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Pessanha Sudré Junior, Ronald Leonardo.

Organização e planejamento da manutenção de equipamentos de

hidrojato/ Ronald Leonardo Pessanha Sudré Junior

– Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola Politécnica, 2014.

viii, 63 p.: il.; 29,7 cm.

Orientador: Fabio Luiz Zamberlan.

Projeto de Graduação – UFRJ/ POLI/ Engenharia Mecânica,

2014.

Referências Bibliográficas: p. 48.

1. Solicitação de Compra. 2. Plano de Manutenção. 3. Controle

de Peças. 4. Engeman. I. Luiz Zamberlan, Fabio. II. Universidade

Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Engenharia Mecânica.

III. Organização e planejamento da manutenção de equipamentos

de hidrojato

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iv

   

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v

AGRADECIMENTOS

A Deus por me dar saúde, oportunidades e força para superar um dos maiores

desafios da minha vida.

Aos Meus pais que se esforçaram muito para me dar suporte, e a minha irmã

pela sua dedicação.

Aos Meus avós e padrinhos, estes sempre me apoiaram.

Ao orientador Fabio Zamberlan, pela sua dedicação, paciência e lições

aprendidas.

A minha namorada Maraísa, minha amiga Isadora e meu coach/ amigo Marcelo

Buch, que se dedicaram para me ajudar neste trabalho.

A todos os meus amigos que fiz durante os anos de faculdade, estes têm uma

responsabilidade muito grande por eu conseguir chegar até a realização deste trabalho.

São: Fernando Barra, Rafael Chaves, Marcio Barbosa, Gabriel Mesquita, Gustavo

Bitencout, Jorge Luiz, Rafael Miranda, Victor Parreira e Mauricio Machado

Page 6: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

vi

Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao DEM/UFRJ como parte dos

requisitos necessários para obtenção do grau de Engenheira Mecânica.

ORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO DE

EQUIPAMENTOS DE HIDROJATO

Ronald Leonardo Pessanha Sudré Junior

Agosto/2014

Orientador: Fabio Luiz Zamberlan

Curso: Engenharia Mecânica

Este Projeto de Graduação descreve tentativas e mudanças implementadas no

setor da manutenção da empresa Euromarine, que presta serviços anticorrosivos, com

auxílio de consultas a funcionários com experiência técnica, da utilização de programas

de computador, de pesquisas e estudos para aprimorar o conhecimento técnico. O

método hidrojato e seus equipamentos é o foco, devido à importância no faturamento da

empresa. O software Engeman serviu para facilitar o controle de peças, a confecção dos

planos de manutenção e as solicitações de compras tem seu funcionamento explicado.

Além disso, são descritos os métodos utilizados para auxiliar na execução das melhorias

realizadas durante meses de serviços prestados.

Palavras-chave: Solicitação de Compra; Engeman; Plano de Manutenção;

Hidrojato; Controle de Peças.

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Abstract of Undergraduate Project present to DEM/UFRJ as a part of fulfillment

of the requirements for the degree of Mechanical Engineer.

ORGANIZING AND PLANNING OF MAINTENANCE OF HIDROJATO

EQUIPMENT

Ronald Leonardo Pessanha Sudré Junior

August/2014

Advisor: Fabio Luiz Zamberlan

Course: Mechanical Engineering

This Graduation Project describes attempts and changes implemented in the

maintenance area of Euromarine’s Company, which provides anti corrosive services

helped by their staff expertise, using computer programs, research and studies to

improve the technical knowledge. The waterjet method and its equipment is the focus of

this work because of its importance in the company's revenues. The Engeman software

was used to facilitate control of parts, the preparation of maintenance plans and requests

for purchases has explained here its functioning. In addition, it is here described the

methods used to assist in implementing the improvements made during months of

service.

Keywords: purchasing request; Engeman; Maintenance plan; waterjet; control

parts.

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viii

SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO ..................................................................................... 1 

1.1.  Motivações ......................................................................................................... 1 

1.2.  Organização ....................................................................................................... 2 

CAPÍTULO 2 – APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ...................................................... 4 

2.1. Euromarine Engenharia Ltda: Atividades .............................................................. 4 

2.2. Surgimento e Trajetória da Empresa...................................................................... 4 

2.3. Hidrojato ............................................................................................................... 5 

2.4. O Estaleiro Inhaúma ............................................................................................. 7 

2.5. A Euromarine no Estaleiro Inhaúma .................................................................... 9 

CAPÍTULOS 3 – COMO ERA A MANUTENÇÃO NA EMPRESA ........................... 10 

3.1. Como cheguei ao setor de manutenção ............................................................... 10 

3.2. A Estrutura da Manutenção ................................................................................. 10 

3.3. A Manutenção ..................................................................................................... 12 

CAPÍTULO 4 - DIAGNÓSTICO DA MANUTENÇÃO DA EUROMARINE NO

ESTALEIRO INHAÚMA .............................................................................................. 14 

4.1. A Manutenção e a Particularidade da Obra ........................................................ 14 

4.2. Como a Manutenção da Euromarine Enfrentava as Dificuldades de uma Obra de

Reparo ......................................................................................................................... 15 

CAPÍTULO 5 - ENGEMAN .......................................................................................... 17 

5.1. O que é o Engeman ............................................................................................. 17 

5.2. Atividades realizadas com o auxílio do Engeman ............................................. 18 

5.3. Trabalhos executados com base nas atividades realizadas com auxílio do

Engeman ..................................................................................................................... 28 

CAPÍTULO 6 - ANÁLISE CRÍTICA E NOVAS PROPOSTAS DE MELHORIA ...... 40 

6.1. Controle do Estoque ............................................................................................ 40 

6.2. Tipos de Manutenções Utilizadas e Propostas ..................................................... 42 

Page 9: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

ix

6.3. Investir nos Funcionários .................................................................................... 43 

6.4. Diversidade de Fornecedores .............................................................................. 44 

CAPÍTULO 7 - CONCLUSÕES .................................................................................... 46 

CAPÍTULO 8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................. 48 

ANEXO A – CHECK LIST EUROMARINE ................................................................ 49 

ANEXO B – CHECK LIST DE MANUTENÇÃO ......................................................... 50 

ANEXO C – EUROMARINE ........................................................................................ 51 

ANEXO D – EXEMPLO DE PLANO DE MANUTENÇÃO ....................................... 52 

ANEXO E - GRÁFICO COMPARATIVO MENSAL DO CUSTO DA

MANUTENÇÃO ............................................................................................................ 53 

ANEXO F - GRÁFICO DE ORDENS DE SERVIÇOS GERADAS ............................ 55 

ANEXO G - MODELO DE ORDEM DE SERVICO PROGRAMADA ...................... 56 

ANEXO H - OC - ORDEM DE COMPRAS 00403-14 ACB ........................................ 57 

ANEXO I - OC - ORDEM DE COMPRAS 00635-14 ACB ANTICORROSIVA ....... 58 

ANEXO J - PROCEDIMENTO PARA ESTOQUE MÍNIMO E MÁXIMO -

EUROMARINE ............................................................................................................. 59 

ANEXO K - RELATÓRIO SERVIÇOS REALIZADOS (O.S.) ................................... 62 

ANEXO L - CONTROLE DO HORÍMETRO .............................................................. 63 

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x

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Campus de preenchimento das informações de cadastro das peças .............. 19 

Figura 2 - Campus de preenchimento referente ao estoque............................................ 20 

Figura 3 - Modelo do Relatório a Ressurprir .................................................................. 21 

Figura 4 - Histórico de utilização de uma determinada peça ......................................... 22 

Figura 5 - Encerramento da O.S. .................................................................................... 23 

Figura 6 - Exemplo de coleta de uma bomba em um determinado período ................... 26 

Figura 7 - Listagem completa planos de manutenção .................................................... 27 

Figura 8 - Lista de procedimentos para realizar a manutenção de 250 horas ................. 27 

Figura 9 - Gráfico comparativo mensal do custo da manutenção .................................. 33 

Figura 10 - Gráfico quantitativo dos tipos de manutenção ............................................. 34 

Figura 11 - Grafico comparativo do quantitativo mensal ............................................... 35 

Figura 12 - Gráficos comparativos do custo médio por tipo de manutenção ................. 36 

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CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO

1.1.Motivações

No atual contexto empresarial o nível de mudanças é grande e vem

acompanhado de novos vetores de ação com o firme propósito de viabilizar criação de

vantagens competitivas nas empresas. Por estes motivos, todos os setores da empresa

necessitam de organização e planejamento para enfrentar a competitividade. Diante

deste cenário a manutenção precisa de acompanhamento e desenvolvimento constantes.

Analisando estes fatores e somando o desejo de realizar um bom trabalho no setor da

manutenção este trabalho demonstra tentativas e mudanças implementadas com auxílio

da troca de conhecimentos, da utilização de programas de computadores, de pesquisas e

estudos para colaborar no enfrentamento dos problemas.

Com relação aos procedimentos técnicos para coleta de informações, este

Projeto de Graduação baseia-se em pesquisas bibliográficas, busca de conhecimento de

pessoas com experiência no setor e auxílio acadêmico. Com objetivo de gerar melhorias

no setor da manutenção da empresa, etapas foram seguidas:

a) Primeira etapa: Conhecer o tipo de serviço oferecido pela empresa com o

objetivo de entender todo o processo para criar bases para as etapas seguintes.

b) Segunda etapa: Voltar à atenção para o setor da manutenção e realizar

observações.

c) Terceira etapa: Analisar e identificar falhas para implementar melhorias.

d) Quarta etapa: Estudar a melhor forma de realizar modificações e escolher

as ferramentas para auxiliar o trabalho.

e) Quinta etapa: Propostas futuras.

Na organização e no planejamento, várias são as possibilidades de captura de

informações que quando trabalhadas e refinadas podem proporcionar a equipe de

manutenção planejar e programar a manutenção de uma forma mais rápida e racional.

Mas o acesso à informação, principalmente na relação entre pessoas, não é fácil. O

presente trabalho mostra as formas utilizadas para extrair informações de pessoas

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desconfiadas do novo, os que diante de uma nova situação a primeira atitude é ir contra.

Então, a compreensão do comportamento do ser humano se faz necessário.

O Planejamento e Controle da Manutenção (PCM) estudado através da leitura do

livro com o mesmo nome, (Viana; 2002), trouxe uma orientação para implantação de

novas metodologias organizacionais utilizando a evolução da informática e eletrônica.

Um exemplo usado no trabalho foi o Engeman, que é um software utilizado para

auxiliar a manutenção. Também a colaboração de Marcelo Buch, Engenheiro Químico,

gerente geral da Euromarine e meu coach, foi fundamental para ajudar na

implementação do programa. Ele apoiou, estudou as funções do programa para

trocarmos informações e ofereceu todo seu conhecimento técnico de anos de

experiência para tirar minhas dúvidas em relação ao serviço realizado pela empresa. O

Engeman teve destaque neste trabalho, pois axiliou na organização, no planejamento e

na execução dos planos de manutenção.

Há a necessidade de estabelecer planos em qualquer tipo de manutenção,

determinando os ciclos de cada material e os procedimentos utilizados em cada

intervenção, com o objetivo de reduzir custos, diminuir o prazo para a execução e

ganhar competitividade.

Entre as abordagens deste trabalho, está a aproximação com os fornecedores, já

que estes devem ser vistos como parceiros. Assim, é importante criar métodos claros

para mostrar ao fornecedor o conteúdo do estoque e as técnicas de compras utilizadas,

para que ele possa se programar e atender as solicitações. Além de criar uma

harmoniosa convivência, esta aproximação facilita obter descontos e reduzir os prazos

de entrega.

1.2.Organização

O trabalho é divido em capítulos, o primeiro que é o atual, descreve a motivação,

introduz o tema e mostra a estrutura do conteúdo. No segundo capítulo a empresa é

apresentada e os serviços oferecidos são explicitados, a obra, na qual as mudanças

foram implementadas, é descrita, e o principal método utilizado pela empresa, que é o

hidrojato, é explicado. O capítulo três descreve como era a manutenção na empresa,

como este setor era dividido e as funções de cada cargo. No quarto capítulo é descrito o

diagnóstico da manutenção, as observações são relatadas demonstrando os setores que

mais necessitavam de melhorias. O quinto capítulo é dedicado ao Engeman, o software

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3

que ajudou nos principais métodos para alcançar os objetivos. Este programa facilitou o

controle do estoque, as solicitações de compras e a confecção dos planos de

manutenção. O capítulo seis analisa de forma crítica os principais métodos utilizados

pela empresa para realizar a manutenção, relata as mudanças adotadas e propõe

melhorias futuras. O último capítulo, que é o sétimo, comenta o trabalho como um todo

de uma forma objetiva.

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CAPÍTULO 2 – APRESENTAÇÃO DA EMPRESA

2.1. Euromarine Engenharia Ltda: Atividades

A Euromarine Engenharia Ltda, atua nos setores Naval, Off-shore e Industrial

através da realização de serviços anticorrosivos. A principal atividade da empresa é o

tratamento de superfícies, tendo como um dos métodos o hidrojato de Ultra Alta

Pressão (UHP), que representa cerca de 80% do faturamento. Este método será o foco

do presente trabalho, devido a sua importância e elevado valor de seus equipamentos, de

onde se justifica a realização de uma cautelosa manutenção.

