ORGANIZAÇÃO GERAL DO SNA - Departamento de Fisiologia e ... · e distribuídas por vias...
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10/04/2012
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EFER
ENTE
cont
role
mo
tor
das
fu
nçõ
es v
isce
rais regulação extrínseca de coração,
músculo liso e glândulas
alteração secundária de vários processos metabólicos pela
alteração na secreção de hormônios
ORGANIZAÇÃO GERAL DO SNA
Somaticmotor
neuron
SNC
ORGANIZAÇÃO GERAL DO SNA
Sinapse autonômica• menor intimidade celular• neurotransmissor liberado para o LEC• distâncias mais longas para difusão de
substâncias• efeitos mais difusos e lentos
Sinapse somática• maior intimidade celular• fenda sináptica• distância para difusão curta• efeitos rápidos e localizados
ORGANIZAÇÃO GERAL DO SNASNC
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ORGANIZAÇÃO GERAL DO SNASNC
AÇÕES ANTAGÔNICAS DO SNA
SIMPÁTICO
PARASSIMPÁTICO
taquicardia
bradicardia
dilatação da pupila
contração da pupila
Walter Holbrook Gaskell (1880) – Sistema Nervoso Involuntário John Newport Langley
1905
Michael Foster
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Nicotina
Pré-ganglionar Pós-ganglionar
“Sistema Nervoso Autônomo”
Gânglio simpático
Sidney Ringer
Michael Foster
Extrato de Jaborandi
John Langley
Efeito:Lentificação dos batimentos cardíacos
Hipótese:ação estimulatória do jaborandi sobre as “fibras inibitórias” do nervo vago (?)Aplicação de Curare não abole a ação bradicárdica = efeito mais periférico do que os nervos vagos
“that a definite quantity of atropia can only prevent a proportionale definite quantity of jaborandi from producing its effects on the heart”
“that the condition of the heart … depends on the relative amounts of jaborandi and atropia present”.
“the antagonism between the two poisons could also be demonstrated locally, by way of direct application, in different parts of the heart, for example, only in the auricles, or the sinus venosus, or the ventricles”
J Anat Physiol. 1875
estimulação vagaljaborandi
t
J Anat Physiol. 1876
“the secretion or absence of secretion is dependent on the relative quantity of the two poisons present, just as is the stand-still or beat of the heart”
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Raymond Ahlquist
“The adrenotropic receptors are those hypothetical structures or systems located in, on or near the muscle or gland cells affected by epinephrine”
Dale: In his classical paper (3) on the sympatholytic action of the ergot alkaloids, he recognized that what he called the sympathetic myoneuraljunction could also be called “the receptive mechanism for adrenaline”
Fundamentos teóricos à época:
The adrenotropic receptors have been considered to be of two classes, thosewhose action results in excitation and those whose action results in inhibition of the effector cells.
two mediator substances (sympathin E and sympathin I), which was quoted as a ‘law’ of physiology.
Am J Physiol 153, 586 (1948)Procedimento experimental
aminas com ações equivalentes à epinefrina no miocárdionão apresentam taquifilaxia
“The variations in activity could be due to any or all of three factors:a) quantitative differences in potencyb) qualitatively different effects orc) differences due entirely to the experimental methods used…”
“Experiments described in this paper indicate that although there are two kinds of adrenotropic receptors they cannot be classified simply as excitatory or inhibitory since each kind of receptor may have either action depending upon where it is found.”
“there is no known amine which fulfills the requirements for either sympathin E or I”
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Intestino
Vasos
Útero
Ureter
Membrana nictante
Vasos
ÚteroCoração
Sistema Nervoso Simpático
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO
Atividade eferente:
coluna celular intermediolateral da
medula espinal torácica (T1) e lombar (L3)
outras regiões:
funículo lateral
lâmina X
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO
Neurônios pré-ganglionares:
• Fibras B
– mielinizadas
• Fibras C
– não mielinizadas
• Sinapses
– mesmo nível
– rostral
– caudal
– pré-vertebral
• proporção pré-pós
– variável
• 1:4 – 1:20
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SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO C1-C4 (cabeça e
pescoço)
C5-C6
Gânglio cervical inferior: C7-C8+ T1 = Estrelado
Desenvolvimento do Sistema Nervoso Simpático
Ontogênese
Desenvolvimento embrionário do SNA:
Formação do tubo neural e da notocorda.
