OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE … foto número 2 uma imagem do mar. Longe das cidades,...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
METODOLOGIA
DO ENSINO DA MÚSICA
NA EDUCAÇÃO BÁSICA COM ÊNFASE NO
RITMO MUSICAL
Rosimari de Oliveira
Caderno Pedagógico
PDE 2013
Não morre aquele que deixou na
terra a melodia de seu cântico
na música de seus versos.
Cora Coralina
Governo do Estada do Paraná
Carlos Alberto Richa
Secretario de Estado da Educação
Flávio Arns
Diretoria Geral
Jorge Eduardo Wekerlin
Superintendência da Educação
Eliane Terezinha Vieira Rocha
Programa de Desenvolvimento Educacional
Cassiano Roberto Nascimento Ogliari
PDE/ Escola de Música e Belas Artes do Paraná
Jackelyne Veneza
PDE/Núcleo Regional da Educação de Curitiba
Maria Terezinha Borguezan de Souza
Professora PDE/2009 (Autora)
Rosimari de Oliveira
Professor Orientador
Prof. Msc Welington Tavares dos Santos
Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica
Turma 2013
Título: Metodologia do Ensino da Música na Educação Básica com Ênfase no
Ritmo Musical
Autora: Rosimari de Oliveira
Disciplina/Área: ARTE
Escola de Implementação do
Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Antônio Lacerda Braga
Município da escola: Lapa
Núcleo Regional de Educação: Área Metropolitana Sul
Professor Orientador: Welington Tavares dos Santos
Instituição de Ensino Superior: Escola de Música e Belas Artes do Paraná
Resumo: Com a diversidade de cultura existente na
escola, o presente trabalho consiste em
contemplar a música no contexto escolar,
respeitando a diversidade de cultura de sua
clientela. Considerando essas questões, essa
produção didática, visa o desenvolvimento de
atividades de educação musical, bem como
subsidiar as atividades de implementação do
projeto no colégio.
Palavras-chave: Ensino- música- cultura- escola
Formato do Material Didático: Caderno Pedagógico
Público: Alunos
APRESENTAÇÃO
A construção do currículo em Arte vem passando por modificações,
assim como o ensino da música sofreu muitas transformações. Desse modo,
cabe ressaltar a importância da Lei 11.769, que traz a obrigatoriedade do ensino
de música na educação básica pública, o que preocupa devido à falta de
investimentos na preparação dos docentes. A escola pode proporcionar
conhecimentos básicos para a clientela que a frequenta nos dias de hoje,
tenham condições de entendimento sobre a música em sua vida e com as
novas tecnologias, o acesso aos meios de comunicação, à música atual, tornou-
se mais acessível.
A causa da indisciplina em sala de aula, quase sempre, é atribuída à
falta de interesse dos alunos pelos conteúdos trabalhados. Por outro lado,
existe uma série de fatores que podem contribuir para a indisciplina escolar.
Dentre os principais fatores ou causas podemos citar, desde a desestruturação
familiar até o. A causa da indisciplina em sala de aula, quase sempre, é
atribuída à falta de interesse dos alunos pelos conteúdos trabalhados. Por outro
lado, existem uma série de fatores que podem contribuir para a indisciplina
escolar. Dentre os principais fatores ou causas podemos citar, desde a
desestruturação familiar até o processo formativo do professor, seja durante a
graduação, formação inicial ou formação continuada.
Com a diversidade de cultura existente na escola, o presente trabalho
consiste em contemplar a música no contexto escolar, respeitando a diversidade
de cultura de sua clientela. Considerando essas questões situamos essa
proposta de implementação que visa investigar metodologias e estratégias para
a prática de ensino, especificamente no campo da educação musical.
OBJETIVOS
Geral
O material didático-pedagógico apresentado tem a finalidade de p
subsidiar as atividades de implementação do projeto na escola onde será
realizada a intervenção.
Específicos
Desenvolver atividades e técnicas para o ensino da música para alunos
dos anos finais da educação básica.
Desenvolver estratégias de ensino da música, em contexto de sala de
aula, de forma a atender a diversidade cultural presente no ambiente
escolar da colônia Mariental.