Outras atividades realizadas pela empresa são: Proteção Passiva, que é a pintura

contra fogo em estruturas de aço aplicada em áreas internas e externas; Pintura de

Manutenção Industrial e Naval, atuando em diversas áreas como petroquímica,

refinarias, navios, plataformas, cujo objetivo é proteger as estruturas e equipamentos

dos fatores que causam desgastes (corrosão); Tratamento de Efluentes através de uma

estação desenvolvida pela Euromarine para reciclagem e reuso da água proveniente do

hidrojato; soluções de acesso para navios, plataformas e indústrias utilizando

equipamentos desenvolvidos para realizar esta tarefa de forma eficaz.

2.2. Surgimento e Trajetória da Empresa

Fundada em Março de 2009 por dois engenheiros químicos: José Mauro Leta,

com vasta experiência profissional em estaleiros nacionais e internacionais na área de

preparo de superfície e pintura; e Marcos Saad, cuja trajetória profissional foi forjada

em atividades de pesquisa e desenvolvimento de tintas. A Euromarine é criada para

atender a demanda de hidrojato do Estaleiro Atlântico Sul – PE (EAS). A empresa

começa suas atividades no 1º navio do Programa de Aceleração do Crescimento do

governo federal, o Suezmax, João Cândido. No mesmo ano se torna a representante no

Brasil da alemã Hammelmann, maior fabricante de bombas de hidrojato do mundo. No

ano seguinte, a empresa alcança 1 milhão de metros quadrados hidrojateados sem

nenhum acidente por afastamento no Estaleiro Atlântico Sul – PE e começa as

atividades na plataforma P-55 no EAS.

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Em 2011 vence a concorrência da CCI, realiza a operação Turn Key na Unidade

Flutuante de Armazenamento e Transferência – em inglês Floating Production Storage

and Offloading, que tem como abreviação FPSO – neste caso chamado de FPSO P-62,

com as atividades de hidrojato, pintura e aplicação de intumescente. Este último é a

proteção passiva explicada anteriormente para proteger as estruturas do fogo. O FPSO é

um tipo de navio utilizado pela indústria petrolífera para a explotação (produção),

armazenamento de petróleo e/ou gás natural e escoamento da produção por navios

aliviadores. São utilizados em locais de produção distantes da costa com inviabilidade

de ligação por oleodutos e gasodutos. Neste mesmo ano de 2011 começam os serviços

no segundo navio do (EAS).

Em 2012, a Euromarine conquista o maior contrato brasileiro nos serviços de

hidrojato e pintura: os FPSO’s P-74, P-75, P-76 e P-77, a serem realizados no Estaleiro

Enseada do Paraguaçu – RJ. Esta obra terá um maior destaque ao longo do presente

estudo, por ser onde foram implementadas as mudanças realizadas na manutenção da

empresa. Neste mesmo ano, iniciam-se suas operações na cidade de Rio Grande – RS,

fornecendo tratamento para as plataformas P-55 e P-58, e começando os serviços no

terceiro e quarto navios do EAS.

Em 2013 a empresa passa a utilizar no Brasil equipamentos de acessibilidade da

austríaca Palfinger Systems Gmbh, cuja finalidade é reduzir tempo, retrabalhos e custos

operacionais, eliminando inconveniências de montagem de andaimes. No ano de 2014,

após aprovada no processo de avaliação, a empresa conquistou o Cadastro CRCC

Petrobras que permite fornecer diretamente a este cliente bens e serviços, além de fechar

contrato com a Engevix para os serviços anticorrosivos e pintura dos replicantes FPSO

P-66, P-67 e P-68 em Rio Grande – RS. Iniciam-se os serviços de tratamento e pintura

nos navios 5 e 6 do EAS, além das atividades no estaleiro de reparo Renave-Enavi – RJ

e no estaleiro VARD Promar – PE.

2.3. Hidrojato

O hidrojato, como dito anteriormente, é um método utilizado para tratamento de

superfícies, baseando-se na energia de água que golpeia uma superfície para alcançar o

seu efeito de limpeza. Abrasivos não são usados em sistemas de hidrojateamento. Por

conseguinte, eliminam-se seus respectivos gastos com recolhimento e descarte para o

ambiente, bem como os problemas causados pela poeira e poluição.

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Os dois tipos mais consagrados são: hidrojato de Alta Pressão (AP), que opera

com pressões entre 690 bar (1000 psi) e 1700 bar (2500 psi); e o hidrojato de Ultra Alta

Pressão (UHP), que opera com pressões acima de 1700 bar (25.000 psi).

As superfícies de aço hidrojateadas não possuem a mesma característica visual

em relação ao jateamento abrasivo seco. Isto se deve ao fato de que a água não produz

perfil de ancoragem, causando um esfeito estético mais opaco do que o jato seco. Há

padrões visuais distintos para cada tipo de jateamento.

Tanques internos de navios – cujas dificuldades são o acesso, a pouca

visibilidade e baixa ventilação – são normalmente hidrojateados com bombas de Ultra

Alta Pressão, demandando profissionais muito capacitados para o exercício dessa tarefa,

uma vez que o risco de acidentes é potencializado pelas dificuldades citadas e pela

pressão do jato d’água que pode causar, até mesmo, risco de morte.

Além das vantagens já citadas, há também outra em relação aos tipos mais

comuns (com abrasivos): essa técnica remove com maior eficiência os sais, que por não

serem visíveis ocultam um grande inimigo das superfícies de aço. Se não forem

combatidos quando do preparo, resultarão em problemas de corrosão bastante

prematuros.

Plataformas de petróleo novas ou que necessitam de manutenção têm sido

tratadas com hidrojateamento, pois o custo-benefício desse tratamento e a performance

final do sistema têm sido analisados, com ampla vantagem para o hidrojato.

2.3.1. Equipamento de Hidrojateamento de Ultra Alta Pressão

Para realizar o hidrojato é necessário o conjunto bomba, by pass e pistola. O

conjunto pode variar, mudando os dois últimos equipamentos citados. Outros elementos

podem ser conectados as bombas dependendo do serviço, mas o esquema mais utilizado

é o citado. Este conjunto mais comum custa em torno de R$ 550.000,00, sendo apenas a

bomba representante de 90% do valor total.

A bomba opera nos serviços realizados pela empresa, geralmente, fornecendo

uma pressão de 2800 bar (40.000 psi). Para fornecer esta pressão as bombas utilizadas

têm uma potência em torno de 165 CV, trabalhando com 500 rpm e a vazão média

fornecida por estes tipos de bomba é de 22, l/min. Para esta bomba operar é necessária a

utilização de um motor que forneça energia suficiente para seu bom funcionamento. O

motor mais comum é a diesel, utilizado em muitos caminhões leves da frota brasileira.

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7

O motor tem 165 CV de potência e 1800 rpm. A relação de transmissão e virabrequim é

de 3,6:1, quatro tempos em linha, injeção direta, seis cilindros, com uma taxa de

compressão igual a 15,8:1 e 6,450 litros é sua cilindrada total.

O by pass é um dispositivo de segurança que protege o operador (hidrojatista)

que utiliza a pistola para realizar o serviço de hidrojateamento. A passagem da água à

Ultra Alta Pressão só é liberada pelo by pass quando o hidrojatista aperta o gatilho da

pistola. Desta maneira, evita-se um acionamento inesperado, pois um descuido com a

pistola poderá gerar um acidente. O dispositivo funciona da seguinte maneira: A mola

atua sobre o eixo central (gangorra) do conjunto de válvula, direcionando a descarga a

passar pelo amortecedor de impacto. Somente com o acionamento do gatilho da pistola

o atuador pneumático inverte a posição do eixo central (gangorra), liberando o fluxo de

água para a pistola.

A pistola é por onde o fluxo de água sai. Em sua parte dianteira há um

equipamento chamado bico rotativo que gira para o jato d’água fazer uma melhor

preparação da superfície. Dependendo do fabricante, o bico rotativo pode girar pela

força da própria água ou pela utilização de ar. Para pistolas que utilizam ar, sua

estrutura recebe um conjunto pneumático.

2.4. O Estaleiro Inhaúma

Localizado no bairro do Caju, Zona Portuária do Rio de Janeiro (RJ), o estaleiro

possui uma área total de 320 mil m². Antigo Ishibrás, na década de 1980 este chegou a

ser o estaleiro com a segunda maior carteira de encomendas do mundo na construção de

navios. Também na mesma década, o empreendimento construiu os maiores navios

feitos no Brasil – Docefjord e Tijuca, com 313 mil toneladas.

No entanto, no final dos anos 80 e nos anos 90, com a decadência da indústria

naval, o estaleiro acabou sendo abandonado e deteriorou-se durante mais de uma década

de atividades.

Para atender às crescentes demandas provenientes da descoberta do pré-sal, a

Petrobras arrendou o estaleiro da Companhia Brasileira de Diques em junho de 2010 e

assumiu a sua gestão por um período de 20 anos. Assim, teve início a reforma e a

reconstrução de importantes instalações como, por exemplo, a do dique seco, que, após

um conjunto de obras de recuperação, encontra-se novamente em condições de uso. As

empresas contratadas para executar obras fizeram a revitalização nos dois cais, bem

Page 18: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

8

como a recuperação das oficinas de tubulação, estrutura e pintura, prédios de

administração, refeitórios, vestiários e redes de utilidades (eletricidade, gases, água e

esgoto). Mas alguns serviços ainda necessitam de atenção, como por exemplo: a

acessibilidade para os ônibus, meio de deslocamento da maioria dos empregados;

reformas nas vias, tanto dentro como na área externa do estaleiro. Sobre esse último

aspecto, pode-se ainda observar bastante terra nas vias, que em dias secos provocam

poeira, prejudicando a respiração das pessoas que por ali passam, e em dias de chuva a

passagem de pedestre fica complicada.

2.4.1. FPSO P-74

Em agosto de 2012 foram iniciadas as atividades. A P-74 será o primeiro FPSO

com destino aos campos da Cessão Onerosa, implantada em 2010 com a assinatura do

Novo Marco Regulatório de Petróleo. Foi concedido onerosamente à Petrobras o direito

de explorar e produzir petróleo e gás natural em áreas não licitadas do pré-sal, até o

limite de cinco bilhões de barris de óleo equivalente. Em junho deste ano, o Conselho

Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou a contratação direta da Petrobras para

produção do volume excedente as 5 bilhões de barris, sob o regime de partilha em

quatro áreas do pré-sal – Búzios, Entorno de Iara, Florim e Nordeste de Tupi.

A P-74 FPSO é o resultado da conversão do navio Titan Seema. A embarcação

era um cargueiro do tipo VLCC (Very Large Crude Carrier), termo que designa os

navios petroleiros com capacidade de carga entre 200 e 320 mil toneladas de porte

bruto. A conversão inclui: o reforço estrutural do casco; a construção de novos módulos

de acomodação com capacidade para 110 pessoas; a substituição integral dos

equipamentos originais, além da fabricação e instalação de 13 mil toneladas de

estruturas novas necessárias para suporte dos módulos, das linhas de produção e do

novo sistema de ancoragem, entre outros. Atualmente, a P-74 está no dique seco

finalizando os serviços de conversão do casco. Após esta fase, ficará atracada no cais 1

para que sejam executadas as atividades de acabamento.

Além da FPSO, o empreendimento já tem programada também a conversão de

outros três navios do tipo VLCC (Very Large Crude Carrier) em três cascos de modelos

FPSOs que vão operar no campo de Búzios, na área do pré-sal da Cessão Onerosa: P-

75, P-76 e P-77. Cada uma das quatro plataformas encomendadas no estaleiro Inhaúma

tem capacidade de produzir 150 mil barris de petróleo por dia. O conteúdo local

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previsto em contrato para cada um dos quatro cascos é de 70%. O conteúdo local é uma

determinação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)

de que os bens e serviços usados na construção de uma unidade dessas sejam, em

grande parte, de origem nacional, e não importados.

2.5. A Euromarine no Estaleiro Inhaúma

Esta obra foi uma conquista que fez a Euromarine ficar em destaque entre as

principais empresas do segmento. Foi o maior contrato brasileiro no serviço de hidrojato

e pintura. Nesta obra o hidrojato tem o maior faturamento, analisando-se os valores

cobrados pelos serviços, o que representa 82,6 % do total arrecadado.

A empresa tem cerca de 160 funcionários prestando serviço no Estaleiro

Inhaúma. Os equipamentos de hidrojatos destinados a esta obra variam de acordo com a

necessidade, dependendo sempre da quantidade de área liberada para realização do

trabalho. Esta é a forma como a empresa cobra pelo serviço realizado. Por exemplo, por

cada metro quadrado hidrojateado a Euromarine ganha um determinado valor. Depois

de hidrojateada a superfície é pintada, geralmente, em três demãos. Cada demão

também tem o seu valor por metro quadrado. Atualmente há 11 Bombas de Ultra Alta

Pressão, cerca de 30 by pass e 30 pistolas. Também há outros equipamentos que são

menos utilizados e são adicionados diretamente à bomba, que são: o Dockmate, um

equipamento cuja a finalidade é hidrojatear a parte do costado; dois spiderjets, também

utilizado no costado, mas em altura mais elevada; duas enceradeiras, cuja finalidade é

utilizar em convés e pisos em geral; e duas bombas de Alta Pressão, utilizadas para

lavagem (preparação para pintura).

