Os 108 nomes em louvor à Deusa Sarasvatī

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108 nomes da Deusa Sarasvatī

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Os 108 nomes em louvor à Deusa Sarasvatī. Introdução e tradução do Sânscrito por Sadhvi Chaitanya. Tradução do Inglês por Gustavo Cunha para www.yogavaidika.com. © Light of Vedanta Press Arsha Vijnana Mandiram, Eugene, OR 97405 para www.arshavm.org. Por favor não reproduzir sem permissão.

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108 nomes da Deusa Sarasvatī

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108 nomes da Deusa Sarasvatī

Introdução e tradução do Sânscrito por Sadhvi Chaitanya

Tradução do Inglês por Gustavo Cunhawww.yogavaidika.com

© Light of Vedanta PressArsha Vijnana Mandiram,

Eugene, OR 97405www.arshavm.org

Fevereiro 2008Por favor não reproduzir sem permissão

Page 3: Os 108 nomes em louvor à Deusa Sarasvatī

IntroduçãoOs Vedas, o conhecimento sagrado da tradição Hindu, possuem um

entendimento altamente refinado de “Deus”. Na visão do Veda, Deus

não é uma questão de crença, mas um ser consciente que é para ser

entendido como livre de limitação, completo, e não-dual – como a

verdade de si-mesmo. Isto, na verdade, é o objetivo final de toda a

vida humana.

A palavra Sânscrita para Deus é “Īśvara” ou “Īśvari”, a entidade

consciente que sustém tudo. Na visão do Veda, Īśvara/i, o criador de

tudo, também não está separado de tudo aquilo que é criado. A

criação é, neste sentido, mais como uma manifestação, existindo

como múltiplas formas e nomes. Assim como todo os ornamentos

derivam a sua existência e o seu brilho do ouro, sem que o ouro

passe por nenhum mudança, jagat – tudo o que está aqui incluindo o

complexo corpo-mente-sentidos – retira a sua existência ao

ilimitado e todo-penetrante criador, e por ele é sustentado. Para ser

a verdade de tudo, Deus tem de ser livre de toda a modificação,

atributos incluindo género. No entanto, a beleza da visão é a de que

quando todos os nomes e formas são não-separadas de Deus,

significa que Īśvara/i pode ser invocado em qualquer género, nome

forma ou função.

A cosmologia Védica concede uma posição elevada ao princípio

feminino, não apenas como o poder criativo e inteligência

responsável pela manifestação de todos os nomes e formas, mas

também como o conhecimento e abundância. Em suma, a força

feminina governa a maior parte dos desejos e buscas, chamados

purushārta. São quatro no total – dharma, ou conduta correta,

artha, segurança, kāma, prazer, e mokṣa, libertação do sentimento

de aprisionamento. Destes objetivos, artha e kāma são geralmente

os mais populares. Porque uma pessoa tem a sensação de vazio

centrado em si-mesma que é universalmente experienciada, procura

segurança e prazer acima de tudo.

Na visão dos Vedas, mokṣa, a libertação do sentimento de

aprisionamento centrado em si é a meta suprema de todo o ser

humano. Já que a sensação de aprisionamento é irreal, e baseada na

ignorância de si-mesma como ilimitada e plena, o conhecimento de

si-mesma como uma pessoa completa pode dissipar esta ignorância.

Ao contrário de um animal que está livre de consciência de si-

mesmo, e não tem necessidade de tal conhecimento, o ser humano

está completamente consciente de si e, portanto, também sujeito a

um julgamento centrado em si-mesmo. Auto-julgamento, ou uma

sensação de limitação, ato-inaptidão ou não-aceitação de si-mesmo

é um fenómeno humano universal que transcende todas as

diferenças.

Julgamento centrado em si-mesmo surge da ignorância de si como

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ilimitado e pleno, como uma forma não-separada do criador. Uma

pessoa erradamente toma-se como sendo limitada da mesma

maneira que a montagem corpo-mente-sentidos. Este julgamento

leva uma pessoa a emaranhar-se numa vida de “tornar-se”, onde a

pessoa procura compensar a noção persistente de falta tentando,

constantemente, “tornar-se” ilimitada. Como aquilo que é infinito

nunca poderá ser produto de ação, até que a pessoa seja exposta ao

conhecimento de si como completa, ilimitada, plena e livre, nunca

poderá ser livre de ser uma pessoa insuficiente.

