Orientações sobre de Órgãos TecidosComo resultado, os índices de doação de órgãos no Brasil...

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Doação de Órgãos e Tecidos Orientações sobre

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DoaçãodeÓrgãoseTecidos

Orientações sobre

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Nós estendemos as mãospara essa causa.

A ABTO e a Novartis apoiam e incentivam a doação de órgãos. Muitas pessoas esperam por um transplante, por isso, é importante a participação de todos, inclusive a sua.

www.estendaamao.com.br

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O que é um transplante? Quem pode ser um doador ou beneficiado? Quais órgãos podem ser transplantados? Quantas pesso-as aguardam por um transplante? O que é morte encefálica ou cerebral? Existe legis-lação específica para transplantes e doação? Eu preciso assinar algum docu-mento para ser doador? Por que doar órgãos e tecidos após a morte? Se você tem alguma dúvida sobre qual seria a res-posta exata para uma destas perguntas ou mesmo se você acha que sabe responder a todas, leia esta publicação que promove, por meio de informações corretas aos lei-tores, a discussão e o aprendizado sobre a doação de órgãos e tecidos. O Brasil se transformou no segundo país do mundo em número absoluto de transplantes reali-zados, principalmente por ter um excelen-te programa de transplantes, que oferece a chance do tratamento a todos os cida-dãos brasileiros, independentemente de sua classe social, racial ou credo. O progra-ma distribui os órgãos doados aos pacien-tes que mais precisam deles, seguindo, ri-gorosamente, uma lista de espera que contempla a gravidade e a compatibilida-de. Como resultado, os índices de doação de órgãos no Brasil cresceram mais de 40% nos últimos dois anos e, em 2010, vêm atingindo o recorde histórico de 10 doadores por cada milhão de população. Embora tudo isto seja parte de uma con-quista nacional, o número de doadores de

órgãos ainda é muito menor do que a de-manda por transplantes, e muito pequeno quando comparado ao número esperado. Isto é consequência da delicadeza do as-sunto, que envolve morte e doença. Exis-tem mitos e dúvidas sobre a doação de órgãos e tecidos que precisam ser esclare-cidos, propiciando a cada um de nós a pos-sibilidade de discutir a nossa vontade de ajudar ao próximo e de salvar pessoas, mesmo após a nossa morte. Isto é solida-riedade. Característica do povo brasileiro! Esta é uma oportunidade para cada um de nós entender o nosso papel na sociedade, ser solidário ao próximo, aprender os be-nefícios em doar órgãos e salvar tanta gente que aguarda em lista de espera por um transplante, como a única alternativa de sobrevivência e de uma qualidade de vida digna. Convido os leitores a se intera-rem sobre este assunto e a passarem a fazer parte de um imenso grupo de pesso-as que acredita na possibilidade de conti-nuarmos salvando vidas mesmo após a morte. Se informe, entenda a razão desta luta a favor da humanidade e se transfor-me em um dos embaixadores na busca do aumento da doação de órgãos no Brasil. Estenda a mão para esta causa e ajude a aumentar a linha da vida!

Aumente a linha da vida

Índice

Págs. 4 a 9 Com mais doadores mais vidas serão salvasPágs. 10 a 12 Alguns mitos e verdadesPágs. 13 a 17 O que pode ser doado

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Dr. Ben-Hur Ferraz Neto, presidente da ABTO e chefe do Programa de Transplante do Hospital Israelita Albert Einstein

Para Doar É Só Falar

Índice

Págs. 4 a 9 Com mais doadores mais vidas serão salvasPágs. 10 a 12 Alguns mitos e verdadesPágs. 13 a 17 O que pode ser doado

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Estudos mostram que a intenção em ser um doador de órgãos é muito maior do que o número real de doadores no Brasil. A principal causa de recusa é o desconheci-mento da família sobre a vontade de seu parente. Esse cenário aumenta o tempo de espera na fila por uma doação e impede que milhares de vidas sejam salvas todos os anos.

E para combater este cenário, a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) investe em campanhas que têm como objetivo estimular as famílias brasileiras a conversarem abertamente sobre a doação de órgãos, sem preconceitos e sem medo.

Apesar de ser um processo extinguido há muitos anos, ainda há quem pense que para ser doador de órgãos é preciso forma-lizar esse desejo através do RG, CNH ou outro documento. Esse mecanismo chegou ao fim, pois em muitos casos, por falta de informação, as pessoas forneciam respos-tas negativas sem ao menos terem refleti-do sobre este assunto tão importante.

Para ser um doador, basta manifestar esse desejo em vida aos familiares, sem a necessidade de deixar qualquer regis-tro formal. Um único doador pode salvar em média de oito a 20 vidas, ao doar rins e pulmão, coração, pâncreas, fígado, duas córneas, ossos, pele e válvulas cardíacas.

Apesar dessa facilidade em ser um doador de órgãos e tecidos hoje no Brasil, o número de transplantes realizados ainda é baixo, quando comparado ao número total

de possíveis doadores identificados e ao imenso potencial do país no que se refere à expertise médica e infraestrutura. Por isso, mais de 30 mil brasileiros ainda aguardam por uma doação capaz de salvar ou prolon-gar suas vidas.

O Sistema Único de Saúde do Brasil (SUS) é o maior programa público de trans-plantes do mundo e arca com as despesas da grande maioria dos transplantes realiza-dos no país. O tempo de espera para o transplante varia de estado para estado. O renal, por exemplo, costuma demorar mais de três anos. A indicação para um trans-plante é feita sempre com muito critério. Apenas após a morte encefálica e com o consentimento da família é que a equipe médica especializada em transplantes é envolvida.

Embora a única forma de se tornar um doador de órgãos seja avisar a família, hoje já é possível se declarar um doador no Facebook, o que representa um grande avanço na divulgação da causa devido ao poder de alcance da rede social.

Vencer essa barreira só depende de um gesto simples: fale com sua família. Este ato pode salvar a vida de milhares de pessoas que hoje esperam por uma doação.

Dr. José O. Medina Pestana, Presidente da ABTO e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

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A participação da população em prol da doação de órgãos e tecidos pode melhorar a realidade dos transplantes no País. Infor-me-se sobre a doação e passe as mensa-gens adiante. Você ajudará a prolongar a linha da vida de muitas pessoas.

Com mais doadores,mais vidas serão salvas

O que é transplante?Transplante é um procedimento cirúrgico no qual os médicos substituem um órgão ou tecido de uma pessoa doente (receptor) por outro órgão ou tecido saudável de um doador, vivo ou falecido. Hoje mais de 80% dos transplantes são realizados com sucesso.

