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-- 1, y^_ i. C7 •• ,<•- % '-f i& Anno IIIRio Grande do Norte—Natal—Sabbado, 24 de Maio de 1890. N. 168 _-_-_B/ ^_-___l____---¦S _____ P___fi__l/ a^^B ¦__H _K/ ^_______i _______¦______¦ L______¦/ h______í . '"A: $s DO natal ORDEM E PROGRESSO '¦.<h •'. : _> : È^eriptorio e redacçãor Rita Visconde' do Rio Branco n. 35 Capital... 6$ooo | Interior,......;. 6$ooo PUBLICA-SE AOS* SABBÂDOS—NUMEftâ AVULSO 100 RÉIS Escriptorio e redacção Rua Visconde do Rio Branco n. 35 GAZETA Dff NATAL A"'- ¦' ¦ " ' ¦¦¦ :;: ~r\ ¦ í O Plebiscito k.Gasetçt, de Noticias, do Rio, o Jornal do Recife e alguns; outros - importantes órgãos da imprensa têm publicado o interessante artigo, que sobrei a epigraphe—O. Plebiscito—escreveo n'aqüella Gaseta de 29 do mez passado sob n. 119, p conspicuo e illustrádo sr. conselhei- ro, cidadão C. B. Ottoni. Por.nossa yêz passamos também para as columnas nossa Gaseta aquelle importante documento: Eil-o:;7 : « Acabo de ler esta noticia :. «Âtè hontem o Correio Paulistano havia recebido 343' respostas á consulta que fizera sobre o melhor modo de seradoptada a nossa jConStituifcão, distribuindo-se os votos pela -maneira seguinte: , Plebiscito184 Decretação '...'.' A,121 Constituinte ' ''. 36 Sem, conclusão ,.A viva sorpréza que me causa esta estatística de votos inspira-me o desejo de interpor tam- .bem a minha humilde opinião. À razão capital que atlegam todos os que opinam pelo plebiscito, è a necessidade, em verdade urgente e indiclinavel, de pôr termo à dictadura revolucionaria e abreviar a orga- nisaçâo definitiva da nossa democracia. Más o modo curial e sincero de preencher este desideratum não é o plebiscito, è assumir o governo provisório a coragem da sua res- ponsabilidaae, decretar a Constituição e man- -dnr-elegeino~Corp"o~ legislativo, na fôrma por ella prescripta. E'' razoável e conveniente que no decurso da Ia legislatura tenha a assemblèa eleita o direito de- emendar à lei fundamental, que aliás desde a decretação terá entrado em pleno vigor. ¦ A's reformas, até agora promulgadas pelo governo provisório, não permittem duvidar-se que a Constituição por elle approvada orga- nisárá uma democracia federalista. E porque razão; ò Poder que abolio o Senado, vitalicio, que separou a igreja do Estado, que decretou o alargamento dos sutfragios, que reforma todasas instituições, porque-razão não conso- lidará a sua obra, promulgando a Consti- tuição?, O plebiscito, desculpem-me as illustraçoes que o aconselham, parece-me uma zombaria. Suppondo que em todo o paiz sejam quali- ficados 300,000 eleitores, haverá entre elles trinta mil. vinte-mil, dez mil ao menos, que tenham lido a Constituição offerecida, e sejam aptos para proferir um sim ou não conscieh- cioso? A negativa è da maior evidencia. E, pois, a quê* se reduz a supposta consulta á nação ? Mas, ainda concedendo á'massa do eleito- rado illustração suflioiente' para responder curialmente à consulta, as círcumstancias em que esta è formulada desmoralisam de todo a supposta approvacão nacional. No opusculo que ultimamente publiquei sob o titulo—Advento da Republica no Brasil— com ò direito, segundo as ordens em vigor, ás agarrar um suspeito e mandal-o para ser processado na Capital Federai. \ -..-. ¦.' 1> Consuma á nação sob taes auspícios póde-se considerar cóusa séria ? Promulgada a Constituição, o governo pro- visoriosem duvida se reconhecerá obrigado a respeital-a : terá nobremente abdicado a dic- tadura; e "õs decretos de 23 de Desembro e 29 de Março estarão revogados, è pode esperar- alguma liberdade nas eleições. isto è impossível, se as circumstáncias exigem a continuidade da actual situação, ver- dadeiro estado de sitio, nesse caso deixamo- nos de Constituição e de eleições» -,-.«*,««***, O plebiscito, seja-me tolerada a franqueza, parece-me um plagio da hypocrisia de Napo- leão III.—Petropolis, 27 Abril de 1890.—C. B. Ottoni.-» mm Ignacio Bafboza, João Bakker, Mathias Carlos de Vasconcelos Monteiro, Francisco Xavier de Fi^tS^^^óa^iíaó^^ João 'Olympio de Oliveira Mendes, 2o escriptürario do thesouro deste Es- tado.- AAiA- A'-.. ^aA -Parabéns. »•€»- Apody De nosso estimavel e dedicado amigo, Fer- reira Pinto, recebemos a 17 do corrente o se- guinte telegramma por intermédio da estação de Mossoró:- *_ « M Gaveta do Natal. Maioria commissão districtal indeferindo acintosamente petições de firmas reconhecidpfeipor tabellião, convidando peticionarios a pj?deitarem exame, lendo Regu- lamento, ao passo que tudo se dispensa aos seus phosphoricos amigos. Promotor é quem dita os despachos. Aguarde documentos.» escrevi o seguinte « Insisti em apreciar o decreto de 23 de De- zembro, especialmente por causa das eleições a que vai proceder-se.—Que valor moral terá o pronunciamento das urnas, realisado sob as ameaças daquellé decreto ? « A primeira e a mais efflcaz garantia da li- herdade das urnas é a liberdade da imprensa, e a imprensa está amordaçada.» Estava o escripto no prelo quando o gover- no provisório mandou declarar pelo Diário official que, em relação á imprensa o decreto não altera o regimen de liberdade e responsa- bilidade anterior a elle. Entretanto» esta declaração tranquillisadora foi hülliíicádã pelo decreto de 29 de -Maxçcv que declara sugeitos ao regimen do de 23 de Dezembro todos aquelles que derem origem 7ou.concorrem pela imprensa por telegramma e por outro qualquer modo, para pôr em eir culação falsas noticias e boatos alarmantes, dentro ou fora do paiz, como sejam os que se referirem à disciplina, dos corpos militares, á estabilidade das instituições e á ordem pu- blica.- . Exclue apenas da generalidade desta dispo- sição a analyse ou discussão oral ou escripta, por mais severa que seja, sobre os actos do governo, « contanto que não contenha injuria pessoal. » . . Fique bem claro, que não censuro, nem . applaudo as decretações de 23 de Dezembro e de 29 de Março: faltam-nos a todos nós. basessufficient.es para julgar esses actos; e não se deve desconhecer! que a situação pôde ter exigências tão extraordinárias como ella. Mas e também certo que ainda não entra- mos em regimen de liberdade, que moralise uma consultaàs urnas. Surgirão de toda a parte candidaturas : mui- tas hão de ser protegidas pelos governadores semi-dictadoriaes dos Estados, cada um delles Padre João Manoel Do Diário de Noticias, jornal da tarde,que se publica na capital do Estado de S. Paulo, ex- trahimos um trecho da correspondência dirigida da cidade do Amparo ao mesmo jornal, a respei- to dos relevantes serviços prestados aquella fre- guezia, no curto espaço de seu parochiato, por aquelle illustrádo e distineto sacerdote: « Em boa hora o nosso bondoso prelado cort- fiou os destinos desta importante parochia ao digno sacerdote exm. sr. padreloão Manoel de Carvalho, ex-deputado geral pelo Rio Grande do Norte, e um dos ornamentos-da-nossa-tribu- na parlamentar, e também uma das glorias do púlpito brazileiro. 0 novo vigário foi aqui recebido de braços abertos por este povo hospitaleiro, que sabe aquilatar o merecimento dos homens de bem e fazer-lhes as honras que lhes são devidas. O novo vigário veio encontrar a descrença no seio do povo, que ha muitos annos habituara a vêr nos seus pastores, não os representantes de Christo sobre a -'terra, mas homens cheios de am- bicão e completamente indiíferentes à sorte do Christianismo. 0 nosso templo estava transformado em mer- cado de gêneros alimentícios, nos dias santifica- dos accumulavam-se na igreja os italianos com os gêneros que tinham para vender, e os depo- sitavam na porta principal do templo, e atè no centro da casa de Deus! As famílias ha muito tempo que deixaram deD freqüentar a igreja, por não haver alli distinc- ção alguma entre pessoas de posição social. Nas oceasiões em que se celebravam os offici- os divinos era impossível ouvir-se com respeito a palavra do sacerdote, porque havia úm susur- ro insupportavel e uma conversação animada e desrespeitosa, O novo vigário ao tomar posse de sua paro- chia reconheceu a difficuldade de sua posição, e a grandeza dos sacrifícios que tinha desfazer ^-fl#^*' . «Confundido o meu com o vosso regosijo» eu vos felicito pela nova phase de vida que se offerece a vossos passos, e ^e^Q^rmioaR ($&<*¦ vidando-vos a saudar os grandes motores do momentoso acontecimento que ora feste- jamOs. «Salve.tres vezes salve, oh! Pátria Brasileira.' « Oh ! seu democrático Governo ! « Salve oh Estado Federal do Amazonas 1... «Vivao Governador Villeroy/... « Viva o cidadão José Francisco Monteiro !..» '«¦JSBC-i Consta que vae ser nomeada unia commissão presidida pelo Sr. General José Simeão, ajudan- te-generãl d<"> exercito, ecompOBta dos Srs Te- nentes-coroneis Antônio Moreira Cezar e Mari- nho da Silva e capitão Gabino Bezouro. aíim de estudar a reorganisação do exercito apresentados pela commissão presidida pelo marechal Floria- no Peixoto, ficando a nova commissão encarre- gada de formular os respectivos regulamentos. para chamar o povo ao cumprimento de seus deveres roligiozos, restabelecer a ordem na casa do Senhor. Sem empregar meios violentos, seTvihdõ^sê" da sua palavra sempre eloqüente, s. revdma. tem conseguido expulsar do templo os mercado- res, separar as classes sociaes de modo a iica- rem as famílias em perfeita segurança, dando a todos os logares que lhes são apropriados. Ao principio estas medidas produziram ai- guns desgostos, mas em breve se fez justiça ás intenções do digno vigário, e hoje todos osVer- dadeiros catholicos applaudem as'reformas fei- jas_por_sua revdma. Quem assistir hoje na matriz a uma festivida- de religiosa ficará maravilhado ao observar a ordem que alli reíi^a, o respeito que se vota ao vigário, e o silencio profundo com que são ouvi- das as palavras dos oradores sagrados. A prova irrefragavel da verdade deste asserto está no facto da grande concurrencia que hoje se nas festas, e nas missas conventuaes. A igreja está sempre repleta de fieis que ali vão, certos de ouvir as prèdicas de um sacerdote, que reúne a um talento transcendente uma erudição vastíssima.V., Parabéns ao Amparo, por possuir um. viga- rio da estatura do revdmo. padre Joào Manoel.» NOMEAÇÕES o Por telegrammas particulares recebidos do Rio, consta que fora promovido a escriptu- rarip da alfândega desta cidade, o 2o, capitão Bonifácio Francisco Pinheiro da Gamara, e que foram nomeados 20s escripturarios da mesma alfândega e thesouraria, os cidadãos Manoel O governo vae prolongar o prazo para a gran- de naturálisação e facultar aos estrangeiros o meio de poderem fazer as suas declarações nos respectivos consulados. Sobr_e esta-noticia acerpscen.t.oii_GL£aiz. «Consta-nos que a prorogação do prazo mar- cado para a opção de nacionalidade, conforme o decreto de 15 de Dezembro, será de mais seis mezes. Oe cidadãos estrangeiros poderão fazer a de- claração de que trata o mesmo decreto n s ress pectivos consulados ou perante os tabeliães do termo da sua. residência.» VILLA DE HUMAYTHA . ' No dia Io ue Março próximo passado foi installada a nova villa de Humaytha no Estado do Amazonas, Foi um dia festival e de grande regosijo para os povos d'aquella rica e importante zona agrícola e commercial. Entre os muitos e distinetos cavalheiros que se acharam presentes aquelle acto solemne, destinguiu-se o nosso comprovinciano e amigo o talentoso joven Joaquim da Fonseca Bar- boza Tinoco, digno secretario da respectiva intendencia municipal, o qual, segundo refere o Commercio do Amasonas *n. Í87, proferio n'aquella oceasião o seguinte discurso, que com prazer transcrevemos em nossa revista de hoje : « Cidadãos e amigos ! « As grandes phases na vida da humanidade assignalam-se por acontecimentos que, como o de hoje, revelam o adiantamento de um povo, a conquista das liberdades publicas! Em torno dessa auri fulgente bandeira hasteada MINISTÉRIO M JUSTIC4 O ministério dos negócios da jus- tiça expedio a seguinte circular aos governadores dos diversos Estados : «Sendo conveniente que os juizes de direito de casamentos entrem no exercicio do seu cargo com a maior brevidade possivel, afim de provi^ denciarem sobre o preparo dos li- vros respectivos e necessários, daca- sa de audiências, recommendo-vos que não demoreis a nomeação do official do registro, escrivão do mes- mo juizo e a designação na forma do art. 196 do( regulamento n. 120 de 31 de Janeiro de 1812, do edifício em qu^evêiíifunccionar as ditas auioririades, as quaes immediata- mente dareis posse. «Saüde e fraternidade.—M. Fer- raz de Campos Salles.» ¦«a»e»- ha um século pela nação—exempla—todos 6W povos secongrassam em uma familia para cumprirem e realisarem na terra a missão do Homem-Deus—Fraternidade e.amor!... Nesta consubstaneiação de idéas, que attestão a vi- talidade da intelligencia humana, as naciona- lidades se abração, as indivicluliades sefrater- nisão e todos os homens conhecem um uni- co itinerário—ProgressoeLiberdade!... « Cidadãos ! O acto que festejais hoje è uma repercussão viva da faustosa e ingente evolu- ção que transformou a vida de nossa Pátria, inoculando e alimentando nos i-spiritos os princípios da igualdade e da justiça! « A transformação desta localidade em mu nicipio independente, è a confirmação não do vosso adiantamento na senda da civilisação, como também do mais sagrado direito—o da direcção livre dos municípios !—E*a revelação do patriotismo de que se acham possuídos os depositários do poder publico! O governo Federal do vps&o Estado, promulgando o de- oreto da elevação desta freguezia aos foros de villa, lega seu nome à posteridade, é, mais ain- da, vos convida ao grande banquete social, exigindo de vós a dedicação á causa publica c o devotamento aos interesses da Pátria ! « Nascido longe do vosso solo natal, n'um desses pequenos Estados, quasi esquecido na grande nacionalidade brazileira, aprendi nos primeiros passos da vida a comprehender os sacrosantos princípios da democracia:—Si o.s povos são irmãos, a pátria do homem está comsigo. « Eu me consórcio á vossa.festa como se ella fosse minha, e considero-me tão filho do solo amazonense, como o sou do Rio Grande do Norte. « Si assistis hoje á confirmação dos vossos direitos e da mais legitima aspiração, estaes por certo compenetrados também dos deveres do eidadiioou de homem civilisado. RIOGtUNDE DO SUL O clero do Estado do Rio Grande do Sul tenciona pleitear as eleições, adoptando somente as candidaturas de representantes-seusy-ou-de-quem— tome compromissos de advogar os interesses da igreja. Os antigos republicanos do Rio Grande do Sul assim se manifesta- ram em um telegramma ao governo sobre a promulgação da constituin- te definitiva da republica : «Attendendo á necessidade pro- clamada pelo governo de entrar a nação no regimem ordinário, além de outros motivos, pensamos que a constituição aeve ser decretada ou mesmo votada por pebliscito. Jül-f gamos, entretanto, de necessidade substancial a mais ainda,fazendo-a primeiro redigir por uma grandí commissão nacional, representando mais ou menos todos os Estados, de- pois dando a maior publicidade ao projecto antes da sua acceitação., A commissão deve ser nomeada pelo governo, que nas presentes circumstáncias suppõe-se ter o su- premo critério, podendo ouvir o governo de todos os Estados. Con- vém não esquecer que, por sim ou. por não, sem estas medidas preli- mina res, a nação poderá dar o seu pensamento.—General João Frota.- Júlio de Caslühos.—Antão de Faria.— A ms. Brazil.—Ernesto Abes.» ; «Ectào Popular» É este o titulo de um bem elabo- rado jornal órgão das classes opera- rias, industria! e comercial que veio a' luz-na capital federal. ILEGÍVEL

