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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3 Cadernos PDE I

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3Cadernos PDE

I

A FORMAÇÃO CONTINUADA EM PRÁTICAS DE LEITURA PARA O

ENSINO FUNDAMENTAL

Professora PDE: Jovana Bocchi Dengo1

Orientadora: Greice da Silva Castela2

RESUMO: Este artigo é um trabalho final do Programa de Desenvolvimento

Educacional (PDE), o qual teve como objeto de estudo o ensino e aprendizagem da

leitura. A habilidade leitora sempre foi muito importante para o ser humano e a escola

precisa acompanhar a evolução social da mesma e facilitar a compreensão por meio do

uso de estratégias de leitura e metodologias motivadoras. Essa pesquisa teve como

embasamento, textos de autores como Solé (1998), Menegassi (2010) e Freire (2011),

entre outros, que evidenciam que os docentes têm um papel muito importante na hora de

desenvolver o seu trabalho em relação ao despertar o gosto pela leitura. Esse trabalho de

pesquisa disponibilizou estratégias de leitura por meio da formação continuada em

forma de oficinas teóricas e práticas para os docentes dos anos finais do Ensino

Fundamental da única escola urbana da cidade de Santa Izabel do Oeste, Pr. Dessa

maneira, buscamos subsidiar o processo de leitura em sala de aula tanto para os

professores de língua portuguesa como para as outras disciplinas, aprimorar as aulas de

leitura para os alunos, garantir um processo de ensino aprendizagem coerente com a

teoria e a prática pedagógica e contribuir para construção de sentidos na leitura a partir

das experiências de vida e do contexto social dos alunos. No desenvolvimento das

oficinas percebeu-se a grande dificuldade que os alunos têm com a leitura no dia a dia

escolar e os professores evidenciaram, a relevância de variar as estratégias para se

alcançarem resultados positivos. As oficinas contribuíram tanto na teoria como na

prática para diversificar, dinamizar e melhorar as aulas de leitura, com sugestões fáceis

e coerentes para o dia a dia escolar.

PALAVRAS CHAVES: Leitura; Estratégias; Formação Continuada.

1 INTRODUÇÃO

Vivemos numa época denominada a “era da informação e da tecnologia” no qual

possibilita o acesso ágil e rápido à leitura e a escrita, mas ao mesmo tempo convivemos

com um índice crescente de analfabetismo funcional. Resultados educacionais revelam

baixo desempenho do aluno em relação à compreensão e interpretação dos textos que lê.

1 Pós-Graduada em Gestão Escolar, Psicopedagogia e Coordenação Escolar. Graduada em Letras pela

Universidade de Presidente Prudente-SP e em Pedagogia pela Faculdade de Ciências Humanas de Francisco Beltrão-PR. Professora de Língua Portuguesa do Colégio Estadual Marquês de Maricá e Professora PDE. 2 Doutora em Letras Neolatinas. Professora Adjunta da Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

As práticas de leituras momentâneas, não são mais tão atraentes para nossos

alunos e os documentos oficiais apontam para a necessidade de constituirmos leitores

mais críticos e atuantes e assim sendo, quanto mais os livros e estratégias cativantes

estiverem presentes no dia a dia das nossas crianças, mais rápido aflorarão as

competências linguísticas, os desejos, o raciocínio, a sensibilidade e o ler por prazer e

esse é com certeza um grande desafio, motivar as novas gerações a ler, interpretar e a

participar melhor da sociedade em que vivem.

No entanto, melhorar e aperfeiçoar essas práticas e estratégias de leitura em sala

de aula exige criatividade e envolvimento por parte da comunidade docente e discente.

Exigirá tempo, estudo, disposição e doação, para dessa forma compreender melhor a

complexidade e a riqueza do poder da leitura, não só no espaço em sala de aula.

Por isso, neste trabalho disponibilizamos práticas, estratégias e metodologias

que favoreçam a construção de aulas de leituras motivadoras sendo que, na realidade

apresenta-se uma prática em sala de aula desgastada e fragmentada da proposta de

construção do conhecimento em relação ao campo da leitura. Buscando socializar as

práticas e estratégias de leitura como suporte pedagógico, por meio de oficinas

pedagógicas de 4h/a cada, totalizando uma carga horária de 32h/a, como meios de

colaborar com o trabalho dos docentes em sala de aula, em relação a leitura com os

alunos dos anos finais do ensino fundamental do colégio.