Para alcançar paravidya, este conhecimento de si como absoluta,

uma pessoa tem de cultivar śraddha, devoção, pelo ensinamento, e

pelo professor, que transmite o conhecimento duma forma que

remove totalmente a ignorância. Uma pessoa necessita de um corpo

saudável, e livre de doenças para que não seja emboscada por

padecimentos físicos durante o processo de obtenção deste

conhecimento. Uma pessoa necessita de uma mente que esteja

relativamente satisfeita com a capacidade de aceitar aquilo que é

como é. Uma pessoa necessita viveka e vairāgya, a maturidade

emocional e intelectual para cessar a procura do infinito em lugares

e objetos finitos e o desapego para deixar tudo o que é finito para

descobrir o infinito em si, como pūrṇa, como o todo.

A nível relativo também – o nível de ajustamento de uma pessoa no

mundo dos objetos e relacionamentos – metas humanas como artha,

buscas em função da segurança, e kāma, a procura de prazeres

também requerem conhecimento, e a capacidade de fazer escolhas

adequadas. Uma pessoa necessita de discriminação, viveka, clareza

intelectual, medhā. Uma pessoa precisa da benção de estar no lugar

e momento certos. Também necessita dharaṇa, o poder de retenção,

e uma mente ordenada que seja capaz de permanecer focada,

cittaikagrata.

Independentemente da pessoa querer realizar os seus desejos

através de meios corretos, ou buscar uma resolução para esta

pessoa-que-deseja no despertar do conhecimento de si-mesma, a

pessoa descobre que não está no comando. Verdade, uma pessoa é

livre de agir, mas não está encarregue dos resultados das suas ações.

A diferença entre sucesso ou fracasso de um empreendimento –

tendo que uma pessoa utilizou tempo e esforço adequados – é a

variável escondida que se revela sob a forma do karma da pessoa,

chamada durita. Todos os dias, uma parte do karma atribuido ao

indivíduo para aquela vida manifesta-se, e traz consigo dificuldades

e obstruções de diferentes graus. Durita coloca obstáculos no

caminho e pode mesmo desviar a vontade da pessoa, e impedir a

pessoa de alcançar a meta idealizada.

Já que durita é o efeito invísivel do karma de uma pessoa, não se

pode saber quando e de que forma surgirá. Porém, pode ser

conscientemente neutralizado por puṇya (bom) karma sob a forma

de oração.

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Oração é a invocação de Īśvara/i como o ilimitado poder que tudo

permeia. Apesar de haver um insecto chamado “louva-a-deus”,

apenas o humano é capaz de orar. Orar como karma, ação, pode ser

kāyikam, (física), vācikam (verbal), ou manasam (mental). Cada uma

destas formas acumula puṇya, benção, porque na oração a vontade

não está aprisionada pelos desejos próprios, e é realmente livre.

Uma pessoa tem a capacidade de orar, mas uma pessoa não precisa

de orar. Na oração, existe na pessoa o entendimento da sua

incapacidade de interferir no esquema das coisas; existe um

reconhecimento das suas limitações e uma entrega ao altar da

ilimitação. Como todas as ações, orar produz dṛṣṭa e adṛṣṭa, efeitos

visíveis e invisíveis. Os efeitos visíveis da oração são um coração que

é forte, calmo e livre de conflito. Apenas um coração assim pode

entender-se a si-mesmo como livre de limitações. Os efeitos

invisíveis da oração dissolvem os obstáculos karmicos do caminho

da pessoa, libertando-a para a obtenção dos seus objetivos sem

inibições ou obstruções.

Quando uma pessoa ora para o conhecimento de qualquer tipo,

Īśvara/i é invocado sob a forma da Deusa Sarasvatī. A palavra

“sarasvatī” significa aquela que existe sob a forma de um rio de

conhecimento que flui e que permeia tudo. Mata Sarasvatī é a Deusa

Védica do conhecimento, que preside sobre paravidyā,

conhecimento de si-mesmo como o absoluto, e aparavidyā, o

conhecimento de todas as disciplinas como as artes, incluindo a fala

e o som.

