OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em...

44
Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

Transcript of OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em...

Page 1: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Page 2: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

Ficha de Identificação - Produção Didático-pedagógica

Professor PDE/2013

Práticas artísticas/educativas para desenvolver a autoestima em alunos com

deficiência na Sala de Recursos Multifuncional-tipo I.

Autor Marilis Santos Balbino

Disciplina/Área (ingresso no PDE) Educação Especial

Escola de Implementação do Projeto

e sua localização

Colégio Estadual do Campo Terra Boa.

Município da Escola Campina Grande do Sul

Núcleo Regional de Educação Área Metropolitana-Norte

Professor Orientador Suzane Schmidlin Löhr

Instituição de Ensino Superior Universidade Federal do Paraná.

Relação Interdisciplinar Todas as disciplinas.

Resumo O presente trabalho tem por objetivo construir um rol de

atividades práticas educativas/artísticas para

implementação na Sala de Recursos Multifuncional. As

atividades descritas são agrupadas considerando

habilidades que cada uma delas pode desenvolver,

mencionando as aptidões e talentos requeridos pelas

mesmas. O conjunto de atividades tem por meta maior

contribuir para a construção da autoestima dos alunos em

atendimento educacional especializado. As atividades

fazem parte de um projeto a ser aplicado no

estabelecimento de ensino Colégio Estadual do Campo

Terra Boa, direcionado a alunos que frequentam ensino

regular, dos 6º aos 9º anos, nas Salas de Recursos

Multifuncionais – tipo I.

Page 3: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

Palavras-chave Artes na sala de recursos; sala de recursos;

Educação Especial.

Formato do Material Didático Unidade didática.

Público Alvo Alunos da Sala de Recursos Multifuncional – tipo I,

que apresentam DI(Deficiência Intelectual),

TGD(Transtornos Globais do desenvolvimento),TFN

(Transtornos Físico-neuromotor) e TFE (Transtornos

Funcionais Específicos.

“Em virtude de ter nascido para a humanidade, cada ser humano tem o direito

de se desenvolver e de atingir a plenitude de suas potencialidades como ser

humano”. Ashley Montagu

Educadores, o material aqui apresentado se constitui em uma Unidade

Didática direcionada a profissionais que atuam em salas de recurso multifuncionais,

com conteúdos relativos às Artes.

Atuo como professora da rede pública estadual do Estado do Paraná há mais

de vinte e seis anos, nos quais sempre procurei promover a inclusão de alunos com

deficiências ou dificuldades de aprendizagem, primeiramente com ensino

fundamental-I, e posteriormente na disciplina de arte. Desde o final da década de 90,

estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado – AEE. Tive contato

com alunos apresentando deficiências ao participar de atividades desenvolvidas na

Escola Ecumênica de Curitiba envolvendo alunos com síndrome de down e outros

quadros clínicos. No trabalho que desenvolvo desde 1994, no Colégio Estadual do

Campo Terra Boa, em Campina Grande do Sul, pude observar diariamente alunos

que apresentam dificuldades no aprender e deficiências. Percebi como as limitações

por vezes geram estigmas que podem comprometer a autoestima. Por querer ir além

da observação de tais alunos, desejando poder contribuir de alguma forma para o

crescimento e realização deles, optei por direcionar meus estudos para a Educação

Especial. Assim como espero contribuir para o desenvolvimento dos educandos,

Page 4: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

tenho certeza que o convívio com eles faz com que eu também me modifique e

aprimore.

A Arte pode criar oportunidades para pessoas que em decorrência das

limitações no seu processo de aprendizado formal apresentem baixa autoestima, o

resgate do seu amor próprio. É evidente que em função das limitações (sensoriais,

cognitivas...), tais educandos precisem que lhes sejam ofertadas oportunidades

diferentes para explorar materiais ou recursos disponíveis na escola. Assim, nasceu

o presente trabalho.

A ideia inicial é trabalhar o aluno, enquanto “eu”, do outro; do grupo e das

demais pessoas que o cercam. Pretende-se apresentar atividades de diversas

naturezas, adaptadas às necessidades de pessoas com necessidades especiais.

Para facilitar a compreensão das mesmas, far-se-á o agrupamento conforme o tema

central que exploram. Cada atividade será apresentada considerando a população

alvo, descrição do processo, objetivos que permite atingir, tempo de execução assim

como materiais ou recursos necessários.

O material que por ora encontra-se nesta produção, está dividido em áreas de

domínio, como: autoconhecimento; discriminação de emoções em si e no outro;

autoconceito; atenção; concentração, dentre outras. É composto de treze atividades,

que podem vir a ser implementadas em 16 encontros de 2 (duas) horas cada ou em

8 (oito) encontros de 4 (quatro) horas cada.

Ao desenvolver tais atividades, os alunos com necessidades especiais

desenvolverão habilidades básicas que podem favorecer o seu desempenho em

outros conteúdos acadêmicos, além de passarem a construir determinados materiais

que podem vir a ser utilizados pelos colegas de sala regular. Saber algo que os

colegas da classe regular ainda não sabem, estar na posição daquele que pode

ensinar aos colegas como fazer ou utilizar algo, pode contribuir para que eles

desenvolvam a sua autoestima, gerando efeito na produção acadêmica final e nas

suas vidas.

O homem desde a pré-história, sempre produziu arte, seja só ou em grupo

ilustrando cenas da vida e relações de sobrevivência. Desde os tempos primitivos

Page 5: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

ele foi sempre um grande observador e explorador da natureza, que fez inúmeras

descobertas. Porém devido à questão de sobrevivência, um povo que era nômade

precisava que os seus membros tivessem mobilidade, se comunicassem com

facilidade, sem limitações. A pessoa que apresentasse deficiência era abandonada

pelo grupo; mais tarde a pessoa diferente passou a ser condenada a morte; com o

tempo criou-se uma política dos asilos e abrigos para assistência a essas pessoas.

Essa assistência cria a fase da segregação em instituições e hospitais nos quais os

deficientes passaram a ser tratados como doentes explorados na economia

capitalista. Surgem as escolas especiais e as leis que fizeram tentativas de

enquadrar a pessoa com deficiência em um ambiente escolar adequado.

Segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica,

promulgado pela Res. nº 2/2001. A Educação Especial é uma modalidade da

educação escolar definida por uma proposta pedagógica, que dê direito a serviços

educacionais especiais organizados. Para que essa proposta pedagógica se

concretize, deve-se desenvolver em quatro eixos: apoiar a inclusão prestando auxílio

ao professor e ao aluno do ensino regular, através de materiais físicos e humanos;

complementar a base curricular nacional comum oferecendo conteúdos, metodologias

e práticas diferenciadas com atendimentos em contraturno; suplementar o currículo

comum com atividades de aprofundamento e enriquecimento para alunos

superdotados; em previsão da oferta substitutiva, em classes e escolas especiais,

hospitalares e de atendimento domiciliar, (BRASIL, 2001, p. 127).

A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação

Inclusiva assegura, pela Res. CNE 4/2009, a oferta ao Atendimento Educacional

Especializado – AEE nas turmas de ensino regulares. O AEE tem como função

identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que

eliminem barreiras, considerando necessidades específicas, incluindo alunos com

deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/

superdotação, nas escolas de ensino regular. O atendimento educacional

especializado deve ser realizado prioritariamente na SRM, da escola, no turno

inverso ou em centro de atendimento educacional especializado, público ou

conveniado.

A Instrução normativa do Governo do Estado do Paraná de (Paraná, 2011), nº 016/11

– SEED/SUED, define a Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, como aquela a ser

ofertada na Educação Básica, com atendimento educacional especializado, de

natureza pedagógica que complementa a escolarização de alunos que apresentam

deficiência intelectual, física neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e

Page 6: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

funcionais específicos, matriculados na rede pública de ensino. De todos os quadros

descritos, os mais frequentemente encontrados nas SRM são os envolvendo déficit

cognitivo e Transtornos Globais de Desenvolvimento.

Alunos com deficiência intelectual (DI) são definidos como aqueles com

incapacidade no funcionamento intelectual, caracterizada por limitações

significativas na compreensão e no comportamento adaptativo, que se expressa nas

habilidades práticas, sociais e conceituais, originando-se antes dos dezoito anos de

idade.

Conforme SEED/SUED (2011, p 1.), como a pessoa com DI tem dificuldades no

desenvolvimento dos processos mentais superiores, provavelmente terá problemas

ao realizar atividades que envolvam raciocínio lógico-matemático e linguístico.

Possibilitar a acessibilidade para tais pessoas compreende oportunizar atividades que

contribuam para o desenvolvimento dos processos mentais superiores e adequação

de materiais didáticos e pedagógicos. As Salas de Recursos Multifuncionais - tipo I e

tipo II ganham relevância para tal público.

Para a implantação dessas salas, o planejamento da oferta do AEE e a

indicação das escolas a serem contempladas, são analisadas as demandas da rede.

O Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais disponibiliza

equipamentos, como: microcomputadores, laptop, impressora lazer, e outros;

mobiliários, como: mesa redonda, cadeiras, armário, mesa para computador e

impressora...; e materiais didático/pedagógicos: bandinha rítmica, dominó, material

dourado, esquema corporal, memória de números, tapete quebra-cabeça, sacolão

criativo, dentre outros, para a organização das salas e a oferta do atendimento

educacional especializado - AEE. “Os profissionais que atuam nas salas de recursos

precisam estar preparados para utilizar os recursos disponibilizados e realizar as

diferentes complementações ou suplementações curriculares”. (BRASIL, 2010, p.

148).

Segundo Fernandes (2011), o objetivo do Atendimento Educacional

Especializado ao aluno com deficiência intelectual, é dar condições de liberdade,

para que o mesmo possa construir a sua inteligência dentro de um quadro que lhe é

disponível, tornando-o capaz de produzir significados, conhecimentos em seu ritmo

e estilo de aprendizagem. Nesse caso, deve-se levar em conta, o tempo pedagógico

de aprendizagem do aluno.

Os alunos com transtornos globais de desenvolvimento são aqueles que

apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor,

Page 7: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras.

Incluem-se em tal terminologia os casos de autismo, síndrome de Asperger, de Rett,

Transtorno Desintegrativo da Infância (psicose).