Relatamos, ao longo do trabalho, o percurso realizado durante a participação no

PDE: o embasamento teórico sobre estratégias de leitura, formação continuada, a

elaboração do material didático, as discussões realizadas no Grupo de Trabalho em

Rede (GTR) e a sua aplicabilidade na escola.

2 A IMPORTÂNCIA DO USO DAS PRÁTICAS DE LEITURA

A habilidade leitora é um recurso muito relevante para o ser humano nos dias

de hoje, a tecnologia e as estratégias de leitura são parceiras das quais nos exigem

estarmos nos atualizando constantemente.

Nesse sentido, a escola deve acompanhar a evolução social da mesma, ou

deveria, para juntos somarmos estratégias e facilitar a compreensão dessas habilidades

pois, como diz Solé, (1998,p.34),

A leitura e a escrita aparecem como objetivos prioritários da

Educação Fundamental. Espera-se que, no final dessa etapa, os alunos

possam ler textos adequados para sua idade de forma autônoma e

utilizar os recursos ao seu alcance para referir dificuldades dessa

área.(...)

Quando a criança entre na escola, cria-se ao redor dela grandes expectativas, e

uma delas é o aprender a ler e logo em seguida o escrever, pintar e assim por diante,

mas a habilidade leitora é a que causa maior angustia em todos os envolvidos, a família

e a própria escola. Então ler é crucial para o cidadão que vem com o expectativa que na

escola ele vai somente “brincar”, a leitura nos remete a uma responsabilidade social

muito grande.

Assim nos diz Paulo Freire (2011, p.19), “ A leitura do mundo precede a

leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade

da leitura daquele. A linguagem e realidade se prendem dinamicamente ”.

Diante disso devemos ter claro como uma criança aprende a ler e a escrever,

desde a tenra idade escolar, para compreender melhor o seu caminho na vida acadêmica

e facilitar a aquisição do seu conhecimento com os diversos textos que aparecerão no

decorrer da sua vida, contudo o professor deve disponibilizar estratégias que facilitem

essa compreensão, diminuindo as ansiedades e expectativas criadas em torno dessa

habilidade.

Solé (1998,p.90) enfatiza:

Ler é muito mais do que possuir um rico cabedal de estratégias e

técnicas. Ler é sobre tudo uma atividade voluntária e prazerosa, e

quando ensinamos a ler devemos levar isso em conta. As crianças e os

professores devem estar motivados para aprender e ensinar a ler.

Dentro do contexto escolar, ler e escrever são importantes habilidades para todas

as disciplinas, mas a leitura é uma fonte enriquecedora para desenvolver a criticidade na

produção textual e a motivação por parte de estratégias conduzirá melhor esse trabalho,

valorizando o processo de ensino e aprendizagem.

A leitura requer principalmente do professor ações, estratégias e técnicas que

venham a contribuir e a facilitar esse meio de acesso, pois ler não é uma atividade tão

fácil assim, principalmente nos dias atuais, pois temos uma escola que ainda não é

atraente como deveria ser, não acompanha as tecnologias, não consegue desenvolver

meios de como acompanhá-las em função do próprio sistema da qual está inserida.

Assim, Solé evidencia (1998,p.90) que

Como podemos fazer diferentes coisa com a leitura, é necessário

articular diferentes situações – oral, coletiva, individual e silenciosa,

compartilhada – e encontrar os textos mais adequados para alcançar os

objetivos propostos em cada momento. A única condição é conseguir

que a atividade de leitura seja significativa para as crianças,

corresponda a uma finalidade que elas possam compreender e

compartilhar.

Diante de toda essa realidade o trabalho pedagógico em sala de aula deve ser

coerente com a realidade e com as possibilidades de leitura que o aluno traz consigo,

pois as práticas de leitura não podem ser diferentes desse contexto, para dessa forma

garantir uma boa formação de leitores capazes de vivenciar essa habilidade leitora da

qual buscamos.

O ensino da prática de leitura exige do profissional da educação que “além de

posicionar-se como um leitor assíduo, crítico e competente, entenda realmente a

complexidade do ato de ler” (SILVA, 2002, p.22). Para que os textos sejam

selecionados é importante observar o contexto em sala de aula e observar a vivência dos

alunos em relação à leitura de mundo que eles trazem, as suas expectativas, as suas

compreensões, o que eles já leram e o que gostariam de ler, para então mostrar e

oferecer textos mais formais, possibilitando uma maior ampliação da leitura dos

educandos e de certa forma evoluindo no contexto social do mundo da leitura.