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Anno III Rio Grande do Norte—Natal—Sabbado, 24 de Maio de 1890. N. 168

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PUBLICA-SE AOS* SABBÂDOS—NUMEftâ AVULSO 100 RÉIS

Escriptorio e redacçãoRua Visconde do Rio Branco n. 35

GAZETA Dff NATALA"'- ¦' ¦ " ' ¦¦¦ :;: ~r\ ¦

í O Plebiscitok.Gasetçt, de Noticias, do Rio, o Jornal do

Recife e alguns; outros - importantes órgãos daimprensa têm publicado o interessante artigo,que sobrei a epigraphe—O. Plebiscito—escreveon'aqüella Gaseta de 29 do mez passado sobn. 119, p conspicuo e illustrádo sr. conselhei-ro, cidadão C. B. Ottoni.

Por.nossa yêz passamos também para ascolumnas dé nossa Gaseta aquelle importantedocumento:Eil-o:; 7 :« Acabo de ler esta noticia :.«Âtè hontem o Correio Paulistano havia

recebido 343' respostas á consulta que fizerasobre o melhor modo de seradoptada a nossajConStituifcão, distribuindo-se os votos pela-maneira seguinte:

, Plebiscito 184Decretação '...'.' A, 121Constituinte ' ''.

36Sem, conclusão ,. 2»

A viva sorpréza que me causa esta estatísticade votos inspira-me o desejo de interpor tam-

.bem a minha humilde opinião.À razão capital que atlegam todos os que

opinam pelo plebiscito, è a necessidade, emverdade urgente e indiclinavel, de pôr termoà dictadura revolucionaria e abreviar a orga-nisaçâo definitiva da nossa democracia.

Más o modo curial e sincero de preenchereste desideratum não é o plebiscito, è assumiro governo provisório a coragem da sua res-ponsabilidaae, decretar a Constituição e man--dnr-elegeino~Corp"o~ legislativo, na fôrma porella prescripta.E'' razoável e conveniente que no decursoda Ia legislatura tenha a assemblèa eleita odireito de- emendar à lei fundamental, quealiás desde a decretação terá entrado em plenovigor. ¦

A's reformas, até agora promulgadas pelogoverno provisório, não permittem duvidar-seque a Constituição por elle approvada orga-nisárá uma democracia federalista. E porquerazão; ò Poder que abolio o Senado, vitalicio,que separou a igreja do Estado, que decretouo alargamento dos sutfragios, que reformatodasas instituições, porque-razão não conso-lidará a sua obra, promulgando a Consti-tuição?,

O plebiscito, desculpem-me as illustraçoesque o aconselham, parece-me uma zombaria.

Suppondo que em todo o paiz sejam quali-ficados 300,000 eleitores, haverá entre ellestrinta mil. vinte-mil, dez mil ao menos, quetenham lido a Constituição offerecida, e sejamaptos para proferir um sim ou não conscieh-cioso?

A negativa è da maior evidencia. E, pois,a quê* se reduz a supposta consulta á nação ?

Mas, ainda concedendo á'massa do eleito-rado illustração suflioiente' para respondercurialmente à consulta, as círcumstancias emque esta è formulada desmoralisam de todoa supposta approvacão nacional.