Os critérios para organização e funcionamento da Sala de Recursos

Multifuncional devem estar contemplados no PPP (Projeto Político-Pedagógico) e

Regimento Escolar. A SRM deverá atender aos alunos matriculados na própria

escola em que ela está sediada e também de outras escolas públicas da região. É

necessário anuência da direção e da equipe pedagógica, registrada em ata, para

atender as necessidades de cada localidade.

Para cada Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação Básica, o

número máximo é de 20 alunos, os quais são atendidos escalonadamente, por

cronograma. No cronograma, o atendimento ao aluno deverá ser em período

contrário ao que está matriculado e frequentando a classe comum. O atendimento

educacional especializado poderá ser individual ou em grupos, oferecendo suporte

necessário às necessidades educacionais especiais dos alunos, de acordo com a

área específica. Os grupos devem ser formados por faixa-etária ou necessidades

pedagógicas do grupo. O cronograma deve ser flexível e reorganizado, conforme as

necessidades dos alunos. Deve constar no cronograma trabalho colaborativo com

professores do ensino regular e familiares.

Quanto à frequência, o aluno deverá frequentar tempo necessário para superar as

dificuldades e obter êxito na aprendizagem de classe comum. O número de

atendimento pedagógico semanal deverá ser de 2 ou 4 vezes por semana, não

ultrapassando 2 horas/aula diárias. O professor deverá controlar a frequência em livro

de Registro de Classe do sistema. O horário de atendimento deverá seguir a estrutura

e funcionamento da escola que sedia a SRM. Conforme Inst. nº 016/11 –

(SEED/SUED, 2011, p 4. )

Com a iniciativa de inclusão, surge a Sala de Recursos Multifuncional, para

pessoas com necessidades educacionais especiais.

A arte, ainda proporciona atividades concretas, construtivas, e promove o

desenvolvimento de habilidades como: a organização pessoal, a ordenação dos

pensamentos, o desenvolvimento da memória, a construção de conhecimentos e a

criação de uma linguagem pessoal. Já as atividades em grupo ajudam a integração

social, a cooperação e a comunicação. Com tantos aspectos positivos que a arte

evoca, torna-se fácil compreender que por meio dela a ação pedagógica poderá

tornar-se significativa para o aluno e modificar sua relação com a escola. As aulas

Page 8: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

de artes na escola promovem também a formação do público para a arte, o estímulo

a fazer arte, além de capacitar o educando para a leitura de imagens, o que,

consequentemente, leva à leitura de mundo. Ou seja, com a arte é possível ampliar

o repertório cultural, além de promover a valorização dos conhecimentos locais e da

produção artística comunitária, segundo (COSTA, 2010).

Costa (2010), a arte na educação busca promover o desenvolvimento

individual e grupal, de formação humana, valorizando o conhecimento do legado

artístico-cultural da humanidade e permitindo que pessoas marginalizadas possam

produzir uma nova forma de ser e estar no mundo. A arte na educação pode

desencadear potencial latente dos indivíduos e torná-los socialmente ativos. O

ensino da arte pode facilitar a expressão de emoções, sentimentos, assim como

propiciar oportunidades de interagir com pessoas e o meio que o cerca. Tem

potencial para melhorar a autoestima e confiança; integrar o aluno com os demais

da sala de aula; despertar o prazer de fruir, conhecer e vivenciar a arte.

Portanto, acredita-se que a arte pode desenvolver habilidades básicas de que

o aluno com necessidades educacionais especiais precisa, pois, percebeu-se que

durante aulas da referida disciplina o aluno apresentou bom desempenho em

talentos e aptidões artísticas.

Ao trabalhar arte na Sala de Recursos Multifuncional, o aluno poderá produzir

algo, ter em mãos um produto que foi de sua autoria, resgata bons sentimentos que

cada pessoa tem por si mesma. Quando estamos bem, a autoestima fica em alta.

Quando estamos mal, a autoestima fica em baixa.

Segundo Cória-Sabini (1997, p. 92):

... o jovem que não está satisfeito com sua aparência física, com suas habilidades e

realizações sente-se enfraquecido, incapaz de lutar pelas coisas que deseja e sente

menosprezo por si mesmo. Tende a estar sempre na defensiva. Mostra irritabilidade

constante, depressão e sentimentos de amargura. Reclama muito da vida e se dedica

mais a atividades solitárias... A segurança adquirida nesta etapa é muito importante

para a expansão dos objetivos de vida e das interações sociais e para a manutenção

da autoestima. O jovem que adquire uma identidade positiva está mais apto a

enfrentar com segurança as tarefas e desafios das etapas subsequentes.

A autoestima vai se construindo ao longo da história de aprendizagem de

cada pessoa. Está relacionada às experiências vividas, à descrição que o outro faz

Page 9: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

de si. É perceptível nos momentos em que a pessoa fala de sua identidade,

descreve suas características pessoais não apenas físicas, mas principalmente

emocionais. Está também relacionada ao grau de valorização que experimenta tanto

de suas realizações como nos relacionamentos que estabelece.

Conforme Barros (2008, p. 168):

Autores que tratam do autoconceito têm afirmado que os educadores precisam

acentuar os aspectos positivos da criança, ressaltar o fato de que confiam em seu

êxito. Os adultos podem obter mais da criança, conduzindo-a por meio de elogios, em

vez de destruí-la.

Segundo Moysés (2012, p.18), “em termos práticos, a autoestima se revela

com a disposição que temos para nos ver como pessoas merecedoras de respeito e

capazes de enfrentar os desafios básicos da vida”.

Para fortalecer a autoestima, faz-se necessário iniciar conhecendo a própria

história, percebendo o próprio nome como a primeira fonte de construção da

identidade. Assim, sugere-se começar com uma atividade voltada à apresentação

pessoal.

O professor deve compreender que a autoestima é fundamental para a vida

do educando, que beneficia a prática em sala de aula e principalmente, que se

constrói no dia a dia das relações que o profissional mantém com seus alunos. O

respeito às diferenças individuais, consideração pela pessoa do aluno,

compreendendo suas dificuldades e trabalhando para tirar dele o que há de melhor

são atitudes do professor que beneficiam o educando. Ao agir assim o professor

demonstra que confia no seu potencial, mobiliza esforços para lhe oferecer

oportunidades novas.

Piletti (2012, p.158) esclarece:

Se pensarmos na situação de sala de aula, o aluno pode ter dificuldade em aprender

por estar, por exemplo, com fome, por estar inseguro quanto ao futuro, pela

dificuldade na autoconfiança, na autoestima, etc. como se vê, o caminho até chegar à

realização pode ser um pouco longo. Sentir o desejo da autorrealização é

fundamental, por alimentar a vontade de crescer, de conhecer, de desenvolver-se.

Page 10: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

Por que esta atividade é importante? Objetivo(s).

Reconhecimento e história do nome.

Apreciação do próprio nome, enquanto identificação.

Demonstração de outros nomes e seus significados.

Desenvolver interação social com colegas de grupo de atividade

Desenvolver motricidade global

Habilidades a serem desenvolvidas com esta atividade.

Atenção, concentração, autoconceito, habilidades motoras, sociais,

orientação espacial.

A quem se dirige? Idade mínima para participar.

Alunos da SRM-tipo I, aluno com DI, e principalmente com deficiência

físico-motora. Idade, 11 anos em diante.

O autoconhecimento, segundo a psicologia, significa o conhecimento de

um indivíduo sobre si mesmo. A prática de se conhecer melhor faz com que

uma pessoa tenha controle sobre suas emoções, independente de serem

positivas ou não. Toda pessoa possui o refúgio dos seus recursos pessoais,

mas esse pode ser acionado de forma a não se desgastar se houver o controle

das emoções ou ainda ser utilizado de forma a obter futura recomposição.

Pode-se buscar o autoconhecimento a partir da detecção dos defeitos e

qualidades, sendo esses externos (corporais) e internos (emocionais). O

equilíbrio entre os fatores internos e externos deve ser buscado para que não

haja espaço para manipulação e fragilidade. Também pode haver reflexão de

vida, analisando o comportamento obtido até então e as atitudes tomadas para

que se consiga detectar maus atos e comportamentos, a fim de que não mais

ocorram.

https: //www.brasilescola.com/psicologia/autoconhecimento.htm%E2%80%8E.

Acesso em: 06.dez.2013.

Page 11: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

Duração: Dois encontros - 2h/aula + 2h/aula

Materiais necessários:

Pesquisa no site de busca sobre nomes e significados.

Bola.

Como fazer?

A professora e os alunos (atividade planejada para grupos de 1 a no

máximo 8 alunos) se apresentarão.

Perguntar aos alunos sobre os seus nomes.

Dar exemplos de “Nomes”, e procurar o significado dos nomes de cada

um.

Mostrar nomes estranhos como: 123 de Oliveira 4, e outros.

Levar os alunos para fora, reuni-los em um círculo e disponibilizar uma

bola.

Instrução para a atividade: Levar os alunos num espaço amplo, explicar a

atividade, definindo as regras da mesma. Iniciar o jogo dizendo o nome de um

aluno, jogar a bola para o alto. Por exemplo: João. Ao ser pronunciado o

nome, aquela pessoa deverá correr para pegar a bola. Após pegá-la será a

vez do aluno que está de posse da bola arremessá-la para o alto enquanto

pronuncia o nome de outro colega. O aluno tem que olhar na direção da

pessoa para quem vai jogar a bola e jogar para o alto e assim

sucessivamente. Quando os alunos estiverem familiarizados com a atividade,

fazer nova rodada, agora com uma exigência a mais: cada aluno deverá

pensar em um marcador pessoal, que emitirá antes de jogar a bola,

combinado com a emissão de seu nome. Assim, antes de jogar a bola o aluno

diz o seu nome, faz o movimento escolhido como marcador pessoal, que

pode ser, por exemplo: levantar a mão (concentração e marcação de

presença de cena). Com esta nova exigência o aluno trabalha a percepção do

outro, atenção e concentração. Mais adiante, quando perceber que cada

aluno tem um marcador motor único (movimentos escolhidos pelo aluno para

sua representação) e que os mesmos já foram assimilados pelo grupo, pode

exigir ainda mais do grupo, pedindo que cada integrante agora não emita o

nome da pessoa que deverá correr atrás da bola. Apresente apenas o

marcador motor representativo daquele aluno. O aluno cujo marcador foi

Page 12: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

emitido deve correr para pegar a bola. Depois de um tempo, quando a

professora perceber que perderam o interesse, cessará o jogo.