UNIDADE I O SOM E SUAS PROPRIEDADES
Paisagem Sonora
Na foto número 1 aparece à imagem de uma cidade grande (Copacabana- RJ).
Em cidades grandes, geralmente, há muito barulho. O nível de intensidade do
som é muito forte.
O termo paisagem sonora (soundscape) foi cunhado pelo compositor e
ambientalista canadense R. Murray Schafer .
Saundscapes na Música
A paisagem sonora é composta por três principais fontes ou componentes.
Eles são o biophony (as assinaturas, som animal não-domésticos não-
humanos que ocorrem em um determinado bioma), as geophony (sons
naturais não-biológicos que ocorrem em qualquer bioma e que incluem os
efeitos de vento, água, movimento de terra , etc), e anthrophony (sons
gerados pelo homem, que incluem ruído eletro-mecânico entrópica e som
estruturado, como música e teatro.
Fonte: http://en.wikipédia.org/wiki/Soundscape
Foto 1
Na foto número 2 uma imagem do mar. Longe das cidades, ouve-se somente o
som das pequenas ondas, um som muito agradável, bom de ouvir.
A foto número 3, é de uma cidade pequena, (Ilha Grande-RJ). Atualmente,
muitas pessoas vêm procurando cidades pequenas para morar. As maiorias
dessas cidades demonstram tranquilidade.
Um dos elementos essenciais para que isso ocorra, são a ausência de muitos
ruídos, muitos meios de transporte, indústrias.
Foto 2
Foto 3
A foto número 4 – imagem de pássaros alimentando-se em cima de um tronco
de árvore. É uma bela imagem. A paisagem sonora parece ser muito agradável
demonstrando apenas sons da natureza.
Foto 5
Foto 4
Som é o resultado do choque entre dois corpos (matéria), criando uma vibração e
consequentemente, ondas sonoras audíveis. O som é dividido em duas classes: som
ruído e som musical.
Som ruído – é o resultado de uma vibração sonora irregular, produzida, por
exemplo: pelas indústrias e suas máquinas, pelo trânsito, pelo trovão, pelo trem,
entre outros.
Som musical – o som musical é decorrente da vibração sonora regular causada por
um corpo sonoro musical, por exemplo: sinos, cordas de um instrumento, voz
humana, canto de um pássaro. Fonte (TECLADO – Curso prático).
A imagem, foto número 5, mostra o atrito entre um palito e uma lixa – representando um som ruído. Som musical O Piano é um instrumento de cordas percutidas. As teclas são pressionadas levando uma espécie de martelos a batem nas cordas, as quais vibram produzindo som. A altura do som depende da espessura das cordas. Quanto mais fina a, mais AGUDO (alto) é o som. Quanto mais grossa, mais GRAVE (baixo).
O Piano é um instrumento de cordas percutidas. As teclas são pressionadas
levando uma espécie de martelos a batem nas cordas, as quais vibram
produzindo som. A altura do som depende da espessura das cordas. Quanto
mais fina a, mais AGUDO (alto) é o som. Quanto mais grossa, mais GRAVE
(baixo).
Sugestão de atividade
Pedir aos alunos que ouçam os sons do ambiente onde se
encontram relacionando os mais próximos e mais distantes
possíveis, logo em seguida, fazer comentários e comparações
entre os sons que ouviram.
A descrição da paisagem sonora da residência de cada um,
também pode ser explorada.
Trazer para a próxima aula vários sons gravados no celular
e demais tecnologias disponíveis (dependendo da
possibilidade do aluno). Os sons podem ser os mais variados:
pássaros, indústrias, meios de transportes, meios de
comunicação, instrumentos musicais, vozes das pessoas, etc.
Todos os sons coletados devem ser explorados,
comparados, comentados e relacionados com a música.
Propriedades do som
DURAÇÃO
Duração é a propriedade que faz referência a sons curtos ou sons longos, por
exemplo: tocar uma tecla do piano, segurando por um tempo maior, teremos um
tempo mais longo, tocando e tirando a mão rapidamente, teremos um som mais
curto.
ALTURA - Esta propriedade indica se o som é grave ou agudo.
Som grave – som mais grosso, mais baixo.
Som agudo – som mais fino, mais alto.
