Organizaça o - Criabrasilis · 2015-05-28 · Entender o conceito de inovação e praticá-lo...
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Boletim Ibero-americano de Criatividade e Inovação, Campinas, nº 04, 67-79, outubro-novembro-2014
Organizaça o:
Editor-chefe: Sergio Fernando Zavarize
Co-editora: Solange Muglia Wechsler
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Boletim Ibero-americano de Criatividade e Inovação, Campinas, nº 04, 67-79, outubro-novembro-2014
Suma rio
EDITORIAL 69
Solange Muglia Wechsler
INOVAR NO MUNDO DOS NEGÓCIOS 70
Guilherme Veríssimo Miguel CRIATIVIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR: UMA NECESSIDADE PREMENTE PARA UM ENSINO INOVADOR 72
Fernanda Hellen Ribeiro Piske CRIATIVIDADE: CARACTERÍSTICAS EM ATLETAS BRASILEIRAS 73
Maria Célia Bruno Mundim A CRIATIVIDADE COMO INSTRUMENTO DE QUALIDADE DE VIDA 74
Sergio Fernando Zavarize VIDROS LUMINESCENTES BRILHAM NO OCEANO AZUL: A ARTE DE TERESA ALMEIDA 75
Regina Lara Silveira Mello
VALE A PENA LER 77
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DIRECIONADA À POPULAÇÕES ESPECÍFICAS: TÉCNICAS, MÉTODOS E ESTRATÉGIAS 77
Carolina Rosa Campos, Tatiana de Cássia Nakano ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO (AH/SD): CRIATIVIDADE E EMOÇÃO 78
Fernanda Hellen Ribeiro Piske, Járci Maria Machado, Sara Bahia, Tania Stoltz
CHAMADA PARA A PRÓXIMA EDIÇÃO 79
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Boletim Ibero-americano de Criatividade e Inovação, Campinas, nº 04, 67-79, outubro-novembro-2014
Editorial
Solange Muglia Wechsler Pontifícia Universidade Católica de Campinas Co-editora do BCriai E-mail: [email protected]
É com grande satisfação que
percebemos a amplitude dos assuntos
trazidos no BCRIAI em cada um dos seus
números. Temos assim tentado mostrar
que a criatividade está em todas as áreas
e em todos os contextos culturais ou
países.
Este número demonstra, por si só,
a abrangência da criatividade em
diferentes contextos. Neste sentido, traz
não somente o aspecto artístico da
criatividade, como também o psicológico,
o biológico, o educacional, e o inovador.
Portanto, a implicação é que a
criatividade pode ser identificada e
desenvolvida em todas as áreas de
conhecimento, tornando-a assim uma
disciplina científica.
No contexto artístico, a belíssima
obra de Tereza de Almeida em
composição de vidro com substâncias que
produzem luminescência, é comentada
pela artista Regina Lara Silveira Mello. No
campo psicológico, destacam-se as
informações do lançamento do livro sobre
a avaliação psicológica com populações
específicas, editado por Carolina Rosa
Campos e Tatiana Nakano. A
compreensão psicológica das mulheres
premiadas na área de atletismo é também
palco de importantes contribuições pela
pesquisadora Maria Celia Mundim.
No campo físico ou biológico, a
noção de que atividades criativas podem
contribuir para a melhoria da qualidade de
visa, é apresentada pelo fisioterapeuta
Sergio Zavarize. Por sua vez, a
necessidade da criatividade no contexto
escolar é comentada por Fernanda Hellen
Ribeiro Psiki, como co-editora de dois
livros, um primeiro sobre a criatividade na
escola e o segundo sobre
desenvolvimento de talentos.
A criatividade também é essencial
e crucial para se obter inovações. Tal fato,
apesar de pouco conhecido é ressaltado
por Guilherme Verísismo Miguel. Vemos
assim a importância do desenvolvimento
da criatividade na indústria brasileira para
que esta possa inovar e ser mais
competitiva.
Finalmente, queremos agradecer
aos nossos leitores e colaboradores pelos
importantes temas que tem oferecido
para nosso BCRIAI e contamos com vocês
nas próximas edições.