Esta obra não é diferente das demais realizadas pela empresa Euromarine, o

conjunto mais utilizado é a bomba de UAP, by pass e pistola. Pode-se estranhar o

número de by pass e pistolas serem bem maiores que o de bomba de UAP. Porém, a

maioria das bombas usa duas pistolas e consequentemente 2 by pass. Ainda assim o

número fica elevado, mas por apresentarem falhas mais rápido que a bombas, estes

equipamentos têm um número extra para serem substituídos por outro, evitando perda

de tempo com reparos.

Page 20: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

10

CAPÍTULOS 3 – COMO ERA A MANUTENÇÃO NA EMPRESA

3.1. A chegada ao setor de manutenção

Ao ser contratado, a intenção dos diretores da empresa era me colocar voltado

para a organização dos Relatórios Diários de Produção. Nestes relatórios constam as

informações gerais, como a quantidade de máquinas que operaram no dia, o efetivo e

sua distribuição ao longo das frentes de trabalhos realizadas no navio, e a produção

realizada no dia. Lembrando que a produção é controlada através de metro quadrado

produzido, pois é desta forma que é cobrado pelo serviço. Basicamente a minha função

seria a de controlar a obra, saber como e quanto estava produzindo, e o quanto de área

para produzir teríamos em curto prazo para ajudar o planejamento e traçar as metas.

Mas o setor de manutenção da empresa não estava agradando aos diretores.

Então acharam melhor me colocar no setor de manutenção, pois meu curso superior é de

Engenharia Mecânica, e neste setor eu poderia ajudar a enfrentar as dificuldades.

Nos primeiros dias fui conhecer como era realizado o serviço da empresa de uma

forma geral, indo à todos os setores observar o trabalho realizado. Conheci como os

hidrojatistas trabalham, como é o setor da pintura, do planejamento e da manutenção.

Tive uma breve noção de como era todo o processo.

3.2. A Estrutura da Manutenção

A manutenção da Euromarine no Estaleiro Inhaúma era composta por um

coordenador, um supervisor, mecânicos, eletricistas e por operadores. São as pessoas

responsáveis pelo funcionamento das Bombas de Hidrojato.

O coordenador é responsável por planejar, montar a equipe e realizar

solicitações de compras de materiais para ter em estoque peças que serão utilizadas. As

solicitações de compras são importantes para evitar que a Bomba de Hidrojato fique

sem operar por falta de peça. A relação de peças pedidas tem que ser bem planejada,

atendendo a todas as necessidades para um bom funcionamento das bombas, e a

quantidade de cada item tem que ser bem programada para não gerar custos elevados

para empresa. Uma solicitação mal programada pode afetar a produção, pois a bomba

Page 21: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

11

não irá operar e/ou trazer prejuízos para empresa, impactando também no capital gasto

para efetuar a compra das peças.

A programação com os setores do navio, onde serão realizados os serviços,

chega às mãos do coordenador, que ao planejar, cabe ao supervisor fazer com que a

equipe cumpra a tarefa passada. O supervisor auxilia e distribui a equipe para que seja

realizado o trabalho conforme foi planejado.

O lugar onde o navio fica alojado se chama dique. Neste local são colocados os

picadeiros, que servem para sustentar o navio. Assim, o navio fica em torno de 2 metros

acima do chão. Com isso, podem-se realizar serviços no fundo, permitindo o trânsito de

pessoas e adicionar ferramentas e materiais para auxiliar o serviço. Aproveitando esses

espaços, foi instalado no dique próximo ao navio um container para o pessoal da

manutenção realizar os serviços de reparo sem precisar fazer grandes deslocamentos.

Neste container, ficam os mecânicos que realizaram os reparos como: consertar pistola,

by pass e reparo de peças das bombas. Estes só saem do container para efetuar reparos

na Bomba. São responsáveis por deixar todo o equipamento pronto para o trabalho,

realizar manutenção a demanda e manutenção sistemática.

Algumas bombas são elétricas. Há regiões do navio que são chamadas de espaço

confinado, onde o acesso é restrito, pouco iluminado e sem ventilação. Para fazer a

ligação e o acompanhamento das bombas, proporcionar iluminação e ventilação aos

espaços confinados, os eletricistas são usados para atender esta demanda.

Os operadores são responsáveis por acompanhar de perto o funcionamento das

bombas, relatando e observando o seu desempenho. Além desta função, o operador

ajuda na montagem da linha e garante o funcionamento do equipamento no local onde o

serviço está sendo executado. As bombas geralmente ficam no chão do dique, só que o

trabalho pode estar ocorrendo em diferentes regiões do navio, como: dentro de um

tanque, no fundo do casco, no convés (que é a parte de cima do navio). Através de tubos

de inox e mangueiras o deslocamento é feito, ligando a bomba aos equipamentos que

realizarão o serviço. No local de trabalho, são colocados os by pass e as pistolas que são

operadas pelos hidrojatistas, realizando assim o hidrojato na região. Então ficam

operadores no dique trabalhando na bomba e operadores onde o serviço está sendo

realizado para garantir o funcionamento dos by pass e pistolas. A quantidade de

operadores geralmente é de dois por bomba, ficando um na bomba e outro onde o

serviço está sendo realizado. Mas este número sofre alterações: caso mais de uma

bomba esteja alocada próxima fisicamente, apenas um operador poderá ser responsável

Page 22: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

12

por elas. Outra situação que altera a quantidade de operadores é o número de pistolas

localizadas em uma mesma região: com muitas pistolas próximas não é necessário um

operador para cuidar de cada equipamento, podendo assim reduzir a quantidade de

operadores destinados a este serviço.

Os ajudantes apoiam os segmentos da manutenção de acordo com a necessidade.

Exemplo: uma bomba apresentou defeito e os mecânicos precisam carregar ferramentas,

peças, e de alguém para dar suporte na realização do serviço. O ajudante auxilia nestas

tarefas. Outra situação ocorre durante a movimentação de equipamentos: os operadores

contam com o apoio dos ajudantes para transportar os materiais.

3.3. A Manutenção

Após o Tour pela empresa e conhecendo um pouco como era a estrutura da

manutenção, passei a ter o foco apenas neste setor. Realizei as primeiras observações

através de visitas na área, indo no dique – mais precisamente no container da

manutenção – e acompanhando de perto o trabalho dos mecânicos, onde pude conhecer

as peças que formam as bombas. As bombas trabalham sempre em Ultra Alta Pressão,

em torno de 2800 BAR, exigindo bastante do equipamento. Logo, algumas regiões da

bomba sofrem desgaste. Geralmente as peças de vedação do cabeçote e dos pistões são

as que mais apresentam falhas, tendo uma menor vida útil. Acompanhei a montagem de

pistolas, by pass e reparos da Bomba de Hidrojato, e em algumas situações os

mecânicos não realizam o serviço onde está o equipamento: eles desmontam a região

danificada – exemplo, um cabeçote – e levam as peças danificadas para o container para

realizar o serviço. Depois fui até as Bombas de Hidrojato para acompanhar o

funcionamento e o trabalho dos operadores. Acompanhei um reparo, a bomba sendo

aberta para troca de peças. Quando o mecânico acaba o serviço, o operador realiza o

teste. Este é feito da seguinte maneira: a saída de água pressurizada da bomba é fechada,

pois só a bomba precisa ser testada, não havendo necessidade do restante do

equipamento participar do teste.

Fui até os locais onde os trabalhos estavam sendo realizados para acompanhar a

movimentação que é feita dos equipamentos, como pistola, by pass, mangueiras e tubos

de inox. A movimentação é também responsabilidade dos operadores. Este trabalho

consiste em levar a água pressurizada da bomba até os by pass, ligação feita através dos

tubos de inox e mangueira. É usado o máximo possível de tubos de inox, por serem

Page 23: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

13

mais resistentes e mais baratos que as mangueiras. Estas últimas têm como vantagem

serem mais flexíveis que os tubos de inox, por isso a necessidade do uso das mangueiras

para conseguir chegar até um determinado local.

Além do trabalho realizado pelos operadores, fui também até o almoxarifado ver

como eram armazenadas as peças de reposição, e por último conversei com o

coordenador para saber como era o processo de solicitação de compras.

O equipamento chamado de Bomba de Hidrojato fica em um container, que na

verdade é composto por uma bomba de hidrojato e em relação ao motor que faz esta

bomba operar. Basicamente são realizados dois tipos de manutenção: relacionada à

bomba, a manutenção é a demanda; e em relação ao motor, é a sistemática. A parte do

motor consiste na troca de óleo e filtros, seguindo o que o fabricante coloca em seu

manual. A bomba é usada até apresentar um problema, quando os mecânicos vão até

ela, identificam o defeito, realizam o conserto e fazem o teste. Voltando a operar

normalmente durante o teste, a bomba é liberada para o trabalho.

Com relação às solicitações de compras, o material é pedido quando a sua

quantidade está reduzida no estoque, através de um controle visual. O coordenador

solicita as peças; a compradora da empresa, que fica no escritório, cota o pedido em

diferentes fornecedores, escolhendo geralmente o mais barato, e os diretores aprovam os

pedidos. Algumas vezes altera-se a quantidade de materiais que foi solicitado no pedido

de compra. Em algumas situações, os diretores contestam as quantidades de peças

pedidas.

O almoxarifado da empresa no Estaleiro Inhaúma era o mesmo para as peças das

Bombas de Hidrojato, para o setor da pintura e seus equipamentos, para os materiais de

higienização, para os uniformes, e para os materiais utilizados no dia a dia, como papel,

fitas adesivas, entre outros. A mesma pessoa era responsável por controlar todos os

materiais. Esta pessoa responsável pelo almoxarifado não era tecnicamente um

conhecedor de bombas de hidrojato.

Comparando a um carro, pode-se dizer que o equipamento é seminovo. As

Bombas de Hidrojato em sua maioria têm poucas horas de uso e algumas podemos

considerar novas. Com relação às ferramentas utilizadas pelos mecânicos e operadores,

o processo de compra era o mesmo para as peças das bombas: o coordenador solicitava

à compradora, que, assim como o responsável pelo almoxarifado, também não é

conhecedora técnica, cotando e comprando onde os materiais estavam mais baratos.

Page 24: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

14

CAPÍTULO 4 - DIAGNÓSTICO DA MANUTENÇÃO DA

EUROMARINE NO ESTALEIRO INHAÚMA

4.1. A Manutenção e a Particularidade da Obra

A conversão do navio Titan Seema do tipo VLCC em FPSO P-74 é a primeira

obra de reparo que a Euromarine realiza. A obra de reparo consiste em transformar a

estrutura do navio, como neste caso, ou reformar/ manutenção de uma embarcação. Os

serviços realizados pela empresa, até então eram construir navios novos. Logo, o

hidrojato era realizado em chapas que nunca foram pintadas, sendo necessário apenas

preparar a superfície, chamado no setor de “abrir o perfil”. Em uma obra de reparo as

chapas contêm tintas, e é necessário fazer a sua retirada. Isto faz com que o avanço do

serviço seja mais lento em relação a obra de construção de navios, e como consequência

o equipamento é mais exigido. Logo, as falhas nos equipamentos são mais constantes, o

número de paralizações por falha no material é maior, e o setor da manutenção é mais

exigido.

Outros fatores que influenciam o setor da manutenção são as movimentações, o

serviço realizado pela empresa no estaleiro é denominado de acabamento, então a

empresa só realiza suas atividades em um determinado local quando os outros setores,

por exemplo, solda, acaba o serviço. E por ter diferentes setores, as áreas liberadas não

seguem de forma contínua. A empresa pode está realizando um serviço na ré do navio e

a próxima área liberada para trabalho pode ser à vante. Então a movimentação de

material terá que ser realizada, as bombas terão que ser realocadas e as linhas

remontadas. Toda movimentação é responsabilidade dos operadores. Ao realizar esta

tarefa, geralmente, as equipes de hidrojatistas ajudam, pois ficam sem executar o

hidrojato até a montagem do material.

Estas dificuldades têm que ser enfrentadas, é a condição da obra. Mas a

manutenção da Euromarine tem que se preparar, antecipar o problema e procurar perder

o menor tempo possível com paralizações por falhas de equipamento e com

movimentação. Para evitar perda de tempo por falhas no equipamento as soluções serão

tratadas adiante. Com relação à movimentação, o apoio dado pelo setor de hidrojato é

uma boa saída, aproveita uma mão-de-obra que estaria parada, mas o aproveitamento

seria ainda melhor se fossem definidas as pessoas que seriam responsáveis sempre em

Page 25: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

15

executar a mesma tarefa, por exemplo, pessoas que seriam responsáveis apenas por

conectar as mangueiras e tubos, pessoas responsáveis pelo transporte de by pass e

pistolas, e conectar estes equipamentos à linha. Desta maneira, ao ter que realizar uma

movimentação, cada um já saberia a sua função e teria uma maior prática para executar

sua tarefa, tornando a movimentação mais ágil.

