Organizador: Prof. Márcio Cunha Concurso: ANAC · A necessidade de poder (do inglês nPow – Need...

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GESTÃO DE PESSOAS – IGEPP - ANAC [email protected] 1 Disciplina: Gestão de Pessoas Organizador: Prof. Márcio Cunha Concurso: ANAC Segunda Fase Aula - 3 Nota: Podem incidir erros de digitação, impressão ou dúvidas conceituais. Em qualquer dessas hipóteses, solicitamos a comunicação, a fim de que se possam esclarecer quaisquer dúvidas pertinentes. Bons estudos, professor Márcio Cunha!

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[email protected] 1

Disciplina:

Gestão de Pessoas

Organizador:

Prof. Márcio Cunha

Concurso: ANAC

Segunda Fase

Aula - 3

Nota: Podem incidir erros de digitação, impressão ou dúvidas conceituais. Em qualquer dessas

hipóteses, solicitamos a comunicação, a fim de que se possam esclarecer quaisquer dúvidas pertinentes.

Bons estudos,

professor Márcio Cunha!

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TÓPICO : 11 – DA PROVA DISCURSIVA

11.1 – Esta prova será aplicada para os candidatos a que se refere o subitem 10.12, em um

mesmo dia, em turnos distintos para os cargos de nível superior e de nível intermediário, em

data posterior à divulgação do resultado das provas objetivas.

11.2 – A prova discursiva para os cargos de nível superior valerá 80 (oitenta) pontos e terá por

objeto matérias integrantes do conteúdo de Conhecimentos Específicos das respectivas áreas,

quanto a esta consistindo na elaboração de 1 (uma) Dissertação, em um mínimo de 45 e em um

máximo de 60 linhas.

11.3 – A prova discursiva para os cargos de nível intermediário valerá 50 (cinquenta) pontos e

consistirá na redação de texto dissertativo, em um mínimo de 15 e um máximo de 30 linhas,

abordando temas relacionados aos conhecimentos específicos de cada cargo.

11.4 – A prova discursiva deverá ser elaborada em letra legível, com caneta esferográfica (tinta

azul ou preta), fabricada em material transparente, observados os roteiros estabelecidos na

prova.

a) quanto à capacidade de desenvolvimento do tema: a compreensão e o conhecimento do

tema, o desenvolvimento e a adequação da argumentação, a conexão e a pertinência a cada

tema, a objetividade e a sequência lógica do pensamento, que serão aferidos pelo examinador

com base nos critérios a seguir indicados:

Conteúdo da resposta Cargos de Nível Superior

Pontos a deduzir

Cargos de Nível Intermediário

Pontos a deduzir

Capacidade de argumentação (Até – 15) (Até – 13)

Sequência lógica do pensamento (Até – 10) (Até – 10)

Alinhamento ao tema (Até – 15) (Até – 12)

Cobertura dos tópicos apresentados (Até – 10) (Até – 10)

b) quanto ao uso do idioma: a utilização correta do vocabulário e das normas gramaticais, que

serão aferidos pelo examinador com base nos critérios a seguir indicados:

Tipos de erro Pontos a deduzir

Dissertação (NS) Dissertação (NI)

Aspectos formais: Erros de forma em geral e erros de ortografia

(-0,25 cada erro) (-0,25 cada erro)

Aspectos Gramaticais: Morfologia, sintaxe de emprego e colocação, sintaxe de

regência, concordância e pontuação

(-0,50 cada erro) (-0,50 cada erro)

Aspectos Textuais: Sintaxe de construção (coesão prejudicada); clareza;

concisão; unidade temática/estilo; coerência; propriedade vocabular; paralelismo semântico e

sintático; paragrafação.

(-0,75 cada erro) (-0,75 cada erro)

Cada linha que exceder ao máximo exigido (-1,20) (-0,50)

Cada linha que faltar para o mínimo exigido (-1,70) (-1,30)

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MOTIVAÇÃO

De acordo com Robbins (2011), a motivação é um processo responsável CONCEITO –

pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de um

determinado objetivo.

Já Maximiano (2012) nos apresenta a motivação como uma energia ou força, que

movimenta o comportamento de uma pessoa e que tem três propriedades:

1 - Direção: objetivo do comportamento motivado;

2 - Intensidade: magnitude da motivação; e

3 - Permanência: duração da motivação.

