Orientações para o Desenvolvimento de Atividades na ... · oferecido aos alunos? A atividade...

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Orientações para o Desenvolvimento de Atividades na Modalidade a Distância na UFCSPA Desenvolvido por: Núcleo de Educação a Distância (NEAD) Agosto de 2016

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Orientações para o Desenvolvimento de

Atividades na Modalidade a Distância na UFCSPA

Desenvolvido por:

Núcleo de Educação a Distância (NEAD)

Agosto de 2016

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Composição do Núcleo de Educação a Distância (NEAD)

Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários

Deisi Cristina Gollo Marques Vidor

Integrantes do NEAD

Alessandra Dahmer (Coordenadora)

Alexandre do Nascimento Almeida

Ana Paula Scheffer Schell da Silva

Carolina Sturm Trindade

Cristiano Lopes Lima

Débora Fernandes Coelho

Márcia Rosa da Costa

Maria Eugênia Bresolin Pinto

Marta Quintanilha Gomes

Silvio Cesar Cazella

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Sumário

1 Introdução ............................................................................ 4

2 Planejamento/Análise ............................................................. 5

3 Desenvolvimento/Elaboração do Projeto ................................... 7

3.1 Título ................................................................................ 7

3.2 Resumo .............................................................................. 7

3.3 Justificativa .......................................................................... 7

3.4 Metodologia ........................................................................ 7

3.5 Cronograma ......................................................................... 9

3.6 Referencias .......................................................................... 9

4 Na Prática ............................................................................ 10

Bibliografia ............................................................................. 11

ANEXO 1 ................................................................................ 12

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1 Introdução

Este manual tem o propósito de apresentar orientações para o desenvolvimento de

atividades na modalidade a distância na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto

Alegre (UFCSPA).

A Educação a Distância (EAD) é entendida como uma modalidade educacional na qual

a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a

utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e

professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos, associadas

a sistemas de gestão e avaliação que lhe são peculiares.

É considerada uma atividade de educação a distância a parte ou a totalidade de uma

atividade de ensino nos cursos de graduação, pós-graduação ou extensão da UFCSPA. Faz

parte da modalidade a distância as atividades de cunho semipresencial. Conforme legislação

estabelecida pelo Ministério da Educação, caracteriza-se a modalidade semipresencial como

quaisquer atividades didáticas, módulos ou unidades de ensino-aprendizagem centrados na

auto-aprendizagem e com a mediação de recursos didáticos organizados em diferentes

suportes de informação, que utilizem tecnologias de comunicação remota.

No âmbito da UFCSPA, atividades na modalidade a distância utilizam o Ambiente

Virtual de Aprendizagem (AVA) adotado pela Instituição. O acompanhamento e

assessoramento de atividades da UFCSPA oferecidas na modalidade a distância são

realizados pelo Núcleo de Educação a Distância (NEAD).

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2 Planejamento/Análise

O planejamento em educação a distância deve ser realizado a partir das reais

condições de utilização, respeitando-se as características da população-alvo. Além disto, esta

atividade deve ser executada, sempre que possível, com o apoio de uma equipe

interdisciplinar integrada por pedagogos, comunicadores, professores e com apoio técnico-

administrativo.

A fase de planejamento/análise fornece subsídios necessários para a definição do

escopo do projeto do curso. Por isso, deve-se fazer uma avaliação das necessidades e

prioridades do curso, elucidando os objetivos a serem atingidos e a análise de viabilidade.

Para tanto, é importante diagnosticar o perfil dos alunos, os objetivos de aprendizagem, as

estratégias metodológicas e o mecanismo de avaliação.

O roteiro a seguir pode auxiliar no processo de planejamento e análise de atividades

a distância: público, objetivos da aprendizagem, estratégias metodológicas e mecanismos de

avaliação.

Público

Quantos alunos participarão?

Qual é a faixa etária?

Quais são as demandas de aprendizagem?

Quais são as expectativas sobre a atividade?

