OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE …...“era da informação”, a qual possibilita acesso...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
ENTRE O URBANO E O RURAL: A CRÔNICA DE RUBEM BRAGA NA SALA DE AULA
Autora: Natalia Onesko1
Orientador: Jaime dos Reis Sant’Anna2
RESUMO: Este artigo resulta do trabalho desenvolvido junto aos alunos do 9ª Ano, matutino, do
Colégio Estadual Presidente Kennedy – Ensino Fundamental e Médio de Ariranha do Ivaí, no ano de
2014. O objetivo maior desta proposta educacional foi o de desenvolver metodologias de
aprendizagem pautado pelo projeto “Entre o urbano e o rural: a Crônica de Rubem Braga na sala de
aula”, o qual revela as preocupações presentes nos principais documentos norteadores do Ensino
Básico de Língua Portuguesa, tais como PCNs, OCEMs e DCEs-PR, especialmente quando elegem
a leitura literária como ferramenta essencial para a construção do leitor crítico. Nesse sentido, busca-
se refletir sobre os elementos constitutivos da identidade nacional brasileira dos anos 50 e 60, não
somente apontar as vozes sociais e ideológicas presentes em crônicas de Rubem Braga produzidas
há mais de 50 anos, como também demonstrar que a atualidade destes textos consiste em sua
capacidade de lançar luz para a compreensão de traços identitários ainda presentes em nossa
sociedade. Foram escolhidos como foco de intervenção dessa proposta os alunos do 9ºano do
Ensino Fundamental, para que entrassem em contato com o gênero discursivo/textual crônica, lendo
e observando as informações apresentadas, tanto do conteúdo escrito quanto das informações
contextuais implícitas presentes na crônica. Para tanto, foi usada uma sequência didática desse
gênero a fim de conduzir os alunos ao conhecimento e à exploração de seus aspectos estruturais e
composicionais – função social, conteúdo temático, estrutura composicional e estilo. Para
enriquecimento da proposta foi feito uma visita a uma fazenda que preserva a antiguidade em
harmonia com a modernidade, assim como entrevistas com agricultores e com uma viúva da década
de sessenta. Como produto final, cada aluno produziu a sua crônica e a partir da sua produção e sua
coletânea de fotos produziu também o seu vídeo clipe.
Palavras chaves: Crônicas, Rubem Braga, urbano, rural.
1 Professora licenciada em Letras/Português - Inglês e Literaturas pela Faculdade de Filosofia
Ciências e Letras de Jandaia do Sul ( FAFIJAN), Especialista em Língua Portuguesa e Literatura, Psicopedagogia Clínica e Institucional, Gestão e organização Escolar.
2 Jaime dos Reis Sant’Anna, Mestrado e Doutorado em Literatura Portuguesa pela FFLCH-USP,
Professor de Metodologia e Prática de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura do Departamento de Línguas Clássicas e Vernáculas da Universidade Estadual de Londrina.
Introdução
O presente artigo constitui-se como parte integrante das atividades do
Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), promovido pela Secretaria de
Estado da Educação do Paraná (SEED). Apresenta alguns resultados e reflexões
levantadas durante todo o percurso da participação docente no PDE. Inclui o Projeto
de Intervenção Pedagógica, a Produção Didático-pedagógica, a aplicação desse
material e o aprofundamento teórico advindo das diversas leituras e da reflexão
sobre a prática pedagógica por meio das discussões virtuais no Grupo de Trabalho
em Rede (GTR).
Partimos do princípio de que estamos numa era marcada pela globalização,
que massifica e padroniza os produtos culturais oferecidos as crianças e estabelece
um padrão de gosto e identificação que nos é imposto pela classe dominante, onde
os alunos que moram em sítios e fazendas ficam como se não existissem, ou seja
são raros os textos dos livros didáticos que abordam tal tema.
Em se tratando de leitura, o material que estamos utilizando na sala de aula
contribui para a formação do leitor crítico e reflexivo? Estas inquietações têm se
revelado nos últimos tempos em ações que, de alguma forma, objetivam oferecer
suporte ao ensino de leitura nas escolas.
No entanto, infelizmente a maioria dos professores, tanto do colégio onde
trabalho, como em muitas escolas públicas, usa o livro didático público como
material para leitura, os quais trazem textos com uma ideologia imposta pela classe
dominante e não possibilitam a plena liberdade. Além disso, a grande maioria dos
textos é antiquada ou fora da realidade do aluno, afastando-o do prazer da leitura.