A porta de entrada para a leitura, é o professor e este é uma peça central do

trabalho pedagógico em relação as práticas e estratégias de leitura, pois observa-se a

colocação de Cagliari (2004,p.148):

A atividade fundamental desenvolvida pela escola para a formação

dos alunos é a leitura. É muito mais importante saber ler do que

escrever. O melhor que a escola pode oferecer aos alunos deve estar

voltado para a leitura. Se o aluno não se sair muito bem em outras

atividades, mas for um bom leitor, penso que a escola cumpriu em

grande parte sua tarefa.(...)

Dentre as práticas de leitura e suas estratégias, suas técnicas, o docente, tem um

papel muito importante dentro da sala de aula na hora de desenvolver o seu trabalho em

relação a motivação e o despertar o gosto pela habilidade leitora, não só o professor de

língua portuguesa, mas das outras áreas também, pois todos somos educadores. Esse

cuidado deveria se ter, pois, a leitura acontece em todas as disciplinas dentro da escola.

E é no seu planejamento que se permite trabalhar as relações de leitura não só no

contexto escolar, mas para a vida, onde a diversificação nos seus propósitos e nas

atividades promovam e incentivem essa habilidade seja ela em história, geografia, ou

até mesmo na matemática.

2.1 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA PARA OS DOCUMENTOS OFICIAIS

Analisando os documentos oficiais do Brasil que fundamentam a prática da

leitura como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN,BRASIL, 1998), as Diretrizes

Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa (DCE, PARANÁ, 2008), e os documentos

do Sistema Nacional de Educação Básica (SAEB) a partir da Prova Brasil, evidenciam

que a leitura é um processo interacionista, uma vez que a sua linguagem interage e

envolve sujeitos nas diversas relações sociais construindo dessa forma a função social

da língua.

Os PCNs (BRASIL,1998,p.41) ainda postulam que a leitura:

(...) é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de

construção do significado do texto, a partir de seus objetivos, do seu

conhecimento sobre o assunto (...) não se trata simplesmente de extrair

informações da escrita, decodificando-a letra por letra, palavra por

palavra. Trata-se de uma atividade que implica, necessariamente,

compreensão.

Dessa forma a leitura é vista como um processo de construção do sentido.

Para a DCE (PARANÁ, 2008, p.1-81), “(...) é animador o fato de a maioria dos

professores reconhecer que, no atual contexto, a concepção/ teoria que mais se presta ao

processo de ensino aprendizagem de língua é a Interacionista ou de

Enunciação/Discurso”. Essa teoria vem mostrar possibilidades de se trabalhar de uma

forma mais dinâmica as práticas de leitura, através do diálogo, da conversação, das

trocas de experiências, em fim possibilitar o contato do aluno com a linguagem nas

diferentes esferas sociais para o desenvolvimento da capacidade de compreensão dos

sentidos do texto e suas intenções e visão de mundo.

A fim de promover a melhoria da qualidade da leitura em sala de aula, a proposta

do Governo Federal com o SAEB/ Prova Brasil requer a formação de um sujeito

competente no domínio da linguagem, ações que levam a uma visão mais crítica do que

se lê.

Nesse sentido, a Matriz de Referência (BRASIL, 2009) tem como objetivo a leitura,

dentre as atividades mais complexas que se faz ao intelecto do ser humano, sendo

habilidades cognitivas superiores da mente, onde reconhece-se, identifica-se, agrupa-

se, associa-se, relaciona-se, generaliza-se, abstrai-se, compara-se e muitas outras

funções, onde que ainda, não está em pauta apenas a simples decodificação, mas a

apreensão de certas informações explícitas e implícitas dentro do contexto e de sentidos

subjacentes, onde estes constroem sentidos que dependem de conhecimentos prévios a

respeitos da língua, dos gêneros, das práticas sociais de interações, dos estilos, das

formas de organização textual, aonde o levam a transposição do conhecimento

propriamente dito.

A prática da leitura, a habilidade leitora é muito complexa, para quem pensa que

é fácil ler, está muito enganado, ler requer muitas habilidades, entendimentos, pois cabe

ao leitor extrair informações, decodificar elementos, práticas evidentes no início do

trabalho com a leitura. Não se propõe apenas em simplesmente decodificar, mas é

preciso que o aluno associe, relacione, generalize e abstraia os elementos do texto,

evidenciando a perspectiva de leitura do leitor. Dessa forma ocorre o diálogo entre o

texto e o leitor e de certa forma a interação entre ambos com a leitura, ocorrendo a

função social da língua de modo a contribuir para a formação e a participação do

indivíduo no mundo letrado.

