Órgão Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Caçapava, Jacareí, Santa Branca e Igaratá

Ano 29 - nº 982www.sindmetalsjc.org.br

De 6 a 12 de março de 2012

Saiba mais nas páginas 2 e 3

Prevaleceu a vontade dos metalúrgicos.Agora é preciso unidade de toda a categoria para as próximas lutas!

no dia 6, em São José dos Campos, acontece o ato “Somos Todas Pinheirinho”. Já no dia 8, protesto será realizado na Sé, em São Paulo.

Durante reunião com o Sindicato na terça-feira, dia 28, a Avibras se comprometeu a finalizar, até maio, a recontratação de todos os 170 demitidos.

DIA INTERNACIONAL DAS MULHERESTEM ATO EM SÃO JOSÉ E EM SP

AVIBRAS ANUNCIA RETORNO,ATÉ MAIO, DE DEMITIDOS

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com 58% dos votos

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Categoria elege Chapa 1

Eleição sindical 2012

Metalúrgicos garantem vitória à CSP-Conlutas Uma participação histórica dos trabalhadores conduz a Chapa 1 à direção do Sindicato. Mais de 11 mil foram às urnas

Os metalúrgicos decidiram e a CSP-Conlutas venceu a eleição do Sindicato, com 58% dos votos válidos. A chapa vitoriosa é enca-beçada pelo atual diretor Antonio Ferreira de Barros, o Macapá, tra-balhador da GM.

Na apuração, ocorrida na última sexta-feira, dia 3, o clima de euforia tomou conta do ginásio, entre mi-litantes, trabalhadores e dirigentes sindicais, reforçando o caráter de-mocrático da eleição.

Todo o processo eleitoral, da coleta à contagem dos votos, foi acompanhado por representantes das duas chapas. A Chapa 2, da CTB, ficou com 42% dos votos. A apuração ocorreu no ginásio da Escola Estadual João Cursino.

Votação expressivaA eleição teve uma das votações

mais expressivas dos últimos anos, com a participação de 11.638 tra-balhadores associados.

A Chapa 1, representada pela atual diretoria, saiu vitoriosa na ampla maioria das fábricas. Foram 6.551 votos para a Chapa 1 contra 4.806 para a Chapa 2. Foram regis-trados 130 votos brancos (1,11%) e 151 votos nulos (1,13%).

Com o resultado, a CSP-Conlu-tas, à qual o Sindicato se filiou em 2004, dá continuidade à sua tra-jetória à frente de um dos maiores sindicatos da categoria metalúrgica no país, com 43 mil trabalhadores em sua base.

“Foi uma batalha importante. De-

mocraticamente os traba-lhadores decidiram o futuro da entidade. Agradecemos a toda a categoria pela participação no processo eleitoral e pela confiança no projeto da atual dire-toria e da CSP-Conlutas”, afirma o presidente Ma-capá.

“ A g o r a é s e g u i r adiante, com a unidade de todos os trabalhado-res, para a categoria se defender dos ataques das empresas e dos governos. A categoria preci-sa sair mais unida desta eleição”, disse.

A nova diretoria toma posse no dia 23 de maio.

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Unidade e organização fortalecem categoriaA vitória da CSP-Conlutas repre-

senta a vontade dos trabalhadores em continuar com um projeto em defesa do emprego e dos direitos. E parte desse projeto é justamente o fortalecimento da categoria me-talúrgica por meio da unidade e da organização no local de trabalho.

Na atual gestão, já houve um intenso trabalho para aumentar a organização dos trabalhadores e garantir que o chão de fábrica fosse de fato ouvido em toda a nossa base. Nessa nova gestão, composta de diretores novos e já atuantes, o desafio é aumentar ainda mais essa organização.

Todo o período eleitoral foi

marcado por tentativas dos pa-trões, inclusive da GM, e do poder público para atacar a atual direto-ria e a CSP-Conlutas. A ideia era colocar os trabalhadores contra o próprio Sindicato. Basta dar uma rápida olhada em entrevistas de re-presentantes da Ciesp e da Prefei-tura, demonstrando a preferência pela saída da CSP-Conlutas.

“Os trabalhadores não se dei-xaram enganar e fizeram valer a sua vontade. Daqui pra frente, não existem mais chapas. Existe um Sindicato democrático que representa a unidade dos trabalha-dores”, afirma o atual presidente, Vivaldo Moreira Araújo.