Compreendemos que é tarefa imprescindível refletir sobre a leitura e
produção dos nossos alunos, pois de acordo com as Diretrizes Curriculares da
Educação Básica - Língua Portuguesa (DCEs), vivemos numa época denominada
“era da informação”, a qual possibilita acesso rápido à leitura de uma gama
imensurável de informações, convivemos com o índice crescente de analfabetismo
funcional, e os resultados das avaliações educacionais revelam baixo desempenho
do aluno em relação à compreensão dos textos que lê.
Assim sendo, a implementação deste projeto teve por objetivo apresentar
para os estudantes uma leitura que norteie seu posicionamento e que seja capaz de
resultar no leitor a compreensão da essência do texto, estabelecendo relações com
o autor do mesmo e preencha as lacunas que possivelmente possam surgir no ato
de ler. Ou seja, ao promover a mediação para que os alunos do 9º ano do colégio,
pretende-se que eles coadunem o prazer da leitura com a perspectiva crítica que
lhes proporcionem a novas percepções por meio das atividades de leitura,
conhecendo novos mundos e diferentes maneiras de viver.
Para tanto, o gênero textual “crônica” foi escolhido com o intuito de
desenvolver esta sugestão de estudo. Foram selecionadas cinco crônicas para
compor a sequência didática, sendo uma de Luiz Fernando Veríssimo e as demais
de Rubem Braga.
A escolha do gênero crônica se justifica por ser um texto leve, despretensiosa
como uma conversa entre velhos amigos, e tem a capacidade de por vezes, nos
fazer enxergar coisas belas grandiosas em pequenos detalhes do cotidiano que
costumam passar despercebidos. OBMEP (Olimpíadas de Língua Portuguesa).
1. A leitura literária e a formação do leitor: aspectos teóricos
A leitura tem importância fundamental na vida das pessoas e é uma das
partes mais importantes para o desenvolvimento do indivíduo, pois com ela
podemos viajar, pensar e refletir sobre quem somos e o que podemos fazer para
melhorar de vida.
Acredito firmemente que, se a leitura não pode ser uma função unicamente da escola, cabe a ela, sim formar e desenvolver o leitor para além e para depois da alfabetização e do período da vida escolar. Por outro lado, as “pressões uniformizadoras, em geral voltadas para o consumo ou para a não reflexão sobre os problemas estéticos ou sociais, exercidas pela mídia”, exigem a ação do professor no trabalho de construção do leitor crítico. (SANT ANNA, 2012).
Para que isto ocorra precisamos partir do gosto pela leitura, e a partir disto
podemos ir mais longe. Despertar a criatividade e o senso crítico, condição
indispensável para o exercício pleno da cidadania.
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), a leitura possui uma função
de extrema importância no ensino-aprendizagem dos alunos, uma vez que a partir
do desenvolvimento da sua competência leitora esse aluno poderá tornar-se
proficiente em todas as disciplinas.
Segundo Geraldi (1996) aprender a ler é ampliar as possibilidades de
interlocução com pessoas que jamais encontraremos frente a frente e, por
interagirmos com elas, seremos capazes de compreender, criticar e avaliar seus
modos de compreender o mundo, as coisas, as gentes, e suas relações. Isto é ler.
A atividade fundamental desenvolvida pela escola para formação dos alunos é a leitura. É muito mais importante saber ler do que saber escrever. O melhor que a escola pode oferecer aos alunos deve estar voltado para leitura. Se um aluno não se sair muito bem nas outras atividades, mas for um bom leitor, penso que a escola cumpriu em grande parte sua tarefa. Se, porém, outro aluno tiver notas excelentes em tudo, mas não se tornar leitor, sua formação será profundamente defeituosa e ele terá menos chances no futuro do que aquele que, apesar das reprovações, se tornou um bom leitor. (CAGLIARI, 2010, p.130).
Formar leitores não é tarefa fácil. Acredita-se que ler é a única forma de nos
comunicarmos de igual para igual com o restante da humanidade, no tempo e no
espaço. É nos escritos que desvendamos outras culturas, que compartilhamos a
diversidade de ideias, vivências, sonhos e experiências.
Ler significa ser questionado pelo mundo e por si mesmo, significa que certas respostas podem ser encontradas na escrita, significa poder ter acesso a essa escrita, significa construir uma resposta que integra parte das novas informações ao que já se é. (FOUCAMBERT, 1994, p. 5).
O uso do livro didático na escola é fato que se faz presente ao longo da
história da educação e, inclusive, para muitas pessoas, o sucesso escolar não
ocorre sem esse instrumento de apoio.
O livro didático está presente nas salas de aulas de todo Brasil. É inegável que ele seja o principal portador social de texto para milhares de alunos. Mas o seu uso deve ser pensado, para que de fato ocorra uma socialização efetiva da leitura crítica. Caso contrário de nada adiantará sua utilização pelos docentes brasileiros. (FULGENCIO 1998. p. 30).