4.2. Como a Manutenção da Euromarine Enfrentava as Dificuldades de

uma Obra de Reparo

O diagnóstico começará pelo almoxarifado, destinado a guardar as peças de

reposição dos equipamentos de hidrojato. O almoxarifado é único para todos os

equipamentos da empresa, tanto hidrojato como pintura. Além dos equipamentos o

almoxarifado continha materiais utilizados pelos recursos humanos, como por exemplo

papéis, colas, durex. E materiais de limpeza, tais como vassouras, detergentes, esponjas.

O controle era feito no excel com códigos criados pela pessoa que tomava conta das

peças. Esta pessoa era responsável por todo o material, sua atenção não ficava exclusiva

para os equipamentos de hidrojato.

As solicitações de compras para serem realizadas dependem da quantidade de

material no estoque, então o controle do almoxarifado vai fornecer a informação para o

coordenador realizar o pedido de compra. O coordenador consulta o manual, recolhe os

códigos das peças que precisam, e envia para o financeiro comprar. Ao chegar a peça, o

almoxarife guarda e identifica com códigos que são diferentes do manual do

equipamento. Os diretores questionam os pedidos, pois é um custo elevado. E em

muitos pedidos a quantidade de material era diminuída, uma vez que os pedidos eram

realizados sem explicações técnicas.

Os tipos de manutenção utilizados são a demanda e a sistemática. Mas a

demanda é a que é mais utilizada. A sistemática é utilizada apenas no motor da bomba.

São as trocas de óleo e filtros seguindo o manual do fabricante. O controle deste tipo de

manutenção é anotado em caderno ou em folhas, e armazenado no container perto do

navio onde a manutenção realiza os serviços de reparo. Não tem uma pessoa

responsável pelo material, e que faça consultas regularmente ao caderno para saber

sobre a necessidade de realizar a troca de filtros e óleo. De certa forma, existem planos

de manutenção. O motor da bomba raramente apresenta problemas, mas a bomba

apresenta falhas com frequência. Uma justificativa é o trabalho rigoroso que é imposto.

Page 26: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

16

A bomba trabalha sempre em Ultra Alta Pressão. A outra, pode ser falta de manutenção

preventiva.

Os mecânicos são experientes, conhecem o tipo de serviço realizado, mas têm

poucas horas de cursos que são oferecidos pelos próprios fabricantes dos equipamentos.

As ferramentas utilizadas não têm a qualidade e durabilidade que o serviço exige, pois

são peças robustas. Lembrando, que a compra do material é realizada por uma

compradora que não tem conhecimento técnico. Então, apenas o preço é avaliado na

hora de escolher o fornecedor do material.

Os operadores são os empregados do setor da manutenção que têm suas funções

mais variadas: operam a bomba, montam linha, ficam responsáveis pelos equipamentos

de uma forma geral, e além das bombas, este grupo destina alguns trabalhadores para

acompanhar o serviço dos hidrojatistas, e onde o serviço está sendo realizado estão os

by pass e as pistolas. Em um turno o operador pode está na frente de trabalho cuidando

dos equipamentos, no outro turno operando a bomba ou montando linha. Todos os dias

o operador que fica na bomba leva um Check List (em anexo), nele é relatado tudo o que

aconteceu com a bomba, da partida (início do trabalho) ao desligamento da bomba (fim

do expediente), os motivos das paradas, a troca de peças realizada pelos mecânicos.

Existem também, as folhas de abastecimento (em anexo) das bombas a diesel, que são

preenchidas quando o abastecimento é concluído.

O número de pistolas e by pass é maior do que o trabalho pede. Esta quantidade

extra agiliza a troca do material por outro rapidamente. A intensão é sempre ter esses

materiais no container prontos para o uso, mas a falta de materiais de reposição, em

muitas situações, prejudica a realização do planejado.

A empresa diversificou os fornecedores para aquisição de peças, por exemplo,

para um determinado modelo de bomba, existem pelo menos dois fornecedores

diferentes para atender. E buscando economizar com a manutenção a Euromarine

comprou pistolas e by pass de outro fabricante, passando a ter dois modelos diferentes.

Page 27: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

17

CAPÍTULO 5 - ENGEMAN

5.1. O que é o Engeman

Com o avanço do trabalho o processo foi tornando-se mais complexo e

necessitando de uma maior agilidade para a evolução não parar. O controle dos

materiais feito no excel já não estava atendo às exigências as quais a manutenção estava

alcançando. As solicitações de compras, que antes eram feitas sem ter uma base de

dados que fornecia uma compra correta de peças com uma quantidade exata, estavam

ficando mais complexas e com a necessidade de uma ferramenta auxiliadora para

realização desta tarefa.

Além destes importantes pontos já realizados pela nova filosofia de manutenção,

outros passaram a surgir. Como por exemplos, a ideia de ter um estoque mínimo que

supra as necessidades de utilização de uma determinada peça durante o prazo de entrega

do material pelo fornecedor, e a criação de novos planos de manutenção para auxiliar na

manutenção sistemática, este último exemplo, a coleta do e controle do horímetro é

fundamental. Os planos de manutenção serão melhores detalhados com o decorrer do

capítulo e a demonstração detalhado do Engeman.

Logo, diante dessas exigências do processo de mudanças, surgiu a ideia de

implementar um programa de computador voltado exclusivamente para manutenção. A

implementação do programa já tinha sido tentada antes sem sucesso, mas ao saber pelo

meu coach de algumas funções que o programa realizava, achei que seria válida a

tentativa de fazê-lo funcionar. A necessidade de uma nova ferramenta no processo se

fazia urgente no momento e a única solução rápida era o Engeman.

5.1.1. Dificuldades iniciais

Novamente o medo do novo entra em cena e a primeira atitude dos funcionários

foi informar que não daria certo. As justificativas foram que antes já tinha sido tentado

implementar o programa sem sucesso, poucas pessoas teriam acesso aos dados (medo

de perder o controle) e a confiança no programa. A última justificativa soou como

rejeita a informatização do processo, pois todos estavam acostumados com o controle

no papel e caneta.

Page 28: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

18

A única justificativa que me pareceu relevante foi com relação a não ter dado

certo no passado o programa. Este me parecia uma ferramenta excelente para auxiliar

nos trabalhos que a manutenção realizava. Então, o passo seguinte foi descobrir o

motivo do insucesso. Logo, foi detectado o motivo que levou o Engeman a não vingar

na obra EEP-74. A empresa presta serviço em diferentes regiões do Brasil, a sede do

trabalho realizado pelo Engeman estava localizada em Pernambuco. O pessoal de longe

tentava controlar a obra que era realizada no Rio de Janeiro. Mesmo com os meios de

comunicação avançados, se faz necessário o acompanhamento de perto quando o

assunto é controle de peças. A dinâmica do trabalho é intensa e muitas vezes a demanda

de retirada é grande e as informações acabam sendo repassadas de forma equivocada.

Rio de Janeiro, e com o acompanhamento de perto, as chances de êxito seriam

enormes. E essa foi a aposta.

5.2. Atividades realizadas com o auxílio do Engeman

O que a ferramenta poderia nos proporcionar era sabido, mas faltava o contato e

a experiência para mexer no programa. Então, foi enviada de Pernambuco uma pessoa

treinada para dar o suporte inicial. O aprendizado teria que ser rápido, pois a

necessidade se fazia presente.

5.2.1 Cadastramento de materiais, equipamentos, funcionário, fornecedores e

planos de manutenção

Durante uma semana o trabalho ficou concentrado no abastecimento do banco de

dados do programa. Para o programa dar resultados era preciso esta tarefa inicial.

Primeiro foram os grupos de materiais que foram adicionados. O grupo de materiais é

importante mais a frente, no momento do cadastro das peças. Este item divide as peças

de acordo com o fabricante e a parte do equipamento que ela é utilizada, este processo

ajuda na identificação da peça, muitas vezes evitando a procura de sua localização nos

manuais. Aumentando a agilidade do processo.

Então, as peças, uma por uma, foram sendo cadastradas. As principais

informações eram adicionadas no sistema, como o código, a descrição, o grupo de

matérias. Durante o cadastramento das peças, foi descoberto um campo reservado para

Page 29: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

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Page 34: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

24

5.2.5. Lançamento de Entrada

A manutenção já estava com uma nova cara, o controle de materiais estava

sendo executado de maneira eficiente, os pedidos de compras estavam sendo

confeccionados com um embasamento profundo, o histórico de saída dos materiais do

almoxarifado estava se desenvolvendo, as paralizações estavam sendo devidamente

anotadas e arquivadas no Engeman. Mas uma importante evolução aconteceu a partir do

Lançamento de Entrada dos materiais. Até então, as peças não tinham sido arquivadas

com os seus preços, pois as mesmas já se encontravam no estoque. Com a chegada das

primeiras peças pedidas através do Relatório Materiais a Ressuprir, além da quantidade

de peças pedidas, os seus valores unitários foram sendo adicionados no programa.

Com os valores adicionados, ao serem acrescentadas as peças nas Ordens de

Serviços geradas, automaticamente os seus valores eram acrescentados. Logo, o custo

de material utilizadado em cada intervenção era fornecido.

Após este importante fator, foi descoberto que o custo dos funcionários também

poderia ser acrescentado às Ordens de Serviço, tornando a operação completa. Os

valores eram de acordo com o valor da hora de cada funcionário, então um pequeno

cálculo teve que ser feito para adequar o valor real ao sistema. Foi pego o salário de

cada colaborador do setor e dividido pelo número de horas que geralmente são

trabalhadas em um mês com condições normais de trabalho. Com este cálculo

produzido, o valor da hora de trabalho de cada funcionário foi adicionado.

Agora, ao confeccionar a Ordem de Serviço, o valor real do custo de cada

intervenção é fornecido. Pois ao colocar os funcionários envolvidos, o tempo do serviço

e as peças utilizadas, o valor era fornecido.

5.2.6. Coletas Acumulativas

A Coleta Acumulativa é um recurso que o programa oferece, onde os valores

dos horímetros das Bombas de UAP são cadastrados diariamente. O procedimento é

realizado da seguinte maneira: todos os dias no início de cada turno o operador leva

para a bomba, a qual irá trabalhar, um formulário chamado de Check List das Bombas,

neste formulário, o operador coloca informações referentes ao estado em que a bomba

se encontra. Além destas informações, o horímetro da bomba é registrado, no início e no

término de cada turno. A intenção é ter um lugar onde todos os documentos referentes à

Page 35: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

25

manutenção possam ser armazenados e organizados, para facilitar a consulta dos

mesmos. Então, todos os Check Lists vão para o escritório e antes de serem arquivados,

o horímetro de cada Bomba é inserido no Engeman.

Com o controle do horímetro de cada Bomba de UAP, os registros de trocas de

peças, e das realizações das manutenções sistemáticas são anotados. Referente à troca

de peças, através deste recurso, em pouco tempo, um histórico de falha será criado e as

vidas úteis dos materiais serão sabidas. Conhecendo a vida útil de cada peça, um

importante passo será dado para mudança do tipo de manutenção. A manutenção por

demanda aos poucos dará vez para preventiva. No que se refere à manutenção

sistemática, o controle das trocas de filtros e óleos informados pelos fabricantes serão

controlados de maneira precisa, e com um acompanhamento diário. Podendo assim,

planejar as trocas de maneira que a produção seja menos prejudicada possível.

Este recurso colabora para os Planos de Manutenção propostos. Mas tais planos

também tem seu recurso ajudado pelo Engeman. Então, merece um tópico que será o

próximo.

Com o recolhimento diário do horímetro das bombas, podemos emitir um

relatório chamado Listagem Equipamento X Coleta Ponto de Controle Acumulativo.

Este relatório nos informa o quanto as bombas trabalharam em um determinado tempo

escolhido. Assim, alguns trabalhos poderão ser feitos para auxiliar não apenas a

manutenção como também a produção.

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Page 38: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

28

5.3. Trabalhos executados com base nas atividades realizadas com auxílio

do Engeman

Ficou evidente o suporte oferecido pelo Engeman ao setor de manutenção, mas

além do controle do estoque, de auxiliar na manutenção das bombas, e na compra dos

materiais, outros trabalhos além da manutenção podem ser ajudados através do

programa. Utilizando Relatórios emitidos pelo Engeman, inúmeros trabalhos são

beneficiados por tal auxílio.

5.3.1. Planejamento

Já se sabe o número ideal de funcionários por bomba, assim o planejamento de

h/h é realizado. Para o funcionamento de uma bomba é necessário 4 hidrojatistas, 1

operador e 1 ajudante, porém, a produção por bomba varia: com o tipo de local, se há

influência de outra atividade no local do serviço, entre outros fatores que influenciam na

produtividade.

Como a empresa fatura por metro quadrado produzido, uma equipe de

delineadores vai até a área todos os dias medir o avanço. E com o controle do horímetro

das bombas, sabemos durante quanto tempo o equipamento esteve em funcionamento.

Dividindo o avanço pelo números de horas trabalhadas pela bomba, é possível saber o

quanto está se produzindo por bomba. Esse estudo ajuda o planejamento saber o quanto

tempo falta para o término de um determinado serviço, pode também, saber exatamente

os prazos de realizações de tarefas, e fornecer os valores de forma mais exata para o

cliente.

As pessoas mais experientes sabem os valores dos avanços para determinados

setores do navio, então com este número fornecido para a produção, os funcionários

destinados ao planejamento saberão se o serviço está avançado ou atrasado. E até

remanejar pessoas e equipamento para áreas mais atrasadas.

