Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello...
Transcript of Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello...
![Page 1: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/1.jpg)
Organização Industrial: Concorrência Perfeita e
Monopólio
Prof. João Manoel Pinho de Mello
Depto. de Economia, PUC-Rio
Agosto, 2008
![Page 2: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/2.jpg)
Motivação Dois extremos opostos canônicos
Monopólio: a firma enfrenta “toda a curva de demanda”• Demanda ao nível da firma é a mais inelástica possível
Concorrência perfeita: a firma é tomadora de preço• Demanda ao nível da firma é a mais elástica possível
(infinitamente elástica)
Por que estudar estes dois casos? Como paradigmas a serem comparados com o caso mais
geral 90% deste curso trata de algo intermediário
![Page 3: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/3.jpg)
Motivação
Monopólio e concorrência perfeita têm um fator em comum Firmas não são estratégicas
• Em monopólio, por construção• Concorrência perfeita tem pouco ou nada de
concorrencial no sentido de rivalidade Vamos ver tb um modelo de oligopólio no
qual as firmas não são estratégicas
![Page 4: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/4.jpg)
Concorrência perfeita: as suposições
Firmas atomísticas Muito pequenas perto do mercado Que aspectos tecnológicos justificam isto?
Produto homogêneo Informação perfeita
Todos os agentes (firmas e consumidores) sabem os preços de todas as firmas
Mesma tecnologia Livre entrada
![Page 5: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/5.jpg)
Concorrência perfeita: a consequência comportamental
Dadas as suposições, é natural supor que as firmas são tomadoras de preço Esta é uma suposição, que se imagina razoável no
mundo do slide anterior É uma suposição conjectural:
• A firma pensa (conjectura) que sua quantidade:• Não altera as quantidades das outras firmas
• Não altera a quantidade total
![Page 6: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/6.jpg)
Concorrência perfeita: a consequência comportamental
Seja P o preço de “mercado”, e D(P) a demanda de mercado. A firma i conjectura que sua curva de demanda é:
Por que não colocar Pi < P? Porque a capacidade da firma é muito menor que
a demanda de mercado
0, se Pi > P
D(P) , se Pi < P
[0,D(P) ] , se Pi = PDi(Pi,P) =
![Page 7: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/7.jpg)
Concorrêcia Perfeita: a demanda graficamente
Pi
Qi
Dmercado (P)
Di(Pi)
Pmercado
Capmax
![Page 8: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/8.jpg)
Concorrência perfeita: o apreçamento
Neste caso é sempre ótimo colocar Pi = P, e a
receita marginal (RMg) da firma é P
Quantidade fica indeterminada, e é escolhida RMg = CMg. Ou seja: Qi é tal que C´(Qi) = P
![Page 9: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/9.jpg)
Concorrência perfeita: o gráfico clássico
P = RMg
CMg(Q)
Q
$
![Page 10: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/10.jpg)
Concorrência perfeita: lucro
P = RMg
CMg(Q)
CMe(Q)
Qi
$
Lucro
Qi*
![Page 11: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/11.jpg)
Concorrência perfeita: oferta de mercado
Se há N firmas no mercado, a quantidade total produzida ao preço P é NQiP
Q
NQi=S(P)
D(P)
QE
PE
![Page 12: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/12.jpg)
Concorrência perfeita: equilíbrio de longo prazo
Em qual ponto exatamente se dá o equilíbrio (PE, QE)? Note que há muitos compatíveis
Aí impõe-se uma condição de lucro zero Fica mais fácil entender em um jogo
sequencial de 2 estágios
![Page 13: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/13.jpg)
Concorrência perfeita: jogo em dois estágios
São N >>> 0, potenciais entrantes 2° estágio, exatamente o jogo de concorrência
perfeita 1° estágio, decisão de entrada
Equilíbrio de Nash Perfeito em Sub-jogos (ENPS) é: NE tal que P(Qi(P(QiNE))xNE) ≤ CMe(Qi)
![Page 14: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/14.jpg)
Concorrência perfeita: entrada
P = RMg
CMg(Q)
CMe(Q)
Qi
$
F
Lucro
Qi*
Entrada
P = RMg =
CMe
![Page 15: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/15.jpg)
Concorrência perfeita: saída
P = RMg
CMg(Q)
CMe(Q)
Qi
$
F
Prejuízo
Qi*
Saída
![Page 16: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/16.jpg)
Concorrência perfeita: eficiência
P = CMg
Eficiência alocativa• O valor social da unidade adicional (dado pela
demanda) é ≤ ao custo social desta unidade (dado pela função custo)
P = CMe
Eficiência produtiva
![Page 17: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/17.jpg)
Concorrência perfeita: da teoria para o mundo real
Firmas todas com a mesma tecnologia Implica, só saída ou só entrada em um dado ponto
do tempo Distribuição de firmas uniforme: só há um ponto
de custo médio mínimo
![Page 18: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/18.jpg)
Concorrência perfeita: desempenha?