A oração Védica é uma forma de entrega. A palavra Sânscrita para

entrega é “namaḥ”. É uma invocação que conscientemente

reconhece as forças na vida de uma pessoa que ela não consegue

controlar. A palavra “namaḥ” é também a entrega dos sentimentos

de impotência de uma pessoa no altar que é todo-poderoso. Quando

esta entrega é bem sucedida, uma pessoa perde o sentimento de

alienação apercebendo-se que está incluída no todo, e reconecta-se

ao seu sentimento de propósito.

Geralmente, a oração existe ora na forma de repetição de cento e

oito, ou mil e oito, nomes que revelam a natureza de Īśvara/i.

Realmente falando, o número de nomes não importam em nada,

porque todos os atributos, todos os nomes e todas as formas são a

Deusa apenas. Se uma pessoa repete o seu nome dia-e-noite, tal

pessoa seria vista como sofrendo de algum tipo de doença obsessiva.

Mas, se uma pessoa repete o nome da Deusa todo o dia, tal pessoa é

respeitada como sendo uma devota. Isto acontece porque no caso de

Bhagavatī, a Deusa, o nome e a pessoa são um e o mesmo. Não existe

diferença entre os atributos da elogia e a entidade consciente que os

representa. A vocalização de śatanāmāvali, os cento e oito nomes

tem um efeito purificador, em parte, devido ao arranjo poético e

aliterativo dos nomes e, em parte, porque assim que a pessoa canta

a pessoa “vê” o significado das palavras como não separadas de si-

mesma. Na entrega ao altar que é tudo, ao identificar-se como

aquilo que é todo-poderoso, a sensação de alienação e limitação é

dissolvida.

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Existem mutos śatanāmāvalis disponíveis, cada um dedicado a

revelar os atributos de vários devatās, divindades. De todos esses,

aquele dedicado à Deusa Sarasvatī é muito popular porque ela

representa o conhecimento – a mais proeminente busca humana. As

palavras que revelam a natureza da Deusa Sarasvatī são de quatro

tipos:

a) palavras que revelam a natureza essencial de Īśvara/i, como “Om

trikāla jñāyai namaḥ”, incondicionada pelo tempo;

b) palavras que revelam Īśvara/i como a causa do jagat, como “Om

trayī mūrtye namaḥ”, aquela que é a causa da origem, manutenção,

e destruição do jagat;

c) palavras que indicam a forma manifesta como “Om kāla rātryai

namaḥ”, aquela que é a noite escura;

d) palavras que revelam a natureza esotérica da Deusa, descrevendo

os seus atributos, que são muitas vezes simbólicos por natureza,

como “Om rakta madhyāyai namaḥ”, aquela cuja cinta tem cor

avermelhada (significando rajas ou movimento).

Aquilo que é oferecido aqui é uma simples tradução, tendo em

mente o leitor ocidental, que é relativamente novo na tradição, e na

pronúncia do Sânscrito. Que a Deusa Sarasvatī habite nos corações

dos leitores sob a forma de discurso doce, devoção, perseverança e

conhecimento.

Om tat sat

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Śrī sarasvatī āṣṭottara śatanāmāvaliOs 108 nomes de louvor à Deusa Sarasvatī

1. Om sarasvatyai namaḥ

Saudações Àquela que tudo permeia fluindo

2. Om mahā bhadrāyai namaḥ

Saudações à mais auspiciosa

3. Om mahā māyāyai namaḥ

Saudações ao maravilhosos poder criador

4. Om vara pradāyai namaḥ

Saudações Àquela que manifesta os desejos

5. Om śrī pradāyai namaḥ

Saudações Àquela que manifesta a abundância

6. Om padma nilayāyai namaḥ

Saudações Àquela que reside na pureza

7. Om padmākṣyai namaḥ

Saudações Àquela dos olhos de lótus

8. Om padma vaktrikāyai namaḥ

Saudações Àquela de discurso puro como o lótus

9. Om śivānujāyai namaḥ

Saudações à irmã mais nova de Śiva

10. Om pustaka bhṛte namaḥ

Saudações à portadora dos Vedas

11. Om jñāna mudrāyai namaḥ

Saudações Àquela que faz o gesto do conhecimento

12. Om ramāyai namaḥ

Saudações Àquela em quem os yogis se deleitam

13. Om kāma rūpāyai namaḥ

Saudações Àquela que se manifesta como desejo

14. Om mahā vidyāyai namaḥ

Saudações a Ela como conhecimento absoluto

15. Om mahā pātaka nāśinyai namaḥ

Saudações à destruidora de grande karma

16. Om mahāśrayāyai namaḥ

Saudações ao abrigo supremo

17. Om mālinyai namaḥ

Saudações Àquela que usa uma grinalda

18. Om mahā bhogāyai namaḥ

Saudações Àquela que é a grande experienciadora

19. Om mahā bhujāyai namaḥ

Saudações Àquela de braços fortes

20. Om mahā bhāgāyai namaḥ

Saudações à mais afortunada

21. Om mahotsāhāyai namaḥ

Saudações Àquela que se manifesta como grande entusiasmo

22. Om divyāṅgāyai namaḥ

Saudações Àquela de membros refulgentes

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23. Om sura vanditāyai namaḥ

