OS COMUNISTAS DIRIGEM-SE AO POVOl Nenhuma Conciliação Com o Golpismo… · 2015. 2. 26. · OS...

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OS COMUNISTAS DIRIGEM-SE AO POVOl Nenhuma Conciliação Com o Golpismo! Posse Imediata ao Presidente Goulart! Trabalhadorc*. Fovo brimltclro! O Rrupo «¦oljií-ía rcarionano, qur tenta rangar - ConttituMo r implantar nu Hru-.il uma dituitiint obediente «o imprríaliamo ttortr-unirriranu, fftá Mttdo de«ma*«rar«do e levado ao iMlamento prlo po« drr«Mo movimento em deleaa da legalidade democrá- Uea que, afrontando a reprenüo f im-Wi-t. se estende organlia por todo o paw, abrange as mala amplas camãdai da população e ganha crescente apoio de Importante* setores das forças armadas. Perdendo terreno hora a hora e sentindo-se cada vm aaals perto da derrota, a camarilha de oficiais faactataa encabeçada por Deny*», Cordeiro, lleck e Mo«, depois de fracassar em seu Intento de impor ao Congresso Nacional o impedimento do vlce-prc*.!* dento Joio Goulart, tenta agora, com o auxilio de politkos reacionários, a insidiosa manobra da emen* da parlamentarista. Através do recurso sorrateiro a reforma consti* tuckmal, que seria extraída a um Congresso sob coa* ção, es generais golpistas em desespero pretendem frustrar a única solução legsl e democrática para a situação de intranqüilidade e desordem em que ati* raram criminosamente a nação: n po»se imediata do sr. Joio Goulart na presidência da República, com todos os poderes que sao atribuídos ao presidente pela Constituição. Quajquer solução que restrinja ou anule os po* deres do presidente significaria nesta hora concessão inadmissível ao grupo militar reacionário, cuja inten* «vão é manter o poder executivo sob sua tutela, piso* teando a vontade livremente expressa da nação. A modificação do texto constitucional, em uma situa* ção de anormalidade na vida do pais, constituiria violação flagrante da própria Constituição, ainda mala quando o Congrr-a-o Nacional se encontra sob «in-i-Mu força armada. Os comunistas denunciam energicamente i classe operária e ao povo a Infame tentativa de con* riliaçao rom o grupo goluisla reacionário, contida na proposta de rmrnda parlamentarista. Qualquer con* rlllaçáo com o grupo golpista é um crime porque poe em risco todas as conquistas da nação, n reslirução de uma politica externa Independente e de uma |m»« litica Interna de desenvolvimento progressista du pais e de melhoria das rondiç«3e* de vida do |wvo. Ao provocarem a renúncia do sr. Jânio Quadros, ao tentarem impedir a posse do sr. Joio Goulart, ao recorrerem agora i manobra da conciliação, os gene* rais fascistas pretendem interromper o processo de* mocrátlco em curso no pais. Querem Impedir que o Brasil realiie uma politica exterior livre da submis* são ao Departamento de Estado norte-americano, mantenha relações com todos os povos e respeite a autodeterminação do povo cubano. Querem impedir a reforma agrária, o atendimento is reivindicações dos trabalhadores, a realitaçáo de uma politica na* clonalista e democrática. Náo é possível conciliar com os inimigos da democracia, do progresso e da Inde* pendência do pais. Ao grupo militar reacionário não deve ser feita qualquer concessão que lhe permita manter-se em condições de pressionar o presidente da República ou o Congrsso Nacional. A posse do sr. Joáo Goulart abre caminho para um governo que deve ter compromissos com o povo e que deve expres- sar as aspirações nacionalistas e democráticas das massas. O povo brasileiro não pode permitir a concilia* çáo com o grupo de generais fascistas que viola a Constituição, tenta coagir o CongmM, -Mabelrce um r ,;.ni„ dr Miiu de fato. ermura arbitrariamente a im« i'f• ui.i. «Ir-nit 4ilru a irprc*»ão terrorista na* rua», interdita organiraç^ populares, assalta domicilio*, infringe brutalmente todas as garantias constltucio. nais, Não se pode admitir que sejam mantidos no po« tlrr, ou em quaisquer postos, os traidores Denvs. lleck, .Mo-í.%, Cordriro e outros, que empregaram a força con« tra a ordem legal e vilipendiaram as forças arma- «Ia*., rolocando.se a serviço dos interesses Imperialis* t.'«« -«strangeiros. A consciência democrática da na. »-'•« rslge que os chefes do golpe sejam responsabill- /.< ii.- julgados e punidos severamente por crime de ir«..i*|Mtria. de acordo com a lei. o grupo militar fas« cisto deve ser alijado, para que reine a tranqüilidade rm nosso pais e continue avançando o pramo de* miM*ático. Náo pode continuar governando a terra carioca o agente provocador Carlos Lacerda. Instru* mento do golpismo, inimigo jurado da democracia. IlrasUeiros! Trabalhadores! Ao mesmo tempo que estimulam a manobra con* tilladora, com o objetivo de semear a confusão nas fileiras democráticas c quebrantar a resistência ao golpe, os generais fascistas mantêm sobre o pais a ameaça sangrenta da guerra civil. Enganam*se «ns que pensam em apasiguar o grupo golpista por meio de concessões, prestando-se as suas manobras para dividir o Congresso e o movimento pela legalidade de* mocrática. O momento exige de todos os patriotas uma ação incansável para desmascarar a concilia- ção, fortalecer a unidade do movimento de resbtên- cia democrática e preparar-se a fim de travar a luta em qualquer terreno. Somente a uniio e a ação organitada de tidas a* forças interessadas na Irgalidade democrática po* drrâ assegurar a pos«e do vire-pre-ridente Joio Gou* lart e derrotar qualquer manobra conciliadora. Si- mente o povo unido e organiiado poderá apoiar efl* raimenle as autoridades e as forças militares que so mantêm fiéis à democracia. Isolar o grupo militar fao- cista e apcá-lo dos postos em que se encontra. Urge que todos os patriotas se unam sob a bon- deira da frente de resistência democrática, a fim de garantir o cumprimento da Constituição1 * reallsa* çáo de uma politica nacionalista e democrática! Que todos os cidadãos, homens e mulheres, or* ganirem Imediatamente, em cada fábrica, local de trabalho, c*tcola e rua, comitês de mistàrtcia demo- critica! Façamos chegar por todos os meios até ao Con- gresso Nacional nossa exigência de que seja rocha- cada a conciliadora emenda parlamentarista! Contra oa golpistas, em defesa da Constitaiçio e pela posse imediata de João Goulart, rcallsemos por toda parte comidos, manifestações e passeatas, tor- nemos efetiva a greve geral, paralisemos o trabalho nas fábricas, nas empresa*, nas repartições e nas es* colas! Exijamos a imediata libertação de todos os preaos * politkos. a abertura dos sindicatos e demais organi- zações interditadas, o integral respeito á liberdade de imprensa, o pleno restabelecimento das garantias constitucionais' Abaixo os ffolpistas a serriço do imperialismo nor- te-americano! Nenhuma conciliação com grupo militar fi A luta pela vitória da legalidade democritáea! EDIÇÃO EXTRA NOVOS f ANO 11! Rio de Janeiro, 1" de setembro de 1961 133 CADA EXEMPLAR 10 CRUZEIROS Qoe o Fracasso, o Crime, o Arbítrio e a Indignidade Abandonem o Covêrno da Guanabara! Coiifiante o Povo Gãúclr-om na Solidariedade Dos Trabalhadores do Brasil '•Comunistas poderão ser o.s católicos, os bispos da igreja católica c outros rc- ligiosos que pugnam pela nossa causa, que é a sua pá- tria engrandecida c livre dc ti tores.- ii ridículo a-acusa- ç .o de que o comunismo é :i nossa causa" afirmou o governador Leonel Brizo- ia ao falar à Nação, ontem, pela Cadeira da Legalidade. E referindo-;ve aos cabeci- lhas do golpe, acrescentou Brizola: "Eles foram apanhados dc surpresa pois pensavam que o golpe iria sei dado pelo telefone, como de outras vézea. Porém desta vez mui- tos como nos estão dispôs- tos a perder a vida paia nao perder a razão da vida", VERGONHA E RESISTÊNCIA Prosseguiu Brizola: vergonhosa a notícia divulgada, que contra o Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, marchavam as unidades da Marinha, Exercito e Aeronáutica, sob a alegação de que precisa- vam restabelecer a ordem. ,.P. mpntlrn Ar-u| ordem, e ordem demais, sem cen- sina e sem violências. Lá. no Rio de Janeiro, é que a vontade dc três chefes mi- litares, contra a manifesta- cão livre da vontade do pen- samento. Não liberdade na Guanabara; censura, bocas caladas: jornais fe- chados". RESISTÊNCIA "O primeiro tiro não será nosso. Nós não desejamos agredir ninguém. O nosso movimento não é de revo- lução; é de resistência con- tra o golpe da tirania, que quer rasgar a Constituição e aniquilar as instituições democráticas". Governadores da Legalidade Desde os primeiros momentos da crise, corajosa- mente, os seguintes governadores de Estado tomaram posição em favor da Constituição, da liberdade e da de- mocracia com a posse de Jango: L:CNEL BRIZZOLA (Rio Grande do Sul) CELSO RAMOS (Santa Catarina) NEI BRAGA (Paraná) MAURO BORGES (Goiás) CHAGAS RODRIGUES (Piauí) GILBERTO MESTRINHO (Amazonas) Governadores como é o caso dos srs. Juracy Ma- galhães, Carlos lindemberg, Magalhães Pinto, Carvalho Pinto e Aurélio do Carmo se pronunciaram favorável- mente à posse do sr. João Goulr**t mas ainda tentam uma conciliação parlamentarista que não corresponde aos desejos do povo brasileiro. Outros governadores se esquivaram de pronunciamentos mais diretos, limitando- -se a declarações de ordem geral a respeito da Cons- tituição e das liberdades. Um apenas foi contra. O povo o conhece de sobra. "Aos primeiros instantes dc um novo dia, quero Ini- ciar a Semana da Pátria, nesse primeiro de setembro, conclamando Marinha, Exercito e Aeronáutica, di- riglnclo-lhes um apelo que é ~ o apêlo"'ao"põVTcrbTasTIeiro"r APELO AOS PATRIOTAS Depois de denunciar a existência de um plano bé- lico dos militares golpistas, Brizola disse duvidar que os soldados brasileiros diri- .Iam suas armas contra os trabalhadores, mui h e r e s o crianças, todos seus irmão-;, que defendem a legalidade, p. acrescentou : "Apelo aos trabalhadores, cio Rio e de São Paulo, fòr- ças vivas da Nação, a todas as classes obreiras, que nâo permitam seus familiares: maridos, irmãos e filhos mi- litares, a perpetrarem um crime contra a nossa Pátria. Que ajudem, isto sim, ao pais a sair da guerra civil, porque, se derem o primei- ro tiro, o segundo tiro e muitos outros daremos para ao final salvar a dignidade da Pátria". "Atenção t r a balhadorcs! Quando isso acontecer esse é o momento final traba- Ihador! É o momento da greve final. Paralisem com- pletamente. Pois nenhuma agressão resistirá ,i uma greve geral deflagrada pe- los trabalhadores, em bar- gando seus passos". "Apelo para o presidente provisório da Nação. Quero pedir ao deputado P.anlerl Mazzili, num veemente apc- lo, em nome das instituições democráticas venham ama- nhá, sem falta, a Porto Ale- gre buscar o dr. Joáo Gou- lart, presidente constltucio- nal do país, para passar-lhe, em Brasília, a direção da mais alta magistratura do país". «jrrv» •--»: í-t-í: ABI Aplaude Uma moção dc aplausos <a NOVOS RUMOS, pela corajosa posit;ão mantida durante a atual crise politica, foi votada quinta-feira pelo Conselho Admi- nistratiyo da Associação Brasileira de Imprensa, reunido sob a presidência do sr. Herbert Mosès, No transcurso da reunião os L'2 conselheiros condena- ram veementemente as violências dc caráter fascis- ta contra jornais o jornalistas, terminando por vo- tar a moção de aplausos para NOVOS RUMOS, «Cor- reio da Manhã?., *:A Noite.., «Jornal do Brasil», «UI- 4in«a-l=Ioi:íi*-e^Hlros-jornais-atingidos^eJa_IúrJa..po-_ licial do governador da Guanabara e dos cabecilhas do fracassado golpe militar. Os jornalistas Maurício Caminha de Lacerda, do «Correio da Manhã», e Carvalho Neto, de «A Noite», relataram as ocorrências. AINDA ESTÁ PRESO O REDATOR-CHEFE DE NR No momento em que clr- íamos, o sr. Carlos Lacerda continuava ocupando o po-.- to de governador do Esta. .do da Guanabara. Sob for- te guarda, permanecia em Palácio, tomado de de- .«•espero pelo fracasso do golpe militar que ajudou a .urdir, servindo de títere do. grupo militar fascista que tentou empolgar o Poder. - Não administra; recebe os vencimentos e as tontrl- buições dos bicheiros. De- sesperado, ainda m a n il a cercar redações de jornais c apreender suas edições, como aconteceu mesmo de- pois de anunciada a sus pensão da censura. Nas úl- Umas horas não amciçnu mais renunciar, como li/e- ra antes e depois de lenún- cia do sr. Jânio Quadros. Informa se que seus auxi- Mares o aconselharam a afastar.se do governo du- rante três meses e seguir para a Europa em vilegia- tura. Depoii da crue, depu- tados à Assembléia Estidaal da Guanabara tomam a Ini- ciativa de e-Msar-lhe o mandato, declarando-the o Impedimento. DU o pedido de "impeachtnent" que Estado da Guanabara, sob o governo de Carlos La- cerda, "transformou-se en vasto penitenciária. As pri- soes estão repleto» e; diárbi- mente, o truculento chefe do policiamento ostensivo oferece público e notórios espetáculos de atentados a esses dispositivos (constitu- cionais), que vão desde o espancamento de estudan- tes, em praça pública até o recolhimento -rbitrário (prisão) de cidadãos imle- fesos". Lacerda deve ser desti- tilido da autoridade que em hora lhe cnnfiirnm. Não se pode admitir que uma população de mais de S mi- lhoes dc homem continue governada por rui fantoche de grupos econômicos. No governo, como ae previa. Lacerda revelou-ae rm sim- pies executante da vontade déeses grupos. Hoje é Mb- •homem qne. endividado seu jornal com a light eem poder resgatar a iltmis, te ve a desfacato* 'm^'tstmtn- tar mais uma vet as tori- fas daquela empresa ame- rtcano-canadense. O povo carioca é quem está pagan- do o endividamento de La- cerda. Por tudo isso, o povo ea- rloca exige neste momento: que,Lacerda renuncie! Que o fracasso, o crime, o axbi- trio, a Indignidade aban- donem o rrovêrno deste ci- dade democrática, de popu- lação democrática, qne suportou demais esse truão. A hora cm que encerra- mos us trabalhos desta ecli- çao cie NOVOS RUMOS, ain- da se encontrava preso o redator-chefe deste jornal, Fragmon Borges. Foi cie arrancado de sua própria casa na manhã de domin- go 27, pelos policiais do sr. Carlos Lacerda, que agiram de maneira arbitraria. In- vadiram a' residência do jor- nalista, declararam-no pre- so, deram busca no aparta- mento, embora sob protesto de Fragmon Boraes e dc sua esposa. Foram Inúteis toda s as medidas legais para conse- guir a libertação de nosso companheiro. Impetrado "habeas-corpus" em seu Ja- vor no dia seguinte à pri- são, este recurso jurídico de nada valeu. Imperava, a vontade arbitrária do gover- nador Lacerda e de sua oo- licia. OUTRAS PRISÕES Alem do redator-chefe' ds NOVOS RUMOS, a policia prendeu de maneira igual- mente arbitrária, o professor Henrique Miranda, da dire toria da Federação dos Pro- fessóre1:. assim como outro-i membros dessa organização. Esteve igualmente preso e internado em xadrez infec- to da 2." sub-seção de vigi- láncla, o jornalista dc "Úl- Uma Hora" Batista dt Pau- Ia, redatir da seção Pian- tao Militar daquele diário Vitima também do arbi- trio policial que imperou na cidade nos últimos dias foi o industrial Santos Vahlis, por ser amigo do governador Brizola. Durante os interro- gatorios a que o submeto- ram, esteve a ponto de so- frer colapso cardíaco. Como se ve, o terror poli- ciai dominou o Rio, atingiu- do indistintamente pessoas das mais diversas profissões, de diferentes partidos poli- ticos e tendências Ideológi- cas. £. na execução das me- didas arbitrárias, confundi- dos polícia dc Lacerda e au- toridades militares, nada respeitaram : invadiram la- res, procederam a buscas domiciliares, invadiram re- dações de jornais, pratica- ra m depredações I c o m o aconteceu com a redação de "A Noite"». E este era apenas um en- saio, um pano de amostra do que seria o regime de terror que a camarilha rea- clonárla golpista pretendia implantar no Brasil inteiro. por pilhéria pode a d- mitii-sc que, vencido o gol- pe militar, continue no go-4 vérno de um dos principais Estados da federação o rôu dr crime contra a Consti. tuição que se chama Carlos laoiria. Disse-o -om toda a ra/ão o "Correio da Ma- -lua' Lacerda é i-m rrimi*. •íoso que deve ser levado ai«s (riliiinais por r*!me po- li tir o e crime comum. Cri- nu político por atentado à Conditulção; çrJnu- comum pelos assaltos sucessivos aos jornais do Rio. causan. do-llics prejuízos dc nri- Ihõcs. Lacerda c hoje repudia- dn por (oclos. Ant.ss mesmo da atual crise t da remiu- cia dc Jiinin, uma revista comercial (I'N) revela, va, num inquérito efetuado no Estado da Ouanabara, que o governador eleito a 3 dc outubro lo ano passa- do (com 4í)Çr dos votos dos cariocas) havia perdido :¦'? vírpula 2 por cento dc seu eleitorado. Fni esta n por- contarem de ••iin-.nltarios que afirmaram não lhe da- riam mais seu voto. PORTO DO RIO PARADO ATÉJA1VC0 TOMAR POSSE As primeiras horas dn tarde de onlem entrou em colapso total o porto do Rio dp Janeiro. Arrumadores, carregadores, estivadores, en- S. Paulo: Frente da Legalidade Democrática Deputados estaduais, lide- res estudantis, dirigentes sindicais, representantes da Indústria e do comércio, eu- rigentes políticos o autori- dades eclesiásticas funda- ram a Frente da Legalidade Democrática. No manifesto de constituição da FLD esta explicado quc a entidade tem por fim a luta contra as tentativas dc golpear a Constituição e o combate às manobras solertes dos que pretendem impedir a mar- cha da democracia no pais, criando obstáculos à posse io sr. João Goulart. VOLUNTARIADO PARA DEFESA DA CONSTITUIÇÃO Paulista, náo permita o abastardamento da Consti- tuiçào! Lute pela legalidade sem parlamentarismo, ou qualquer outra forma de nos enganar". Estes dizeres es- tayam escritos numa faixa imensa levada pelos acade- micos de Direito de São Paulo para o comício que promoveram antes de ontem no Largo de São Fransclsco. Durante o "meeting" foi aberto o voluntariado popu- lar pira juntar-se às tropas do III Exército no caso de perdurarem a.s manobras protclatória.s da posse do sr. João Goulart e as tenta- Uvas de arranhar a Consti- tuiçào. As milhares de pes- soas presentes à concentra- ção formaram longas filas do inscrição nas brigadas populares. fim todas as categorias que constituem os trabalhado, res da orla marítima cruza, iam os braços, provocando a completa paralisação das operações de embarque e de. sembarque de mercadorias c passageiros, bem como de todos os serviços correlatos. A parede dos marítimos e portuários perdurará até que assuma o sr. João Goulart a presidência da República, na forma estabelecida pela Constituição, ou seja, sem adorflo de emendas par. laméntaristas ou outros artl. fidos que viriam desfigurar a vontade do povo expressa nas urnas nas últimas elei. ções e ferir a continuidade do processo de desenvolvi. mento democrático. Ascendino Leite será expulso da ABI! Uma comissão de direto- res da Associação Brasilei- ra de Imprensa será consti- tuída nos próximos dias pa- ra preparar o processo de expulsão do indivíduo As- cendlno Leite do quadro de associados da entidade. To- dos os diretores de jornais, além de repórteres e reda- tores, serão ouvidos pela co- missão, a, fim de que fique bem caracterizada a traição praticada pelo atual "che- fe de censura" do governa- dor da Guanabara, que re- sul tou na apreensão de Jor- nais, invasão de redações e oficinas, e prisão e espan- camento de profissionais. Povo Organiza Comitês de Defesa da Democracia Para Lutar Contra Golpistas em Todo o Brasil! Texto m 4'página