Assim, Solé (1998,p.114) nos diz que: “Se ler é um processo de interação entre

um leitor e um texto, antes da leitura ( antes de saberem ler e antes de começarem a

fazê-lo quando já sabem) podemos ensinar estratégias aos alunos para que essa

interação seja o mais produtiva possível.(...)”.

Dessa maneira, ler e compreender são frutos da interação entre o texto e o leitor e

as estratégias de leitura são partes que vão dinamizar o trabalho pedagógico em sala de

aula, quanto mais o docente se dispuser em seu planejamento e conduzir práticas que

facilitem a compreensão das diferentes possibilidades que temos para conseguir formar

bons leitores, mais a escola vai atingir o seu objetivo em poder formar cidadãos capazes

de participar no mundo letrado.

2.2 A FORMAÇÃO CONTINUADA COMO PRÁTICA DOCENTE

Todo esse trabalho tem se dinamizado dentro de uma compreensão de que a

formação continuada vem subsidiar o trabalho educacional para fortalecer e valorizar os

saberes dos professores e suas práticas pedagógicas cotidianas.

Contudo, a educação continuada tem-se uma abordagem mais ampla por possuir um

sentido que incorpora o pessoal, com o institucional e o social. Para Marin (1995,p.19)

“(...) o uso do termo educação continuada tem a significação fundamental do conceito

de que a educação consiste em auxiliar profissionais a participar ativamente do mundo

que os cerca, incorporando tal vivência no conjunto dos saberes de sua profissão”.

Nesse sentido a formação continuada procura mostrar caminhos de desenvolvimento

para amenizar os problemas educacionais de modo a socializar conscientemente as

condições de transmissão dos saberes sistematizados para atender as necessidades que

se incorpora no dia a dia do trabalho dos docentes. Essas ideias são complementadas por

Mizukami (2002,p.28) “(...) a formação continuada busca novos caminhos de

desenvolvimento (...) para tratar de problemas educacionais por meio de um trabalho de

reflexibilidade crítica sobre as práticas pedagógicas e de uma permanente (re)construção

da identidade docente”.

A partir da Candau (1996, p.150) afirma que:

A formação continuada não pode ser concebida como um processo de

acumulação (de cursos, palestras, seminários, etc, de conhecimentos

ou de técnicas), mas sim como um trabalho de reflexidade crítica

sobre as práticas e de (re)construção permanente de uma identidade

pessoal e profissional, em interação mútua. E é nessa perspectiva que

a renovação da formação continuada vem procurando caminhos novos

de desenvolvimento.

Temos que considerar que a formação continuada seja uma tendência para somar

dentro da carreira profissional da educação e está venha a privilegiar os aspectos amplos

do seu trabalho como docente não só no universo da sua identidade pessoal profissional

da sua carreira em termos acadêmicos, como também na sua realidade escolar.

De acordo com Fusari e Rios (1995) o profissional competente é aquele que sabe

fazer bem o que é necessário, desejado e possível no espaço de sua especialidade. E

esta competência não deve ser como algo estático, parado, como um modelo a ser

seguido, mas como algo que se constrói, ao longo do tempo pelos profissionais em seu

dia a dia e de certa forma não possui o caráter de algo solitário, pois, ninguém é

competente sozinho, precisamos da coletividade, somar e não dividir o que sabemos

para alcançarmos o que pretendemos dentro do espaço escolar.

O fazer e a prática pedagógica depende muito da coletividade e da competência

profissional do professor, dependemos muito um do outro para fazer com que

realmente a prática de certo e principalmente àquelas especificidades, pois as reflexões

e as construções conjuntas fazem as diferenças para as tomadas das decisões e

profissionais unidos não perdem tempo e nem qualidade para transformar a realidade.

A formação continuada vem efetivamente contribuir para emancipar os docentes e

melhorar as práticas de leitura na formação profissional.

Desse modo, reiteramos a posição de Lima (2012), ao citar outros pesquisadores,

que a formação de professores deve estar próxima da profissão docente, das rotinas e

culturas profissionais, sendo que as dimensões pessoais e profissionais fazem parte da

identidade do professor e necessitam ser consideradas nos encontros de formação.