No mundo real: Saída e entrada não ocorrem simultaneamente
Enorme heterogeneidade de tamanho de firmas
Entrantes muito menores que a média da indústria
![Page 19: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/19.jpg)
Concorrência Monopolística
Relaxando a suposição de homogeneidade dos produtos
![Page 20: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/20.jpg)
Concorrência monopolística
Relaxamos agora a suposição de homogeneidade
Todas as outras suposições são mantidas: Firmas atomísticas Acesso a mesma tecnologia Informação perfeita Livre entrada
![Page 21: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/21.jpg)
Concorrência monopolística Mas os produtos são diferentes (pense no mercado de pasta de
dente) Isto implica que a Receita Marginal não é mais constante
• Quando uma firma aumenta seu preço acima do preço das outras, ela não tem demanda zero
Graficamente:
Demanda
Receita marginal
![Page 22: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/22.jpg)
Concorrência monopolística
A suposição de atomicidade é interpretada como: A quantidade (preço) produzida pela firma i não
altera a curva de demanda da firma j Logo, ainda não há comportamento estratégico
![Page 23: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/23.jpg)
Concorrência monopolística: equilíbrio de curto-prazo No curto-prazo:
RMgi(Qi)
CMg(Q)
CMe(Q)
Qi
$
Pi*
Qi*
Di(Qi)
Lucro
![Page 24: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/24.jpg)
Concorrência monopolística: do curto para o longo prazo
Há lucro na figura acima. Isto induz firmas (que têm acesso à mesma tecnologia) a entrar no mercado
O efeito da entrada é deslocar a curva de demanda dos incumbentes para baixo
![Page 25: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/25.jpg)
Concorrência monopolística: do curto para o longo prazo
RMgi(Qi;N)
CMg(Q)CMe(Q)
Qi
$
Qi*(N)
Di(Qi;N )
Qi*(N+1)
![Page 26: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/26.jpg)
Concorrência monopolística: equilíbrio de longo prazo Onde para?
RMgi(Qi;NE)
CMg(Qi)CMe(Qi)
Qi
$
Pi*
Qi*(NE)
Di(Qi;NE)
![Page 27: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/27.jpg)
Concorrência monopolística: lições
Como as firmas enfrentam uma curva de demanda não perfeitamente elástica, P > CMg em equilíbrio
Adicionalmente, a produção não se dá no ponto de custo médio mínimo
![Page 28: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/28.jpg)
Concorrência monopolística: ineficiência
Fonte 1: O valor social de uma unidade (Pi) adicional é maior que o custo social (CMg(Qi)) Também chamada de ineficiência alocativa
Fonte 2: a produção poderia ser realocada entre firmas: “muitas firmas no mercado”, não estão no custo médio mínimo Também chamada de ineficiência produtiva
![Page 29: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/29.jpg)
Monopólio
Relaxando (radicalmente) atomicidade
![Page 30: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/30.jpg)
Monopólio
Agora há somente um ofertante no mercado Se a definição de mercado é restrita o
suficiente, todas as firmas são monopolístas É um ponto sobre as elasticidades-cruzadas
![Page 31: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/31.jpg)
O problema do monopolista Seja P(q) a curva de demanda inversa. O
monopolista resolve:
A condição de 1ª ordem para um máximo interior é:
qcqqPq
max
dq
qdc
dq
qdPqqP
![Page 32: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/32.jpg)
Monopólio: a regra de ouro Manipulando a condição de primeira ordem:
onde é o valor absoluto da elasticidade
q
qCMgqP
dq
qdc
dq
qdP
qP
qqP
dq
qdc
dq
qdPqqP
1
1
1
q
![Page 33: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/33.jpg)
Monopólio: a regra de ouro
A fórmula diz: O monopolista nunca produz na parte inelástica da curva de demanda.