Quem podeser um doador?Qualquer pessoa pode ser doadora, exceto os portadores de doenças infec-ciosas ativas ou de câncer. Fumantes, em geral, não são doadores de pulmões, mas podem doar outros órgãos e tecidos.

”O Brasil é o segundo país do mundo em número absoluto de transplantes e o que mais investe recurso financei-ro público em transplantes no mundo. Mas ainda é preciso evoluir. Temos um número muito grande de pacien-tes em lista de espera e, infelizmen-te, um número pequeno de doadores.

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Dr. Ben-Hur Ferraz Neto, integrante do Conselho Consultivo da ABTO e Coordenador do Instituto do Fígado - Beneficiência Portuguesa.

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serão salvas

O caminho dos órgãosConstatada a morte cerebral, o hospital aciona a coordenação hospitalar de transplante, que entrevista a família. Autorizada a doação, a coordenação hospitalar avisa a Central de Notifica-ção, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) do Estado, que seleciona os re-ceptores e avisa as equipes de trans-plante para irem ao hospital remover os órgãos do doador e levá-los ao local onde será realizado o transplante.

Morte cerebral constatada

Coordenação do hospitalentrevista família

Família autorizaa doação

Notificaçãoda CNCDO

CNCDO selecionareceptores

Equipes de transplanteretiram os órgãos

Órgãos são encaminhadospara transplante

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Os transplantesme salvaramA vida traz inúmeras dificuldades, porém quando os obstáculos envolvem problemas de saúde, tudo se torna ainda mais difícil. É necessário muito otimismo e vontade de viver. Laércio Proni, de 51 anos, tinha uma vida saudável até que seus dois rins para-ram de funcionar. Na época, com 42 anos, ele foi encaminhado para tratamento e in-dicado para a fila de transplantes. Enquanto fazia diálise, Laércio descobriu que tinha he-patite C e precisou iniciar o tratamento rapi-damente, já que não poderia fazer o trans-plante de rins sem estabilizar a doença. Após quatro anos de espera e com a hepa-tite C controlada, o banco de órgãos conse-guiu um dos rins compatíveis para Laércio. Tudo parecia estar caminhando da melhor forma, pois a cirurgia foi um sucesso. “Aquele rim trouxe a esperança de uma vida normal. Era tudo que eu queria”, desa-bafa Laércio. Ele só precisaria então aguar-dar na fila pelo transplante do segundo rim. Entretanto, um mês após a cirurgia, outras complicações renais o levaram para o hos-pital novamente. Foi quando os médicos descobriram que ele estava com câncer no fígado. O diagnóstico complicou o seu caso, pois ele passou a precisar de um fígado, além do segundo rim pelo qual já aguarda-va. Felizmente, alguns meses depois, Laér-cio foi informado que havia no banco de órgãos um rim e um fígado compatíveis. “Os órgãos vieram de um rapaz de 24 anos que havia falecido. Ele morreu, mas salvou minha vida”, comenta Laércio. A cirurgia foi um sucesso. “Considero-me um vitorioso. Por muitas vezes os médicos pensaram que eu não conseguiria superar todas as dificul-dades que surgiram, mas eu venci. Hoje tenho uma vida normal”, completa Laércio.

O caminho dos órgãosConstatada a morte cerebral, o hospital aciona a coordenação hospitalar de transplante, que entrevista a família. Autorizada a doação, a coordenação hospitalar avisa a Central de Notifica-ção, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) do Estado, que seleciona os re-ceptores e avisa as equipes de trans-plante para irem ao hospital remover os órgãos do doador e levá-los ao local onde será realizado o transplante.

Morte cerebral constatada

Coordenação do hospitalentrevista família

Família autorizaa doação

Notificaçãoda CNCDO

CNCDO selecionareceptores

Equipes de transplanteretiram os órgãos

Órgãos são encaminhadospara transplante

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Os transplantesme salvaramA vida traz inúmeras dificuldades, porém quando os obstáculos envolvem problemas de saúde, tudo se torna ainda mais difícil. É necessário muito otimismo e vontade de viver. Laércio Proni, de 51 anos, tinha uma vida saudável até que seus dois rins para-ram de funcionar. Na época, com 42 anos, ele foi encaminhado para tratamento e in-dicado para a fila de transplantes. Enquanto fazia diálise, Laércio descobriu que tinha he-patite C e precisou iniciar o tratamento rapi-damente, já que não poderia fazer o trans-plante de rins sem estabilizar a doença. Após quatro anos de espera e com a hepa-tite C controlada, o banco de órgãos conse-guiu um dos rins compatíveis para Laércio. Tudo parecia estar caminhando da melhor forma, pois a cirurgia foi um sucesso. “Aquele rim trouxe a esperança de uma vida normal. Era tudo que eu queria”, desa-

descobriram que ele estava com câncer no fígado. O diagnóstico complicou o seu caso, pois ele passou a precisar de um fígado. Felizmente, alguns meses depois, Laérciofoi informado que havia no banco de órgãos um rim e um fígado compatíveis. “Os órgãos vieram de um rapaz de 24 anos que havia falecido. Ele morreu, mas salvou minha vida”, comenta Laércio. A cirurgia foi um sucesso. “Considero-me um vitorioso. Por muitas vezes os médicos pensaram que eu não conseguiria superar todas as dificul

-dades que surgiram, mas eu venci. Hoje tenho uma vida normal”, completa Laércio.

bafa Laércio. Entretanto, um mês após a cirurgia, outras complicações renais o leva-ram para o hospital novamente. Foi quan-do os médicos descobriram que ele estava

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Por que o Dia Nacionalda Doação de Órgãose Tecidos ocorre nodia 27 de setembro?Nessa data é celebrado o dia de São Cos-me e São Damião, os santos gêmeos mé-dicos considerados padroeiros da medici-na e dos transplantes. Obra exposta no Museu do Prado, em Madri, do pintor es-panhol Fernando del Rincón (1491-1525), mostra os santos transplantando uma perna em um paciente, com o corpo do doador ao lado da cama.

Uma pessoa em comapode ser doadora?Não. No coma, não ocorreu a morte cere-bral, ou seja, as células do cérebro continu-am vivas e o quadro pode ser revertido.

Você também pode precisar um diaNo Brasil, anualmente, 60 pessoas a cada 1 milhão apresentam morte cerebral, represen-tando aproximadamente 12 mil pessoas. Destas, em torno de 6 mil (50%) poderiam ser doadoras de órgãos. Têm a necessidade de receber um transplante de órgão a cada ano:

Portanto, a chance de que alguém seja doador de órgãos é quatro vezes menor do que a chance de que venha a precisar de um transplante.