O professor deve estar em contínuo processo de formação continuada, pois é

um formador de opiniões, é um educador, e precisa estar constantemente se atualizando

e buscando mudar sua conduta profissional, aperfeiçoando seu trabalho docente e

sempre estar disposto as mudanças para melhor se preparar e atender as necessidades

escolares.

2.3 O USO DE PRÁTICAS E ESTRATÉGIAS PARA DINAMIZAR A

HABILIDADE LEITORA EM SALA DE AULA

O ato de ler é um fato determinante na vida intelectual do ser humano, e o

objetivo da leitura é a inserção do contexto mágico desses recursos que a leitura trás no

decorrer do desenvolvimento da habilidade leitora, através dos livros, das revistas, dos

jornais, dos gibis, da internet..., essa interação entre o leitor, objeto, leitura, cria uma

fusão de conhecimentos e de autonomia intelectual do mesmo. Toda essa dinamização

faz com que as estratégias e práticas de leitura sejam fundamentais para que o trabalho

em sala de aula seja coerente e preciso para desenvolver o processo de ensino

aprendizagem dentro do espaço escolar.

Para Solé(1998,p.93):

O ensino da leitura para obter informação precisa requer o ensino de

algumas estratégias, sem as quais este objetivo não será atingindo.

Nos exemplos propostos, é preciso conhecer a ordem alfabética e

saber que as listas telefônicas, os dicionários e as enciclopédias

(embora nem todas) estão organizadas conforme essa ordem: também

deve-se saber que os jornais destinam páginas especiais aos

espetáculos e que geralmente existe um índice para mostrar o número

da página em que se encontra a informação buscada. Contudo, os

textos a serem consultados para obter informações precisas podem ser

muito variados.

A diversidade de informações encontrada dentro das várias oportunidades que

a própria estratégia pode oportunizar evidencia o quanto podemos usufruir da

articulação de textos simples e modestos para estimular a habilidade leitora e fazer com

que a aula não se torne monótona e cansativa para o aluno.

Uma outra estratégia de leitura que fica evidente nos estudos da autora é a

leitura compartilhada, segundo Solé (1998,p.117) “ Ler é um procedimento, e se

consegue ter acesso ao domínio dos procedimentos através da sua exercitação

compreensiva.” (...). Nessa questão fica claro que quanto mais exercitamos a leitura,

mais compreendemos e desse forma fica fácil de entender o que lemos, mas tudo isso

depende da prática, e isso começa a escola com o professor.

Assim Solé evidencia (1998,p.117):

O importante é pensar que, por um lado, os alunos e alunas sempre

podem aprender a ler melhor mediante as intervenções do seu

professor e, por outro, que sempre, no nível adequado, deveriam poder

mostrar-se e considerar-se competentes mediante atividades de leitura

autônoma.(...)

As tarefas de leitura compartilhada ou leitura dirigida pelo professor, faz com

que a leitura seja planejada e orientada, tornando uma leitura valorizada e organizada, o

aluno sente a responsabilidade que tem no seu papel enquanto lê, ele percebe que o

professor está interessado na sua aprendizagem, e não no seu erro, na sua desconstrução

no momento da leitura. Esse momento é rico em construção e faz das estratégias

momentos úteis para compreender melhor os textos e assim tornar-se meios poderosos

para o professor ganhar seus alunos na construção e na produção de mais leitores e

produtores de textos.

De acordo com Solé (1998,p.118). “ A ideia que preside as tarefas de leitura

compartilhada é, na verdade, muito simples: nelas, o professor e os alunos assumem –

às vezes um , às vezes os outros – a responsabilidade de organizar a tarefa de leitura e

de envolver os outros na mesma”. São procedimentos normais dentro de uma sala de

aula, mas que convém organização, planejamento e muita dedicação de ambas as partes,

alunos e professores devem estar cientes dos objetivos e dos fins que querem atingir

com estas estratégias compartilhadas, pois ler, resumir, conversar, discutir, solicitar

esclarecimentos, prever, leitura silenciosa, em voz alta, recapitular, questionar, requer

posturas e muito diálago.

