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2015 Prefeitura de Mogi das Cruzes Secretaria Municipal de Educação 23/03/2015 ORIENTAÇÕES SONDAGEM 1º BIMESTRE

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2015

Prefeitura de Mogi das Cruzes

Secretaria Municipal de Educação

23/03/2015

ORIENTAÇÕES SONDAGEM 1º BIMESTRE

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SUMÁRIO

Apresentação...............................................................................................

02

Ditado de palavras do mesmo campo semântico.....................................

04

Escrita de texto de memória.......................................................................

06

Reescrita de textos narrativos....................................................................

Avaliação dos textos narrativos

07

Bibliografia...................................................................................................

17

Anexos

I. Roteiro – Progressão Temática II. Gênero – Caracterização do conto III. Mapa da Classe (Produção Textual) IV. Mapa da Classe (Hipóteses de Escrita)

19

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APRESENTAÇÃO

Estimado Gestor(a) e Professor(a),

Iniciamos o ano letivo de 2015, assim como nos anos anteriores, com a

Organização Pedagógica e Administrativa – OPA. Esse momento teve como

um de seus objetivos, refletir com todos os envolvidos no processo ensino-

aprendizagem acerca da avaliação do trabalho realizado pela Unidade Escolar

em 20141. Passado esse período de reflexão acerca dos resultados

alcançados, definição de metas e organização do trabalho pedagógico,

voltamos a avaliar. Obviamente esse processo é complexo e transcorre nas

escolas quotidianamente e, em momentos específicos como na Sondagem.

Nela há o envolvimento de toda a comunidade escolar na intenção de

investigar os conhecimentos já construídos pelas crianças, para a partir daí

planejar situações didáticas que favoreçam o avanço dos alunos no sentido de

alcançar as expectativas para cada ano/série ao final do período letivo de 2015.

Lembramos, ainda, sobre a importância da Sondagem Inicial que neste

ano foi elaborada por cada Unidade Escolar, tendo em vista o momento de

estudo e reflexão proposto, a possibilidade dos docentes se reunirem para

discutir a construção desse instrumento avaliativo, colocando em prática seus

conhecimentos, compartilhando experiências individuais e considerando as

características próprias do alunado. Passado o período de aplicação da

Sondagem Inicial, boas situações de aprendizagem foram desenvolvidas com o

corpo discente e o reflexo delas serão observados, nesse momento, com a

Sondagem do 1º Bimestre.

Como é de conhecimento, esse tipo de ação pressupõe um respeito

intelectual do professor em relação ao conhecimento do aluno, ou seja,

significa concordar que as crianças pensam sobre a língua escrita – elaborando

hipóteses sobre seu funcionamento – e que é relevante para o

1 Acerca dessa questão consultar o documento “Orientações: Organização Pedagógica e

Administrativa – OPA – Avaliação”.

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desenvolvimento de um trabalho de excelência ter conhecimento detalhado

daquilo que eles pensam sobre o sistema alfabético2.

Seguiremos os procedimentos costumeiros:

1. Leitura e estudo do documento encaminhado na íntegra, por todos

(gestor e professor);

2. Aplicação da Sondagem conforme especificações;

3. Análise das escritas por cada professor e sempre que possível

coletivamente (discussão entre os pares);

4. Registro dos resultados em portfólio; e

5. Lançamento dos resultados no Sistema de Gestão Educacional –

SGE.

Destacamos que a partir do 1º Bimestre, em atendimento a solicitação

dos gestores e professores, incluímos um item avaliativo à Reescrita. Trata-se

de uma GRADE DE AVALIAÇÃO objetivando um olhar mais criterioso dos

textos de nossas crianças. Não se trata de um instrumento totalmente

desconhecido, tendo em vista as referências utilizadas: Programa Ler e

Escrever, Sistema de Avaliação e Rendimento Escolar do Estado de São Paulo

– SARESP, Avaliação Nacional do Rendimento Escolar – ANRESC (Prova

Brasil), entre outras...

Lembramos que esse novo item será detalhado nas próximas páginas e

a bibliografia servirá de parâmetro para estudos posteriores. Os resultados do

diagnóstico das produções textuais servirão como subsídio das ações em sala

de aula e os reflexos deles, observados pela Secretaria Municipal de

Educação, por meio da barra de ALFABETIZADOS (representada pela cor

verde).

Equipe de Avaliação

Departamento Pedagógico

Secretaria Municipal de Educação

2 Aspecto tratado no documento “Orientações Sondagem Inicial – 2014”.

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DITADO DE PALAVRAS – LISTA DO MESMO CAMPO

SEMÂNTICO

Alunos do Infantil IV e 1º ano do Ensino Fundamental Ciclo I (ou para

aqueles alunos que não alcançaram a base alfabética)

OBJETIVO

Escrever uma lista de palavras e uma frase, ditadas pelo professor,

colocando em jogo todos os conhecimentos disponíveis. O aluno deverá

escrever segundo suas hipóteses no momento da aplicação da Sondagem.

