul

serão investidos cerca de EUR 2.5 mil milhões, representando

42% em termos do total das unidades construídas*.

Costa Azul22%

Algarve

10%

Costa Oeste 5%

Investimento (EUR Milhões)

Dimensão Total (hectares)

˘rea de construção

(milhares m2)

Total de Unidades

Zona Oeste 1 600 2 000 700 3 900Zona Ribatejo 1 500 2 000 370 2 300Costa Azul 2 500 10 000 5 250 15 800Costa Alentejana 1 500 20 700 300 1 200Alentejo 1 700 5 500 18 160 5 900Algarve 3 900 4 500 1 690 8 800Total 12 700 44 700 26 470 37 900

Alentejo12%

Costa Alentejana

46%

Ribatejo5%

Estimativa da oferta de resorts turísticos com componente Imobiliária a construir nos próximos 10 anos

Distribuição da oferta de resortsturísticos com componente imobiliária, segundo a dimensão total, a construir

nos próximos 10 anos

* Análise efectuada pela ILM relativa à oferta turística e residencial, igual ou superior a 70 ha, perspectivada para os próximos 10 anos, para as regiões analisadas (Costa Oeste, Ribatejo,

Costa Azul, Costa Alentejana, Alentejo e Algarve).

Fontes: ILM Hospitality & Tourism Adviser, ES Research – Research Sectorial.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 45Research Sectorial

G. Turismo residencial vantagens.

• Efeito multiplicador na economia através da atracção de investimento

estrangeiro e da criação de emprego;

• Promoção do ordenamento do território e preservação do ambiente;

• Redução do nível de sazonalidade;

• Promoção de procura por parte de consumidores com maior poder de compra,

aumentando por isso, a receita média por residente;

• Captação de investimento estrangeiro por parte da geração dos babyboomersque se encontram, actualmente, a atingir a idade da reforma. Este universo de

indivíduos procura preferencialmente um produto com a envolvência que o

turismo residencial oferece.

Turismo Residencial

Van

tage

ns

O nosso país e, neste caso específico, a região de Lisboa, deverão tirar partido das vantagens competitivas que apresentam face a outras

regiões estrangeiras, como o clima, a segurança, a proximidade à costa, a hospitalidade natural, entre outras.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 46Research Sectorial

1. Portugal no Turismo Internacional ............................................................................................................... 2

2. O Turismo na Economia Portuguesa: Sectores e Oportunidades ............................................................ 5

A. Alojamento .................................................................................................................................................................. 7

B. Mercados Emissores ................................................................................................................................................. 15

C. MICE ........................................................................................................................................................................... 22

D. Termas ........................................................................................................................................................................ 26

E. Golfe ............................................................................................................................................................................ 32

F. Oceano ........................................................................................................................................................................ 36

G. Turismo Residencial ................................................................................................................................................. 42

3. Notas Finais ⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄⁄ 47

Turismo: uma marca nacional.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 47Research Sectorial

3. Notas Finais.Apesar da reduzida dimensão, o nosso país apresenta características naturais e culturais que o têm tornado um importante destino turístico. Em 2004, Portugal situou-se na 20ª posição no ranking1

mundial de destinos turísticos, medido pelo número de entradas de turistas, menos 5 posições que em 1998.

Tendo em conta o destaque que Espanha assume no turismo internacional, situando-se, em 2004, na 2ª posição1 no ranking mundial de destinos turísticos (em termos do número de entradas de turistas), mantendo a posição de 1998, o nosso país poderá tirar vantagens, pela proximidade, via divulgação e promoção turísticas de base ibérica.

Importância dos estabelecimentos hoteleiros.

No que se refere às infra-estruturas turísticas de maior relevância no nosso país, os estabelecimentos hoteleiros constituem o subsector de alojamento turístico colectivo mais relevante, seguido dos parques de campismo, representando cerca de 50% do total de estabelecimentos. Lisboa e o Algarve são as regiões com maior capacidade de alojamento e procura, apresentando também os melhores resultados quer de proveitos totais, quer de aposento. Os não residentes são responsáveis por 2/3 das dormidas, sendo o Reino Unido, a Alemanha, a Espanha e a Holanda os principais mercados emissores.