Cabe ressaltar que a motivação não é individual e nem coletiva, mas, sim, específica de

cada um. A motivação não é uma característica individual, onde alguns têm e outros não. Não é

correto afirmar que alguém é desmotivado ou preguiçoso. Motivação é resultado da

interação do individuo com a situação. A motivação depende da situação e é baseada

nesta em que o nível de motivação varia (ROBBINS, 2011, p. 132).

O conceito de motivação envolve três variáveis Nota:

elementares “intensidade, direção e persistência”, que já

foram cobradas em prova de formas distintas. As bancas

costumam substituir, algumas vezes, a palavra conceitual por

outra que preserva o mesmo sentido, como por exemplo: a

palavra persistência já foi substituída por permanência e

insistência, nesses dois casos os itens estavam corretos, uma

vez que, a persistência pode demostrar a insistência ou a

permanência, isto é a duração da motivação de uma pessoa.

– Ocorre quando as causas estão baseadas em um sistema de Motivação Extrínseca

recompensas tangíveis. Essa orientação apresenta-se como a motivação para trabalhar

em resposta a algo externo à tarefa ou atividade, como para a obtenção de

recompensas materiais ou sociais, de reconhecimento, objetivando atender aos

comandos ou pressões de outras pessoas ou para demonstrar competências e

habilidades. A competição, avaliação, reconhecimento, dinheiro ou outro incentivo

material e coação dos outros são outros elementos da motivação extrínseca.

De acordo com DeCharms (apud GUIMARAES, 2004) várias pesquisas foram

construídas para tentar comparar, correlacionar e confrontar as motivações

extrínsecas e intrínsecas. Os resultados dessas investigações indicavam que as

recompensas materiais prejudicariam a motivação intrínseca, reduzindo o

envolvimento na atividade para níveis menores do que os apresentados antes da

introdução das recompensas. As explicações para o problema tomavam como base a

ideia de mudança na percepção do locus de causalidade, isto é, as pessoas deixavam

de perceber suas ações como internamente guiadas para se sentirem externamente

comandadas [...].

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- Refere-se à execução de atividades no qual o prazer é essencial Motivação Intrínseca

para proporcionar a motivação. Por isso, o indivíduo busca, naturalmente, novidades e

desafios, não havendo a necessidade de pressões, reconhecimento do outro ou prêmios

pelo atingimento do objetivo, já que a participação, ou o próprio reconhecimento é a

motivação principal. Essa orientação está diretamente ligada às ações de integridade

psicológica do próprio individuo, como autorreconhecimento, crescimento, respeito,

status, auto determinação, competências, envolvimento na tarefa, curiosidade,

satisfação e interesse.

: As abordagens sócio-cognitivistas têm defendido a NOTA

existência de duas orientações motivacionais, a intrínseca e a extrínseca, sendo estas tratadas não como aditivas, mas interativas. Desta forma podemos concluir que a motivação extrínseca pode se comunicar, interagir com a intrínseca, mas

não adicionar ou ser decisiva na motivação humana.

– As teorias de conteúdo da motivação partem do pressuposto de que as TEORIAS DE CONTEÚDO

pessoas agem para satisfazer suas necessidades. Tratam de ” o ser humano “O QUE MOTIVA

(GOIRIS, 2012), ou seja, quais os motivos específicos (intrínsecos) que fazem as pessoas agir. São

elas:

Maslow procurou explicar Teoria da Hierarquia das Necessidades de Abraham Maslow:

o fenômeno da motivação a partir de uma classificação das necessidades humanas dispostas

hierarquicamente na seguinte ordem de importância: necessidades fisiológicas, de segurança,

sociais, de estima (auto estima) e de autorrealização, a saber:

Necessidades fisiológicas ou básicas correspondem a aspectos básicos para

sobrevivência do ser humano, como: alimento, repouso, sexo, respiração e outras

necessidades orgânicas.

Necessidades de segurança referem-se a estabilidade como, ameaças no trabalho

(demissão), moradia, e, riscos a integridade física.

Já as necessidades sociais correspondem a ser aceito e participante de um grupo,

amizade, família e afeto.