ORIENTAÇÕES

Utilize uma folha de papel sulfite sem pauta – NÃO UTILIZE

DESENHOS. A atividade deve ser feita individualmente. Chame um aluno por

vez e explique que ele deve escrever algumas palavras e uma frase que você

irá ditar. Para esse tipo de atividade as palavras devem ser do mesmo campo

semântico, como por exemplo, lista de animais do zoológico.

O ditado deve ser iniciado por uma palavra polissílaba, seguida de uma

trissílaba, de uma dissílaba e, por último, de uma monossílaba. Ao ditar, evite

escandir as palavras, ou seja, NÃO marque a separação das sílabas,

pronunciando-as normalmente. Após a escrita de cada palavra, solicite a leitura

imediata do registro. Marque como ela fez essa leitura, utilizando um registro

da relação entre a leitura e a escrita, como no exemplo:

K B O

ÁR VO RE

Pode acontecer que, para ÁRVORE, o aluno registre

BNTAGYTUIOAMU, ou seja, muitas e variadas letras, sem que seu critério de

escolha desses caracteres tenha alguma relação com a palavra falada. Nesse

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caso, se ele ler sem se deter em cada uma das letras, anote o sentido que ele

usou nessa leitura. Por exemplo:

BNTAGYTUIOAMU

Após a lista, é necessário ditar uma frase que envolva pelo menos uma

das palavras já mencionadas. Tal procedimento é necessário para observar se

o aluno volta a escrevê-la de forma semelhante; se a escrita da palavra

permanece estável, num contexto diferente.

Registre os resultados obtidos na Sondagem na planilha de hipóteses de

escrita da rede.

CONSIGNA – INFANTIL IV e 1º ANO

Ter uma família é muito bom! Existem diferentes tipos dela: aquela

formada pelo papai, pela mamãe e pelos filhos; aquela em que os avós

cuidam de seus netos, os irmãos mais velhos são responsáveis pelo mais

novo, dentre tantos outros tipos de família. O importante mesmo é ter

muito amor! Agora vamos escrever o nome de alguns membros da

família:

AFILHADO3

ESPOSA

NETO

MÃE

MARIA GOSTA DO SEU NETO.

3 Na cultura brasileira o AFILHADO é considerado como um “filho do coração”.

Leia a comanda, as palavras e a frase. Em seguida, dite uma de cada vez, dando tempo para o aluno escrever.

Professor:

- para os alunos alfabéticos deverá ser aplicado o TEXTO DE

MEMÓRIA.

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ESCRITA DE TEXTO MEMORIZADO

Alunos do 2° e 3° ano do Ensino Fundamental Ciclo I (ou para aqueles

alunos que alcançaram recentemente a base alfabética).

OBJETIVO

Escrever um texto cujo conteúdo o aluno saiba de cor (de memória), de

acordo com seus conhecimentos sobre o sistema alfabético de escrita.

ORIENTAÇÕES

Como se trata de alunos que já alcançaram a base alfabética e estão

habituados com o uso de diferentes suportes para a escrita, fica a critério do

docente a utilização de sulfite ou qualquer outro tipo de suporte textual (com ou

sem pauta), desde que haja espaço suficiente para que aconteça o registro do

texto de memória.

Garanta que o aluno conheça o texto de cor, lance mão de atividades

lúdicas e interativas ou apenas recite o texto junto às crianças.

Nesse momento os alunos possuem autonomia suficiente para registrar

sua escrita individualmente (sem a presença constante do professor), uma vez

que são alfabéticos. Contudo é necessário que o docente circule pela sala para

fazer intervenções com aqueles alunos que não se lembrarem de um dos

trechos que vão escrever e/ou disserem que não sabem como escrever.

CONSIGNA – 2º e 3º ANO

Após garantir que os alunos conheçam o texto de memória, solicite que escrevam o texto.

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TEXTO DE MEMÓRIA

UM HOMEM BATEU EM MINHA PORTA E EU ABRI

SENHORAS E SENHORES PONHAM A MÃO NO CHÃO

SENHORAS E SENHORES PULEM DE UM PÉ SÓ

SENHORAS E SENHORES DEEM UMA RODADINHA

E VÃO PRO OLHO DA RUA.

REESCRITA DE TEXTOS NARRATIVOS

Alunos de 4º e 5º ano do Ensino Fundamental Ciclo I (ou para aqueles

que dominam com mais proficiência a linguagem escrita).

OBJETIVO

Avaliar e caracterizar o nível de desenvolvimento discursivo dos alunos

liberando-os da responsabilidade de criação do conteúdo temático para que

possam se preocupar com a linguagem escrita que utilizarão ao redigir a

narrativa conhecida.

ORIENTAÇÕES

Professor, a Sondagem pretende avaliar se os alunos sabem reescrever

uma história.

Professor:

- para os alunos não alfabéticos deverá ser aplicada a LISTA DE

PALAVRAS;

- para aqueles que já dominam com maior proficiência a leitura e

a escrita, poderá ser realizada a REESCRITA DO FINAL DO CONTO

(condição avaliada pelo professor);

- os alunos que produzem autonomamente apenas textos de

memória NÃO PODERÃO SER CONSIDERADOS ALFABETIZADOS.