5.3.2. Cobranças por Bomba Parada

Quando uma bomba fica parada por não ter serviço para realizar, a empresa

cobra do estaleiro um valor para diminuir o prejuízo por manter os funcionários e não

receber, pois não houve produção para contabilizar no Boletim de Medição.

Page 39: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

29

Em alguns momentos, a empresa ficou com muitas bombas paradas por não ter

serviço, ao cobrar e mostrar em reuniões, algumas indisposições surgem. O setor de

pintura, do próprio estaleiro, é cobrado por não fornecer área para serviço. É cobrado

pela falta de planejamento. Acaba criando-se um mal estar inevitável, que em muitas

vezes é transferido para a nossa empresa. E por mais que falássemos que não é

vantajoso ter bomba parada, pois a empresa fatura mais produzindo, em muitas reuniões

éramos obrigados a ouvir discursos que não cooperamos para buscar novas áreas de

trabalho, sendo cômodo ganhar por bomba parada. Mas nossa explicação não tinha um

estudo fundamentado, apenas conclusões de inspeções feitas na prática, mas sem base

de dados para respaldar o que se era defendido.

Então, com o relatório Listagem Equipamento X Coleta Ponto de Controle

Acumulativo emitido pelo Engeman, somado a medição realizada no mesmo período da

coleta dos dados, e mais algumas contas simples como dividir e multiplicar, é

facilmente descoberto o quanto uma bomba produziu no período, e quanto por hora cada

bomba em média gera de receita para empresa. Conhecendo o preço cobrado pelo

serviço, foi constatado que a faturamento da empresa é três vezes maior quando está

produzindo. A conclusão deste trabalho pode ser usada à favor da empresa, e mostrar o

interesse sempre em estar produzindo.

Além de ter mostrado um interesse para o cliente, a empresa mostrou uma

organização para cliente. Mostrando que tem planejamento, e estudos de casos para

acompanhar a produção. Em um meio concorrido, ter um diferencial como este conta

bastante.

5.3.3. Aproximação com o fornecedor

Já foi mostrado como o Engeman vem ajudando a empresa a ser bem vista

perante os clientes, mas não apenas visão dos clientes vem mudando em relação à

empresa. Apesar de parecer que a situação seja invertida quando falamos com o

fornecedor, neste caso somos clientes e o fornecedor nos atende, o fato é que

dependemos de um bom relacionamento, e sempre trabalhar junto com o fornecedor

para as nossas necessidades serem atendidas da melhor forma possível. Então, passar

uma organização é importante para o atendimento ser mais preciso e o fornecedor

perceber que tem um cliente com um bom potencial.

Page 40: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

30

Após a organização do estoque e da manutenção alguns trabalhos foram

realizados junto alguns fornecedores, visitas foram realizadas, e o interesse em conhecer

nosso estoque foi demonstrado, pois, todos querem suprir as nossas necessidades de

peça, já que consumimos bastante. Vieram visitar a empresa, fornecedores de materiais

originais e de materiais nacionais. Estudos foram realizados para saber o custo benefício

do uso das peças. Pois, há uma grande diferença nos valores cobrados, mas é preciso

saber a vida útil das peças nacionais para saber se vale à pena a aquisição do material

nacional.

Sabemos que não é vantagem colocar peças originais de valores elevados,

misturadas com peças do mercado nacional (mais baratas), pois ao trabalhar em

conjunto, as peças originais aumentam o seu desgaste, diminuindo a sua vida útil.

Pensando neste fator, a diretoria aceitou a ideia de aproveitar uma bomba que estava

parada por falta de peças e colocar apenas peças originais (importadas), e comparar o

seu rendimento e durabilidade em relação as bombas que estão com peças do mercado

nacional. E acabar com a mescla de peças, as bombas terão somente um tipo de peças,

originais ou nacionais.

Diante desta nossa proposta, chamamos os dois fornecedores e expomos a nossa

ideia. Colocamos em uma bomba apenas peças originais e em outra apenas peças

nacionais. Os dois equipamentos escolhidos foram destinados à realizar o mesmo

serviço, para terem igualdade de condições. Posicionamos as bombas em um tanque

onde não tem interferência de outra atividade, assim, as bombas serão mais exigidas,

qualificando melhor o teste.

Antes de iniciar o teste fizemos um balanço dos pontos positivos e negativos de

cada fornecedor. Resumindo, o fornecedor de materiais nacionais tem o valor e o prazo

de entrega como positivo, o fornecedor de materiais importados tem a qualidade e

durabilidade à seu favor.

Os testes iniciaram, e ambos fornecedores começaram a sua movimentação para

melhorar nos fatores que estavam mal avaliados. O fornecedor de peças nacionais, nos

informou que seu material estava passando à ter um tratamento térmico de melhor

qualidade, melhorando seu produto.

Apesar de ter realizado alguns estudos, nenhum foi muito avançado quanto o

realizado em uma visita ao fornecedor de peças originais. Sabendo que uma de suas

deficiências era o prazo de entrega dos materiais, o engenheiro responsável me chamou

para tentarmos solucionar este problema.

Page 41: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

31

O trabalho iniciou com o levantamento das peças que têm o maior desgaste,

fizemos uma lista com as peças, a quantidade de peças que é utilizada em uma bomba e

depois multiplicamos a quantidade de peças pelo número total que a empresa tem de

bombas. O segundo passo foi pesquisar nos manuais do equipamento a vida útil teórica

de cada peça, consideramos a vida útil teórica 50% menor do que a informada no

manual. (Devido a fatores como a qualidade da água utilizada, uso de peças paralelas,

etc).

Utilizando o Engeman foi emitido um relatório com o tempo de funcionamento

das bombas durante os meses de março e abril. Dividimos este valor total pelo número

de bombas, e achamos que a média de trabalho por dia de uma bomba foi de 5,5 horas.

Multiplicamos a média de horas em funcionamento por 22, pois, é a quantidade de dias

trabalhados em um mês. Com este raciocínio, e considerando 50% da vida útil fornecida

pelo fabricante, chegamos à um consumo teórico de cada peça para um período de três

meses. Também utilizando o Engeman, pegamos o consumo real de cada peça para um

período de 3 meses.

Foi extraído do Engeman, o estoque máximo e o estoque mínimo de cada peça,

analisando e confrontando o consumo real com o consumo teórico algumas peças

sofreram alterações nos seus estoque máximo e estoque mínimo.

Pensando em fazer um controle de estoque com curvas A, B e C, separamos as

peças por valor, e para cada faixa de valor uma modificação era feita na quantidade de

estoque máximo e estoque mínimo. Exemplo, para peças de valores entre R$ 0 a R$

30,00, triplicamos a quantidade, para peças de R$ 30,00 a R$ 100,00, duplicamos a

quantidade, para peças de R$ 100,00 a R$ 600,00 aumentamos a quantidade em 50% e

para peças de valores maiores que R$ 600,00 a quantidade continuou a mesma.

Para o fornecedor bastava saber a nossa quantidade de bombas totais para se

organizar e melhorar o seu prazo de entrega, tendo sempre peças em seu estoque para

nos fornecer. Mas para o controle da empresa é preciso saber a quantidade de bombas

em cada site, pois cada site tem seu centro de custos e cada site faz os seus pedidos de

compras de forma separada. Então, o estoque foi divido entre os sites e seus respectivos

estoque máximo e estoque mínimo foram divididos.

Para as quantidades sugeridas para o estoque mínimo, consideramos um período

de 45 dias entre a solicitação das peças pela produção da empresa e a entrega das peças

pelo fornecedor. O fluxo deste caminho, que a peça faz até entrar no estoque e a

planilha que resultou deste estudo, está em anexo.

Page 42: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

32

Diante deste estudo, encontramos a quantidade para cada peça que o fornecedor

precisa ter em estoque para nos atender prontamente, evitando assim, o tempo de

importação. Algumas sugestões foram feitas para agilizar este processo. O pedido de

compra só é gerado quando a quantidade de uma determinada peça chega ao estoque

mínimo. Para o fornecedor ir se preparando ficou acertado que de 15 em 15 dias nós

enviaríamos a lista das peças com as suas quantidades, assim, antes de chegar os

pedidos, os fornecedores já poderiam ir importando as peças que já estavam perto de

serem solicitadas. Com este acompanhamento permanente, além de reduzir o prazo de

entrega, este acompanhamento pode gerar uma diminuição na quantidade de peças no

estoque, diminuindo o capital parado da empresa.

O resultado do estudo foi passado para diretoria da empresa fornecedora, e a

diretoria da empresa, pois um contrato se faz necessário. O estudo foi para reduzir o

prazo e este contrato pode gerar um maior desconto na compra das peças.

Com as mobilizações feitas pelos fornecedores o cenário para a manutenção

melhorou bastante, pois, o fornecedor nacional aumentou a garantia para seus produtos

e o fornecedor de peças originais, está no esforço para, diminuir o prazo e talvez os

valores de seus produtos.

Com o auxílio do Engeman e o teste comparativo realizado na prática,

saberemos a quantidade, qual o melhor fornecedor e o prazo exato de entrega de cada

material. Assim, a manutenção poderá fazer uma melhor programação, e saber o seu

real custo para um determinado período.

5.3.4. Comparativo Mensal do Custo da Manutenção

Antes do trabalho realizado junto aos fornecedores, já havia o controle de gastos

da manutenção. Cada peça que chega, é feito o seu lançamento de entrada no Engeman,

lembrando que no lançamento da peça é acrescentado o seu valor unitário, a saída de

cada peça é feita na forma de Ordem de Serviço, e nesta, automaticamente, é

acrescentado o valor unitário das peças ao serem incluídas. Com as Ordens de Serviços

geradas, podemos ter o controle de gastos da manutenção gerando um relatório pelo

Engeman. Este relatório gera um gráfico comparativo mensal do custo de manutenção,

como mostra a Figura 9:

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Page 47: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

37

Os gráficos contidos na figura 12 nos dizem bastante, completando de certa

forma o trabalho comparativo dos tipos de intervenções realizadas nos equipamentos. A

primeira é clara, a diferença no custo das manutenções. Tendo a Manutenção Corretiva

o seu valor médio muito mais elevado. Mas, outras coisas interessantes podem ser

retiradas, como o aumento, quase que 10 vezes superior, no custo médio das

Manutenções Preventivas no mês de abril em relação ao mesmo tipo de manutenção no

mês de março.

Analisando este fator, e indo na causa deste aumento considerável de custo, uma

observação foi realizada, como os equipamentos não estavam sendo utilizados os

mecânicos realizaram um trabalho mais minucioso quando iriam realizar as

manutenções Preventivas, então algumas peças que estavam deterioradas, e que

poderiam apresentar problemas rapidamente, também foram trocadas.

Essa troca de materiais realizada pelos funcionários durante o período de pouca

produtividade levou a pensar, o quanto seria benéfico realizar essas trocas de materiais.

Mas uma intervenção como esta bem detalhada durante um período de alta

produtividade é bastante complexo, pois a bomba tem que ficar o mínimo de tempo

possível parada. Então, a intervenção teria que ser realizada em um momento exato,

pois mexer na bomba e não trocar nenhuma peça é uma paralisação realizada sem

necessidade, na visão da produção.

Saber o momento exato de realizar esta intervenção é muito difícil para este

momento, pois os registros ainda estão sendo coletados, a qualidade da água influência

no gasto dos materiais e algumas bombas vêm de outros sites sem o histórico de

manutenção. Dos fatores descritos que influenciam para saber o momento da troca,

apenas a qualidade da água que está fora do alcance da manutenção, os registros estão

sendo criados, e com a implementação do Engeman nos outros sites, o controle sobre a

manutenção de cada equipamento passará a ser realizado.

O estudo realizado em cima destes gráficos esta apenas no começo, e o resultado

só será visto daqui a alguns meses. Uma importante análise à ser feita é se estas

intervenções aumentarão a produção por bomba, outra, é se o custo da manutenção irá

diminuir, pois algumas peças que tem um alto valor, funcionam em conjunto com peças

de baixo valor, então realizando trocas das peças mais baratas antes de apresentarem

problemas, a vida útil das peças de alto valor poderá aumentar consideravelmente,

diminuindo os gastos com os materiais.

Page 48: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

38

Este estudo seria bem mais simples se os valores teóricos fornecidos pelos

fabricantes, sobre a vida útil das peças, fossem parecidos com os valores reais. Mas,

como os valores teóricos e os reais são bastante diferentes, este acompanhamento se faz

necessário para saber o momento certo de realizar as intervenções. Uma outra maneira

de realizar paralizações na bomba sem afetar a produção é está bem planejado e saber o

momento certo que a bomba estará fora de funcionamento. Mais uma vez, a manutenção

caminha junto com o planejamento para auxiliar na produção.

5.3.6. Engeman em outras obras

Como analisado no item anterior, uma comunicação entre os setores da

manutenção de uma forma geral (entre todas as obras) é importante. Então, pessoas

começaram a ser selecionadas para trabalhar de forma exclusiva no Engeman, para

melhorar esta comunicação. O conhecimento passou a ser transferido para as outras

obras, visitas foram feitas para passar o conhecimento sobre o programa, e de maneira

que todos falassem a mesma “língua”. Para o trabalho realizado junto com os

fornecedores, este novo passo na empresa foi muito importante.