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Na foto maior, a comemoração durante a apuração. Na menor, a apuração de votos acompanhada por representante das duas chapas concorrentes

Fotos: Tanda Melo

FÁBRICA CHAPA 1 Votos CHAPA 2 VotosGM 40% 1936 60% 2948Amplimatic, Suntech, Retin, Sany 79% 87 21% 23Embraer Faria Lima 80% 302 20% 77Embraer E. Melo 87% 58 13% 9TI/Bundy 62% 318 38% 192Hitachi 65% 103 35% 55Ericsson/Sigma 84% 116 16% 22Heatcraft 88% 104 12% 14Eaton 64% 163 36% 91Gerdau 66% 103 34% 52Sobraer 66% 61 34% 31Eleb 77% 63 23% 19Latecoere 89% 110 11% 13Avibras 27% 24 73% 64TT Brasil 64% 75 36% 43Parker Hannifin, W Santos 72% 154 28% 61Schrader, Trico 84% 114 16% 22MWL 95% 230 05% 12Wirex, MJ, Refortec 93% 195 07% 14

Sede - Aposentados 74% 233 26% 83Sede - Metalúrgicos demitidos 67% 24 33% 12Subsede Chácaras - Produmec 96% 22 04% 1Subsede Caçapava - Italspeed, Mecânica Caçapava, Cabletech 100% 5 00% 0

Ferdmat, Pesola, AWS, Utec, Gomy, Proterm, Sopeçaero, Etal, Ferrusmol, Status

78% 86 22% 24

Swissbras, Alwema, Sky, MCA/José Augusto, Ambrogio, FnMoraes, J. Macedo, Delbras, Magap, TecMaq e Grava

86% 155 14% 26

Techal, Wire Flex, Pland, Resume, Friuli, Van, Destaco, Hold Meyer, KMF 76% 125 24% 39Usimoren, Eltek, Winnstal, Mirage, Dresser 79% 57 21% 15Panasonic, Dovale, Famecânica, Utimate, Metrolab, Simaza, E-Link, JVG, C&D, RFCom, Reformadora do Vale, Avibras

72% 112 28% 43

Forming, Aysys, Chuman 97% 93 03% 3Trelleborg, Aernnova, SK10 90% 35 10% 4Blue Tech, Graúna, Vorana, Hubner, Domex 91% 219 09% 22Metinjo, Qualimec, KMS, Roclan, Mazlei, Celpex, PK, GHM, Termoplas, Vicky, PRL, Watari, Fesmo, Retifica Tamoyos, Imonoe, Oficina São Bento

92% 69 08% 6

Metal Vale, Lupatech, IKK, KY, Takai 78% 68 22% 19Kaul, HE, Cameron, Latapack Ball 92% 57 08% 5Volex, Rexan, Inox 77% 54 23% 16C&D, Emerson 90% 83 10% 9Fabril, Freire, Fabaraço, MMMerck, RDK 93% 50 07% 4Parker Filtros 94% 72 06% 5Prolind 67% 39 33% 19

SUBTOTAL DAS URNAS 59% 6061 41% 4117Votos em separado (inclui a subsede de Jacareí, que teve apenas votos em separado) 46% 577 54% 689

Veja resultado das eleições

Chapa 1 - 6.551 (58%) Chapa 2 - 4.806 (42%)TOTAL DE VOTOS DE VÁLIDOS

A Chapa 1 ganhou em 44 das 58 urnasApoiadores da Chapa 1 festejam durante apuração de fotos

(O resultado por urna pode ser conferido em www.sindmetalsjc.org.br)

Orgão informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de S. J. Campos, Caçapava, Jacareí, Santa Branca e Igaratá • Rua Maurício Diamante, 65 - 12209-570- (12) 3946.5333 - Fax: 3922.4775 - site: www.sindmetalsjc.org.br - e-mail: comunicacao@sindmetalsjc.org.br - São José dos Campos - SP - Responsabilidade: Diretoria do Sindicato - Edição: Rodrigo Correia - Redação: Eliane Mendonça e Shirley Rodrigues. Editoração Eletrônica: Daniel Perseguim. Fotolito e Impressão: UniSind Gráfica Ltda (11) 3271-1137

Expediente

8 de março

Dia Internacional da Mulher é dia de lutaAtos que acontecem em São José, no dia 6, e em São Paulo, no dia 8, levarão mulheres às ruas

Ato-show marca os 8 anos da luta do PinheirinhoCerca de 3 mil pessoas participaram do ato-show

que aconteceu no último sábado, dia 3, para lembrar o aniversário de 8 anos da Ocupação Pinheirinho, que seria completado no dia 26 de fevereiro, caso a desocupação da área não tivesse se concretizado.

Participaram do ato o rapper GOG, Poesia Samba Soul, Preto Soul, e a banda Forró Nova Onda, entre outros artistas. O cineasta argentino Carlos Pronzato também esteve presente e fez o lançamento de um filme sobre a ocupação.

Na próxima quinta-feira, dia 8 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Um dia de luta contra o machismo, a opressão e a exploração capitalista, que tanto penalizam as mulheres em todo o mundo.

É um dia de sair às ruas para reivindicar mais direitos, como creche gratuita, ampliação da licença maternidade para seis meses em toda empresa, salário igual para trabalho igual e pelo fim da violência doméstica, que atinge milhões de mulheres em todo o país.

“Este é um dia de luta, em que as mulheres devem estar juntas, unidas contra todo o tipo de opressão”, disse a diretora do Sindicato e coordenadora do Movimento Mulheres em Luta, Rosangela Calzavara.