Crista neural: originária da placa neural (ectoderme)
Migração para diferenciação:� neurônios e células gliais
periféricas� neurônios entéricos� músculo liso
Ontogênese
Sinais extracelulares e fatores de transcrição nuclear
Diferentes fenótipos neuronais
“transcriptional regulatory code”
desenvolvimento
identidade de neurotransmissores
marcadores gerais e específicos
propriedades dos neurônios
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Notocorda e aorta dorsal induzem fenótipos adrenérgicos em gânglios simpáticos derivados da crista neural que originam o sistema nervoso simpático
Fatores de desenvolvimento:
BMP - bone morphogenicprotein
FGF - fibroblast growth factor
SHH - sonic hedgehog
SHH
Goridis C, Rohrer H. Nat Rev Neurosci. 2002 3(7):531-41.
Participação de fatores extra- (BMPs) e intracelulares (cAMP)
• ação bimodal:• produção moderada de cAMP: estimula diferenciação
simpatoadrenal• produção aumentada de cAMP: inibe diferenciação
simpatoadrenal
TRANSCRIPTIONAL REGULATORY CODEFatores de transcrição que ativam/reprimem uma cascata regulatória de transcrição gênica
TRANSCRIPTIONAL REGULATORY CODE
MASH1
• 1º Fator essencial para o desenvolvimento do SNA
• Camundongos MASH1 -/-: neurônios deficientes em NA
• Células da crista neural migram para a aorta dorsal mas não se diferenciam em fenótipo NA
• Expressão de MASH1 maior em cultura após BMP
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TRANSCRIPTIONAL REGULATORY CODE
Phox2
• Fatores expressos em todos os neurônios NA
• Sua ausência deprime o fenótipo de neurônios NA no SNC
• Sua administração ectópica simula o fenótipo NA
TRANSCRIPTIONAL REGULATORY CODE
GATA3
• Regulador do desenvolvimento de linfócitos Th-2
• GATA3-/- apresentam alta letalidade
• Incorporação do gene em culturas: maior diferenciação NA e perfil DBH e TH
Perguntas?
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AFE
REN
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Info
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s p
ara
o S
NC
Nervos viscerais: fibras sensoriais em conjunto com fibras motoras
Neurônios: gânglios das raízes dorsais ou em gânglios de nervos cranianos
Sistema de feedback: informações integradas e distribuídas por vias multi-neuronais no
encéfalo ou medula espinhal
Modulação do fluxo motor autonômico sobre órgãos alvos e hormônios
AFE
REN
TE
Fun
ções
da
sin
aliz
ação
af
eren
te
monitorar alterações no ambiente interno por meio de reflexos para
controle visceral
sinalizar eventos que podem (ou não) ser “percebidos” como
sensações dolorosas
Não perceptíveis: pressão arterial, inflação pulmonar, composição química do quimo
Perceptíveis: distensão intestinal, espasmos viscerais, isquemia cardíaca
Eventos “aferentes” viscerais
reflexos víscero-viscerais
• não envolvem percepção
• arcos reflexos importantes para regulação homeostática
• identidade molecular
glutamatoangiotensina IIAVPCGRPCCKSubstância PVIP
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO
Eventos aferentes viscerais:
reflexos víscero-somáticos
• envolvem percepção
• nociceptores ativados por distensão excessiva das vísceras
• alcançam as porções dorsais da medula espinhal (I, V e X)
• ativação de interneurônioslocais (arcos reflexos) ou de projeções das vias ascendentes (dor)
• dor visceral de localização difusa
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Participação de receptores adrenérgicos em aferentes viscerais?
Catecolaminas periféricas:
• circulação• fibras simpáticas
pós-ganglionares
Expressão de receptores adrenérgicos em GRDs
Maior expressão: αααα1A
αααα2C
Nicholson et al., Neurosci. Lett. 380 (2005), pp. 316–321
Participação de receptores adrenérgicos em aferências somáticas?
Participação de receptores adrenérgicos em aferências somáticas?