Avaliação

O aluno será avaliado mediante participação na atividade. A professora

deverá perceber se ocorreu entrosamento do grupo, se houve socialização

entre os participantes, se gostam do seu nome ou não, se conhecem a

historia da escolha de seus nomes, dizendo quem escolheu e por que

colocaram esse nome. A professora deverá respeitar as opiniões dos alunos.

É importante a atenção da professora quanto a se os alunos estão

conseguindo manter a atenção na atividade, percebendo, no momento do

jogo com a bola, a quem ela é direcionada, observando especialmente a

atenção e concentração na tarefa, o respeito de um colega para com o outro,

seja no momento da apresentação dos nomes e seus significados, seja no

momento do jogo com a bola.

Dica

A professora poderá elaborar uma atividade de painel com os nomes

dos alunos.

Links/Referência

No site de busca digitar: Atividades de teatro.

http://pt.scribd.com/doc/29282665/Dinamicas-Exercicios-de-Grupo-Para-

Teatro.Acesso: 21 de ago. de 2013.

http://www.portalbrasil.net/nomes/a.htm. Acesso em: 06.dez.2013.

Por que esta atividade é importante? Objetivo(s).

Trabalhar a autoidentidade, de forma que os alunos procurem se conhecer

e conheçam a história de vida de seus colegas, por meio de atividades

diferenciadas que os levem a pesquisar, criar, produzir, ler, desenhar.

Habilidades a serem desenvolvidas com esta atividade.

Habilidades motoras, atenção, concentração, interpretação, autoconceito,

oralidade, reflexão, percepção, autoconhecimento, relações de parentesco.

Page 13: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

A quem se dirige? Idade mínima para participar.

Para alunos da SRM-tipo I, aluno com TGD, DI. Idade, 11 anos em diante.

Duração: Dois encontros - 2h/aula + 2h/aula.

Materiais necessários:

Livros, apostilas, papéis espessos, barbantes, papel apropriado para

painel, texto: “Nome da gente” de Pedro Bandeira, xeróx das certidões de

nascimento dos alunos, lápis, lápis de cor, giz de cera, aparelho de som, cd,

projetor multimídia.

Como fazer?

Cada aluno escreve seu nome num papel espesso, podendo passar

cola e barbante sobre os nomes, enfeitando-os como ornamento para criação

de um painel.

A professora lerá o texto: “Nome da gente” de Pedro Bandeira. Os

alunos serão convidados a emitir comentários, que serão complementados

pela professora. O texto fala do por que me chamo isso e não aquilo; e o

jacaré não se chama crocodilo? Ele diz que não gosta do seu nome, porque

não foi ele quem escolheu. Refere-se ao nascimento do nenê, que vai chamar

como o padrinho, ou o vovô, mas ninguém pergunta ao coitadinho. Foi o pai

que decidiu, e ele contrapõe que o pai só poderia escolher se ele escolhesse

o nome do pai. Diz que quando tiver um filho, não irá por nenhum nome, pois

quando crescer ele que procure um.

Entregar para os alunos uma entrevista, a ser realizada pelo estudante

antes da próxima aula, com pessoas da sua família (segue em anexo).

No segundo encontro, cada aluno apresenta o porquê do seu nome,

lembrar o significado, se gostam ou não. Recuperar aspectos trabalhados na

atividade anterior, dinâmica de apresentação, relacionando com as

informações obtidas por meio das entrevistas realizadas.

Será então entregue pela professora cópia da certidão de nascimento

de cada aluno, para que os alunos façam a leitura e acompanhem os

elementos nela presentes, apontados pela professora. Será fornecido

questionário para os alunos responderem sobre tópicos presentes na certidão

de nascimento, como: onde nasceram, estado, cidade, ano, mês, hospital ou

se foi em casa, etc. Refletir sobre os dados coletados.

Page 14: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

Será então apresentada a música: “Gente tem Sobrenome” de

Toquinho e Elifas Andreato”, que fala que todas as coisas tem nome, como as

flores, brinquedos, coisas gostosas, mas que gente além do nome tem

sobrenome. Os alunos serão convidados a cantar a musica e posteriormente

refletirão sobre a mesma, relacionando com a sua vida. Identificarão seus

sobrenomes no registro de nascimento e construirão a árvore genealógica,

com os nomes completos de seus avós e pais. Refletir sobre o sobrenome

constituir parte da identificação de cada pessoa. Levantar as características

físicas que herdou de seus pais, avós..., o que gosta, não gosta, seus sonhos,

etc.

A atividade é finalizada com um autorretrato elaborado pelo aluno

desenhando ou utilizando outras técnicas como colagem ou pintura, e um

acróstico com seu nome.

Avaliação

A elaboração das atividades solicitadas constitui uma forma de perceber o

envolvimento de cada aluno na tarefa. Registros dos avanços e descobertas

de cada um, relacionados à organização da família também fazem parte da

avaliação. O desenvolvimento da oralidade será percebido avaliando a

quantidade e qualidade da verbalização do aluno ao iniciar a tarefa e ao final

da mesma. A atenção e concentração serão avaliadas nas várias etapas da

atividade (exploração da certidão de nascimento; entrevista de familiares;

elaboração do autorretrato; elaboração do acróstico). A motricidade será

percebida ao elaborar o autorretrato e ao ter que escrever as respostas dadas

pelos familiares nas entrevistas realizadas.

Dicas

Acróstico do nome – pode ser apresentado aos alunos como modelo

para que realizem um acróstico com o seu nome:

Mas, que beleza...

A flor no jardim chamada Amarílis,

Risonha e alegre!

Isso mesmo!

Linda como nunca.

Isso mesmo!

Page 15: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

Se o nome é Marilis, vem da flor Amarílis.

Sugestões de perguntas para os familiares:

1) Quem escolheu o meu nome?

2) Há algum motivo para ter sido este o nome escolhido?

3) Que qualidades percebem em mim?

4) Que dificuldades percebem em mim?

Atividade baseada na Certidão de Nascimento do aluno:

1) Meu nome completo é...

2) Dia, mês e ano, em que nasci...

3) Cidade e Estado em que nasci, ou fui registrado(a)...

4) Nome da minha mãe...

5) Nome do meu pai...

6) Nome dos avôs materno...

7) Nome dos avôs paterno...

8) Profissão do pai...

9) Profissão da mãe...

10) Quantos anos eles tinham quando eu nasci?...

Links

Digitar: Atividades artísticas para trabalhar o nome do aluno.

Ensinar exige alegria: projeto para trabalhar a identidade do aluno.

ensinarexigealegria1.blogspot.com/.../projeto-para-trabalhar-identidade-

Acesso em: 22 de ago. de 2013.

Por que esta atividade é importante? Objetivo(s).

Levar o aluno a perceber que outras pessoas também apresentam

sentimentos, emoções que os sentimentos são resultantes de situações pelas

quais passamos, embora a sociedade tenda a classificá-los como bons ou

não.

Habilidades a serem desenvolvidas com esta atividade.

Page 16: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

Atenção no outro; identificar emoções nas expressões fisionômicas;

movimentos da outra pessoa; ler e compreender dicas do comportamento não

verbal do outro; expressão oral.

A quem se dirige? Idade mínima para participar.

Aos alunos da SRM-tipo I, a partir de 11 anos de idade.

Duração: Um encontro - 2h/aula.

Materiais necessários:

Papéis impressos com as questões.

Como fazer?

Iniciar observando um colega de turma. Assim os alunos demonstram

como desenvolverão a atividade, o professor podendo assessora-los no sentido de

aprimorar sua forma de identificação e de verbalização do que observaram. Ao

atingirem um bom nível de observação das dicas não verbais do interlocutor, cada

aluno receberá a atividade de continuidade para ser realizada durante a semana e

trazer respondida na aula seguinte.

Atividade:

Imagine que você é capaz de ler o pensamento de outras pessoas. Você

começa a observar em todos os lugares que as pessoas apresentam ou sentem os

mais diversos tipos de sentimentos que se traduz em estados emocionais, como:

alegres, tristes, maliciosos, preocupados, dentre outros. Conte o que você acha

que as pessoas abaixo podem estar pensando:

O colega sentado ao lado na sala ...........................................................

O melhor amigo........................................................................................

Um funcionário da escola.........................................................................

O motorista do ônibus escolar..................................................................

A merendeira............................................................................................

A diretora da escola..................................................................................

O pai.........................................................................................................

A mãe........................................................................................................

Um irmão..................................................................................................

Page 17: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

O aluno perguntará as pessoas observadas, o que estavam pensando.

Depois que anotaram a sua resposta no papel, podendo assim, avaliar se

a sua percepção estava correta ou equivocada.

Avaliação

Perceber se as habilidades de fazer leitura apropriada da comunicação

não verbal do outro e de verbalização se foram atingidas ou não.

Dicas

Para diversificar a atividade a professora poderá propor aos alunos recorte de

pessoas famosas das revistas, como atrizes, atores, apresentadores, modelos. Pela

direção do olhar de cada famoso, o aluno irá sugerir o que julga que o personagem

está sentindo no momento. Por exemplo, na raiva os lábios ficam apertados, surgem

rugas na testa, os olhos ficam fixados no interlocutor.

Links/Referências

VIRGOLIM, A. M. R. et alii. Toc, toc... plim, plim: Lidando com as emoções,

brincando com o pensamento através da criatividade. 13ª ed. – Campinas,

SP; Papirus, 2012.

“A luzinha acesa

e a luzinha apagada”

Por que esta atividade é importante? Objetivo(s).

Identificar as emoções nos outros e perceber que o que fazemos pode

contribuir para que uma pessoa apresente determinadas emoções. Perceber a

influencia de nossos atos no comportamento do outro é fundamental para um

convívio interpessoal mais produtivo. Ao discriminar tal relação o aluno torna-se

capaz de entender o que o faz ter determinadas emoções e também identificar que

comportamentos seus podem evocar emoções no outro.

Habilidades a serem desenvolvidas com esta atividade.

Atenção no outro; identificar emoções em si e nos outros; concentração na

tarefa; interpessoalidade; motricidade fina.