20 mil para rim para fígado

211 para coração165 para pulmão

19 para pâncreas 5.961 para córneaspe

ssoa

s

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O que é morte cerebral?Chamada pelos médicos de morte ence-fálica, é a parada irreversível da função do encéfalo (cérebro e tronco cerebral), ou seja, é quando o cérebro para de funcio-nar. Ela ocorre geralmente por causa de um ferimento grave ou um derrame, quando o cérebro deixa de receber fluxo sanguíneo e não executa mais suas funções vitais. A constatação da morte encefálica é feita por pelo menos dois médicos, sendo um deles neurologista a partir de exames clínicos realizados em intervalos de diversas horas. A morte cerebral deve ser confirmada por um exame de imagem, que pode ser arterio-grafia cerebral, eletroencefalograma ou doppler transcraniano. A morte cerebral permite a doação de órgãos e tecidos; a morte cardíaca, só a doação de tecidos.

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”Queremos que o número de doadores triplique até 2017. A intenção é chegar a 20 doadores por milhão de pessoas. E já estamos progredindo: de 2006 para cá, o número de doadores cresceu 40%. Hoje, a taxa é de 8,6 doa-dores por milhão de pessoas.”Dr. Valter Duro Garcia, membro da Diretoria e Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO)

Por que ser doador?A maioria das pessoas tem medo de falar no assunto, uma vez que o mesmo envol-ve a idéia de morte. Da mesma forma, é mais fácil imaginar que nunca será preciso transplantar um órgão ou tecido. A possibi-lidade, entretanto, existe. Se alguém ne-cessitar de um órgão ou tecido, precisará de um doador. Um único doador tem a possibilidade de salvar ou melhorar a quali-dade de vida de mais de vinte pessoas.

O que pode sertransplantado?Órgãos, tecidos e células (medula óssea) podem ser transplantados. O doador vivo pode doar um rim, parte do fígado, parte do pulmão, parte do pâncreas e a medula óssea – esta última pode ser feita até por crianças e mulheres grávidas, por não acarretar nenhum risco ao doador. No caso do doador falecido, depois de decla-rado o óbito, com o consentimento da família, podem ser doados coração, pulmões, rins, fígado, pâncreas, córneas, pele, ossos e válvulas cardíacas.

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”Queremos que o número de doadores triplique até 2017. A intenção é chegar a 20 doadores por milhão de pessoas. E já estamos progredindo: de 2006 para cá, o número de doadores cresceu 40%. Hoje, a taxa é de 8,6 doa-dores por milhão de pessoas.”Dr. Valter Duro Garcia, membro da Diretoria e Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO)

Por que ser doador?A maioria das pessoas tem medo de falar no assunto, uma vez que o mesmo envol-ve a idéia de morte. Da mesma forma, é mais fácil imaginar que nunca será preciso transplantar um órgão ou tecido. A possibi-lidade, entretanto, existe. Se alguém ne-cessitar de um órgão ou tecido, precisará de um doador. Um único doador tem a possibilidade de salvar ou melhorar a quali-dade de vida de até vinte pessoas.

O que pode sertransplantado?Órgãos, tecidos e células (medula óssea) podem ser transplantados. O doador vivo pode doar um rim, parte do fígado, parte do pulmão, parte do pâncreas e a medula óssea – esta última pode ser feita até por crianças e mulheres grávidas, por não acarretar nenhum risco ao doador. No caso do doador falecido, depois de decla-rado o óbito, com o consentimento da família, podem ser doados coração, pulmões, rins, fígado, pâncreas, córneas, pele, ossos e válvulas cardíacas.

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”Queremos que o número de doadores triplique até 2017. A intenção é chegar a 20 doadores por milhão de pessoas. E já estamos progredindo: de 2006 para cá, o número de doadores cresceu 40%. Hoje, a taxa é de 8,6 doa-dores por milhão de pessoas.”Dr. Valter Duro Garcia, membro da Diretoria e Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO)

Por que ser doador?A maioria das pessoas tem medo de falar no assunto, uma vez que o mesmo envol-ve a idéia de morte. Da mesma forma, é mais fácil imaginar que nunca será preciso transplantar um órgão ou tecido. A possibi-lidade, entretanto, existe. Se alguém ne-cessitar de um órgão ou tecido, precisará de um doador. Um único doador tem a possibilidade de salvar ou melhorar a quali-dade de vida de mais de vinte pessoas.

O que pode sertransplantado?Órgãos, tecidos e células (medula óssea) podem ser transplantados. O doador vivo pode doar um rim, parte do fígado, parte do pulmão, parte do pâncreas e a medula óssea – esta última pode ser feita até por crianças e mulheres grávidas, por não acarretar nenhum risco ao doador. No caso do doador falecido, depois de decla-rado o óbito, com o consentimento da família, podem ser doados coração, pulmões, rins, fígado, pâncreas, córneas, pele, ossos e válvulas cardíacas.

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É necessário assinar algum documento para ser um doador?Para se tornar doador, não é preciso deixar nada por escrito, nenhum documento. Basta avisar a família – é ela quem vai autorizar a remoção dos órgãos no caso de doação após a morte cerebral. Por isso, é importante que haja um consentimento da pessoa ainda em vida, deixando clara a sua vontade à família. Esse consentimento não precisa ser por escrito, podendo ser apenas por meio de uma comunicação verbal. Para doações em vida, o doador deve ter mais de 18 anos de idade e o receptor deve ser cônjuge ou parente consanguíneo (pais, filhos, irmãos, avós, tios ou primos). Se não houver parentesco, será preciso autorização judicial.

“Cada um dos transplantes bem sucedi-dos são histórias de felicidade, renasci-mento para a vida e esperança na me-dicina e na ciência. Os doadores anôni-mos são sempre um exemplo de cora-gem e desprendimento.As famílias que doaram órgãos de fami-liares representam gestos de altruísmo e solidariedade do ser humano”.

Veja a rede do SUS

Estados participamdo sistema de captação de

órgãos, por meiodas CentraisEstaduais deTransplantes

24Equipes médicasem todo o Brasilsão autorizadas

a realizartransplantes

no País

1.159Estabelecimentosde saúde fazemparte da rede

431Dos transplantes

realizados noPaís são feitos

por meiodo SUS

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Dr. Mario Abbud Filho, Prof. Adjunto de Medicina, Chefe da Disciplina de Nefrologia da Faculdade de Medicina, Diretor do Centro de Transplantes de Orgaos do Hospital de Base - FAMERP/ FUNFARME, Nefrologista do Instituto de Urologia e Nefrologia de S. J. Rio Preto.