Pressupondo-se que os estudantes não estão em contato com atividades
envolvendo a leitura, centrada em concepções definidas que focalizam a formação
do leitor crítico e o despertar para o ato de ler, para compreender e gerar significado,
sem se deter apenas ao que o autor quis dizer, mas complementando e recriando o
sentido do que foi escrito. É necessário que se focalize a leitura numa perspectiva
crítica nos anos finais do ensino fundamental.
De acordo com os PCN’s de Língua Portuguesa:
O trabalho com leitura tem como finalidade a formação de leitores competentes e, consequentemente, a formação de escritores, pois a possibilidade de produzir textos eficazes tem sua origem na prática de
leitura, espaço de construção da intertextualidade e fonte de referências modalizadoras. A leitura, por um lado, nos fornece a matéria-prima para a escrita: o que escrever. Por outro, contribui para a constituição de modelos: como escrever. ( PCN,1997, p.53 )
A situação do trabalho com a leitura é das mais discutidas no âmbito
educacional, visto que, a leitura é utilizada em diferentes locais e com variadas
finalidades. No entanto, o professor é o mediador no início da formação do leitor no
âmbito escolar, portanto, cabe a ele contribuir para a formação do leitor crítico.
A atividade de leitura favorece, num primeiro plano, a ampliação dos repertórios de informação do leitor. Na verdade, por ela, o leitor pode incorporar novas ideias, novos conceitos, novos dados, novas e diferentes informações acerca das coisas, das pessoas, dos acontecimentos, do mundo em geral (ANTUNES, 2009, p.70)
O leitor crítico é aquele que atribui significados ao que lê, cria seu próprio
texto com base no que foi lido, concordando ou discordando da ideia principal. Leitor
crítico perpassa a decodificação de sinais ou a reprodução mecânica de
informações.
Para Silva (2008, p. 34) “... Leitura crítica é a que alia a leitura mecânica à de
mundo, numa postura avaliativa, perspicaz, tentando descobrir intenções,
comparando a leitura daquele momento com as outras já feitas, questionando
tirando conclusões”.
Deste modo, para que o aluno possa se tornar um leitor maduro, é preciso
que seja instruído a detectar, no texto, as ideias mais abrangentes, ou seja, aprenda
a ler linhas e entrelinhas com criticidade, somente assim, podemos afirmar que
houve leitura.
2. Gênero textual crônica e o cronista Rubem Braga
Acredita-se que o trabalho com gêneros será uma forma de dar conta do
ensino dentro de um dos portadores da proposta oficial dos PCNs.
Gênero textual refere os textos materializados em situações comunicativas recorrentes. Os gêneros textuais são os textos que encontramos em nossa vida diária e que apresentam padrões sociocomunicativos característicos definidos por composições funcionais, objetivos enunciativos e estilos concretamente realizados na integração de forças históricas, sociais, institucionais e técnicas. (MARCUSCHI, 2008, p.155).
É relevante refletir o que o próprio Bakhtin diz a respeito do gênero:
Um gênero é e não é sempre o mesmo, é sempre novo e velho simultaneamente. O gênero renasce e se renova em cada etapa do desenvolvimento da literatura e em cada obra individual de certo gênero. É isto que constitui a vida do gênero. Assim, mesmo os elementos arcaicos preservados num gênero não estão mortos, mas sempre vivos; isto é, os elementos arcaicos são capazes de se renovar continuamente. Um gênero vive no presente, mas tem a memória do seu passado, das suas origens. O gênero é um representante da memória criativa no processo do desenvolvimento literário. Por isso, o gênero é capaz de garantir a unidade e a ininterrupta continuidade de seu desenvolvimento. (BAKHTIN apud
FARACO, 2010, p.128).
A escolha do gênero crônica se justifica por ser um texto leve, despretensiosa
como uma conversa entre velhos amigos, e tem a capacidade de por vezes, nos
fazer enxergar coisas belas grandiosas em pequenos detalhes do cotidiano que
costumam passar despercebidos. OBMEP (Olimpíadas de Língua Portuguesa).
A crônica é um gênero que retrata os acontecimentos da vida em tom
despretensioso ora poético, ora filosófico, muitas vezes divertidos. Assim sendo,
optou-se por esse gênero para que os alunos passem a analisar criticamente as
situações do cotidiano e, por conseguinte as situações mais complexas.
De acordo com Lajolo (2004, p. 9), “além de propiciar uma instigante análise
textual, as crônicas constituem elemento mobilizador para a reflexão e discussão de
temas transversais como trabalho, cidadania, ética e pluralidade cultural, promovem
a aproximação de diferentes áreas do conhecimento”.