A quem se dirige? Idade mínima para participar.

Page 18: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

Alunos da SRM-tipo I, alunos com TGD, DI. Idade, 11 anos em diante.

Duração: Um encontro - 4h/aula.

Materiais necessários:

Livro: “Se ligue em você”; desenho de duas estrelas grandes, com uma

lâmpada acesa e outra apagada.

Como fazer?

Conversar com os alunos sobre sentimentos que nos fazem sentir bem e

outros que nos fazem sofrer.

Contar a história do livro: “Se ligue em você” (o resumo consta em Dicas).

Após a professora contar a história do livro: "Se ligue em você", os alunos

recebem uma folha com uma estrela brilhando e são orientados a responder à

pergunta: A MINHA LUZ ESTÁ ACESA QUANDO... registrando a resposta dentro da

estrela.

Na sequencia o professor apresenta vários contextos e questiona a cada

aluno como se sentem em tais ambientes: Casa, Escola, Igreja e outros contextos

em que a criança esta inserida.

Para que o aluno comece a identificar a relação entre situações presentes no

ambiente e as emoções que sente, serão formuladas algumas frases para que ele

complete:

FICO ALEGRE QUANDO...

SINTO QUE TENHO UM AMIGO QUANDO...

RESPEITO O OUTRO QUANDO...

Serão discutidos com o grupo os sentimentos que o livro: “Se ligue em você”

explora: alegria, dor, tristeza, carinho, partilha, medo, coragem, frustração, maldade,

egoísmo, generosidade, raiva, compaixão, descontrole, preguiça, teimosia, susto,

compreensão, perseverança, paciência, amor, amizade, inveja, ciúmes, atenção,

solidão, rejeição. E outros que surgirem no decorrer da aula.

Os alunos confeccionarão cartões com as palavras que expressam diferentes

emoções. Tais palavras serão colocadas pelo aluno em uma das duas estrelas

que serão entregues a ele: uma com a luzinha acesa e outra com a luzinha

apagada. Na sequencia cada aluno terá um tempo para refletir sobre o

significado de cada sentimento para si mesmo..

Concluir a atividade comentando sobre o assunto.

Page 19: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

Avaliação

Perceber no aluno que é capaz de discriminar a relação entre

determinados comportamentos emitidos e as emoções que eles suscitam no outro

ou na própria pessoa.

Dicas

A história conta-nos sobre uma luzinha acesa que causa sentimentos

bons.

Ficando tudo mais bonito e gostoso.

A história também fala da luzinha quando se apaga, aparecendo

sentimentos maus.

Quando a luzinha está acesa, nós nos sentimos felizes. Quando

pensamos positivo.

Fala sobre o medo, e a coragem, a imaginação. Frustração, como coisas

que queremos e não conseguimos.

Raiva, ficar de mal, não fazer o que os outros querem ser malvado.

O egoísmo versus generosidade.

Compaixão versus preguiça; teimosia; assustado.

Fala sobre os pais que erram, tem problemas, mas tentam acertar. A

paciência, que faz nascer o amor.

O amor que nos faz sentir quentinhos. Os bichos também amam.

A solidão pode acontecer quando nos sentimos sozinhos e esquecidos por

nós mesmos e quando nos sentimos rejeitados.

Links/Referências

GASPARETTO, L. A. Se ligue em você. Revisão: Ana Maria Littiéri. Capa e

produção visual: Kátia Cabello. 14ª edição. Publicação e distribuição: Espaço

Vida e Consciência. Dezembro de 1999. 10.000 exemplares.

VIRGOLIM, A. M. R. Toc, toc... plim, plim: Lidando com as emoções, brincando

com o pensamento através da criatividade. 13ª ed. – Campinas, SP; Papirus,

2012.

Page 20: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

Por que esta atividade é importante? Objetivo(s).

Esclarecer aos alunos sobre as diferenças de cada um, que devemos

respeitar, e sermos respeitados.

Habilidades a serem desenvolvidas com esta atividade.

Habilidades sociais, atenção, concentração, percepção, interpretação,

autoconceito, reflexão, autoconhecimento, oralidade.

A quem se dirige? Idade mínima para participar.

A todos os alunos da SRM-tipo I e alunos da escola. A partir de 11 anos

de idade.

Duração: Um encontro - 4h/aula

Materiais necessários:

Livro: “O equilibrista”, ou projetor multimídia.

Papéis para fazer cartazes de frases, canetões.

Como fazer?

Contar ou projetar a história “O Equilibrista”.

Refletir sobre a história, com os alunos, principalmente sobre as

diferenças de cada pessoa. Junto aos alunos refletir sobre a necessidade de

respeitar cada ser humano com suas características, qualidades e defeitos.

Pedir aos alunos que se observem e observem outras pessoas. A partir de

tal observação, que descrevam características suas que são diferentes das outras

pessoas observadas. Questionar se tais diferenças fazem com que tenham o direito

de ser tratados de forma diferente, ou se independente do fato de sermos diferentes,

todos tem o direito de ser tratados com respeito e consideração.

Refletir sobre a forma com que os alunos vem tratando pessoas das suas

relações...

Criar um painel com palavras ou frases ditas sobre o respeito, e frases

positivas, para distribuir pela escola.

Avaliação

Page 21: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

Perceber no aluno que é capaz de perceber as diferenças na relação entre

o eu e o outro; determinados comportamentos emitidos e as emoções que eles

suscitam no outro ou na própria pessoa.

Perceber se as habilidades de fazer leitura apropriada da comunicação

não verbal do outro e de verbalização foram atingidas ou não.

Dicas

A história retrata um equilibrista que vivia e tinha sua casa sobre um fio.

Chegou a um ponto de perceber que ele mesmo tinha que decidir e inventar sobre

sua própria vida, e coisas que queria como... uma festa, viajar.

O equilibrista era considerado louco, diferente da maioria das pessoas.

Ele se encontrava com outros equilibristas, que eram como ele.

Tanto equilibristas, quanto desequilibristas tinham problemas ou não.

Por estar sempre sobre uma corda, vivia nos ares, desequilibrava e caía.

E recebia respostas malcriadas.

Desenrolava o fio o melhor que podia.

Gostava de ser assim.

Ele construiu seu próprio chão.

Pensava e andava no justo tempo. E foi chegando ao fim do fio.

Uns achavam que valia a pena ser equilibrista, outros não.

E ao final, o equilibrista respeita a decisão de cada um.

Links/Referência

ALMEIDA, F. L. de. O equilibrista; ilustrações Fernando de Castro Lopes. 3ª ed.

Coleção passa anel. São Paulo: Ática, 1985. 32 p.

Por que esta atividade é importante? Objetivo(s).

Propiciar ao aluno o manuseio do barro, transformando-o, visando

coordenação motora grossa e fina, atenção, concentração.

Diagnosticar o nível de conhecimento que os alunos possuem sobre o

barro, contando histórias, desde a criação do mundo.

Conhecer e aprimorar habilidades como dedicação, paciência, respeitar as

potencialidades e dificuldades próprias e as dos colegas.

Page 22: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

Habilidades a serem desenvolvidas com esta atividade.

Habilidades motoras, atenção, concentração, percepção, interpretação,

autoconceito, autoconhecimento.

A quem se dirige? Idade mínima para participar.

Para alunos da SRM-tipo I, alunos com TGD, DI, e com deficiência físico-

motora. Idade 11 anos em diante.

Duração: Um encontro - 4h/aula.

Materiais necessários:

Peças confeccionadas em barro (argila). Projetor multimídia, gravação de

peças confeccionadas por artesãos. Argila, pazinhas, espátulas, garfinhos, colheres,

facas plásticos, jornais para forrar as mesas, potes com água e panos.

Como fazer?

Mostra aos alunos peças confeccionadas em argila.

Explicar aos alunos sobre a atividade com barro, chamado argila, que é

extraído de vários lugares, inclusive das beiradas dos rios próximos ao colégio,

mas também podem ser comprados em casas especializadas. Pedir para que

coloquem jornais sobre as mesas, para não sujá-las. Dispor de um pedaço de barro

para cada aluno. Explicar que podemos representar várias coisas do universo com

o barro. Deixar que brinquem um pouco, construindo o que quiserem. Depois

entregar os acessórios em plástico, água em potes e paninhos. Poderá ser definido

um tema para os trabalhos em argila, como figura humana, animal, ou outros. A

professora orientará os alunos sobre os resultados e acabamentos. A professora

observará se cada aluno tem paciência ou não, se gostou da atividade, se o

resultado da produção corresponde ao esperado para sua idade, vai além ou fica

aquém do esperado. Terminados os trabalhos, lavarão as mãos, limparão o

ambiente, desenvolvendo habilidade de organização do ambiente de trabalho antes

e após a realização de alguma atividade.

Ao final da aula, a professora dará uma explicação sobre o barro como

expressão artística, retomando a história do barro, desde a criação do mundo, do

homem, na pré-história, utensílios domésticos, os indígenas, inclusive na região, que

aqui estiveram há milhares de anos. Até os dias de hoje o barro é utilizado para

moldes e fazer arte, como Mestre Vitalino, do nordeste brasileiro e outros artistas

Page 23: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

plásticos. A história da região onde se encontra a escola, que já foi espaço ocupado

por tribos de índios tingui-guarani, os jês. Mostrar o livro: Recriando histórias de

Campina Grande do Sul, que contém gravuras de pedras polidas, a área cultivada

onde encontrou-se o sítio arqueológico, etc.

Avaliação É necessário avaliar o quanto os alunos participaram, gostaram, se dedicaram

à tarefa. Medir o tempo de atenção, concentração ao executar os trabalhos.

Perceber as respostas de cada aluno ante as dificuldades e empecilhos no

processo, permitindo avaliar o grau de paciência e manejo de situações adversas. A

aplicação de um questionário pode ajudar os alunos a realizarem a própria avaliação

do processo. Ao respondê-lo o aluno é instigado a pensar em si frente à tarefa,

descobrir se apresentam aptidões para esta modalidade de trabalho. O mesmo

encontra-se descrito a seguir:

1. Você gostou de manusear o barro?

2. Você prefere ficar em silêncio, ouvir algum som, música conversar ou cantar

enquanto trabalha com a argila?