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“Renasci no dia do meu transplante”Aos 25 anos, Manoel Agostinho contraiu o vírus da hepatite C, doença silenciosa que não apre-senta sintomas. Passados 25 anos, após uma suspeita de infarto, Manoel recebeu o diagnós-tico de uma cirrose hepática. "Fiz um ano e meio de tratamento, sempre com esperança. Porém, após o tratamento, o vírus voltou a se manifestar”, conta Manoel. Ele precisou, então, se submeter a um novo tratamento e descobriu que seu fígado estava comprometido com um câncer. O transplante era essencial. “Em nenhum momento pensei em desistir. Era a minha vida que estava em jogo e eu decidi que eu iria lutar”, declara. Foram 30 dias na fila de transplantes, uma espera válida na busca pela cura. A cirurgia foi realizada com sucesso, mas o começo de sua nova vida não foi fácil. “Tive rejeição do órgão nos primeiros meses, mas consegui vencer as dificuldades e hoje estou aqui. Bem. Feliz da vida!” O valor da vida mudou. Hoje Manoel toma medicamentos para que seu corpo não rejeite o novo fígado, fora isso, seus hábitos continuam os mesmos. Ele é feliz e tem uma vida normal. “Faço aniversário duas vezes ao ano. Quando nasci e quando renasci!”, conta Manoel.

É necessário assinar algum documento para ser um doador?Para se tornar doador, não é preciso deixar nada por escrito, nenhum documento. Basta avisar a família – é ela quem vai autorizar a remoção dos órgãos no caso de doação após a morte cerebral. Por isso, é importante que haja um consentimento da pessoa ainda em vida, deixando clara a sua vontade à família. Esse consentimento não precisa ser por escrito, podendo ser apenas por meio de uma comunicação verbal. Para doações em vida, o doador deve ter mais de 18 anos de idade e o receptor deve ser cônjuge ou parente consanguíneo (pais, filhos, irmãos, avós, tios ou primos). Se não houver parentesco, será preciso autorização judicial.

Quem é beneficiado?Milhares de pessoas, incluindo crianças, que contraem doenças cujo único tratamento é um transplante. Geralmente, essas pessoas vão para listas de espera formadas nas Cen-trais de Transplantes das Secretarias Estaduais de Saúde e aguardam a chamada. Mas a sua vez pode demorar: a lista de espera por um pulmão, por exemplo, é renovada anual-mente, uma vez que a maioria das pessoas morre sem conseguir um doador. É impor-tante também saber que a indicação para um transplante é feita com muito critério pelos médicos, de acordo com a legislação vi-gente. A família do doador falecido não esco-lhe o receptor, que é designado a partir das listas de espera das Centrais de Transplantes.

“Cada um dos transplantes bem sucedi-dos são histórias de felicidade, renasci-mento para a vida e esperança na me-dicina e na ciência. Os doadores anôni-mos são sempre um exemplo de cora-gem e desprendimento.As famílias que doaram órgãos de fami-liares representam gestos de altruísmo e solidariedade do ser humano”.Dr. Mário Abbud Filho, do Instituto de Urolo-gia e Nefrologia e diretor do Centro de Transplan-tes de Orgãos do Hospital de Base da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp)

Há legislação específicasobre doações no Brasil?No País, a doação é sistematizada por meio de legislação (Lei nº 9.434/1997 e Lei nº 10.211/2001) que trata sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante. A doação de órgãos no Brasil é organizada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), em âmbito nacional, e pelas Centrais Estaduais de Transplantes, que controlam a lista de espera pelos órgãos e toda a logística do processo de doação e transplante em cada estado. A política de transplante está em sintonia com as Leis nº 8.080/1990 e nº 8.142/1990, que regem o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS).

Veja a rede do SUS

Estados participamdo sistema de captação de

órgãos, por meiodas CentraisEstaduais deTransplantes

25Equipes médicasem todo o Brasilsão autorizadas

a realizartransplantes

no País

1.376Estabelecimentosde saúde fazemparte da rede

548Dos transplantes

realizados noPaís são feitos

por meiodo SUS

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A família precisa arcarcom os custos relacionadosà doaçãoO doador ou sua família não têm custos nem ganho financeiro, sendo apenas entregue uma carta de agradecimento pelo gesto solidário e humano. O receptor também não precisa pagar pela cirurgia de transplante. A condição social e/ou financeira do receptor não importa quando se está numa lista de espera. O que realmente conta é a gravidade da doença, tempo de espera, tipo de sangue e outras informações médicas importan-tes. Quem arca com os custos dos proce-dimentos relacionados aos transplantes é o Sistema Único de Saúde (SUS), que também se responsabiliza pelo forneci-mento, durante toda a vida, das medica-ções necessárias para evitar a rejeição do órgão transplantado.

Um idoso ou umapessoa que já tenhatido alguma doençanão podem ser doadorTodas as pessoas podem ser consideradas potenciais doadoras, independentemente da idade ou do histórico médico. O que determinará a possibilidade de transplante e quais os órgãos e tecidos que poderão ser transplantados é a condição de saúde no momento da morte e uma revisão do histórico médico do paciente. Os recentes avanços da medicina na área de transplan-tes garantem que mais pessoas possam ser doadoras e que haja mais receptores.

“Uma segundachance para ser feliz”Em 1987, Andrea Teixeira realizou um dos seus sonhos: engravidou pela primeira vez. O desejo de ser mãe estava se tornando realidade, mas a gestação não foi fácil. Ela começou a se sentir mal e seus olhos e pele começaram a ficar com uma tonalida-de amarelada. O problema foi diagnostica-do por sua obstetra como sendo hepatite e Andrea passou a seguir o tratamento da doença. Ela lembra o período como sendo um dos mais difíceis de sua vida. Devido a todos os problemas de saúde que enfren-tou durante a gravidez, o parto ocorreu aos oito meses de gestação. Porém, para a tris-teza de todos, a criança não resistiu. Foi nesse difícil período que ela recebeu o diagnóstico de Colestase (redução do fluxo biliar, desencadeada por um processo infla-matório) e recebeu a orientação de não engravidar novamente. Mesmo após esses acontecimentos, Andrea tentou seguir sua vida normalmente. Cinco anos depois, ela começou a sentir muito cansaço. Foi quando descobriu que estava com outras complicações de saúde, como fibrose no fígado e varizes no esôfago. Começava no-vamente a peregrinação em hospitais. Nesse período, Andrea engravidou duas vezes, mas sofreu abortos espontâneos. Por causa das gestações, a situação de seu fígado se complicou ainda mais. Após en-frentar oito anos de hemorragias, infecção hospitalar e pneumonias, Andrea recebeu um novo fígado por meio de um transplan-te. “Foi muito tempo de luta. E hoje, 10 anos depois do meu transplante, conside-ro-me uma pessoa feliz de verdade”, de-clara Andrea. Atualmente, ela dirige uma instituição que atua na área de transplantes para orientar, ajudar e estimular pessoas com problemas semelhantes aos seus.