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Boletim Ibero-americano de Criatividade e Inovação, Campinas, nº 04, 67-79, outubro-novembro-2014
INOVAR NO MUNDO DOS NEGÓCIOS Guilherme Veríssimo Miguel Creare Desenvolvimento Humano Ltda E-mail: [email protected] Inovar é preciso e é fundamental! Penso e sinto que inovar é uma
paixão; é mais fazer do que falar; é mais agir do que pensar. E é preciso se reinventar a cada dia para poder inovar melhor, usar metodologias e melhores práticas e, também, arte, intuição e criatividade.
A palavra inovação é derivada do termo latino innovatio, e se refere a uma idéia, método ou objeto que é criado e que pouco se assemelha a padrões anteriores.
Segundo Freeman, “Inovação é o processo que inclui as atividades técnicas, concepção, desenvolvimento, gestão e que resulta na comercialização de novos (ou melhorados) produtos, ou na primeira utilização de novos (ou melhorados) processos”.
No âmbito empresarial, inovação pode ser também definida como fazer mais com menos recursos, por permitir ganhos de eficiência em processos, quer produtivos, quer administrativos ou financeiros, quer na prestação de serviços, potenciar e ser motor de competitividade. A inovação, quando cria aumentos de competitividade, pode ser considerada um fator fundamental no crescimento econômico de uma sociedade.
Sobre a importância de inovar Inovar torna-se essencial para a
sustentabilidade das empresas, já que as
inovações são capazes de gerar vantagens competitivas a médio e longo prazo. A inovação tem a capacidade de agregar valor aos produtos de uma empresa, diferenciando-a no ambiente competitivo. Ela é ainda mais importante em mercados commoditizados, que apresentam alto nível de competição e cujos produtos são praticamente equivalentes entre os ofertantes. Aqueles que inovam neste contexto, seja de forma incremental ou radical, de produto, processo ou modelo de negócio, ficam em posição de vantagem em relação aos demais. As inovações são importantes porque permitem que as empresas acessem novos mercados, aumentem suas receitas, realizem novas parcerias, adquiram novos conhecimentos, aumentem o valor de suas marcas e contribuam de maneira mais significativa para a sociedade em geral.
Sobre a dinâmica da inovação Em geral, as empresas são o centro
da inovação. É por meio delas que as tecnologias, invenções, produtos e ideias chegam ao mercado. A maioria das grandes empresas possui áreas inteiras dedicadas à inovação, com laboratórios de pesquisa e desenvolvimento (P&D) que contam com diversos pesquisadores, mas a interação entre parceiros é fundamental. Esses parceiros têm diversas funções, desde a realização externa de pesquisas e de
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desenvolvimento de produtos e processos, até a aplicação de investimentos ou subsídios. Dessa forma, um conjunto de instituições forma o que conhecemos como sistema ou rede de inovação: universidades, centros de pesquisa, agências de fomento, investidores, governo e empresas com seus clientes, fornecedores, concorrentes e/ou outros parceiros. Uma tendência que está se tornando cada vez mais forte é o modelo de inovação aberta (“open innovation”), onde as empresas vão buscar, fora de seus centros de P&D, ideias e projetos que podem ajudá-las a agregar diferenciais competitivos.
Sobre a Gestão da Inovação Inovar é fundamental para a
sustentabilidade do negócio, mas as empresas costumam não enxergar isso claramente. Além disso, é preciso suportar os passos que levam à inovação contínua. Não bastam ideias! Não bastam intenções! É preciso gestão. É preciso gerar valor de maneira contínua.
A Gestão da Inovação deve estar alinhada à estratégia da empresa. Inicialmente, é preciso refletir no que se quer inovar para que a geração de ideias seja estimulada na mesma direção estratégica. Na execução, assumir e gerenciar riscos na busca de retornos, independentemente se a inovação é um produto, processo ou serviço.
O futuro Inovar envolve uma série de
competências tecnológicas, mercadológicas e gerenciais, permitindo interpretações e adaptações. Mas algo em comum essas adaptações buscam: uma visão de futuro, compartilhada pela antecipação de tendências. Afinal, inovar é criar novas formas de valor em relação às demandas futuras. Entender o conceito de inovação e praticá-lo demanda tempo, dedicação e investimentos. Entretanto, o que se pode perceber é que as empresas que se tornam verdadeiramente inovadoras não se arrependem de ter tomado esse caminho.