Qual é o tempo de que os alunos dispõem para a realização da atividade

(horas/semana)?

Como é o acesso à tecnologia (habilidade com o computador e acesso à

internet)?

Qual o conhecimento prévio sobre o tema da atividade proposta?

Objetivos da Aprendizagem e Estratégias Metodológicas

Devem ser estabelecidos os objetivos gerais e específicos para a atividade. Para isso

sugerem-se algumas perguntas como:

Quais são os pré-requisitos para a realização da atividade?

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Quais são os objetivos gerais de aprendizagem da atividade?

Quais são os objetivos específicos de cada unidade/módulo/conteúdo da

atividade?

O que os alunos deverão saber ao final da atividade?

O que os alunos deverão estar aptos a fazer ao final da atividade?

O assunto abordado é apropriado para ser disponibilizado na Web?

Qual a abordagem pedagógica mais apropriada para disponibilizar o conteúdo

(auto-aprendizagem, baseado em conteúdo, colaborativo, baseado na solução

de problemas, baseado em projetos, etc.)?

Qual o nível de suporte técnico a ser oferecido aos alunos?

Qual o nível de suporte pedagógico (interação, comunicação, etc.) a ser

oferecido aos alunos?

A atividade será oferecida totalmente à distância? Se não, qual a porcentagem

de aulas presenciais e a distância?

Qual o cronograma da atividade?

Mecanismos de Avaliação

A Educação a Distância, por seu caráter diferenciado e por todos os desafios que

enfrenta, deve ser acompanhada e avaliada em todos os seus aspectos, de forma

sistemática, contínua e abrangente. Três dimensões devem ser contempladas na proposta

de avaliação: (1) a que diz respeito ao aluno; (2) a que se refere à atividade (podendo ser ao

final do curso ou ao término de cada unidade); (3) referente à Instituição como um todo no

contexto do curso, incluindo os profissionais que nele atuam, ou seja, a avaliação

institucional.

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3 Desenvolvimento/Elaboração do Projeto

A fase de elaboração do projeto deve resultar em documento contendo a definição

do que se pretende desenvolver na atividade a distância, incluindo informações que auxiliem

o professor na organização e que forneçam aos alunos uma visão geral da atividade. São

elas:

Título

Resumo

Justificativa

Metodologia

Cronograma

Referências

3.1 Título

É o nome da atividade e deve expressar, o mais fielmente possível, o conteúdo

temático da proposta, sendo claro, objetivo e direto.

3.2 Resumo

Ao descrever o resumo do curso, deve-se destacar a sua relevância na perspectiva

acadêmica e social, público a que se destina, objetivos, metodologia e carga horária. Em caso

de continuidade da proposta, explicitar o estágio em que se encontra e as ações já

executadas.

3.3 Justificativa

Na justificativa deve constar o tema abordado, apresentando o motivo de se

trabalhar determinado assunto. Também deve-se incluir os objetivos gerais e específicos do

curso, bem como o público alvo e número de participantes previstos.

3.4 Metodologia

A elaboração de projetos em EAD é uma tarefa que deve obedecer a determinados

passos ou etapas que envolvem cuidados especiais, mesmo sabendo-se que cada projeto em

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EAD possui características próprias em função da necessidade de individualização e

flexibilidade de ensino, de utilização de recursos didáticos e tecnológicos, bem como das

possibilidades de maior ou menor interação entre tutores e alunos.

Na metodologia deverá constar a estratégia metodológica que será utilizada, a

estrutura básica do conteúdo programático, a dinâmica a ser adotada, a carga horária total

da atividade, salientando a carga horária a distância e carga horária presencial. É importante

especificar a estimativa de carga horária prevista por unidade/módulo. Também deverá

estar presente na metodologia informações sobre os recursos, atividade de tutoria,

avaliação.