Religião é impedimento para doaçãoTodas as religiões pregam os princípios de solidariedade e amor ao próximo, que são as principais características do ato de doar. A grande maioria das religiões é francamente favorável à doação, enquan-to outras deixam a critério de seus segui-dores a decisão de serem ou não doado-res. Até mesmo as religiões que são con-trárias à transfusão de sangue não inter-ferem na decisão de doação.

A doação deixao corpo deformadoOs órgãos e tecidos doados são removi-dos por meio de uma operação cirúrgi-ca. Portanto, a doação não desfigura o corpo, que pode ser velado ou crema-do normalmente.

“Legislação, financiamento, organiza-ção de hospitais e educação da popula-ção devem se desenvolver de forma harmoniosa. Legislação e financiamen-to devem ser aprimorados, enquanto a atenção, agora, deve se voltar princi-palmente para a organização e a edu-cação. Precisamos atuar em vários es-tados e aumentar o número de trans-plantes em todo o Brasil. O número de cirurgias está abaixo das necessida-des da população porque falta doação de órgãos.”Dr. Valter Duro Garcia, membro da Diretoria e Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO)

Alguns mitose verdades

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A família precisa arcarcom os custos relacionadosà doaçãoO doador ou sua família não têm custos nem ganho financeiro, sendo apenas entregue uma carta de agradecimento pelo gesto solidário e humano. O receptor também não precisa pagar pela cirurgia de transplante. A condição social e/ou financeira do receptor não importa quando se está numa lista de espera. O que realmente conta é a gravidade da doença, tempo de espera, tipo de sangue e outras informações médicas importan-tes. Quem arca com os custos dos proce-dimentos relacionados aos transplantes é o Sistema Único de Saúde (SUS), que também se responsabiliza pelo forneci-mento, durante toda a vida, das medica-ções necessárias para evitar a rejeição do órgão transplantado.

Um idoso ou umapessoa que já tenhatido alguma doençanão podem ser doadorTodas as pessoas podem ser consideradas potenciais doadoras, independentemente da idade ou do histórico médico. O que determinará a possibilidade de transplante e quais os órgãos e tecidos que poderão ser transplantados é a condição de saúde no momento da morte e uma revisão do histórico médico do paciente. Os recentes avanços da medicina na área de transplan-tes garantem que mais pessoas possam ser doadoras e que haja mais receptores.

“Uma segundachance para ser feliz”Em 1987, Andrea Teixeira realizou um dos seus sonhos: engravidou pela primeira vez. O desejo de ser mãe estava se tornando realidade, mas a gestação não foi fácil. Ela começou a se sentir mal e seus olhos e pele começaram a ficar com uma tonalida-de amarelada. O problema foi diagnostica-do por sua obstetra como sendo hepatite e Andrea passou a seguir o tratamento da doença. Ela lembra o período como sendo um dos mais difíceis de sua vida. Devido a todos os problemas de saúde que enfren-tou durante a gravidez, o parto ocorreu aos oito meses de gestação. Porém, para a tris-teza de todos, a criança não resistiu. Foi nesse difícil período que ela recebeu o diagnóstico de Colestase (redução do fluxo biliar, desencadeada por um processo infla-matório) e recebeu a orientação de não engravidar novamente. Mesmo após esses acontecimentos, Andrea tentou seguir sua vida normalmente. Cinco anos depois, ela começou a sentir muito cansaço. Foi quando descobriu que estava com outras complicações de saúde, como fibrose no fígado e varizes no esôfago. Começava no-vamente a peregrinação em hospitais. Nesse período, Andrea engravidou duas vezes, mas sofreu abortos espontâneos. Por causa das gestações, a situação de seu fígado se complicou ainda mais. Após en-frentar oito anos de hemorragias, infecção hospitalar e pneumonias, Andrea recebeu um novo fígado por meio de um transplan-te. “Foi muito tempo de luta. E hoje, 10 anos depois do meu transplante, conside-ro-me uma pessoa feliz de verdade”, de-clara Andrea. Atualmente, ela dirige uma instituição que atua na área de transplantes para orientar, ajudar e estimular pessoas com problemas semelhantes aos seus.

Religião é impedimento para doaçãoTodas as religiões pregam os princípios de solidariedade e amor ao próximo, que são as principais características do ato de doar. A grande maioria das religiões é francamente favorável à doação, enquan-to outras deixam a critério de seus segui-dores a decisão de serem ou não doado-res. Até mesmo as religiões que são con-trárias à transfusão de sangue não inter-ferem na decisão de doação.

A doação deixao corpo deformadoOs órgãos e tecidos doados são removi-dos por meio de uma operação cirúrgi-ca. Portanto, a doação não desfigura o corpo, que pode ser velado ou crema-do normalmente.

“Legislação, financiamento, organiza-ção de hospitais e educação da popula-ção devem se desenvolver de forma harmoniosa. Legislação e financiamen-to devem ser aprimorados, enquanto a atenção, agora, deve se voltar princi-palmente para a organização e a edu-cação. Precisamos atuar em vários es-tados e aumentar o número de trans-plantes em todo o Brasil. O número de cirurgias está abaixo das necessida-des da população porque falta doação de órgãos.”Dr. Valter Duro Garcia, membro da Diretoria e Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO)

Alguns mitose verdades

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A família precisa arcarcom os custos relacionadosà doaçãoO doador ou sua família não têm custos nem ganho financeiro, sendo apenas entregue uma carta de agradecimento pelo gesto solidário e humano. O receptor também não precisa pagar pela cirurgia de transplante. A condição social e/ou financeira do receptor não importa quando se está numa lista de espera. O que realmente conta é a gravidade da doença, tempo de espera, tipo de sangue e outras informações médicas importan-tes. Quem arca com os custos dos proce-dimentos relacionados aos transplantes é o Sistema Único de Saúde (SUS), que também se responsabiliza pelo forneci-mento, durante toda a vida, das medica-ções necessárias para evitar a rejeição do órgão transplantado.