A primeira obra a ser visitada foi a de Rio Grande do Sul, este foi escolhido,

pois seus equipamentos são os mesmos que o do Rio de Janeiro. Com o Engeman

passando a funcionar no Sul, os primeiros trabalhos em conjunto já surgiram, e hoje um

dos fornecedores que tem seus equipamentos nos dois sites, tem acesso à ambos os

estoques e consegue programar-se melhor para atender a necessidade das duas obras.

Após a visita ao site de Pernambuco, toda a empresa passou a estar sendo

abastecidas de informações retiradas do programa. Um passo enorme no

desenvolvimento da empresa passou a ser a meta, que é o ISSO 9000. Com esta

comunicação entre os sites, a empresa passa a querer criar normas e procedimentos

padrões para diversos setores, não apenas o da manutenção. Então, a conquista do ISSO

9000 passa a ser uma realidade possível de ser alcançada, deixando a empresa com uma

maior capacidade de disputa em um mercado tão concorrido.

Mas antes de tentar voos mais altos é preciso alinhar bem esta comunicação,

para daqui à um curto/ médio espaço de tempo, todos os sites consigam gerar relatórios

que irão abastecer a empresa com as devidas informações.

Um caso particular, é o de Pernambuco, onde seus equipamentos são usados

exclusivamente em seu site. Então, baseado na relação criada no Rio e no Sul com os

Page 49: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

39

fornecedores, o site de Pernambuco já passa a fazer contratos com fornecedores que irão

auxiliar na reposição imediata de material. O trabalho em Pernambuco, já começa de

forma mais avançada do que foi o começo em outras obras.

Page 50: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

40

CAPÍTULO 6 - ANÁLISE CRÍTICA E NOVAS PROPOSTAS DE

MELHORIA

6.1. Controle do Estoque

Após o capítulo dedicado ao Engeman, já é sabido a sua importância e as

transformações positivas que o programa trouxe para a manutenção da Euromarine no

Estaleiro Inhaúma, mas para dar certo a implementação do Engeman foi preciso realizar

algumas mudanças em setores como: almoxarifado, nas solicitações de compras e no

controle de peças. Sem essas realizações o programa não daria certo, pois para seu

funcionamento correto estes setores precisam estar organizados para abastecer o banco

de dados de forma correta.

6.1.1. Almoxarifado

Devido a importância do hidrojato para obra, tanto os equipamentos como as

peças de reposição devem ter uma atenção especial. Então o material destinado ao

hidrojato tem que ter um almoxarifado exclusivo, desta forma, as peças que em sua

maioria têm um alto valor, como o pistão da bomba de hidrojato que custa em torno de

R$5.000,00, passam a ter um maior controle. A empresa tem alguns containers que são

utilizados para guardar todo tipo de material, então um desses containers foi escolhido

para receber as peças destinadas ao hidrojato.

Este tipo de material tem que ser controlado por uma pessoa com conhecimento

técnico que tenha toda sua atenção voltada exclusivamente para o setor da manutenção.

O serviço tem que ser realizado de forma ágil, pois uma bomba de hidrojato parada

representa queda no faturamento da empresa. O tempo de atendimento do pedido até a

reposição é muito menor, por exemplo, ao ser requisitado um tipo de material, esse é

rapidamente separado e levado até onde o serviço está sendo realizado. Então, fiquei

responsável pelo almoxarifado dos equipamentos de hidrojato. No início foi complicado

porque não conhecia as peças, mas com o estudo dos manuais e a prática, em poucas

semanas já conhecia praticamente todas as peças.

Após a separação física do material de hidrojato, outra mudança foi feita: as

peças passaram a receber códigos iguais aos dos manuais, e não mais os que o

Page 51: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

41

almoxarife tinha dado. Desta maneira, a identificação do material ficou mais fácil e

rápida, em caso de dúvida, bastava olhar o desenho e achar a peça no real. Os novos

códigos ajudaram nas solicitações de compras, mas isto será tratado logo à frente.

Para iniciar um devido controle do material uma última tarefa teria que ser

realizada: o levantamento de todas as peças de hidrojato contida em estoque. Assim

saberíamos a real quantidade e esta informação exata ajudaria nas futuras solicitações de

compras. E com isso o banco de dados do Engeman foi preenchido de forma correta.

6.1.2. Solicitações de Compras

Esta atividade é muito importante para a reposição dos materiais em estoque,

possibilitando saber o quanto comprar e evitar paralizações por falta de peças. O

principal objetivo do pedido de compras é não deixar faltar o material. Um outro detalhe

importante referente a esta atividade é saber o quanto comprar de cada item, pois uma

quantidade pequena de material pode acarretar a falta dele futuramente e, uma grande

quantidade do mesmo pode acarretar uma retenção de dinheiro (passivo) da empresa

que poderia ser empregado em outro setor.

A solicitação de compras na Euromarine segue um processo que começa com o

pedido feito ao financeiro e acaba com a aprovação dos diretores. Mas até a peça chegar

no estoque, além do tempo que leva a liberação dos diretores, tem o prazo de entrega

dos fornecedores. Logo, este processo que vai da solicitação até a entrada do material no

estoque, em alguns casos de importação, pode chegar a dois meses. Com isso, a

importância do Estoque Máximo e Estoque Mínimo usado no Engeman. O processo de

solicitação de compras feito automaticamente pelo programa, a função e como foi

chegado aos valores para Estoque Máximo e Estoque Mínimo foram relatadas, mas a

sua importância para as finanças da empresa não fora explicadas. O Estoque Mínimo é a

quantidade necessária de peças para atender a demanda de utilização durante o tempo

que leva da solicitação de compra até a entrada do material no estoque. E o Estoque

Máximo é o valor de quantas peças devem ser compradas. Estas quantidades não podem

deixar de atender às necessidades, e não podem ser muito elevadas para não acarretar

retenção de dinheiro.

Agora, com os códigos iguais aos do manual do fabricante, os desenhos que

mostram as peças são adicionados ao Engeman, e a consulta fica mais rápida,

facilitando o processo de compra. O levantamento do material também ajudou, pois o

Page 52: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

42

banco de dados do Engeman precisava ser abastecido de forma correta para o Relatório

Ressuprir gerar informações corretas para realizar a primeira solicitação de compras nos

novos modelos.

Com o controle dos materiais, o histórico de utilização de peças é criado, e

consequentemente os pedidos de compras passam a ter uma racionalização. A

necessidade do produto é relatada e comprovada para ter um maior embasamento diante

dos questionamentos dos diretores. A quantidade pedida passa a ser baseada em estudos

e a compra fica automaticamente adequada ao que é necessário. Desta forma, os pedidos

passam a ter maiores constâncias, diminuindo a quantidade de material por pedido e

consequentemente uma maior rotatividade no estoque. Isto faz o capital da empresa

circular, e além de não deixar faltar peças, as solicitações de compras têm que evitar

causar impactos nos gastos da Euromarine. A tarefa de realizar o pedido, assim como o

controle do almoxarifado, passou a ser minha responsabilidade.

6.2. Tipos de Manutenções Utilizadas e Propostas

De acordo com o Relatório G008 extraído do Engeman, a análise sobre os custos

dos tipos de manutenções, foi constatada a economia que é feita com a utilização da

manutenção preventiva em relação à demanda. Mas para o aumento na utilização da

manutenção preventiva é preciso de tempo e organização. O processo de organização

está sendo feito, os históricos de intervenções realizadas passaram a ser controlado, com

isso o histórico de saída de peças e a sua respectiva vida útil real poderão ser sabidos.

Desta maneira, antes que o ocorra a falha no equipamento pode-se programar a troca da

peça sem que haja paralisação na produção. A manutenção preventiva não apenas

auxilia na produção como também no custo, dito anteriormente, pois a troca de algumas

peças antes da falha permite que esta danificada, acabe acarretando desgaste prematuro

em outro material. Por exemplo, as vedações das bombas, que são ligadas a peças com

valores muito mais elevados. Então é melhor trocá-las entes que elas encurtem a vida

útil das peças com alto valor.

Em algumas situações as falhas podem acontecer de forma inesperada, antes do

tempo comum. Isto ocorre porque impurezas contidas na água acabam afetando o

funcionamento da bomba. Uma dica para os mecânicos foi dada: a bomba tem três

pistões, quando a vedação em uma apresenta problema é um sinal que as outras estão

prestes a causar falhas, então troca-se a vedação dos três pistões. Aproveita que a bomba

Page 53: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

43

já está aberta e evita que ocorra mais uma paralisação futura. Fui contestado pelos

mecânicos sobre o custo da troca das peças, mas mostrei o quanto a empresa deixa de

faturar por hora parada de uma bomba. Como visto no capítulo anterior, com auxilio do

Engeman novos planos de manutenção estão surgindo, por exemplo, o aproveitamento

do número extra de pistolas e by pass para efetuar rodízios. Os equipamentos são

trocados, e o que estava sendo utilizado passa por uma inspeção dos mecânicos, que ao

acabarem de realizar o serviço colocam o material em um lugar determinado. Assim o

material está pronto para entrar em operação e dar continuidade ao rodízio.

Uma proposta para Euromarine é a utilização de instrumentos que auxiliam a

manutenção, podendo assim ser realizada a manutenção preditiva em alguns casos, por

exemplo, a compra de um termômetro infravermelho para identificação da temperatura

do cabeçote. Uma das maneiras de se identificar que as vedações estão perto de

apresentar falhas é o aquecimento do cabeçote. Hoje para verificar o aquecimento do

cabeçote o operador da bomba coloca a mão e tenta através de sua sensibilidade

identificar se está bastante aquecido. Com um termômetro a identificação da

temperatura seria precisa, evitando dúvidas. Uma identificação rápida, e com horários

programados para realização da medição auxiliaria de forma eficaz a identificação do

problema.

6.3. Investir nos Funcionários

Como dito anteriormente, a compradora da empresa não é conhecedora técnica,

assim a escolha do fornecedor é baseada exclusivamente no preço. Com isso, as

ferramentas utilizadas pelos mecânicos e pelos operadores são de baixa qualidade, não

suportando o nível de exigência que o trabalho impõe. A economia na hora da compra

causa prejuízos para a empresa. Exemplo: ao atuar no conserto de uma bomba o

mecânico precisa improvisar para conseguir realizar a tarefa com o material que tem

para utilizar. Desta forma, esta atitude de utilizar uma ferramenta que não é ideal para o

serviço acaba acarretando perda de tempo, e podendo causar falhas no equipamento pela

montagem não ser a correta. Um exemplo é o aperto dado aos parafusos do cabeçote,

tem o torque exato para o funcionamento correto dos pistões, os parafusos apertados

demasiadamente atrapalham o curso que o pistão faz, e parafusos com torque abaixo do

ideal permitem passagem de água causando um desgaste prematuro das peças.

Page 54: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

44

Por ser o responsável pelas solicitações de compra de materiais, ocorrem

contatos com os fornecedores, como ir até aos fornecedores para participar de reuniões,

receber visitas para trocas de informações. Assim, propostas e oportunidades surgem.

Os exemplos são os cursos oferecidos pelos fornecedores para treinar os empregados da

Euromarine para operar seus equipamentos. Estes cursos são uma forma da empresa se

precaver de futuros problemas nos equipamentos, pois ao ter profissionais certificados,

quando ocorrerem falhas em uma bomba de hidrojato, por exemplo, o fabricante não

poderá contestar a má utilização do equipamento pelos funcionários.

6.4. Diversidade de Fornecedores

No capítulo anterior, em um de seus itens, foi escrito sobre a importância da

organização da empresa, e do bom relacionamento com os fornecedores para conhecer

bem o prazo de entrega dos materiais. Foi, também, mostrado em capítulos anteriores os

benefícios para Euromarine em diversificar os fabricantes de seus equipamentos, pois

assim a quantidade de opções no mercado de fornecedores aumenta. Mas a forma de

utilizar os equipamentos não está correta, um exemplo são os by pass. No início deste

ano a empresa comprou novos modelos deste equipamento. Passou a ter dois modelos

de diferentes fabricantes. O mais novo passou a ser utilizado por ter uma manutenção

com menor custo. Foi uma boa medida tomada pela empresa, mas ao retirarem os by

pass mais antigos de uso deixaram guardados sem peças de reposição, caso precisasse

utilizá-los não estariam preparados para operar. Em três meses de uso os modelos mais

novos passaram a apresentar problemas, cinco que foram para o conserto em forma de

garantia. Este número de by pass defeituosos não atrapalhou a produção, mas pensando

em prevenir futuros problemas, fiz um pedido de compras para ter em estoque peças do

modelo antigo. Mas a diretoria não aprovou o pedido achando que não era necessário.

Porém, o número de by pass novos que passaram a apresentar problemas aumentou, e a

empresa teve problemas em produzir até os modelos antigos estarem prontos para

operarem. Então, a empresa não soube utilizar a estrutura que criou, tendo dois modelos

diferentes para uso.

A Euromarine poderia aproveitar a diversidade de seus equipamentos para

realizar testes, e não apenas se basear no custo da manutenção para escolher o

equipamento que será utilizado. Procurar também saber o custo-benefício do

equipamento, por exemplo, ao colocar duas pistolas de modelos diferentes para

Page 55: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

45

operarem em uma mesma região, foi observado que o equipamento de maior custo de

manutenção produz mais, então é preciso saber se é válido trabalhar com uma pistola de

menor custo, mas baixa produtividade.