A necessidade de estima que envolve o reconhecimento e aprovação dos outros para

com a pessoa. Porém a autoestima está associada a própria pessoa, como o

reconhecimento próprio, a alto confiança e o egoestatus.

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Por fim, se tem a necessidade de autorrealização que é de ordem elevada, na qual traz

ao autodesenvolvimento continuo a realização pessoal e profissional. Essa ultima

necessidade de acordo com Maslow é a mais elevada na ordem hierárquica, sendo a

mais restrita ou de difícil atingimento dentre as necessidades propostas pela teoria.

As necessidades de base (fisiológicas e de segurança) devem ser atendidas para que as

necessidades subsequentes predominem no comportamento do indivíduo. Sendo assim, uma

pessoa não sentiria, por exemplo, a necessidade de participar de um grupo (necessidade social)

caso não tivesse a necessidade anterior (segurança) realizada; ao mesmo tempo esta

necessidade (segurança) deixaria de ser uma força motivadora do comportamento caso fosse

atendida – cedendo seu lugar à necessidade subsequente.

[...] As pessoas tendem a progredir ao longo das necessidades, buscando atender uma

após outra e orientando-se para a autorrealização. Porém a autorrealização não está,

necessariamente, no topo da hierarquia - não é uma necessidade em si nem a

necessidade definitiva, aquela que só pode ser satisfeita uma vez que todas as demais

tenham sido atendidas. A autorrealização pode ocorrer em qualquer ponto da escala

da motivação, e com o atendimento de qualquer tipo de necessidade, dependendo do

individuo (MAXIMIANO, 2012, P. 289).

Apesar de ser uma teoria empírica e sem base NOTA:

científica relevante, a teoria de Maslow teve ampla aceitação entre os administradores devido à sua lógica intuitiva e facilidade de compreensão. É a mais conhecida de todas as

teorias a respeito de motivação humana (CHIAVENATO, 2005.

p. 478-479).

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Segundo Herzberg, o comportamento das Teoria dos dois Fatores de Frederick Herzberg:

pessoas no trabalho é determinado por dois fatores distintos – fatores higiênicos e fatores

motivacionais (bifatorial).

Os fatores higiênicos, também chamados de extrínsecos, englobam tudo o que estiver

ao redor do indivíduo em seu ambiente de trabalho, constituem, desta forma, o contexto de

trabalho. Encontram-se portanto, no ambiente e não permitem o controle das pessoas. São

eles o salário, tipo de controle do supervisor, condições físicas de trabalho, política e clima

organizacionais, relacionamento, condições de trabalho, a segurança no cargo e o status.

Os fatores motivacionais (ou intrínsecos) são os que estão ligados ao conteúdo do

cargo, à responsabilidade, à possibilidade de crescimento, à liberdade de decisão, ao tipo de

tarefa executada e à forma como é executada. Como dizem respeito ao que o próprio individuo

executa, são fatores que estão sob seu controle – crescimento, reconhecimento,

autorrealização – ou seja, dependem exclusivamente de seu esforço e desempenho.

A satisfação e a insatisfação não são fatores NOTA:

opostos do mesmo conjunto, mas duas dimensões diferentes.

Por isso o oposto da satisfação não é a insatisfação, mas a

não-satisfação. Já o oposto de insatisfação não é a satisfação,

mas a não-insatisfação.

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Alderfer propõe uma teoria sobre motivação que muito Teoria ERC de Clayton Alderfer:

se assemelha ao modelo de Maslow, conhecida pelo nome de teoria ERC/G – Existência,

Relacionamento e Crescimento (em inglês: Existence, Relatedness, Growth). Na sua proposta,

ele diminui a hierarquia de Maslow, condensando as necessidades de autorrealização e estima

em crescimento (Growth), dando ao afeto o nome de Relacionamento (Relatedness) e às

necessidades fisiológicas o nome de existência (Existence), da seguinte forma:

Existência: Abrange as necessidades de primeira ordem de Maslow, que são as

necessidades fisiológicas e de segurança.

Relacionamento: As necessidades sociais e o componente externo da estima

(extrínseca);

Crescimento: Componente interno da estima - a autoestima (intrínseca) - e a

necessidade de autorrealização.