Considera-se que o gênero crônica é relevante para os alunos, pois por meio
dele, poderão dominar diferentes textos, discernir ensinamentos e, a partir da
observação de fatos do cotidiano, passam a refletir sobre as virtudes humanas.
A escolha do autor Rubem Braga se deu pelo fato do mesmo ser considerado
o mestre da crônica e apontado como o mais representativo cronistas da literatura
brasileira. Também por estarmos no ano do seu centenário. Ele vai atravessar todas
as gerações. Além de que, suas quinze mil crônicas falam dos detalhes, das cenas
cotidianas, dos consensos da humanidade. É conhecido também como o inventor da
crônica moderna. Foi Rubem Braga que acrescentou á crônica o lirismo poético e a
influência bem humorada e coloquial dos modernistas de 1922.
A escolha das crônicas: “Ai de ti Copacabana” e “A Viúva na praia” se deu
pelo fato de fazerem parte dos clássicos de Rubem Braga e a cidade ideal para a
crônica era e possivelmente ainda é o Rio de Janeiro ( Copacabana), atraia e atrai o
mundo pensante e artístico. É notório que a Cidade Maravilhosa é referência para
qualquer pessoa seja ela dos grandes centros, ou do interior. Não se contando que a
Cidade Maravilhosa na linguagem poética acabou inclusive como personagem não
só em crônicas, como também em outros gêneros literários. E enquanto cidade
criada, maquiada e mitificada como o templo do samba, das praias, das mulheres
bonitas e dos homens bem sucedidos. A viúva na praia, mesmo produzida a mais de
cinquenta anos é atual. Podemos assim, analisar vários aspectos comportamentais,
sociais e culturais tanto da viúva quanto da cidade.
Para fazer uma analogia com as duas crônicas citadas anteriormente
selecionamos as crônicas: “O lavrador” e “Saudades da fazenda” em decorrência de
a maioria dos alunos do projeto de intervenção morarem na Área Rural ( sítios e
fazendas ) e da necessidade de analisar a questão do o êxodo rural acontecido em
décadas anteriores que afetaram a comunidade local. Assim, refletir como era a
organização da vida rural e agrícola e como está com a modernização e a tecnologia
presentes no campo. Aposta-se que estas crônicas podem converter-se em uma
eficiente ferramenta de resgate das origens rurais dos familiares da maioria de
nossos alunos. Pois, um dos problemas que afetam o nosso município, é que a
maioria dos adolescentes não chegam a concluir o Ensino Médio e vão para os
grandes centros, portanto, faz-se necessário que estes jovens estejam motivados a
permanecerem no município. Assim como, observar a modernidade e a tecnologia
presentes nos maquinários agrícolas e a necessidade de se estudar para dominar a
tecnologia presentes também no espaço rural.
Portanto, para que os alunos cheguem a ser leitores críticos precisam ser
seduzidos e estimulados. Acreditamos que a leitura pode ser rica e prazerosa em
um trabalho de leitura e de escrita apoiado no gênero crônica.
3. A sequência didática como forma de abordagem
Nesse trabalho, foi desenvolvida uma sequência didática composta por
módulos. Desta forma, os educandos do nono ano, tiveram a oportunidade de
desenvolver procedimentos de leitura e escrita, utilizando a crônica, pois por trás do
humor e da simplicidade presentes nela, existe um trabalho estilístico que a torna a
mais agradável e cativante porta de entrada para o mundo da leitura.
Para Dolz e Schneuwly (2004) as Sequências Didáticas são instrumentos que
podem guiar professores, propiciando intervenções sociais, ações recíprocas dos
membros do grupo e intervenções formalizadas nas instituições escolares, tão
necessárias para a organização da aprendizagem em geral e para o progresso de
apropriação de gêneros em particular. Esses autores comentam que a criação de
uma sequência de atividades deve permitir a transformação gradual das
capacidades iniciais dos alunos para que estes dominem um gênero e que devem
ser consideradas questões como as complexidades de tarefas, em função dos
elementos que excedem as capacidades iniciais dos alunos.
As sequências didáticas são um conjunto de atividades ligadas entre si,
planejadas para ensinar um conteúdo, etapa por etapa. Organizadas de acordo com
os objetivos que o professor quer alcançar para a aprendizagem de seus alunos,
elas envolvem atividades de aprendizagem e de avaliação.
A sequência didática obedece a uma estrutura regular com os seguintes
passos esquemáticos: apresentação da situação, produção inicial, módulos e
produção final.