Os testes não atrapalham a produção, pois é difícil ter todas as bombas operando

ao mesmo tempo; o setor da manutenção precisa criar o hábito de realizá-los. Os

empregados necessitam enxergar o futuro para antever os problemas, e não repetir os

erros do passado. Um exemplo é novamente a questão dos by pass, ao chegarem as

peças de reposição os modelos antigos foram colocados em uso, os novos retirados e

poucos testes foram realizados para identificar o problema. Por estarem produzindo

bem, não estão realizando testes, mas as peças de reposição de um fornecedor acabaram

e do outro demorarão dois meses para chegar, então a quantidade de peças de reposição

não atenderá durante esses dois meses. Será necessário utilizar os que estavam

apresentando defeitos, alguns os problemas foram identificados e solucionados, porém

este número não é suficiente para atender a demanda, é preciso realizar teste para

identificar e consertar uma maior quantidade. Mas como são necessários hidrojatistas

para realizarem os testes, o setor da produção, visando só o momento atual, cria

dificuldades para liberá-los. Apenas um seria suficiente, e em um dia os testes poderiam

ser realizados, em um futuro bem próximo a empresa corre o risco de diminuir sua

produção novamente. O gerente responsável pela obra foi comunicado sobre a

importância da realização de testes, com o intuito dos erros do passado não serem

repetidos.

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46

CAPÍTULO 7 - CONCLUSÕES

Este trabalho teve como foco a organização e o planejamento da manutenção

realizada pela empresa Euromarine no Estaleiro Inhaúma. Foram descritas as técnicas,

ideias e ferramentas utilizadas para gerar melhorias.

Agora, o hidrojato tem um almoxarifado próprio, pois suas peças têm valores

elevados e o método é responsável por cerca de 80% do faturamento da empresa. Para

facilitar o controle do material, os códigos passaram a ser iguais aos do manual. Uma

peça pode ter diferentes fornecedores, mas ao entrar no estoque recebe a mesma

identificação. Cópias dos manuais foram disponibilizadas, um novo armário que

possibilita colocar etiquetas foi adquirido e um formulário criado para anotar a saída de

material.

Com a retirada de itens do estoque controlada, o banco de dados do Engeman

pôde ser abastecido corretamente. Então um histórico de utilização de cada material

passou a existir e a quantidade média de saída das peças foi conhecida. O estoque

tornou-se acessível aos fornecedores, que podem fazer uma programação para atender

futuros pedidos da Euromarine.

Toda a teoria envolvida para realizar as solicitações de compras precisas foi

descrita. O uso de um software para auxiliar o Método Estoque Máximo e Mínimo e a

aproximação com os fornecedores que tornaram os prazos de entregas bem

estabelecidos, contribuíram para os pedidos de compras, que antes não eram planejados

com base em estudos, suprissem as necessidades sem gerar a compra excessiva de um

determinado item.

O trabalho descreveu a informatização do processo de controle da manutenção,

as ferramentas que o Engeman proporciona para auxiliar o controle de peças, as

solicitações de compras, os planos de manutenção, a geração de ordens de serviços e a

coleta acumulativa.

A manutenção à demanda ainda é a mais utilizada, mas aos poucos o tempo de

vida útil médio dos itens estão sendo conhecidos e alguns sendo trocados antes de

apresentarem problemas. A ideia é retirar de uso materiais que possam causar danos a

outros de maiores valores. Esta teoria tem como base os gráficos comparativos entre os

custos da manutenção à demanda e a manutenção preventiva. Então, além dos planos

utilizados na manutenção sistemática do motor, outros estão sendo criados. Um

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47

exemplo é o plano da troca da gaxeta. Este material custa 14,5 vezes menos e sua vida

útil teórica é três vezes menor em relação ao pistão, mas devido a qualidade da água do

estaleiro as gaxetas estão danificando em torno de 50% mais rápido na vida útil real. Por

serem materiais que trabalham juntos, ao danificar um item o outro é prejudicado. Logo,

a preocupação maior é com o pistão. O plano é trocar a gaxeta antes que esta danifique

o material de maior custo. Esta medida visa triplicar a vida útil do pistão, isto vai gerar

uma economia de 15% nos pedidos de compras em nosso principal fornecedor. Com

apenas esta medida, a previsão é reduzir em até 6% o custo total das solicitações de

compras.

Propostas de melhorias que podem ser implementadas no futuro foram relatadas,

como a compra de um termômetro com mira a laser para identificar de forma precisa a

temperatura do cabeçote. Desta maneira, uma das utilizações desta ferramenta será na

identificação da temperatura do cabeçote, que se estiver elevada é um sinal que as

vedações têm que ser trocadas. Este método é mais eficaz em relação ao praticado, que

é o manual.

Com a evolução do controle de estoque, houve diminuição nas paralizações por

falta de peças em relação às outras obras. Assim, em muitas situações materiais e

equipamentos são enviados para suprir as necessidades de outras obras que a

Euromarine presta serviços. Por estes motivos, o acompanhamento e o histórico de

utilização das peças e equipamentos que são a base dos estudos ficam prejudicados. O

controle de estoque seria mais preciso, caso não ocorresse repasse destes materiais e

equipamentos.

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48

CAPÍTULO 8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

VIANA, HERBERT RICARDO GARCIA. PCM, planejamento e controle de

manutenção. 1 ed. Rio de Janeiro, Qualitymark, 2002.

GENTIL, VICENTI. Corrosão. 3 ed. Rio de Janeiro, José Olympio, 1989.

DE FALCO, REINALDO., DE MATTOS, EDSON EZEQUIEL., Bombas

Industriais. 2 ed. Rio de janeiro, Interciêcia, 1998.

DE SOUZA, JOSÉ BARROSO., GÓES, MARCO ANTONIO TAVARES., DE

FRANCISCO, ANTONIO CARLOS., “Gestão do Conhecimento (GC) compartilhado

ao Planejamento e Controle da Manutenção (PCM) em requisito estratégico”,

Congresso Internacional de Administração, pp. 1-8. Paraná, setembro 2008.

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49

ANEXO A – CHECK LIST EUROMARINE

Pressão trabalho

ParadasData Início Término Início Término

ITEM LEITURA UND. REFERÊNCIA C NC N/A

1 Temperatura (cº) na Camisa 01 °c max.40°C

2 °c max.40°C

3 °c max.40°C

4 bar min.3 / max. 6

5 bar min. 3 / max.10

6 -

7 bar min. 3 / max.10

8 bar < 5,5 bar

9 bar ≥ 1bar

10 bar min.3 / max. 6

11 °c > 40°C

12 - -

13 - -

14 - -

15 - -

16 - -

17 - -

18 - -

19 - -

20 - -

21 - -

22 - -

23 - -

24 - -

25 - -

26 - -

27 - -

28

29

30

31

32

33

34

35

36

37

38

39

Sim Não N/A

38

39404142

43

44

45

46

47 48

C Conforme

NC Não conforme

N/A Não aplicável

Bicos

Turbo Rotorjet

By-pass cabeçote

Nível de óleo da bomba

Sensor de pressão de água - (F3)

Manômetro óleo

Splitting nozzle

Mangueiras UAP (Vibração, integridade)

Pistolas elétricas

Cabeçote

Válvula de segurança

OBSERVAÇÕES

VERIFICAÇÕES EFETUADAS NAS BOMBAS

PONTOS VERIFICADOS

Setor TurnoHorímetro EquipamentoHorímetro Bomba

Observações

F - F - I -

Motivo da Parada

I -

BombaControle de Hidrojato

Manômetro água

Temperatura (cº) na Camisa 03

Sensor de pressão diferencial - (F3)

Temperatura (cº) na Camisa 02

Sensor de pressão de óleo - (F3)

Sensor de pressão de ar - (F3)

Válvula de entrada e saída de água

Sensor de temperatura da água- (F3)

Sistema pneumático

OPERAÇÃO DA UNIDADE DE HIDROJATO

Filtro de água

Lubrif icação de graxeta

Mangueira da água da rede

Painel Elétrico

PROGRAMA DE CHECK LIST

Cabo eletrico

Solenoide Sistema de Ar

Botão de Emergência

Placas de sinalização próxima ao local de atividade?Todos os equipamentos de segurança foram checados antes do início das atividades?

Multivalvula

Manômetro de pressão em PSI

A área encontra-se limpa e organizada?

Há bandeija de contenção esta com água

me Resp. do Hidrojato

ura Resp. do Hidrojato

Operador

Mecânico Resp. pela Inspeção

Os envolvidos na execução da atividade estão orientados quanto ao risco?

Este documento, incluindo anexos, contém informações confidenciais destinadas a indivíduo e propósito específ icos e é protegida por lei. Caso você não seja o destinatário f inal, encaminhe ao setor responsável. É terminantemente proibida a utilização, acesso, cópia ou divulgação não autorizada das informações aqui contidas. As informações aqui contidas, inclusive anexos, são de responsabilidade de setor de manutençãO e/ou autor, não representando idéias, opiniões, pensamentos ou qualquer forma de posicionamento da Euromarine Engenharia LTDA

Legenda

As mangueiras, cabos e dutos de ventilação são posicionados de modo a não ficar em rota de passagem de pessoas e/ou fuga?Antes da realização do trabalho os equipamentos, ferramentas e acessórios são inspecionados para verificar se estão em perfeitas condições?

Avaliar Correias

Há kit ambiental próximo a bomba?

Há bandeija de contenção na bomba?

Todos os Envolvidos estão portando os EPIs especificados para a atividade?

Isolamento total ao redor da bomba e do local da atividade?

Amperagem do motor

Verificar o Nível de óleo Lubrificante

Verificar Possíveis vazamentos do motor

Avaliar Drenagem e Limpeza de Tanque de Combustível

Laço de Segurança

Supervisor de Manutenção

Avaliar conexões

Avaliar Estado do Amortecedor de Vibração

Testar e Limpar Bicos Injetores

Check List Geal

OBS:

1‐ Na troca de bicos, o reaperto das mangueiras  de alta pressão, manutenção da pistola e ou sistema by‐pass ‐ Manter a Bomba desligada

2‐ A partida da bomba somente poderá ocorrer com autorização do Hidrojatista

3‐ Orientar o pessoal  para remoção completa dos adornos  (cordão, pulseira, anel, relógio, etc)

Insp. Visual

Insp. Visual

Insp. Visual

Insp. Visual

Insp. Visual

Insp. Visual

Insp. Visual

Insp. Visual

Insp. Visual

Insp. Visual

Insp. Visual

Insp. Visual

Page 60: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

50

ANEXO B – CHECK LIST DE MANUTENÇÃO

Modelo Nº Série  Bomba

Pressão Nº Série  Motor

Inicio:   Término:

Substituição de Peças

Observações

Funcionário Função Assinatura

Código Quantid Descrição

Vazão

Potência  do Motor RPM Motor

Check List de Reparo e Manutenção

ACESSÓRIOS

Data: ___/___/___     Horímetro: ___________________

Bomba

Page 61: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

51

ANEXO C – EUROMARINE

Peça Pos . Código

Grupo 

de  

Valor

Consumo 

Real

3 Meses

Consumo 

Mensal  

Teóri co com 

50% do 

manual  

Consumo 

Teórico

3 Meses

50% do 

manual  

Estoque  

Mínimo 

Atual

(Rio)

Estoque  

Máximo 

Atual

(Rio)

Sa ldo 

Euromarine

(Rio)

Sa ldo 

Euromarine

(Sul)

Estoque  

Mínimo 

Sugestão

(Tota l )

Estoque  

Máximo 

Sugestão

(Tota l )

Sugestão de  

Compra

(Tota l )

Estoque  

Mínimo 

Sugestão

(Rio)

Estoque  

Máximo 

Sugestão

(Rio)

Sugestão de  

Compra

(Rio)

Estoque  

Mínimo 

Sugestão

(Sul)

Estoque  

Máximo 

Sugestão

(Sul )

Sugestão de  

Compra

(Sul)

Sugestão 

Estoque  

Mínimo ACB

Kit Conversão Tipo A

Prato de  Válvula  de  Sucção ‐ K10014 11 7012194 4 23 2,4 7,1 5 15 5 14 9 15 ‐4 4 7 2 5 8 ‐6 15

Mola  da  Sucção ‐ K10014 12 7012494 3 4 1,2 3,5 6 12 34 10 6 12 ‐32 3 6 ‐28 3 6 ‐4 12

Prato de  Válvula  de  Sucção ‐ K10016 11 7004644 4 ‐ 0,7 2,2 1 3 3 15 3 6 ‐12 0 0 ‐3 3 6 ‐9 6

Mola  da  Sucção ‐ K10016 12 7004666 1 ‐ 0,4 1,1 1 3 9 0 3 9 0 0 0 ‐9 3 9 9 9

Parafuso Al len 20 7002960 1 ‐ 24,7 74,1 ‐ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Sede  de  Válvula  ‐ K10014 9 7012189 5 13 2,4 7,1 5 15 3 4 6 12 5 3 6 3 3 6 2 12