3. Você já conhecia barro (argila)?

4. Já fez alguma coisa com barro, em casa ou na escola?

5. Você se utilizou de materiais como espátulas, facas, ou outros para realizar o

trabalho ou usou somente as mãos?

6. Quanto de água precisou utilizar para fazer o acabamento? Prefere deixar o

trabalho liso ou rústico?

7. Você saberia dizer outros materiais que se pode utilizar para fazer esculturas?

8. Se fosse levar para casa sua escultura, o que faria dela, para quem mostraria

primeiro?

Dicas

Propiciar a troca de informações e a integração entre os alunos que

apresentaram habilidades em comum para que possam se ajudar mutuamente,

compartilhar informações e pesquisar sobre os materiais diversos para a criação de

outras esculturas.

Page 24: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

Se a professora perceber que gostaram da atividade, posteriormente

poderá repetir a mesma com outros materiais, como: sabão em pedra, concreto

celular, massa de modelar ou biscuit, dentre outros.

Para saber mais...

No Estado do Paraná, no Município de Campina Grande do Sul, Distrito de Paiol de Baixo, no bairro Terra Boa, localiza-se o Colégio Estadual do Campo Terra Boa, a Sala de Recursos Multifuncional, local esse que será de intervenção e estudo por este projeto. Encontrou-se na região de Terra Boa, em área cultivada, um sítio arqueológico dos índios jê. Observaram-se fragmentos de recipientes cerâmicos feitos em barro, como: tigelas, jarros e panelas; objetos feitos em pedra, como: lâminas de machado e mãos de pilões alisados. Numa outra região chamada Patos, no barranco do rio, a uma profundidade de 60 cm. foram encontrados artefatos de pedra lascada como pontas de flechas; não conheciam cerâmica. Acredita-se que habitaram há mais de dois mil anos atrás a região. (Retirado do livro “Recriando Histórias de Campina Grande do Sul”, criado por alunos das 3ª séries das escolas do Município, 2002).

Mais Curiosidades!

Mestre Vitalino, viveu na era do Modernismo, que também valorizou obras de

artistas populares, que apesar da simplicidade de recursos, criaram uma arte pura e original.

Muitas das obras por eles feitas mostram cenas do cotidiano brasileiro. Ficaram conhecidos

como artistas primitivos no Brasil.

Seu nome Vitalino Pereira dos Santos (1909-1963),utilizou a argila para

confeccionar pequenas esculturas deixando registrada a vida do agreste pernambucano. No

início de sua carreira como escultor, Mestre Vitalino pintava suas esculturas, mas com o

tempo passou apenas a queimá-las, deixando-as na sua coloração original.

Deixou no seu acervo, obras como: Caçador de Onças; Retirantes(uma das suas

obras mais famosas), de CALABRIA (2009, p.104)

Todo garoto já brincou com barro, fazendo bolos, bonecos. Com certeza foram

poucas as crianças que não tiveram essa experiência tão gostosa e interessante!

A seguir, conheça um pouco da trajetória do mestre do barro e veja os principais

fatos que marcaram a vida deste artista.

Em 1915, aos seis anos de idade, confecciona o seu primeiro boneco de barro,

chamado “um gato maracajá trepado numa árvore, acuado por um cachorro e um caçador

fazendo pontaria”, segundo o pesquisador Alcides Lima.

Já em 1924, passa a tocar pífanos e cria uma banda, com quatro músicos.

Page 25: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

Em 1960, participa na residência do industrial Drault Hermanny, no Rio de

Janeiro, a 29 de outubro, da Noite de Caruaru, durante a qual 37 dos seus bonecos são

leiloados. Destina a renda para a construção do Museu de Arte Popular de Caruaru. E no

final do mesmo ano, recebe do Governo da Guanabara a "Medalha Sílvio Romero", atribuída

aos que contribuem para a divulgação do folclore nacional. Ao agradecer a honraria, diz:

"Viva Deus, viva a mãe de Deus e viva quem me deu essa medalha". Nesse mesmo dia,

inaugura a Exposição de Arte Popular, promovida pela Escolinha de Arte do Brasil e na

ocasião é homenageado. Recebe homenagem de Leopold Arnaud, adido cultural dos

Estados Unidos no Rio de Janeiro.

Em 1961, a embaixada do Brasil em Lima, Peru, realiza uma exposição das

peças do mestre Vitalino. Doa 250 peças de sua autoria ao Museu de Arte Popular de

Caruaru.

Apesar de ter ficado famoso pelos bonecos de barro, Vitalino tinha uma grande

paixão pela música, quando tocava o instrumento pífanos que aprendeu.

Mas o maior apego do ceramista era, sem dúvida, com sua terra. Na viagem de

volta do Rio de Janeiro, por exemplo, ansioso para chegar a Caruaru, por várias vezes ele

pediu a um amigo que perguntasse à aeromoça “quantas léguas ainda faltavam para

chegar". (http://www.pe-z.com.br/subsecao_ler.php?id=Nzgy)

Sobre cerâmica!!!

Coeva do fogo, a cerâmica — do grego "kéramos" , ou "terra queimada" - é um material de

imensa resistência, sendo encontrado em escavações e vem acompanhando a história do homem,

deixando pistas sobre civilizações e culturas que existiram há milhares de anos antes. Hoje, além de

sua utilização como matéria-prima de diversos instrumentos domésticos, da construção civil e

material plástico nas mãos dos artistas, a cerâmica é também utilizada na tecnologia de ponta, na

fabricação de componentes de foguetes espaciais, justamente devido a sua durabilidade. A cerâmica

passou a substituir a pedra trabalhada, a madeira e mesmo as vasilhas (utensílios domésticos) feitas

de frutos como o coco ou a casca de certas cucurbitácias (porongas, cabaças e catutos) . As

primeiras cerâmicas que se tem notícia são da Pré-História: vasos de barro, sem asa, que tinham cor

de argila natural ou eram enegrecidas por óxidos de ferro. Quando os populares santeiros, que

invadiram Portugal no século XVIII, introduziram a moda dos presépios, surgiu à multidão de bonecos

de barro de nossas feiras. Os artistas viviam em função da Igreja. A arte do barro foi se tornando

profana. No Brasil, ocorreram escavações na Amazônia, na ilha de Marajó. E outras foram

descobertas na direção da Amazônia, com cerâmicas, instrumentos e objetos decorativos revelando

um nível de sofisticação. Mesmo o índio desconhecendo o torno e operando com instrumentos

rudimentares, conseguiu criar uma cerâmica de valor, que dá a impressão de superação dos estágios

primitivos da Idade da pedra e do bronze. Foram identificadas várias fases da cerâmica brasileira ,

que foram divididas em: o Ananatuba; o Aruã . Através dela a gente pode observar a evolução, o

apogeu e a decadência da cultura de um povo. A riqueza de detalhes, a exuberância das cores, a

variedade dos objetos (como fusos, colheres, tangas, bancos, estatuetas e adornos), as técnicas de

brunimento (alguns feitos com conchas) foram perdendo qualidade com o tempo. Não tem nada

haver com as peças que encontram-se nas feiras de artesanato ou nas lojas dos grandes centros que

Page 26: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

dizem vender peças folclóricas. As artes cerâmicas moldam minerais das entranhas da terra (metais,

barro, argila, areia, etc.) dando origem a utensílios, peças ornamentais, urnas funerárias e os mais

variados produtos da imaginação do homem. Ela demanda calma: a argila e os elementos de liga

devem ser cuidadosamente escolhidos e o manejo deve ser paciente porque ela oferece tantas

possibilidades quanto variações e rupturas após a queima; modelada e cozida ao sol, em fogueiras

ou em fornos aquecidos a temperatura, o produto pode ter cor natural, preto ou em variações do

amarelo ao vermelho, podendo ser revestido de pintura, composta de silicalcalinos ou vernizes à

base de chumbo ou estanho, formando um esmalte brilhante e resistente com ricas variações. As

argilas são rochas normalmente de origem sedimentares e provenientes da alteração de rochas

silicadas. Geologicamente e quanto ao modo de formação as argilas classificam-se em dois grupos:

Argilas primárias: são as argilas que se mantiveram no seu local de formação. Apresentam-se a

restos da rocha de origem (granitos, gneisses ou feldspatos) com um grão grosso e em massas de

cor branca, devida à pureza do ou dos minerais que a constituem. Argilas secundárias: são as argilas

que, arrastadas por agentes naturais como a água, o vento ou mesmo os glaciares, se foram

depositando longe do seu local de formação. São, os barros gordos, e os vermelhos, etc . Os

diversos minerais, os óxidos metálicos e as matérias orgânicas, associados às argilas em

variadíssimas proporções, fazem com que as variedades de barros sejam inumeráveis e apresentem

características muito distintas, quer em cru quer depois de cozidas. Note que na mesma extração é

frequente encontrar tipos de barros muito diferentes. Os barros podem ser classificados segundo a

plasticidade em: barros gordos, excessivamente plásticos; barros magros, muito menos plásticos,

devido ao maior tamanho das partículas argilosas e à presença, mais elevadas, de materiais

siliciosos ou até calcários. Segundo a coloração que adquirem depois de cozidos: barros de cozedura

branca. Quando cru, pode apresentar cores que vão desde o cinzento ao esverdeado, ao azulado, ao

amarelo-ocre e até a cores muito próximas das que terá depois de cozido. As derivações da cerâmica

são: terracota (opaca ou envernizada); porcelana (translúcida, biscuit, vitrificada, caolínica ou dura).

http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar../index.php?option=com_content&view=article&id=350

&Itemid=180. Acesso em: 04. dez.2013.

Links/Referências SCHIMIDT, M. A. Recriando histórias de Campina Grande do Sul. Curitiba:

UFPR/Prefeitura Municipal de Campina Grande do Sul. Curitiba, 1ª edição, 2003, p.

50

CALABRIA, C. P. Brondi. Arte, história e produção: arte Brasil. Caderno 1. Ed.renovada. São Paulo: FTD, 2009, p. 104.

http://www.pe-z.com.br/subsecao_ler.php?id=Nzgy. Acesso em 23 de ago. de 2013. http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar../index.php?option=com_content&view=a

rticle&id=350&Itemid=180. Acesso em: 04. dez. 2013.

Por que esta atividade é importante? Objetivo.