: A teoria de Alderfer não revoga a de Maslow, mas NOTA

acrescenta um aprimoramento à ideia de hierarquia das

necessidades. Ele apenas difere, pois acredita que a satisfação

das necessidades não é sequencial, mas simultânea.

Desenvolvida por David McClelland, a Teoria das Necessidades de David McClelland:

teoria das necessidades socialmente adquiridas descreve que as pessoas são motivadas por três

necessidades básicas, que são: a necessidade de realização, a necessidade de poder e a

necessidade de associação.

(do inglês nAch – Need of achivement) representa A necessidade de realização

um interesse recorrente em fazer as coisas melhor, ultrapassando os padrões de

excelência.

(do inglês nPow – Need of power) vem do desejo de ter A necessidade de poder

impacto, de ser forte e influenciar as pessoas, em outras palavras, vem da

necessidade de fazer os outros se comportarem de uma maneira que não fariam

naturalmente.

(em inglês nAff – Need of Affiliation) vem da A necessidade de afiliação

necessidade de afeição, do desejo de possuir relacionamentos interpessoais

agradáveis e estar bem com todo mundo. São pessoas que buscam a amizade e a

cooperação.

[...] aquelas pessoas que apresentam elevados índices nas necessidades

de realização tendem a esforçar-se para alcançar altos níveis no seu desenvolvimento,

maior autonomia no seu desempenho e melhor aceitação de responsabilidades no seu

trabalho, assumindo desafios realísticos. No contexto organizacional, estas

características se traduzem em sucesso gerencial e independência de ação. Contudo,

quando tais características se manifestam em forma exacerbada, seus efeitos podem

chegar a ser negativos, a menos que sejam atenuados pelo peso e influência das outras

duas categorias de necessidades (afiliação e poder) (McCLELLAND, 1975, p 84).

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McGregor afirmava que existem dois extremos Teoria X e a Teoria Y de McGregor:

opostos entre duas abordagens principais de motivação e, ainda, de liderança. Comparam os

dois estilos antagônicos de administração: de um lado, um estilo baseado na teoria tradicional,

excessivamente mecanicista e pragmática (teoria X) e, de outro, um estilo baseado nas

concepções modernas a respeito do comportamento humano (teoria Y).

A teoria X apresenta uma visão negativa da natureza humana. Pressupõe que os

indivíduos são naturalmente preguiçosos, não gostam de trabalhar, busca apenas

segurança, precisam ser guiados, orientados, remunerados e controlados para

realizarem as tarefas propostas.

A teoria Y (positiva): diz que os indivíduos são automotivados, gostam de assumir

desafios e responsabilidades e irão contribuir criativamente para o processo se tiverem

suficientes oportunidades de participação.

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ANAC – Agencia Nacional de Aviação Civil

CONCURSO PÚBLICO

Edital ESAF n. 76, de 04/12/2015

Prova Discursiva Analista Administrativo

ANAC – Agencia Nacional de Aviação Civil

CONCURSO PÚBLICO

Edital ESAF n. 76, de 04/12/2015

Prova Discursiva Analista Administrativo

Reservado à ESAF

NOTA

Identifique-se apenas nos

campos próprios, abaixo da

linha pontilhada.

Reservado à ESAF

Concurso Público – ANAC/2016 Edital ESAF n. 76, de 04/12/2015

Prova Discursiva Cargo: Analista Adm.

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TEMA:

O comportamento humano desperta grande interesse em muitos campos da ciência. A própria

administração estuda a interação do indivíduo com o ambiente há muito. Várias teorias foram

formuladas, entre as quais podem-se destacar as de Maslow, Mc Gregor e Herzberg, estudiosos que

contribuíram para o conhecimento do comportamento humano nas organizações. A motivação é um

fator preocupante para muitos gestores e, por isso, é essencial que se conheça o que fundamenta as

atitudes dos colaboradores nas organizações. Afinal, é a motivação que delineia o desempenho

organizacional.

Considerando que o trecho acima tem caráter unicamente motivador, redija um texto

dissertativo acerca da pirâmide de necessidades proposta por Maslow, especificando e definindo cada

uma das cinco variáveis por ele consideradas.

Desenvolvimento (mínimo de 45 e máximo de 60 linhas) Reservado ao Examinador

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