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Teberosky4 define a reescrita como uma atividade de reprodução de

relatos retidos na memória. Essa afirmação significa que tal situação didática

refere-se a produção textual com apoio, uma versão pessoal de um texto fonte.

Sendo assim reescreve-se uma narrativa cujas informações principais são

conhecidas, pois estão presentes num texto escrito e organizado de uma

determinada forma. Com essa referência para a produção os alunos podem

aprender o enredo de uma determinada história (conto, crônica, fábula,

lenda...) e como seus acontecimentos podem ser encadeados; sobre a forma; a

linguagem específica que se usa para escrever, diferente daquela utilizada ao

falar; a coerência... E se utilizam dessa linguagem na reescrita colocando-se

como escritores.

Contudo, conhecer a narrativa não é o suficiente para que as crianças

obtenham êxito nessa atividade avaliativa, narrando todos os episódios ou

mantendo aqueles mais importantes para a trama textual. É necessário

desenvolver algumas atividades para que o aluno tenha condições de colocar

em jogo tudo aquilo que sabe.

Nesse contexto é possível desenvolver algumas atividades5 cujo objetivo

principal é familiarizar os alunos tanto com o conteúdo temático, quanto com a

linguagem do texto que será reescrito.

Leitura compreensiva antes da escrita

1. Estratégias de pré-leitura (primeira abordagem do texto) – mostrar o

portador de onde foi extraído o texto, promovendo uma conversa,

norteada por questionamentos como: “Um texto como esse pode ser

retirado de onde?”, “Que tipo de texto vamos ler?”, “Considerando o

título, do que o a história pode tratar?”, “Para que acham que o autor

escreveu essa história?”, “Para quem o escreveu?”.

4 A esse respeito, consultar TEBEROSKY, A. A reescrita de textos narrativos: situação de

produção coletiva. In: Psicopedagogia da Linguagem Escrita; tradução de Beatriz Cardoso. 17. Ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2014. 5 Referência das atividades: HOCEVAR, S. Enseñar a escribir textos narrativos. Diseño de una

secuencia didáctica. In: Revista Latino Americana de Lectura. v. 28, n. 4, setembro de 2007.

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2. Estratégias de leitura (durante o ato de ler) – Ao longo da leitura

algumas questões podem ser direcionadas aos alunos para verificar

a compreensão acerca da narrativa. As questões não serão

propostas aqui, pois devem variar de acordo com o conteúdo

temático do texto. Também pode ser abordado junto com as crianças

o tema da história e as “partes” que a compõem.

3. Estratégias após a leitura – a mais importante dentre elas é uso do

reconto, definido por Bräkling assim:

[...] o reconto oral, na perspectiva de ensino colocada, é um recurso

para ensino da linguagem escrita, e não oral: reconta-se, de tal “tal

como está escrito no livro”, “como se estivesse lendo”, ou seja, o foco

é a linguagem escrita (apropriação do léxico empregado no texto,

conhecimento e apropriação de articuladores que estabelecem

relações entre as partes do enunciado etc.). Reconta-se também para

recuperar os episódios da história ouvida e para discutir a ordem em

que se apresentam na história: ou seja, para tematizar aspectos da

organização do discurso escrito;

Conversar para escrever

Professor, converse com os alunos sobre a reescrita abordando: o

gênero em que vão escrever (o mesmo da história lida), qual o objetivo, qual o

propósito da escrita, para quem o texto será redigido (público-alvo)... No dia da

reescrita oriente os pequenos que ocorrerá a leitura do texto na íntegra e logo

em seguida farão a reescrita.

Em face da importância das atividades acima descritas, sugerimos o seu

desenvolvimento em dias distintos ao da reescrita em si. Destacamos, também,

que tais atividades são sugestões, outras ações podem ser desenvolvidas junto

ou em substituição a essas.

AVALIAÇÃO DAS REESCRITAS

Redigir um texto é tentar se comunicar produzindo sentido. Trata-se de

uma aprendizagem elaborada durante toda a escolaridade, ou seja, de uma

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construção não-definitiva, pelo contrário, aperfeiçoada a cada ano/série e ao

longo da vida de cada indivíduo. Para Dolz6,

Mais ou menos do meio ao final do Ensino Fundamental Ciclo I (3º, 4º

e 5º anos), a produção escrita evolui para a diversificação dos

gêneros textuais. A exigência de autonomia na prática de escrita é

maior. Espera-se uma adaptação às convenções do gênero textual e

às condições da situação de comunicação. O aluno começa a ficar

atento à coerência, à coesão e à conexão do seu texto, com a

utilização de organizadores textuais adequados, de retomadas

anafóricas, de marcas temporais e de sinais de pontuação.