O primeiro passo tem como objetivo apresentar ao aluno o gênero com o qual
será trabalhado. Nesta etapa é elaborado o projeto de trabalho e são discutidas as
fases que virão a seguir. Cada um deve compreender o papel que desempenhará
nas atividades e compreender as metas estabelecidas.
A produção inicial é o primeiro exercício de experimentação e que servirá de
parâmetro de comparação em relação ao gênero apresentado e às conquistas que
forem sendo feitas pelos alunos.
Nos módulos, a primeira produção será avaliada e discutida, bem como
outras produções do gênero vão sendo apresentadas, a fim de ir cortando ou
acrescentando o que ficou a desejar na primeira produção. É o momento da
superação e dos esforços pela melhoria do desempenho. Vão sendo apontadas as
dificuldades e criando situações e formas de solução para cada problema
apresentado.
Na produção final o aluno apresentará o resultado de todo o trabalho
desenvolvido desde o início e o professor poderá avaliar os avanços conquistados
no aprendizado do gênero em questão.
Implementação da produção didático-pedagógica
Considerando a previsão das ações da implementação do Projeto de
Intervenção Pedagógica na Escola tudo ocorreu dentro do planejado. O projeto foi
apresentado na semana pedagógica dia 05 /02 a equipe pedagógica, professores,
funcionários e também se fizeram presentes dois representantes NRE. O projeto foi
muito bem aceito por todos. Todos os presentes elogiaram o material (Sequencia
didática), o qual estava impresso e encadernado.
No dia dezenove de fevereiro, através de slides, o projeto foi apresentado aos
alunos o qual também foi muito bem aceito. Todos gostaram e demonstraram
interesse pelo assunto. Deixando claro quais seriam os objetivos do mesmo.
Para a realização da Intervenção Pedagógica em sala de aula, utilizamos uma
Produção didático-Pedagógica elaborada para esse fim, denominada Sequência
Didática, que teve como encaminhamento metodológico, a organização de dez
módulos de leitura, análise e no final produção de crônicas e vídeos a partir das
mesmas, de maneira que, além de caracterizar a crônica como gênero textual,
orientasse a compreender os textos com o apoio das estratégias de compreensão
leitora. Durante a realização dos módulos foram realizadas atividades elaboradas
para que o gênero estudado fosse apreciado, analisado e vivenciado pelos alunos.
Apresentamos abaixo cada um dos módulos trabalhados e os resultados
obtidos com a implementação do projeto.
Módulo 01 – Esse módulo teve por objetivo analisar o conhecimento prévio
dos educandos quanto ao gênero textual crônica. O encaminhamento pedagógico foi
uma discussão oral, por meio de levantamento de hipóteses. Logo após, sensibilizar
os alunos quanto ao gênero crônica, conhecendo o conteúdo com o qual iam
trabalhar, sua importância. Era importante entender como os fatos, os
acontecimentos cotidianos podem ser narrados através da sensibilidade e
criatividade de um escritor. Para que isso ficasse claro foi usada a crônica “E tudo
mudou de Luiz Fernando Veríssimo”. Os alunos ouviram a leitura da crônica através
do Datashow, slides e vídeo, iniciando assim, com um animado debate o processo
de estudo do gênero. Foi surpreendente, pois não esperava que os alunos fossem
se interessar da maneira como se interessaram. Fizeram pesquisas e trouxeram
objetos já da geração deles que mudou. Ex. CD para pendrive, câmara fotográfica
com filme e digital etc. Gostaram bastante do vídeo sobre as propagandas o qual
sugiro no material.
Módulo 02 – Esse módulo teve por objetivo apresentar à turma vários livros
com as crônicas de Rubem Braga, para que os alunos reconhecessem o gênero
crônica como sendo da ordem do narrar e a forma como circula nas esferas sociais
(suportes). Cada grupo escolheu, de acordo com o interesse e analisou uma
crônica para identificar : época de produção, tema, personagens, tom etc. Os grupos
leram a crônica e apresentaram o quadro com os itens pedidos para toda a turma
no data show. Neste módulo também foi interessante a partilha das crônicas
escolhidas, lidas e analisadas pelo grupo. As propagandas das crônicas lidas, do
projeto e dos livros de Rubem Braga, produzidas pelos alunos, foram muito bem
feitas ficaram bonitas emplasticamos com papel contact e fizemos uma colorida
exposição.
Módulo 03 – Antes de iniciar as atividades propostas, eram estabelecidos
objetivos e propósitos claros para a leitura, para que os alunos tivessem ciência do
que seria tratado, para assim ativarem seu conhecimento prévio e retomassem o
que havia sido trabalhado na aula anterior. Esse módulo teve por objetivo a
produção do primeiro texto individual para verificar os conhecimentos que o aluno já
possuía sobre o gênero. Assim como, para planejar como intervir no processo de
aprendizagem do aluno com base no diagnóstico inicial, guardando a primeira
produção para compará-la com a última. Neste módulo explorei primeiramente os
elementos que as crônicas têm em comum e em seguida o valor da primeira
produção e posso afirmar que algumas produções foram decepcionantes, mas
algumas surpreenderam pela qualidade.