Geralmente, as vozes masculinas são mais graves e as vozes
femininas mais agudas.
É importante lembrar que para serem classificados, os sons graves e agudos necessitam de uma referencial ou parâmetro. Exemplo: O som do sino é agudo se comparado ao som de um tambor. Escala musical
Sugestão de atividade
Um material de fácil realização para trabalhar a altura do som. Colocar um pouco de água (quantidades diferentes, graduando entre o mais cheio até o mais vazio) dentro de cada copo, garrafas ou vidros, desde que sejam da mesma forma e mesmo tamanho.
Para produzir o som, poderá ser utilizada uma colher.
Observação: Com esse instrumento pode-se trabalhar notas musicais, sons graves e agudos, timbre, altura intensidade, bem como, tocar algumas melodias.
Sons graves
Sons agudos
TIMBRE
O timbre é a propriedade do som que mostra a diferença entre um som e outro,
ou seja, qual a origem do som. Por exemplo: diferença entre os sons de um
avião de um carro, uma cachoeira, um violino, um piano, um pandeiro, um
pássaro, vozes das pessoas e muitos outros.
Um bom exemplo para o reconhecimento do timbre de alguns instrumentos é a história de Pedro e o Lobo, onde o autor representa cada animal com o timbre dos instrumentos musicais.
Pedro e o Lobo (dublado) Disney – parte 1 fonte: You Tube
Sugestões de atividades
O professor pode solicitar a um aluno que vá até a frente da
sala, e fique virado de costas. Em seguida, os outros alunos
(um de cada vez) podem chama-lo pelo nome e este dirá quem
o chamou pelo timbre de voz de seu colega.
A mesma atividade aplicada na pesquisa sobre sons pode ser
feita para o reconhecimento do timbre: Pesquisar vários sons e
trazer para a próxima aula gravada ou não com a utilização
das tecnologias disponíveis.
Trazer instrumentos musicais para a sala de aula e mostrar o
timbre de cada instrumento.
Observação: Nesta atividade os instrumentos podem ser
tocados ou somente apresentados para o reconhecimento de
seu timbre. É uma boa oportunidade para que os alunos que
tocam algum instrumento mostrem seu repertório para os
demais colegas e para o professor.
Figura 8
INTENSIDADE
Esta propriedade refere-se à força empregada na execução da música. Sons
fortes e fracos. Por exemplo: o sussurro pode ser um som fraco, e o grito pode
ser considerado como som forte.
Sugestão de atividade
O professor pode solicitar a um aluno que vá até a frente da
sala, e fique virado de costas. Em seguida, os outros alunos
(um de cada vez) podem chamá-lo pelo nome e este dirá
quem o chamou pelo timbre de voz de seu colega.
A mesma atividade aplicada na pesquisa sobre sons pode ser
feita para o reconhecimento do timbre: Pesquisar vários sons
e trazer para a próxima aula gravada ou não com a
utilização das tecnologias disponíveis.
Sugestão de atividade
Pedir aos alunos que batam palmas, estalem os dedos, batam com a
mão na carteira, empregando muito ou pouca força.
Com a utilização de latinhas, baquetas e outros materiais realizar o
mesmo processo.
Pedir aos alunos que falem determinada palavra com mais ou
menos intensidade.
Escolher uma canção, mostrar para os alunos em que momento eles
podem cantar um pouco mais forte ou um pouco mais fraco.
Utilizando o rádio, a TV multimídia, o celular ou outras mídias,
mostrar aos alunos a intensidade. Mostrar também a diferença
entre altura e intensidade do som.
DENSIDADE
Densidade quer dizer “agrupamento de sons”, vários sons ao mesmo tempo.
Na figura acima, aparecem muitas pessoas falando ao mesmo tempo, além
disso, uma banda tocando onde aparecem vários instrumentos musicais. Há
densidade de sons, ou seja, vários sons produzidos ao mesmo tempo.
Outro exemplo: podemos dizer que dentro da escola, o momento em que há
maior densidade de sons, é durante o intervalo, pois todos os alunos estão no
pátio conversando ao mesmo tempo.
Na maioria das vezes, durante uma prova dentro da sala de aula, há pouca
densidade de sons.