A partir da premissa colocada por Dolz e que pode ser vislumbrada por

meio das Matrizes Curriculares Municipais para a Educação Básica – Língua

Portuguesa, é possível delinear aspectos mais específicos na avaliação dos

textos de nossos alunos, tornando esse procedimento mais objetivo e menos

subjetivo.

Abaixo, especificamos os aspectos determinantes (critérios de

avaliação) para um olhar imparcial dos textos de nossas crianças, que estão

intimamente relacionadas com as avaliações externas como o SARESP e as

indicações feitas por Maria Luiza M. Abaurre:

1. Progressão temática7

A progressão temática é um procedimento utilizado pelos enunciadores

para dar sequência a seus textos, orais ou escritos. Ela consiste em fazer o

texto avançar apresentando informações novas sobre aquilo de que se fala,

que é o tema. Um requisito para a construção do texto, conhecido por todos os

falantes, é que ele tenha unidade temática (mantenha “o fio da meada”), e, ao

mesmo tempo, apresente informações novas sobre o tema.

6 Ver DOLZ, J., GAGNON, R., DECÂNDIO, F., Capítulo IV – O procedimento de análise. In.

Produção escrita e dificuldades de aprendizagem; tradução de Fabrício Decândio e Anna Rachel Machado. – Campinas, SP: Mercado de Letras, 2010. 7 Excerto da definição transcrita de REINALDO, M. Progressão Temática. In. Glossário Ceale –

Termos de Alfabetização, Leitura e Escrita para Educadores. Disponível em: http://ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/progressão-tematica. Acesso em

23 de fev. de 2015.

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2. Gênero

Produzir o texto considerando as características do gênero em questão e

seus elementos de organização.

3. Coerência

A coerência diz respeito à maneira como o aluno concatenou os

acontecimentos da história, obtendo como resultado um texto bem articulado.

Para isso é necessário apresentar ao longo do texto novos elementos (novas

informações), precisa fazer sentido com o exposto anteriormente e seu

conteúdo deve estar adequado ao mundo real ou aos mundos possíveis

criados, por exemplo, pelos contos de fadas. Grosso modo, um texto coerente

é aquele que é possível interpretar, compreender.

4. Coesão

Um texto não pode ser definido por uma sequência de frases

justapostas, mas por uma trama semântica (unidade de sentido). As unidades

de sentido quando encadeadas produzem a textualidade, a esse

encadeamento chamamos de coesão. De maneira mais direta dizemos que a

coesão é o mecanismo que recupera na sentença B, o que foi dito na sentença

A por meio dos pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos, dos

advérbios de lugar, dos artigos, por elipse, expressões sinônimas...

5. Registro

Trata-se de observar nas produções escritas as convenções do sistema

alfabético: segmentação (hipossegmentação e hipersegmentação), ortografia,

pontuação, concordância...

GRADE8 DE AVALIAÇÃO

Para atender a expectativa acerca da objetividade na avaliação das

produções textuais, procurou-se – no item discutido anteriormente – definir os

critérios de avaliação para um olhar imparcial sobre os textos dos alunos.

Abaixo propomos uma Grade traçando a relação entre os critérios pré-

estabelecidos a uma faixa de pontuação. Com ela haverá parâmetros mais

definidos e uma tentativa de “padronizar” a correção das produções textuais.

8 O termo empregado nesse documento faz referência a outros instrumentos semelhantes

utilizados por Abaurre, Dolz e Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.

Após garantir que os alunos conheçam o texto de memória, solicite que escrevam o texto.

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Correspondência pontos/níveis de correção

Apresentaremos aqui uma referência comum de pontuação. Esses

pontos/níveis de correção serão adotados para os critérios de avaliação

levantados anteriormente.

Níveis de Correção

Pontos Conceito Descrição dos níveis

1 Insuficiente Apresenta muitas dificuldades com relação ao critério avaliado, demonstrando muitas inadequações/erros.

2 Básico Desenvolve razoavelmente as observáveis pré-estabelecidas e apresenta algumas inadequações/erros.

3 Adequado Demonstra bom desempenho relacionado aos aspectos analisados e apresenta poucas inadequações/erros.

4 Avançado

Desempenho acima da média para o ano/série. Excelente resultado em razão dos critérios estabelecidos. Não apresenta nenhuma ou apenas 1 inadequação/erro.

Definição de desempenho para cada critério de correção

A seguir, apresentaremos um quadro sinóptico. Nele estão associados

os quatro pontos correspondentes aos níveis de correção, aos cinco critérios

de avaliação: progressão temática, gênero, coerência, coesão e registro.

Para auxiliar na avaliação do critério PROGRESSÃO TEMÁTICA segue

Anexo I: quadro com os acontecimentos mais importantes narrados no conto

proposto, “Chapeuzinho Vermelho”; para o critério GÊNERO o Anexo II:

caracterização da narrativa/conto; para efetuar os registros o Anexo III: planilha

produção de texto e o Anexo IV: planilha das hipóteses escritas.