Saudações Àquela reverenciada pelos Deuses

24. Om mahā kālyai namaḥ

Saudações Àquela que existe como sendo o tempo

25. Om mahā pāśāyai namaḥ

Saudações à grande unificadora como samsāra

26. Om mahā kārāyai namaḥ

Saudações à grande aprisionadora

27. Om mahāṅkuśāyai namaḥ

Saudações à grande disciplinadora

28. Om pītāyai namaḥ

Saudações Àquela de pele amarelada

29. Om vimalāyai namaḥ

Saudações Àquela sem impurezas

30. Om viśvāyai namaḥ

Saudações Àquela que se manifesta como muitos

31. Om vidyun mālāyai namaḥ

Saudações Àquela engrinaldada por esplendor

32. Om vaiṣṇavyai namaḥ

Saudações Àquela que tudo permeia

33. Om candrikāyai namaḥ

Saudações Àquela como luar

34. Om candra vadanāyai namaḥ

Saudações Àquela possuidora de rosto [brilhante] como a Lua

35. Om candralekha vibhūṣitāyai namaḥ

Saudações Àquela adornada pela Lua crescente

36. Om sāvitryai namaḥ

Saudações à portadora da refulgência do Sol

37. Om surasāyai namaḥ

Saudações Àquela que é a essência do conhecimento

38. Om devyai namaḥ

Saudações à radiante

39. Om divyālaṅkāra bhūṣitāyai namaḥ

Saudações àquela adornada por luz

40. Om vāgdevyai namaḥ

Saudações à Deusa do discurso

41 . Om vasudāyai namaḥ

Saudações àquela manifesta como a terra abundante

42. Om tīvrāyai namaḥ

Saudações Àquela que é perspicaz

43. Om mahā jñānāyai namaḥ

Saudações àquela como o conhecimento absoluto

44. Om mahā balāyai namaḥ

Saudações à poderosa

45. Om bhoga dāyai namaḥ

Saudações àquela que concede grande conforto

46. Om govindāyai namaḥ

Saudações Àquela que é encontrada em palavras

47. Om gomatyai namaḥ

Saudações Àquela cuja riqueza é Veda

48. Om śivāyai namaḥ

Saudações à auspiciosa

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49. Om jaṭilāyai namaḥ

Saudações Àquela com cabelos emaranhados

50. Om vindhyā vāsāyai namaḥ

Saudações Àquela cuja residência é Vindhya

51. Om vindhyācala virājitāyai namaḥ

Saudações Àquela que preside em Vindhya

52. Om caṇḍikāyai namaḥ

Saudações Àquela manifesta como Durgā

53. Om vaiṣṇavyai namaḥ

Saudações ao poder de Viṣṇu

54. Om brāmhyai namaḥ

Saudações ao poder de Brahma

55. Om bramha jnānaika sādhanāyai namaḥ

Saudações Àquela adorada apenas pelo estudo de brahma vidyā

56. Om saudāminyai namaḥ

Saudações à grande refulgência

57. Om sudhā mūrtāyai namaḥ

Saudações Àquela manifesta como imortalidade

58. Om subhadrāyai namaḥ

Saudações Àquela manifesta como grande fortuna

59. Om sura pūjitāyai namaḥ

Saudações Àquela adorada pelos Deuses

60. Om suvāsinyai namaḥ

Saudações àquela desprovida de mau karma

61. Om sunāsāyai namaḥ

Saudações àquela com lindo nariz

62. Om vinidrāyai namaḥ

Saudações àquela sempre desperta

63. Om padma locanāyai namaḥ

Saudações Àquela de olhos como lótus

64. Om bharatāyai namaḥ

Saudações à nutridora

65. Om bhāmāyai namaḥ

Saudações Àquela manifesta como luz

66. Om vidyā rūpāyai namaḥ

Saudações Àquela manifesta como conhecimento

67. Om viśālākṣāyai namaḥ

Saudações Àquela de olhos grandes

68. Om bramha jāyāyai namaḥ

Saudações ao poder de Brahma

69. Om mahā phalāyai namaḥ

Saudações Àquela manifesta como os grandes frutos do karma