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CRIATIVIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR:
UMA NECESSIDADE PREMENTE PARA
UM ENSINO INOVADOR
Fernanda Hellen Ribeiro Piske Universidade Federal do Paraná E-mail: [email protected]
A qualidade do ensino é colocada em pauta em muitas escolas, ainda assim, percebe-se que não há grandes mudanças na prática pedagógica e nas medidas educacionais que, por muitas vezes, não atendem os anseios dos discentes, principalmente de crianças com alto potencial.
O ato de criar, inventar, descobrir, está intrinsecamente relacionado ao trabalho mental da mais alta qualidade e se torna em essência, enxergar algo que não foi descoberto antes. Desta forma, é possível caracterizar o verdadeiro conceito de criar (GUENTHER, 2000). A criatividade está presente no incentivo maior à imaginação e do potencial criador, por isso, é importante trabalhar em originar questões instigantes, pois a partir de uma pergunta que estimule a curiosidade do aluno, é que uma reorganização da realidade conhecida pode ser trabalhada e gerar grandes descobertas.
Neste contexto, a motivação, a criatividade, o envolvimento no processo de aprendizagem que o aluno apresenta, irá depender da estimulação e treinamento da equipe docente em sala de aula, pois as práticas educacionais podem ser decisivas para que os alunos demonstrem o seu interesse pelo conteúdo que lhes é ensinado.
“Um grande número de pesquisas tem mostrado que criatividade e envolvimento com a tarefa podem ser influenciados pelas práticas educacionais e desenvolvidos através de estimulação e treinamento” (ALENCAR, 2001, p. 60). Porém, estas práticas muitas vezes ocorrem por meio de simples reprodução de conteúdo. Ou seja, o conteúdo é apenas realizado por uma transmissão, consequentemente não há inovações, e isto ocasiona a falta de motivação em aprender. Por esta razão, crianças que apresentam altas habilidades /
superdotação (AH/SD) se sentem frustradas pela forma repetitiva e monótona de ensino que seus professores oferecem durante as aulas.
Neste contexto, a escola se torna apenas uma instituição de reprodução, não havendo uma formação docente adequada e muito menos alunos que reflitam sobre o ensino-aprendizagem. Devemos pensar na Educação de forma mais ampla e criar possibilidades de desenvolvimento, pois “a aprendizagem é mais efetiva quando os alunos desfrutam o que estão fazendo” (RENZULLI, 2004). Recomenda-se o livro “Criatividade na escola: o desenvolvimento de pontencialidades, Altas Habilidades / Superdotação (AH/SD) e talentos, organizado por Fernanda Hellen Ribeiro Piske e Sara Bahia.
Esta obra visa justamente a suprir a lacuna existente no ensino repetitivo e limitado, apresentando diversas possibilidades de realizar o desenvolvimento da criatividade no contexto escolar por meio de artigos de especialistas da área da Criatividade do Brasil, da Espanha e de Portugal.
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CRIATIVIDADE:
CARACTERÍSTICAS EM ATLETAS
BRASILEIRAS
Maria Célia Bruno Mundim Doutoranda em Psicologia Pontifícia Universidade Católica de Campinas E-mail: [email protected]
Em pesquisa sobre mulheres criativas que está sendo realizada em um programa de doutorado pela PUC-Campinas está mostrando que as atletas com performance de sucesso possuem características criativas.
A partir de uma entrevista composta por questões relacionadas à carreira, interações pessoais e hábitos de trabalho realizada com uma atleta (modalidade individual do atletismo) medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos, recordista sul-americana e com participação em três Olimpíadas e com uma jogadora de vôlei tricampeã sul-americana na categoria juvenil, campeã sul-americana na categoria adulta e pentacampeã brasileira na categoria adulta, pôde-se verificar os seguintes aspectos criativos comuns entre elas: liderança, intuição, independência de julgamento, sentido de destino criativo/ missão criativa e cultivo de valores.
Na literatura não há registro de estudos sobre as características cognitivas e afetivas do atleta considerado criativo, ou seja, daquele que apresenta um comportamento inovador ou fora dos padrões usuais de ação em determinada modalidade esportiva. Portanto, há necessidade de pesquisas relacionadas ao tema, pois a criatividade é considerada um importante aspecto mental necessário para o atleta desenvolver um desempenho de sucesso de acordo com psicólogos do esporte.
Existe um vasto campo a ser explorado no que refere à criatividade relacionada ao esporte. A criatividade do atleta de alta performance em esportes coletivos e individuais, a criatividade nos processos grupais de times, o estilo de criar de técnicos esportivos, o clima criativo em times são alguns dos temas a serem estudados no Brasil e em outros países.