Um idoso ou umapessoa que já tenhatido alguma doençanão podem ser doadorTodas as pessoas podem ser consideradas potenciais doadoras, independentemente da idade ou do histórico médico. O que determinará a possibilidade de transplante e quais os órgãos e tecidos que poderão ser transplantados é a condição de saúde no momento da morte e uma revisão do histórico médico do paciente. Os recentes avanços da medicina na área de transplan-tes garantem que mais pessoas possam ser doadoras e que haja mais receptores.

“Uma segundachance para ser feliz”Em 1987, Andrea Teixeira realizou um dos seus sonhos: engravidou pela primeira vez. O desejo de ser mãe estava se tornando realidade, mas a gestação não foi fácil. Ela começou a se sentir mal e seus olhos e pele começaram a ficar com uma tonalida-de amarelada. O problema foi diagnostica-do por sua obstetra como sendo hepatite e Andrea passou a seguir o tratamento da doença. Ela lembra o período como sendo um dos mais difíceis de sua vida. Devido a todos os problemas de saúde que enfren-tou durante a gravidez, o parto ocorreu aos oito meses de gestação. Porém, para a tris-teza de todos, a criança não resistiu. Foi nesse difícil período que ela recebeu o diagnóstico de Colestase (redução do fluxo biliar, desencadeada por um processo infla-matório) e recebeu a orientação de não engravidar novamente. Mesmo após esses acontecimentos, Andrea tentou seguir sua vida normalmente. Cinco anos depois, ela começou a sentir muito cansaço. Foi quando descobriu que estava com outras complicações de saúde, como fibrose no fígado e varizes no esôfago. Começava no-vamente a peregrinação em hospitais. Nesse período, Andrea engravidou duas vezes, mas sofreu abortos espontâneos. Por causa das gestações, a situação de seu fígado se complicou ainda mais. Após en-frentar oito anos de hemorragias, infecção hospitalar e pneumonias, Andrea recebeu um novo fígado por meio de um transplan-te. “Foi muito tempo de luta. E hoje, 10 anos depois do meu transplante, conside-ro-me uma pessoa feliz de verdade”, de-clara Andrea. Atualmente, ela dirige uma instituição que atua na área de transplantes para orientar, ajudar e estimular pessoas com problemas semelhantes aos seus.

Religião é impedimento para doaçãoTodas as religiões pregam os princípios de solidariedade e amor ao próximo, que são as principais características do ato de doar. A grande maioria das religiões é francamente favorável à doação, enquan-to outras deixam a critério de seus segui-dores a decisão de serem ou não doado-res. Até mesmo as religiões que são con-trárias à transfusão de sangue não inter-ferem na decisão de doação.

A doação deixao corpo deformadoOs órgãos e tecidos doados são removi-dos por meio de uma operação cirúrgi-ca. Portanto, a doação não desfigura o corpo, que pode ser velado ou crema-do normalmente.

“Legislação, financiamento, organiza-ção de hospitais e educação da popula-ção devem se desenvolver de forma harmoniosa. Legislação e financiamen-to devem ser aprimorados, enquanto a atenção, agora, deve se voltar princi-palmente para a organização e a edu-cação. Precisamos atuar em vários es-tados e aumentar o número de trans-plantes em todo o Brasil. O número de cirurgias está abaixo das necessida-des da população porque falta doação de órgãos.”Dr. Valter Duro Garcia, membro da Diretoria e Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO)

Alguns mitose verdades

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Page 12: Orientações sobre de Órgãos TecidosComo resultado, os índices de doação de órgãos no Brasil cresceram mais de ... sem preconceitos e sem medo. Apesar de ser um processo extinguido

Uma pessoa que se manifesta doadorapode ser sequestrada e ter seus órgãos roubadosO transplante de órgãos exige cuidados médicos especiais, exames laboratoriais e ação rápida. Um coração ou um pulmão, por exemplo, devem ser transplantados, no máximo, entre quatro a seis horas. Além disso, a cirurgia de remoção de órgãos deve ser realizada em um centro cirúrgico, com toda assepsia necessária. Isso inviabiliza o mito de pessoas desaparecidas que ressurgem sem um rim. A história de sequestros de pessoas para venda de órgãos, divulgada pela internet, é fantasiosa e não se baseia na realidade dos transplantes de órgãos no País.

Se os médicos souberemque um paciente quer ser doador, não vão se esforçar para salvá-loA equipe médica que atende uma pessoa na emergência não é a mesma que pro-move a retirada de órgãos para transplan-te. A primeira tem como prioridade salvar vidas, não tendo conhecimento sobre a decisão da pessoa de ser doadora ou não; a segunda só atua depois de anunciada a morte e com o consentimento da família. Não é verdade que os médicos do setor de emergência podem não se esforçar para salvar a vida de uma pessoa, da qual se conhece o desejo de ser doadora.

“A lei brasileira é uma das mais rigo-rosas do mundo sobre a questão da morte encefálica e da doação de órgãos após a morte.”

12

Dr. Ben-Hur Ferraz Neto, integrante do Conselho Consultivo da ABTO e Coordenador do Instituto do Fígado - Beneficência Portuguesa.

Page 13: Orientações sobre de Órgãos TecidosComo resultado, os índices de doação de órgãos no Brasil cresceram mais de ... sem preconceitos e sem medo. Apesar de ser um processo extinguido

Uma pessoa que se manifesta doadorapode ser sequestrada e ter seus órgãos roubadosO transplante de órgãos exige cuidados médicos especiais, exames laboratoriais e ação rápida. Um coração ou um pulmão, por exemplo, devem ser transplantados, no máximo, entre quatro a seis horas. Além disso, a cirurgia de remoção de órgãos deve ser realizada em um centro cirúrgico, com toda assepsia necessária. Isso inviabiliza o mito de pessoas desaparecidas que ressurgem sem um rim. A história de sequestros de pessoas para venda de órgãos, divulgada pela internet, é fantasiosa e não se baseia na realidade dos transplantes de órgãos no País.

Se os médicos souberemque um paciente quer ser doador, não vão se esforçar para salvá-loA equipe médica que atende uma pessoa na emergência não é a mesma que pro-move a retirada de órgãos para transplan-te. A primeira tem como prioridade salvar vidas, não tendo conhecimento sobre a decisão da pessoa de ser doadora ou não; a segunda só atua depois de anunciada a morte e com o consentimento da família. Não é verdade que os médicos do setor de emergência podem não se esforçar para salvar a vida de uma pessoa, da qual se conhece o desejo de ser doadora.