No opusculo que ultimamente publiquei sobo titulo—Advento da Republica no Brasil—

com ò direito, segundo as ordens em vigor,ás agarrar um suspeito e mandal-o para serprocessado na Capital Federai. \ -..-. ¦.' 1>

Consuma á nação sob taes auspícios póde-seconsiderar cóusa séria ?Promulgada a Constituição, o governo pro-visoriosem duvida se reconhecerá obrigado a

respeital-a : terá nobremente abdicado a dic-tadura; e "õs decretos de 23 de Desembro e 29de Março estarão revogados, è pode esperar-sé alguma liberdade nas eleições.

Sé isto è impossível, se as circumstánciasexigem a continuidade da actual situação, ver-dadeiro estado de sitio, nesse caso deixamo-nos de Constituição e de eleições» -,-.«*,««***,

O plebiscito, seja-me tolerada a franqueza,parece-me um plagio da hypocrisia de Napo-leão III.—Petropolis, 27 dê Abril de 1890.—C.B. Ottoni.-»

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Ignacio Bafboza, João Bakker, Mathias Carlosde Vasconcelos Monteiro, Francisco Xavier deFi^tS^^^óa^iíaó^^ João 'Olympio de OliveiraMendes, 2o escriptürario do thesouro deste Es-tado.- -¦ AAiA- A'-.. ^aA-Parabéns.

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ApodyDe nosso estimavel e dedicado amigo, Fer-

reira Pinto, recebemos a 17 do corrente o se-guinte telegramma por intermédio da estação deMossoró: - *_

« M Gaveta do Natal. Maioria commissãodistrictal indeferindo acintosamente petições defirmas reconhecidpfeipor tabellião, convidandopeticionarios a pj?deitarem exame, lendo Regu-lamento, ao passo que tudo se dispensa aos seusphosphoricos amigos. Promotor é quem dita osdespachos. Aguarde documentos.»

escrevi o seguinte« Insisti em apreciar o decreto de 23 de De-

zembro, especialmente por causa das eleiçõesa que vai proceder-se.—Que valor moral terá

o pronunciamento das urnas, realisado sob asameaças daquellé decreto ?

« A primeira e a mais efflcaz garantia da li-herdade das urnas é a liberdade da imprensa,e a imprensa está amordaçada.»

Estava o escripto no prelo quando o gover-no provisório mandou declarar pelo Diárioofficial que, em relação á imprensa o decretonão altera o regimen de liberdade e responsa-bilidade anterior a elle.

Entretanto» esta declaração tranquillisadorafoi hülliíicádã pelo decreto de 29 de -Maxçcvque declara sugeitos ao regimen do de 23 deDezembro todos aquelles que derem origem

7ou.concorrem pela imprensa por telegrammae por outro qualquer modo, para pôr em eirculação falsas noticias e boatos alarmantes,dentro ou fora do paiz, como sejam os que sereferirem à disciplina, dos corpos militares, áestabilidade das instituições e á ordem pu-blica. - .

Exclue apenas da generalidade desta dispo-sição a analyse ou discussão oral ou escripta,por mais severa que seja, sobre os actos dogoverno, « contanto que não contenha injuriapessoal. » . .

Fique bem claro, que não censuro, nem. applaudo as decretações de 23 de Dezembro e

de 29 de Março: faltam-nos a todos nós.basessufficient.es para julgar esses actos; enão se deve desconhecer! que a situação pôdeter exigências tão extraordinárias como ella.

Mas e também certo que ainda não entra-mos em regimen de liberdade, que moraliseuma consultaàs urnas.

Surgirão de toda a parte candidaturas : mui-tas hão de ser protegidas pelos governadoressemi-dictadoriaes dos Estados, cada um delles

Padre João ManoelDo Diário de Noticias, jornal da tarde,que

se publica na capital do Estado de S. Paulo, ex-trahimos um trecho da correspondência dirigidada cidade do Amparo ao mesmo jornal, a respei-to dos relevantes serviços prestados aquella fre-guezia, no curto espaço de seu parochiato, poraquelle illustrádo e distineto sacerdote:

« Em boa hora o nosso bondoso prelado cort-fiou os destinos desta importante parochia aodigno sacerdote exm. sr. padreloão Manoel deCarvalho, ex-deputado geral pelo Rio Grandedo Norte, e um dos ornamentos-da-nossa-tribu-na parlamentar, e também uma das glorias dopúlpito brazileiro.

0 novo vigário foi aqui recebido de braçosabertos por este povo hospitaleiro, que sabeaquilatar o merecimento dos homens de bem efazer-lhes as honras que lhes são devidas.

O novo vigário veio encontrar a descrença noseio do povo, que ha muitos annos habituara avêr nos seus pastores, não os representantes deChristo sobre a -'terra, mas homens cheios de am-bicão e completamente indiíferentes à sorte doChristianismo.

0 nosso templo estava transformado em mer-cado de gêneros alimentícios, nos dias santifica-dos accumulavam-se na igreja os italianos comos gêneros que tinham para vender, e os depo-sitavam na porta principal do templo, e atè nocentro da casa de Deus!

As famílias ha muito tempo que deixaram deDfreqüentar a igreja, por não haver alli distinc-ção alguma entre pessoas de posição social.

Nas oceasiões em que se celebravam os offici-os divinos era impossível ouvir-se com respeitoa palavra do sacerdote, porque havia úm susur-ro insupportavel e uma conversação animada edesrespeitosa,

O novo vigário ao tomar posse de sua paro-chia reconheceu a difficuldade de sua posição, ea grandeza dos sacrifícios que tinha desfazer

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. «Confundido o meu com o vosso regosijo»eu vos felicito pela nova phase de vida que seofferece a vossos passos, e ^e^Q^rmioaR ($&<*¦vidando-vos a saudar os grandes motoresdo momentoso acontecimento que ora feste-jamOs.«Salve.tres vezes salve, oh! Pátria Brasileira.'

« Oh ! seu democrático Governo !« Salve oh Estado Federal do Amazonas 1...«Vivao Governador Villeroy/...« Viva o cidadão José Francisco Monteiro !..»

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Consta que vae ser nomeada unia commissãopresidida pelo Sr. General José Simeão, ajudan-te-generãl d<"> exercito, ecompOBta dos Srs Te-nentes-coroneis Antônio Moreira Cezar e Mari-nho da Silva e capitão Gabino Bezouro. aíim deestudar a reorganisação do exercito apresentadospela commissão presidida pelo marechal Floria-no Peixoto, ficando a nova commissão encarre-gada de formular os respectivos regulamentos.

para chamar o povo ao cumprimento de seusdeveres roligiozos, restabelecer a ordem na casado Senhor.

Sem empregar meios violentos, seTvihdõ^sê"da sua palavra sempre eloqüente, s. revdma.tem conseguido expulsar do templo os mercado-res, separar as classes sociaes de modo a iica-rem as famílias em perfeita segurança, dando atodos os logares que lhes são apropriados.

Ao principio estas medidas produziram ai-guns desgostos, mas em breve se fez justiça ásintenções do digno vigário, e hoje todos osVer-dadeiros catholicos applaudem as'reformas fei-jas_por_sua revdma.

Quem assistir hoje na matriz a uma festivida-de religiosa ficará maravilhado ao observar aordem que alli reíi^a, o respeito que se vota aovigário, e o silencio profundo com que são ouvi-das as palavras dos oradores sagrados.

A prova irrefragavel da verdade deste assertoestá no facto da grande concurrencia que hojese dá nas festas, e nas missas conventuaes. Aigreja está sempre repleta de fieis que ali vão,certos de ouvir as prèdicas de um sacerdote, quereúne a um talento transcendente uma erudiçãovastíssima. • V. ,

Parabéns ao Amparo, por possuir um. viga-rio da estatura do revdmo. padre Joào Manoel.»

NOMEAÇÕESo

Por telegrammas particulares recebidos doRio, consta que fora promovido a T° escriptu-rarip da alfândega desta cidade, o 2o, capitãoBonifácio Francisco Pinheiro da Gamara, e queforam nomeados 20s escripturarios da mesmaalfândega e thesouraria, os cidadãos Manoel

O governo vae prolongar o prazo para a gran-de naturálisação e facultar aos estrangeiros omeio de poderem fazer as suas declarações nosrespectivos consulados.

Sobr_e esta-noticia acerpscen.t.oii_GL£aiz.«Consta-nos que a prorogação do prazo mar-

cado para a opção de nacionalidade, conforme odecreto de 15 de Dezembro, será de mais seismezes.

Oe cidadãos estrangeiros poderão fazer a de-claração de que trata o mesmo decreto n s resspectivos consulados ou perante os tabeliães dotermo da sua. residência.»

VILLA DE HUMAYTHA .' No dia Io ue Março próximo passado foi

installada a nova villa de Humaytha no Estadodo Amazonas,

Foi um dia festival e de grande regosijo paraos povos d'aquella rica e importante zonaagrícola e commercial.

Entre os muitos e distinetos cavalheirosque se acharam presentes aquelle acto solemne,destinguiu-se o nosso comprovinciano e amigoo talentoso joven Joaquim da Fonseca Bar-boza Tinoco, digno secretario da respectivaintendencia municipal, o qual, segundo refereo Commercio do Amasonas *n. Í87, proferion'aquella oceasião o seguinte discurso, quecom prazer transcrevemos em nossa revistade hoje :

« Cidadãos e amigos !« As grandes phases na vida da humanidade

assignalam-se por acontecimentos que, comoo de hoje, revelam o adiantamento de um povo,a conquista das liberdades publicas! Emtorno dessa auri fulgente bandeira hasteada

MINISTÉRIO M JUSTIC4O ministério dos negócios da jus-

tiça expedio a seguinte circular aosgovernadores dos diversos Estados :

«Sendo conveniente que os juizesde direito de casamentos entrem noexercicio do seu cargo com a maiorbrevidade possivel, afim de provi^denciarem sobre o preparo dos li-vros respectivos e necessários, daca-sa de audiências, recommendo-vosque não demoreis a nomeação doofficial do registro, escrivão do mes-mo juizo e a designação na formado art. 196 do( regulamento n. 120de 31 de Janeiro de 1812, do edifícioem qu^evêiíifunccionar as ditasauioririades, as quaes immediata-mente dareis posse.