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GRADE DE AVALIAÇÃO

DESCRIÇÃO – CRITÉRIOS AVALIATIVOS PONTOS Progressão Temática Gênero Coerência Coesão Registro

1

Reescreve, mas não garante a presença da maioria dos fatos; registrar apenas 2 ou 3 acontecimentos.

Texto apresenta indícios ou algumas marcas que permitem, de maneira precária, caracterizar o gênero textual.

Ideias sem articulação, presença de contradição grave afetando o sentido global do texto, causando a impressão de falta de entendimento da história.

Ausência de articulação no interior e entre o(s) enunciado(s)/parágrafo(s).

Redige o texto sem utilizar quaisquer pontuações e/ou segmenta de forma inadequada.

2 Reescreve apenas a metade dos fatos narrados.

Desenvolve e garante de forma razoável a narrativa e as características do gênero proposto.

Alguns trechos que apresentam falta de articulação, ou seja, articula parcialmente as partes integrantes do texto (entre si e em relação ao que vem antes), resultando em alguns problemas de compreensão.

Apresenta problemas na articulação no interior e entre os enunciados/ parágrafos, pois utiliza recursos recorrentes da linguagem oral como a repetição excessiva da conjunção “e” ou o uso de vocábulos como “aí”, “né”, “daí”...

Reescreveu utilizando o sistema alfabético de escrita sem, contudo, centrar-se nas questões de ortografia. Emprega apenas a maiúscula inicial e as pontuações finais (ponto final, de interrogação, de exclamação, reticências).

3

Reescreve garantindo a presença da maioria dos acontecimentos mais importantes do texto, deixando de registrar apenas 2 ou 3 desses fatos.

Reescreve bem a narrativa, apresenta elementos do gênero discursivo, mas com alguns desvios como: linguagem não adequada; ausência de algumas fórmulas como “Era uma vez” e “Fim”; não descrição dos personagens...

Boa articulação dos trechos narrados, beneficiando o desenvolvimento do texto, ainda que com raras inadequações que não interferem no sentido global do texto.

Bom uso de elementos característicos da narrativa escrita para articular os parágrafos e/ou enunciados como “no dia seguinte”, “muito tempo depois”, “enquanto isso”, “mas”, “porém”, “no entanto”, “então”, dentre outros. Pouquíssima utilização de recursos da linguagem oral.

Escreveu o texto ortograficamente correto. São toleráveis poucos erros de ortografia desde que não prejudiquem a legibilidade do texto. Faz uso da pontuação interna e nos casos de discurso direto empregou uma das duas possibilidades: dois pontos, parágrafo e travessão ou aspas sem a paragrafação.

4

Reescreve garantindo a presença de todos os fatos mais importantes da narrativa ou deixa de reescrever apenas 1.

Texto reescrito com todas as características do gênero textual, utilização intencional em benefício do produto final.

Articula muito bem e de maneira intencional as ideias, entre si e em relação ao que veio antes. Ausência de quebras de sentido e/ou contradições.

Uso adequado de elementos característicos da narrativa escrita para articular os parágrafos e/ou enunciados. Ausência da utilização de recursos da linguagem oral.

Utiliza a ortografia regular, com a possibilidade de menos de três erros. Usa a pontuação inicial e final, interna (alguns erros são aceitáveis) e nos casos de discurso direto.

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CONSIGNA – 4º e 5º ANO

Chapeuzinho Vermelho9

Era uma vez uma meninazinha mimosa, que todo o mundo amava assim

que a via, mas mais que todos a amava a sua avó. Ela não sabia mais o que

dar a essa criança. Certa vez, ela deu-lhe de presente um capuz de veludo

vermelho, e porque este lhe ficava tão bem, e a menina não queria mais usar

outra coisa, ficou se chamando Chapeuzinho Vermelho.

Certo dia, sua mãe lhe disse:

– Vem cá, Chapeuzinho Vermelho; aqui tens um pedaço de bolo e uma

garrafa de vinho, leva isto para a vovó; ela está doente e fraca e se fortificará

com isto. Sai antes que comece a esquentar, e, quando saíres, anda direitinha

e comportada e não saias do caminho, senão podes cair e quebrar o vidro e a

vovó ficará sem nada.

A avó, porém morava longe, lá na floresta. E quando Chapeuzinho

Vermelho entrou na floresta, encontrou-se com o lobo. Mas Chapeuzinho

Vermelho não sabia que fera malvada era aquela, e não teve medo dele.

– Bom dia, Chapeuzinho Vermelho – disse ele – para onde vai tão cedo?

– Para a casa da vovó.

– E o que trazes aí nesta cestinha? – Bolo e vinho. – Chapeuzinho

Vermelho, onde mora a tua avó?

– Mais adiante, debaixo dos três grandes carvalhos, lá fica a sua casa –

disse Chapeuzinho Vermelho.

9 Adaptado de uma versão dos Irmãos Grimm

4º Ano Os alunos farão a REESCRITA DO FINAL do conto. Leia toda a história para os alunos e depois leia novamente. Pare

no FINAL do VIGÉSIMO SEXTO parágrafo “... engoliu a pobre Chapeuzinho Vermelho.” e peça para reescreverem o final da história.