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OS COMUNISTAS DIRIGEM-SE AO POVOl

Nenhuma Conciliação Com o Golpismo!Posse Imediata ao Presidente Goulart!

Trabalhadorc*.Fovo brimltclro!O Rrupo «¦oljií-ía rcarionano, qur tenta rangar

- ConttituMo r implantar nu Hru-.il uma dituitiintobediente «o imprríaliamo ttortr-unirriranu, fftáMttdo de«ma*«rar«do e levado ao iMlamento prlo po«drr«Mo movimento em deleaa da legalidade democrá-Uea que, afrontando a reprenüo f im-Wi-t. se estende• organlia por todo o paw, abrange as mala amplascamãdai da população e ganha crescente apoio deImportante* setores das forças armadas.

Perdendo terreno hora a hora e sentindo-se cadavm aaals perto da derrota, a camarilha de oficiaisfaactataa encabeçada por Deny*», Cordeiro, lleck eMo«, depois de fracassar em seu Intento de imporao Congresso Nacional o impedimento do vlce-prc*.!*dento Joio Goulart, tenta agora, com o auxilio depolitkos reacionários, a insidiosa manobra da emen*da parlamentarista.

Através do recurso sorrateiro a reforma consti*tuckmal, que seria extraída a um Congresso sob coa*ção, es generais golpistas em desespero pretendemfrustrar a única solução legsl e democrática para asituação de intranqüilidade e desordem em que ati*raram criminosamente a nação: n po»se imediata dosr. Joio Goulart na presidência da República, comtodos os poderes que sao atribuídos ao presidente pelaConstituição.

Quajquer solução que restrinja ou anule os po*deres do presidente significaria nesta hora concessãoinadmissível ao grupo militar reacionário, cuja inten*«vão é manter o poder executivo sob sua tutela, piso*teando a vontade livremente expressa da nação. Amodificação do texto constitucional, em uma situa*ção de anormalidade na vida do pais, constituiria

violação flagrante da própria Constituição, aindamala quando o Congrr-a-o Nacional se encontra sob«in-i-Mu d« força armada.

Os comunistas denunciam energicamente iclasse operária e ao povo a Infame tentativa de con*riliaçao rom o grupo goluisla reacionário, contida naproposta de rmrnda parlamentarista. Qualquer con*rlllaçáo com o grupo golpista é um crime porque poeem risco todas as conquistas da nação, n resliruçãode uma politica externa Independente e de uma |m»«litica Interna de desenvolvimento progressista dupais e de melhoria das rondiç«3e* de vida do |wvo.

Ao provocarem a renúncia do sr. Jânio Quadros,ao tentarem impedir a posse do sr. Joio Goulart, aorecorrerem agora i manobra da conciliação, os gene*rais fascistas pretendem interromper o processo de*mocrátlco em curso no pais. Querem Impedir que oBrasil realiie uma politica exterior livre da submis*são ao Departamento de Estado norte-americano,mantenha relações com todos os povos e respeite aautodeterminação do povo cubano. Querem impedira reforma agrária, o atendimento is reivindicaçõesdos trabalhadores, a realitaçáo de uma politica na*clonalista e democrática. Náo é possível conciliar comos inimigos da democracia, do progresso e da Inde*pendência do pais. Ao grupo militar reacionário nãodeve ser feita qualquer concessão que lhe permitamanter-se em condições de pressionar o presidenteda República ou o Congrsso Nacional. A posse do sr.Joáo Goulart abre caminho para um governo que sódeve ter compromissos com o povo e que deve expres-sar as aspirações nacionalistas e democráticas dasmassas.

O povo brasileiro não pode permitir a concilia*çáo com o grupo de generais fascistas que viola a

Constituição, tenta coagir o CongmM, -Mabelrce umr ,;.ni„ dr Miiu de fato. ermura arbitrariamente a im«i'f• ui.i. «Ir-nit 4ilru a irprc*»ão terrorista na* rua»,interdita organiraç^ populares, assalta domicilio*,infringe brutalmente todas as garantias constltucio.nais, Não se pode admitir que sejam mantidos no po«tlrr, ou em quaisquer postos, os traidores Denvs. lleck,.Mo-í.%, Cordriro e outros, que empregaram a força con«tra a ordem legal e vilipendiaram as forças arma-«Ia*., rolocando.se a serviço dos interesses Imperialis*t.'«« -«strangeiros. A consciência democrática da na.»-'•« rslge que os chefes do golpe sejam responsabill-/.< ii.- julgados e punidos severamente por crime deir«..i*|Mtria. de acordo com a lei. o grupo militar fas«cisto deve ser alijado, para que reine a tranqüilidaderm nosso pais e continue avançando o pramo de*miM*ático. Náo pode continuar governando a terracarioca o agente provocador Carlos Lacerda. Instru*mento do golpismo, inimigo jurado da democracia.

IlrasUeiros!Trabalhadores!Ao mesmo tempo que estimulam a manobra con*

tilladora, com o objetivo de semear a confusão nasfileiras democráticas c quebrantar a resistência aogolpe, os generais fascistas mantêm sobre o pais aameaça sangrenta da guerra civil. Enganam*se «nsque pensam em apasiguar o grupo golpista por meiode concessões, prestando-se as suas manobras paradividir o Congresso e o movimento pela legalidade de*mocrática. O momento exige de todos os patriotasuma ação incansável para desmascarar a concilia-ção, fortalecer a unidade do movimento de resbtên-cia democrática e preparar-se a fim de travar a lutaem qualquer terreno.

Somente a uniio e a ação organitada de tidasa* forças interessadas na Irgalidade democrática po*drrâ assegurar a pos«e do vire-pre-ridente Joio Gou*lart e derrotar qualquer manobra conciliadora. Si-mente o povo unido e organiiado poderá apoiar efl*raimenle as autoridades e as forças militares que somantêm fiéis à democracia. Isolar o grupo militar fao-cista e apcá-lo dos postos em que se encontra.

Urge que todos os patriotas se unam sob a bon-deira da frente de resistência democrática, a fim degarantir o cumprimento da Constituição1 <¦ * reallsa*çáo de uma politica nacionalista e democrática!

Que todos os cidadãos, homens e mulheres, or*ganirem Imediatamente, em cada fábrica, local detrabalho, c*tcola e rua, comitês de mistàrtcia demo-critica!

Façamos chegar por todos os meios até ao Con-gresso Nacional nossa exigência de que seja rocha-cada a conciliadora emenda parlamentarista!

Contra oa golpistas, em defesa da Constitaiçioe pela posse imediata de João Goulart, rcallsemos portoda parte comidos, manifestações e passeatas, tor-nemos efetiva a greve geral, paralisemos o trabalhonas fábricas, nas empresa*, nas repartições e nas es*colas!

Exijamos a imediata libertação de todos os preaos* politkos. a abertura dos sindicatos e demais organi-zações interditadas, o integral respeito á liberdade deimprensa, o pleno restabelecimento das garantiasconstitucionais'

Abaixo os ffolpistas a serriço do imperialismo nor-te-americano!

Nenhuma conciliação com grupo militar fiA luta pela vitória da legalidade democritáea!

EDIÇÃO

EXTRANOVOS

fANO 11! Rio de Janeiro, 1" de setembro de 1961 N» 133

CADA EXEMPLAR

10CRUZEIROS

Qoe o Fracasso, o Crime, o Arbítrioe a IndignidadeAbandonem o Covêrno da Guanabara!

Coiifiante o Povo Gãúclr-omna SolidariedadeDos Trabalhadores do Brasil

'•Comunistas poderão sero.s católicos, os bispos daigreja católica c outros rc-ligiosos que pugnam pelanossa causa, que é a sua pá-tria engrandecida c livre dc• ti tores.- ii ridículo a-acusa-ç .o de que o comunismo é:i nossa causa" — afirmouo governador Leonel Brizo-ia ao falar à Nação, ontem,pela Cadeira da Legalidade.

E referindo-;ve aos cabeci-lhas do golpe, acrescentouBrizola:"Eles foram apanhadosdc surpresa pois pensavamque o golpe iria sei dado pelotelefone, como de outrasvézea. Porém desta vez mui-tos como nos estão dispôs-tos a perder a vida paianao perder a razão da vida",

VERGONHA E RESISTÊNCIAProsseguiu Brizola:"É vergonhosa a notícia

divulgada, que contra o Rio

Grande do Sul, Paraná eSanta Catarina, marchavamas unidades da Marinha,Exercito e Aeronáutica, soba alegação de que precisa-vam restabelecer a ordem.

,.P. mpntlrn Ar-u| hà ordem,e ordem demais, sem cen-sina e sem violências. Lá.no Rio de Janeiro, é que háa vontade dc três chefes mi-litares, contra a manifesta-cão livre da vontade do pen-samento. Não hà liberdadena Guanabara; há censura,bocas caladas: jornais fe-chados".

RESISTÊNCIA"O primeiro tiro não seránosso. Nós não desejamosagredir ninguém. O nossomovimento não é de revo-lução; é de resistência con-tra o golpe da tirania, quequer rasgar a Constituiçãoe aniquilar as instituiçõesdemocráticas".

Governadores da LegalidadeDesde os primeiros momentos da crise, corajosa-

mente, os seguintes governadores de Estado tomaramposição em favor da Constituição, da liberdade e da de-mocracia com a posse de Jango:

L:CNEL BRIZZOLA (Rio Grande do Sul)CELSO RAMOS (Santa Catarina)NEI BRAGA (Paraná)MAURO BORGES (Goiás)CHAGAS RODRIGUES (Piauí)GILBERTO MESTRINHO (Amazonas)

Governadores como é o caso dos srs. Juracy Ma-galhães, Carlos lindemberg, Magalhães Pinto, CarvalhoPinto e Aurélio do Carmo se pronunciaram favorável-mente à posse do sr. João Goulr**t mas ainda tentamuma conciliação parlamentarista que não correspondeaos desejos do povo brasileiro. Outros governadores seesquivaram de pronunciamentos mais diretos, limitando--se a declarações de ordem geral a respeito da Cons-tituição e das liberdades.

Um apenas foi contra. O povo o conhece de sobra.

"Aos primeiros instantesdc um novo dia, quero Ini-ciar a Semana da Pátria,nesse primeiro de setembro,conclamando Marinha,Exercito e Aeronáutica, di-riglnclo-lhes um apelo que é~ o apêlo"'ao"põVTcrbTasTIeiro"r

APELOAOSPATRIOTAS

Depois de denunciar aexistência de um plano bé-lico dos militares golpistas,Brizola disse duvidar queos soldados brasileiros diri-.Iam suas armas contra ostrabalhadores, mui h e r e s ocrianças, todos seus irmão-;,que defendem a legalidade,p. acrescentou :

"Apelo aos trabalhadores,cio Rio e de São Paulo, fòr-ças vivas da Nação, a todasas classes obreiras, que nâopermitam seus familiares:maridos, irmãos e filhos mi-litares, a perpetrarem umcrime contra a nossa Pátria.Que ajudem, isto sim, aopais a sair da guerra civil,porque, se derem o primei-ro tiro, o segundo tiro emuitos outros daremos paraao final salvar a dignidadeda Pátria"."Atenção t r a balhadorcs!Quando isso acontecer esseé o momento final traba-Ihador! É o momento dagreve final. Paralisem com-pletamente. Pois nenhumaagressão resistirá ,i umagreve geral deflagrada pe-los trabalhadores, em bar-gando seus passos"."Apelo para o presidenteprovisório da Nação. Queropedir ao deputado P.anlerlMazzili, num veemente apc-lo, em nome das instituiçõesdemocráticas venham ama-nhá, sem falta, a Porto Ale-gre buscar o dr. Joáo Gou-lart, presidente constltucio-nal do país, para passar-lhe,em Brasília, a direção damais alta magistratura dopaís".

«jrrv» •--»: í-t-í:ABI AplaudeUma moção dc aplausos <a NOVOS RUMOS,

pela corajosa posit;ão mantida durante a atual crisepolitica, foi votada quinta-feira pelo Conselho Admi-nistratiyo da Associação Brasileira de Imprensa,reunido sob a presidência do sr. Herbert Mosès, Notranscurso da reunião os L'2 conselheiros condena-ram veementemente as violências dc caráter fascis-ta contra jornais o jornalistas, terminando por vo-tar a moção de aplausos para NOVOS RUMOS, «Cor-reio da Manhã?., *:A Noite.., «Jornal do Brasil», «UI-

4in«a-l=Ioi:íi*-e^Hlros-jornais-atingidos^eJa_IúrJa..po-_licial do governador da Guanabara e dos cabecilhasdo fracassado golpe militar.

Os jornalistas Maurício Caminha de Lacerda,do «Correio da Manhã», e Carvalho Neto, de «ANoite», relataram as ocorrências.

AINDA ESTÁ PRESOO REDATOR-CHEFE DE NR

No momento em que clr-íamos, o sr. Carlos Lacerdacontinuava ocupando o po-.-to de governador do Esta.