Estratégia metodológica

Um projeto de educação a distância possui identidade própria. Não pode ser mera

transposição do ensino presencial e deve ser coerente com o Projeto Pedagógico da

Instituição. Cada atividade, de acordo com sua natureza, condições e necessidade dos

alunos, pode apresentar diferentes arquiteturas e múltiplas combinações de linguagens e

recursos educacionais e tecnológicos. Pode ser necessário incluir na atividade, entre outras

estratégias, atividades presenciais em laboratórios e salas de aula, ou considerar a existência

de pólos descentralizados.

O projeto da atividade de educação a distância deve, sempre que possível, ser

desenvolvido a partir de uma filosofia de aprendizagem em que os alunos têm a

oportunidade de interagir e desenvolver projetos compartilhados; deve reconhecer e

respeitar as diferentes culturas na construção do conhecimento; deve ser produto de

processamento, interpretação e compreensão da informação.

Nesse contexto, a elaboração do projeto depende do perfil dos alunos, identificado

na fase de análise, assim como dos objetivos de aprendizagem identificados. A metodologia

a ser aplicada está diretamente relacionada com o conteúdo, o qual deverá ser elaborado

em função destes objetivos. A divisão e organização do conteúdo são as principais formas de

levar o aluno a alcançar os objetivos definidos para a atividade.

No Anexo I são descritos alguns importantes fundamentos de EAD que devem ser

considerados no momento da elaboração de um curso.

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3.5 Cronograma

O cronograma refere-se às atividades que envolvem o preparo, a realização e a

avaliação do curso. Deve ser especificado em forma de tabela, com a descrição das

atividades seguidas de suas respectivas datas (dia/mês/ano) de realização, constando:

período de preparo do curso; período de inscrição/seleção; data de início do curso; data de

término do curso; período de avaliação do curso. No item matriz instrucional (metodologia),

deverá constar todo o cronograma das atividades a serem realizadas no curso a distância.

3.6 Referências

As referências devem estar relacionadas à área temática que contextualiza a

proposta, estando de acordo com as normas da ABNT.

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4 Na Prática

Para organizarmos um curso a distância precisamos:

Planejar

Identificar as necessidades.

Delimitar os temas de trabalho.

Caracterizar o grupo.

Formular os objetivos do curso.

Desenhar

Organizar os conteúdos e seus respectivos temas.

Selecionar os meios e as formas tecnologias para o desenvolvimento de cada uma.

Elaborar a sequência da aprendizagem.

Organizar as tarefas e avaliações.

Produzir

Redigir os conteúdos.

Ajustar os conteúdos às necessidades.

Desenvolver o material didático, elaborar os instrumentos de avaliação.

Elaborar o design e o layout para a apresentação dos mesmos.

Implantar

Organizar inscrições e aberturas.

Distribuir materiais e capacitar pessoas para o trabalho a ser desenvolvido, tanto os alunos quanto os professores que serão tutores, orientadores ou assistentes.

Avaliar

Estabelecer instrumentos de avaliação do curso.

Recolher informações e dados.

Modificar o processo de acordo com os resultados e informações obtidas.