1 WTO.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 48Research Sectorial

3. Notas Finais.Novos mercados emissores, o destaque dos turistas chineses.

Apesar do forte peso dos turistas espanhóis no total de turistas não residentes em Portugal, em média os hóspedes originários de Espanha permanecem apenas 2.4 noites nos estabelecimentos hoteleiros nacionais. Tendo em conta que os turistas irlandeses, apesar do reduzido peso no total de dormidas adquiridas nos estabelecimentos hoteleiros portugueses permanecem, em média, 6.8 noites, poderá admitir-se que este será um dos novos mercados para o qual Portugal deverá direccionar a sua oferta turística no futuro. O mercado chinês, um “novo” emissor de turistas, merece toda a atenção. As presentes perspectivas da Organização Mundial do Turismo avançam que a República Popular da China deverá ser um dos mercados emissores de turistas mais relevantes a nível mundial

Novos segmentos da oferta turística.

MICE (Meetings, Incentives, Conventions, Exhibitions)

O turismo de negócios tem vindo a apresentar um relevante sucesso no nosso país, destacando-se Lisboa como principal destino escolhido. No entanto, será necessária a adopção de novas estratégias de promoção deste produto, de forma a possibilitar que o país apresente elevados níveis de atractividade à realização destes eventos.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 49Research Sectorial

3. Notas Finais.Golfe em Portugal.No que se refere ao golfe como pólo gerador de turismo, esta actividade desportiva apresenta-se como de elevada importância, nomeadamente no Algarve, região onde as condições climatéricas e a oferta de campos propiciam a prática deste desporto. Esta situação, aliada ao facto de os países com maior número de praticantes desta modalidade na Europa escolherem o nosso país como destino de preferência, confere um enorme potencial de crescimento a este produto turístico no futuro, assim como ao sector imobiliário, já que 25% dos praticantes de golfe se instalam em casa própria.

Turismo de Bem–Estar.As alterações legislativas e organizacionais da actividade termal em Portugal visam

potenciar a criação de uma diversidade de produtos turísticos aliados a práticas de cuidados de saúde e terapêuticas de bem-estar, tanto para o mercado interno como externo.

Turismo Oceânico.O relatório da Comissão Estratégica dos Oceanos e os objectivos traçados, sobretudo a promoção da marca Portugal no país e no estrangeiro através da criação e promoção de um produto turístico associado ao mar, deverão permitir que Portugal se afirme, cada vez

mais, no cenário turístico mundial.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 50Research Sectorial

3. Notas Finais.

Em 1998, a Comissão Europeia publicou “The Europeans on Holidays”, um estudo baseado em inquéritos efectuados aos turistas europeus de forma a caracterizar a procura por este tipo de serviço. As principais conclusões retiradas, nomeadamente, o facto de Agosto ser o mês de férias de eleição dos europeus, o tipo de destino eleito ser o mar (63%) e os principais critérios envolvidos na escolha do destino serem o cenário (49%), o clima (45%) e o interesse histórico (31%), fazem com que, se estes vectores forem devidamente explorados e promovidos, possam vir a conferir a Portugal algumas vantagens comparativas face aos restantes destinos turísticos.

Por todas as razões apresentadas, nos próximos anos, o sector do turismo em Portugal pode ganhar uma cada vez maior importância, tanto em termos da criação de valor, como de emprego, como ainda da própria promoção do país. Esta situação poderá, juntamente com políticas orientadas para a criação de riqueza e a prossecução de um crescimento económico robusto e sustentado, do aumento da produtividade, da consolidação das contas públicas e da criação de emprego, impulsionar a nossa economia, melhorando o nível de vida da população para a média da União Europeia – isto é, acelerar o chamado processo de convergência real.

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Turismo: uma marca nacional. Oportunidades de Negócio. Setembro 2006 51Research Sectorial

Director - Coordenador Miguel Frasquilho [email protected]

DirecçãoResearch Sectorial

Miguel Malaquias Pereira

Artur Alves Pereira

[email protected]

[email protected]

Francisco Mendes Palma [email protected]

Susana Barros msbarros @bes.pt