.do da Guanabara. Sob for-te guarda, permanecia emPalácio, tomado já de de-.«•espero pelo fracasso dogolpe militar que ajudou a

.urdir, servindo de títere do.grupo militar fascista quetentou empolgar o Poder. -

Não administra; recebeos vencimentos e as tontrl-buições dos bicheiros. De-sesperado, ainda m a n il acercar redações de jornaisc apreender suas edições,como aconteceu mesmo de-pois de anunciada a suspensão da censura. Nas úl-Umas horas não amciçnumais renunciar, como li/e-ra antes e depois de lenún-cia do sr. Jânio Quadros.Informa se que seus auxi-Mares o aconselharam aafastar.se do governo du-rante três meses e seguirpara a Europa em vilegia-tura.

Depoii da crue, depu-tados à Assembléia Estidaalda Guanabara tomam a Ini-ciativa de e-Msar-lhe omandato, declarando-the oImpedimento. DU o pedidode "impeachtnent" que •Estado da Guanabara, sobo governo de Carlos La-cerda, "transformou-se envasto penitenciária. As pri-soes estão repleto» e; diárbi-mente, o truculento chefedo policiamento ostensivooferece público e notóriosespetáculos de atentados aesses dispositivos (constitu-cionais), que vão desde oespancamento de estudan-tes, em praça pública atéo recolhimento -rbitrário(prisão) de cidadãos imle-fesos".

Lacerda deve ser desti-tilido da autoridade que emmá hora lhe cnnfiirnm. Nãose pode admitir que uma

população de mais de S mi-lhoes dc homem continuegovernada por rui fantochede grupos econômicos. Nogoverno, como ae previa.Lacerda revelou-ae rm sim-pies executante da vontadedéeses grupos. Hoje é • Mb-•homem qne. endividado seujornal com a light • eempoder resgatar a iltmis, te •ve a desfacato* 'm^'tstmtn-tar mais uma vet as tori-fas daquela empresa ame-rtcano-canadense. O povocarioca é quem está pagan-do o endividamento de La-cerda.

Por tudo isso, o povo ea-rloca exige neste momento:que,Lacerda renuncie! Queo fracasso, o crime, o axbi-trio, a Indignidade aban-donem o rrovêrno deste ci-dade democrática, de popu-lação democrática, qne jásuportou demais esse truão.

A hora cm que encerra-mos us trabalhos desta ecli-çao cie NOVOS RUMOS, ain-da se encontrava preso oredator-chefe deste jornal,Fragmon Borges. Foi ciearrancado de sua própriacasa na manhã de domin-go 27, pelos policiais do sr.Carlos Lacerda, que agiramde maneira arbitraria. In-vadiram a' residência do jor-nalista, declararam-no pre-so, deram busca no aparta-mento, embora sob protestode Fragmon Boraes e dc suaesposa.

Foram Inúteis toda s asmedidas legais para conse-guir a libertação de nossocompanheiro. Impetrado"habeas-corpus" em seu Ja-vor no dia seguinte à pri-são, este recurso jurídico denada valeu. Imperava, avontade arbitrária do gover-nador Lacerda e de sua oo-licia.

OUTRAS PRISÕES

Alem do redator-chefe' dsNOVOS RUMOS, a policiaprendeu de maneira igual-mente arbitrária, o professorHenrique Miranda, da diretoria da Federação dos Pro-fessóre1:. assim como outro-imembros dessa organização.

Esteve igualmente preso einternado em xadrez infec-to da 2." sub-seção de vigi-láncla, o jornalista dc "Úl-Uma Hora" Batista dt Pau-Ia, redatir da seção Pian-tao Militar daquele diário

Vitima também do arbi-trio policial que imperou nacidade nos últimos dias foio industrial Santos Vahlis,por ser amigo do governadorBrizola. Durante os interro-gatorios a que o submeto-ram, esteve a ponto de so-frer colapso cardíaco.

Como se ve, o terror poli-ciai dominou o Rio, atingiu-do indistintamente pessoasdas mais diversas profissões,de diferentes partidos poli-ticos e tendências Ideológi-cas. £. na execução das me-didas arbitrárias, confundi-dos polícia dc Lacerda e au-toridades militares, nadarespeitaram : invadiram la-res, procederam a buscasdomiciliares, invadiram re-dações de jornais, pratica-ra m depredações I c o m oaconteceu com a redação de"A Noite"».

E este era apenas um en-saio, um pano de amostrado que seria o regime deterror que a camarilha rea-clonárla golpista pretendiaimplantar no Brasil inteiro.

Sô por pilhéria pode a d-mitii-sc que, vencido o gol-pe militar, continue no go-4vérno de um dos principaisEstados da federação o rôudr crime contra a Consti.tuição que se chama Carloslaoiria. Disse-o -om todaa ra/ão o "Correio da Ma--lua' Lacerda é i-m rrimi*.•íoso que deve ser levadoai«s (riliiinais por r*!me po-li tir o e crime comum. Cri-nu político por atentado àConditulção; çrJnu- comumpelos assaltos sucessivosaos jornais do Rio. causan.do-llics prejuízos dc nri-Ihõcs.

Lacerda c hoje repudia-dn por (oclos. Ant.ss mesmoda atual crise t da remiu-cia dc Jiinin, uma revistacomercial (I'N) revela,va, num inquérito efetuadono Estado da Ouanabara,que o governador eleito a3 dc outubro lo ano passa-do (com 4í)Çr dos votos doscariocas) havia perdido :¦'?vírpula 2 por cento dc seueleitorado. Fni esta n por-contarem de ••iin-.nltariosque afirmaram não lhe da-riam mais seu voto.

PORTO DO RIO PARADOATÉJA1VC0 TOMAR POSSE

As primeiras horas dntarde de onlem entrou emcolapso total o porto do Riodp Janeiro. Arrumadores,carregadores, estivadores, en-

S. Paulo: Frenteda LegalidadeDemocrática

Deputados estaduais, lide-res estudantis, dirigentessindicais, representantes daIndústria e do comércio, eu-rigentes políticos o autori-dades eclesiásticas funda-ram a Frente da LegalidadeDemocrática. No manifestode constituição da FLD estaexplicado quc a entidadetem por fim a luta contraas tentativas dc golpear aConstituição e o combate àsmanobras solertes dos quepretendem impedir a mar-cha da democracia no pais,criando obstáculos à posseio sr. João Goulart.

VOLUNTARIADO PARADEFESA DA CONSTITUIÇÃOPaulista, náo permita o

abastardamento da Consti-tuiçào! Lute pela legalidadesem parlamentarismo, ouqualquer outra forma de nosenganar". Estes dizeres es-tayam escritos numa faixaimensa levada pelos acade-micos de Direito de SãoPaulo para o comício quepromoveram antes de ontemno Largo de São Fransclsco.Durante o "meeting" foi

aberto o voluntariado popu-lar pira juntar-se às tropasdo III Exército no caso deperdurarem a.s manobrasprotclatória.s da posse dosr. João Goulart e as tenta-Uvas de arranhar a Consti-tuiçào. As milhares de pes-soas presentes à concentra-ção formaram longas filasdo inscrição nas brigadaspopulares.

fim todas as categorias queconstituem os trabalhado,res da orla marítima cruza,iam os braços, provocandoa completa paralisação dasoperações de embarque e de.sembarque de mercadoriasc passageiros, bem como detodos os serviços correlatos.A parede dos marítimos eportuários perdurará até queassuma o sr. João Goularta presidência da República,na forma estabelecida pelaConstituição, ou seja, semadorflo de emendas par.laméntaristas ou outros artl.fidos que viriam desfigurara vontade do povo expressanas urnas nas últimas elei.ções e ferir a continuidadedo processo de desenvolvi.mento democrático.

Ascendino Leiteserá expulsoda ABI!

Uma comissão de direto-res da Associação Brasilei-ra de Imprensa será consti-tuída nos próximos dias pa-ra preparar o processo deexpulsão do indivíduo As-cendlno Leite do quadro deassociados da entidade. To-dos os diretores de jornais,além de repórteres e reda-tores, serão ouvidos pela co-missão, a, fim de que fiquebem caracterizada a traiçãopraticada pelo atual "che-fe de censura" do governa-dor da Guanabara, que re-sul tou na apreensão de Jor-nais, invasão de redações eoficinas, e prisão e espan-camento de profissionais.

Povo Organiza Comitês de Defesa da DemocraciaPara Lutar Contra Golpistas em Todo o Brasil! Texto m

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Page 2: OS COMUNISTAS DIRIGEM-SE AO POVOl Nenhuma Conciliação Com o Golpismo… · 2015. 2. 26. · OS COMUNISTAS DIRIGEM-SE AO POVOl Nenhuma Conciliação Com o Golpismo! Posse Imediata

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^f^wr 1¦*¦ «in ¦ ¦ NOve >r> Oi ¦. ¦ ¦—in ¦! ar ii ra . i ,\mmtk,m i** Ma Ba )•*•*•*. '••'<•

Trabalhadores na Batalha Contra oG revés em loAo o raisp, PelaPosse

A .¦¦¦¦¦.*¦ firme da* ma**•AS :¦• it-.iha.ioia. de . »;d oP»U rm defm da Irtalrns.<to presidem* Jaãg OsmUrt•-oniintu sendo um do»lllít» .: .1- !*._:.Ir; !-,!.,.r.u*r* a derrota do impo mi*luar qu* pretende implantaruma ditadum ta»ei»u nollraiil. Ooputáí de D*fc*a daUtalldade -»•¦ criado» em• ¦•.!.. a» raletorta» profu*

Cm iodo o território na*eluníl e»!oumm ireves de•!\--..< ¦¦ ¦'- exiilndo orespeito as liberdade* de*merrá'i_a» e o enipotsamen*to do i.*.--.!.;.-- Joio i: .lart A ereve dt» li mil fer*!«tvj*r>-» da L^ipoidins, que** iniciou na tarde do AHI*mo dia 25 pr"w*eeue radaver mai» firme, mamtndo|nr',i*rr. ledo o transpor-1* f*rmvl tio da Ouanatisramra n« Bltadoa do Rio dea-nem Minai Geral» • F*.plrito 8 • •

ACÁO DOS tINOICATO.Sabft-p mdo-ic a atitude

de Lúcio assumida pelo*j.viáentes das Confedera-

dos Trabalhadores nalniii*irla no Comércio, nosTransportes Terrestres, enm Ti ;¦;.•¦-« Marlilrmi eF:-... que conchmaintiids sindicatos e os trabalha-dore» a minte renwe Inertes,a fim de fariliiar n ação dospf!i"i.l* «olpl.ta*. a» entl-didts (indicai* compreen-dr um o paprl. que lhes ca-bu «nte o* atentado» aCmHPulçât*. e lançaram-sea luta, ecnctomnndo o* «eusfiiísdo» n defesa tiienticada Icsalldsdr Manifestosncs«e «entldo foram divulga-doi pela maioria do» Sindi-cato.-, di Tu

A paralisarão do traba-lho cm diverjos Estadoscontinua refletindo a decl-¦são das mansas assalariadasde Irem ate o fim da lutapela posse do picíldenteJoftn Goulart e cm defesade uma politica Interna crxt-rna que atenda ao» In-terêsses do País e da cias-se operária.

O proletariado do Estadoda Guanabara, apesar daaçãb violenta da poliria, fa-zendo silenciar a imprensa,prendendo lideres sindicais.e ocupando as sedes dassuas entidades, prosseguelutando, cada ver. commaior energia.

Os sete mil trabalhado-res do Porto do Rio de Ja-nelro, que Iniciaram a ação

Golpe-de Jango

tm defesa da legaiida-tecom ...».;-.. .-«. pairisuaaatividade portuária, paraii**4ramrompleiamrntr ou»,baliu na wroe do dia 31quando maior era a a<iia<çáo golpida

O» opeiáru* meiammcot. que tiveram o mu «In-dicalu asMilado * oeup*u«pela r -i; :a Militar, oara-i*«aram o trabalhe em 'nu-¦.¦.-:». fabrica* enlre a»qual» a Fundição P*d*m>.... ...... r • OU» BA , •.,..*.,'-¦¦'-. Cluraao Iludir. Lu*portne Kaelonal de Vatte»Quibra*. ferro MaleáveíNartonat de Motora* ip.-.clalmentei. e Washinclon

OPftAftIOS NAVAISO» nprr.mu» naval» do*-

IV.ado* da Ouanauatn . doRm de Janeiro, reafirmai)*do o «eu elevada ii... d»conicieitcla poluir», -leramInicio a p.iral.«aç«o do tra*balho em todos o» estalei*'•o» diuadot na área da»«¦>..« da Guanabara, na ma*nhá do dia 31. A neve do»operam» navais è total.

TnmWm os trabalhadoresna Indiittria de fheát e le.c r I a a e m da Guanabaraprumoveram inúmeras pa-ralUaçfle.». demonstrando o«eu protesto contra a» vio*larde» ás liberdades demo-niãcrllas, e exigindo a oo»-»e do presidente .'*•*•« Oou-lart.

G movlmenin /..•.:¦•errse». n cada momento, tan.lu na i.im-iii.-i: , como noE«lado do Rio. Em Niterói.«« serviço» de tr^ns^ne* dena«.-*aBelrn.« nor Anlhu». bon.dei e lot.içôe»- cessou com*pletnmente,PASSEATA

Em Niterói, na noite doúltimo dia 30. .-érin de 20mil trabalhadores ferrovia,nos. vldreiros, ro<luviArlu»,metalúrgicos c de outros se*tores profissioníiis promove,ram uma pn.oeata («Insruai da cidade, conduzindofaixas e cartaz.*». exigindoo respeito a Constltui(QoFederal p .. posse do sr.Jo_o Goulart A pameai.ifoi encerrada com um gran*de comício na Praça M"tim Afonso.

GREVE NOS ÔNIIUSE NAS IARCAS

No dia seguinte. n*< muni.ciplos de Niterói e São Gon.calo. que contam cerca de300 mil habitantes, estavam

R

«Mitipieiameiiie .-nu ...<*. ¦»de irampone. n~.t...i ...» e

• — ..._,.. iwQnnm aeme imai ti» trabalhado.ie* da» i*....» 0 y .. «¦àl»e t-íríi, ,( l| ai»|n,| ir rüllf

RM t* '* •<¦¦¦'¦¦• iamt#m en.Marwm em greve.

i**•«¦>í*i.-..-.. rum - ««A"

uue »«* «e*»ii,.olvla na medi.«fa rm que o Goternadurt*e(*u f. ,-. -. mal* relicen.te «* moitiiisa ante a i¦ --.•.In *i Ju*u t.oi.Utt a |m>.ii.U cnwni em vloléihU;Mal» ile %> «reidrliM ftmimpte*o»,ORIVI GIRA

O Comando da Uteve no.«•"'¦.. do Rio. reunido emqualquer punio de Nileroi,l*nç»U um* i;¦- ¦*¦¦¦¦¦¦<-:¦'•¦• -» *

..'...¦. i.:.- e an pmo, nodia 31. deslaiaiu|o.«4> nm.iráriu ao cenvamenlo da»iiiribiilçfl*** pre«lden«*lal«, e«•xlslndo a po»cr do pre.•iilenie Juão Goulart. eÍPlui¦lua» \fi/e* conMHnilhai. áV'lc*.Pie«ldenie da Repú.'• •¦« pela vontade do povo.A ••!. ¦ l..!.-....... termina coma te. t r< .....":„ da creve em Io.¦In o r«i.*i't>«. a qualquer mo.menlo. ••».. a ConsiliulcAovenha a -«*i modificada. Kn.quanto isso. nrosceguem atcreve» parrlal».

EM MINAS OltAISNo K»tado de Mm», Ce.

ral». oa irabulhadures lo.maiain i.......... imctIUitn cm•i-:> -1 da legalidade demu.crática. promovendo inúme.ras inanifcMiçõcs pela pos.m* du »t. .i.i.iu Goulart. Lu.go depois eram ptesos osinicies J"-é Alexandre, pre.sidente da Federação du.Trab:iihadorcs nas Indús.irias Estrativas; tílnvalBam-birra, presidente da Federa.çAo do.» Trabalhadores na In.(lÚKtrta de Fiação e Tecela.;:<-in: Antônio P. dos Santos,vii-e.presidenle do Slndícau.du» têxteis; João FirmlnuLuzia. pit*»ldeiiie do Sindi.calo dos Marceneiros; Fran.cisco Nascimento, prcslden.ic da Associação dos Favc-lados; Armando Zillcr. pa-.sidente da FederaçAo d«>.s.i.ncArios de Minas e Goiás-• não confirmada): Corampresos ainda os funciona.rios Clméllo Martin». SérgioScverJno Silva, flalmac-edaGuedes, e o correspondentede NOVOS RUMOS em Be.lo Horizonte, Jornalista EI.son Costa.

