Os Caminhos da Agricultura Brasileira

Os Caminhos da Agricultura Brasileira

Benedito Rosa do Espírito Santo

Apresentado por Raony GrauNa disciplina Fundamentos do Agronegócio

Do curso de Mestrado em Administração (UFMS)

Roteiro

1. Dilemas e perspectivas2. Estrutura e dinâmica3. Composição da renda4. Dinâmica do agronegócio5. Contexto das negociações externas

Perspectivas da Agricultura

Processo de interiorização com forte crescimento populacional e econômico – nas regiões do Norte e Nordeste – devido à agricultura, semelhante ao ocorrido no Estado de Mato Grosso.

Formação de pólos de excelência onde sem a agricultura, essas cidades seriam irrelevantes para a economia.

Mais recentemente esse processo vem ocorrendo no Estado do Maranhão, Pará, Piauí e Tocantins e em Rondônia e Roraima.

Perspectivas da Agricultura

Com 4,6%, Roraima ficou atrás de Rondônia (7,3%) e Piauí (6,2%). PIB per capita de RR ocupa a 3ª posição da região norte em 2011. portalamazonia.com.br

O avanço ao norte do País possiblitará o cultivo de commodities em sintonia com o calendário agrícola do hemisfério norte, contando com grandes períodos de insolação, terras planas e baratas, com chuvas regulares.

O Brasil poderá vender produtos quase o ano todo podendo tirar proveito das oscilações sazonais, competindo com o período de safra nos EUA.

Dilemas da Agricultura

Mercado Externo:

Processo a longo prazo, com ampla incidência de barreiras tarifária e não tarifárias protecionistas devido ao ritmo mais lento de economias estáveis como EUA e União Européia, que não desejam mais oferta de produtos nesses mercados saturados, dependentes de fortes subsídios para o escoamento da atual produção.

Mercado Interno:

Crescimento lento devido a alta concetração de renda; custo de produção mais elevado que concorrentes devido a complexa condição logística, alta taxa tributária, falta de subsídios e acesso a crédito rural lento e burocrático.

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Estrutura e dinâmica da agricultura

Grande diversidade geográfica e sistemas agrícolas heterogêneos, com grande extensão territorial que oferece climas diversos e possibilita o cultivo de diferentes culturas.

Persistem ainda práticas antigas – feudais – baseadas em crenças, paralelas a outras com alto índice de investimento e tecnologia de ponta, como por exemplo utlizando-se de satélites para o sensoriamento remoto na agricultura de precisão.


Considerando-se a extensão terriorial, constata-se uma utlização modesta do solo, em termos agrícolas, evidenciando-se a primazia da pecuária bovina.


A observação sobre as lavouras anuais mostra que além de relativamente pequenas, em face do grande potencial territorial, as culturas estão fortemente concentradas em soja e milho, que somadas correspondem a 70%.

A fruticultura ocupa apenas 0.2% mesmo com alto potencial de cultivo devido às excelentes condições em praticamente todo o país.

O somatório da área cultivada com os 8 principais cereais e oleaginosas no Brasil é quase 1 milhão de hectares maior do que a de todos os 15 Países da União Européia.

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Composição e o desempenho da renda

Cada Real da renda da agricultura brasileira viabiliza outros 3,5 ativando os setores industrial e de serviços , gerando emprego, impostos e divisas.

O setor agrícola gerou em 2000, 95 bilhões de reais no sentido restrito ou 307 bilhões se forem incluídos os valores gerados por transportes, armagenagem, marketing e a produção agroindustrial.

Composição e o desempenho da renda

Efeito para frente e para trás: vale destacar que anteriormente a agricultura era considerada somente como extrativismo, sem grande impacto no PIB. Porém, a partir de novos conceitos, e a inclusão dos demais atores no sistema, a montante e a jusante, ela tomou a proporção e a representatividade atual = 27%.

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Dinâmica do agronegócio

O mercado de trabalho rural

A agriclutura responde por 24% do total de oportunidades de emprego, cerca de 17 milhões de pessoas, contra apenas 6% ou cerca de 4 milhões de oportunidades geradas pela construção civil.

O custo de geração de empregos no setor agrícola é bem mais baixo do que nos demais, porém apresenta mais presença de trabalho infanto-juvenil; carecendo de qualificação de mão-de-obra com recursos humanos capacitados, em quantidade e intensidade.

Dinâmica do agronegócio

Questão fundiária

Extrema concentração fundiária que vem gerando debates políticos há 70 anos, sem ações efetivas de distribuição de terras.

Megapropriedades servem mais como bens de valor do que como meios de produção, sendo utilizados como formas de afimarção de poder e influência política ao invés de garantir produção e produtividade.

No Brasil, a concetração elevado é ainda beneficiada por medidas protecionistas garantindo a intocabilidade dos latifúndios.

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Contexto das negociações externas

O Brasil deve produzir mais e melhor visando exportar o máximo possível, de forma a garantir melhores condíções que os outros países.

As negociações externas são estranguladas por bloqueios e submetidas a regras parciais e excludentes que não objetivam a soberania individual de cada País. Os Países querem abrir os mercados dos outros, mantendo os seus fechados ou semi-abertos.

Contexto das negociações externas

No que se refere a mercado mundial de produtos agrícolas, observa-se que é relativamente pequeno e cresce lentamente.

A participação da agricultura no comércio mundial caiu de cerca de 10% em 1994 para apenas 6% em 2000. Para efeito de comparação o setor de serviços atingiu 20% do total.

A proteção exagerada à economia induz à elevação dos custos de produção, a alta inflacionária e a perda do mercado interno, sendo incapaz de atender a demanda.

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