Sede  de  Válvula  ‐ K10016 9 7006673 5 3 0,7 2,2 1 3 0 9 3 6 ‐3 0 0 0 3 6 ‐3 6

Pi s tão ‐ K10014 25 7006674 5 15 3,1 9,4 6 12 6 2 6 12 4 3 6 0 3 6 4 12

Pi s tão ‐ K10016 25 7004752 5 ‐ 1,0 2,9 3 6 0 5 3 6 1 0 0 0 3 6 1 6

Gaxeta  ‐ K10014 26 7012173 4 20 9,4 28,3 10 20 0 19 9 18 ‐1 4 8 8 5 10 ‐9 18

Anel  de  Pressão ‐ K10014 15 7012178 4 15 9,4 28,3 12 21 12 6 9 15 ‐3 4 7 ‐5 5 8 2 15

Gaxeta  ‐ K10016 26 7006973 4 ‐ 2,9 8,7 12 21 14 13 3 6 ‐21 0 0 ‐14 3 6 ‐7 6

Anel  de  Pressão ‐ K10016 15 7004762 4 ‐ 2,9 8,7 ‐ ‐ 0 15 3 6 ‐9 0 0 0 3 6 ‐9 6

Anel  O'Ring 27 1060389 1 9 24,7 74,1 5 15 45 13 27 54 ‐4 9 18 ‐27 18 36 23 54

Anel  O'Ring com Raspador ‐ K10014 29 7006675 2 33 9,4 28,3 5 15 37 15 24 42 ‐10 12 20 ‐17 12 22 7 42

Anel  O'Ring com Raspador ‐ K10016 29 7004665 2 ‐ 2,9 8,7 ‐ ‐ 0 25 6 12 ‐13 0 0 0 6 12 ‐13 12

Prato de  Válvula  de  Descarga 6 7006681 3 16 3,1 9,3 12 21 12 24 15 24 ‐12 5 9 ‐3 10 15 ‐9 24

Anel  O'Ring 23 1060029 1 16 6,2 18,5 5 15 34 13 27 45 ‐2 9 15 ‐19 18 30 17 45

Suporte  do Anel  ‐ K10014 30 7012176 3 4 ‐ ‐ ‐ 20 4 6 12 0 3 6 ‐14 3 6 2 12

Suporte  do Anel  ‐ K10016 30 7006998 3 ‐ ‐ ‐ ‐ 0 0 3 6 6 ‐ 0 0 3 6 6 6

Redutor

Bronzinas 5 3050021 4 ‐ 1,0 3,1 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐

Retentor (Junta) 11 1060153 2 ‐ 0,3 1,0 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐

Raspador 13 7004280 3 9 6,2 18,5 6 21 11 12 9 18 ‐5 3 6 ‐5 6 12 0 18

Anel  Oring 15 1060150 1 ‐ 6,2 18,5 ‐ ‐ 26 12 18 36 ‐2 6 12 ‐14 12 24 12 36

Retentor 16 7005763 3 9 6,2 18,5 9 30 11 12 9 18 ‐5 3 6 ‐5 6 12 0 18

Bucha  Pino Biela 24 3050022 3 ‐ 1,0 3,1 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐

Rolamento Radial 35 7009805 4 ‐ 0,7 2,1 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐

Retentor Do Rolamenro Do Eixo Pinhão 37 1060152 2 ‐ 0,3 1,0 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐

Bucha  Entalhada 45 7003974 3 ‐ 0,3 1,0 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐

Rolamento Radial 46 3050019 3 ‐ 0,3 1,0 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐

Page 62: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

ANE

EXO D – EXEMPLLO DE P

PLANO DDE MANUUTENÇÃOO

52

Page 63: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

ANEMA

EXO E - ANUTENÇ

GRÁFICÇÃO

CO COMP

PARATIVVO MENNSAL DOO CUSTO

53

O DA

Page 64: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

54

Page 65: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

ANE

EXO F - GGRÁFICO DE OR

RDENS DDE SERVIIÇOS GEERADAS

55

Page 66: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

ANE

EXO G - MODELO DE OR

RDEM DEE SERVICCO PROGGRAMA

56

DA

Page 67: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

57

ANEXO H - OC - ORDEM DE COMPRAS 00403-14 ACB

Impostos

ICMS IPI ISS

Un. 6 3697,38 5,00% 23.293,49

23.293,49

23.293,49

Emissão Aceite

Data de Emissão: 15/05/2014

N° de Controle: 00403/2014

OC - Ordem de ComprasREV-00

29/10/2013

ORDEM DE COMPRA

Contato:

ACB ANTICORROSIVA DO BRASIL

016-3211-4500

CLAUDIA

Fornecedor:

Telefone:

Fax:

E-mail:

Prazo Entrega:

Prazo Pagamento:

Frete:

PLUNGER 14MM - 7006674

Total

Subtotal

Código Unidade Qde Vlr. Unit.

Observações: 1. Envie duas cópias da sua fatura.2. Faça este pedido de acordo com os preços, as condições, o método de entrega e as especificações listados acima.3. Avise-nos imediatamente caso não seja possível efetuar a remessa como especificado.4. Envie todas as correspondências para:

FATURAR CNPJ 10.872.848/0001-64

Data:             

40% NA ENTREGA, 30% PARA 28 DIAS E 30% PARA 56 DIAS

Assinatura

Comprador

Data

Vlr. Total

Desconto

Fornecedor

Assinatura

OBRA EEP-MANUTENCAO

IMEDIATO

Descrição do produto ou serviço

Frete

Page 68: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

58

ANEXO I - OC - ORDEM DE COMPRAS 00635-14 ACB ANTICORROSIVA

Impostos

ICMS IPI ISS

pç 20 318,06 8,00% 6.870,10

pç 4 826,70 8,00% 3.571,34

pç 4 27,00 10,00% 118,80

pç 3 3599,66 5,00% 11.338,93

pç 12 2616,46 5,00% 32.967,40

pç 20 631,66 5,00% 13.264,86

pç 20 852,06 8,00% 18.404,50

pç 30 5,58 8,00% 180,79

pç 70 40,18 8,00% 3.037,61

pç 20 462,58 5,00% 9.714,18

pç 30 5,58 8,00% 180,79

pç 30 1809,09 5,00% 56.986,34

pç 12 109,37 8,00% 1.417,44

pç 12 14,51 8,00% 188,05

pç 12 118,30 8,00% 1.533,17

159.774,28

159.774,28

Emissão Aceite

Data de Emissão: 23/07/2014

N° de Controle: 00635/2014

OC - Ordem de ComprasREV-00

29/10/2013

ORDEM DE COMPRA

Contato:

ACB ANTICORROSIVA DO BRASIL

016-3211-4500

CLAUDIA

Fornecedor:

Telefone:

Fax:

E-mail:

Prazo Entrega:

Prazo Pagamento:

Frete:

71100051 - ANEL FRONTAL D.18 HP KIT 2025

7012176 - ANEL DE ENCOSTO MOLA DA GAXETA K10014-A

90268700 - RESTOP D.18 KIT 2024-2025

Total

Subtotal

Código Unidade Qde Vlr. Unit.

7012194 - PRATO DA VÁLVULA SUCÇÃO K10014

7012180 - CAMISA K10014-A

Observações: 1. Envie duas cópias da sua fatura.2. Faça este pedido de acordo com os preços, as condições, o método de entrega e as especificações listados acima.3. Avise-nos imediatamente caso não seja possível efetuar a remessa como especificado.4. Envie todas as correspondências para:

7005763 - SEAL RING

FATURAR CNPJ 10.872.848/0001-64

7012189 - SEDE DE VÁLVULA K10014

Data:             

20% NA ENTREGA, 40% PARA 28 DIAS E 40% PARA 56 DIAS

Assinatura

Comprador

Data

Vlr. Total

Desconto

Fornecedor

Assinatura

OBRA EEP-MANUTENCAO

APROXIMADAMENTE 30 A 75 DIAS DA CONFIRMAÇÃO DO PEDIDO

Descrição do produto ou serviço

7012178 - ANEL DE PRESSÃO K10014-A

1060389 - ANEL O-RING

7006675 - SEAL RING (ANEL C/ RASPADOR) K10014-A

7006681 - VALVE PLATE

1060029 - ANEL O-RING

Frete

54014 - CARTRINDGE 40K BI-MODE

7004280 - WIPER

1060150 - O-RING

Page 69: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

59

ANEXO J - PROCEDIMENTO PARA ESTOQUE MÍNIMO E MÁXIMO - EUROMARINE

Procedimento Utilizado para Chegarmos aos Valores de Estoque Mínimo e

Máximo

1. Identificar as peças de maior desgaste, independente do valor.

2. Pesquisar no manual Kamat a vida útil teórica de cada peça.

3. Consideramos a vida útil teórica 50% menor do que a informada no

manual. (Devido a fatores como qualidade da água, uso de peças paralelas, etc).

4. Considerando uma utilização de cada bomba por 5,5 horas por dia e 22

dias no mês, chegamos a um consumo teórico de cada peça para um período de 3 meses.

5. As 5,5 horas foram calculadas pela média de funcionamento real das

bombas, obtidas através do Engeman para os meses de Março e Abril.

6. Através do Engeman verificamos o consumo real de cada peça para um

período de 3 meses.

7. Através do Engeman, pegamos os valores de estoque máximo e mínimos

para a Euromarine no Rio de Janeiro.

8. Considerando os valores reais e teóricos de consumo de peças e somente

peças originais, sugerimos novos valores para estoque mínimo e máximo.

9. Para peças de valores entre R$ 0 a R$ 30,00, triplicamos a quantidade,

para peças de R$ 30,00 a R$ 100,00, duplicamos a quantidade e para peças de R$

100,00 a R$ 600,00 aumentamos em 50% a quantidade.

10. Até este momento do estudo usávamos como base todas as 17 bombas da

Euromarine, sem divisão entre Rio e Sul.

11. Para as quantidades sugeridas para o estoque mínimo, consideramos um

período de 45 dias entre a solicitação das peças pela Produção da Euromarine e a

entrega das peças. (ver fluxo)

12. Dividimos os estoques mínimos e máximos da Euromarine entre Rio e

Sul, de acordo com a quantidade de bombas e tipo (K10014 e K10016) em cada site (6

no Rio e 11 no Sul)

13. Fizemos o levantamento do saldo atual de peças no estoque da

Euromarine no Rio e no Sul.

Page 70: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

60

14. Subtraímos o valor da sugestão de estoque máximo do saldo atual de

peças e geramos uma Sugestão de Compra para cada site.

15. A Sugestão de Estoque Mínimo para a ACB é igual a Sugestão de

Estoque Máximo Total da Euromarine.

Sugestões para redução das quantidades de peças em estoque:

1. Acompanhamento permanente do estoque da Euromarine, sendo

atualizado antes de chegar ao estoque mínimo. ACB poderá se programar com

antecedência para futuros pedidos.

2. Com este acompanhamento permanente, esperamos diminuir a

quantidade de peças em estoque, principalmente de peças com valores mais altos.

3. ACB ter um estoque mínimo para atender a Euromarine à pronta entrega.

Estoque mínimo da ACB igual ou maior do que o estoque máximo da Euromarine.

4. Reduzir tempo entre a solicitação de peças pela produção da Euromarine

e a entrega das peças. Hoje consideramos 45 dias em média.

5. Analisar permanentemente a estoque mínimo e máximo da Euromarine

de acordo com a quantidade de bombas em cada site.

Sugestões para aumento da vida útil das peças das bombas Kamat:

Constatamos que a vida útil das peças está abaixo da expectativa do manual da

Kamat. Para aumentarmos esta vida útil temos as seguintes sugestões:

1. Utilização de peças originais Kamat.

2. Não misturar peças originais e peças alternativas em uma mesma bomba.

3. Euromarine separar em seu estoque o que é peça original e peça

alternativa.

4. Acompanhamento periódico do técnico da ACB na Euromarine.

5. Treinamento prático de manutenção de bombas Kamat para os mecânicos

da Euromarine.

6. Euromarine fornecer periodicamente para a ACB um relatório com a vida

útil real das peças das bombas.

Page 71: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

61

Sugestões de compra para adequar estoque Euromarine - Rio de Janeiro:

Prato de Válvula de Sucção - K10014 - Código 7012194 2 pçs

Sede de Válvula - K10014 - Código 7012189 3 pçs

Gaxeta - K10014 - Código 7012173 8 pçs

Sugestões de compra para adequar estoque Euromarine - Sul:

Mola da Sucção - K10016 - Código 7004666 9 pçs

Sede de Válvula - K10014 - Código 7012189 2 pçs

Pistão - K10014 - Código 7006674 4 pçs

Pistão - K10016 - Código 7004752 1 pçs

Anel de Pressão - K10014 - Código 7012178 2 pçs

Anel O'Ring - Código 1060389 23 pçs

Anel O'Ring com Raspador - K10014 - Código 7006675 7 pçs

Anel O'Ring - Código 1060029 17 pçs

Suporte do Anel - K10014 - Código 7012176 2 pçs

Suporte do Anel - K10016 - Código 7006998 6 pçs

Obs.: Já estamos considerando as peças compradas na Ordem de Compra

00413/2014 como contendo no estoque do Sul.

Page 72: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

ANE

EXO K - RELATÓÓRIO SER

RVIÇOS REALIZZADOS (OO.S.)

62

Page 73: organização e planejamento da manutenção de equipamentos de ...

ANEEXO L - CCONTROOLE DO HHORÍMEETRO

63