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Bibliografia

Amidani, Cassandra. Curso de Produção de Material Didático Impresso para EaD. SABER EAD, Brasília (DF), 2008. APRENDIZADO ELETRÔNICO. Metodologia e processo de Aprendizagem. Disponível em: <http://www.aprendizadoeletronico.com.br/file.php/1/moddata/forum/190/419/Metodologia_e_Processo_de_aprendizagem_AVA.doc>. Acesso em: 07 mai 2008. Barros, Daniela Malaré Vieira. Guia didático sobre tecnologias da comunicação e informação: material para o trabalho educativo na formação docente. Rio de Janeiro: Vieira & Lent, 2009. CEAD - Célula de Educação a Distância - CCUEC - Unicamp. A modelagem de unidades de aprendizagem usando recursos de Ambientes Virtuais. 1ª edição. Disponível em:xx Acesso: em 07 mai. 2008 Chaves, Maria Cecilia dos Santos. Fatores importantes para desenvolvimento de cursos on-line. Disponível em http://cdchaves.sites.uol.com.br/fatores_desenvolvimento.htm. Acesso em 2 novembro 2008. Corrêa, Juliane. Sociedade da informação, globalização e educação a distância. In: Cenário Atual da EAD – Unidade 1. Curso de Especialização em Educação a Distância. Versão 4.0. Porto Alegre: Senac Educação a Distância. 2007. Costa, M. R., Scheibel, M. F. Planejamento da ação pedagógica: importância e organização. S/D. Filatro, Andrea. Design instrucional na prática. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2008. Fredric Michael Litto; Manuel Marcos Maciel Formiga (orgs). Educação a Distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009. Moore, Michale G. Educação a distância: uma visão integrada. São Paulo: Thomson Learning, 2007. Silva, Robson Santos da. Moodle para autores e tutores. São Paulo: Novatec Editora, 2010. UFRGS. Moodle Institucional. Disponível em: <http://moodleinstitucional.ufrgs.br/tutorial_moodle/ forum.html>. Acesso: em 07 mai. 2008. UFCSPA Guia do Docente Moodle – UFCSPA - NÚCLEO DE EAD. Versão 1.0 – Janeiro 2010. Disponível em: http://www.ufcspa.edu.br/ufcspa/extensao/nead/documentos/_Manual_Moodle_Docente_UFCSPA_vers%C3%A3o_1.pdf. Acesso em 7 novembro 2011.

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ANEXO 1

FUNDAMENTOS DE EAD

Atores e papéis

Conforme a complexidade do projeto de EAD, em especial o escopo e a escala de

atendimento, o número de profissionais envolvidos e a distribuição de papéis podem variar.

As atividades a distância apresentam uma equipe multidisciplinar e os professores

assumem papéis diferenciados, que incluem desde a gestão administrativa destes projetos

até a atuação como professor virtual, através de teleconferências. Entretanto, é possível que

um mesmo profissional assuma e acumule diversos papéis, como o de autor, designer

educacional ou tutor.

Tutoria

A tutoria é necessária para orientar, dirigir e supervisionar o processo de ensino-

aprendizagem. Ao estabelecer o contato com o aluno, o tutor complementa sua tarefa

docente através de material didático, grupos de discussão, listas, correio-eletrônico, chats e

outros mecanismos de comunicação. Assim, torna-se possível traçar um perfil completo do

aluno: por via do trabalho que ele desenvolve, do seu interesse pelo curso e da aplicação do

conhecimento pós-curso. O apoio tutorial realiza, portanto, a intercomunicação dos

elementos (professor-tutor-aluno) que intervêm no sistema e os reúne em uma função

tríplice: orientação, docência e avaliação.

O tutor deve deixar claras as regras do curso; ser capaz de comunicar-se

textualmente com clareza, não deixando margem para questões e colocações dúbias que

venham a prejudicar a aprendizagem.

O papel do tutor é:

Auxiliar os alunos a planejar seus trabalhos e tempo de estudo;

Orientar e supervisionar os trabalhos do grupo;

Organizar círculos de estudo;

Comentar os trabalhos realizados pelos alunos;

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Corrigir as avaliações dos estudantes;

Auxiliar os alunos a compreender os materiais do curso mediante discussões e

explicações;

Responder às questões sobre a Instituição;

Fornecer informações por telefone, ou e-mail;

Supervisionar trabalhos práticos e projetos;

Atualizar informações sobre o progresso dos estudantes;

Fornecer feedback aos coordenadores sobre os materiais dos cursos,

conteúdo e as dificuldades dos estudantes;

Servir de intermediário entre a Instituição e os alunos.