Page 27: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

Levar o aluno, a conhecer figuras de pinturas corporais de povos

indígenas, como as tribos yanomame, dentre outras; tatuagens, explicações de

grupos (tribos atuais) que se utilizam para ornamentar, decorar seus corpos;

palhaços de circo.

Proporcionar ao aluno a experiência de ter um tempo maior para se

olhar, observar a si mesmo; pintar uma parte do seu próprio corpo e do seu colega.

Habilidades a serem desenvolvidas com esta atividade.

Habilidades motoras, atenção, concentração, percepção de si e do outro,

interpretação, autoconceito, autoconhecimento, sequenciação.

A quem se dirige? Idade mínima para participar.

Alunos que frequentam a SRM-tipo I, alunos com deficiência auditiva,

TGDs, DI, e com deficiência físico-motora. Idade dos 11 anos em diante.

Duração: Um encontro - 4h/aula

Materiais necessários:

Figuras ou projetor multimídia – gravação de pessoas tatuadas, tribais;

indígenas pintados e palhaços. Kit de maquiagem para pintar palhaço, pancake de

várias cores, removedor de maquiagem e creme hidratante; espelhos.

Como fazer?

Levar figuras ou gravações de pinturas corporais de índios, pessoas

tatuadas, tribais, palhaços. Conversar sobre o que os alunos conhecem referente ao

assunto e novas informações trazidas pela professora.

Individualmente, os alunos irão escolher uma parte do seu corpo para pintar, como:

rosto, braço, mão. Irão pintar com pancake, kit de maquiagem de palhaço. Depois de

concluído, observarão no espelho os resultados. Farão comentários. No outro

momento, passarão a pintar alguma parte do corpo do colega, como: rosto, braço,

mão e vice-versa. Os alunos olharão nos espelhos. Comentários gerais. Os alunos

serão convidados a compor, com ajuda das pinturas, fisionomias expressando

diferentes emoções como: caretas, de alegria, tristeza, chorando, com raiva, muito

ódio, pensativo, desconfiado... Serão fotografados em cada produção realizada.

A seguir, irão limpar os rostos e as partes do corpo que foram pintadas,

com removedor de maquiagem e passarão creme hidratante. Relatarão então a

experiência, dizendo se gostaram mais quando estavam pintados ou com os rostos

limpos. Comentar sobre a beleza de cada um.

Page 28: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

A professora retornará contando histórias de maquiadores,

maquiagens atuais, pinturas corporais em indígenas, tribos e pessoas que se

utilizam de tatuagens, tribais, piercings, brincos... para ornamentar o corpo. Inclusive

ornamentos como: máscaras, fantasias tribais.

Avaliação

Perceber como os alunos agem em cada etapa da atividade. Se gostam

ou não da experiência de se pintar e a de pintar o colega e o colega de ser

pintado. Questões que podem ajudar o professor a avaliar o desempenho de

cada aluno na dinâmica:

1. Você gostou da sua pintura?

2. Gostou mais da pintura que fez no seu colega ou a que seu colega fez em

você?

3. Você já tinha visto pinturas corporais em índios? Onde?

4. Você já viu alguém fazendo tatuagens? Tribais? Ou palhaços sendo

pintados ou se pintando? Onde?

5. Pensa em algum dia usar pinturas como tatuagens, tribais, piercings...?

Dicas

Pesquisar pinturas corporais de tribos indígenas brasileiras. Lá irá

encontrar muitas imagens.

Pesquisar tribos atuais, como se comportam.

Page 29: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

Pesquisar pessoas que usam tatuagens, criação de tribais, palhaços.

Links/Referências

Sites de busca das figuras acima:

http://artesanato.culturamix.com/pintura/pinturas-corporais

http://obviousmag.org/archives/2010/01/pinturas corporais_hiperrealistas.html

http://sorvetedetinta.blogspot.com.br/

http://www.oxfordporcelanas.com.br/blog/pinturas-corporais/

http://www.pacoquinha.com/curiosas-e-incriveis-pinturas-corporais/

http://www.pictime.com.br/fotos/pinturas-corporais

http://obviousmag.org/archives/2010/01/pinturas corporais_hiperrealistas.html

http://www.sabetudo.net/modelos-de-pinturas-no-corpo-para-o-carnaval-2012

fotos.html

http://www.infoescola.com/artes/pintura-corporal/

Por que esta atividade é importante? Objetivo.

Observação de detalhes do rosto e valorização do mesmo.

Valorização do rosto do(s) colega(s).

Criação de fisionomias diversas, percebendo expressões de: raiva, alegria,

pensativo, triste...

Habilidades a serem desenvolvidas com esta atividade.

Habilidades motoras, atenção, concentração, percepção, interpretação,

autoconceito, autoconhecimento.

A quem se dirige? Idade mínima para participar.

Alunos da SRM-tipo I. Todos poderão participar, apresentando maior ou

menor dificuldade. A partir de 11 anos.

Duração: Dois encontros - 2h/aula + 2h/aula.

Page 30: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

Materiais necessários:

Desenhos de fisionomias, espelhos, máquina fotográfica, papel grande

para montar painel.

Como fazer?

A professora levará figuras de várias fisionomias e depois tirará foto dos

alunos, revelando-as. Os alunos serão convidados a expressar diversas emoções.

Como alegria, felicidade, tristeza, chateação, estar pensativo...

O aluno terá um tempo para se olhar no espelho identificando se sua

fisionomia é bonita ou não gosta. O que acha bonito no seu rosto ou não gosta. O

mesmo processo acontecerá ao apresentar na fisionomia diferentes emoções. As

fotos tiradas em cada representação emocional serão reveladas e com elas os

alunos montarão um painel.

Avaliação

O aluno será avaliado em sua observação ativa, atenção, concentração e

participação na atividade. A professora deverá perceber se o aluno está

procurando a auto-valorização.

Identificar emoções nas expressões fisionômicas; movimentos da outra

pessoa; ler e compreender dicas do comportamento não verbal do outro;

expressão oral.

A motricidade será percebida ao elaborar o painel.

Dicas

Pesquisar outras expressões fisionômicas num site de busca ou pesquisa.

Links

http://pt.dreamstime.com/imagem-de-stock-royalty-free-expresses-faciais-

image19653836

Page 31: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

http://leilacastanha.blogspot.com.br/2013/01/sentimentos.html

Por que esta atividade é importante? Objetivo.

Desenvolver no aluno a possibilidade de perceber que as pessoas não

devem seguir os padrões da sociedade, mediante a fotomontagem de cada

aluno.

Habilidades a serem desenvolvidas com esta atividade.

Habilidades motoras, atenção, concentração, percepção, interpretação,

autoconceito, autoconhecimento.

A quem se dirige? Idade mínima para participar. Aos alunos da SRM-tipo I, DI, TGD. A partir dos 11 anos de idade.

Duração: Um encontro – 2 h/aula

Materiais necessários: Revistas, tesouras, papéis sulfite e craft para cartaz, cola, canetões.

Como fazer?

Conversar com os alunos sobre diferenças que uma pessoa apresenta em

relação à outra.

Levar revistas, e os outros materiais e pedir aos alunos que folheiem as

revistas e encontrem cabeças, corpos, membros superiores e inferiores, sapatos,

acessórios, dentre outros. Pedir para os alunos recortarem as figuras mencionadas

e que sejam de seu agrado e com elas fazer uma montagem, antes de colar no

papel sulfite. Se o resultado for do agrado do aluno, chegou o momento de finalizar

a atividade. Passar a cola no verso das figuras e fazer a montagem. Colar no papel

craft para exposição dos trabalhos.

Avaliação

A motricidade será percebida ao elaborar o painel.

O aluno será avaliado em sua observação ativa, atenção, concentração e

participação na atividade.

Perceber como os alunos agem em cada etapa da atividade. Se gostam

ou não da experiência de montar figuras diferentes.

Page 32: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

Dicas

Como variante, os alunos poderão fazer montagem de animais em figuras

humanas e vice-versa.

Por que esta atividade é importante? Objetivo.

Valorizar o que é importante a cada dia, ou seja, dentre as atividades que

realizamos durante um dia, quais são aquelas que não podem ser deixadas

de lado, durante um dia.

Habilidades a serem desenvolvidas com esta atividade.

Habilidades motoras e sociais, relações de parentesco, interpessoalidade,

atenção, concentração, percepção, interpretação, reflexão, autoconceito,

autoconhecimento, sequenciação das atividades/organização temporal e espacial,

oralidade.

A quem se dirige? Idade mínima para participar.

Alunos que são atendidos na SRM-I. Idade mínima: 11 anos.

Duração: Dois encontros – 4 h/aula.

Materiais necessários:

Projetor multimídia; gravação de uma criança em sua rotina diária; sanfona

de papel.

Como fazer?

O aluno deve ilustrar ou listar as suas ações durante os três períodos do dia:

manhã, tarde e noite.

Avaliação

Verificar se há coerência na linha do tempo produzida pelo aluno. Incitar a

reflexão do aluno, propiciando questões a serem por ele respondidas:

1) Acordo a que horas? Almoço? A que horas faço cada refeição?

2) Quando chego da escola o que faço?

3) E quando não estou estudando?

4) Ajudo minha família em alguma coisa?

5) Meu passeio preferido é...

6) O lugar que quero conhecer algum dia, é...

Page 33: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

7) Onde mais gosto de estar... E menos gosto...

Dicas

Modelo de família tradicional. Linha natural do tempo: da vida –

nascimento, infância, adolescência, fase adulta, idosa, até a morte.

Por que esta atividade é importante? Objetivo(s).

Perceber o próprio corpo e o do colega.

Desenvolver atenção, equilíbrio, ritmo, d isc ip l inar idade,

responsabi l idade com o t rabalho rea l i zado, memória, aprimoramento do

poder de concentração, confiança mútua, cumplicidade do jogo de improvisação.

Reconhecer as partes que compõem o corpo humano.

Observar diferenças de estaturas, e outros detalhes.

Habilidades a serem desenvolvidas com esta atividade.

Habilidades motoras, identificação, atenção, equilíbrio, ritmo,

concentração, percepção do eu e do outro, memorização, interpretação,

autoconceito, autoconhecimento, sequenciação.

A quem se dirige? Idade mínima para participar.