Módulo 04 – Esse módulo teve por objetivo reconhecer as figuras de
linguagem como um recurso utilizado pelo cronista, assim como, pesquisar sobre a
agricultura. Usei o vídeo da origem da agricultura para introduzir este módulo, só
não esperava que fosse despertar o interesse que despertou, pois os alunos, apesar
de a grande maioria morarem no sítio não tinham conhecimento algum sobre como
tinha se dado o início, principalmente do inicio da plantação e da domesticação dos
animais. Os alunos fizeram cartazes sobre essas curiosidades e ficou bem bacana.
Foi gratificante ter escolhido esse vídeo. Neste módulo explorei as figuras de
linguagem o jogo da memória foi bem aceito e bem produtivo para fixação das
figuras. Ainda neste módulo os alunos em grupos apresentaram as curiosidades
pesquisadas sobre a agricultura. Foi muito gratificante, pois tenho uma aluna surda e
através de desenhos ela fez a apresentação sobre o que havia entendido sobre a
sua parte da pesquisa.
Mudei a pesquisa planejada sobre Rubem Braga, pois o laboratório de
informática não estava funcionando. Passei alguns slides e vídeos sobre a biografia
e o trabalho do cronista.
Confesso que tinha receio quanto a crônica “O lavrador” no entanto, na
instigação oral despertou interesse e todas as atividades propostas transcorreram
dentro do esperado, ou melhor até superaram as expectativas. Os vídeos para o
paradoxo entre o lavrador deram um bom debate.
Módulo 05 – Tínhamos por objetivo maior neste módulo ouvir, ler e analisar a
crônica “Lembranças da fazenda” de Rubem Braga, identificando personagens,
cenário, tempo, tom e recursos literários utilizados pelos cronistas com o intuito de
realçar e enriquecer a linguagem dos textos. Como também levar os educandos a
perceber os tons: humorístico, lírico, crítico, irônico, poético como sendo fatores
fundamentais para o objetivo que se pretende alcançar na produção, leitura e
interpretação de uma crônica. Comparar a situação dos agricultores do final da
década de 50 e 60.
Neste quinto módulo e a crônica “Lembranças da fazenda” foi muito
interessante, pois tenho vários alunos que moram em fazendas, mas são filhos de
empregados. São coisas que eles vivenciam ainda, como os animais, a paisagem, a
casa dos patrões e a diferença com os funcionários. Se não colocar tempo e limite
as aulas passam e nem vemos, pois são muito interessantes as colocações e os
conhecimentos que têm a respeito de algumas coisas e o total desconhecimento de
outras.
É necessário lembrar que é a partir dos anos 1960 que o campo passa a ser
modificado pelas máquinas, no Brasil. Nessa perspectiva, no que diz respeito à
imagem que Rubem Braga tem do campo, a natureza associada a ele e
representada nas crônicas é aquela do mundo rural de sua vivência, não aquela
natureza transforma- da pelas mudanças no mundo agrícola que seriam
empreendidas logo a partir da década de 1960, no que veio a se chamar a
Revolução Verde:
A coletânea e exposição das fotos antigas e atuais despertou muita
curiosidade em toda comunidade escolar. Foi uma atividade que fizeram com muito
prazer.
Módulo 06 – Neste módulo paramos para refletirmos um pouco também
sobre os comportamentos da mulher viúva da década de 50 e atualmente, assim
como, analisar o contexto de produção, o conteúdo temático e a construção
composicional da crônica a partir da crônica “Viúva na praia”. Ao apresentar o título
aos alunos, os mesmos acharam que a crônica falaria de uma velha, feia, solitária
etc. Foi muito interessante a aceitação ao descobrirem que Rubem Braga descreve
a beleza da mulher e pensa que, se fosse ele o marido, ficaria ressentido ao saber
que, poucos dias depois da sua morte, um estranho estaria olhando o corpo de sua
mulher, mesmo que discretamente, quer dizer que a viúva de Braga não é velha e
nem feia, como os alunos imaginaram que fosse, muito pelo contrário ela é bela,
atraente ao ponto de que fica- a contemplando.