“A lei brasileira é uma das mais rigo-rosas do mundo sobre a questão da morte encefálica e da doação de órgãos após a morte.”Dr. Ben-Hur Ferraz Neto, presidente da ABTO e chefe do Programa de Transplante do Hospital Israelita Albert Einstein

No Brasil, são considerados de rotina transplantes de órgãos (rins, coração, fígado, pulmão e pâncreas), tecidos (córneas, válvulas cardíacas, ossos e pele) e células (medula óssea) e sangue.

O quepode serdoado

Córneas

Coração ouVálvulas

Pâncreas

Rins

Ossos

Pele

Fígado

Pulmões

Sangue

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Uma pessoa que se manifesta doadorapode ser sequestrada e ter seus órgãos roubadosO transplante de órgãos exige cuidados médicos especiais, exames laboratoriais e ação rápida. Um coração ou um pulmão, por exemplo, devem ser transplantados, no máximo, entre quatro a seis horas. Além disso, a cirurgia de remoção de órgãos deve ser realizada em um centro cirúrgico, com toda assepsia necessária. Isso inviabiliza o mito de pessoas desaparecidas que ressurgem sem um rim. A história de sequestros de pessoas para venda de órgãos, divulgada pela internet, é fantasiosa e não se baseia na realidade dos transplantes de órgãos no País.

Se os médicos souberemque um paciente quer ser doador, não vão se esforçar para salvá-loA equipe médica que atende uma pessoa na emergência não é a mesma que pro-move a retirada de órgãos para transplan-te. A primeira tem como prioridade salvar vidas, não tendo conhecimento sobre a decisão da pessoa de ser doadora ou não; a segunda só atua depois de anunciada a morte e com o consentimento da família. Não é verdade que os médicos do setor de emergência podem não se esforçar para salvar a vida de uma pessoa, da qual se conhece o desejo de ser doadora.

“A lei brasileira é uma das mais rigo-rosas do mundo sobre a questão da morte encefálica e da doação de órgãos após a morte.”Dr. Ben-Hur Ferraz Neto, presidente da ABTO e chefe do Programa de Transplante do Hospital Israelita Albert Einstein

No Brasil, são considerados de rotina transplantes de órgãos (rins, coração, fígado, pulmão e pâncreas), tecidos (córneas, válvulas cardíacas, ossos e pele) e células (medula óssea) e sangue.

O quepode serdoado

Córneas

Coração ouVálvulas

Pâncreas

Rins

Ossos

Pele

Fígado

Pulmões

Sangue

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CoraçãoO transplante, recomendado a pessoas com insuficiência cardíaca que não res-pondem a nenhum tratamento ou cirur-gia, pode ser realizado somente por doador falecido, com morte encefálica-constatada. O índice de sobrevida dos transplantados é de cerca de 85% no pri-meiro ano.

CórneasTransplantes de córnea, parte do olho que controla a passagem de luz para a retina, só podem ser realizados a partir de doado-res falecidos, com idade entre 2 e 80 anos. Entre as doenças graves que podem afetar a córnea estão o ceratocone e a dis-trofia do endotélio.

PeleO transplante de pele é indicado para pes-soas que sofreram grande perda de pele, seja por queimadura ou por alguma doença dermatológica grave. Ela pode ser obtida de doadores falecidos ou, ainda, de pessoas que tiveram a pele removida em cirurgias estéticas.

“A cada transplante, a alegria é coleti-va. A chance de um transplante de rim dar certo é superior a 90%.”Dr. José Medina Pestana, do Hospital do Rim e professor titular da Escola Paulista de Medicina

PulmãoTransplante indicado para pessoas com doença pulmonar grave, tais como enfi-sema, fibrose cística e fibrose pulmonar. Em situações especiais, para crianças, uma parte do pulmão pode vir de um doador vivo. São necessários dois doado-res para um receptor. O índice de sobrevi-da dos transplantados é de cerca de 78% no primeiro ano.

SangueEste é o tipo de doação que todo mundo conhece e que pode ser feita em qual-quer hemocentro, onde o sangue será utilizado quando for necessária uma transfusão. O doador deve apresentar boa saúde, ter entre 18 e 65 anos, pesar mais de 50 quilos, entre outros critérios. Antes da doação, um questionário é aplicado para verificar se as pessoas podem ou não ser doadoras.

PâncreasO pâncreas é uma glândula que atua na digestão dos alimentos e produção de in-sulina, elemento químico responsável pelo equilíbrio dos níveis de açúcar no sangue. Esse transplante é realizado geral-mente junto com o transplante de rim em pessoas diabéticas com sérios problemas renais, a partir de doador falecido. O índice de sobrevida dos transplantados é de cerca de 86% no primeiro ano.

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Page 15: Orientações sobre de Órgãos TecidosComo resultado, os índices de doação de órgãos no Brasil cresceram mais de ... sem preconceitos e sem medo. Apesar de ser um processo extinguido

“A cada transplante, a alegria é coleti-va. A chance de um transplante de rim dar certo é superior a 90%.”

PulmãoTransplante indicado para pessoas com doença pulmonar grave, tais como enfi-sema, fibrose cística e fibrose pulmonar. Em situações especiais, para crianças, uma parte do pulmão pode vir de um doador vivo. O índice de sobrevida dostransplantados é de cerca de 78% noprimeiro ano.

PâncreasO pâncreas é uma glândula que atua na digestão dos alimentos e produção de in-sulina, elemento químico responsável pelo equilíbrio dos níveis de açúcar no sangue. Esse transplante é realizado geral-mente junto com o transplante de rim em pessoas diabéticas com sérios problemas renais, a partir de doador falecido. O índice de sobrevida dos transplantados é de cerca de 86% no primeiro ano.

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Dr. José O. Medina Pestana, Presidente da ABTO e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

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“A única certeza que temos na vida é a de que um dia vamos morrer. A per-gunta é: por que não ajudar as outras pessoas também neste momento? Com esse gesto, muitas pessoas vão ganhar vida. Se temos dificuldade em falar sobre a morte, vamos falar sobre a vida das pessoas que podem ser salvas.”Dr. Ben-Hur Ferraz Neto, presidente da ABTO e chefe do Programa de Transplante do Hospital Israelita Albert Einstein

OssosVários ossos ou fragmentos de ossos do corpo humano podem ser transplantados por meio de cirurgias simples. Esse proce-dimento pode ser realizado em casos bastante variados, como, por exemplo, implantes dentários, enxertos para lesões da coluna e próteses. Os ossos doados podem ser mantidos em um banco por longo tempo.