Como surgiuO dia 8 de março surgiu em 1910, na

Conferência de Mulheres Socialistas, em ho-menagem às 129 operárias da fábrica Cotton de Nova York, nos Estados Unidos, que mor-reram queimadas por um incêndio provocado pela empresa que queria reprimir a greve das trabalhadoras.

Em 1917, essa data ganhou ainda mais sen-tido quando as trabalhadoras e donas de casa russas saíram às ruas exigindo o fim da guerra e melhores condições de vida. Por sua impor-tância, em 1921, a Conferência das Mulheres Comunistas, realizada em Moscou, adota o dia 8 de Março como o Dia Internacional das Ope-rárias, data que fica mundialmente conhecida como o Dia Internacional da Mulher.

Trio parada duraNa RFCom, o trio formado pelos supervisores Daniele, Marcos Babão e Vanderlei

só sabem demitir. Se alguém abre a boca pra reclamar de alguma coisa na fábrica, seja

da comida, das condições de segurança ou até mesmo dos salários, é rua. Mas, que absurdo! Se não quer ouvir

reclamação, então melhore as condições de trabalho. Bando

de pelegos!

Cortou até o cafezinho?Se não bastassem as péssimas condições de trabalho a que

são submetidos os trabalhado-res da Engeseg, na Embraer, principalmente na portaria

do F200, o Marco Silva ago-ra mandou cortar também o

cafezinho do pessoal. Que eco-nomia mais burra, hein? Se isso

não parar, os trabalhadores vão pra cima. Pode esperar!

Sem sossegoNa Vant Calderaria, em Ca-

çapava, os trabalhadores não aguentam mais tanto abuso. Se não bastasse a refeição e

o transporte caros, a empresa não abriu até agora o proces-so para eleição de CIPA. Os trabalhadores exigem que a Vant abra negociação com o

Sindicato, já! Caso contrário, as máquinas vão parar!

Tragédia anunciadaNa área do CKD, na GM, um rebocador invadiu a célula e atingiu um trabalhador, que teve ferimentos graves. Um

acidente que poderia ter sido evitado se o supervisor Fábio tivesse dado ouvidos para os diversos alertas dos metalúr-

gicos. Mas nada foi feito. Será que agora ele toma alguma

providência?

Kaizen. Bom pra quem?Na Wirex Cable, os trabalhado-

res estão revoltados. Já viram que o Kaizen é uma fraude e só serve de desculpa pra aumentar o rit-mo de produção e as lesões nos metalúrgicos. Cadê a Segurança

do Trabalho que não vê isso?

Mulheres vão às ruasem busca de seus direitos

Ato mostra luta dos trabalhadores conta a LERA CSP-Conlutas e os trabalhadores da região realizaram uma manifestação na terça-feira, dia

28, em frente ao INSS, em São José, pelo Dia Mundial de Combate à LER (Lesão por Esforço Re-petitivo). O ato também denunciou os casos de lesionados demitidos irregularmente pela GM, em total descumprimento à Convenção Coletiva, que garante estabilidade até a aposentadoria.

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Atos em São José, dia 6, e em São Paulo, no dia 8, marcam data

Avibras anuncia retorno de demitidosDurante reunião com o Sindicato

na terça-feira, dia 28, a Avibras se comprometeu a finalizar, até maio, a recontratação de todos os 170 demitidos.

Quem não quiser voltar à fábri-ca, receberá o bônus já acordado com o Sindicato. Até agora, 22 tra-balhadores já foram recontratados.

Outro avanço da reunião foi re-ferente à quitação dos pagamentos

atrasados. A empresa garantiu que quitará todo o resíduo salarial ainda em atraso até a segunda quinzena de março, inclusive com as multas.

“O trabalhador que não ficar sa-tisfeito com os cálculos deve procu-rar o Sindicato”, informou o diretor José Donizetti de Almeida.

O abono também está em dis-cussão e a empresa propôs pagar R$ 1 mil em maio. A proposta será leva-

Uma passeata organizada pelo Movimento Mulheres em Luta, da CSP-Conlutas, Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Intersindical, Movimen-tos Populares, Unidos, PSTU, PSol e Mulheres do PT acontece nesta terça-feira, dia 6, dando início às atividades pelo Dia Internacional de Luta da Mulher.

A ideia do “Somos Todas Pi-nheirinho” é apoiar a luta das mulheres que foram expulsas do Pinheirinho, protestar contra a

violência ocorrida durante a deso-cupação e reivindicar do governo Dilma a desapropriação da área.

A passeata deve sair às 13h, na Avenida Nove de Julho (em frente ao Tênis Clube), em São José.

Ato unificadoEm São Paulo também acon-

tece um ato unificado na quinta-feira, dia 8. A concentração será a partir das 14h, na Praça da Sé. Todas as trabalhadoras estão convidadas.

da aos trabalhadores, em assembleia.

GraúnaA Graúna entrou com um processo

de recuperação judicial e ameaça não pagar as verbas rescisórias dos 115 de-mitidos pela empresa durante o feriado de Carnaval. O Sindicato vai procurar o governo federal e o BNDES e exigir que os direitos dos trabalhadores sejam res-peitados.

Vitória

Direito à moradia

Luciano Coca