Além disto, as atividades desempenhadas no processo de tutoria deverão ser guiadas

pelas seguintes condutas:

Identificação individual de cada um de seus alunos a partir dos meios

tecnológicos disponíveis;

Estabelecimento de uma relação amistosa, cooperativa e incentivadora com

todos os seus alunos;

Identificação de dificuldades dos alunos, ajudando-os a enfrentá-las;

Determinação de preservação de entusiasmo e disposição para o trabalho na

tutoria;

Reconhecimento de que se aprende com as vivências e experiências dos

alunos, incorporando essas lições à prática da tutoria, se for o caso;

Estabelecimento e manutenção de prazo para atender as comunicações dos

alunos e as correções dos trabalhos que foram submetidos pelos alunos.

Deve constar no projeto do curso o tempo estimado para a execução da atividade de

tutoria, estipulando o tempo do professor-tutor e alunos (monitores)-tutores.

Nas disciplinas da graduação, normalmente o professor desempenha também a

função de tutor.

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Avaliação

Na educação a distância, o modelo de avaliação da aprendizagem do aluno deve,

além de considerar seu ritmo, ajudá-lo a desenvolver graus mais complexos de

competências, habilidades e atitudes, possibilitando-lhe atingir os objetivos propostos.

O planejamento da avaliação será realizado a partir dos dados levantados na análise.

Devem-se considerar seus propósitos, quem são as pessoas envolvidas, os instrumentos

(métodos) utilizados e o momento de realização da avaliação. A função principal da

avaliação é verificar se os objetivos propostos foram alcançados pelos alunos.

Mais que uma formalidade legal, a avaliação deve permitir ao aluno sentir-se seguro

quanto aos resultados que for alcançando no processo de ensino-aprendizagem. A avaliação

do aluno feita pelo professor deve somar-se à auto-avaliação, que auxilia o estudante a

tornar-se mais responsável, crítico, capaz de desenvolver sua independência intelectual.

As definições sobre as avaliações são de extrema relevância durante o planejamento

de um curso. A avaliação também permitirá aferir se os objetivos do curso foram alcançados

e se as estratégias adotadas foram apropriadas. Podem ser utilizadas avaliações do tipo

diagnóstica, formativa e somativa.

No quadro abaixo constam exemplos de ferramentas do Moodle que podem ser

utilizados para atividades de avaliação.

Nome da Atividade do Moodle

Descrição

Fórum Permite a criação de ferramentas de discussão, incluindo a possibilidade de classificar mensagem.

Glossário Destina-se a criação de dicionário de termos relacionados ao conteúdo trabalhado no curso. A versatilidade da atividade inclui a possibilidade de inclusão de imagens, arquivos e links.

Lição Permite que perguntas e respostas sejam intercaladas com apresentações e arquivos em diferentes

Questionário Viabiliza uma grande variedade de tipos de exercícios e avaliação on-line. Permite a criação de perguntas objetivas e dissertativas, além de fornecer feedback sobre erros e acertos.

Tarefas Permite a solicitação de atividades que devem ser realizadas on-line ou off-line. Na modalidade avançada de carregamento de arquivos possibilita o carregamento de mais de um arquivo simultaneamente. No texto on-line o participante edita sua resposta on-line e, imediatamente, efetua o envio para a correção. O envio de um arquivo único permite o carregamento de somente um arquivo.

Wiki Possibilita que vários participantes construam coletivamente um documento.

Quadro 1: Exemplo de ferramentas Moodle. Fonte: Silva, Robson Santos.

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Implementação da comunicação

A implementação da comunicação em um curso a distância pode ser dividida em

duas etapas: o estabelecimento das ferramentas de comunicação e a atividade de

moderação, ou seja, o uso dessas ferramentas.

As ferramentas de comunicação podem ser divididas em assíncronas e síncronas. As

ferramentas assíncronas são as mais utilizadas, pois permitem a comunicação entre os

participantes independentemente do horário de acesso. Já as ferramentas síncronas

funcionam em tempo real, exigindo o encontro dos participantes num horário previamente

marcado.

As ferramentas de comunicação do ambiente Moodle mais comuns são o fórum de

discussões (assíncrona) e o chat (síncrona). É possível ainda utilizar a ferramenta

"mensagens", que permite a troca de texto com um aluno com acesso ao curso.