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A CRIATIVIDADE COMO INSTRUMENTO DE QUALIDADE DE VIDA
Sergio Fernando Zavarize Pós-Douturando em Psicologia Pontifícia Universidade Católica de Campinas E-mail: [email protected]
A Criatividade pode ser
conceituada como uma característica capaz de proporcionar ao indivíduo criativo, diferentes formas de adaptação às situações das mais variadas e, muitas vezes, adversas. Torna-se fundamental contextualiza-la frente à qualidade de vida, já que esta retrata um importante construto a cerca dos níveis desejáveis de adaptação do indivíduo ao ambiente e ao seu próprio corpo, muito comprometidos pelas exigências e pressões inerentes à vida moderna.
O estudo sobre a personalidade social é uma das vias para se compreender os processos criativos. As características relacionadas aos traços de personalidade, aspectos motivacionais e o envolvimento sociocultural são variáveis importantes dentro deste contexto.
O processo criativo está ligado efetivamente às ações; às características individuais de se relacionar com o meio de maneira própria, inovadora e produtiva. A solução de problemas é um ponto intimamente relacionado à capacidade criativa. Em consequência dessa concepção, observam-se interações das habilidades cognitivas, características de personalidade e elementos ambientais que facilitam o sujeito a desenvolver ações criativas.
Assim sendo, o indivíduo se torna capaz de transformar positivamente seu cotidiano. Além disso, a pessoa criativa tende a buscar alternativas para diferentes situações e problemas, independentemente do grau em que a dificuldade se apresente. Portanto, a criatividade é fundamental em vários momentos da vida, particularmente, nas situações de risco, pois permite que tais situações sejam entendidas como um obstáculo a ser superado.
A qualidade de vida abrange uma diversidade de fatores e representações subjetivas que refletem conhecimentos, experiências e valores socioculturais dos indivíduos e conforme conceituação da
Organização Mundial da Saúde pode ser entendida como a percepção do indivíduo sobre sua vida, nos aspectos culturais, dos sistemas de valores, das expectativas e das preocupações referentes aos seus objetivos.
Ao levar em consideração a importante relação entre a criatividade e a qualidade de vida, é imprescindível notar que as contribuições que uma traz para a outra, podem facilitar a elaboração de novas opções e alternativas de adaptação para o cotidiano, promovendo a resolução de problemas, além de proporcionar uma possível melhora nas ações no dia-a-dia, seja no ambiente familiar, na escola ou no trabalho.
Embora exista certamente um número expressivo de pesquisas em criatividade, poucos estudos envolvem este tema relacionando-a de forma direta com a qualidade de vida. Em pesquisa realizada na Pontifícia Universidade Católica de Campinas com 158 participantes de ambos os sexos, com idade entre 30 e 88 anos, foi possível observar algumas relações importantes entre Criatividade e Qualidade de vida. Foram utilizados como instrumentos a Escala do Perfil Criativo, que se utiliza de Adjetivos Contextualizados para a Avaliação da Pessoa Criativa e o Instrumento de Avaliação da Qualidade de Vida (WHOQOL-bref), da Organização Mundial de Saúde, que representa quatro domínios do construto: físico, psicológico, social e meio ambiente.
Os resultados mostraram uma correlação significativa entre os escores do Perfil Criativo e os de Qualidade de Vida (p ≤ 0,01). Em conformidade com esses dados, a Criatividade parece influenciar de forma positiva a Qualidade de Vida em todos os seus domínios. Futuros estudos deverão avançar nessa importante área que abraça a Criatividade, a Qualidade de Vida e a Saúde.
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VIDROS LUMINESCENTES BRILHAM
NO OCEANO AZUL:
A ARTE DE TERESA ALMEIDA
Regina Lara Silveira Mello Universidade Presbiteriana Mackenzie Email: [email protected]
Em abril de 2011 o Centro Histórico da Universidade Presbiteriana Mackenzie convidou a artista portuguesa Teresa Almeida para mostrar suas belas esculturas de vidro que brilham no escuro, proporcionando a exposição “Vidro [ARTE] Luminescência”, sob curadoria desta autora. Foram apresentadas obras concebidas e realizadas a partir de antigas técnicas de fusão do vidro como pâte de
verre e casting, que inovam o processo de criação na arte contemporânea utilizando material resultante de extensa pesquisa científica. Almeida doutorou-se na Universidade de Aveiro em Portugal onde constituiu pesquisa articulando saberes da arte e da ciência, estudando densamente a massa vítrea e recriando a matéria com substâncias que produzem efeito de luminescência.