«Saüde e fraternidade.—M. Fer-raz de Campos Salles.»

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ha um século pela nação—exempla—todos 6Wpovos secongrassam em uma só familia paracumprirem e realisarem na terra a missão doHomem-Deus—Fraternidade e.amor!... Nestaconsubstaneiação de idéas, que attestão a vi-talidade da intelligencia humana, as naciona-lidades se abração, as indivicluliades sefrater-nisão e todos os homens só conhecem um uni-co itinerário—ProgressoeLiberdade!...

« Cidadãos ! O acto que festejais hoje è umarepercussão viva da faustosa e ingente evolu-ção que transformou a vida de nossa Pátria,inoculando e alimentando nos i-spiritos osprincípios da igualdade e da justiça!

« A transformação desta localidade em municipio independente, è a confirmação não sódo vosso adiantamento na senda da civilisação,como também do mais sagrado direito—o dadirecção livre dos municípios !—E*a revelaçãodo patriotismo de que se acham possuídos osdepositários do poder publico! O governoFederal do vps&o Estado, promulgando o de-oreto da elevação desta freguezia aos foros devilla, lega seu nome à posteridade, é, mais ain-da, vos convida ao grande banquete social,exigindo de vós a dedicação á causa publicac o devotamento aos interesses da Pátria !

« Nascido longe do vosso solo natal, lá n'umdesses pequenos Estados, quasi esquecido nagrande nacionalidade brazileira, aprendi nosprimeiros passos da vida a comprehender ossacrosantos princípios da democracia:—Si o.spovos são irmãos, a pátria do homem estácomsigo. •

« Eu me consórcio á vossa.festa como se ellafosse minha, e considero-me tão filho do soloamazonense, como o sou do Rio Grande doNorte.

« Si assistis hoje á confirmação dos vossosdireitos e da mais legitima aspiração, estaespor certo compenetrados também dos deveresdo eidadiioou de homem civilisado.

RIOGtUNDE DO SULO clero do Estado do Rio Grande

do Sul tenciona pleitear as eleições,adoptando somente as candidaturasde representantes-seusy-ou-de-quem—tome compromissos de advogar osinteresses da igreja.

Os antigos republicanos do RioGrande do Sul assim se manifesta-ram em um telegramma ao governosobre a promulgação da constituin-te definitiva da republica :

«Attendendo á necessidade pro-clamada pelo governo de entrar anação no regimem ordinário, alémde outros motivos, pensamos que aconstituição aeve ser decretada oumesmo votada por pebliscito. Jül-fgamos, entretanto, de necessidadesubstancial a mais ainda,fazendo-aprimeiro redigir por uma grandícommissão nacional, representandomais ou menos todos os Estados, de-pois dando a maior publicidade aoprojecto antes da sua acceitação.,

A commissão deve ser nomeadapelo governo, que nas presentescircumstáncias suppõe-se ter o su-premo critério, podendo ouvir ogoverno de todos os Estados. Con-vém não esquecer que, por sim ou.por não, sem estas medidas preli-mina res, a nação poderá dar o seupensamento.—General João Frota.-Júlio de Caslühos.—Antão de Faria.—A ms. Brazil.—Ernesto Abes.» ;

«Ectào Popular»É este o titulo de um bem elabo-

rado jornal órgão das classes opera-rias, industria! e comercial que veioa' luz-na capital federal.

ILEGÍVEL

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ir-

2O seu director ó o cidadão tuiz

de França e Silva, aquelle mesmoque com sua penna illuminava ascolumnas da Revista Tywgraphica.

Temos a vista os n08. 20, SffcèHfâ>onde se lêem artigos de valor quemuito recommendam os seus dis-li netos colliiboradores.

Agradecendo ao illustre collega avisita que~nos fez, iremos là retri-buií-a. .

Foi nomeado carcereiro da villade Port'Alegre o cidadão ManoelAlexandre Nunes, em substituiçãodo-actual, que fora demittido;

GAZETA DO NATAL

AUTORIDADES POLICIAESPor acto de 8, lie 15 do correu-

te foram nomeados :Antônio Marinho de Carvalho e

Agapito C. do Rego Dantas 1;_ e %•supplentes do delegado de policia dotermo do Cearà-mirim, na ordemem que se acham seus nomes coílo-ca dos.

Ernesto Ferreira França, João Ba-silio do Nascimento, e Jo*sé PaulinoBarbalho, V í' e 3' supplentes do

tbíjelegado d'aquella mesma cida-

, na ordem inscripta.Theophilo Olegario d e Brito

Guerra, Thelemaco Cicero Pereirada Silva e Cassiano Hypolíto Fer-nandes Pimenta, í> %' e 3* supplen-tes do Delegado de Policia do ter-mo de Caraúbas, na ordem em queseus nomes estão collocados.

Rozendo Fernandes de .Oliveira,Domingos Ernesto de Brito Guerra

nrArítonio dTTSÍtvã:Sõ\ltõrlV^e~3T'supplentes do subdelegado de poli:cia do districto da villa de Caraú-bas :

José Alexandre d'Araújo; 3- sup-plente do Delegado de policia dotermo de S. Miguel de Páo des Fer-ros; ¦ , ..yy-- •-.-

Manoel Antônio de Oliveira Bar-:ros, Delegado de policia do termode Pa par y ;_ ___

Josè"ÜIaria da Gruz Barros, 1 •supplente do mesmo Delegado.

João Soares de Góes, 1- supplen-te do subdelegado de policia doflistricto de Extremoz.

Foi exonerado :"Luiz de Carvalho Pimenta do car-go de %6 supplente do delegado depolicia do termo de Cearà-mirim.

Foram classificados :No 31 hatnlhão--cLeinfa.ntana-deste

Foi manilado servir como adjuntodo corpo de saúde do exercito desteEstado com exercicio no 34 Bati.-lhão de Infantaria o Dr. AntônioAntunes de Oliveira, que já oceupa-va esse lugar na respectiva enfer-maria, mediante cbntracto.

O INNOCElXTE JOSÉA mão da fatalidade rio dia 17

deste mez ferio cruelmente o cora-ção de "pães extremosos, o honradonegociante Ângelo Roseli -e suadigna consorte D. Sofia Roseli, rou-bandò-lhes dos seus braços o fruetode suo ternura conjugai, o caro eestremecido filhinho, o innocenteJosé, sendo improficuos todos osmeios e recursos da sciencia medi-ca, empregados com a maior solici-tude para salval-o.

Mas tudo foi de balde.Era chegada a hora de voar a0

ceo aquelle que ao céo pertencia.Quanto ao desolado casal, com

cuja dor nos consorciamos, diremoscomo o philosopho :

A batalha da vida tem um hero-ismo—a resignação, j

seguintes e judiciosas

¦S-Og-»-

FALLECERAM NESTA CAPITALA 16 Joaquim Tertuliano Car-

neiro;A 19Tíãncisco Xavier de Castro

e Silva e o alferes Manoel JoaquimRabello Gonzaga, ambos emprega-dos aposentados, aquelle na quali-dade de â°. escripturario d-alfaride-ga e este na de contino da secretariada extineta assembléa provinciãlT"

Nossos pêsames.

to rial fez as^considerações

«Causou hontem dolorosa impres--são a noticia de que o governo pro-visorio prrvára do exercicio do car-go de lente cathedratioo do Inslitu-to Nacional de Instrucção secunda-ria o Sr. Dr. Carlos de Laet..

Não temos que emiltir juizo sobrea resolução do governo : no regi-men actual os actos do poder, quereunio em sua mão todas as attri-buições, não podem ser afferidospelo padrão legal, por isso que elledispensa na lei. como,e quando en-tende necessário em face da. respon-sabilidade que assumio.

Desde os primeiros dias da actualsituação expuzemos este modo depensar, e por elle temos pautadonosso procedimento.

Entendemos, todavia, cumprirum dever de lealdade para com ogoverno traçando estas linhas.

A rigorosa medida que o governoacaba de tomar foi determinada,provavelmente, pelo facto dé havero Dr. Carlos de Laet proposto, emcongregação^ dos~ seus collegas do.Instituto Nacional de Instrucção se-Cundaria, que se mantivesse a esteestabelecimento a antiga de no mi-nação de—Collegio de Pedro II;pelo menos foi este o único actopraticado publicamente pelo Dr.Carlos, de Laet como professor.

Na proposta que foi publica-da nada encontrámos desrespeitosopara com o governo nem attentatò-rio das instituições vigentes. O go-vernoT-porémT-paTeee-tei-entendidode modo diíferente, por isso queresolveu puTri?"rnraToT~da--proposta:

« Perante, crescido numero (te ei-dihlãos, iustallou-se uo dia 11 docorrente o club republicano destemunicípio.

Pronunciou um bonito discurso .>) talentoso e digno paroch;. destafreguezia, revm' Estevão Dantas,fazendo-se também ouvir o esperan-coso dr. Correia e acadêmico Arthurile Macedo. Além do grande nume-ro de cidadãos, que concorrerani áreunião, foram recebidas vinte etantas adhesões de cavalheiros, quer-por motivos justificados não 'pude-ram comparecer.

Odirectorio, mesa e uma com-missão executiva ficaram assitiiconstituídos :

DIRECTQiRlO

Revm. Estevão José Dantas, Anto-nio Soares de Macedo, tenènte-co-ronel Joaquim de Sá Leitão, dr.,José Correia de Araújo Fortado,Arthur N. Soares de Macedo, Mano-ei Pereira de Faria, 'João CândidoMaciel de Brito, alferes PalmerioA. Soares de Amorim, cariifão.JoáoRodrigues Ferreira de Mello, Joa-quim Antão de Sena Filho, alferesJoão de Borja Rapozo da Camaxa,Antônio José de Oliveira, capitãoLuiz José de Farias, capitão ManoelAntônio da Fonseca, José Lauren-tino Martins de Sa', Luiz,Gomes deAmorim, Manoel C Maciel de Brito,alferes Manoel Pereira Guimarães,José* Marcolino da Costa Pessoa,,José Soares de Macedo, capit'ão Adol-pho Carlos Wanderley, alferes Gal-dino dos Santos Lima, capitão Ma-nõeTOb^li^Antônio Francisco- Bezerra, João.