IM SAO f AUlONu i.t...!., de -ii» »•*...-

¦ i>*^* da» vMtaeiii w«ii>rUÍ* ......--ti-U» 1-rlL* |«.l|. iddo Umern«dur i*«u«... -Pinio, o itmimeiuu de pi».-,|e*|u dU» llal"i',a lulr. .„ira qualquer «tentado .. .nt- .. , e : < > |*.--.- d«iiue«itl-iii. joAu (iuulan a»,«UmlU i,*i»...:. . j.iu; ..|VA.U pftriu de «Hniu* leve ,-•«ua» auvidsile» mtupk-iu.

mrnte paraliMiU», Sua* de,I*-- .!«•-:• u. foram uetipada*por <!¦•; j, da M-uii.í.., ii,.Guerra • du > -..... de Fu.jilèiio» Naval. De/ena» <k*i::.„..-.i.. fclndical» forani....!..-!..i.. na ildade de

Kanio», Em HAu 1'aulo. dln.genie» ilndleala de vár^»•aleguria» pr»f(aíonal* fu.ram i :¦•-¦¦• ma» as greve»¦¦ • ; >i .,-¦-. em dlver«as em.prfea* O» irabalhadore»romperam '*• *- a* bariei.ra» da |K'lliia e ilemiut».It*ram o «eu protesto e nsua •«.-!..•¦ ..„ de lutar »•*o fim eon"^ a dlladtira mi.liiar.

POSIÇÃO OE LUTAApenas as entidades »ln-

di.m* que «e encontram na»máos du» pelcgo» ou de sim-pies policial» e renegados domovimento operário, com asCnfederaçocs da Indústria,do Comércio, do Transpor •ie Terrestre e do Transpor-te Maritlmu. bem como n»Federações de Marítimos .seacovardaram. A.» demais ei.-tldades sindicais tomaramatitude aberta de combate nogolpe c em defesa da po»-se do presidente João dou-lart. Os trabalhadores se-Ruem a »ua orientação, pro-movendo paralisações par-ciai» ou totais, nas mais Im-jiortaiitcs empresas. Nos Es-tados do Rio Grande do Sul.Santa Catarina, Paraná eGolas, os trabalhadores reu-nem-sc na frente única pelalegalidade, contribuindo de-elsivamcntc para a reslstím-cia ao golpe.

Da Guanabara, ns eiilida-des de âmbito nacional lan-çaram proclamação a todosos seus filiados, conclaman-do-ox a resistência pelaConstituição c pela posse deJango. As violências inoml-náveis da policia obrigaramos lideres sindicais a se afãs-tarem das sedes da., suasentidades, para comandar aluta pela legalidade.

Quase tedos o.s sindica- .tos lançaram proclamação

«Greve da Legalidade» Parouo Ensino Universitário do País

.vtais de cem mil universi-tários brasileiros, em todosos Estados, empreendem,neste momento, a maior pa-rede estudantil já registra-da na história do país : a

- ''greve - da—legalidade'.:,. ..que .somente cessará com a possedo presidente João Ooulart.A ordem de paralisação dasatividades escolares em todoo Brasil, ditada pela UniãoNacional dos Estudantes, foirigorosamente obedecida portodas as entidades esludan-tis e referendada por todo oestudantado nacional emmemoráveis assembléias ge-rala realizadas nas escolassuperiores. Ratificando osseguidos pronunciamentos daclasse nos últimos ídngres-sos nacionais e conclavcs deoutra natureza, o.s unlver-nitários brasileiros levanta-ram-sc uníssonos de norte asul, exigindo o respeito àConstituição e denunciandoaqueles que, a serviço de in-terêsses antinacionais, pre-tendem liquidá-la.PAREDE TOTAL

Um boletim dn Si,u..s,..joferece a seguinte constata,ção: Guanabara, Minas Ge-rais. Rio Grande <ln Sul, Pa-raiiá. Santa Catarina. Bahia,Pernambuco, Maranhão, Cea.rá. Sjo Paulo, Estado doRio, paralisação de cem por(•(¦nto; outros Kstados, para.Jisaçâo nunca Inferior a no.venta por cento, E' slghifi.cativo o fato de que as as.semblôlas gerais reunidasapoiaram n decisão de *grè.ve alé definitiva superaçãoda crise com a pouse dn sr.Joflp Cnulnrl , como '11/ ocomunicado tle deflagraçãoda parede, sempre por una.nlmldiulc. Por declsflo una.nlrrte, também as assem.blòlas gerais têm-se Irans.formado em assembléiaspermanentes.RESISTÊNCIA

A resistência r-Hnianlil àsforças interessadas em con.cretizar o golpe manifesta--se de várias maneiras e emtodas as horas: n greve, olançamento de manifestoslegalistas Dor parte dos maistradicionais p mais podero.sos centros acadêmicos e dntodas as entidades de cúpu-Ia, ns cnnr-ntra ües dp rua,Om mm1"'.!';, ••,-.- uns co.lagatri de cartazes; distribui.

ção de volantes, etc. No Rio.os jovens distribuíram o ma-nifesto do Marechal Lotti publicado na edição extrade * Novos Rumos.- apreen.dlda pela policia), o discursocm- quo o-Governader--Leunet...Brizzola conclama a naçãoa levantar.se, como o RioGrande, em riofesa da demo.cracia e um editorinl do-Correio da Manhã', que a«•nsura fasclstn de Lacerdanão permitiu íòssc publica,do. A. resistência estudantilenfrentou na Cinelândla, eem outros locais, metralha.doras e bombas de gás dosgendarraes, mas levou ao co.nhecimento do povo aquiloque a censura instalada nasredações e oficinas de jor.nais tentou impedir viesse afuro. Grupos de estudantescobriram do cartazes cons.tlluplonalistas as carrocerlasde ônibus e bondes de váriaslinhas.

PRISÃO NAO _ OBjiaCULO

Uma ordem do PalácioGuanabara determinou aospoliciais uma caçada aos li-deres estudantis. Já tendo•sua sede interditada os diri-gente da UNE nem assimdeixaram de dirigir a ativi-dado estudantil. 0 mesmoocorreu em relação aos di-retores da União Metropoh-tnna dos Estudantes. O se-cretário-geral da mentoraguanabarina, entretanto, foiaprisionado. Não foi o uni-co líder estudantil a ter ta)destino. Liana Silveira, pre-sidente do Diretório Centraldos Estudantes da Universi-dade do Brasil e do Direto-rio Acadêmico da EscolaNacional do Belas Artes, foiarrancada pelos esblrros dedentro do seu próprio larjuntamente com outras pes-soas de sua família, tendotodas passado, na DPPS, ne-lo vexame de serem "ficha-das". Sobe a mais de duascentenas o número do e.s-tudantes presos nas mani-festaçúes de ruas. O Cen',;oAcadêmico Cândido de OU-veira. cia "iipulda.|j Macio-nal de D:n ;tc. comuniviia'ravé.s Je Nota Oficiai d"sim dlrer-Jf.a qtie *nalt de20 associado*- seus estão Rncarçerados Nos Es*ad <s hsituação náo é nutra saben-do-se que atinge a casa dos

milhares o número de e.stu-dantes presos em todo o pais.UNE NO COMANDO

Mesmo com sua sedeocupada pela policia e com- ;:t>tis- diretores sob.implacá-.vel perseguição a União Na-cional dos Estudantes vemcoordenando a greve e ori-entando as atividades dr re-slstência. Deslocando dire-tores para vários pontos dopais a UNE articula a lutapela legalidade constltuclo-nal e marca mais um pontona sua gloriosa história dedefensora das liberdades eda democracia. Instalando,por último, o seu QG emPorto Alegre vem usando a.semissoras da "cadeia da le-galldade" para transmitiraos cento e dez mil universi-tários do pais as diretivas docombate pela legalidade, quesó findará com a investidu-ra de Jango na primeira ma-gislratura da nação.ALIANÇA OPERÁRIO-ESTU-DANTIL NO E. DO RIO

Os universi Lários muni-nen&cs incorporaram-se aosoperários nas suas mahifes-tações de protestos contraos atentados golpistas, Par-Ucipáram ativamente do co-micio realizado pelos sindi-ca tos de trabalhadores naPraça Martim Afonso, emNiterói. Sua mais recenteatividade de rua foi um co-miclo levado a efeito nasbarcas, com a presença demilhares de pessoas. A Uni-ão Fluminense dos Estudan-tes instalou na sua sede um.serviço de alto-falantes des-tlnado a «transmitir asemissões da "cadeia de le-galldade".

O MANIFESTO PROIBIDOEm dois dias seguidos es-

tudantes da Escola Nacionalde Engenharia tentaram lero manifesto que abaixotranscrevemos, em concen-tração Junto ao busto deVargas, na Cinelândla. Maliniciavam a leitura a policiadissolvia, a bombas de gáslaciimogènio e com nescar-gas de metralhadoras, amultidão reunida para ou-vir os acadêmicos. Diz omanifesto : "Os fatos levam--nos n concluir que n ex--presidente Jânio Quadrou

iui deposto. Esla é a veda-deira face e orlycin da criseque ameaça 0 regime. Os es-tudantes da Escola Nacionalde Engenharia, cientes dagravidade desta situaçãoT-Çunl.dps em ..AS56aÜ)Jálá=Ge=ral, dirigem este manlfes-to ao povo brasileiro Sabe-mos que todos os meios deinformação se encontramcontrolados e que, por isiua maioria da população lg-nora o crime que se porpe-trou e se perpetra contra ulegalidade constitucional.Sabemos que há movimen-tos de tropas em todo opais, sabemos que há amea-ça de guerra civil caso seconcretize formalmente ogolpe militar. O povo preci-sa estar ciente desses beri-gos que ameaçam a vida riopais. Os aventureiros quedepuseram Jânio Quadros cque teimam em não respeitara Constituição, cegos peloodlo a democracia brasiíei-ra, pensam que seu crimepassa desapercebido. Nós o«denunciamos. Nós, os estu-dantes, fiéis à nossa glorio-sa_ tradição de liberdadenão toleraremos golpes Nãoacatamos regimes de forçaExigimos o cumprimento orespeito ás instituições de-mocraticas e á Constituição.

MACKENZIE: POSSEDE JANGO SEM ALTERARCONSTITUIÇÃO

Os alunos da UniversidadeMackenzie, em São Pau-lo, após exigirem o retiro aocerco militar que se fazia àssuas escolas, foram, em co-missão de mais de duzentosjovens, à Assembléia Legis-lativa de São Paulo paraapresentar àquela casa ummanifesto, no qual decla-ram: 1) apoio irrestrito àposse imediata do sr. JoãoGoulart, sem qualquer alte-ração da Constituição- 2)solidariedade ao III Exerci-tó: 3) conclamar o povo ase articular em greve paramanifestar seu desejo de vercumprida a Constituição-4) conclamar 0 povo a quese junte no QG da Resls-tenda Legalista de SãoPaulo, com sede na Unlver-sldade do Mackenzie; e 5)recomendar ao povo que ou-Ça a "cadeia da legalidade".

aoi mus ». .<:«ü » conrla»iiüMt-u.u» a mi*. Dentre t;«i» bancar»* «i .arrovlári o», irattitlhadúrr*rm ¦ '.'. « ......... emwm»t*rie rodo.fcr!©. ferro.viarüM, alfeMle*. ptnleMõ»tes, rie. .

HACAO DOSIANCAUOS

U» baiirsrtot. »rnv»», uu*... .iui.", ptla policia de rea-tuar a rruniao prograuiadapara t* nolir do dia 79, lan*>caiam um longo manifestoa ria*.**, no qual, depois demolestai contra a violênciada p .vi.. ..•.-.. o sindi-cato, sallriitam *

i .....>.í.,m. . a classe ¦noi dciiutltlanioi de notstrtiponsabllldadr se nfto dt-nunciiUMeiii - que se prtlen-de liulalar no pais, em pro.vello de gni|>os econômicose apetite» Individuais inelu-»lve do exterior, o regime doarbítrio e de vlolínria. clima!...,i, pela reação paraaumentar ainda mais a fo-

me e a miséria do povo e adesumana exploração do*trabalhadores.

Acerdilamos que estamoscumprindo com o» nosso* «i •-veres e prerrogativas de ui-rtgcntca sindicais, cm home-iiARcnt A confiança em uosdepositada pela classe,uuandu apelamos para aconsi-.*:..... cívica dos ban-cnrius pnra que se unamaos demab trabalhadores eao povo brasileiro na defe-sa da legalidade constltu-«*tonal. desenvolvendo todasa.s jK-, :*.-i-.v formas de lutai. dr protestos contra o OOL-i'K c a ILEOALIDADK quipretendem Impor à naçli

Sòmcnt-* .issim estaremo-*i. mio -.ui.-i.iui ntrs na lu'ipor melhores salários >. :..e-ihcria gerai de nossas cnn-dlçòes it voa Mesmo nor-que, na impos.slblll<iid> deauscultar iivicmcntc a \..-berana vontade dos b*.ir i-rlus. da (|iinl o sindi...:-- <¦c continuará a ser merj ins*trumcii'0. nâo 6 possível nu:prova*.» i ,. Itgitlma soiir,*k>ide qualquer1 reajustar,i»:ilosalarial

Rnganam-se os que pen-sam que o Sindicato são asparedes, ns máquinas u usutensilios da nossa sede so-ciai, Issc tudo poderá terinterditado pela arbitrariavontade dos que usam ile-gitimamente do poder .on-tra o POVO. mas o verda-deiro Sindicato, o SINDICA-TO-UNIDADE, o SINDICA-TO-AÇAO, O SINDICATO--CONSCIÊNCIA. O SINDI-CATO-DETERMINAÇAO. és-te Sindicato, é indomável:— ca classe bancária or-ganlzada e consciente que,cedo ou tarde, sairá vitorio-sa da luta como vitoriososerá o POVO BRASILEIROna defesa de sua soberania

dos preceitos constltuclo-..ais.

Por isso, nenhuma amea-ça de intervenção ou inter-clição afastará os bancáriosde seu Sindicato. A CASA ÉNOSSA E NOSSA CONTI-NUARA SENDO DE PORTASABERTAS E FUNCIONAN-DO, PARA O CUMPRIMEN-TO' DE SUAS-FINALIDADESLEGAIS E ESTATUTÁRIAS.

BANCÁRIOS IQue a freqüência normal

ao Sindicato seja mantida eampliada.

Defendendo a legalidadedemocrática tu estás defen-

Ciro RezendeSolidárioCom Mal Lott

O marechal Teixeira Lottrecebeu cio general.de.rtivisão Ciro Resende, a seguiu,to carta:

•.Emlncnlc amigo Lott • -Recordo.mo, liojp. da tua nti-tude, quando juntos crâniosinstrutores em 1030. na Es-cola Militar tio Realengo.

Desde então, passei a ad.mirar e respeitar a tua in-transigente lealdade ao po.der legal.

Justifico a manifestaçãoextraordinária, justa c opor-tuna, om conseqüência riaqual enfrentou a posição rioque sò hoje tomei conheci-mento.

Esqueceram, esses algozes,aos quais muitas vezes des.tes a mão, que. em memora,vel campanha, assumistessolenes compromissos de de.fendnr o povo da tua pátria.Ninguém neste país temmoral para te prender. Re.cebe o meu abraço de soli-dariedade, mas peço.te quena melhor página dos teusbrilhantes assentamentos es.creva esta posição com le.tra de reluzente ouro. por-que a reeèbêStè om defesados sagrados princípios daDemocracia, ameaçada pelosabutres do regime.

Faz o que liem entenderesila presente carta. Do amigocordial. Gtmeral.de.DivisâoCiro de Resende.

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A polida bateu I E Lacerda que tanto pot.íi de atribuir os fracassos de sua adml-nlstrnçâa a seus auxiliares nilo pode, desta vez, dizer que suas ordens não foram cumpridas.

dendo o teu Sindicato c osteus direitos permanentesc Interesses de trabalhador

. assalariado.A DIRETORIA

PRISÕES NA GUANABARAA enérgica ação, dos tra-

balhadores om defesa da 1c-gelidade democrática levou udesespero ao novo ministrodo Trabalho, sr. SegadasViana, ao Governador CarlosLacerda e ao sr. Hélio Wal-cacer. novo Diretor do DNT,que deram ordens expressaspara intensificar a prisão delideres sindicais. Na tardedo dia 31, era presa toda aDiretoria do Sindicato dosProfessores da Guanabara,composta dos srs. Hélio Mar-quês, Walter Lemos, JoséOride, Manoel Guedes, Bay-ard Domaria Boiteux e Joséde Almeida Barreto, estepresidente da FederaçãoNacional dos Professores.Anteriormente já havia sidopreso o sr. Henrique Miran-da, secretário da FederaçãoNacional dos Professores.

Os primeiros forani presos. quando acabavam de lançar

a classe o seguinte manifes- '

to:Professores de todos o.s

graus e ramos do ensino. In-dependentemente das suasconvicções políticas e religio-sas, vem de organizar umCOMANDO NACIONAL daclasse, a fim de, ni;m firmegesto de solidariedade paracom as várias camadas danossa população, enfrentaros golpistas quo, traindo oscompromissos solenementeassumidos e usando da fôr-ça de que dispõem, tentam,não só violar a CONSTITUI-CAO DA REPUBLICA, quejuraram defender, como ie-vai' o País à degradação desubmeter-se ao jugo de in-terêsses estrangeiros.