Tipos de fibras aferentes em nervos simpáticos
Fibras aferentes primárias
• terminação sensorial: parede dos órgãos viscerais
• corpo celular: gânglio da raiz dorsal (toraco-lombar)
• projeções axonais: SNC com existências de colaterais nos gânglios pré-vertebrais
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Tipos de fibras aferentes em nervos simpáticos
Fibras aferentes entéricas
• relacionadas ao TGI (SNE)
• terminação sensorial : parede dos órgãos viscerais
• corpo celular: parede dos órgãos viscerais (plexos entéricos)
• projeções axonais: SNE ou gânglios pré-vertebrais
IPAN e IFAN
Neurônios Aferente Primário Intrínseco - IPAN
1, 7 - IPAN2, 3, 4 - interneurônio5 - neurônio motor inibitório6 - neurônio motor excitatório8 - célula enteroendócrina
Tipos de fibras aferentes em nervos simpáticos
IFAN
Sem projeções centrais
sem influências em neurônios aferentes primários
Lay-out da parede GI – grande influência do SNESISTEMA NERVOSO ENTÉRICO
1º
2º
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1º
2º
3º
SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO
Classificação dos neurônios entéricos: quanto à forma
1º
3º
Dogiel I
Alexander Dogiel
Dogiel II Dogiel III
SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO
Fásica
Tônica
1x 2x1,5x
20 mV
400 ms
1º
2º
Classificação dos neurônios entéricos
SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO
Quanto às características eletrofisiológicas: Fásicos e Tônicos Classificação dos neurônios entéricos
1º
2º
Quanto às características eletrofisiológicas: S e AH
SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO
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1º
2º
Papel funcional dos neurônios entéricos
SISTEMA NERVOSO ENTÉRICOPerguntas?
Projeções centrais de fibras aferentes viscerais
• Inervação “dupla”: simpática e parassimpática• funcional?
• simpática –sensações/dor
• parassimpática –reflexos regulatórios
• Densidade de fibras variável: em geral baixa (< da pele)
• Preponderância de fibras não-mielinizadas(> 90%)
Projeções centrais de fibras aferentes viscerais
Aferentes simpáticos:
• Entrada: trato de Lissauer
• Conexão: projeções para cima ou para baixo (até 2 vértebras) ou mesmo nível
• Destino: lâminas I e V
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<10%>90%
Projeções centrais de fibras aferentes viscerais simpáticas
Sensações viscerais mediada por poucas fibrasDiscriminação espacial reduzida
"some visceral afferents converge with cutaneous pain afferents to end upon the same neuron at some point in the sensory pathway—spinal, thalamic, or cortical—this system of fibers is sufficiently organized topographically to provide the dermatomal reference." Ruch (1946) – Teoria da convergência de projeção
Projeções centrais de fibras aferentes viscerais
Estímulo
Informação visceral
Respostas
percepções sensório-discriminativascomportamentos motivacionais-afetivos
ajustes autonômicos
Projeções centrais de fibras aferentes viscerais
Vias ascendentes
Tálamo
Trato espinotalâmico
lateralanterior
feixe lateral
feixe anterior
Núcleo ventral posterior lateral• localização da dor
Núcleo centro lateral
• informações tônicas
• componentes motivacionais-afetivos da dor
• ajustes autonômicos
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Trato Espinotalâmico – estímulos somáticos
Neurônios “ampla faixa dinâmica”
multirreceptiva
Neurônios “alto limiar”
Trato Espinotalâmico – estímulos viscerais (aferentes cardíacos e pulmonares)
Neurônios “ampla faixa dinâmica”
multirreceptiva
Neurônios “alto limiar”
Fibras Aδ
Fibras Aδ
Fibras C
Trato Espinotalâmico – estímulos somáticos
Campos receptivos do
Trato Espinotalâmico
(T2-T5)
Late
ral
An
teri
or
Convergência víscero-somática
oclusão coronariana
Bradicinina
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Trato espinorreticular
Outras vias ascendentes viscerais
Trato espinomesencefálico ...
Exemplo de atividade farmacológica com envolvimento de vias aferentes autonômicas
Exemplo de atividade farmacológica com envolvimento de vias aferentes autonômicas
Substância teste Capsaicina
Exemplo de atividade farmacológica com envolvimento de vias aferentes autonômicas
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Exemplo de atividade farmacológica com envolvimento de vias aferentes autonômicas
Exemplo de atividade farmacológica com envolvimento de vias aferentes autonômicas
Exemplo de atividade farmacológica com envolvimento de vias aferentes autonômicas
Exemplo de atividade farmacológica com envolvimento de vias aferentes autonômicas
Injeção intraventricular
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Resumo
• Organização geral do SNA e principais características anatômicas
• Ontogênese dos neurônios simpáticos
• Vias aferentes simpáticas
• Características eletrofisiológicas de aferentes entéricos
• Projeções centrais de vias aferentes simpáticas
• Exemplo de abordagem farmacológica envolvendo vias aferentes
Dever de casaPOR QUE AS TERMINAÇÕES SIMPÁTICAS DAS
GLÂNDULAS SUDORÍPARAS SÃO COLINÉRGICAS?