Sugestão de atividade
Uma palavra deverá ser pronunciada por um pequeno grupo de alunos, em
seguida por grupos maiores e finalizar com toda a classe pronunciando a
palavra (pode ser uma frase pequena, fácil de pronunciar).
A mesma atividade pode ser realizada com os instrumentos musicais: Tocar
apenas um som, logo em seguida aumentando a quantidade até chegar num
grande conjunto de sons.
Escolher uma canção para ser cantada em uníssono (várias vozes cantando o
mesmo som, a mesma nota) com a turma toda.
Figura 9
UNIDADE II A MÚSICA E SUAS PROPRIEDADES
MÚSICA
PROPRIEDADES MUSICAIS
MELODIA
Melodia é a combinação de sons sucessivos. Por exemplo: tocar num
determinado instrumento, um som de cada vez, procurando combinar esses
sons.
Foto: acervo da autora
Flauta Doce - A flauta doce é um
bom instrumento para trabalhar
a melodia, devido à
disponibilidade na escola. As
escolas estaduais do Estado do
Paraná receberam quarenta
flautas doces, as quais estão
disponíveis para uso do
professor e alunos.
A melodia é uma sucessão coerente de sons e silêncios, que se desenvolvem em
uma sequência linear com identidade própria. É a voz principal que dá sentido a
uma composição e encontra apoio musical na harmonia e no ritmo.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Melodia
A música é uma forma de arte que se constitui basicamente em combinar
sons e ritmo seguindo uma pré-organização ao longo do tempo. É
considerada por diversos autores como uma prática cultural e humana. ...
http://pt.wikipedia.org/wiki/Música
HARMONIA
Os sons são tocados simultaneamente, ou seja, ao mesmo tempo. Por exemplo:
tocando três notas – dó – mi – sol, formamos um acorde. Há harmonia entre a
junção dessas notas.
A foto mostra um acorde de Dó Maior no piano.
Foto: acervo da autora
UNIDADE III RITMO MUSICAL
RITMO
Em Música, podemos dizer que é a maneira ordenada de organizarmos os sons
no tempo.
Na nossa vida cotidiana percebe-se também, que o ritmo está muito presente.
No que se refere aos elementos musicais, o ritmo é o que está mais presente
na nossa vida cotidiana, a começar pelo ritmo corporal: o coração, o andar entre
outros. Na natureza também o ritmo está muito presente desde o nascer do Sol,
as estações do ano, movimento de rotação da Terra.
Para trabalhar o ritmo em sala de aula, torna-se interessante trabalhar com
imagens, figuras, palavras e material concreto. Com isso, espera-se uma melhor
compreensão por parte dos alunos.
Ritmo e compasso
Podemos dizer que o ritmo é a organização do tempo na música em pulsações
fortes e fracas. Os ritmos de duas, três ou quatro pulsações, são os ritmos
básicos mais comuns.
Duas pulsações: ritmo binário (dois tempos) – o 1º tempo é forte e o 2º tempo é
RÍTMO (do grego rhuthmós [movimento regular]) é a sucessão de
tempos fortes e fracos que se alternam com intervalos regulares. O
termo é usual também para referir-se à variação da frequência de
repetição de um fenômeno no tempo, notadamente os sons .
O estudo do ritmo, entoação e intensidade de um discurso chama-
se prosódia . Existe também a prosódia musical, visto que a música
também é considerada uma l inguagem . Em poesia, o estudo do ritmo
chama-se métrica .
http://pt.wikipedia.org/wiki/Melodia
fraco.
Três pulsações: ritmo ternário (três tempos) - 1º tempo forte e o 2º e 3º tempos
são fracos.
Quatro pulsações: ritmo quaternário (quatro tempos) -1º tempo forte, 3º meio
forte, 2º e 4º tempos fracos.
Os ritmos binário e ternário podem ser exemplificados através de palavras. Já
com o ritmo quaternário fica mais difícil devido à tônica das palavras.
Palavras com duas sílabas com a tônica na primeira: ritmo binário
Como exemplo a palavra TEMPO: tem- é o tempo forte.
PO- é o tempo fraco.
Palavras com três sílabas com a tônica na primeira: ritmo ternário.