Os que assim agem, pre-tendendo destruir o nossoregime democrático, sob ufarisaico pretexto de salvara República, na verdade es-tão a serviço dos Inimigosda Pátria, que apenas obje-livam impedir, por todos osmeios, que o ppVc brasileirose emancipe econômica epoliticamente.

A nação inteira exige orespeito à nossa Carta Mag-na, e por conseguinte repelequalquer solução que impor-te na abrogaçáo do direitoque assiste ao Dr. João Gou-lart de ocupar a supremamagistratura do pais."

A presente conjunturapolitica nacional está recla-mando, de todos nós, unienérgico pronunciamento dedefesa da legalidade demo-crática e de repulsa às de-cisões contrárias aos inte-rêsses do Brasil. Ao lado dostrabalhadores em geral, dosintelectuais, dos estudantese_ dos militares patriotas detodas as armas, os professo-res lutarão, desassombrada-mente, para que não sejagolpeada a democracia emnossa terra, ainda que te-nham de enfrentar os maio-res sacrifícios.

Numerosas categorias pro-fissionais já deflagraram,em todo o país, greves de

apoio aos que realmentequerem rervlr ao Brasil, c ospròfc.>£i.res devem estar uni-dos e vigilantes para ado-tarem idêntica medida, tão'«-.go este Comando F-Honnlassim o delibere.

OUTRAS PNSÔES

Embora não tivesse alcan-çado os seus objetivo.-:, queeram o de encarcerar osmais combativos lideres dostrabalhadores, e Impedir arealização de movimen'o.s rieprotesto contra o cercea-mento das liberdades e a Im-plantação de um governofascista em nosso pais, a po-licia do governador Lacerdaconseguiu encarcerar inft-meros outros líderes sindi-cais. entre eles Giovanl Ro-mita, presidente do Sindica-to dos Gráficos (já solto);Demkloclides Batista, pre-sidente do Sindicato dosFerroviários da Leopoldina,lambem já em liberdade.No Sindicato dos Foguistasdn Marinha Mercante forampresos os operários João Be-nedito Silva, Adriano Alvesda Silva, Felizardo Durval

.Negrão.._Pedro Plínio Fariae Antônio" Carlos Plriájê."

No Sindicato dos Metalúr-rícos, foram presos os ope-rários Alberto Almeida Sam-paio, Manoel Lucas Cordei-ro, Antero Gomes da Silva,Arcioli Gomes Ferreira, Luís

Ulisses Custa. Domingosliodrlguca. r outros.

COMANDOS DA•EGALIOADE

Apesar da crescente ondade violências da policia, c(as ameaças do Ministériod i Trabalho, as massas tra-b- Ihadoras da Guanabara edc.i demais Estados con-th.uain reforçando a suaorganização pela defesa daConstituição e da posse dosr. Joào Goulart. Os Comi-tes de Defesa da LegaUda-de estão sendo estruturadosnas empresas que conti-nuam em funcionamento.Os trabalhadores em greveorganizam os Comandos daLegalidade, e promovem oesclarecimento e a niobili-zacão dos setores que aindanão participam ativamenteda luta pela preservação dasliberdades democráticas econstitucionais, pela possedo presidente João Goulart.O.s trabalhadores entendemque uma vida de maior sa-crificio lhes está reservadanum regime de ditadura fas-cista, por -isso êies empe-nham todas as suas ener-"liai. na lula—em-defesE-tla,-legalidade democrática, dis-postos a irem até às últi-mas conseqüências nessemovimento pela democraciao pela independência eco-nómica e política do pais.

ABI: REPÚDIO OFICIALÀS VIOLÊNCIAS CONTRAJORNALISTAS E CENSURA

"Os atos contra a impren-sa, isto é, contra a liberda-de de pensamento, além demerecerem nosso mais lor-mal repúdio, constituemviolência que fere, grave-mente, a honra nacional" —assinala a proclamação on-tem aprovada, por unàninil-dade, pelo Conselho Admi-nistratlvo da ABI, sob demo-rada salva de palmas."Vezes várias — continuao documento — nas últimashoras, e pelos meios ao teualcance, protestou a ABIjunto ás autoridades fe-dèrajs e estaduais com ri aprisão arbitrária de jomarlistas e a ilegal censura,apreensão e interdl^án im-postas aos jornais. Estandoem vigor o texto conítitu-cional que assegura o liviee_.ercic.io da imprensa eaohando-.se o governo devi-dameino aparelhado parareprimir, dentro da lei, osabusos cometidos, clamámoscontra todo e qualquer obs-táculo oposto à franca ativi-dade jornalística, que inter-pretaremes como v!o'açâoflagrante da Carta Magna.

Confiam os homens de Im-prensa, através de sua ti.-tidade-niatcr, continuem asautoridades a garantir o usodas -"ega.ias constitucionais,no que lhes toca diretamentee a todos os demais setiresd', vida pública. Orierui...o pensamento para rs maisnobres a.piraçôes do nossagente, < certos da elevarãode propósitos de todos quan-

tos, nesta haroa, velam pelaperenidade das instituiçõesdemocráticas, queremos con-signar nossa fé na serena,urgente e sábia solução dacrise que tanto angustia opovo brasileiro, e tornar pú-bliea nossa repulsa a todosos atos atentatórios da pie-na manifestação da pala-

NOVOSRUMOS

DiretorMArio Alves

nirelor ExecutivoOrlando Bomflm Júnior

Florlator Chefi-Ki-iigmnn Borges

GerenteGuttemberg Cavalcanti

Redução: Av. K|<> Branen387, ljv umliir $/1*12 — I0I:

-lí-7344Gerência: ,\i. i<|o Branco

2S7. il» «nilar S/DD5Rt;cuns.u. iie s. PAinuiItim 15 <lo Noreml.rn, •*!8,

8" andar — S/827Tel: «7.ÍI284

.ndci-Gço telegrnflco:«VOVOSRÜMOS»

ASSINATURASAnual Cr. 500,00Semestral , jbo.mtrimestral , 130,00Numero avulso .. > 10.00.Númctii atrasado > 16,00

ASSIX..11 RA AfiHKAl¦-ninai ....Semestral .Trimestral

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OS 1 SÒO.UOCrS 100,00CrS IVW.IX;

. > 50.00

Page 3: OS COMUNISTAS DIRIGEM-SE AO POVOl Nenhuma Conciliação Com o Golpismo… · 2015. 2. 26. · OS COMUNISTAS DIRIGEM-SE AO POVOl Nenhuma Conciliação Com o Golpismo! Posse Imediata

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- lio dt Jenelio. I d« («lembro do 1961 NOVOS RUMOS 3 -

Repúdio Total ao Provocador Lacerda:Fascista, Inimigo do Povo e da Imprensa

DEPUTADOS E SENADORESEXALTAM A POSIÇÃODO GEN. MACHADO LOPES

N«» AtullU.lmclll»: -|UI

fiUlIlo» . l.cll.lu I,,., ullimu.il.»». Um du» -i»t«l» lua.» l(li .bei» Itm » I «1» tlc ir iu|it -nuada **«(• *i. t «ito» i-nci11 » -airllnilul li» »»u»U4t»I " • "I «Ur ulllll.üu (1414 »lullV»*J *|Ut llirltlut luílr!jwiiill» « ma HulIlUi,_u |U.turalt m dt aitnle ~-**---k«Huf **a-»n_ dt niMiuiMciiiua * fU-t-M e»*u»n»i.» v iuipi»u pira -«rr.i-Mui « (n.»r. afatUr • w. JAnta Qna.d f O » »_• 1'wltl » tlttUUlaruma dila-lura dt ii*n» Uku-ia na ***'»• •*«'•'» teu talento"u-i-ièni-u. «"ra a mato ca*p-- •nlr» o* í«ipi»u. paraIrrar a cabo uma iruUurade it-ttifa», dt p*«»e» d* ma>licaa, tuna lédc d« mentira*»num d. iimitr a opiniãopuallea, tnaaanio o» renla-dflro* aalor** da «absenUoda tefalMade democráticaagiam par aalrot caminho*para Impor • renuncia dol*rr%ldtn"* empontado a SIde janeiro.

Ao tatlr à rena no dia í»dc at*«lo (INI), para, alra-»r» do rádio e da trlrU-.i»,denunciar uma «up.o*ta• ompirjçio por parte domlntolra Pedrono d'llorU,na verdade Lacerda Já e*.lava procurando Juitlflcaro golpe *jur viria cm «egul-da. Já «Uva rir. entio.como o revelaram ot *iucc*>-aoa ullerlore». envolvido» natrama dM chefes militarespara Implantar uma dlla-dura a um reiime de opre *.-nio t tirania no pato. In--centra ou lmpo-.-lbllll.-ulo dediter a verdade foi o ir,Pedrono dllorta quando, natelcvlala paullila. emboradando provaa da felonia deLacerda, caru.lhe na arma-d ilha, • apresentando aa col-*•¦•*.* como w ac trata*.«e deam "caso pes-toal". simplesertoe financeira de teu pas-oulm "Tribuna da Impren-sa". que etrtaria levandoLacerda ao desespero. Oque levava Lacerda ao de-aespéro era a politlca exte-rior que nos últimos temposvinha seguindo o sr. JânioO u a d r o s, recusando-se aparticipar dc uma inter-vcn-.-o rios Estados 1'nidosrontra Cuba. reatando re-laeões dinloimiticas e co-nirrriais com os paises so-«•'alistas, inclusive a 1'niãoSoviética enviando uman'is«i<o pficinl à RenúlillcaPomil-T Ha ChlfR. '"to sim.e nân os 2 milhfies c MO

mil ..ui.iiu, d» ,1,11,a dt-iu iornal •cm riituiatia.MU .tr qU*lqu»-| I •'I III »nodrria r-aittar ram a» »naa» dr*»lada» a oulro» U.lUlu, |.r t>, |t| ri IIO d« I -I»<!¦• .1» I.UJl.il.jlJ. a» iuii.«il-ul.iK» Lll» l.lilirliot qu*it »i lailitt Lacerda tinhaarmadando on nenhum«•-• n.imi., abfrtamtnlt, **•>mo firou provado do» proprio* Inquérito» polirlai».

tACMOA HPIIISIIMOU SI

Ma» o i. ii t»-*-iu goter-tudar da tiuanabara »upc¦rr»timou »-u. dote» »rii»n-cot. Mo foi Ir «ado a terionem nintiig pelo» teut par.tida rio* d» ontem, á e»re-cáo d* algun» fanático* fat-ctota» do Clube da l.mtier-na. fl »r. Lacerda t hoje umIrapo lir*prr«ando «obera-namente et trabalhadorese a povo Jantai* ctpcrou

3ue cite» »* lcvanla»»em cm

efeta da legalidade demo-rratlea, em drleta da Vota.tliuii.io. Quando viu qut atágua» nlo corriam a teufator, rm .t'iiii|i «t no Pala-cio liti.tii ts.ir.1, auto-encar-ctranilo.se. C*om medo, apa-rorado, acovardado comosempre no» momentot dlfi-reto. fl» Jornal* dt Sa. fcl-ra. SR. informaram quedentro do* muro* do Pala-rio todos tinham medo. Aguarda riu Lacerda oeram-bulando, alta noite Insone,c *e preparara para atirarrontra um grupo dc 'desço,nhecidos". Bra Lacerda tseus cuirii.i -p- Us "Laccr-da foi o primeiro a idcntl-ficar-se" — di* um dos Jor-nal*. Mas nAo só ã noite:de dia também o medo ron.dava o Palácio, penetravaem seus corredores, rm suassalaa, em seus Jardins —onde, de louca data, diz opovo. "existe caveira deburro"...

Lacerda caíra no ridículo.Afundara-se politicamente.Fora vitima da* própriasintrigas.

A CENSURA A Imi-RENSA

Não fora rierretado o cs-tudo de sitio — não tinhatido fõrrts para faze-lo acamarilha militar a que La-cerda estava servindo. Mas,assim ni"smo uma das pri-nipir.is providências de La.cerda «oi mi-n-i.ir rpnsorespara os jornais. Alguns se

• ubmr.i#»i.i a i«n-u««. dri*taram rolunt» tm brancoou «airam partlalmcnit.aptna» rum a» paitoat d«»anuncio*. Oulro» reagiram tnáo »«• kujrilaram a Impo-«Itráo afronl-Mamrnlt fat*ctota do "JornaltoU" t "Io* Lartrda, -fUt a n 1 r o r abradara aat quatro «anta»tm dtf**u da "liotrdadt deutipifii»»' Rra a "tiborda-dt" para o* ttut artigo*prorocadorr». polirlatitiro».dt reacionária de quatrocottadot.

Mal» uma tri. Lacerdatinha medo. Medo de »cu»proprlot itifiriiiiH.i .nu, dtontem, qut o nanam abri.gado tm tua» oigliia» an-Im qut éle fundatta a pa**quim r-tm Itltortt. qutmantém hojt com rerba»dt fonte» Ignorada» ou ob«-cura». t|ut mandava ctn«u-rar Lacerda? Noticia», falotIncontttlavtto, qut corriamdt boca cm boca, por todaa cidade, (fuando o ctnwr"liberal" dtlaara circularalgam Jornal náo devida-mente etnturado. a policiadt Lactrda ia dt banca tmbanca retirai a edicáo pos-ta à venda. tNcm aatim o«eu próprio Jornal ren-dia...).

RADIO E TIUVISAO

A ctniura uao i» limitoua Imprtnta. Atingiu, desdeat primriras hora* da cri-st politlca deflagrada a tide agòtto, também o rádior a itlevtoáo II meamo rá-dio, a mesma televisão qaeLacerda uttlliara em lar-guitilma escala— (milhõesde crufctro* por hora!) — nttsua campanha eleitoral, on-de vomitava impropério*contra tudo e contra todo*que lhe eram adrertáriot.Ai Imperava também o si-lenrlo o silêncio do medoimposto por Lacerda.

«RENUNCIAS»

Nos primeiros meses dogoverno do sr. Carlos Lacer-da. os cariocas não ignora-vam o que s« diria da sa-nidade mental do governa-dor. Que éle estava a ca-minho da lourura eomple.ta. que todos os seus inti-mos receavam uma crise.Talvei se exagerasse. Talvezo próprio Lacerda quisessepa-tsar por louco — quando

Tristão de Athaitíe ConclamaEstudantes Católicosa Lutar Pela Posse de

-.o Sr. J.uiiu Quadros níiurenunciou íoi doposlu.iist.i i1 (|.ic "é a veaiai.L- •diz u pioicsbur c aeíiuGinicuAteou de Amoroso Llntnt 11 í.-mÍij ii • Aíi.aídc l pieiiu.K.iisu Osi i.. i' c i; ii.sitiiiirla.oiici), em i'>iiii..,ii,,.i',.iii ni.tigida ;ius esiuunitii.-s itoBiasil .

Ldgo :.d!. .i,." Allloiosu Li.Tira-"'aLli'et.s'iiii'a. vuuiii —tr-o*

S-V 11 SUlJSlIllIlU i.'., li • 1*- u,s.. jOau (ii.i uÁhr.

MÊNJAGcM DêTRISíaO Ul aiAIUi.

Essa (Icfiiiiçfio mi |iod(> >crno sentido de serem a ¦ un.das as leis constitucionais doPais.

o St. JANIO C.UADKOSnflo tuiuiiiciou — foi dep islo.Esta é f|tii' ii ;i verdade.

A Justiça exigiria suii ro.posição im poder, mas ilr-xie(mip CA-y se afastou do Pais*,r» oxprpss.-nru-Hlc, rei).H.*l!J___L

A mensagem do escritorAlceu de Amorosn Lima estáredigida nus seguintes lèr.mos:

«AOS tiSTÜIMNTlSS UOBBASIL

A tfíeu vet, ,*i nova que es-latnos vivendo exige do Io.dos os brasilelfos o de meouespecial da mocld-dc, e, tiomodo ospeclaüsslmo. cia mocidade calôilca, que cm tudodeve agir de acôVdo com osprincípios da verdade o riaJustii.n osia hora exigeuma clara definição.

dc direito au cargo dc Pre.sidonte da República, só h.ium t solução possível, doacordo cum a Verdade e 'oma Justiça: ser substituídopor quem dc direito.

Quem é seu substituto le-gal? E' o Sr, JOÃO GOÜ.LART, Nâo lemos de suherse este senhor tem uo nâocapacidade para exercei- oeargp de Presidente. E' o vi-ce. Presiden Io; Ir-tn o dlreiíode sor emposs do Nada po.de impedir que o seja, so.riáo a violência

Ora. não fi;! rms admi.I ii- que a *?lo!*5iic'a \ Ind i deonde vier, sob qv.a^uer ore.le.\lo._ seja i iu po ler log'l!>mu de sUbslituil ema renú tcia.

JangoNâo podemos admitir go

im's nem quarteladas, Aconsciência cívica do Brasilexige que esta era seja ca|-i.talmontc ultrapassado.