RimComo cada pessoa possui dois rins, este órgão pode ser doado também em vida, geralmente para um parente próximo. A doação beneficia pessoas com insufici-ência renal crônica por nefrite, hiperten-são, diabetes e outras doenças relacio-nadas aos rins. O índice de sobrevida dos transplantados é de cerca de 95% no primeiro ano.

FígadoMaior órgão do corpo humano, o fígado tem capacidade de regeneração. Dessa maneira, uma pessoa pode doar parte de seu fígado em vida. Esse transplante é realizado principalmente em casos de cirrose hepática. O índice de sobrevida dos transplantados é de cerca de 85% no primeiro ano.

Por uma vida melhorA doação de órgãos tem como propósito melhorar ou até salvar a vida de uma pessoa. Embora os avanços da medicina tenham reduzido bastante os riscos desse tipo de cirurgia, a pessoa que recebe o transplante ainda corre o risco de rejeição do órgão transplantado. Daí a necessidade do uso dos chamados “imunossupresso-res”, medicamentos que reduzem o risco de rejeição do órgão transplantado.

NovaspossibilidadesMédicos brasileiros investigam ainda a possibilidade de transplante de outros órgãos, tecidos e células, como intestino, membros superiores, face, traquéia, la-ringe, ilhotas de pâncreas, células neuro-nais e hepatócitos.

18.000 16.00014.00012.00010.0008.0006.0004.0002.000

0

Córneas Rim Fígado Coração Pulmão Pâncreas

16.560

12.160 13.300

3.7804.600

1.174 1.104 2001.472

53 570 166

66%

28%

29%26% 18%

4%

VálvulascardíacasEm muitos casos não é possível utilizar para transplante o coração de uma pessoa que teve morte encefálica, mas, nessa si-tuação, as válvulas cardíacas podem ser doadas e enviadas para um banco de vál-vulas, onde são mantidas por anos e utili-zadas em pessoas com doenças da válvu-la do coração.

MedulaósseaEncontrada no interior dos ossos, a medula óssea é responsável por produzir os com-ponentes do sangue e utilizada para a cura de doenças que afetam as células do sangue, como a leucemia. É a única forma de doação permitida a crianças e gestan-tes e também a única que mantém um banco de doadores.

Necessidade ppm*

Córneas 90Rim 70Fígado 25

Pulmão 8Coração 6Pâncreas 3

*pessoas por milhão

NecessidadeTransplantes realizados

16 17

Importância da participação da populaçãoNecessidade estimada em 2008 X transplantes realizados

Page 17: Orientações sobre de Órgãos TecidosComo resultado, os índices de doação de órgãos no Brasil cresceram mais de ... sem preconceitos e sem medo. Apesar de ser um processo extinguido

“A única certeza que temos na vida é a de que um dia vamos morrer. A per-gunta é: por que não ajudar as outras pessoas também neste momento? Com esse gesto, muitas pessoas vão ganhar vida. Se temos dificuldade em falar sobre a morte, vamos falar sobre a vida das pessoas que podem ser salvas.”Dr. Ben-Hur Ferraz Neto, presidente da ABTO e chefe do Programa de Transplante do Hospital Israelita Albert Einstein

Por uma vida melhorA doação de órgãos tem como propósito melhorar ou até salvar a vida de uma pessoa. Embora os avanços da medicina tenham reduzido bastante os riscos desse tipo de cirurgia, a pessoa que recebe o transplante ainda corre o risco de rejeição do órgão transplantado. Daí a necessidade do uso dos chamados “imunossupresso-res”, medicamentos que reduzem o risco de rejeição do órgão transplantado.

NovaspossibilidadesMédicos brasileiros investigam ainda a possibilidade de transplante de outros órgãos, tecidos e células, como intestino, membros superiores, face, traquéia, la-ringe, ilhotas de pâncreas, células neuro-nais e hepatócitos.

18.000 16.00014.00012.00010.0008.0006.0004.0002.000

0

Córneas Rim Fígado Coração Pulmão Pâncreas

16.560

12.160 13.300

3.7804.600

1.174 1.104 2001.472

53 570 166

66%

28%

29%26% 18%

4%

Necessidade ppm*

Córneas 90Rim 70Fígado 25

Pulmão 8Coração 6Pâncreas 3

*pessoas por milhão

NecessidadeTransplantes realizados

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Importância da participação da populaçãoNecessidade estimada em 2008 X transplantes realizados

“A única certeza que temos na vida é a de que um dia vamos morrer. A per-gunta é: por que não ajudar as outras pessoas também neste momento? Com esse gesto, muitas pessoas vão ganhar vida. Se temos dificuldade em falar sobre a morte, vamos falar sobre a vida das pessoas que podem ser salvas.”

Por uma vida melhorA doação de órgãos tem como propósito melhorar ou até salvar a vida de uma pessoa. Embora os avanços da medicina tenham reduzido bastante os riscos desse tipo de cirurgia, a pessoa que recebe o transplante ainda corre o risco de rejeição do órgão transplantado. Daí a necessidade do uso dos chamados “imunossupresso-res”, medicamentos que reduzem o risco de rejeição do órgão transplantado.

NovaspossibilidadesMédicos brasileiros investigam ainda a possibilidade de transplante de outros órgãos, tecidos e células, como intestino, membros superiores, face, traquéia, la-ringe, ilhotas de pâncreas, células neuro-nais e hepatócitos.

18.000 16.00014.00012.00010.0008.0006.0004.0002.000

0

Córneas Rim Fígado Coração

Necessidade ppm*

Córneas 90Rim 70

Pulmão 25Coração 6

*pessoas por milhão

NecessidadeTransplantes realizados

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Importância da participação da populaçãoNecessidade estimada em 2012 X transplantes realizados

Dr. Ben-Hur Ferraz Neto, integrante do Conselho Consultivo da ABTO e Coordenador do Instituto do Fígado - Beneficiência Portuguesa.

17.168

11.445

4.769

1.145

15.281

5.385

1.595

227

89%

47%

33%

20%

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A Novartis é líder mundial em pesquisa e desenvolvimento.Descobrir medicamentos que salvem e melhorem a qualidadede vida dos pacientes é nossa maior prioridade. Por isso,também estendemos a mão para essa campanha e mantemoso nosso compromisso de buscar inovações que garantam oaumento da linha da vida dos pacientes transplantados.

Investimos, anualmente, mais de US$ 7,2bi em pesquisas para garantir que a linhada vida continue para milhões de pacientes

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Setembro/2013

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