Organelas

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Kl\ Organelas Celulares Embriologia e Histologia Citologia Deixe um comentário Organelas Celulares Organelas são estruturas presentes nas células, comuns a muitos tipos delas. Isto é, são compartimentos celulares limitados por membranas. Essas organelas desenvolvem funções distintas, que, no total, produzem as características de vida associada com a célula. Na célula animal eucariótica existem três componentes básicos: membrana, citoplasma e núcleo. Membrana Plasmática A membrana plasmática pode ser conhecida como plasmalema, membrana celular ou membrana citoplasmática. Entre todos os modelos propostos quanto à composição e a estruturação membranar, o mais aceito atualmente é o proposto pelos cientistas Singer e Nicolson em 1972, simulada através de um mosaico fluido, como pode ser observado na imagem a seguir. Todas as membranas plasmáticas celulares são constituídas predominantemente por fosfolipídeos e proteínas em proporções diferentes e uma pequena quantidade de açúcares, na forma de oligossacarídeos. Além disso, na grande maioria das células animais, a membrana plasmática apresenta uma camada rica em glicídios: o glicocálix ou glicocálice, que tem a função de reconhecimento químico da célula para seu exterior e tem também função protetora, impedindo que alguns tipos de vírus ou bactérias se anexem à célula. A membrana celular é pela recepção de nutrientes e sinais químicos do meio extracelular. Para o funcionamento normal e regular das células,

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Organelas Celulares

Embriologia e Histologia Citologia Deixe um comentárioOrganelas Celulares

Organelas são estruturas presentes nas células, comuns a muitos tipos delas. Isto é, são

compartimentos celulares limitados por membranas. Essas organelas desenvolvem funções

distintas, que, no total, produzem as características de vida associada com a célula. Na célula

animal eucariótica existem três componentes básicos: membrana, citoplasma e núcleo.

Membrana Plasmática

A membrana plasmática pode ser conhecida como plasmalema, membrana celular ou

membrana citoplasmática. Entre todos os modelos propostos quanto à composição e a

estruturação membranar, o mais aceito atualmente é o proposto pelos cientistas Singer e

Nicolson em 1972, simulada através de um mosaico fluido, como pode ser observado na

imagem a seguir.

Todas as membranas plasmáticas celulares são constituídas predominantemente por

fosfolipídeos e proteínas em proporções diferentes e uma pequena quantidade de açúcares, na

forma de oligossacarídeos. Além disso, na grande maioria das células animais, a membrana

plasmática apresenta uma camada rica em glicídios: o glicocálix ou glicocálice, que tem a

função de reconhecimento químico da célula para seu exterior e tem também função protetora,

impedindo que alguns tipos de vírus ou bactérias se anexem à célula.

A membrana celular é pela recepção de nutrientes e sinais químicos do meio extracelular. Para

o funcionamento normal e regular das células, deve haver a seleção das substâncias que

entram e o impedimento da entrada de partículas indesejáveis, ou ainda, a eliminação das que

se encontram no citoplasma. Essa é a chamada permeabilidade seletiva, uma das funções

mais importantes da membrana.  Outra função são os transportes, que ocorrem através dela,

podendo ser dividos em ativo, quando há gasto energético, e passivo, quando não há gasto

energético.

Núcleo

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O núcleo é o responsável pelo controle de todas as funções celulares. A maior parte das

células de nosso corpo possui um único núcleo. Contudo, há células que não possuem nenhum

(glóbulos vermelhos maduros) e outras que possuem vários, como, por exemplo, as células

musculares esqueléticas.  O núcleo pode ser central, paracentral ou excêntrico.

No caso das células eucariontes, o núcleo encontra-se separado pela carioteca, que, além de

ter a função de separar o núcleo do citoplasma, comunica-se com o citoplasma através dos

poros nucleares. Estes poros são os responsáveis pelo controle da troca de substâncias entre

o núcleo e o citoplasma. Dento do núcleo, encontram-se corpos em formatos esféricos

denominados nucléolos, compostos protéicos, DNA e RNA e os genes nucleares, também

conhecidos como código genético.

De forma geral podemos dizer que o núcleo possui duas funções básicas: regular as reações

químicas que ocorrem dentro da célula e armazenar suas informações genéticas.

Ribossomo

Existem ribossomos que estão isolados no citoplasma, outros estão inseridos no retículo

endoplasmático rugoso. Os primeiros compendiam proteínas que vão ser utilizadas no citossol,

nos segundos as proteínas serão expelidas no próprio retículo, logo após são utilizadas em

demais compartimentos da célula ou levadas para o exterior da célula. São responsáveis pela

síntese de proteínas através do RNA mensageiro que vem do núcleo. É composto por uma

subunidade maior, uma subunidade menor, fator liberação, RNA mensageiro e RNA

transportador.