Cumpre neste momento atôd:.s -\k conseiènelas livrosdo IBr.isii contra qualquerprocesso oxtralegal do sedar uni substituto ao Sr. .lã.:iio Quadros.A—ffloeklado catáliear-ee^-mo a toda a mocidadç bra.sllelro. cabe unia palavradecisiva nesta hora grave,para que o Brasil verdadeiropossa prosseguir no canil,nho das Instituições livrospara um pacifico desenvolvi,mèti.lo nacional.

No momento, a posse pa.cltica do Vice.Presidente daRepública nn vaga deixadapela renúncia imposta aoex.Presidente é o caminhoda Verdade o da Justiça quea mneldade em pOso deveconclamar; a que acvix a cioíim Brasil coeso pacifico olivre.

Uio. VI de RROstn de llll.il.(as.) ALCEU DI*. AalOKÒ.SO LIMA».

Proprietários ie Jornais:Lacerda é In«dignoe Deve Ser Expulso da SU

Proprietários e represou,tantos dos principais diáriospublicados no Eslado (jaGiiáhâbara enviaram oficioà Sociedade Intèraniericatiade Imprensa (Sil). da qualLacerda é um dos diretores,exigindo seja expulso da co-t idade o atual governador daGuanabara, porque 'impôs.durante vários dias. aos jor.nais do Rio de Janeiro, lie.gal e intolerante censura,além de apreender edições edeterminar a intervenção deoficinas, o que o incompatl-bili/ou para continuai- comomembro dessa entidade .

A medida não leve votosfáVorávois apenas dos repre.sentántés da Tribuna daIrnerene** ipertencenvc a

Lacerda > e rie O Globo .ambos ausentes ria impor,lauto reunião de saneamentodo jornalismo brasileiro.Aliás, o.s dois jornais referi-dos figuraram entre os POU-cos diários que deram cober.tura favorável à fracassadatentativa fascista de rasgara Constituição o impoclir aposse de João Goulart naPresidência da República.

A mensagem à Stl foi as-sitiada por João Calmou(Diários Associados). Nas.cimento Brito (Jornal doBrasil.i. Luiz. Alberto Bahia(Correio da Mallhã), PauloSilveira (Última 'lorai. Nel.sen-Alves i.Manchetei Antô-nio Cavalcanti (Luta Demo-crâticà). Othon Paulino (A

Noticia e O Diaí Dllcrman.do Pereira (Gazela de Noti-cias) Geniv.-il Rabelo (PN)Antônio Ibrahlm Hadclad(Vida Doméstica) CarlosSabóla (A Noite) c SinvalMontalvão (Diário Carioca).

M4 U ali.l Jlli u mu * * UM»r j.lulUllü a HOifO *Í0 l-i

ii rrarioHi4*-(4» «i.i-.i.u- •(Hlnniseira*. <* *iur r<iã r»r

.ii-Hiiu um p-tprl i"- II*JlIlliUlliill Of I» c.llli|lll >ratão loiiui o *ki«o rontraa t ••ti-iiiiiii ••• rontra *t%ti i.r t it i dr- 4rmorráti>ra», rontra o p.«i-

l mi t*ria« ii|i.iiiiiiii.ia.i-a-tiovritaiiilu in .. in t ii i ••iiijuMii.ui. .. »r L.uii.Jll.ri...II trliiillii.il 40 (Oirrnu da (iuanabara. Air-gaia latia dr vor~*I*i. A rui*-Irrénria de cotrrtuileir».liiiiiimuiti aqui rm brilpelo »r. J4ii.ii i-u4i|iui. Ur.iiii.iu lerba*. tabulou» iuou Ido; I blllioe» de nninro». i |i>u-avrl *|ur 44*11-1-)ui«r*>»e dr«ia forma trai.mar larerda, o,ur, tudo 111tlira, 14 louirt.a-4 a -rtin»-pirar. Ma» a» amraça» «Iriniuiuu continuaram, tot«*»u uma da* arma» derlianlairm que éle mhoucontra o ir. Jânio i*u4ilr ¦Continuou, por-ím, no go-temo que o» equivocado»lhe drram. Km nua carta-Imtamenlo, o pteaidrnte rr-nunclalario faala uma alu.sâo dlreU aa "renúncia»"de Lacerda, ditendo: "Amim nio me falia a cora-Kem da renuncia''. E na dr-claraçào de despedida amus auxIIlare» diretos."Chamei-os para diacr-lbe*que renunciarei açora aPresidência. Nio sei assimesercê-la. Já que o Insuccs.so não teve a coragem riarenúneia. é de mister -**-*• oêxito a tenha".

DEGftADAOOPEIOS JORNAUSTAS

A imprensa carioca terruma atitude digna expul-sando o ex-jornalista Car-lo» Lacerda dos quadros doSindicato dos Proprietáriosde Jornais e Revidas do Ea-lado da Guanabara. Em le-legrama remetido à Asso-riaçãn Intoramcricana deImprensa, os mesmos auto-res da expulsão passaramum telegrama reclamando aexclusão do sr. Carlos La-cerda daquela organizaçãoque dix defender a liberda-de de Imprensa Argumen-tam que o sr. I a c e r d a.como governador da Oua.nabara. Impôs "ilegal e in-tolerante ernsura aos jor-nals do Uio de Janeiro".

Na noite de .'IP de agostoo sr. Lacerda sofria raahuma demita* a imprensacarioca. pn*a sua atitudequase unânime :l<" nio sul)-meter-se 1 odiosa impo>i-cão, via suspensa a méjtldade forra ? n tt t 1 a ria ini.posta.

LECEROA E O «CORREIO»

O sr. Cai'»'- Lacerda, d 1 •rante vários anos, colaborounn "Carreio ila Manliã" EmÜH5 era cm suas páginasu.ue fazia alia furiosa pr.i-ração an'i-"-niunijt*i e re"1-cíonária, Foi apoiado pela•¦Correio" em «na campanliitnara governador da Gtit*.-nnbare. Sc excepe'onttl»nen-te o "Cor-"e;o" criticou suladministração — ou faltade !Mlnii'v-.-"-âo. rcvetpi'-do uma erandt benevolên-

.-¦'.-•.... 1. ..:..< %ié», »'*»*.m raiitr trai-loiila, Im ».i.lotlll .«.IH .ll(., ,.„rno da ii.i.in rm prolr»-lo roíilta 1 .can >¦¦'-¦;..ta a .-..ii.. !,<¦„ ir, Li,

•'.1- "ti 1, M'<>l><itrl 11mrro um ¦ aquele • m rui*IIMIHr O» ¦-.•!... %# J|»ff«rlll. i:«.f lr,|..,|,, ,,.1........ ..... . Cario» 11iriit4, o ii ¦..¦. ii. de |o 114Iqur ~dii o .w 11. n-i rui*-uiMitta que digam oqur p*-*t*p~~- li.. ,.n ..« dr1 ¦• 1 „.i,h lAtrriidínoIriin nha dirrmo* nada.\ lima r »rria drmaU parai""!" irmpo iiuii palha-ro» Il adianie: "CarloiIjirntj. quando drttllutdodu .o uni •!.. dr rujo rkrr<ririn »r ntotlrau IndignoI r r 4 dr perder, conforme•¦ ¦>•• o. 1 da Juktlci. o» dt.rrilo» político» e rivi»". Qurrainda o "Correio" qne o*prrjui.0* cau»ado» a Im-prrn>4 prla rrmura selamp4go« pelo» rr»pon«avet» dl-rri... por ela. "As indrnlia-r.ws irrão dr »er paga» porCario» I 4. mu r pelo» ofl-

11. culpado»; da renda deHtat proprirdadrs r do .oo-li»m -los seus vrnrimento»".

fO FIM

Al está a que sr rcdnru( irlos Laerrda. o ntmon.savrl ptlo suicídio dr Gr-lulio Vargas em l*JM e prra

i<iiui..i» i...|i ."I a ln.i.

Hui.ltu» utr ano» iiii.n.idr u miniantr, o routai»U1I..1 «• 4gri.lr tiíu>... ».i. tí ..i»i... 4a rraci* * doimp«risli»~fv- i-t»qu» a **l*gor iti Impitnsa. • »•"¦•¦iii-ii«i..f i«i. ií.4.1» — #ii- Cario» Larrrd» Itrpo,díado pelo» »ru» • ¦¦< 1 "...•o mu- dr nnirm, ínrtmpvlibiliiado rum todi*». tarrra-do p r I o • traballiadi* r» rprlo pato, 1 um iti-ir fim,11.1- digna d»¦ dr um rra-pula.

1 nu ii.i-.aii tio wiMèrl».-toda e> *i«*o a» *«**--•--•»M«. >t» ).• 1/-*-*--*, ¦ .tl.al..U..r

•*¦ • III li**»f«1»», IM l-i-i^-M»UUT |Ü) •e:-».l-n-> r dnfHIfai,•! O r..iU.l« ànuelr íliüilati.ttriiM r«(MntiÇi.iii'*-iii(i à *mt**im\k* i« -i^., em •'«¦!«--j,i_ !. jiüii.U.U-. O itua-um-Hiiu•1 r iui lido da iribuna «UGtoáni »•• !¦ 1 1 e tt-anantt*..j..,v. 1, !.. |- .- | líjH.rl,!,..Ir». «*»td 1. *¦¦»=». no* r*.•g-iinit*» MffQOgl«l»ai* a ae/tjsa »•*•>- h«|-*1. ¦!!:¦., u* *.ti-><t*n tdlIMrtKtil»-«. III .».-.! u ...«..: dais mi. ,a da» Cdiva» Armo.tia» rrt-.'»i>4ij.i. , «• f éí»-IhOMI., 4."<HI:»«ililiJ(l>...- avo»a4 ailtud** i-i*-ai*-«« do o>.

te** 4* CBMtltukifl. (fal or*.Viu i.--o.. 1»(.••*• a daa me..¦¦. ..r- '.!.i-.r- d* (egallda.¦V V.. 1».... I4a»ib-t|ii Al.iK.,!rl»Ü O»! illiial «*«IA dovi»»«. Udu •* é*l«* pai* ama..1 .ir •, j »t 4 a «tmquMa dosmi ersnde il*-*lí*!« e*i|*er<»...ui4>ii«! a *<il*itatie»l»iW daHi-la o BW-rito * v«*»a dfel.í«.=l 3.»

Nu Cutiüirv-i N*. -¦¦ -1 pa.tatiHM tunipninw o nanMtfcnrr «* w* niaiitirrrmot. fl*»»4,. j.iainenii. da Conilltul...â.i «s â luia |Mr uma nacAoditriM í-iii- e itemocrállea.ivii, v-na guard> a vos Ins.i-ire a vos o aos vosfoa ca*maradas. Viva o Rrasll!»

Jornalistas Exigem Expulsãode Ascendino do Sindicato!

tVnieiu- ¦).• •¦!.... u--..t>.. 1—i..-,.»t firmaram ma.1 ..'¦(.. exlclmlo a expulsão.1 Indivíduo .'<->rii.lin.i Lei.it>, diretor do üepartamenu»de Censura, do xt-vernarinr1.. .-i -i.i. ile todos os «Indica,iuii. ...... !..¦.•."¦-. «• outras en.tlilade-i de tm ri.ili-.ins do Bra.sil. A m.mifrsi.ic.li- foi moti.vada pelo comportamenlo do• • iicfi- da Censura» duranteos dias da criae. quando,cumprindo d6cllms*-nt-f deter.minacAe* dc Carlos Lacerda,determino*! a censura e rts.

1 .lU/aoüu dos dianu*. Inva.».1o -ir iv-lacAoa e -,*•¦ ¦ ds*•¦ im>ti-" ¦•

EXPUUO DO JORNai

I'.u* ii.-i.f. .-nir cniri rsMasini-i. i •» doa ;::.-¦¦-...!¦da imprensa ,- ..i. ••¦:.- .1. oart-tlatorns do i< -.... dt No.tidas», onde Asoerwllno exer.cia aa funçAos ¦-.- t-hefe 1I0redaçfio. decidiram, porunanimidade, exigir sua ¦>••.f»wtc*o «• oonsrqOeme ex.pussâo do jornal. Um lai-A.

nko Wllietc foi ensiatlo aofrata-i-udo est-ritor taacsfia.-..i:-.t.. a decisão doaiuii* antlf-- i-ol-ffa» de tmbilhoj

¦i • ..; .:.-j. e llâo vllrm.ils «qui nm pars r*c***barMti ontfnado: manda bua.oâ.lo».

Oo jornalima-i flurainanseolambem ectAo firmando tammanifa-Ho de caráter «pre.vanttVo» para Impedir n pre.«• • -¦ de a•¦.••¦! •-... dn nutrolado da iiala da ': .anabaia.

ntelectoais Repudiara Golpistase Oipizan Camitês Parailefender Leialilaie Deiocrática

pin parn, f.opi«nnr i'lo

"A ordem e a paz somentepodem ser asseguradas coma posse do vice-presidente,sr. João Qoulart, no cargude presidente da RepúbU-ea..." — os intelectuais mu-nlfestaratn através de pa-trioticu documento seu Inte-gral apoio a luta de todu opovo brasileiro pelo respeitoa localidade constitucional econtra o grupo golpista quetonta lançar o pais lia dl-tadura. ,

Ê o seguinte o texto dotuaniefsto assinado per de-zonas de intelectuais brasi-lctros :

"Os abaixo assinados, In-tciecluais brasileiros, semquaisquei preocupacõc- pai".-tidiuias ou interesses políti-cos dc natureza pes-ioai, vol-tados exclusivamente ou*-- acausa da sobicvlvènctj duregltut democrático co nos-so Pais e da aflfiua.fto da.soberania do povo bt'aslleh'0,julgam do seu dirclli) e doseu dever formular utn pro-nunclamento em fa-e dosepisódios que se processamcomo utn gúlpu òc extrcio.idireita contra as liberdadespublicas e a Integridade uaConstituição de 1048.

Condenamos a liitervençãi

de Ministros mllitare* nosentido dc Impor ao PoderLegislativo qualquer formade Violação do texto constl-tucional, que assegura aopovo brasileiro a prerroga-tiva de ser governado pel.sque foram eleitos nas umasc diplomados na JustiçaEleitoral. Alinnamos, porconseqüência, que a ordem ca paz somente podem serasseguradas com a posse doviee-presidente, sr. JoãoGoulart, no cargo de presi-dente da República, uma vezque se acha consumada eirreversível a renúncia dosr. Jânio Quadros io exer-cicio da Chefia do Estado.

Condenamos o.s soflsmaac manobras de todas as es-pécies, destituídos a evitarque se execute um dlspüsi-tivo constitucional que é Ih-discutível pela sua perfeitaclareza, quando determinaque o vlcè-presldeftte, cleliojuntamente com o presiden-te dn República, é o seusubstituto eletivo em casoele ausência, vaca. renúnciaou afastamento definitivo. Eafirmamos, por coiiseqiuMi-cia. que Isso se verifica por-que. nos lermos da Cons-tlüiição, todo o poder ema-

|K Adverte Denys: Respeitea Vontade Soberana do P-wo

Brasília, 30 1D0 Cofres,dente) - - Advertindo o mü-rechal Denys e apelando pa.rá que o mesmo não insls.tii em se opor á loi c à von-tade do povo, colocando emoposição as Forças Afinadasc a Nação , " senador Jus-colina Kiibiiscliok prònuli.ciou dramático discurso na.sessão de hoje do Congresso,conclamando a todos os oar.lamehtârcs a se manterem

•jti-edutívels em defesa daConstituirão o da posso do\ ire.presidente João Goulart.

!-_' o seguinte c lexio üodiscurso d.. ex-presldciUêKubllschek:

tiii para os dias cm que, seDeus quiser, nossa pálfiasair deste pesadelo. O que.me iiii/. ii esta tribuna é aimperiosa necessidade de di-tif-ir um apelo aos Ilustresclieles militares, no sentidode quu nâo contrariem a opl-niâ.) liaciónal, qite pede, quereclama,' que- exige a possedo Vice-presidente sr. JoãoGoulart, sucessor pela vou-tade do povo. no último |)lei-to, do presidente ri 1-te../

dado

di

queOcupo esta tribuna.

Senado num momentoreputo.o mais grave de todaa vida do Brasil, para umapelo ao bom.senso o ao pa.triòtismò do.s que estão cm'(•otlílições de tirar nossa pá.tria cia agonia,' da perplexi.'dade, do sobressalto om quese encontra neste Instantecm que falo. Não são opor.tunas considerações sobroas causas dn crise que en.frentamos, Isso será mate.

LEI

NuncadenUi, qudom legestivesseenraizado

su, . presi.• ,, respeito ã ur-I e constitucionalIão profundamente

110 coração

ABI QUER RESPEITOÀ CONSTITUIÇÃO

A diretoria da Associação Brasileira de Imprensa vaidirigir ao presidente da Republica, aos goverríádorcs esta-duals e aos chefes militares um apelo para qur opere-sea "substituição do primeiro dirigente da nação dentrodo.s cânones constitucionais, pois fora da Constituição edas leis não ha fórmula capaz dc preservar o rcginia"

(•¦.plrito 11 o povo brasileiro..Somos 11111.1 verdadeira de.mociaeia. não porque sejaesse o nosso regime político,mas porque assim o quer demaneira sincera c total onosso poso. Não são apenasos partidários e amigos dósr. João Goulart que se ba.lem pela sua posse, mas osseus próprios adversários,alguns até ontem encarniça-dos, quo nao hesitam emopinai- pela obediência â lei,pelo prosseguimento da vidanacional, Já não são apenasos políticos, mas todas asclasses quo exigem o eiim-- primento da lei. E n lei íU-vcser cumprida, porque estáprovadq quo não é letra moi -ia, mas (vores.-ão de \ idai> vontade dc nosso povo.