Todos os alunos que apresentam deficiência ou transtorno. Acima de 11

anos.

Duração: Um encontro - 2h/aula.

Materiais necessários:

Aparelho de som, música ambiente, rolo de papel craft, canetões

hidrográficos coloridos, fita adesiva.

Como fazer?

Cada aluno escolherá um colega. Na dupla, um será o espelho e o outro o

comando. O espelho deverá repetir os gestos e movimentos do comando, como:

pentear-se, pular, expressar caretas, abaixar, girar, etc. refletindo todos os

movimentos iniciados pelo outro, dos pés à cabeça. Após algum tempo inverte-se

as posições dentro da díade.

Page 34: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

Desenhando o corpo do colega. Cada um desenhará num papel grande o

corpo do seu colega e ao final colarão na parede os trabalhos.

Avaliação

A avaliação poderá ser feita pelo professor mediador da atividade,

observando como os alunos desenvolvem tarefa, se o resultado final é fiel ao

modelo copiado ou não. Verificar se os alunos demonstram interesse em participar

da atividade.

Avaliar a precisão com que desenham o contorno do colega e a qualidade

com que realizam o preenchimento dos detalhes como: boca, orelhas, unhas,

olhos, nariz, etc.

Dicas

O professor deverá, antes de iniciar esta atividade, conversar com os

alunos sobre a importância do nosso corpo e do corpo do outro, no espaço em que

vivemos. Analisar a importância de se respeitar o espaço do outro com educação,

dizendo sempre as “palavras mágicas” como: obrigado, com licença, por favor, etc.

Perguntar se eles gostam de ser imitados nas coisas do dia a dia, ou se preferem

criar coisas diferentes. O que fazem igual e diferente das outras pessoas.

Links

http://pt.scribd.com/doc/29282665/Dinamicas-Exercicios-de-Grupo-Para-Teatro.

Acesso: 21 de ago. de 2013.

Por que esta atividade é importante? Objetivo(s).

Os alunos terão a oportunidade de conhecer um dos maiores artistas do

período pós-impressionista Claude Monet, analisando uma obra dele: “O Almoço na

Relva” de 1865.

Sensibilizar os alunos da importância de conhecermos um pouco da

história da arte, contando a vida e obra do artista.

Conhecer e produzir com os alunos os próprios almoços, através de

produções provindas de suas realidades.

Page 35: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

Propiciar a oportunidade de aprendizagem em como podemos melhorar a

forma de nos alimentarmos e como vivemos.

Habilidades a serem desenvolvidas com esta atividade.

Habilidades motoras, produção, identificação, atenção, concentração,

interpretação, autoconceito, autoconhecimento.

A quem se dirige? Idade mínima para participar.

Alunos da SRM-tipo I, com DI, TGDs e outras. Idade mínima a partir de 11

anos de idade.

Duração: Um encontro - 2h/aula.

Materiais necessários:

Livro: “Monet” de Taschen, papéis, lápis para desenhar, lápis de cor, giz

de cera, canetinhas hidrográficas.

Como fazer?

A professora levará o livro “Monet” de Taschen (1995) e mostrará algumas

obras mais famosas do artista como: “Almoço na Relva”; “Mulheres no Jardim”

(1866); “O Almoço” (1873); “O Passeio, A Mulher com Sombrinha” (1875) e a

“Japonesa”(1875); “O Jardim de Monet, os Lírios” (1900). Contará a história da sua

vida e obra, que viveu de 1840 a 1926, e mostrará o artista quando jovem e idoso.

Fazer uma pergunta: O que vocês percebem de diferente daquela época aos dias de

hoje? Os alunos falarão. Explicará sobre como era a vida naquela época, os trajes,

as comidas. Mostrará a obra “O Almoço na Relva” e outras. Os alunos irão perceber

as diferenças.

A professora conversará com os alunos sobre o que gostam, não

gostam de comer, os horários que se comem, etc. Pedirá aos alunos que desenhem

ou escrevam sobre: Como é meu almoço todos os dias.

Fazer cartazes de alimentos saudáveis e não saudáveis.

Avaliação

A elaboração das atividades solicitadas constitui uma forma de perceber o

envolvimento de cada aluno na tarefa.

Perceber no aluno que é capaz de discriminar a relação entre

determinados comportamentos emitidos e as emoções que eles suscitam.

Page 36: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

Medir o tempo de atenção, concentração ao executar os trabalhos.

Perceber as respostas de cada aluno ante as dificuldades e empecilhos no

processo, permitindo avaliar o grau de paciência e manejo de situações adversas.

A motricidade será percebida ao elaborar o painel.

Dicas

Manet foi inspiração para Monet.

O artista Edouard Manet, o “Piquenique na Relva” de 1863.

Segundo Taschen (1995, p. 07), “Claude Monet é o pintor da luz do dia, do

céu, da neve, das nuvens a refletirem-se na água e o primeiro a pintar quadros

quase completamente brancos”.

No século XVIII, os artistas eram confrontados com um público aristocrático e

culto. É famoso.

Claude Oscar Monet nasceu em Paris em 1840, foi criado no meio modesto.

Na infância, passa o Verão na casa de campo da tia Sophie e o Inverno em

Havre. A praia, o mar, as falésias e as dunas... o que o inspiraram a pintar.

Aos quinze anos fica famoso pelas caricaturas, que fazia de seus professores

e outros personagens.

O pai que o deseja ver suceder, não demonstra interesse. Parte para Paris,

rumo a sua carreira de pintor, pois sua mãe faleceu em 1857. Foi embora,

sobreviveu a princípio da atividade de caricaturista. Ficou rodeado de jovens

pintores paisagistas.

Em 1858, pinta ao ar livre quando conhece Boudin.

Serviu o exército na Argélia, ficou doente de tifo. Sua família o ajudou e ele se

recuperou.

No decorrer de sua vida teve contato e experiência artística com muitos

pintores, em seus ateliers.

Em 1863, viu as primeiras obras de Manet. Monet pinta – o seu “Almoço” de

4,20 x 6,50 metros que compreenderá uma dúzia de personagens em tamanho

natural, reunidas num bosque de bétulas para uma refeição de vinho, frango

recheado e tarde. Mostra a moda e burguesia de Paris.

Page 37: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

Pinta em quatro dias, sua amiga “Camille ou Senhora de Vestido Verde” para

expor no Salon, e deixa de lado a obra que ficou inacabada “O Almoço na Relva”.

Pinta “Mulheres no Jardim” dentre outras muitas obras.

Torna-se amigo de Renoir em 1862, e Pissarro.

Em 1867, quando passa o Verão com os pais, Camille Doncieux, dá a luz seu

primeiro filho.

Em 1873, pinta “O Almoço”, onde estão Camille, sua companheira e o

pequeno Jean.

Monet passa por muitas dificuldades financeiras.

Em 1878, nasce o filho Michel em Paris de Alice e os seis filhos.

Em 1879, morre Camille com 32 anos de idade.

Passou por muitos ateliers, comprou vários, em vários lugares, às vezes

obtinha sucesso e muitas vezes não.

Em 1899, começa a pintar a série “Nenúfares” que se dedicará até a sua

morte.

Conheceu artistas famosos como: RODIN, o espanhol VELÁZQUEZ,

CÉZANNE.

Em 1921, após perder vários familiares e amigos, já quase sem enxergar, faz

duas operações restituem a visão de cataratas a Monet.

Em 1922, assina doação de seus “Nenúfares”

Em 1926, morre em Giverny, aos 86 anos.

Links/Referências

TASCHEN, B. Claude Monet (1840-1926). Tradução Portuguesa: Jorge Manoel

Pinheiro Valente, Lisboa, 1995, 96 p.

Page 38: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

Quebra-cabeça

Jogo da Memória

Dominó

Tangran

Por que esta atividade é importante? Objetivo(s).

Valorizar a autoestima do aluno, construindo jogos, que ele próprio e

outros alunos das classes comuns e da SRM-tipo I, poderão utilizar.

Habilidades a serem desenvolvidas com esta atividade.

Habilidades motoras, atenção, concentração, percepção, memorização,

autoconceito, orientação temporal e espacial.

A quem se dirige? Idade mínima para participar.

Alunos da SRM-tipo I. Idade mínima 11 anos.

Duração: Seis aulas de 50’.

Materiais Necessários:

Gravuras de paisagens, papel espesso, cola de bastão, lápis, canetões,

lápis coloridos, saquinhos plásticos, fitilhos, jogos de quebra-cabeça, dominó e

memória, EVAs coloridos.

Como fazer?

Montar quebra-cabeças, utilizando paisagens.

Os alunos deverão relatar como se sentiriam se estivessem inseridos na

paisagem que acabaram de montar.

Traçar linhas retas, curvas, cruzadas, sobre a paisagem.

Colar em papel espesso, deixar secar. Recortar nas linhas traçadas

previamente. Colocar as peças em saquinhos e amarrar.

A seguir: o aluno irá confeccionar outros jogos como de memória, dominó,

tangran, com temas definidos ou o que o aluno vier a criar.

Os alunos deverão personalizar os jogos que confeccionaram colocando seus

nomes e turmas nos saquinhos contendo as peças do jogo.

Avaliação

Page 39: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

A elaboração das atividades solicitadas constitui uma forma de perceber o

envolvimento de cada aluno na tarefa. A atenção e concentração serão avaliadas

nas várias etapas da atividade.

Perceber como os alunos agem em cada etapa da atividade. Se gostam

ou não da experiência de se pintar e a de pintar o colega e o colega de ser pintado.

A motricidade será percebida ao elaborar os jogos.

A avaliação poderá ser feita pelo professor mediador da atividade,

observando como os alunos desenvolvem tarefa, se o resultado final é fiel ao

modelo copiado ou não. Verificar se os alunos demonstram interesse em participar

da atividade.

Dicas

O professor deverá levar modelos de jogos prontos, e orientar

constantemente com conversações necessárias e demonstrações no quadro

de giz.

Links

Pesquisar no site de busca modelos de quebra-cabeça, dentre outros.