Estado,Antônio Ferreira de OliveiraJúnior, Heraclio Hélio FernandesLima, Nicanor Guedes de MouraAlves, João Teixeira da. Silva Sar-mento, Eduino Carlos Carpenter eJoão Luiz Para nhos de Macedo.

Repartição d.o correioPara o. logar de contador, em

substituição interina do respectivoserventuário, José Fia vio, que seacha doente, foi designado o prati-cante Lúcio Eipidio Pereira doLago.

Para os lugares de praticantesforam nomeados interinamente, poracto de 17, os cidadãos—Hermoge-nes Augusto da Silva e José Cesariodas Chagas.

Foi também nomeado pelo admi-nistrado.r interino. Ahpio Barros ocidadão Francisco Cananòa, agentedo correio do Acary, julgando-sesem effeito a nomeação anterior deManoel Bezerra de Araújo Gaivão.

JUIZ DE CASAMENTOSNo dia 19 do corrente chegou de

Nova-Cruz, com sua exma. familia,a quem cumprimentamos, o illus-tre sr. dr. Joaquim Ferreira ChavesFilho, juiz dos casamentos da co-marca da capital.

Hoje S. S. dará começo a' exeeu-cão do decreto n. 181 de M de ia-,neiro deste anno, que promulgou alei sobre o casamento civil, e, dehoje por diante, só serão considera-dos validos (ei vilmenTe) os. casa men-tos celebrados no Brasil se o foremde accôrdo com as suas disposições,conforme o disposto no art. 108 damesma lei, que permitte aos contra-hentes observar antes ou depois docasamento civil as formalidades eceremonias prescritas para celebracao dod

delles.matrimônio pela religião

CAPITÃO DO PORTONo dia 17 do corrente seguio no

vapor Beheribc para a capital dePernambuco, onde vai commandara escola de aprendizes marinheiroso nosso estima vel amigo, o honradocapitão tenente Cândido Florianoda Costa Barreto de quem em despe-dida recebemos no dia 16 a seguintecarta :

« Parto amanhã no vapor Beberibe,oíferecendo-vos meus prestimos noEstado de Pernambuco.»

P enhorados, agradecemos a corte-zia e delicadeza de tão distincto ca-valheiro.

Acreditamos, porém, que o lentedo Instituto Nacional, que a apre-sentou, pensava então como nós;suppunha exercer apenas um direi-to, mas nem de leve afctentar contrao interesse publico e a atual ordemde cousas.

De accordo com esta .apreciaçãojulgamos dever imprescindível darnossa-opinião sobre um assumptoque pôde ter sido mal apreciado.

Em todo o caso manda a justiçaque demos nestas columnas umademonstração de cordial apreçoao professor que durante muitosannos concorreu brilhantementepara elevar e honrar o alto rnagiste-rio no nosso paiz.

Foi demettido o Dr. Antônio Vic-tor-Mor-ei-r-a-Brandão-do—cargo____d_e.Promotor Publico da comarca de S.José de Mipibü.Y__

Para substituil-o foi removido dacomarca do Trahiry (Nova Cruz) oDr. Tertuliano da Costa PinheiroEilho,sendo nomeado em seo lugar,que ficou vago, o Dr. Paulino de A.Guedes.

Henrique Martins da Silva, Silveríoda Rocha Cabral, Roberto Vieira deMello, tenente João Soares de- Ma-cedo, tenente Manoel Tavares Va-rella Barca, João Pio Lins Caldas,,Antônio Correia de Menezes,, pro-fessor Antônio Cândido Soares de*'Brito, capitão José Gomes de Amo-rim, Joaquim Targino de SiqueiraCortez, capitão Luiz Francisco de A.Picado.

MEZA-

Presidente—-Antônio Soares1°. vice-presidente—Tenente co-

ronel Sa' Leitão2o. vice-presidente—João Caldas.Io. secretario—Dr.iCorreiai-_r_%°. dito—Professor A. Cândido.Orador—Arthur de MacedoThesoiireiro—João BritoProcurador—José Soares,

CO «MISSÃO EXECUTIVAVigário Estevão Dantas, Antônio,

Soares, tenente-coronel Sá Leitãordr. Correia, Pereira de Faria, Ma-noel Brito, Martins da Silva, capitãoManoel Liberalino.

<-jttC

DR. CARLOS DE LAETA propósito da demissão do illus-

tre sr. clr. Carlos de Laet de lentecathedratico do Instituto Nacionalde instrucção -seceundaria, o Jornaldo Commercio, do Rio, em artigo edi-

. HOSPEDES ILLUSTRESProcedentes de Pernambuco chegaram a

esta capital 'no vapor Beberibe no dia 22 docorrente :

—Dr. José Augusto de Souza Amarantho,juiz de direito da Macahiba ;—1° tenente, Aphrodisio Fernandes Barros,capitão do-porto e João Bakker, 2o escriptura-rio da alfândega deste Estado, ambos acom-panhados de suas exmas. senhoras ;

Alteres Joaquim Villar Barreto Coutinho,pertencente ao 3i batalhão de infantaria.

—Doutor José Moreira B. Castello BrancoFilho, chegado hontem do Rio no paquete—Espirito-Santo.

A todos comprimentamos.

ÂSSU'De uma carta que recebemos

dessa cidade, datada de 13 do corrente, extrahimos a seguinte noticia :

Serra-NegraDessa villa nos escrevem o se-

guinte, em data de 8 do corrente f«Vão em andamento os trabalhos

da qualificação de eleitores. A jun-ta districtal, influenciada pelo es-pirito máo deste Seridò, ostenta umpartidarismo desbragado, incluindona qualificação, por consideral-os.seus, indivíduos que apenas assig-najn, ou ferram o nome, como por-aqíii se diz, ao passo que nega cy-nicamente inclusão a cidadãos nocaso de serem eleitores, pelo sim-pies facto de não lerem correcta-mente !

A lei eleitoral, que exigiu do ei-dadão que não fosse analphabéto,por certo não levou seu rigor a pon-

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jGAZETA DO NATAL

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' iode exigir'que elle entenda de"

grommatica. Que lhe parece?Do modo por que vão correndo

as cousas, viremos a ficar com me-í.ade ou menos do. eleitorado quedeveria dar esta parochia !

O pensamento do patriótico go-verno provisório vae sendo desleal-mente deturpado.

Não me consta que em parte ai-guraã se esteja abusando e. desacre-ditando o governo como em Serra-Negra.»

O distineto commandante interi-í trancia são elegiveis pura o primei-no do batalhão, jtfííior Nery, estevepresente a essa explendida manifes-tação, e foi alvo nessa oceasião dasmais respeitosas. demonstrações dealto apreço e consideração, tributa-dos ao bravo Official, a quem a Pa-tria, agradecida, muito deve pelosseus relevantes serviços na carreira

ú

militar, que abraçou ha 35 annos.—=B33©3QQ33J5

INoticias telegraphicas^Jlio, 15 de Maio. w^Nãütdade de Porto-Alegre, Esta-

do do Rio Grande do Sul, foi pro-hibida antehontem pelo governadorinterino, dr. Silva Tavares, umapasseiata popular para commemo-rar o segundo anniversario da lei,que abolio a escravidão no Brazil,sob o fundamento de receio de con-flictos. 0

Formou-se um ajuntamento po-pular e este, resistindo ás ordens dogovernador, pretendeu realisar apasseiata.

O dr. Silva Tavares mandou pelaforça dispersar o povo, travando-seum conílicto entre o povo e a forçado corpo de policia, encarregada dadispersão. Havendo resistência, aforça de policia fez fogo sobre opovo, resultando ferimentos e umamorte. O dr. Barros Cassai,, ex-che-fe de policia do Rio Grande e redae-tor-chefe d' A Federação, órgão doantigo partido republicano, foi fe-rido.

. ACTA DE EXAME PRATICO ^^

Aos 21 dias do mez de maio do annodel39G>, 2°. da Republica a commissãonomeada em 19 do mesmo mez, pelocidadão governador deste Estado, em Ordemdo Dia á guarnição sob n. 16, de ' confortai-dade com o art. 28 do Regulamento quebaixou com o decreto n. 772 de 31 de marçodé 1851, e composta do capitão de fragatareformado, Irineo José da Rocha, major Pe-dro Antonino Nery, commandante interinodo 34 batalhão de infantaria e major da guardanacional Joaquim Guilherme de Souza Cal-das, tendo-se reunido pelas 11 horas da manhãna secretaria do mesmo batalhão, para o fimde examinar os capitães Felippe B. Cavalcante,Manoel Jpaquim do Nascimento Machado,Francisco de PaulaMoreira e Manoel Ale-andre Pessoa de Mello, o -primeiro ajudante eos demais commandantes da l^Jl» e 4a compa-nhias do dito batalhão., nas matérias qne se fa-zem necessárias á promoção aó posto de majorcujo programma se acha publicado na Ordemdo Dia do Exercito n. 1728 de *5 de janeiro de1883, cumprio os seus deveres, procedendo aos.exames devidos, e depois passou a descrimi-nar a approvaçãoplena que obteve cada umdos examinados, na prdenVseguinte :1° Capitão ajudante Felippe Bezerra Cavale.2o' » . da 4a companhia Manoel Alexandre

; '

Pessoa de Mello.3U » da Ia companhia Manoel Joaquim

do Nascimento Machado.4° » da 3a Francisco de Paula Moreira.

E para constar se lavrou esta acta que foiassignada por toda á commissão. jIrineu José da Rocha.': Capitão_deJraguta_xefüJimadQ==presidente==

¦-.''• Pedro Antonino NeryMajor, vogai.