Jamais a.s Forças Arma.da.s se colocaram contra aopinião do pois. K a opinião** liais ê esta: piossegiu-

monto da democracia elegalidade com a Posserepresentante legitimovontade naciona1

APELO

Faço daqui um ..pelo pessoai ao mar 'clial Odilio De.n\ s, que loi meu ministro daGuerra, a fim de que ouçao siiii.i a opinião nacional, ail 1 rr- força alguma tem o til-reito de contrariar ou iene.gar. IS' um apelo r|é bomempúblico, para liomém publi.iu. de brasileiro para brasi-leiro, de amigo para amigo.Peço ao ministro da Guerraque não Insista em se opotá |ei o ã vontade do povo, co.locando em oposição Força-Armadas e Nação. Ao mes-mo tempo que faço esse apc.Io, que compreende unia ad.verteiicla, desejo informar anação dos propósitos hármo.nizadores do sr. João Gou-liin. Ao atual presidente daRepública, sr. João Goulart,só animam sentimentos cdesejos dr pacificai- a nação,ric governar dc acordo e emrespeite aos sentimentos danacionalidade, que são cris.láos c, como já disse, demo-crâticas. Posso informar queo sr. João Goulart só aspiraa coudii/.ir-se de acordo como Brasil.

.Era Isto o que tinba a dl.,-or. sr, presidente, e o digocolll a maior sinceridade èveemência, ao mesmo tempoem que insisto em procla-mar o meu orgulho oe pet -tellcer a ttm Congresso Na-cional capaz de resistir alòda^ íi- pressões c conscr-var.se fiel ã-Constiluição e àprópria loi moral..>

nu do povo c em seu notivaé cxercidr

Condenamos oa goremostiteres de emergência, as ai-tromissões indébitas nos pro-nunciamcntOB do Congressoe a censura — como um a'o j-so de poder — contra a li-berdade dc expressão na im-prensa, no rádio e na tcle-visão. E afirmamos, porconseqüência, que uma de-mocracla deste modo tutela-da, Já c de fato uma dita-dura disfarçada.

Condenamos o procesoocm marcha, cm que algunsChefes Militares se atri-buem missão que náo lhescompete, pois nenhum poderpara isso lhes loi conferi-do pelo povo, e afirmamosque as classes militares, ar-madas pelo povo, contra ciee suas mais caras Institui-ções não podem voltar-se,golpeandó-08 pelas costas.

Condenamos, como suo-veisivas, todas a.s manobrasde cúpula, que levaram arenuncia tini prc.-idcníe daRepublica e tentam Impe-dir a posse do seu substttu-to legitimo, uma vez que ne-íUuiill cidadão poderá sen-llr-se livre neste Pais se dois

- .presidentes... da Republica,eleitos pela .soberania üaclõ-"nal cm plenitude,, se vêemimpedidos de exercer sua*funções c prerrogativas cuiia-utuciotiais. E afirmamos,por conseqüência, a nossaesperança de que o PodürLegislativo e o vl:e-prcái-dente, agora presidente d 1República, se coloquem á ai-tura da dignidade e sobera-nia dos seus mandatos populares".

Assinam o docuiueiito :

Àdulgisa Nery - Adular-do (.'uitliii Atràtllü SouUnho ¦ Agildi KloAlceu de Amoroso L! ir.Alex Vianv AlexandraHortopan Allna Paim'

. Álvaro Lins - .ÁlvaroMoreyr.i - - Amaral autuei

- Anlonio Carlos Sousa cSilva - Aty dc Andrade -Aurélio Bunrque de llolati-da Barboza Melo - Campos Ribeiro CaHiis HeiluiCony - Carlos Lyra - Cuilos Scllar Cícero Cosiacid Silveira Dalcidio Ju-riiiulyt' — Dtuiie CostaDarcj Evangelista Dar-cy RÍbciro - Dias CumesDilcrmando Cox DlnatiSilveira de Queiroz • Rt's*sé Cavaca Edna Savaijet.

Eduardo Portela, EliseuMaia. Elvlra Foeppel, Knoi.ria tíllio Silveira, l-'a.i*ulidesde' Menezes. Fiávlo Tamhe.Ilini. Francisco dc Assis.Francisco S, ("ornes, GasparSilveira Martins. GaspãrlnoDamata, Geir Campos, Gu-mercindo Cabral de Vãscon.eelos, Hat "Ido Bruno, liarol-<l<> Maranhão. Hélio Bloch,l [enrique « dvnipio da ü'on.seca ilernics I.ima. HíldonRocha, Ihmo Dupin, IvanLins. James Amado, .lesse'ataiião. Jool Silveira, Jòi-'.ge Amado. Jorge Dória, Jor.np Goulart, Jorge Sou/aSantos. José Antônio Pessoadn Queiroz. José Carlos OILvoira. .losÇ Conde. José Gui.lliermc Mendes. José Gui-marães. losó Honório Rodri-eiteu. José Junqueira, José

Mauro Gonçalves, José No.gueira Filho. Joté Renatodos Santos Pereira, JuatlneMartins. Leopoldo TeiJ****»Leite, Lúcia Benedettl. LulaLima. Luis Santa Crut. Mar.ceio Brasileiro de Almeida,Mário Barata. Mario LagAMaitrltônio Melra, Mlê«lTati, Moacir Wemeck deCastro. Moacyr Fclix. Naaa.rino Tourlnho, Ncstor deHollanda. Nora Ney, NormaBenguel. Oduvaldo Viann__,Muvaldo Vianna Filho, (ML

voira Bastos. Paulo Frandi»Paulo Silveira. Pedro Qgjjhvéa Filho. Pedro Lafafe«lti\Rachei Pedro Moacyr, K.Magalhães Júnior. RcginaJdoGuimarães. Ribamar Ramo*r.Ruy Medeíi-os. Santos Mo».cais. Waídyr de Castro Man.so.

NO RIO GRANDE DO M.

A batalha do povo gaúchoem deles. dos sagrados <M.reitos de todo o povo braèl.loiro empolgou a.s mais*-am.pias camadas da população.K»eiituresi arlistas, *~Jnt0F£Se intelectuais em fferal par.llclpam ativamente da lutapela posso de Jango orgatii--todo comitês de defesa dalegalidade o de resistênciademoiu-áiiça.

o- artistas plásticos, osprimeiros oue organizaram

. seu comitê, realizaram umprimoroso trabalho confee.(•intuindo centenas de caria,zes c í.iín.-is alusivos á cam.uanlia nopular em defesa daliberdade e da ConsilUliçflo,que foram espalhados emtoda a capital gaúcha.

Os escritores, por seu Ia.do. colaboram enviando ar.tle-..s >. trab Ibos tino sãodivulgado!' i on st :m lenientenela Cadeia dn L'*g tlidadêsl„sta surgiu poi iniciativadc indlalislas e ai listas dorádio e televisão do RiOloaiide do Sul. Paraná eS.iula Catarina, e funciona1 oni ma's de H"i emissorasdos lies [„*lados tiaiismliin.do oiiiitei 1 uptanvi.le. hntle

5ÀO PAULO

Os eserltjircs ,, mistas,alra vês da I VA', lamliém seproiiuiiciaram enèrgiõaméli.ie contra as tentativas dogrupo golpista rie impot aoliais nina solução (juo não a..institucional para a crisepolítica, 1- rea firmaram seuapoio á luta em defesa dalegalidade demócrátièa e pe.1,1 posso do vice.presidente/nâo Goulart;

MA GUANABARA

Enfrentando corajôsamen*.ie. como o fizeram ouliasentidades, a Violência e Oterrorismo implantados naciuanabara pelo - governa*dor- Lacerda. Sarmento, Ar.dovlno e seus esbirros a As.sooiação Médica da Guana.bara e o Sindicato dos Pm.fessôres do Ensino Prima".""rio retuidlaram em documen.tos oficiais as tentativas dogrupo golpista contra aConstituição e se manifes.taram pelo pleno respeito «avoto popular c aos senti,mentos de tiMa a Nação bra.Sil-MT*--

Page 4: OS COMUNISTAS DIRIGEM-SE AO POVOl Nenhuma Conciliação Com o Golpismo… · 2015. 2. 26. · OS COMUNISTAS DIRIGEM-SE AO POVOl Nenhuma Conciliação Com o Golpismo! Posse Imediata

1f*f**VlppW**>-f« *•.-!*•»*> *** « **.;,.^»%:.*M*M«P*^-*-« ^(™M^

Brasil Inteiro Contra o Conchavo e a Capitularão:Posse de Jango já e de Acordo Com a Constituição!

Miilwff» d* ;-..-.._-mtnta* tíe rimtUtt.* opera.m* e Mt-dlfltl-. ur Uki • . » r •*._.:.¦¦:? e ü ......

|iãu, 4e inteif-iuau e pfr«*aivalidâdc-, d. numer«««i*M.ernadufr* e prelados dalitrr . oitdUa *âa rc-i>«traOe* rm todo o pai* rmlâtmr da pa** iiiifitíaw,aem nf_t»íW<*V* e conclui*vo*. tto vice«iiff .nlrnte JoàuQpõburi

O povo ü> =_!!.-.:.. o* le*gi-iado-rs de t_d". «* |»ar-Utlos poluía** tratam •¦-,'-momento, com <h mri-. daQUO .:.-,. ¦ :. .:_çÓe* pu*blica*. proclanraçóe*. maní»ír«'._c ¦. de rua e greve* i,a batalha em drfr*a da le*gftlidadf contra o grupo gol-pt*ta dr militares e riu» quetenta usurpar. ....•> daviolência e do terrorumo, anlegitimai conquista* demo*rratka* do povo bra*lleiro,Na onda de liberdade quevarre o pau, encontram*»*na ;•:.:...:.. fila do* comba*tetitc* os trabnlliadorc* e o*estudantis do Rio Cirandedo 8ul ao Amazonas.

TRABAIHADOR-'

Desde o muatenlo que su-cedeu à renuncia do sr. Já-nlo Quadros, o* sindicato*dc trabalhador.*, dc todo opais manifestaram a »uadUposIçao de defender acontinuidade do regime de-mocrátlco e a posse Imedla-ta do vice-presidente JoãoGoulart. Centena» dc entl-dades operárias de Sào Pau-lo, da Guanabara, do Esta-do do Rio. Rio Orando dosul. Paraná. Santa Catnri-na. Minas Geral* e outrosEstado, divulgaram manl-/esto* assumindo posiçãoirrestrita contra qualquertentativa dc rasgar a Cons-tltulçáo. Depois que se con-firmou a pressão dos ml-nlstros militares rontra oCongresso, e que se vcrlfl-caram as tentativas dc bur-lar os direito* do povo coma Instituição do pariamen-tarismo nas condições anor-mai* em que vive o pais, re-crudesceram as manifesta-ções dc apoio à posse doar. João Goulart, expressa-das através de numerosasgreves deflagradas no setorestudantil i total cm todo oBrasil) c cm diversas cor-porações de trabalhadores.Os bravos ferroviários daLcopoldlna. que se haviamdeclarado cm greve logoapós a renúncia do sr. Já-n<. Quadros, c que depois re-

u»m*rm m trabalho arre.ditando oue t-ru o»d» i-«_C «o >• ' ». oouiart. par*'itraram no.amenie ai ati*...!a.:r- quando _r runfigu*rou a manobra golpitia ron*ir» • -:.:•.•...._. !:'._.. tf»tre.»?

e po ¦ • tomai... quan*o for ¦'-»•'- ,- -•* pura e

•wtpie>Rienif. «em eonrlui*\m e capituiaçor*. «o pre*ftdente r-n»uiu<ri<i._. . _Goulart, O mr-mo ocorre nnperto do Rio de Janeiro, nointâleirot de romtwçâo na*vai d* Guanabara r do í •lado do Rio. no ¦ ¦ : meta-lureico e rm outro*.

Em Sào Paulo e Santo*.as tnaniteitaçóe* conlra ogolpe e os . . ¦!.„«. - capi*tulacumuia* também foramvigore»*.», Alem de nume*ru»ai greve* qu« ccludiramem dtver» - teiore*. nume-»..¦>..-. pronunciamentos d eentidade* flndieau em ia*«or da poaie imediata do»r. Joáo Goulart foram d**vulgado*. Metalúrgico*, tex-tais. construção civil e nu-mer» -. nutra» categoria* detrabalhadores *e mantémItnne* na luta pela po**cimediata de Jango e conlrao golpe e a capitulação.

LEGISLATIVO'

Diretório* nacional*, re*i-i-.ii.it.. e municipais de to-do* os partidos politico* témsc pronunciado veemente-men*e contra o golpe e pelaposse, sem conchavos, dopresidente Goulart. Em S.Paulo, a Assembléia Legis-lativa aprovou por unaniml-ri.nl" uma moção pelo res-peito à. Constituição, o mes-mo ocorrendo com a Cama-ra Municipal. Ambos os pro-nunriamentos exigem a pos-se Imediata, de acordo como que manda o artigo 70 daConstituição, do presidenteconstitucional.

Manifestação idêntica fotfeita pela Assembléia Legis-lativa de Minas Gerais, quese definiu "pela

posse napresidência da Republica, dosr. João Goulart, nos tèr-mos da Carta Magna". Oslegislativos estaduais, assimcomo os municipais, do RioGrande do Sul, Santa Ca-tarina e Paraná se pronun-ciaram também efetlvamen-te e em sua totalidade "pe-Ia posse de acordo com oque manda.o nrtigo 79 daConstituição".

A Assembléia fluminense,a Câmara Municipal de Nl-terói e legislativos munici-

pau d* i»_.i:rr>__.. cidade*ao «.¦¦*_.. do Rio ientre «¦:*.«ai:ai ^ Campos' pronun*,._:_..;.if vigurtMamente emdefcMt da lecatidade constt*-..:._. e pei» pu*». !!!,„„_•ta do ir- - •».. Goulart. Oineiiiio ocorreu na Aawmvbifiagoian», que unanime,meme ir..-!..!< -.-... i íu„ deci*»Ão de impedir qualquer _u|*pe contra a farta Magna *•pela j*mw do verdadeirop r e * i dente constitucional i•r. João Goulart

No Amaiona-, Para e noCeara o* legislativo* tam*bem «v pronunciaram pelorespeito a Conitituiçào, o*deputado* ceareiue* apro*vaiam moçáo de Inteira mi*lidnrtedade ao marechalLoti pelo *ej pronuncia*mento em Invor da no_»eunrdiaia do tr. Jor üuu-lart.

ISTUDANIirOrganizado* un milhares

de Comitê* de Defesa da De-mocracla eipalhados por lo-do o Brasil, o* estudantesmanifestam per todas asformas e meios -ua dJspoai-ç& de lutar Intransigente-nente contra o golpe, o con-

chavo e a capitulação e pelapotse imediata de Jango. AUNE comanda a baralha le-gailnta do* universitários co* centros acadêmicos espa-lliados por todo o pais a elase uniram sob a bandeira dadefesa da democracia e dosdireitos do povo. Em sioPaulo, na Guanabara e nosdemais Estados da Federa-çáo os estudantes se pronun-ciam vigorosamente pelaposse de Jango. A Escolade Sociologia e Politica daPUC. Guanabara, divulgoumanifesto em que exige o"empossamento imediato dopresidente da República sr.João Oouiart". Manifestoscom o mesmo objetivo foramdivulgados também por en-tldadcs estaduais, entre asquais as de Sào Paulo, Es-tado do Rio. Alagoas, Per-nambuco. Bahiat nesse Es-tado cs estudantes transíor-maram a Faculdade de Me-dlclna cm trincheira da le-galldadc). Espirito Santo.Guanabara. Ooiás e nosEstados sulinos.

PARTIDOS EPERSONALIDADESPOLÍTICAS

Petebista s, pessedls-tas. údenistas. socialistas,comunistas e personalidades

Sm demais partido* j»Iih*eo* do pai* tem -«• mani.e*«tado eom veemência pel»1- ! -<¦ ;ll;r .!;_¦. _ de JSIIgO. Dl*retonoi nari-nau. eiuduai»r municipal» dst agremia*cò>4 partidária» divulgammanifeiio* e prorlam&côe.tfrflítetM. ••¦-- quai» migeino cumprimento da Comti*tulrào e uma potiçào lirmee irreduiivel da Can_rr*-orm defria da legalidade econtra a coação do» minU*tro* militarei. O PSD daGuanabara divulgou manl*ftsto proclamando a suadi>po_ição de lutar até ofim pela poue de Jango, omeimo ocorrendo com oi dl*retorlo* do PTB e do PSB noE*tado. Em São Paulo pele*biiui. pcMiedUta*, «oclali**tas e comimuia* pronun-ciaram-se firmemente pelasolução constitucional dacrise. Isto é pela poise deJango sem conchavo* ou «•..-pltulaçôei. A aprovação darmenda parlamrntarUu nomomento, consideram o* re*presentante* regional* dediverso* partidos políticos,representa uma violaçãocontra o de*e|o unânime dopovo brasileiro e uma capi-lulaçáo diante doa golpistas.