Quais grupos de células no
sistema nervoso
central são responsáveis
pela atividade eferente
simpática?
Como esses neurônios geram a
atividade tônica nos
nervos simpáticos?
Como o sistema nervoso central
elabora complexos padrões de
resposta visceral que incluem
regulação diferencial em
fluxos sanguíneos regionais?
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Atividade tônica do SNS
Charles Scott SherringtonClaude Bernard Charles Brown-Sequard
Remoção do GCS
Estimulação do nervo cervical
Claude Bernard
Charles Brown-Sequard
Ablação medulo-espinhal
1851-1852
Charles Scott Sherrington1906
Regiões centrais responsáveis pela atividade simpática
Região de influência na PA
Carl Ludwig
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Regiões centrais responsáveis pela atividade simpática
Alteração (diminuição) da PAcorte
congelamento
Regiões centrais responsáveis pela atividade simpática
Aumento da PA
Diminuição da PA
Regiões centrais responsáveis pela atividade simpática
Centro vasomotor
Regiões centrais responsáveis pela atividade simpática
Centro vasomotor
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Regiões centrais responsáveis pela atividade simpática
D. Purves and J. W. Lichtman, 1985.
Marcação neuronal retrógrada por horseradish peroxidase
Projeções centrais de fibras eferentes viscerais
Bulbo
Hipotálamo
Ponte
Projeções centrais de fibras eferentes viscerais
Bulbo
PNMTSubstância P
SerotoninaSubstância P
Projeções centrais de fibras eferentes viscerais
Ponte
Noradrenalina
NoradrenalinaAChNPY5-HT
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Projeções centrais de fibras eferentes viscerais
Hipotálamo
Ocitocina
Projeções centrais de fibras eferentes viscerais
Bulbo
Hipotálamo
Ponte
Eferências simpáticas rítmicas
Pulso arterial
Atividade simpática
Adrian et al. (1932)
Atividade no frênico
Hipóteses para as eferênciassimpáticas rítmicasReflexo barorreceptor
Adrian et al. (1932)
Fig. 6.Effect of baroreceptor reflex activation (aortic obstruction) on SND
and the firing rate of RDLP neurons with activity correlated to only the 10-Hz rhythm (A) and to only the cardiac-related rhythm in SND (B). Oscillographic traces (top tobottom): brachial AP, SND, and standardized
pulses representing the action potentials of the RDLP neuron.
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Hipóteses para as eferênciassimpáticas rítmicasOscilador central
Hipóteses para as eferênciassimpáticas rítmicasOscilador central
Pulso Femural
Descarga aferente carotídea
Descarga eferenterenal
Estimulação vagal
foque nesta imagem sem piscar ou mexer os olhos
Diabeisso… que isso? ué? Quem tá mexendo no meu monitor?
Estudo de CasoUm adolescente visita seu cirurgião-
dentista para a extração de um dente siso. Ele está tão nervoso que o dentista decide administrar um sedativo para acalmar o menino. Após a administração intravenosa do sedativo (prometazina), o rapaz relaxa e a extração é realizada sem complicações. No entanto, quando o rapaz se levanta da cadeira, ele está muito pálido e desmaia. Deitado no chão, ele rapidamente recupera a consciência, mas tem uma frequência cardíaca rápida de 120 bpm e pressão arterial de 110/70 mmHg. Quando ele se senta, sua freqüência cardíaca aumenta para 140 bpm, a pressão cai para 80/40 mmHg , e ele reclama de desmaio. Levado a um sofá, ele descansa por 30 minutos. Ao final, o rapaz é capaz de se sentar-se sem sintomas .Fonte: Katzung – Cap. FarmacologiaAutonômica
Quais são os efeitos autonômicos da
prometazina para explicar os sinais e
sintomas do paciente?
Por que sua frequência cardíaca aumentou
quando a pressão arterial caiu?