5º Ano Os alunos farão a REESCRITA NA ÍNTEGRA do conto.

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O lobo pensou consigo mesmo: “Tenho de ser muito esperto, para

apanhar as duas”. Então ele foi andando ao lado de Chapeuzinho Vermelho e

falou:

– Chapeuzinho Vermelho, olha só para as lindas flores que crescem aqui

em volta! Por que não olhas para os lados? Acho que nem ouves o lindo canto

dos passarinhos!

Chapeuzinho Vermelho arregalou os olhos quando viu os raios de sol

dançando de lá para cá por entre as árvores, e como tudo estava tão cheio de

flores, pensou: “Se eu levar um raminho de flores frescas para a vovó, ela

ficará contente; ainda é tão cedo, que chegarei lá em tempo”.

Então ela saiu do caminho à procura de flores. E, quando apanhava

uma, parecia-lhe que mais adiante havia outra mais bonita ainda, e ela corria

para colhê-la e se embrenhava cada vez mais pela floresta adentro.

O lobo, porém, foi direto para a casa da avó e bateu na porta.

– Quem está aí fora?

– É Chapeuzinho Vermelho!

– Pode abrir – disse a vovó – não está trancada. Eu estou muito fraca e

não posso me levantar. O lobo abriu a porta e, sem dizer uma palavra, foi direto

para a cama da vovó e engoliu-a.

Depois, ele se vestiu com a roupa dela, pôs a sua touca na cabeça,

deitou-se na cama e cobriu-se.

Chapeuzinho Vermelho, porém, continuou correndo atrás das flores e,

quando juntou tantas que nem podia mais carregar, pôs-se a caminho da casa

da vovó. Admirou-se ao encontrar a porta aberta, e, quando entrou, percebeu

alguma coisa estranha lá dentro. Assustada, ela gritou:

– Bom dia! Mas não recebeu resposta. Então ela se aproximou da cama.

Lá estava a vovó deitada, com a touca bem afundada na cabeça, e um aspecto

muito esquisito.

– Vovó, que orelhas grandes que você tem!

– É para te ouvir melhor!

– Vovó, que olhos grandes que você tem!

– É para te enxergar melhor.

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– Vovó, que boca enorme que você tem!

– É para te devorar melhor.

E nem bem o lobo disse isso, deu um pulo da cama e engoliu a pobre

Chapeuzinho Vermelho.

*********************** Aplicador, pare aqui na segunda leitura *********************

Deitou-se de novo na cama, adormeceu e começou a roncar muito alto.

O caçador passou perto da casa e pensou: “Como a velha está roncando hoje!”

Então ele entrou na casa e, quando olhou para a cama, viu o lobo dormindo

nela.

– Encontrei-te, velho malfeitor – disse ele –, há muito tempo que estou à

tua procura.

Apontou a espingarda, mas lembrou que o lobo podia ter devorado a

vovó, e que ela ainda poderia ser salva. Por isso, ele não atirou, mas pegou

uma tesoura e começou a abrir a barriga do lobo adormecido. Logo viu o

vermelho do chapeuzinho, e a menina saltou para fora e gritou:

– Ai, como estava escuro lá dentro da barriga do lobo!

Em seguida, a avó, mal conseguindo respirar, saiu ainda viva.

Chapeuzinho Vermelho trouxe pedras, com as quais encheu a barriga do

lobo. Quando ele acordou, quis fugir correndo, mas as pedras eram tão

pesadas que ele não pôde se levantar e caiu morto.

Então os três ficaram contentíssimos. Comeram o bolo e beberam o

vinho que Chapeuzinho Vermelho trouxera, e a vovó logo melhorou. O caçador

levou Chapeuzinho para casa e ela prometeu não mais desobedecer à mamãe.

Professor: - para os alunos não alfabéticos deverá ser aplicada a LISTA DE

PALAVRAS; - para os alunos que acabaram de se alfabetizar deverá ser

aplicado o TEXTO DE MEMÓRIA.

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BIBLIOGRAFIA

ABAURRE, M. Um olhar objetivo para produções escritas: analisar, avaliar,

comentar. São Paulo, SP: Moderna, 2012 (Cotidiano escolar: ação docente).

ABREU, A. Curso de redação. – 12. ed. São Paulo, SP: Editora Ática, 2003.

Célia Sant’Anna, Eliana Mamede, Patrícia Escarabel, Sandra Tomaz,

formadores da equipe do PROFA. Reescrita: um caminho para a produção

autônoma de textos. Mogi Guaçu, em abril de 2008.

DOLZ, J., GAGNON, R., DECÂNDIO, F., Capítulo IV – O procedimento de

análise. In. Produção escrita e dificuldades de aprendizagem; tradução de

Fabrício Decândio e Anna Rachel Machado. – Campinas, SP: Mercado de

Letras, 2010.

FARIA, M. C. “Como usar a Literatura Infantil na Sala de Aula”. – 4. ed., 1ª

impressão. – São Paulo, SP: Contexto, 2008 (Coleção como usar na sala de

aula).