Esta produção será trabalhada nos moldes de Unidade Didática. Tem como

proposta central de estudo e intervenção, a construção de um compendio agrupando

atividades artísticas/educativas para trabalhar com alunos com deficiência e

dificuldades de aprendizagem em processo de inclusão escolar, e que frequentam

no contraturno a Sala de Recursos Multifuncional-tipo I(SRM). Este material didático

foi elaborado para atender às necessidades de professores que apresentam

interesse em trabalhar com atividades de arte e demais disciplinas, visando melhorar

a autoestima, a coordenação motora, a concentração, a aprendizagem dos alunos

das SRM-tipo I.

Os alunos em Atendimento Educacional Especializado, na SRM- tipo I, no

Colégio Estadual do Campo Terra Boa – apresentam necessidades educacionais

especiais com deficiência intelectual, motora e sensorial, transtorno do déficit de

atenção e hiperatividade, interferindo na aprendizagem e no rendimento escolar.

Page 40: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

Tais alunos frequentam as salas de aula do ensino regular e em alguns horários

desenvolvem atividades na sala de recursos multifuncional tipo I.

Observou-se que o trabalho em arte permite maior engajamento dos alunos

nas atividades, desenvolvendo, de forma indireta, inúmeras habilidades importantes

para as suas vidas, além do gosto em aprender mais. Atividades diversificadas,

fazendo uso de materiais distintos, estimulam diversas áreas do cérebro.

Contribuem também para que o aluno melhore a sua capacidade de comunicação, o

raciocínio lógico-matemático, a autoestima, o que terá efeito no seu desempenho

acadêmico.

Para atingir os objetivos propostos os conteúdos devem acontecer de forma

crescente, partindo das experiências que o aluno traz, integrando-as a novos

conhecimentos, agora de cunho mais teórico. Portanto, a presente Unidade Didática

está organizada em atividades teórico-práticas.

Não se procura com estas atividades, tornar o aluno um artista, mas, utilizar-

se dos benefícios da arte para promover melhorias significativas na qualidade de

vida dos alunos atendidos pela SRM-I, pela elevação do nível de concentração, e

pela expressão de sentimentos e emoções, comportamentos, e principalmente o

desenvolvimento da estima.

As atividades estão distribuídas em horas/aula, conforme explicitado no

quadro abaixo, apresentado na sequencia:

Nº Atividade Horas/aula Carga horária

01 Dinâmica da Apresentação 02 h/a + 02 h/a 04

02 Autoconhecimento 02 h/a +02 h/a 04

03 Ler o Pensamento 02 h/a 02

04 Se ligue em você “A luzinha acesa e a

luzinha apagada”

04 h/a

04

05 “O Equilibrista” 04 h/a 04

06 Trabalhando com barro (argila) 04 h/a 04

07 Trabalhando pintura corporal 04 h/a 04

08 Trabalhando fisionomias 02 h/a +02 h/a 04

09 Fotomontagem 02 h/a 02

10 Linha do tempo, durante 24 horas 04 h/a 04

11 O Espelho 02 h/a 02

12 “O Almoço na Relva” de Monet 02 h/a 02

13 Confecção de Jogos Educativos 06 h/a 06

Page 41: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

Para realizar as atividades propostas nesta Unidade Didática, deverá existir

uma sala de SRM-tipo I, de no mínimo 30 m², asseada, organizada com mesas ou

cadeiras, além de materiais diversos.

A proposta que constitui a presente Unidade Didática compreende um período

de cerca cinco meses para sua implementação, num total de 32 horas/aula,

considerando que os encontros serão semanais de 2 ou 4 (duas ou quatro)

horas/aula cada.

A avaliação será realizada mediante acompanhamento de formulários

próprios do programa pelos envolvidos nas diversas instâncias: Direção e Equipe

Pedagógica da escola de implementação e Representante do PDE no NRE-Área

Metropolitana Norte.

Quanto ao êxito do projeto e se as ações alcançaram os resultados

esperados ocorrerá na ultima etapa da implementação.

A finalização se dará por meio do artigo científico, onde se constatará os

resultados obtidos durante o período de implementação.

Os alunos que são atendidos na Sala de Recursos Multifuncional-tipo I, do

Colégio Estadual do Campo Terra Boa, em Campina Grande do Sul, apresentam na

sua maioria síndrome à deficiência intelectual. O atendimento, normalmente

acontece de forma individualizada e em pequenos grupos.

Em geral, os alunos que apresentam algum tipo de deficiência, vivem num

universo onde sentem-se inferiores ou inferiorizados pela sociedade que usa de

preconceito e discriminações exarcebadas. Vivem uma vida tumultuada, apresentam

emoções abaladas, dificuldades na convivência mútua e integração com pessoas, e

baixa autoestima, que passou a ser o motivo deste projeto, e ainda rendimento

escolar considerado insatisfatório pela maioria dos professores.

Ao promover atividades que procuram resgatar a autoestima desses alunos, o

equilíbrio emocional, a harmonia ao convívio sócio-cultural, poderão se sentir mais

valorizados e felizes no ambiente escolar e em suas vidas.

Esta produção didática visa contemplar atividades que possam desenvolver a

identidade do aluno, a cidadania onde se trabalhará a identidade no outro e no

Page 42: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

grupo. Também poderá ser útil para profissionais da educação que se apoiarão e

poderão criar para fazer suas aulas mais interessantes.

O trabalho com artes e outras atividades educativas interdisciplinares,

envolvendo várias disciplinas do currículo, tem sido percebida por muitos

professores da área. Principalmente no que discerne ao estudo das artes, para

desenvolver habilidades artísticas, nos vários talentos em que uma grande parte

desse público será agraciado.

Os materiais necessários, ora aqui utilizados são de fácil aquisição, e as

estratégias de ação bem como fontes referenciais são claras e acessíveis, sendo

viáveis aos interessados.

Um abraço a todos!!!

ALMEIDA, F. L. de. O equilibrista; ilustrações Fernando de Castro Lopes. 3ª ed.

Coleção passa anel. São Paulo: Ática, 1985. 32 p.

BARROS, C. S. Guimarães. Pontos de psicologia do desenvolvimento. 12ª Ed. 9ª

impressão.Série Educação. Ed. Ática. São Paulo, 2008.

BRASIL. Decreto n. 3.956, de 8 de outubro de 2001. Diário Oficial da União,

Brasília, DF, 8 out. 2001a.

CALABRIA, C. P. Brondi. Arte, história e produção: arte Brasil. Caderno 1.

Ed.renovada. São Paulo: FTD, 2009, p. 104.

CÓRIA-SABRINI, A. M. Psicologia do desenvolvimento. 2ª Ed. Série Educação.

Ed. Ática. São Paulo, 1997.

COSTA, R. X. da (org.). Arteterapia e educação inclusiva: diálogo multidisciplinar. 1

ed. Rio de Janeiro: WAK Editora, 2010. 164p.

Page 43: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

GASPARETTO, L. A. Se ligue em você. Revisão: Ana Maria Littiéri. Capa e

produção visual: Kátia Cabello. 14ª edição. Publicação e distribuição: Espaço Vida e

Consciência. Dezembro de 1999. 10.000 exemplares.

MOYSÉS, L. A autoestima se constrói passo a passo. 8ª Ed. Campinas, São

Paulo: Papirus, 2012.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Superintendência da

Educação. Instrução nº 016 de 17 de novembro de 2011. Decreto Federal nº

7.611, de 17 nov. 2011. Curitiba, SEED/SUED. 2011.

PILETTI, N. Psicologia da aprendizagem: da teoria do condicionamento ao

construtivismo. 1ª Ed. São Paulo: Contexto, 2012.

SCHIMIDT, M. A. Recriando histórias de Campina Grande do Sul. Curitiba:

UFPR/Prefeitura Municipal de Campina Grande do Sul. Curitiba, 1ª edição, 2003, p.

50.

TASCHEN, B. Claude Monet (1840-1926). Trad. Portuguesa: Jorge Manoel Pinheiro

Valente, Lisboa, 1995, 96 p.

VIRGOLIM, A. M. R. et alii. Toc, toc... plim, plim: Lidando com as emoções,

brincando com o pensamento através da criatividade. 13ª ed. – Campinas, SP;

Papirus, 2012.

Na internet:

http://pt.scribd.com/doc/29282665/Dinamicas-Exercicios-de-Grupo-Para-

Teatro.Acesso: 21 de ago. de 2013.

ensinarexigealegria1.blogspot.com/.../projeto-para-trabalhar-identidade-

Acesso em: 22 de ago. de 2013.

http://www.pe-z.com.br/subsecao_ler.php?id=Nzgy. Acesso em 23 de ago. de

2013.

http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar../index.php?option=com_content&v

iew=article&id=350&Itemid=180. Acesso em: 04. dez. 2013.

Page 44: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · 2016-06-10 · estagiei com alunos em Atendimento Educacional Especializado ± AEE. Tive contato com alunos apresentando deficiências

http://pt.scribd.com/doc/29282665/Dinamicas-Exercicios-de-Grupo-Para-

Teatro. Acesso: 21 de ago. de 2013.

https://www.brasilescola.com/psicologia/autoconhecimento.htm%E2%80%8E.

Acesso em: 06.dez.2013.

http://www.portalbrasil.net/nomes/a.htm. Acesso em: 06.dez.2013.

Dos sites de busca das figuras:

Pinturas corporais:

http://artesanato.culturamix.com/pintura/pinturas-corporais. Acesso:

09.dez.2013.

http://obviousmag.org/archives/2010/01/pinturas corporais_hiperrealistas.html.

Acesso: 09.dez.2013.

http://sorvetedetinta.blogspot.com.br/. Acesso: 09.dez.2013.

http://www.oxfordporcelanas.com.br/blog/pinturas-corporais/. Acesso:

09.dez.2013.

http://www.pacoquinha.com/curiosas-e-incriveis-pinturas-corporais/. Acesso:

09.dez.2013.

http://www.pictime.com.br/fotos/pinturas-corporais. Acesso: 09.dez.2013.

http://www.sabetudo.net/modelos-de-pinturas-no-corpo-para-o-carnaval-2012

fotos.html. Acesso: 09.dez.2013.

http://www.infoescola.com/artes/pintura-corporal/. Acesso: 09.dez.2013.

Expressões fisionômicas:

http://pt.dreamstime.com/imagem-de-stock-royalty-free-expresses-faciais-

image19653836. Acesso: 09.dez.2013.

http://leilacastanha.blogspot.com.br/2013/01/sentimentos.html. Acesso:

09.dez.2013.