-^~r—-^oaquim~Guâhenme-de^S~Galda$A,A.Major vogai.

Concluídos os trabalhos do exame pratico os!dignos capitães, a que se refere a acta que pu-bíicamos, reuniram-se em um dos espaçosossalões do quartel, e ahi cavalheirosamente of-ferecerão, um copo de champagne aos menbrosda. commissão examinadora, e a todos osoffi-'ciaes, inclusive os do corpps^le saúde eeclesi-asticóque alli se achavão presentes, a saber :

Capitão tle fragata reformado—Irineu Joséda Rocha.

Major Comandante do 34, Pedro AntoninoNMajor

chefe do-serviço sanitário, dr. José foi chamado a' Capital Federal peloLopes da Silva Júnior,

Major da Guarda Nacional, Joaquim Gui-lherme de Souza Caldas.

Major reformado do corpo de saudde, Dr.Jayme Alvares Guimarães.

Capellão Capitão, Padre Francisco Constàn-cio da Costa.

Médicos adjuntos, Drs. Affonso Moreira deLoyólla Barata e Antonio Antunes de.Oliveira;Pharmaceutioo, Tenente Francisco Alves deSouza, Tenente Diogo Antonio Bahia, AlferesGonçalo, Bai4ca, Francisco de Paula FernandesBrrros, Joaquim de Aboim Potengy, AlipioNobre e Alferes Encarregado do Expediente,João da Fonseca Varella.•. Por essa ocasião- levantarão-se calorososbrindes que furão correspondidos - com todoenthusiasmo a' Republica brasileira, ao Gene-rnlissimoDeqdoro, ao governador do Estadoaos commandantes effectivo (ausente) e int<>ri no do 34 batalhão, a toda sua oficialidadeaos inferiores cadetes e praça sdo mesmo Bata-Ihão, aos ofiiciaes do corpo de saúde e eclesi-asticp, â imprensa, finalmente, alli represen-tíicÉfoor um de seos redactores.

(Tdr. Silva Tavares, governãdõrVsejitindchse enfraquecido, passou ogoverno ao commandante das ar-mas, general Machado Bittencourt,o qual immediatamente assumio ogoverno do Estado, dando commu-nicação do facto ao generalissimoDeodoro da Eonseca.—Consta aqui que o dr. DemetrioRibeiro, ex-ministro da agricultura,

ro Congresso.—O generalissimo Déodoro da Fon-seca recebeu um telegramma do ííioGrande do Sul no qual se lhe com-muni ca reinar ali paz.—Foi exonerado, a' seu pedido, device-govemador do Estado do RioGrande do sul o dr. Antãq Farias,um dos chefes do partido republica-no daquelle Estado.—Segundo telegramma de Londres,os fundos brazileiros tiveram ulti-mamente alta naquelle mercado.—Bahia, 17.

Falleceu de moléstia do coração,a' bordo1 do vapor nacional Pará,Domingos de Almeida Carneiro, pas-sageiro para o Estado de Pernambu-co.

' ¦'¦ .'. j. - ¦-Rio, 19.

Foi declarado sem effeito a partedo decreto que alterou os arts. 9" eM' dos estatutos do Banco Sul Ame-ricano. ^~^—Falleceu o Visconde de Jary (con-selheiro João Baptista GonçalvesCampos) ministro aposentado ,doSupremo Tribunal de Justiça.

Mamanguape 19-Constando que o districto do Araçagy, desta

comarca, passará a fazer parte da comarca deGiiàrabirã, a população indignada protesta nãoalistar-se,—Rio, 20 de Maio.

„ Foi publicado um decreto mandando que-asalfândegas e mezás de rendas cobrem uma por-centagem dos direitos de consumo em ouro, peloseu valor legal. ¦ '•'

—Por decreto hoje publicado, foram declaradasde.Ia, entrancia as comarcas de Guraçá, Muanae Pof%> do Pedras, no Estado do Amazonas.—Foram nomeados juizes de direito :~~Dã~cõmarca de Paulo Affonso, no Eátado deAlagoas, o bacharel Eduardo Correia da Silva;

Da comarca de Solimões, no Estado do Ama-zonas, o bacharal BelTarmino Oliveira;

Da comarca de Curuçà, no mesmo Estado, obacharel Alfredo Barradas;

Da comarca de" Muaná, no mesmo Estado, o

COLUMNA POVO

ManifestaçãoEm um dos compartimentos do Q.

do 34 batalhão de infantaria desteEstado a offieialidade do mesmo ba-talhão foi. comprimentãr no dia 19deste mez a um dos seus distinetoscamaradas, o alferes. Francisco dePaula Fernandes Barros por ternesse dia completado 15 annos depraça no exercito, fazendo júz pelosseus bons serviços ao grão de ca-valheiro da ordem de Àviz, nos ter-mos do art.

'% do decreto nó 277 F

de 2U de março do corrente anno.O digno alferes Barros, penhora-do por aquella prova de estima que

acabava de receber de s.eus"compa-nheiros de arma, offereceu-lhesum copo de champagne, trocando-se então entre todos, os manifestai)-tes e manifestado os mais calorososbrindes.

t

governo provisório.-r-Falieceu o engenheiro Firmo Joséde Mello.-Rio, 17.

Foram nomeados :Secretario do governo da Bahia o

dr. Pedro Vergne de Abreu ;Chefe de Policia do Rio Grande do

Sul o dr. Antônio Antunes Ribas,actual chefe de policia de Peruam-buco;

Chefe de policia de PernambucoütItt-Emesto-de-Àqu mq—Fo useea-;-

Ajudante do commandante dafortaleza do Forte do Buraco o ca-pitão Osório Barreto.—0*sr. Francisco Glicerio resolveuque as fianças e cauções perante oministério da agricultura podem serprestadas por feltras hypothecarias,regulando o respectivo valor a cota-cão da praça.i —*—:—

—Foi exonerado do commando daflotilha no Estado do Rio Grande doSul o capitão de mar e guerra Fre-derico Guilherme Lorena, sendonomeado para substituil-o o capitãode mar e guerra José Antonio deAlva rim Costa.—Esta' assentado definitivamenteque a constituição será' promulga-da por decreto do poder executivo.

Aconsütuição só vigorara' depoisque for approvada pelo Congresso,o qual funecionara' como Assem-bléa Constituinte até a' approvaçâoda constituição e eleição do presi-¦> 'O |

dente da republica.—-Os magistrados de primeira en-

bacharel João Evangelista de Souza Franco.—Foram removidos os juizes de direito :

Bacharel Manoel José Mendes Bastos, da cô-marca de Gurupá .para a de Santarém, ambasno Estado do Pará,-

Bacharel Antonio Augusto de Carvalho, dacomarca de Triunipho, no Estado do Rio Grandedo Sul, para a de Conde, no Estado da Parahyba ;

Bacharel Luiz Duarte da Silva, da( comarcade Santarém"' dõEstado do Pará, par.â..a_d.o_.Ita-coatiara, no do Amazonas;.

Bacharel Felippe Honorato da Cunha Mininéa,da'comarca de [bacoatiara, no Estado do Ama-zonas, para a de Vigia, no do Pará.

Bacharel Augusto de Borhurema, da comarcade Vigia para a de Porto de Pedras, ambas noEstado do Pará ;

Bacharel Joaquim Covalcante Ferreira deMello, da comarca de Páo dos Ferros para a deCanguarotama, ambas no Estado do Rio Grandedo Norte.—O brigadeiro Benjamin Constant Botelho doMagalhães, ministro da Instrucção Publica. Cor-reios e telegraphos, declarou que não era. candi-dato nas próximas eleições, e que. se a despeitodessa declaração for eleito, recusará o mandato.—Rio 21. ' ,

Foram removidos : o engenheiro residente daesfrrada-de-F-efro-de-S^Fraiicisca^-flm—Paunam-buco, Júlio Selveira Viana, para chefe do sec-ção da tístrada do Forro central da Bahia, e ochefe da secção d(esta, Wanderley Mendonça,para íisoal da estrada do Ribeirão a Bonito.—Hoje, no hospital de Misericórdia, uma enfer-meira assassinou a parteira do' estabelecim-ento.

Recife 21•Cambio 20 5/8,29 3/4.

Falla-se em Madrid no consórcio da princezaHelena de Orleans com o principe do Grão-Parà,íilho mais velho do sr. conde d'Eu, genro do ex-imperador do Brazil.

«iSOfr-»

Dizia-se no Rio de Janeiro que o governo pro-visorio pretendo adiar para depois da constitu-inte a execução do decreto sobre o- casamentocivil.

O casamento catliolico e o concubi-nato legal--( casamento civil)

Approximando-se o.dia em que o decretosobre o casamento civil começara a ser exe-cutado, apesar da franca e solemne repulsaque errLÍojljLa..parte a.maioria dos brasileirostem ofíereeido a semelhante medida antica-tholica e antidemocrática, é de summa im-portancia chamar desde já a ãttenção dos ca-tholicos d'este Estado para- a doutrina daEgreja sobre o casamento.

Entre christâos o matrimônio è um sacra-mento, e" o contracto matrimonial é insepa-ravel do sacramento.

Esta doutrina está solemnemente estabele-cida pelo Concilio Trid-entino, na sessão 24—de Reformatione matrimonü, e acha-se con-firmada por muitas declarações de BenedictoXIV, Pio VI. Pio VII. Pio IX e Leão XIII.

Sendo, porém, o matrimônio um sacramen-to entre catholicos, p casamento só é validosendo celebrado segundo as leis e prescrip-ções da Egreja. por isso que só a esta Christoconüou a administração dos sacramentos.

Sobre isto não ha nem sombra de duvidaentre os catholicos.

Digam quanto quizerem, legislem, decive-tem tudo quanto entenderem em sua altissi-ma sapiência.

A consciência catholica collocará sempreas leis divinas acima Uas leis e decretos doshomens, não fará hecatombe dos princípios eensinamentos do Christianismo —" altar das .conveniências políticas — para ser agradávelaos sectariosde Augusto Comtee aos apologis-tas do atheismo social.