FERREIRO, E. Reflexões sobre alfabetização; tradução Horácio Gonzales (et.

al.). – 24. ed. Atualizada. São Paulo: Cortez, 2001 – (Coleção Questões da

Nossa Época; v. 14).

HOCEVAR, S. Enseñar a escribir textos narrativos. Diseño de una secuencia

didáctica. In: Revista Latino Americana de Lectura. v. 28, n. 4, setembro de

2007.

Kátia Lomba Bräkling, supervisora de Língua Portuguesa no Programa Ler e

Escrever – SEE/SP. Trecho do documento de Orientações Didáticas para as

Expectativas de Aprendizagem. São Paulo, em abril de 2013 (mimeo).

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18 | P á g i n a

REINALDO, M. Progressão Temática. In. Glossário Ceale – Termos de

Alfabetização, Leitura e Escrita para Educadores. Disponível em:

http://ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/progressão-

tematica. Acesso em 23 de fev. de 2015.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Ler e Escrever: livro de textos

do aluno; seleção dos textos, Claudia Rosenberg Aratangy. – 7. ed. São Paulo,

SP: FDE, 2013.

_________________. Secretaria da Educação. Relatório Pedagógico 2013

SARESP: 2º e 3º anos do EF Língua Portuguesa e Matemática. São Paulo, SP:

FDE, 2013.

__________________. Relatório Pedagógico 2013 SARESP: Língua Portuguesa. São Paulo, SP: FDE, 2013. TEBEROSKY, A. A reescrita de textos narrativos: situação de produção coletiva. In: Psicopedagogia da Linguagem Escrita; tradução de Beatriz Cardoso. – 17. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

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ANEXO I ROTEIRO – PROGRESSÃO TEMÁTICA

REESCRITA – CHAPEUZINHO VERMELHO

4º Ano – Final do Conto 5º Ano – Conto na Íntegra

1. Lobo adormece e ronca alto;

2. Caçador entra e encontra o lobo;

3. Caçador abre a barriga do lobo;

4. Chapeuzinho e Vovó saem da

barriga do lobo;

5. Enchem a barriga do lobo de

pedras e ele morre;

6. Os três comem o bolo e bebem o

vinho;

7. O caçador leva Chapeuzinho para casa.

1. Chapeuzinho ganha capuz de

veludo vermelho;

2. Mãe pede a Chapeuzinho para

levar uma cesta de doces para Vovó;

3. Chapeuzinho encontra o Lobo no

caminho;

4. Lobo engana Chapeuzinho;

5. Lobo vai até a casa da Vovó e

devora a velhinha;

6. Lobo se disfarça de Vovó;

7. Chapeuzinho chega à casa da

Vovó e conversa com o Lobo

disfarçado;

8. Lobo devora a Chapeuzinho;

9. Lobo adormece e ronca alto.

10. Caçador entra e encontra o lobo.

11. Caçador abre a barriga do lobo.

12. Chapeuzinho e Vovó saem da

barriga do lobo.

13. Enchem a barriga do lobo de

pedras e ele morre.

14. Os três comem o bolo e bebem o

vinho.

15. O caçador leva Chapeuzinho para casa.

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ANEXO II GÊNERO – CARACTERIZAÇÃO DO CONTO

A ESTRUTURA DA NARRATIVA NO TEXTO ESCRITO E NO TEXTO

VISUAL10

Um esquema básico de narrativa

Os livros infantis apresentam narrativas curtas que podem ser

consideradas contos – designação de histórias e narrações tradicionais, que

existem desde os tempos mais antigos, os quais, na sua origem, eram orais em

sociedades ágrafas, transmitidas de geração em geração. Na Europa Perrault,

no fim do século XVII, e os irmão Grimm, no início do século XIX, recolheram

contos orais populares de seus respectivos países e os registraram por escrito,

segundo suas concepções e estilo.

Essa corrente de pesquisa de contos populares não se interrompeu

desde então, com pesquisadores que percorreram regiões de todos os

continentes, recolhendo e escrevendo essa literatura popular. No Brasil, desde

o século XIX, especialistas como Sílvio Romero, Couto de Magalhães, Mário de

Andrade, Afrânio Peixoto, Luís da Câmara Cascudo, entre muito outros vem

coletando literatura popular oral e escrita. Entre os escritores contemporâneos

para crianças e jovens, destacam-se os trabalhos de Ricardo Azevedo, Ciça

Fitipald, Toni Brandão, Regina Chamlian/Helena Alexandrino, Sônia Junqueira,

Ana Maria Machado, Rogério Resende Barbosa, voltados para a literatura

popular em geral, lendas indígenas e africanas, reescrevendo-os e ilustrando-

os.