Mitocôndria

As mitocôndrias são as principais organelas celulares. Presentes nas células eucariontes, elas

são responsáveis pela produção de energia no interior da célula. São bastante numerosas,

principalmente em células onde se precisa de muita energia (por exemplo, células nervosas e

do coração, que tem atividade contínua). Está presente no citoplasma da célula.

São formadas por duas membranas fosfolipídicas, uma externa semelhante á membrana

plasmática, e outra interna, com várias ondulações, conhecidas como invaginações internas. A

região limitada pela membrana interna é conhecida como matriz mitocondrial, onde existem

proteínas, ribossomos e DNA mitocondrial.

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Reticulo Endoplasmático

O retículo endoplasmático é uma organela exclusiva de células eucariontes. Formado a partir

da invaginação da membrana plasmática, é constituído por uma rede de túbulos e vesículas

achatadas, localizado próximo ao núcleo. Está envolvido na síntese de proteínas e lipídios, na

desintoxicação celular e no transporte intracelular. É divido em dois: rugoso e liso.

Retículo Endoplasmático Rugoso

Conhecido também como retículo endoplasmático granuloso, é formado por sistemas de

vesículas achatadas com ribossomos aderidos à membrana. Devido aos ribossomos, participa

da síntese de proteínas, que serão enviadas para o exterior das células. Esse tipo de retículo é

muito desenvolvido em células com função secretora. Possui também a função de transporte

de substâncias.

Retículo Endoplásmatico Liso

Conhecido também chamado retículo endoplasmático agranular, é formado por sistemas de

túbulos cilíndricos e sem ribossomos aderidos à membrana. Participa principalmente da síntese

de esteróides, fosfolipídios e outros lipídios. Uma de suas principais funções, é a

desintoxicação do organismo, atuando na degradação do álcool ingerido em bebidas

alcoólicas, assim como a degradação de medicamentos ingeridos pelo organismo como

antibióticos e substâncias anestésicas. Esse tipo de retículo é abundante principalmente em

células do figado, das gônadas e pâncreas.

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RER: retículo endoplasmático rugoso

REL: retículo endoplasmático liso

Complexo de Golgi

O complexo de Golgi situa-se próximo do núcleo celular e é formado por sáculos achatados e

vesículas.

As células sintetizam um grande número de diferentes macromoléculas. O complexo de Golgi é

parte integrante na modificação, classificação e empacotamento dessas macromoléculas para

que possam ser devidamente secretadas, num processo conhecido como exocitose, ou então

para que sejam usada dentro da célula. Ele modifica principalmente proteínas vindas do

retículo endoplasmático rugoso, mas também está envolvido no transporte de lipídios pela

célula e na formação de lisossomos. Dessa forma, o complexo de Golgi pode ser comparado a

uma central de correios, na qual os “pacotes” são enviados a diferentes destinos no interior da

célula. Sua face convexa recebe as informações do reticulo endoplasmatico e a vesícula

direciona as informações.

Lisossomos

São bolsas membranosas que contêm enzimas capazes de digerir substâncias orgânicas. Com

origem no aparelho de Golgi, os lisossomos estão presentes em praticamente todas as células

eucariontes. Os lisossomos são organelas responsáveis pela digestão intracelular. As bolsas

formadas na fagocitose e na pinocitose, que contêm partículas capturadas no meio externo,

fundem-se aos lisossomos, dando origem a bolsas maiores, onde a digestão ocorrerá. Outra

função dos lisossomos é reciclar outras organelas celulares estão envelhecidas, processo

conhecido como autofagia.

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Peroxissomos 

São bolsas membranosas que contêm alguns tipos de enzimas digestivas. Os peroxissomos

diferem dos lisossomos principalmente quanto ao tipo de enzimas que possuem. Além de

conterem enzimas que degradam gorduras e aminoácidos, têm também grandes quantidades

da enzima catalase.

Centríolos

Os centríolos são organelas não envolvidas por membrana e que participam do progresso de

divisão celular. São formados por um total de nove trios de microtúbulos protéicos, que se

organizam em cilindro.

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Cílios e Flagelos

São estruturas móveis, encontradas externamente em células de diversos seres vivos. Os cílios

são curtos e podem ser relacionados à locomoção e a remoção de impurezas. Em alguns

protozoários, por exemplo, o paramécio, os cílios são utilizados para a locomoção. Já os

flagelos são longos e também se relacionam a locomoção de certas células, como o

espermatozóide.

Citoesqueleto

O citoesqueleto é o conjunto de filamentos e finíssimos túbulos de proteínas presentes no

citossol das células, responsáveis pela sustentação e forma, permitindo o seu movimento e

transporte de substâncias. Entre suas funções, também destacamos a participação na

organização dos centríolos, cílios e flagelos; orientação e deslocamento dos cromossomos,

formando as fibras do fuso e do áster durante o processo de divisão celular (mitose e meiose) e

a execução de contrações musculares pelo deslizamento dos filamentos de miosina sobre os

de actina, entre outras.