Após o trabalho com a crônica fizemos uma entrevista com uma senhora que
ficou viúva na década de 50, além da grande saudade do jovem marido ficou
também com as dívidas do sítio que não estava pago e sete filhos. No entanto, não
se deixou abater, lutou muito e hoje ainda saudável é muito feliz em ver todos os
filhos bem sucedidos onde quatro são professoras, apesar de nunca ter assumido
compromisso com outro homem devido aos filhos. Foi um exemplo bacana e o bate
papo foi muito mais longo que o planejado, visto o interesse dos alunos. Assim,
trabalhamos a valorização do idoso.
Módulo 07 – Como motivação utilizamos alguns vídeos da década de
sessenta e atuais sobre Copacabana. Neste módulo tomamos um certo cuidado
para que a crônica “Ai de ti Copacabana” não fosse só mais uma crônica da cidade.
Logo no início deixamos claro que a crônica em evidência constitui uma excelente
paródia aos textos bíblicos. Disposta em versículos numerados, ai de ti Copacabana
deixa de ser um texto meramente literário para ser um texto sagrado, com aptidões
proféticas. Escrito em estilo bíblico, tal crônica descreve em minúcias um desastre
natural em que o mar invade o bairro de Copacabana. Quando os cientistas do clima
nem suspeitavam do aquecimento global, do derretimento das calotas polares e da
elevação das águas dos oceanos, Rubem Braga anteviu esse desastre com uma
clareza assombrosa. A partir de então houve um interesse grande por parte dos
alunos. Após verem alguns vídeos sobre as enchentes e vários tipos de
destruições, alguns até afirmaram que Rubem Braga deveria ser vidente.
Entenderam que o êxodo rural que afetou o município e tantos outros no início da
década de setenta fez com que as cidades grandes crescessem de forma
desordenada. Enfim, entenderam o recurso linguístico da intertextualidade e os
demais objetivos foram alcançados.
Módulo 08 - A sequência foi finalizada com uma produção final, momento em
que os alunos puseram em prática o que aprenderam nos módulos e, também,
momento em que o procedemos à avaliação Esse foi um momento de retomadas,
mas como já estavam motivados e sabiam os objetivos foi tranquilo. Retomamos a
primeira crônica produzida e as trabalhadas para analisarem tema, situação
escolhida, tom do texto e foco narrativo.
De acordo com Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004, p. 106-107), na produção
final o trabalho centra-se no polo do aluno, isto é, os alunos assumem o controle
sobre seu próprio processo de aprendizagem, portanto, eles sabem: o que
aprenderam; o que fizeram; por que o fizeram; como fizeram e o que resta a fazer.
Também foi necessário reler o roteiro contendo as características do gênero,
que foram objeto de ensino-aprendizagem nos módulos anteriores da sequência
didática. A partir de então, cada aluno produziu sua crônica, pois a grande maioria já
tinham em mente o momento do seu cotidiano captado. No entanto, foi necessário
praticar a revisão, fazer a autocorreção, algumas refacções foram necessárias, para
isso, organizamos orientações individuais em relação à variedade padrão da língua
materna, tiramos dúvidas até chegar à versão final. Assim como iam terminando
disponibilizamos computador, orientamos quanto à formatação dos elementos
composicionais. Após concluírem a produção e digitação entramos em contato com
um locutor de rádio para fazer a gravação do áudio.
Módulo 09 – Da crônica para o vídeo clip foi muito bom, mas também foi o
que deu mais trabalho, visto que o laboratório de informática não estava funcionando
e tivemos que nos virar com os nossos poucos notebooks. Os vídeos saíram dentro
do esperado, mas alguns surpreenderam. Os alunos se emocionaram ao ouvir suas
crônicas narradas na voz de um locutor e se divertiram com a produção dos vídeos e
passou a ser um tipo de concorrência para ver o qual estava melhor. Estou realizada
com os resultados obtidos. Observo que o interesse pela leitura crítica vem
crescendo gradativamente.
Módulo 10 – Esse momento cultural foi muito importante. Primeiramente nos
organizamos e apresentamos para as demais turmas do período matutino, a
repercussão foi muito boa, pois os que não tinham assistido nos procuravam para
assistir. Não tínhamos planejado em apresentar para o período noturno, no entanto
os alunos nos procuraram, apresentamos e recebemos muitos elogios. Organizamos
uma sala bem aconchegante com a exposição de outros trabalhos feitos pelos
alunos, um banner com fotos etc. Os alunos prepararam a abertura e todos os
presentes pais, professores, equipe pedagógica se emocionaram com a
apresentação da aluna Joicimara que é deficiente auditiva. Muitos pais se
emocionaram ao verem os vídeos dos filhos mostrando o cotidiano envolvendo a
família. Os alunos se sentiram valorizados com os elogios advindo dos colegas,
professores, equipe pedagógica e dos próprios pais.