Entretanto, segundo a especialista francesa R. Léon, “a simples

passagem ao escrito transforma a narrativa em outro objeto e o conto se

transforma em texto e em seguida em livro, apoiado algumas vezes em

ilustrações”. E, assim, chegamos à literatura para crianças, que tem sua origem

10

Da obra FARIA, M. C. “Como usar a Literatura Infantil na Sala de Aula”. – 4. ed., 1ª impressão. – São Paulo, SP: Contexto, 2008 (Coleção como usar na sala de aula).

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nos contos populares, como demonstra Ricardo Azevedo em sua dissertação

de mestrado Como o ar não tem cor, se o seu é azul? (1997)

A literatura para crianças hoje abrange diferentes tipo de contos, entre

os tradicionais e os modernos. Segundo Léon, os contos tradicionais (contos

de fadas, contos maravilhosos etc.) “tocam aspectos muito importantes de

nossa natureza e de nossa história [pois] o conto constrói/estabelece como um

ser de linguagem e de cultura, para o qual todas as atividades de sobrevivência

(alimentos, roupas, relacionamento com animais e plantas) adquirem

dimensões imaginárias e simbólicas”. Por isso, contos de fadas, lendas em

geral de todos os povos, fábulas e histórias populares continuam a ser

apreciados e a fascinar as crianças.

Ao lado deles, temos os contos modernos: para Léon, “são narrativas

originais, criadas por autores contemporâneos, que não tem nada a ver com a

tradição oral [popular], mas que trazem uma certa renovação do maravilhoso”.

Além disso, os contos modernos abordam o dia-a-dia das crianças, desde as

situações mais banais do cotidiano até temas sociais, existenciais, éticos,

religiosos de nosso tempo e com os quais, conscientemente ou não, os

pequenos leitores estão em contato.

Esses contos modernos são importantes para a formação das crianças e

jovens, no sentido que lhe dá Antônio Cândido em seu ensaio “A literatura e

formação do homem” (1972). Como enfatizam Regina Zilberman e Ezequiel T.

da Silva, em obra sobre Literatura e Pedagogia, a literatura “educa” e “o leitor

tende a se enriquecer graças ao seu consumo”.

Tradicionais ou modernas, as narrativas podem ser definidas como

“expressão de modificações de um estado inicial”. Por isso, a estrutura das

narrativas é essencialmente temporal. Podemos sintetizar as fases de uma

narrativa da seguinte forma:

a) Situação inicial: apresenta um estado de equilíbrio ou já um

problema.

b) Desenvolvimento: o equilíbrio passa a desequilíbrio com o

surgimento de um problema. O “miolo” da narrativa concentra as tentativas de

solução, com ou sem ajuda de pessoas ou atos reais ou da ordem do

maravilhoso.

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c) Desenlace: pode ser feliz ou infeliz. No desenlace feliz, há a

solução do problema e a recuperação do equilíbrio. No infeliz, o problema não

é resolvido e o equilíbrio inicial não é recuperado.

Consideramos útil expor aqui também a estrutura das historietas

moralizantes tradicionais, que ainda existem em livros didáticos e em alguns

livros para crianças, mesmo que, às vezes, disfarçados:

a) Equilíbrio: reproduz a ordem adulta da sociedade, com normas

rígidas de comportamento.

b) Problema: dá-se com o rompimento dessas normas.

c) Desenvolvimento: o sujeito sofre as consequências do

rompimento das normas (doença, privações, medo etc.)

Desenlace: o equilíbrio é restabelecido (o sujeito se arrepende e aceita

a norma ou é castigado).

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ANEXO III – MAPA DA CLASSE (PRODUÇÃO TEXTUAL)

Avalie os textos produzidos pelos alunos atribuindo para cada critério pontos de 1 a 4. Os

quadros NIVEIS DE CORREÇÃO e GRADE DE AVALIAÇÃO auxiliarão nessa tarefa.

Aluno Idade Bimestre: Data:

Prog. Tem. Gênero Coerência Coesão Registro Média Faltas

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

9.

10.

11.

12.

13.

14.

15.

16.

17.

18.

19.

20.

21.

22.

23.

24.

25.

26.

27.

28.

29.

30.

31.

32.

33.

34.

35.

36.

37.

38.

39.

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ANEXO IV – MAPA DA CLASSE (HIPÓTESES DE ESCRITA)

Aluno Idade Data: Data: Data: Data: Data: N° de

Faltas % de Faltas Hipótese Faltas Hipótese Faltas Hipótese Faltas Hipótese Faltas Hipótese Faltas

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

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Aluno Idade Data: Data: Data: Data: Data: N° de

Faltas % de Faltas Hipótese Faltas Hipótese Faltas Hipótese Faltas Hipótese Faltas Hipótese Faltas

29

30

31

32

33

34

35

36

37

38

39

40

41

Hipóteses Legenda Quantidade de alunos por sondagem

1ª Sond. 2ª Sond. 3ª Sond. 4ª Sond. 5ª Sond.

Pré-silábica Vermelho

Silábica sem valor sonoro convencional Roxo

Silábica com valor sonoro convencional Laranja

Silábica alfabética Azul

Alfabética Amarelo

Alfabetizado Verde

Total de alunos por Sondagem

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