Por exemplo, a palavra MÚSICA: MÚ - tempo forte.
SI e CA - tempos fracos.
Sugestão de atividades
Para o ritmo binário:
Palavra pato – pedir aos alunos que pronunciem a
palavra pato com ênfase na sílaba PA.
Podem utilizar instrumento como baquetas para bater a
sílaba tônica com mais intensidade.
A sílaba sublinhada é o tempo forte.
PATO – PATO – PATO – PATO – PATO – PATO
Para o ritmo ternário, o mesmo exercício, mas com
palavras de três sílabas e a tônica na primeira:
Palavra número – ênfase na sílaba NÚ.
NÚMERO – NÚMERO – NÚMERO – NÚMERO – NÚMERO – NÚMERO
Compasso
Na partitura, os compassos são separados por um traço vertical entre eles.
Chama-se barra de compasso.
Notação alternativa com o uso de palavras:
Compasso binário – palavra TEMPO
TEM PO | TEM PO | TEM PO | TEM PO |
Compasso ternário – palavra NÚMERO
NÚ ME RO| NÚ ME RO| NÚ ME RO | NÚ ME RO| NÚ ME RO
TRABALHANDO O RITMO COM FIGURAS
Ritmo binário
▄ ▄ | ▄ ▄ | ▄ ▄ | ▄ ▄ | ▄ ▄ 1º 2º 1º 2º
Sugestão de atividades
O tempo forte está sendo identificado com um tom de verde
escuro e o tempo fraco com um tom de verde mais claro.
Esta atividade pode realizada com os instrumentos de
percussão confeccionados em sala de aula.
O 1º tempo pode ser realizado com um balde ou lixeira da sala
que produzam um som forte, marcando a pulsação.
Ritmo ternário
Ritmo quaternário
Legenda:
● 1º - tempo forte
|● ● ● ● |● ● ● ●|● ● ● ●|● ● ● ●| 1º 2º 3º 4º 1º 2º 3º 4º
♥ ♥ ♥| ♥ ♥ ♥| ♥ ♥ ♥ | ♥ ♥ ♥ | ♥ ♥ ♥
1º 2º 3º 1º 2º 3º 1º 2º 3º 1º 2º 3º 1º 2º 3º
Sugestão de atividade
O mesmo procedimento realizado no exercício com o
ritmo binário. A diferença está na dimensão das
figuras.
No exemplo a seguir, as figuras maiores representam
o tempo forte e as duas menores representam o
tempo fraco.
Sugestão de atividade
Pode ser trabalhado da mesma forma.
Sugestão: mudar as figuras, sua dimensão e cores (claro-escuro).
OUTRAS SUGESTÕES PARA TRABALHAR O RITMO
Quadros com números e palavras.
Ritmo binário com as palavras pé e gato:
Marcando o 1º e 2º tempos.
PÉ-É GATO GATO PÉ-É 1º 2º 1º 2º 1º 2º 1º 2º
Na sequência, o mesmo exercício mostrando duas figuras rítmicas – notação tradicional
em música.
Essa figura rítmica chama-se mínima.
Essa é uma semínima.
PÉ___
1º 2º
GA TO
1º 2º
GA TO
1º 2º
PÉ___
1º 2º
Ritmo nas canções folclóricas
Bambalalão
Bambalalão
Senhor capitão
Espada na cinta
Ginete na mão.
Cai, cai balão
Cai cai balão Cai cai balão
Na rua do sabão Não Cai não, não cai não, não cai não.
Cai aqui na minha
UNIDADE IV CONFECÇÃO DE INSTRUMENTOS DE PERCUSSÃO
Os instrumentos de percussão podem ser confeccionados com diversos
materiais, inclusive sucata.
Exemplos: Chocalhos, reco-recos, afoxés...
Chocalho com latas de refrigerante, garrafas pet, potes de plástico e demais
recipientes, contendo: areia, pedras entre outros elementos.
Foto: acervo da autora
Chocalho com arame e tampinhas de garrafas
Sugestão de atividade
Material: latas de refrigerante, potes de plástico,
garrafas, areia e demais elementos semelhantes.