Produção de material didático

O material didático em educação a distância cumpre diferentes papéis, apresentando

conteúdos específicos e orientando o aluno na trajetória de cada disciplina e no curso como

um todo. Ele precisa estar em consonância com o objetivo do curso, considerando as

habilidades e competências específicas a serem desenvolvidas e recorrendo a um conjunto

de mídias compatível com a proposta e com o contexto socioeconômico do público-alvo.

A experiência com cursos presenciais não é suficiente para assegurar a qualidade da

produção de materiais adequados aos meios de comunicação e informação. A produção de

material impresso para uso a distância, vídeos, teleconferências, Web-sites e outros, atende

a diferentes lógicas de concepção, produção, linguagem, estudo e controle de tempo.

Independente da(s) mídia(s) escolhida(s), o material deve estar contextualizado e possibilitar

o alcance dos objetivos desejados.

Com o avanço e a disseminação das tecnologias da informação e comunicação e o

progressivo barateamento dos equipamentos, as instituições devem elaborar seus materiais

para uso a distância, buscando integrar as diferentes mídias e explorar a convergência das

tecnologias, sempre na perspectiva da construção do conhecimento e da possibilidade de

interação entre os diversos atores.

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Frequência

A frequência dos participantes normalmente é registrada em função da realização

das atividades propostas.

A ferramenta a ser utilizada para acompanhamento da realização de atividades

existente no ambiente virtual de aprendizagem adotado pela UFCSPA, o Moodle, é o

“Relatório” que permite identificar atividades e ações realizadas por cada um dos

participantes, em todo o período que o curso estiver disponível.

Sempre que necessário, o curso a distância deve prever momentos de encontros

presenciais. Sua frequência será determinada pela natureza da área do curso oferecido e

pela metodologia de ensino adotada. O encontro presencial no início do processo é

importante para que os alunos conheçam professores, técnicos de apoio e seus colegas,

facilitando, assim, futuros contatos a distância.

Feedback

O feedback pode ser traduzido como retroalimentação ou devolutiva que envolve

várias práticas em educação. Ele pode ser praticado como uma forma de controle

operacional de tarefas realizadas pelos alunos ou fornecer um retorno qualificado sobre os

processos de construção de significados. O feedback pode ser simplesmente uma devolutiva

massificada sobre resultados pontuais até um acompanhamento personalizado de longo

prazo ou ainda, pode ser realizado sob a forma de uma realimentação automatizada, gerada

eletronicamente, ou por meio de realimentação construída entre pares.

Para testes objetivos de perguntas e respostas, o feedback pode retornar correções

do tipo "certo" ou "errado". Uma dose de motivação pode ser atrelada à correção da

resposta, com algo como: "Parabéns, você acertou". O feedback pode também remeter o

aluno a uma seção específica do material didático ou mesmo materiais complementares que

tratem do tem em questão. Nesses casos, o feedback pode ser automatizado e exibido ao

aluno após cada questão corrigida ou ao final de um bloco de questões.

Em atividades de aprendizagem mais complexas, que envolvem habilidades

cognitivas de nível superior e geralmente permitem mais de uma solução, como em estudo

de caso, resolução de problemas e desenvolvimento de projetos, recomenda-se que o

feedback seja oferecido durante a realização da atividade, e não apenas após a sua

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conclusão. Nesses casos, o feedback deve estar voltado tanto para os processos quanto para

os resultados da aprendizagem e deve incluir ações de (1) orientação do aluno sobre as

etapas do processo; (2) identificação de erros durante o processo, assim como das causas

desses erros e possíveis correções de rota e, (3) fornecimento de critérios para avaliação

individual ou pelos pares. Esse tipo de feedback envolve imprevisibilidade de respostas e,

por esse motivo, é de difícil automatização. Ele exige a participação do educador, de colegas

ou observadores externos para a confecção de devolutivas personalizadas e

contextualizadas.