Personalidade* e membrosproeminentes da políticanacional também Já manl-testaram o seu repúdio aoutra solução que náo sejaa da posse pura e simples deJango na presidência. O ex--governador Munlz Falcão,de Alagoas, dirigiu manlfes-to ao povo daquele Estadoconclamando-o a lutar flr-memente pela posse de Jan-go. "Náo ha outra alterna-Uva dentro dos quadrosconstitucionais" — declarou.

No Congresso Nacional,mais de uma centena dcparlamentares sc bate vigo-rosamente para Impedirqualquer manobra capitula-clonlsta e c.n defesa daposse imediata de JoãoGoulart. A bancada do PTBnas duas Casas, deputadose senadores pcssedtstas,

l»_-liis!_- : .,..!!'._ pei*.ntlta* e ,-r . . '• .-Ia: ;>";,,pam amamente oa rara tmque ;< .-.¦ ¦¦:.: _m o» ira Sei».... m ,t........ , Auro ueMuura Andrade. -,-:. -..:-¦¦..>.•,da* du** •->-¦>: do Con_re>*so, que dr»«c o» pnmeii«Mmomento» da órl.fl toma'ram a deeiião irredutívelde ni.. ¦.-..- ....... mano.bia que pude*»*» aviltar oParlamrnto naciunal.

Tambrin entre o» mtelec*tuat* de lodo o pau *e ve-rtfiea un iitovimento uni*.*ono rm defe»» da legalida-de fon»titueional e pelaPO_ie imediata, sem con*eestòe». do prenidente coni*tiluclonal da Republn-4. Ma*•«¦**--• ¦¦•• ne»*e sentido fo*ram dutnbuido» na Gua-nabara e em São Paulo pe-lo* intelectual* e artista*.Personalidadei romo o et-critor catoltro Trutáo deAthaide. o cronUta RubemBraga, Fernando Sabino.Jorge Amado. Darey Rlbel-ro, Álvaro Un* rum Silvei,ra e dezena» dc outro* de-nunciaram publicamente ogolpe contra a democracia e*e pronunciaram pela únl-ca solução Ian): a posse «nsr. João Goulart.

Manifesto tal também dl*rígido ao povo mineiro pelo*r. Tancredo Neves, que sepionuneloti pc n posse Ime-diata de Jango.

O arcebLspo Schehrer. dePorto Alegre, e o cardealMotta. de São Paulo, tam-bém se pronunciaram emfavor da solução constitu-cional para a crise. O mes-mo ocorreu cotn a Confc-derarão Evangélica do Bra-sil, que divulgou documen-to em que proclama a ne-cessidade dc solucionar acrise de acordo com o qu«*manda á Con.tttuição.

A imprensa carioca emsua quase totalidade tato-bém sc pronuncia íavorà-velmente á posse do srJoão Oouiart na presiden-cia.

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Bri zola: "Fora da ConstituiçãoSerá Inevitável a Guerra Civil"

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PORTO ALEGRE, 1 (Es-peclal para NR) — O go-vêrno e o povo do Rio Gran-de do Sul estão prontos pa-ra recorrer a todos os re-cursos, mesmo aos maisdrásticos, à guerra civil até,para Impor o respeito áConstituição e conseqüente-mente a posse do sr. JoãoGoulart na Presidência daRepública. Êsse sentimentogeneralizado náo é apenasuma explosão emocional dapopulação mas sim uma de-cisão coletiva consciente-mente adotada. Dela parti-cipa o governador LeonelBrizola, que num dos seusúltimos discursos pela Ca-dela da Legalidade afirmouque "se grupos militares im-puserem soluções inconstitu-cionals ã sucessão do presi-dente Jânio Quadros, seráinevitável a guerra civil.''

Contando com o decisivoapoio das forças federais es-tacionadas nos Estados dcSanta Catarina, Paraná cRio Grande do Sul, queconstituem o III Exército.comandado pelo generalMachado Lopes, Brizola pio-gride, a cada dia que pas-sa, nos seus pronunciamen-tos favoráveis à posse purae simples dc João Goulart.As constantes noticias dan-do conta de adesões em ou-tros Estados, à causa cons-titucional, exercem especialestimulo sóbre o governadorgaúcho. Sua posição legalis-ta é garantida por 60 milhomens do Exército, cerca

de 18 mil homens da Bri-gada Militar c milhares devoluntários.ESMAGAMENTO D/REAÇÃO

O clima em todo o terrl-tórlo gaúcho se assemelhaaos preparativos que ante-cedem ás grandes batalha».O povo, nas ruas, segueatentamente os comunica-dos divulgados pelos alto-ralantes instalados nos pon-tos de maior circulação, en-quanto nas residências osreceptores permanecem sin-ionizados, 24 horas por dia,«om as emissoras integra-aas na "Cadela da Legall-ciade".

O dispositivo de seguran-ça funciona com inteira per-feição, embora seu trabalhosela dos mais reduzidos, pois.alvo raras exceções, os gaú-ciios acompanham compac-lamente os princípios de-Tendidos por Brizola e Ma-chado Lopes. Os poucos gol-pistas, em número que nãouferece qualquer perigo, ío-ram Imediatamente neutra-lizados pela pronta ação dosmilitares do III Exército emilicianos da Brigada.

As prisões dos elementosreacionários e golpistas fo-ram em número inexpressivo,cerca de 100, multo poucasse considerarmos a impor-tância da cartada que estásendo jogada pelo governa-dor gaúcho. O próprio núcleoííolplsta enquistado no RioGrande do Sul tratou deneutralizar-se. temendo

atrair sobre si as Iras da po-pulação arrebatada c dis-posta a defender a posse deJoão Goulart.

Os elementos vacilantesforam afastados do govêr-no, alguns presos, comoocorreu com o ex-secretanodo interior Brochado da Ro-cha, que não teve suficientecoragem para acompanhar ogovernante gaúcho até àsúltimas conseqüências. Des-ligado inteiramente de qual-quer obediência ao atual mi-nistro da Guerra, o generalMachado Lopes mantémcoesas as forças sob seu co-mando, que não tomaramconhecimento da ordem dedesmobilízaçào de cabos esoldados determinada pelumarechal Denys. O mesmotratamento tem merecido asdébeis tentativas minlste-riais de fazer alterações noscomandos das unidades doIII Exército. Ainda recente-mente foi preso o generalMurici, do Estado Maior doExército, que, ingênua ecandidamente, apresentou--se em Perto Alegre paraassumir o comando de umadas unidades federais. Omesmo destino teria tido ogeneral Cordeiro de Farias,cabecilha do golpe, sc ten-tasse levar á frente seus pro-pósitos de assumir o coman-do do III Exército, para qualròra designado por Denys.Prudentemente, porém, Fa-rias preferiu sobrevoar osterritórios fiéis a MachadoLopes, e regressar "heróica-

Povo Organiza Comitês de Defesa da DemocraciaPara Lotar Contra Golpistas em todo o Brasil!

Multiplicam-se em .odo opais os "Comitês de Defesada Democracia", organizadospelo povo nas escolas, sindi-ca tos operários, várias casasdo poder legislativo, asso-ciações de servidores' públi-cos, organizações politica';,populares e patrióticas coma finalidade dc dirigir aluta pela manutenção riosprincípios constitucionais npela posso imediata dc JoãoGoulart na presidência daRepública. O.s comitês jáinstalados alcançam a casados milhares. No Rio Gran-rio do Sul quase todas as ei-dades contam com esta.j or-gánlzações do defesa da ic-gaüdade democrática |á empleno funcionamento. O co-¦ r.iitô de Novo Hamburgo,

.cujo manifesto de constitui-M;ão c encabeçado pelo pró-prio prefeito cia comuna, sr.?'nrtins Avelino, tinha ate o<_ià de ontem mais de trósmil membros, número quedevera ter crescido| ainda

muito mais, a observar-se omesmo ritmo de Inscriçõescios primeiros dias de suafundação. Em Rio Pardo eem outras cidades sulinasigualmente cresce o númerode pessoas que organizam--se cm comitês para a lutapela garantia de continuida-cie da democracia entre nós.

MAIS DE 400ENTRE OS UNIVERSITÁRIOS

Transformando as assem-bléias gerais de decretaçãode greve em assembléiaspermanentes as universitá-rios vão automaticamentecriando novos comitês dedefesa ria democracia. Ten-do a parede universitáriaatingido já a mais de qua-trocemos centros acadèmi-cos, f/jbe a esta quantidadeo montante dos comitês an-tre ti\ alunos das escolassuperiores. No Centro Aca-dêmico Cúudido de Oliveira

(CACO), da Faculdade Na-cional de Direito, os estu-dantes instalaram o Plantãoda Legalidade. Dali distri-buem manifestos e comur.i-cados sobre a situação nopaís, promovem rápidos co-inícios e organizam coman-dos para saírem às ruas.TEF-RITÓRIO GAÚCHOEM SAO PAULO

Os alunos da Universidadedo Mackenzie. em São Paulo,criaram o seu comitê na se-de do Centro AcadêmicoJoão Mendes Júnior, da fa-culdade de direito daquelauniversidade. Ali os estu-dantes formaram uma "bri-gada da legalidade" que es-tá, segundo eles, "aquarte-lada em território democrá-tico. anexado ao Rio Gran-de do Sul".

LONDRINANa capit-il do norte para-

naense é o "Comitê de De-

fesa da Democracia" quemdirige todas as manifesta-ções peia posse de Jango epela intocabilidade da Cons-tituiçâo. O Comitê foi ins-talado nas dependências dasucursal local do jornal"Última Hora" e sua direção,uma Comissão Executiva é'integrada das personalida-des mais representativas davida londrinense, destacan-do-se o advogado AlhosSanta Tereza dc Abilhoa e opresidente da Câmara Mu-nicipal, sr. José Antônio deQueiroz.

RETRATO DE JANGOEM CONGONHAS

O.s profissionais do jorna-lismo que trabalham na es-tação de passageiros deCongonhas, em São Paulo,fundaram também o seu co-mltê, cuja sede é na própriasala de Imprensa do acro-porto, A instalação deste

comitê foi anunciada ontempela Rádio Guaíba. Na por-ta da saia de imprensa deCongonhas os jornalistascolocaram uma faixa comdizeres alusivos ao cumpri-mento, sem protelações esem artifícios, da Constitui-ção e um retrato do sr. JoãoGoulart.

BAHIAEm Salvador, o maior dos

comitês eslá localizado naFaculdade de Medicina. Osestudantes das outras esco-Ias ali concentraram-se e or.ganizaram um verdadeiroquartel general da legalida.dc, mimeografando procla.mações, preparando faixas ecartazes, promovendo con.contrações e comício. Entreo.s operários baianos a or.ganização cio comilcs vai ga.nhándo desenvolvimento, es-lanclo já em funcionamento1 ü-ias dezons-ü deles cm tô-da -d cidade de Salvador.

ABCDEF LANÇA APELOA Associação BenjaminConstam, Dcodoro e Floriu,no, em manifesto lançadoontem ao povo brasileiroconclama os partidos políti.cos, os sindicatos operários,as entidades estudantis e riu.mais organizações represen-(ativas de classes e de se-fores da população a arre-giriiéntar seus militantes eassociados em comitês dedefesa da democracia. Dizem certo trecho a procla-maçào da ABCDEF, assina-da pelo General OromarOsório e pelo ComandanteRoberto Sisson: «Cabe aospartidos políticos, sindicatosdo povo trabalhador e do.mais organizações pa.trióticas, intrulr e arregi-montar seus militantes maisdevotados em Comitês dcDefesa Nacional, agindo au.tõnomarhentc como o exigi,rem as circunstâncias prã.ticas de cada momento*.

mente" à proteçu. dos seuscompanheiros golpistas...PELA LEGALIDADE

O clima legalista que serespira no Estado sulinocontagiou os militares su-balternos, que, da posiçãoinicial de expectativa, pas-saram para atitudes maisenérgicas e positivas. Sc nasunidades do Exército os su-balternos, desde o Inicio dacrise, Já defendiam os prin-ripíos constitucionais porobediência aos seus superio-res, na Aeronáutica a situa-ção não era tão fácil, devez que alguns oficiais ma-nifestavam tendência deaderir aos golpistas. Prontaação dos sargentos evitou,porém, que os aviadores mi-iitares entrassem em açãocontra Brizola. Em conse-qüéncia, foram presos,quarta-feira, 10 oficiais que'se preparavam para bom-bardear o Palácio Piratlni,com ordens "para arrasartudo".

O comandante da 5." ZonaAérea, brigadeiro João Au-rélio Passos, viajou para oRio, tendo sido substituídopelo coronel Alfeu Monteiro,homem de confiança do go-vernador.VIBRAÇÃO POPULAR

As manifestações de apoioe solidariedade uo Governa,dor, chegam a todos us mu.mentos, dia e noite, ao _'a.lacio Firatini. Frocedem üetodos os cantos do territó.rio nacional mas principal,mente dc Paraná e SantaCatarina e mais especial,mente do Rio Grande doSul. São cartas, telegramas,moções, manifestos, pronun.ciamentos de estudantes,operários, mulheres, associa,çues e sociedades, sindicatos,

.prefeitos municipais, gover.nadores e Casas Legislaü-vas.

O clima de exaltação pa-triótica é alimentado porpequenos comícios nas es.quinas e praças da Capitale de todas as cidades rio.-grandenses. As pequenasseparações que antes exis.liam entre civis e milita.res desapareceram inteira.mente, desde que uns e ou.tros passaram a colaborarmutuamente na preparaçãorie barricadas nas ruas,transporte de equipamentosmilitares e particularmenteno funcionamento da rede desegurança.

Os postos rie recrutamen.to de voluntários funcio.nam a pleno. Ruidosasmanifestações da gaúcha.cia se íazem ouvir quan.rio um cidadão se apre.senta para alistar-se, decla.ranclò ter vindo rie São Pau.lo. Rio. Minas ou rios Es.tados do Nordeste ou doNorte.

As mulheres não são in.diferentes a essa febril ati.vidade legalista, Centenasde donas de casa, mãos na

sua totalidade, apresenta.ram.se ao Palácio Piratlniofercccndo.se para, comseus filhos no colo. irem rc-ceber João Gaulart. Comessa atitude pretendem evi.tar derramento de sanguemi morrer com as criançasnos braços, se preciso fôr.DEFESA DA LEGALIDADE

O entusiasmo legalista cpatriótico é realmente co-movente. Enquanto praça*do Exército e milicianosguardam dia e noite o pa-lácio governamental, portrás de barricadas, sacos de>areia ou do alto dos edifí-cios que circundam a sededo governo, a multidão per-manece atenta aos comuni.cados, aguardando as ordenspara entrar em ação.

A Cadela da Legalidade. náo pára de transmitir co-

municados e dobrados mili-tares. Cerca de 400 jorna-listas de todo o pais e doestrangeiro encon-tram-se nesta capital e con-tinuam chegando outrosprofissionais para dar co-bertura aos acontecimentos,que são transmitidos às re-dações, em outros Estados,pela Cadeia da Legalidade.

Nào é menor o entusias-mo no interior. Em todas ascidades e vilas foram ins-talados Comitês da Legali-dade, com o fim de recru-.tar voluntários. Nas fazen-das a mesma providência foiadotada. Operários e lavra-dores, sindicatos operários eassociações dc lavradores,juntaram seus esforços nes-sa tarefa de arregimenta-ção. As notícias que chegamcontinuamente à capital as-sinalam tais atividades emNova Hamburgo. Santa Ma-ria, Caxias do Sul, Livra-mento, São Borja, Rio Par-do, São Leopoldo, Uruguaia-na e dezenas de outros mu-nicipios.

Enquanto isso, dezenas decaminhões entram e saemdo Palácio transportandograndes quantidades de sa-cos de areia e munição. Nointerior do Piratlni, ao lado

dc sua familia, Brizola rea.firma, constantemente querie lá só sairá vitorioso oumorto. Da sua mesa detrabalho, cercado por dez te.lefories, o jovem governadorcomanda a intensa mòvlmen.tação politica e militar.

Com a adesão dos rádio-amadores do Estado, a Ca-deia da Legalidade ficouacrescida de mais 85 esta-ções emissoras e receptores,cujos operadores manifesta-ram-se inteiramente afina- 'dos com os pontos-de-vistalegalistas defendidos peloGovernador gaúcho.

Essa, em traços rápidos,a situação no Rio Grandedo Sul, cujo povo, reforça- 'do por Importantes parce-Ias da população paranaen-se e catarinense, está dis-posto a defender a Conrti-tuião a qualquer preço.

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