Figura 1. ‘Subtle movements of the corals in the Blue Ocean I’(19x80x25cm, 2008), Pâte de verre, São Paulo, Brasil. Fonte: Teresa Almeida.
O domínio absoluto do material permitiu a esta artista criar com maestria e refinamento, valorizando as qualidades estéticas do vidro como transparência e luminosidade renovadas por brilhos e cores surpreendentes. A exposição foi montada em salas escuras, iluminadas apenas por lâmpadas negras de luz
ultravioleta, num desafio museológico que estabelecia a aproximação cautelosa dos visitantes. No percurso sugerido encontravam delicadas esculturas brilhando na escuridão do imenso oceano e eram conduzidos a espaços desconhecidos, onde o sonho e a realidade se confundiam.
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Figura 2. "Subtle movements of the corals in the Blue Ocean II",(19x80x25cm,2008), técnica Pâte de verre. São Paulo, Brasil. Fonte: Teresa Almeida.
Teresa Almeida revelou seu profundo apreço ao mar, convidando o visitante a navegar no escuro entre corais luminosos, sugerindo a imensa diversidade de elementos marinhos. O
público visualizava formas oníricas ampliadas pelo vidro como lentes que provocam a imaginação dando impulso ao encantamento.
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Vale a pena ler
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DIRECIONADA À POPULAÇÕES
ESPECÍFICAS: TÉCNICAS, MÉTODOS E ESTRATÉGIAS
Carolina Rosa Campos
Tatiana de Cássia Nakano
Este livro possibilita ao leitor o conhecimento de técnicas, metodologias e estratégias atuais utilizadas por profissionais que trabalham com avaliação psicológica, de maneira geral, direcionada à populações minoritárias. Aborda conceitos importantes e específicos de cada população que devem ser considerados durante o processo de avaliação, apontando os procedimentos que viabilizam uma avaliação ética, global e não rotuladora. Assim sendo, este livro
torna-se de fundamental importância para uso em disciplinas vinculadas ao contexto da avaliação, possibilitando a apreensão de conhecimentos dentro da área de avaliação psicológica sob um enfoque mais específico (deficientes, superdotados, pessoas com quadros clínicos, atletas de alto rendimento), bem como para profissionais que buscam, através da Psicologia, estratégias de inclusão social advindas de avaliações psicológicas.
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ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO (AH/SD): CRIATIVIDADE E
EMOÇÃO
Fernanda Hellen Ribeiro Piske
Járci Maria Machado
Sara Bahia
Tania Stoltz
Este livro conta com importantes
contribuições de especialistas dos Estados Unidos, Espanha, Portugal e Brasil. Esta obra reflete a necessidade da sociedade desenvolver os seus talentos para promover a inovação e minorar os inúmeros problemas que enfrenta, este livro aprofunda os temas da superdotação e da criatividade e os associa a uma dimensão essencial da essência humana, como a emoção.
O livro reúne um conjunto de capítulos inovadores fruto de reflexões
profundas e de investigações realizadas em contextos diversificados e realidades diferentes. Os autores provêm de diferentes cantos do mundo o que traz uma grande flexibilidade nos olhares sobre a temática das altas habilidades e deixa entrever uma perspectiva original e potencialmente frutífera. A multiplicidade de olhares permite equacionar as preocupações sobre o desenvolvimento de talentos e perspectivar orientações de futuro.
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Chamada para a pro xima ediça o
Convidamos a todos os interessados em publicar neste Boletim a enviar
suas contribuições até dia 10 de Dezembro / 2014.
Boletim nº 05 – Lançamento previsto para dia 19 de Dezembro de 2014.
Este boletim aceita contribuições nos idiomas português, espanhol e
inglês.
Participem. Esta é uma excelente oportunidade para divulgar seus
trabalhos para a comunidade ibero-americana.
E-mail para o envio: [email protected]
Cordialmente,
Sergio Fernando Zavarize Solange Muglia Wechsler
Editor-chefe Co-editora
Organização: