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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE

II

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FICHA DE IDENTIFICAÇÃO

Título: Estratégias de leitura através de fábulas

Autora: Cleusa Desplanches Buard

Disciplina/Área: Língua Portuguesa

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual do Campo Salto Grande do Turvo

Município da escola: Doutor Ulysses – Paraná

Núcleo Regional de Educação:

Área Metropolitana Norte

Professora Orientadora: Viviane do Rocio Barbosa

Instituição de Ensino Superior:

UFPR – Universidade Federal do Paraná

Relação Interdisciplinar: Não

Resumo: Este projeto visa motivar a

leitura de alunos do 6º Ano do Ensino

Fundamental de uma escola do

campo, utilizando estratégias através

do gênero textual fábula,

extrapolando a ação de ler por ler,

mas avançando para a leitura com

objetivos, de querer conhecer novos

mundos. Percebe-se que os alunos

estão ingressando na segunda fase

do Ensino Fundamental dispersos e

não apreciam leituras de obras

literárias volumosas ou que

demandem muitas dificuldades de

interpretação, estão se afastando

cada vez mais dos livros devido aos

atrativos tecnológicos, tornando-se

necessário o desenvolvimento de

ações para resgatar a leitura como um

dos principais caminhos para a

aquisição de conhecimento. É nesse

sentido que, a escolha pelo gênero

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fábula ocorre, visto que proporciona

discussões e reflexões além do texto,

por ser uma narrativa textual curta,

bem humorada, apresenta um moral e

é de fácil compreensão; os

personagens geralmente são animais,

fazendo com que os textos tornem-se

atrativos e motivadores para a leitura.

Dessa forma, pretende-se que as

estratégias utilizadas sejam

instigantes, propiciando aos

educandos a compreensão e a

interpretação das leituras, através de

atividades agradáveis e prazerosas.

Palavras-chave: Fábulas; Estratégias de Leitura; Língua Portuguesa

Formato do Material Didático: Unidade Didática

Público: Alunos do 6º Ano

1 - APRESENTAÇÃO

A proposta consiste na elaboração de uma unidade didática, desenvolvido

pelo Programa de Desenvolvimento Educacional – (PDE - 2014) da Secretaria

de Educação do Estado do Paraná, destinada aos alunos do 6º Ano do Ensino

Fundamental, tornando um grande aliado ao estímulo da leitura no desempenho

escolar e no processo ensino aprendizagem.

As atividades que serão desenvolvidas têm como objetivo motivar a

leitura, e as estratégias adotadas possam proporcionar a compreensão,

interpretação e a prática de ler.

A proposta será desenvolvida com alunos do 6º Ano por estarem iniciando

a 2ª fase do ensino fundamental e acreditando que esse trabalho possa

desencadear resultados significativos ao longo dos demais anos do curso.

Levou-se em consideração as características dos alunos de uma escola

de campo, o fato de pertencerem a famílias de baixa renda e por não possuírem

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incentivo familiar para práticas escolares.

Toda essa ação fica a encargo da escola, proporcionar alternativas e

possibilidades para realização de propostas para desenvolver a leitura, e tornar

os alunos conscientes do valor dessa prática para sua vida acadêmica.

Sabendo que, através da leitura o ser humano adquire a ferramenta para

adentrar no processo de participação social, é ela que encaminha o mesmo

acessar, participar, interferir e até modificar.

Nas Diretrizes menciona-se que:

A leitura é compreendida como um ato dialógico, interlocutivo, que envolve demandas sociais, históricas, políticas, econômicas, pedagógicas e ideológicas de determinados momento. Ao ler o indivíduo busca as suas experiências, os seus conhecimentos prévios, a sua formação familiar, religiosa, cultural, enfim, as várias vozes que o constituem (PARANÁ ,2008, p. 56).

Sendo assim, o ato de ler oportuniza o indivíduo fazer essa busca de

experiência adquirida e passa a ter uma grande importância social, contribuindo

para a ampliação do conhecimento do ser humano, da compreensão e a

interação de forma crítica com o mundo.

A unidade didática busca através das fábulas atrair o leitor por ser leituras

rápidas e divertidas, de fácil assimilação, seus atores são geralmente animais,

suas atitudes são comparadas com características dos seres humanos, as

histórias proporcionam distrações e reflexões, tornando um desafio e

estimulando os alunos para a leitura e envolvendo-os.

As fábulas usadas serão dos autores Esopo, Jean de La Fontaine e

Monteiro Lobato e o material de apoio produzido, busca estratégias motivadoras

para que as atividades sejam agradáveis e prazerosas na tentativa de motivar a

leitura por prazer.

2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A leitura é um dos principais caminhos para a aquisição de conhecimentos

e melhorar as relações entre os seres humanos, promovendo reflexão sobre

diferentes assuntos e favorecendo a formação de um leitor crítico.

Segundo Solé:

A leitura nos aproxima da cultura. Por isso um dos objetivos da leitura é ler para aprender. Quando um leitor compreende o que lê, está

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aprendendo e coloca em funcionamento uma série de estratégias cuja função é assegurar esse objetivo (SOLÉ, 1998, p.46).

Por acreditar que estratégias motivadoras dinamizem o processo da

leitura e proporcione o prazer aos educandos, essa proposta utiliza-se de

fábulas, que são textos curtos, para implantar a prática desse recurso importante

no desenvolvimento do nível cultural dos alunos em seu dia a dia.

Ler é muito mais do que somente decodificar os sinais impressos em uma

página; é, antes de tudo, interagir, construir um sentido para o texto. Solé (1998),

nesse sentido, diz que [...] “ler não é decodificar, mas para ler é preciso saber

decodificar” (p.52).

É através da leitura que acontece a interação do leitor com o texto e com

o autor, extrapolando o universo linguístico do texto. Kleiman (2013, p. 12) diz

que [...] “leitura é um ato social, entre dois sujeitos – leitor e autor – que interagem

entre si, obedecendo a objetivos e necessidades socialmente determinados”.

Portanto, é por meio da leitura que podemos ter o domínio da palavra;

através da palavra, trocamos ideias e conhecimentos, sendo possível

compreender o mundo que nos rodeia; com o domínio da palavra, podemos nos

transformar, e com essa transformação, construímos um mundo melhor.

Almeida, (2008, p.39), diz que “Ler o mundo é compará-lo, desconstruí-lo

e reinventá-lo a seu modo.” Nesse sentido, quando o livro é lido com prazer

transporta-nos a outros mundos, dá vida aos nossos sonhos, estimula as nossas

emoções e imaginações. É este entusiasmo que poderá ligar o aluno ao livro,

despertando-lhe o gosto e a necessidade de aprender a ler, no sentido de

desbravar a fantasia que cada história, ou cada livro carrega.

3 – OBJETIVO GERAL

Despertar a motivação da leitura utilizando o gênero Fábula de forma

prazerosa e eficiente, de modo a contribuir efetivamente o enriquecimento

curricular dos alunos envolvidos e servir de inspiração para as demais turmas da

escola em que o programa será desenvolvido.

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4 - MATERIAL DIDÁTICO

1º momento

Dinâmica: Participando da história

Objetivos:

- Chamar a atenção do educando para a participação no programa de

incentivo à leitura;

- Mostrar a importância da leitura para o desenvolvimento social e cultural

dos alunos.

Atividade 1:

Essa atividade deverá iniciar com uma dinâmica, onde o professor fará a

leitura do trecho da fábula, – “O lobo e o cordeiro”, na versão de Monteiro Lobato;

mas ainda neste momento, não deverá ser divulgada que é uma fábula.

Os alunos apresentarão por escrito possíveis ideias para a finalização da

história, e cada um terá oportunidade de apresentar seu resultado final; com a

mediação do professor, e de comum acordo, colhendo o final que mais agrade a

turma, e finalizando a dinâmica com a leitura original da fábula.

O professor deverá trabalhar com o vocabulário, caso tenha algumas

palavras no texto que os alunos encontrem dificuldades de compreensão.

O lobo e o cordeiro (Monteiro Lobato)

“Estava o cordeiro a beber num córrego, quando apareceu um lobo

esfaimado, de horrendo aspecto”.

– Que desaforo é esse de turvar a água que venho beber? — disse o

monstro arreganhando os dentes. ...”

Ver texto na íntegra: LOBATO, Monteiro, 1882 – 1948. Fábulas / Monteiro Lobato; ilustrações Alcy Linares. – 3 ed. – São Paulo: Editora Globo, 2012.

Na sequência haverá uma conversa direcionada, sobre o projeto em

questão, os motivos dessa ação e os resultados que se pretende alcançar, com

expectativas de que ao final possa despertar o prazer de ler através das fábulas.

Em seguida, passar o vídeo intitulado “A importância da leitura” (2014),

servindo como suporte de motivação e valorização da leitura.

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https://www.youtube.com/wartch?v=3UuQzUKUU-M Acesso em: 21/07/2014.

Abrir-se-á uma discussão, para que haja uma reflexão sobre o exposto

na apresentação e as experiências dos alunos com a leitura, inserindo

questionamentos e os mesmos registrarão as opiniões.

- Que prazer a leitura proporciona ao leitor?

- Quais conhecimentos adquirem-se através da leitura?

- Quais benefícios a leitura traz para a vida das pessoas?

- Quais leituras costumam realizar?

- Existe a cultura da leitura na sua família?

- Os pais investem em livros para o desenvolvimento do ato de ler?

Recursos: Texto, vídeo, data show, caderno, lápis e caneta.

Duração: 4 horas/aulas

2º Momento Dinâmica: Conhecendo e refletindo os ditados populares

Objetivos:

- Familiarizar e refletir sobre os ditados populares;

- Diferenciar um ditado popular de outros de textos;

- Participe ativamente da atividade, expressando sua opinião.

Atividade 2:

Segundo a Wikipédia,

Ditado popular é uma frase do popular, com um texto mínimo de autor

anônimo que é várias vezes repetido e se baseia no senso comum de um

determinado meio cultural, como por exemplo: “antes ele do que eu”.

Ditado é a expressão que se mantém imutável através dos anos, constituindo uma parte importante de cada cultura.

Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ditado_popular

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Acesso em: 19/11/2014 – às: 08:45hs.

Neste momento o professor deve explicar o conceito de ditado popular,

exemplificando-os, mostrando que é comum o seu uso no dia a dia e que seu

uso tem uma certa finalidade, que é a reflexão de um ato, de um pensamento ou

sentimento. É interessante lembrar que sempre que for necessário, fazer

retomada do entendimento dos ditados populares.

Em seguida os alunos deverão fazer um círculo a qual uma caixinha

surpresa, com vários ditados populares, passará de mão em mão, ao som de

uma música, e, quando a música parar, o aluno que estiver segurando a caixa

deverá pegar de dentro um cartão que estará escrito uma frase – ditado popular

– e fará a leitura em voz alta aos colegas, explicando o que ele entendeu. Em

seguida, volta a caixinha a circular, repetindo-se a ação até terminar os cartões.

Após essa dinâmica, cada aluno poderá apresentar outros ditados

populares que conhece, e a turma pode participar explicando o significado dos

mesmos.

Recursos: Caixa de papelão, papel sulfite, papel cartão, som, quadro e giz.

Duração: 4 horas/aulas

3º Momento

Dramatizando as fábulas

Objetivos:

- Reconhecer a importância da dramatização para efetivar a

compreensão de um texto;

- Perceber o quanto é prazeroso a leitura das fábulas.

Atividade 3:

Nesse momento o professor deverá proporcionar aos alunos o contato

com algumas fábulas que serão usados ao longo do projeto, para que haja o

reconhecimento do gênero.

Em seguida será feita a leitura pelo professor, com entonação e

dramatização.

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É importante realçar, que os alunos devem observar os gestos, as

expressões faciais, e a entonação de voz que está sendo usada, explicando que

esses recursos são facilitadores para que haja a transmissão e a compreensão

da leitura dramatizada.

Na sequência, organizar grupos de três alunos, e cada equipe fará uma

leitura dramatizada de uma fábula, sendo que cada um será um personagem e

um narrador.

Após a dramatização, cada grupo tecerá comentários sobre as histórias

lidas.

A raposa e o corvo – ( Esopo, p.61 )

Texto 1: “Um dia um corvo estava pousando no galho de uma árvore com

um pedaço de queijo no seu...”

Moral da história: “Cuidado com quem muito elogia.”

O homem, seu filho e o burro (Esopo, p.62)

Texto 2: “Um homem ia com o filho levar um burro para vender ...”

Moral da história: “Quem quer agradar todo mundo no fim não agrada

ninguém.”

O lobo e o burro (Esopo, p.47)

Texto 3: “Um burro estava comendo quando viu um lobo escondido espiando

tudo o que fazia. Percebendo que estava ...”

Moral da história: “Cuidado com os favores inesperados.”

Ver texto na íntegra: ASH, Russell; HIGTON,Bernard (Ed.). JAHN, Heloisa (Trad.) Fábulas de Esopo. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1994.

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O homem .e a cobra - (Monteiro Lobato, p.88)

Texto 4: “Certo homem de bom coração encontrou na estrada uma cobra

entanguida de frio.

- Coitadinha! Se fica por aqui ao relento...”

Moral da história: “Fazei o bem, mas olhai a quem.”

As duas cachorras - (Monteiro Lobato, p.72)

Texto 5: “Moravam no mesmo bairro. Uma era boa e caridosa; outra, má e

ingrata. A boa…”

Moral da história: “Para os maus, pau!”

A galinha dos ovos de ouro - ( Monteiro Lobato, p.101)

Texto 6: “João impaciente descobriu no quintal uma galinha que punha ovos

de ouro. Mas um por semana apenas. Louco de alegria,...”

Moral da história: “Quem não sabe esperar, pobre há de acabar.”

Ver texto na íntegra: LOBATO, Monteiro, 1882 – 1948. Fábulas / Monteiro Lobato; ilustrações Alcy Linares. – 3 ed. – São Paulo: Editora Globo, 2012.

O leão e o ratinho ( Jean de La Fontaine, p.8)

Texto 7:“O rei das selvas dormia sob a sombra de um carvalho.

Aproveitando a ocasião, um bando de ratos resolveu...”

Moral da história: “Uma boa ação ganha outra.”

A lebre e a tartaruga – (Jean de La Fontaine, p.32)

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Texto 8: “A lebre vivia a se gabar de que era o mais veloz de todos os

animais. Até o dia em que encontrou a ...”

Moral da história: “Quem segue devagar e com constância sempre chega

na frente.”

Ver texto na íntegra: LA, FONTAINE, Jean de, 1621 – 1695. Fábulas de Esopo./ Jean de La Fontaine: adaptação de Lúcia Tulchinski. – São Paulo: Scipione, 2004. ( Série Reencontro infantil).

As duas mulas - ( Jean de La Fontaine, p.10)

Texto 9:“Duas mulas seguiam lado a lado. Uma delas carregava um fardo de

aveia, a outra levava um...”

Moral da história: “Sofre maiores riscos quem assume maiores

responsabilidades.”

O pastor e o lobo ( Jean de La Fontaine, p.38)

Texto 10: “Um pastor de ovelhas achava a vida muito monótona. Por isso,

inventava de ...”

Moral da história: “Quando os mentirosos falam a verdade, ninguém

acredita.”

Os burros e suas cargas ( Jean de La Fontaine, p.17)

Texto 11: “Empunhando imponentemente um cetro, como se fora um

imperador romano, um burriqueiro guiava dois ...”

Moral da história: “Pelo ocorrido, basta entender que nem sempre é

conveniente agir todos da mesma maneira.”

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Ver texto na íntegra: FERRI, René (Trad. E Adap.). Fábulas de La Fontaine. São Paulo: Escala, s/ ano.

Após as leituras dramatizadas o professor deverá fazer os seguintes

questionamentos por escrito:

- Você conhece o texto que acabou de ler? Saberia dizer de que gênero se

trata? Comente.

- O que tem de diferentes em outras histórias que leu? O que achou dos

textos lidos? Comente.

- O que tem comum entre os textos lidos? Explique.

- O que mais lhe chamou a atenção? Comente.

- Os personagens têm algo em comum? O quê?

- Os ensinamentos, o que lhes transmitem? Permitem reflexões entre as

atitudes dos personagens e o cotidiano?

Neste momento o professor poderá utilizar-se do conceito de fábula e

aprofundar-se mais sobre o assunto fábula.

Recursos: Textos impressos, lousa, giz, caderno, lápis e caneta.

Duração: 6 horas/aulas

4º Momento

Compreensão das fábulas

Objetivos:

- Compreender a ideia principal daquilo que se está lendo e suas

intenções;

- Socializar as leituras realizadas junto aos colegas de sala, através das

discussões e dramatizações.

Atividade 4:

Para esse momento o professor utilizará as fábulas citada abaixo e os

alunos farão uma leitura em silêncio, exigindo muita concentração.

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Destinar-se-á um tempo para uma rápida discussão dos textos,

oportunizando comentários individuais e coletivos.

Após os questionamentos e discussões, poderá formar grupos de quatro

alunos, e o professor distribuirá atividades de interpretação impressas das

fábulas abaixo, onde cada grupo registrará as respostas.

Texto 1:

“O leão e o mosquito” - (Esopo, p.91) Texto: “Um leão ficou com raiva de um mosquito que não parava de zumbir ao redor de sua cabeça, mas o mosquito não...” Moral da história: “Muitas vezes o menor de nossos inimigos é o mais temível.” Ver texto na íntegra: ASH, Russell; HIGTON,Bernard (Ed.). JAHN, Heloisa (Trad.) Fábulas de Esopo. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1994.

1 - Quem são os personagens?

2 - Qual é o título do texto?

3 - Através do título, podemos identificar características de uma fábula?

Comente.

4 - Descreva onde se passa a história?

5 - Qual é o assunto principal da história?

6 - Que tipo de amizade existia entre os personagens? Comente.

7 - Explique se havia um respeito mútuo entre os personagens? Comente.

8 - Qual seria o motivo do Mosquito desafiar o Leão? Comente.

9 - Por que o Leão ficou com raiva do mosquito?

10 - Descreva como foi à luta do Leão com o mosquito.

11 - Como você analisa as palavras do mosquito quando estava indo embora

caiu na teia de aranha?

12 - O autor de certa forma quer nos mostrar algum comportamento do ser

humano? Qual seria?

13 - Qual é a moral da história?

Texto 2:

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“A coruja e a águia” - (Jean de La Fontaine, p.28)

Texto: “Depois de muito brigar, a coruja e a águia resolveram fazer as pazes. - Seremos um exemplo de amizade para toda a ...” Moral da história: “Quem ama o feio, bonito lhe parece.” Ver na íntegra: LA, FONTAINE, Jean de, 1621 – 1695. Fábulas de Esopo./ Jean de La Fontaine: adaptação de Lúcia Tulchinski. – São Paulo: Scipione, 2004. ( Série Reencontro infantil).

1 - Quem são os personagens principais?

2 - Onde acontece a história?

3 - Que tipo de amizade existia entre os personagens? Comente.

4 - Que pacto as personagens fizeram? Descreva.

5 - Na sociedade que vivemos existe pacto? Comente.

6 - Como a Coruja descreveu seus filhotes? Você concorda, por quê?

7 - Qual é a razão da coruja achar seus filhotes muito bonitos? Comente.

8 - Baseado na atitude da coruja, a expressão “mãe coruja” significa alguma

coisa? Comente.

9 - A Águia reconheceu os filhotes da coruja? Por quê?

10 - O que a Águia fez com os filhotes da Coruja?

11 - Em sua opinião, a atitude da Águia foi proposital? Comente.

12 - Comente a moral da história.

13 - Elabore uma nova moral para esta história.

Texto 3:

“A Raposa e a Cegonha” (Trad. de Heloisa Jahn, p. 36) Texto: “Um dia a raposa convidou a cegonha para jantar. Querendo pregar uma peça na outra, serviu sopa num ...” Moral da história: “Trate os outros tal como deseja ser tratado.” Ver na íntegra: ASH, Russell; HIGTON,Bernard (Ed.). JAHN, Heloisa (Trad.) Fábulas de Esopo. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1994.

1 - Quem são os personagens?

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2 - A Raposa quando convidou a Cegonha tinha um objetivo. Qual era?

3 - Como era o prato em que a Raposa ofereceu o jantar para a Cegonha?

4 - Em sua opinião a Cegonha ficou satisfeita com o jantar? Comente.

5 - Comente: Se a Cegonha tivesse falado a verdade sobre o jantar como

seria?

6 - Quando a Cegonha usou a palavra “retribuir”, o que quis dizer?

7 - Que tipo de amizade existia entre os personagens? Comente.

8 - Você acha correto alguém pagar uma atitude da mesma maneira?

Comente.

9 - Na sociedade acontecem estas atitudes? Comente.

10 - Explique: “Trate os outros tal como deseja ser tratado”.

11 – Elabore outra moral para a história.

Recursos: Textos impressos, caderno, lápis e caneta.

Duração: 6 horas/aulas

5º Momento

Dinâmica: Usando a imaginação

Objetivo:

- Produzir textos a partir de uma base estabelecida, estimulando a

imaginação.

Atividade 5:

Para essa atividade, serão formados grupos com quatro alunos que

receberão uma fábula, farão leitura silenciosa.

Após, um aluno de cada equipe, fará a leitura da história para os demais

alunos, lendo apenas uma parte da história, fazendo com os demais grupos

possam finalizar as histórias por escrito de acordo com suas imaginações.

Cada grupo apresentará suas versões. Ao final, a equipe que chegar com

a história mais próxima do original receberá uma bonificação. Assim, acontecerá

sucessivamente com cada equipe.

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O gato e o galo (Esopo, p.56)

Texto 1:“Um dia um gato caçou um galo e resolveu transformá-lo em almoço.

Só que antes queria achar...”

Moral da história: O disfarce da justiça não impede uma natureza cruel de

praticar suas maldades.

O gato, o galo e o ratinho - (Esopo, p.46)

Texto 2: “Um ratinho vivia num buraco com sua mãe. Depois de sair sozinho

pela primeira vez, contou a ela :...”

Moral da história: “Jamais confie nas aparências.”

O burro e o cachorrinho – (Esopo, p.42)

Texto 3: “Um homem tinha um burro e um cachorrinho. O cachorro era muito

bem cuidado por seu dono, que brincava com ele, deixava que dormisse no

seu...”

Moral da história: “É burrice tentar ser uma coisa que não se é.”

Ver texto na íntegra: ASH, Russell; HIGTON,Bernard (Ed.). JAHN, Heloisa (Trad.) Fábulas de Esopo. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1994.

O sapo e o boi – ( Jean de La Fontaine, p.14)

Texto 4: “O sapo coaxava no brejo quando viu um boi se aproximar do rio ...”

Moral da história: “Não tente imitar os outros; seja sempre você mesmo.”

O corvo e o pavão – ( Jean de La Fontaine, p.22)

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Texto 5: “O pavão não perdia a chance de se gabar: ...”

Moral da história: “Não há beleza perfeita.”

Ver texto na íntegra: LA, FONTAINE, Jean de, 1621 – 1695. Fábulas de Esopo./ Jean de

La Fontaine: adaptação de Lúcia Tulchinski. – São Paulo: Scipione, 2004. ( Série

Reencontro infantil).

A morte e o lenhador – (Jean de La Fontaine, p.34)

Texto 6: “Um pobre lenhador, curvado pelo peso da carga que levava e da

idade, com as roupas em farrapos, caminha em passos lentos rumo à sua...”

Moral da história: “Antes padecer do que morrer.” Ver texto na íntegra: FERRI, René (Trad. E Adap.). Fábulas de La Fontaine. São Paulo: Escala, s/ ano.

O macaco e o gato – (Monteiro Lobato, p.63)

Texto 7: “Simão, o macaco, e Bichano, o gato, moram juntos na mesma

casa. E pintam o ...”

Moral da história: “O bom-bocado não é para quem o faz, é para quem o

come.”

A garça velha – (Monteiro Lobato, p.102)

Texto 8: “Certa garça nascer, crescera e sempre vivera à margem de uma

lagoa de águas turvas, muito rica em...”

Moral da história: “Ninguém acredite em conselho de inimigo.”

Ver texto na íntegra: LOBATO, Monteiro, 1882 – 1948. Fábulas / Monteiro Lobato;

ilustrações Alcy Linares. – 3 ed. – São Paulo: Editora Globo, 2012.

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Após a discussão e a finalização de cada história, o professor fará os

seguintes questionamentos com cada equipe, e os mesmos registrarão as

opiniões.

- Os personagens agem igualmente? Comente.

- Cada personagem vive a mesmas regalias? Faça comentário.

- Na vida real acontecem as mesmas situações? Justifique.

- Comente que características são comuns entre os textos?

- Registre em que época e lugar se passam as histórias?

- Fale o que cada moral das histórias quer dizer?

Recursos: Texto impresso, lousa, caderno, lápis e caneta.

Duração: 6 horas/aulas.

6º Momento

Criar, imaginar e produzir.

Objetivo:

- Estimular o raciocínio e a criatividade do aluno de forma prazerosa;

- Desenvolver a habilidade para a produção textual.

Atividade 6:

Para finalizar o projeto, será desenvolvida uma atividade com objetivo

lúdico, para que os desejos por futuras leituras possam ser estimulados.

A turma será dividida em grupos, e cada equipe deverá produzir uma

fábula e ilustrar, usando sua criatividade.

Posteriormente, cada grupo apresentará a sua produção para a turma e

fará a exposição de seu trabalho no quadro mural da escola.

Recursos: Lápis de cor, quadro mural, canetinha, caderno, lápis e caneta.

Duração: 4 horas/aulas.

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AVALIAÇÃO

- Após cada dinâmica, os alunos participarão de uma atividade avaliativa,

através de questionamentos e relatos orientado pelo professor, que poderá

avaliar se os objetivos foram alcançados.

- Através das produções dos textos pelos alunos, será avaliado se houve

um progresso a partir do início do projeto até o final, dimensionando a melhoria

do nível da qualidade da escrita dos textos, se teve uma maior participação no

desejo de ler, e se houve uma postura mais crítica frente a interpretação dos

textos trabalhados.

Professor, abaixo há sugestões de alguns ditados populares que poderão

ser trabalhados no momento 2 – atividade 2:

Ditados populares

- Só percebemos o valor da água depois que a fonte seca. - Muitas vezes se diz melhor calando do que falando em demasia. - Quem toma cuidado com o que diz está protegendo a sua própria vida, mas quem fala demais destrói a si mesmo. - Não olhe onde você caiu, mas onde você escorregou. - Deus não pode estar em todos os lugares e por isso fez as mães. - O ódio provoca brigas, mas o amor perdoa todas as ofensas. - O preguiçoso fica pobre, mas quem se esforça no trabalho enriquece. -Como o verniz cobre um pote de barro, as palavras fingidas cobrem um coração mau. - Quem semeia ventos colhe tempestades - Não tenha medo de crescer lentamente. Tenha medo apenas de ficar parado. - Quando o dinheiro fala, a verdade se cala. - Se quiser conhecer verdadeiramente um homem, dê-lhe autoridade. - Quem a si próprio elogia, não merece crédito. - Macaco que não pode comer a fruta fala que a mesma está podre. - Quem corre, cansa. Quem anda, alcança. - A inveja é a arma do incompetente - Inveja é a falta de fé em si - Os professores abrem a porta, mas você deve entrar por você mesmo. - Quando acertamos, ninguém se lembra. Quando erramos, ninguém se esquece - O que os olhos não veêm o coração não sente. - A grande massa das pessoas, não têm força de vontade, nem vontade de fazer força.

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- Elogios não me iludem... As Críticas não me abalam...Sou o que sou e não o que dizem. - Pé que dá fruta é o que mais leva pedrada - Tem gente que é assim, por fora,bela viola, mas por dentro, pão bolorento. - A mentira corre e cansa, a verdade anda e alcança - Criança que não chora, não mama - O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre em tudo o que diz. - Deus dá a cada pássaro o devido alimento, mas não lhe leva até o ninho. - Por fora uma beleza, por dentro uma praga. -Um momento de paciência pode evitar um grande desastre; um momento de impaciência pode arruinar toda uma vida -Difícil é ganhar um amigo em uma hora; fácil é ofendê-lo em um minuto. Disponível em: http://pensador.uol.com.br/ditados_populares/ Acesso em: 18/11/2014 - Horas:9:00hs

Professor segue conceito de Fábula e a Biografia dos autores

trabalhados:

Fábulas

A Fábula é um tipo de narrativa textual curta, bem humorada, que

apresenta uma moralidade, ou seja, um ensinamento, e na maioria das vezes,

os personagens são animais, suas atitudes são comparadas às dos seres

humanos, que (agem e pensam), proporcionando uma distração e ao mesmo

tempo uma reflexão sobre o comportamento humano.

Ela apresenta geralmente uma moral, sendo explicada no começo ou no

fim, ou implícita muitas vezes no corpo da narrativa. É a moralidade que

diferencia a fábula das demais narrativas. Segundo Portela et al. (1992, p. 9), “a

moralidade serve de alerta para os homens, passa observações importantes

sobre o comportamento humano”.

Esopo Nasceu na Grécia, no século VI antes de Cristo. Até hoje, o seu nome e a

história de sua vida são cercados de mistério. Dizem as lendas que era

corcunda, gago e dono de uma rara inteligência. Contava histórias simples e

divertidas, com lições moralistas, utilizando os mais variados animais como

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personagens. Uma biografia egípcia do século I conta que Esopo foi vendido

como escravo a um filósofo que, admirado com seu talento, lhe concedeu a

liberdade.

Há diversas lendas sobre sua morte. Uma das mais trágicas diz que o fabulista

grego teria sido lançado de um precipício, em Delfos, acusado de sacrilégio.

As fábulas de Esopo, compilads por um monge bizantino do século XIV,

inspiraram numerosos autores no decorrer da história.

LA, FONTAINE, Jean de, 1621 – 1695. Fábulas de Esopo./ Jean de La Fontaine: adaptação de Lúcia Tulchinski. – São Paulo: Scipione, 2004. ( Série Reencontro infantil), p.40.

Jean de La Fontaine

O francês Jean de La Fontaine viveu no século XVII. Filho de burgueses, teve o apoio da nobreza para se dedicar à literatura. Escreveu poesias e adaptações de comédias. Porém, foram As fábulas, escritas em versos e reunidas em doze livros, publicados entre 1668 e 1694, que o tornaram conhecido no mundo inteiro. Graças a uma apurada sensibilidade para mesclar imagens poéticas e de humor, as fábulas clássicas de Esopo ganharam vida nova com La Fontaine. Tornaram-se verdadeiros retratos da sociedade, com seus vícios, diferenças sociais e problemas. O sucesso da obra garantiu a La Fontaine uma cadeira na Academia Francesa de Letras. O “poeta da França” morreu em París, em 1695. LA, FONTAINE, Jean de, 1621 – 1695. Fábulas de Esopo./ Jean de La Fontaine: adaptação de Lúcia Tulchinski. – São Paulo: Scipione, 2004. ( Série Reencontro infantil), p.40.

Monteiro Lobato

Desde criança gostava de ler e de escrever. Seu amor pelos livros surgiu quando descobriu a biblioteca do seu avô, com quem foi morar após a morte dos seus pais, quando tinha 12 anos de idade. Lobato passou a infância no vale do Paraíba, interior paulista, na cidade de Taubaté, onde nasceu no dia 18 de abril de 1882. Ainda jovem morou em São Paulo para estudar na Faculdade de Direito. Já formado, casou-se em 1908. Mudou-se para a cidade de Areias, também no interior de São Paulo. Trabalhou ali por pouco tempo como advogado e promotor público, pois logo herdaria a fazenda do Buquira, que tentou transformar em um empreendimento lucrativo. Mas como as terras estavam esgotadas e não produziam como ele desejava, voltou para a capital e não

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parou um minuto. Atuou como jornalista, foi dono de uma revista e fundou editoras de livros. Viajou para os Estados Unidos em 1927, onde assumiu o posto de adido comercial no Consulado do Brasil, em Nova York. De volta ao país em 1931, investiu na indústria siderúrgica e no petróleo, abrindo companhias de perfuração de poços. Nos momentos de lazer, gostava de pintar, tirar fotografias e jogar partidas intermináveis de xadrez. Com o nascimento dos filhos, percebeu que faltavam boas histórias para as crianças brasileiras. Em geral, o que havia eram traduções de livros estrangeiros, difíceis de ler e ambientados em cenários muito diferentes dos nossos. Pensando nisso, ele inventou o Sítio do Picapau Amarelo em 1920 e teve a ideia de adaptar contos de fadas e clássicos da literatura. Recontou as fábulas de La Fontaine e Esopo, as aventuras de Peter Pan, Hans Staden, Dom Quixote, o herói grego.Com esses livros, Labato trouxe para os nossos leitores o que havia de melhor da literatura universal. LOBATO, Monteiro, 1882 – 1948. Fábulas / Monteiro Lobato; ilustrações Alcy Linares. – 3 ed. – São Paulo: Editora Globo, 2012, p.7.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Geraldo Peçanha de. Práticas de Leituras para neoleitore. – Curitiba: Pró-Infantil, 2008.

ASH, Russell; HIGTON,Bernard (Ed.). JAHN, Heloisa (Trad.) Fábulas de

Esopo. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1994.

FERRI, René (Trad. E Adap.). Fábulas de La Fontaine. São Paulo: Escala, s/

ano.

KLEIMAN, Angela. Texto e Leitor: Aspectos cognitivos da leitura. 15ª edição, Campinas, SP – Pontes Editores, 2013.

LA, FONTAINE, Jean de, 1621 – 1695. Fábulas de Esopo./ Jean de La

Fontaine: adaptação de Lúcia Tulchinski. – São Paulo: Scipione, 2004. ( Série

Reencontro infantil).

LOBATO, Monteiro, 1882 – 1948. Fábulas / Monteiro Lobato; ilustrações Alcy

Linares. – 3 ed. – São Paulo: Editora Globo, 2012.

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Ms RILDE. Atividade trabalhada na biblioteca Leitura, Arte e Poesia com aluno.

S do 2º ciclo da E. M. Florestan Fernandes, de Belém / MG. Disponível em:

https://www.youtube.com/wartch?v=3UuQzUKUU-M Acesso em: 21/07/2014.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da

Língua Portuguesa. Curitiba, 2008.

PORTELA, Fernando; VEIGA, Luiz Maria; KUPSTAS, M.; BASTOS, Orlando. Sete Faces da Fábula. São Paulo: Moderna, 1992.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. Caudia Schilling (trad.) – 6ª Ed. – Porto

Alegre: Artmed, 1998.