Intuição? Quanto maior a elasticidade, menor o preço. Intuição?
O verdadeiro poder de mercado depende da elasticidade No limite, quando , P = CMg q
![Page 34: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/34.jpg)
Monopólio: a ineficiência
Como já sabíamos de concorrência monopolística, o fato do ofertante enfrentar uma curva de demanda menos que infinitamente elástica gera ineficiência
![Page 35: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/35.jpg)
Monopólio: a ineficiência graficamente
RMg(Q)
CMg(Q)
CMe(Q)
Qi
$
Pmo*
Q
P(Q)
Pco*
Peso Morto
![Page 36: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/36.jpg)
Monopólio: razões
Barreiras à entrada regulatórias Exemplo clássico: bancos locais norte-americanos
até meados dos 1990s Barreiras à entrada tecnológicas
Escala mínima eficiente pequena relativamente à demanda
Alto custo fixo, baixo custo marginal Exemplos clássicos: água, esgoto, etc
![Page 37: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/37.jpg)
Regulando um monopolista
P = CMg, geralmente, é inviável pois o monopolista quebra
![Page 38: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/38.jpg)
Regulando o monopolista Monopólio natural
RMg(Q)
CMg(Q) CMe(Q)
Qi
$
QCMe QCMg
PCMg
Prejuízo em P = CMg
PCMe
PmonD(Q)
![Page 39: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/39.jpg)
Regulando o monopolista
O second-best é:
P = CMe
![Page 40: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/40.jpg)
Discriminação de preços
Da onde vem a ineficiência do monopolista? Do apreçamento uniforme
O monopolista gostaria de vender as unidades adicionais (alguém está disposto a pagar mais que CMg)
Mais perde nas infra-marginais
![Page 41: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/41.jpg)
Discriminação de preços
Geralmente é eficiente
É um problema informacional A taxonomia depende da quantidade de
informação E do instrumento de discriminação
![Page 42: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/42.jpg)
Discriminação de preços: uma taxomia 1ª ordem (ou perfeita): Informação completa
Monopolista sabe o preço de reserva dos consumidores Retira todo o excedente do consumidor, mas é eficiente Monopolista vende diferentes unidades a diferentes
preços, e este esquema varia entre os consumidores Exemplo (raramento observado na prática):
• Médico em cidade pequena• Estilo socialista: “from everyone according to their means, to
everyone according to their needs”
![Page 43: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/43.jpg)
Discriminação de preços: uma taxomia 2ª ordem (ou screening, ou apreçamento não-linear)
Monopolista não-observa o tipo (preço de reserva), mas oferece diferentes menus preço-quantidade e consumidores se auto-selecionam
Monopolista vende diferentes unidades a preços diferentes mas não há variação entre consumidores
Exemplos:• Desconto por quantidade• Bundling• Versioning
![Page 44: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/44.jpg)
Discriminação de preços: uma taxomia 3ª ordem (ou sinalização)
Monopolista observa um sinal imperfeito sobre o tipo (preço de reserva) do consumidor
Geralmente o sinal é um dado demográfico, como idade, sexo, residência
Oferece diferentes preços a diferentes tipos de consumidores, mas cada unidade é vendida ao mesmo preço
Exemplos:• Desconto para estudantes e idosos
![Page 45: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/45.jpg)
Discriminação de preços:1ª ordem, First-Best
Suponha que há 2 consumidores (V e A) , com propensões diferentes a pagar por diferentes quantidades:
q
p
Preço de reserva para cada quantia
q
p Preço de reserva para cada quantia
qVqA
![Page 46: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/46.jpg)
Discriminação de preços:1ª ordem, First-Best
Suponha que o custo para o monopolista é zero. Se ele não é daltônico, ele oferece o seguinte menu de contratos: (PV = Área Vermelha, qV)
(PA = Área Azul, qA)
![Page 47: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/47.jpg)
Discriminação de preços: 2ª ordem
Informção incompleta: Ele é doltônico, mas sabe que as demandas dos
tipos A e V
Qual é o esquema de apreçamento ótimo?
![Page 48: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/48.jpg)
Discriminação de preços: 2ª ordem
q
p
W
qVqA
Y
X
![Page 49: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/49.jpg)
Discriminação de preços: 2ª ordem
Suponha que só pode oferecer um único contrato:
(PV = Área Vermelha, qV) se 2xÁrea > Área
(PA = Área Azul, qA) se 2xÁrea < Área
![Page 50: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/50.jpg)
Discriminação de preços: 2ª ordem
Suponha que ele possa oferecer dois contratos Par de menus candidato:
(PV = Área W, qV)
(PA = Área W + Área X, qA)
Não distorce alocações, mas não é ótimo para o monopolista
![Page 51: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/51.jpg)
Discriminação de preços: 2ª ordem Considere a seguinte mudança
(PV = Área W, q’V)
(PA = Área K+ Área X +Área J, qA)
q
p
W
q’VqA
Y
X
K
J
![Page 52: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/52.jpg)
Discriminação de preços: 2ª ordem
Perde K na tipo V e ganha J no tipo A Para quando a perda for igual ao ganho do
que O consumo de qual tipo é distorcido? Qual tipo recebe renda (informacional) positiva?
![Page 53: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/53.jpg)
Discriminação de preços: 2ª ordem
Versioning“It is not because of the few thousands of francs that would have to be spent to put a
roof over the third-class carriage or to upholster the third class seats that companies have open carriages with wooden benches …What the company is trying to do is to prevent the passengers to can pay for the second-class fare from traveling third-class; it hits the poor, not because it wants to, but to frighten the rich…”
Emile Dupuit, Economista Francês, século 19
Qualquer semelhança não é mera coincidência
![Page 54: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/54.jpg)
Discriminação de preços: 3ª ordem
Grupos são identificados Monopolista observa um sinal (imperfeito) da
propensão a pagar
Idosos e estudantes contra adultos no cinema
![Page 55: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/55.jpg)
Discriminação de preços: 3ª ordem
Quem paga mais?
Sempre quem tem menor elasticidade (maior propensão a pagar, menor sensibilidade a preço)
![Page 56: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/56.jpg)
Discriminação de preços: 3ª ordem
Suponha que o monopolista tenha dois mercados separados Sejam y1 e y2 as quantia no mercado 1 e 2
Seja C(y1+y2) o custo de produzir y1+y2
Seja p1(y1) e p2(y2) as demandas nos dois mercados
![Page 57: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/57.jpg)
Discriminação de preços: 3ª ordem O monopolista resolve:
As condições de 1ª ordem são:
21222111, 21
max yyCyypyypyy
2122
2111
yyMCyMR
yyMCyMR
![Page 58: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/58.jpg)
Discriminação de preços: 3ª ordem Ou seja
i
ii
i
ii
i
iii
iiii
ii
yyMCyp
yyMCdy
ydp
p
yyp
yyMCypydy
ydp
1
1
1
21
21
21
![Page 59: Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio jmpm@econ.puc-rio.br Agosto, 2008.](https://reader036.fdocumentos.com/reader036/viewer/2022081514/552fc12a497959413d8ce7d2/html5/thumbnails/59.jpg)
Discriminação de preços: 3ª ordem
Condição crucial:
MERCADOS SEPARADOS
Tickets are non-transferable Por que não ocorre, em geral, para eventos
esportivos?