Colocar as pedrinhas ou algo parecido dentro do
recipiente. Cada elemento colocado dentro de um
determinado recipiente e dependendo do recipiente
utilizado produzirá um som diferente, ou seja, cada
um com um timbre diferente.
Chocalho com tampinhas de garrafa
Foto: acervo da autora
Sugestão de atividade
Material: tampinhas de garrafa, arame, prego e martelo.
As tampinhas devem der perfuradas e inseridas no arame. Observação – precisa-se tomar cuidado quanto à utilização dos materiais para evitar acidentes e que ninguém saia ferido.
Chocalho utilizando coco. Serrar uma das extremidades do coco, colocar
pedrinhas ou algo semelhante que produza um bom som para um instrumento
rítmico.
Foto: acervo da autora
Sugestão de atividade
Pedir aos alunos (dentro das possibilidades de cada
um) que tragam coco e pedrinhas para a realização
do trabalho. O professor ou a escola podem fornecer
o instrumento para serrar uma das extremidades do
coco para evitar acidentes.
Serrar o coco e colocar em seu interior pedrinhas ou
algo parecido.
Pintar de acordo com a preferência de cada um.
O reco-reco pode ser construído de várias maneiras. Por exemplo: Um pente
onde a fricção pode ser feita com um objeto qualquer. Pode ser uma caneta,
uma varinha de madeira.
Vários exemplos de como produzir o som de um reco-reco.
O atrito de um palito, uma varinha, um pincel, um lápis ou algo semelhante nos
diversos objetos como nos exemplos abaixo:
Pente, espiral de um caderno ou livro, pedaço de uma caixa de papelão,
mangueira.
Fotos: acervo da autora
Outra maneira de confeccionar esse instrumento: Com bambu cortado em
várias partes. Cada parte deve conter furos. Em seguida pode ser utilizada uma
varinha feita com o mesmo material (bambu) para friccionar e produzir o ritmo.
Além desses instrumentos, muitos outros podem ser construídos, dependendo
de nossa criatividade.
Foto: acervo da autora
Sugestão de atividade
Na construção dos reco-recos, pede-se aos alunos
vários materiais como: espiral de cadernos e livros,
caixas de papelão, pentes e demais materiais
semelhantes. Além desses elementos, devem trazer
algo como um palito para friccionar sobre os mesmos
e produzir o som.
As baquetas
Foto: acevo da autora
As baquetas utilizadas nos instrumentos de fanfarra, também estão disponíveis
nas escolas estaduais. São quarenta pares de baquetas. É um ótimo material
para trabalhar o ritmo musical com os alunos.
É importante exercitar a mão Direita (D) e a mão Esquerda (E) para tocar as
baquetas. Alguns exercícios podem ajudar no desenvolvimento da coordenação
motora.
E E E E
D D D D
E E E E
D D D D
E E D D
D D E E
D E D E
D E E D
Foto: acervo da autora
Depois de construir instrumentos em sala de aula, podemos utilizar outros
instrumentos tradicionais como: o pandeiro, o berimbau, baquetas entre outros.
Fotos: acervo da autora
Outro recurso que dispomos na maioria das vezes é o aluno que toca algum
instrumento.
Ao trabalhar a Música na escola, é muito importante fazer uma pesquisa para
descobrir os “talentos musicais” existentes. Com isso, valoriza-se o trabalho do
aluno que já possui um conhecimento musical e enriquece o repertório musical.
REFERÊNCIAS
CIAVATA, Lucas. O Passo: A pulsação e o ensino-aprendizagem de ritmos.
Rio de Janeiro: FA editoração, 2003.
FONTERRADA, Maria Trench de Oliveira. De tramas e fios: um ensaio sobre
música e educação. São Paulo: Editora UNESP, 2005.
JEANDOT, Nicole. Explorando o Universo da Música: pensamento e ação
no magistério. São Paulo: Scipione, 1997.
LOUREIRO, Maria Almeida Loureiro. O Ensino da Música na Escola
Fundamental: um estudo exploratório. Belo Horizonte: Dissertação
(Mestrado), PUCMG, 2001.
TEORIA ELEMENTAR disponível em www.escala.com.br. Acesso em
12/12/2013.
WISNICK J. M. O Som e o Sentido. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.