Conformando-se com o ensino da Egreja oscatholicos desejam e querem sinceramente aunião dos dous poderes—espiritual e tempo-ral. Mas se este se separa craquelle, se o Es-tado faz-se atheu sòb o pretexto frivolo deprogresso democrático, para os crentes ca-tholicos não ha escapatórias a inventar, nãoha dois caminhos, nem meio termo para com-binar impossíveis :

Deus acima de tudo-! ! —Eis aqui a magnasolução para a consciência .do verdadeiro ca-tholico.

Abraçados a este principio que è tambémnossa bandeira, o resto que nos importa ?

Cedo ou tarde a justiça ha de coroar nossosesforços, cedo ou tarde a sociedade buscaráa ordem e a liberdade á sombra de nossa im-mortal bandeira.

Que è, p-ois, que significa o casamento ci^jvil em face da doutrina catlTõlica ? —Torpee vergonhoso concubinato ! —, O sábio Episcopado brasileiro^em sua bri-lhantissima Pastoral Colleciiva proclama bemalto aos catholicos brasileiros :

«O estabelicimento do chamado casamentocivil não vém substituir o único verdadeiracasamento, queé o religioso.

Nós acreditamos como um dogma da nossareligião—que o matrimônio è um dos sete sa-eramentos da lei .nova instituído por NossoSenhor Jesus Christo, e;que só elle santiíicaa união do homem e da mulher com o fim deformarem a familia christã.

Tendo o decreto reconhecido solemnemontea liberdade que temos de professar particulare publicamente a noma crença e praticar asnossas leis disciplinares, estamos em nossopleno direito, em face mesmo do governo ei-vil, de só considerarmos como valido paraos christâos o contracto matrimonial que ècelebrado na Egreja com a benção de Deus.

De facto, só então, é que se contrahe o vin-culo indissolúvel com a graça do Sacramento,só então è que ficam os nubentes legitima-mente casados.

Outra qualquer união, ainda que a decoremcom apparencias de legalidade, não passa devergonhoso concubinato (?)

Nada mais positivq, nada mais terminante..Os casados sólcivilmente são—públicos con-

vubinarios, e incorrem por isto mesmo nas pe-nas impostas pelo Concilio de Trento aos quepretendem casar-se violando as leis ecclesias-ticas,

A nenhum catholico. por conseguinte, è li-cito-contentar^seainicameate_corn-as-_forma=_lidades do chamado casamento civil; o ver-dadeiro matrimônio só se contrahe quando-(como ensina a Pastoral Collectiva) celebra-se-o acto religioso perante Deus ; segundo as,prescripções da Egreja catholica.

Sem dúvida.è difícil a situação da cqnsci-encia catholica. que é a consciência nacional,.é cheia de inquietações a crise emi que se achaa familia brasileira.

Sustentada, porém, pelo braço hercúleo dafè catholica, ella resistirá aos embates da des-crença e do atheismo social, affirmará cora-josamente sua admirável crença religiosa em-face das leis impiasedos homens que desço-nhecem as grandezas do Evangelho, jjphemerostriumphadores a quem as revoluções levan-tam altares hoje, para derrubal-os amanhãem sua loucura tremenda, em- sua cegueira,monstruosa !

Macahyba, 21 de Maio de 1890.vigário, José Paulino dc Andrada.

E' este o titulo de um pequenoLivro de poesias que acaba de sahirdos prelos, publicado pelo nossoestimavel e talentoso amigo e con-terraneo, Dr. Celestino Wanderley.

Recommendamos a leitura dessesprimorosos versos produeto da ima-ginação fecunda do illustrado eesperançoso poeta.

Agradecimentoeterno

Ângelo Rozeli e sua esposa SofiaRoseli agradecem, do fundo d'alma,.a todos que lhes prestaram o carí-doso obséquio de acompanhar atéà sua ultima morada o cadáver deseu sempre chorado filhinho de no-me José.

Um aperto de mão : obrigados..

ILEGÍVEL nWittijiiiiiiiíiíiíi

Page 4: ORDEM E PROGRESSO - BNmemoria.bn.br/pdf/721166/per721166_1890_00168.pdf · «Salve.tres vezes salve, oh! Pátria Brasileira.' « Oh ! seu democrático Governo ! « Salve oh Estado

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GAZETA DO NATAL

_Vfossox»ó 13 d© MaioCI0I8OO

Todo vai mal nosta terra,' apesto do largatasacabou toda lavoura desto município, sondo for-gado. a Bul*irein para outros pontos muitos dosnoB.os agricul topos.

.Jo dja 6 houvo a primeira sessão do jurydosta comarca que funccionou regularmente atoo dia 11.

A juuta. distric.tal prossegue em seus traba-lhos, tendo até hole comparecido 549 cidadãos,aptos e idôneos, pedindo papa ser alistados elei-toras. _^ >

Foi mal e muito mal recebida a nomeação deum tal fiillaia, criado ou ex-criado de serviçodoméstico do Dr; -Castro, para 9ubdelegado depolicia aeste districto /não se articula palavracontra esse acto do governo corno, segundo dizem,mandarão dizer ao cidadão dr. chefe de policia ;censurou-pe, sim,a pessoa desbragada que indicoupara autoridade esse cidadão, maroa barbante.

A censura foi justa, porqne certos homensvivem somente para illudir os outros sem o me»nor escrúpulo, como aconteceo agora.

Püíaia,ho]e suhdélegado de. Mossoró, cidadeimportante e'floressente pelo-seü commercio arquegabo-se hoje chamar, Marcolino de Mello Filho,pão esta na altura e dignidade de semilhantejjargo e não hà quem de bôa fò o òonleste 1

Sua ex. o digno governador deste Estado e obonrado dr. chefe de policia foram enganadosquando o nomearam 1 Foi um plano perigoso edesliai da parto de quem o indigitou, quando_ioje procura todos os meios, torpes para seragradável ás primeiras autoridades d'este Estado,dizendo mais falsamente qu,e cidadãos respeita-ye|s jà foram enterromper os trabalhos da juntadist.rictal. e que diversos outros cidadãos andão

firofèrindo palavras ofiensivas e delictuosas em

ace do decreto de 29 de Março ultimo.A nao ser quem inventou e para là trans-

mettio taes noticias com o calculado e tenebrosofim de tornar-se agradável e mereoedor de todasàs attenções do governo, não vemos aqui quemtivesse tamanho arrojo e cynica ooragem !

Infelismente. "quem procede por tal forma

esconde-se na oortina do embuste e pede que}he guardem rezervas !

Vivar ás claras!Mas isso è impossível para certa gente, isto

è, para certos moroegos humanos fO tempo em íim dirá o resto.Aqui esteve e para.o centro seguio o tenente

Paldas Sobrinho e cadete Nunes quo vão destacarem Pau dos Ferros !

Sabe-se do Apudy, que o promotor publicoprocura en Servir nos trabalhos da junta dequalilicação e fez com que esta deixasse de rece-b.r cinco petições de pessoas que procura-yam alistar-se eleitores e que os prejudicadosiam pedir providencias ao governo.—ESmrito—&ontía-a-^„b_ll«r-qu«-se--vai-fazendaaqui: o carcereiro andou em excursão, agenci-ando as-signatttras pelo Uapanema deixando ajjãdéia^^dò delegado em exercicio por sua vez tem per-corrido diverços pontos, e apregoa sua força eprestigio, e assim vai tudo muito justo Q muitoperfeito!

...——-<m> ¦

Domicioda GamaDa um notável e bem elaborado artigo, que

p illustrado escriptor, cujo nome acima in-clicamos, estampou na Gazeta de Noticias, doRio, de 28 do mez passado, sob a epigraphe—ponspiraçã a ¦-'.woíia_c„i_ta_=_Jira tysc re ve mos_p_s_seguintes tópicos :

A republica nova não deve recusar o concursodos homens do antigo regimen, pois que não tempessoal próprio para os substituir. E' verdadeque já se falia em dar a Repubica aos republica-•nos e atè o correspondente do Tempo já se fezórgão d'essa aspiração radical, singularissima.

Esse moço, que tantos annos passou em Parize que pôde escrever cousas tão pavorosas n'umfrancez muito claro, muito sereno, sabe no em-tanto que a França não é sò dos republicanos eque não vai menos mal por isso.

Ao contrario^—A-experienoia de quem jà ser-viu a outros governos sob outros regimens apro-veita aos noviços da administração e oonstitueuma resistência salutar contra a fúria de in-novações é de reformas, muito natural em tem-pos de crise, quando os doutrinários theoristasjulgam chegada a oceasião de pôr em pratica as-BtKX^mvetrções e querem do^rut-r-tudo—par-a—no-Jugár vazio assentarem a machinaria dos seussystemas.

E depois, que odiosa oausa seria essa olassift-cação dos cidadãos brasileiros por ordem deopiniões políticas ? Teríamos assim chegado, de-pois de tanto andar, a estabelecer -pura e sim-plesmente a desigualdade na repartição dos di-reitos civis e a fundar uma aristocracia as aves-sas,"que não teria por si nem o nascimento (he-yartça.) nem os direitos de conquista legitima...um horror.

Escrevo d'e8tas cousas porque as penso oomagonia epor que não tenho a quem as diga deviva voz ; Não me apparecem conspiradores aquem as communique, para que—elle—me alisteentre os restauradores.

Ha dias vi um dos majs aceusados do promo-ver o descrédito da Republica na Europa. « Ve-nha d'ahi conspirar. » Entrámos no Brébant,para um salãosinho dando sobre os castanheirospo boulevard.

Vinha um sol claro pela janella aberta, o cèoestava azul, azul e a folhagem nova, de urnverde tenro, escondia-nos quasi o formigueiroda calçada em frente. Almoçamos e converçà-mos. Estava comnosco um amigo, um portu-guez, d'esses que querem que sejam brasileirospor surpreza e quo se não resigna a uma novaclassificação nacional.