70. Om trayī mūrtye namaḥ

Saudações à criadora, sustentadora e destruidora

71. Om trikāla jñāyai namaḥ

Saudações à Senhora do passado, presente e futuro

72. Om triguṇāyai namaḥ

Saudações Àquela manifesta como os três guṇas

73. Om śastra rūpiṇyai namaḥ

Saudações àquela que existe como o Veda

74. Om śumbhāsura pramathinyai namaḥ

Saudações à destruidora de Śumbha

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75. Om śubha dāyai namaḥ

Saudações àquela que dá boa fortuna

76. Om svarātmikāyai namaḥ

Saudações Àquela que existe como Som

77. Om raktabīja nihantryai namaḥ

Saudações à destruidora de Raktabīja

78. Om cāmuṇḍāyai namaḥ

Saudações à destruidora de Caṇḍa e Muṇḍa

79. Om ambikāyai namaḥ

Saudações Àquela que se manifesta como Mãe

80. Om muṇḍākaya praharaṇāyai namaḥ

Saudações à destruidora do grupo de Muṇḍaka

81. Om dhūmra locana mardhinyai namaḥ

Saudações à destruidora do [general] Olhos Cinzentos

82. Om saumyāyai namaḥ

Saudações Àquela que é calma e encantadora

83. Om sarva deva stutāyai namaḥ

Saudações àquela louvada por todas as divindades

84. Om surāsura namaskṛtāyai namaḥ

Saudações Àquela saudada por devotos e ímpios

85. Om kāla rātryai namaḥ

Saudações Àquela que existe como a noite escura

86. Om kalādharāyai namaḥ

Saudações Àquela que governa as fases da lua

87. Om rūpa saubhāgya dāyinyai namaḥ

Saudações Àquela que concede beleza e fortuna

88. Om varārohāyai namaḥ

Saudações Àquela montada nos desejos do seres

89. Om vārāhyai namaḥ

Saudações Àquela que é o poder de Viṣṇu

90. Om vārijāsanāyai namaḥ

Saudações Àquela cuja residência nasce da água

91. Om citrāmbarāyai namaḥ

Saudações Àquela vestida com roupas pitorescas

92. Om citra gandhāyai namaḥ

Saudações Àquela manifesta como fragrâncias variadas

93. Om citra mālya vibhūṣitāyai namaḥ

Saudações Àquela adornada por grinaldas coloridas

94. Om kāntāyai namaḥ

Saudações à adorada

95. Om kāma pradāyai namaḥ

Saudações Àquela que realiza os desejos

96. Om vandyāyai namaḥ

Saudações Àquela digna de reverência

97. Om vidyādhara supūjitāyai namaḥ

Saudações Àquela reverenciada pelos sábios

98. Om śvetananāyai namaḥ

Saudações Àquela cuja face é o espaço

99. Om nīlabhujāyai namaḥ

Saudações Àquela cujos braços são o céu

100. Om catur varga phala pradāyai namaḥ

Saudações Àquela que concede todos os quatro objetivos humanos

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101. Om caturānana sāmrājyāyai namaḥ

Saudações Àquela que tem soberania sobre Brahma

102. Om rakta madhyāyai namaḥ

Saudações Àquela que na cinta é de cor avermelhada

103. Om niranjanāyai namaḥ

Saudações Àquela sempre livre de impurezas

104. Om hamsāsanāyai namaḥ

Saudações Àquela que está sentada num cisne

105. Om nīla jaṅghāyai namaḥ

Saudações Àquela cujas pernas são azuis

106. Om parāyai namaḥ

Saudações à suprema

107. Om mahā vīryāyai namaḥ

Saudações à mais corajosa

108. Om bramha viṣṇu śivātmikāyai namaḥ

Saudações Àquela que se manifesta como a trindade

iti śrī sarasvatī āṣṭottara śatanāmāvali sampūrnam

Assim conclui-se os 108 nomes de louvor à Deusa Sarasvatī