Na medida do possível, alguns dos vídeos produzidos pelos alunos estão
sendo postados no facebook e é muito bacana ver os comentários e os
compartilhamentos.
4. Grupo de Trabalho em Rede (GTR )
Um Grupo de Trabalho em Rede (GTR), que é um curso de capacitação a
distância, faz parte da implementação desse projeto. Como autora do projeto atuei
como tutora do GTR. Pode-se perceber através dos Fóruns a preocupação que os
professores da Rede Pública de Ensino em despertar nos alunos o interesse pela
leitura e de modo especial a leitura crítica. Todos os docentes comentaram a
relevância deste projeto.
Os professores cursistas desse GTR participaram ativamente nas atividades
propostas, sendo desafiados a aplicarem-nas junto aos seus alunos.
Esta etapa foi muito válida, uma vez que os cursista que participaram
partilharam suas experiências e mais uma vez muitos elogios pela produção do
material didático.
Os cursistas que participaram destas atividades deram suas opiniões sobre
o assunto proposto e interagiram com outros participantes do fóruns sobre suas
práticas e experiências a partir das sugestões propostas.
Este trabalho em rede foi muito importante, pois pudemos ter certeza, a
partir das experiências postadas pelos cursistas, que o referido projeto pode dar
certo tanto para o ensino fundamental, quanto no ensino médio, apenas
necessitando de adaptações. Pois todos opinaram positivamente com as
experiências que tiverem. Isso foi bastante gratificante e assim, sentimo-nos
estimulados e com confiança de que vale muito a pena nossa dedicação.
No entanto, embora a maioria tenha participado de maneira eficaz e
colaborativa deste GTR, infelizmente mesmo com insistência dois cursistas nunca
acessaram a plataforma. Uma cursista só fez a apresentação. E duas cursistas
alegaram vários problemas, mas deixaram de concluir a temática 3.
Concluindo: A Temática 1 e 2 quatorze ( 14 ) cursistas concluíram. A
Temática 3, apenas doze ( 12 ) cursistas concluíram
A experiência como tutora foi muito válida, podemos afirmar que foi mais um
grande aprendizado no PDE.
Considerações finais
O artigo apresentado procurou trazer para debate algumas sugestões e
reflexões de práticas com estratégia de ação e intervenção. Criou-se condições
envolvendo várias formas de participações, esse trabalho permitiu que os alunos se
colocassem como agentes no processo de mudanças de comportamento, lendo,
discutindo e apresentando suas ideias por meio de expressões orais, escritas e
artísticas através dos vídeos. Para tanto, foram preparados vários momentos de
discussão, dos problemas relacionados aos temas presentes nas crônicas, refletindo
sobre os aspectos atuais da sociedade em relação aos mesmos.
Trazer para as salas de aula práticas pedagógicas estruturadas em gêneros
textuais produzidos em diferentes momentos sociais é uma forma produtiva de
enfrentamento ao desinteresse e falta de hábito de leitura e escrita de nossos
alunos.
Durante o período de implementação foi possível observar, que os
estudantes se tornaram capazes de lançar um olhar crítico para cada situação
vivenciada.
Foi muito importante trabalhar leitura de crônicas a partir das hipóteses
levantadas pelos alunos, refletindo sobre o conteúdo temático, a finalidade, os
possíveis interlocutores, as vozes presentes no texto, o papel social que
desempenha, as ideologias apresentadas, a fonte, os argumentos elaborados, a
intertextualidade e o momento histórico da produção, pois tal processo proporcionou
aos alunos um amadurecimento enquanto interlocutores.
Nessa concepção, a proposta de implementação pedagógica, mesmo com
as dificuldades de ensino e aprendizagem, a falta de laboratórios para pesquisa e
produção final dos vídeos, cumpriu seu objetivo satisfatoriamente, socializando os
vídeos produzidos e deixando a disposição da comunidade escolar. Apesar de que,
a produção textual final e a montagem dos vídeo clips tenham sido trabalhosos e
complicados, os resultados foram gratificantes ao se observar o empenho dos
alunos em delas participarem e a ótima qualidade dos 30 vídeos por eles
produzidos. E o que é importante aqui ressaltar, o trabalho deixou motivação e
caminho aberto para outras atividades, como por exemplo: trabalhar a proposta de
teatro em sala, um desejo que partiu dos alunos e já está em andamento, pois se
eles querem as coisas fluem com graciosidade.
Ao final é relevante ressaltar que a leitura é de suma importância para o
aprendizado, pois o mesmo é adquirido através de métodos e técnicas bem
estruturadas levando o leitor ao conhecimento científico que refletirá num sentido
amplo.
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