FallàmoB da duçura de outras manhãs comoessa em outras paragens, de viagens, de paiza-gens, de pintura, de gravuras novas,da exposiçãodos pintores-gravadores. Tínhamos compradolivros novos : conversámos sobre edições de luxo,sobre estylo e graça e tom de encardernações,lastimámos a falta d'esses elementos de biblio-philia no Rio de Janeiro, d'esses e de outrosque provariam o adiantamento da nossa estha-tica. E continuando, fatiámos da nomeação do

. Pompeia para a Academia de Bellas-Artes, li-zemos votos para a sua próxima viagem á i_u-

ropa, para quo elle tomo o lugar quo lhocompete dc guia do nosso movimonto artístico.

Falíamos, falíamos.,.Depois do almoço comoo Barhodionno é porto, fomos vilr os bronzes doBarbodierino, dopois ao Palais-Rbya para vercomo o sol dá nas arvores do velho jardim is-torlco, depois, ao outro lado do rio para sentiro cheiro do Pariz antiga e mocher em livros ve-lhos. Por íim deixei-o ii porta de uma livraria,ond.e elle ia ver um livro raro sobre o Braail deoutros seoulos. E á despedida disse-lhe eu :

«Só nos esquocomos de uma cousa—De que ?—,De conspirai*—-Fica para outra vez...»

Dos outros conspiradores sò tenho visto o Sr.Silveira Martins. Náo me atrevo a , perguntar-lhe ern.que ponto vai dos seus planos negros,mas ia jurar que do que elle mais se occupa emPariz è de pôr em dia a sua philosophia da his-toria, a;sua economia politica, a sua est-hetica'.

Freqüenta as sumraidades BoientiPrcas, temrelações no mundo da intelligeneia e até malcomparando, parece andar,. como o Imperadorandava. n'uma roda viva de civiiisamento (deixepassar, rpvisor_)__.Qosto bem d'elle, que é umhomem sem amargura. Dá uma boa idea donosso Brazii, cora a sua exuberância de discür-sós estrondosos, uma saude de ferro, sáutlò de cor-poe de espirito expansivo, alegre et com. nãocabendo na pelle de contente, por ter tido umaaventura politica, por ter vido preso e desterra-do e, sobretudo, por desconfiarem os republica-nos que elle lhes possa pregar alguma. Fazermedo é uma vingança de bom coração.' O ma-nifesto que elle prepara será uma peça de elo-quencia politica. Preparem-se os amadores dògênero.

E* isto tudo que ha sobre essa legendária con-spiração monarchista. que serve. de pretextopara os novos republicanos de boa marca se en-cariarem no lugar 'los antigos e leaeB furte-cionarios da Republica. . ¦ '"¦

Agora, pode ser cjue o ridículo delegado jnntoà imprensa européa descubra outras cousas...

Domicio da Gama.Pariz, 5 de abril de 1890.

]>rota,s á margemAinda bem ! O capitão Antônio

Olyntho Barbalho acaba de receberum telegramma fda cidade da Forta-leza do Exm. Dr. Virgílio Augustode Moraes, dizendo ter o EgrégioTribunal da Relação do districtoconcedido por unanimidade de votosordemde soltura, a favor de um seusobrinho de nome Antônio AugustoSimonetti.Barl)alhote deliçto pelo criterioso delegadoEneas Américo de Medeiros.

Domingo passado foi requeridoexame de sanidade no ofendidoAntônio Basilio, p a juizo dos peri-tos foi o paciente considerado são.

Ainda bem ! Que a lei, o direito,e a liberdade de um cidadão não íi-cam á_m_rcAde_um delegado isentode ódios e paixões, para ficarem sup-plantados perante um suppostoauto de flagrante, e um corpo de de-licto, feito não para desaggravo dalei, mascara fins de perseguição,e ferir-se a pessoa do capitão An-tonio Olyntho Barbalho, conside-rado_um entravepara se—satisfazerfins tenebrosos e até gananciosos /

Parabéns, pois, pelo triumpho evitoria dailiberdade individual.

Basta por hoje

tou para elle a troca dos andrájòsmiserrimos, que cobrem o corpoque encerra uma alma peccadora,pelas vestes cândidas das creaturasdivinas.

A todos de sua familia nossas con-dolencias, e a seu bom filho e nossopresado amigo Capitão ViolinoFrancisco do Rego Barros um aper-to-de mão.

20 de Maio de 1890.-OE»»

O Secretario do 34_Batallxão

No dia 17 do corrente, completou15 annos de praça e de muitos bonsserviços, o distineto alferes secre-tario do 34 batalhão, Francisco dePaula Fernandes Barros, que nomesmo dia offereoeu aos seus ami-gos, um copo de champagne.

Tem feito excellente figura nacarreira das armas; tão distineto ai-feres, jà como praça de pret e jácomo official do exercito,, pois n'a-quella qualidade demonstrou, comoamanuense de uma repartição mi-lilar, Lque foi por muitos annos, asua esclarecida intelligeneia, zelo,dedicação e amor próprio pelo ser-viço, e n'esta tem-se esmerado deuma maneira brilhante e honrosa.

As qualidades que lhe são pecu-lia res," o trato ameno que tem paracom todos que o apreciáo, são vir-tud.es que nunca se separarão detão distineto cidadão.

Oxalá, que elle conte em sua vidamilitar tantos 15 annos, quantosdesejani nrrdosseiis^a preciadoresT-—

Vae agora o alferes Barros, cingiratTpei I?nrTnê_Htr^^da ordem de S. Bento de Aviz, sig-nificativa dos seus bons 15 annosde serviços e por tão grande acon-tecimento, f«licita-o, o—

Amigo intimo.

correio da cidade de Rincão, JoséFelippe da Penha, afim de, no pra-o de trinta dias, a contar da datada publicação da presente, recolhe-rem aos cofres da.mesma Thesoura-riaa quantia de oitenta e quatromil setecentos réis • (84$>700j, im-portancia da responsabilidade dodito ex-Agente, verificada naliqui-dacão de suas contas dos mezes deAgosto a Dezembro do anno passa:do, conforme fez-vef-o-Aém_mstra-dor dos correios em officio de 11 dede Abril findo, sob n. 10.

Secção do expediente da Thesou-raria de Fazenda do Rio Grande doNorte, 7 de Maio de 1890.

O Encarregado,.

Francisco de Salles da Silva Barros.

-tüsm>r-

I>esped.icla e decla-ração-

~Ü publico, que faça justrçfrt-

quem a.tiver, e livremente aprecieo que se vaé dando rt'esta terra !..,

Macahyba, L20 de Maio de 1890.A justiça.

_Vtacalxyl>aNa ampulheta do tempo são mar-

cados dezesete dias que a Parca ar-rebatou p a ra^ãs regiões celestesFrancisco de Paula Pinto, moradorque foi na cidade de Palmares' doEstado de Pernambuco, na avança-da idade de 83 annos.

Ha dezete dias que elle, abando-donando as moléculas, que constitui-'amo invólucro terreno, voou á man-são dos j u s to s legarído u mnome honrado a sua familia, e adôr acerba que fere de morte o co-ração de inconsolaveis filhos que opranteão.

Essa transição importa um.tri-buto á humanidade : se representapara uns o descanso dasluclas con-tra as vicissitudes da vida, impor-

O abaixo assignado, tendo de se-guir para o sul, com sua esposa efilho, lio dia 23 do corrente, despe-de-se de seus patricios e oíferece aosamigos, seus limitadissimos presti-mos, em qualquer parte que o des-tino o condusa. Outro sim, scien-tifica a todos que nada deve a nin-guem. Natal, 16 de Maio de 1890.

O alteres, Francisco Antunes daCosta.

~<_*) fÇfrVi

O que é a poesia ?E'u'a loura donzella—esfarrapada—Doce. serena, l.yrial, franzinaj—Alma de lobo em corpo de menina !—Corpo - de tigre co'alma efeminada !

Messalina de face nacarrada.Cuja voz sensual—voz argentina,Dá-nos o. somno—da fatal morphina !'Dá-nos ávida—do prazer amada !

—Rica princeza, deslumbrante, bella !Sol, vida, amor, encanto, estrella !Gloria, prazer,—um cèo de ficicidade !

—Pobre aldêã !...martyrio, dôr e fome !Pobre aldêã sem lar. prazer e nome !Cuja morte nos dá—por liberdade !

Fernan dez Soi.ler

EBITALTliesouraria de Wa-

zendaCITAPÃO

De ordem do cidadão Inspectord'esta Thesuuraria se convida a viu-va e trais herdeiros do ex-Agente do

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S. B. « Luz e Caridade». •¦

De ordem do cidadão presidentedesta sociedade—-a viso a todos osseus membros em atraso com a més-ma, que de 19 de junho do correnteanno em diante será. executado oart. 7o do projecto de lei approvadoem sessão de Assembléa Geral de19 de Março do corrente anno e quevai abaixo transcripto a.

« Art. 7°-—O sócio que residindodentro da capital não saldar seu de-bito para-com a sociedade, dentrodo prasode-3-mezesa—çontar^destadata, (19 de março) estará ipso factoilliminadõTsãlvo caso de moléstiaprovada em que nada pagará du-rante ella,»

Sala das Sessões da SociedadeLuz e Caridade, 21 de maio de 1890.

Augusto Late,' ";Servindo de 1" Secretario.

Tabacaria HavanezaDE

4GRIPINOA. DE MESQUITAEm JVdtaoalxilba

iSü- Tábacaría Hayaneza estabelecidanesta cidade tem sempre ura completosortimento de cigarros, charutos, pon-teiras, cachimbos e fumos de diversasqualidade.

No fabrico dos cigarros são empregados os melhores fumos do RioJaMroeBâhrã7

Os freguezes serão servidos do me-lhor modo e por preços rasoaveis.

Em Macahiba,

i

v

Ao sr. João Celso da Silveira Bor-ges, residente na cidade do Assú,pede o obzequio de responder-lheuma carta que lhe dirigiu em datade 10 do mez findo—

O Administrador da « Gazeta ».

Gitfeta do ü^alai.

ILEGÍVEL