. Assim Solé coloca (1998,p.120):

De qualquer forma, não é recomendável seguir uma sequencia fixa e

estática, mas adaptá-la às diferentes situações de leitura, aos alunos

que participam delas e aos seus objetivos. O importante é entender

que, para dominar as estratégias responsáveis pela compreensão –

antecipação, verificação, autoquestionamento...- não é suficiente

explica-las; é preciso colocá-las em prática, compreendendo sua

utilidade. As atividades de leitura compartilhada como afirmava antes,

devem permitir a transferência da responsabilidade e o controle da

tarefa de leitura das mãos do professor ( “ Do que vocês acham que

este texto vai tratar? Quem pode explicar o que é a Mineralogia? Não

compreenderam alguma coisa? Em síntese, como leram, este lenda

fala de ...”) para as mãos dos alunos.

Não existe somente uma prática ou uma única receita, o que temos é uma

grande variedade, situações inúmeras de possibilidades de se criar diferentes aulas de

leitura, mas o objetivo maior é ensinar o nosso aluno a compreender e a controlar a sua

compreensão em relação a leitura e a assumir o seu papel ativo no processo do ensino

aprendizagem da habilidade leitora, portanto não temos receitas de estratégias de leitura,

temos sugestões, formas de contribuir para auxiliar desse processo.

3 CONTRIBUIÇÕES DO GRUPO DE TRABALHO EM REDE (GTR) NESSE

TRABALHO

O Grupo de Trabalho em Rede (GTR) é um ambiente virtual interativo que

proporciona aos participantes aprofundamento teórico, discussão e troca de experiências

entre os docentes e professores tutores da rede estadual do estado do Paraná. Nesse

espaço colaborativo foram promovidos debates e discussões acerca do Projeto de

Intervenção Pedagógica e do Material Didático produzido durante os estudos do PDE e

sua aplicabilidade na escola.

Durante as discussões com os professores evidenciou-se a importância de

dinamizar as estratégias de leitura para compreender o processo de ensino aprendizagem

da mesma e da formação continuada para os docentes. Ficou registrado que a escola está

assumindo muitos papéis que não são dela e que a família não está cumprindo sua parte

nesse contexto e que o aluno está cada vez mais vindo sem estímulos de casa em relação

a leitura.

De acordo com os depoimentos dos participantes no trabalho, houve um

consenso da importância do papel do professor motivador, na qual este deve ser

exemplo de leitor assíduo, que ame os livros, demonstre isso diante dos alunos e

provoque neles o gosto pela leitura em sala de aula e fora dela e que a escola deve

oportunizar momentos de integração entre a comunidade escolar, pais, professores e

alunos para incentivar as relações em torno da leitura.

Também evidenciaram que se a criança desde cedo, na mais tenra idade se

envolver com livros literários infantis a aprendizagem da leitura ficará mais fácil de ser

conseguida pela mesma, pois esse contato estabelece relações íntimas da criança com o

livro e a realidade de hoje mostra que não está se tendo este contato, dificultando o

gosto pela mesma.

Silva (2003, p.70) argumenta que envolver a criança no mundo da leitura, é

exatamente, trazer esse contexto para a escola e dinamizá-lo, na qual as crianças

precisam ser educadas para serem cidadãs de deveres e de direitos, inclusive o de ler.

Estudos apontam que o primeiro passo para uma criança adquirir o hábito de ler e

manter o gosto pela mesmo, é que a família (pai e mãe) tenha esse hábito diário

também, de modo a despertar o interesse nos filhos.

Além disso os docentes expuseram que a formação continuada deve ser

constante, pois é de suma importância para o trabalho pedagógico, contribuindo muito

com a prática de ensino dos professores, ampliando o seu campo de trabalho, dessa

forma tendo uma grande evolução na sua função como educador.

O uso dos recursos midiáticos foi comentado entre os cursistas como meio

para motivar a leitura entre os jovens alunos, pois são recursos dos quais dominam

tecnicamente, mas não sabem utilizar como ferramenta para leitura. Estes seriam meios

tecnológicos e inovadores para cativar e melhorar ainda mais a habilidade leitora.

As estratégias de leitura devem ser bem variadas e dinamizadas, segundo os

participantes e o planejamento das mesmas fazem a diferença, também foi relatado a

falta de unidade entre as disciplinas, responsabilizando somente a de língua portuguesa

pelos problemas relacionados com a leitura. Sendo que todos somos educadores e todas

as áreas educam e usam da leitura para interpretar, entender, analisar e produzir

conhecimento, portanto somos todos responsáveis.

O Grupo de Trabalho em Rede serviu para confirmar ainda mais que

precisamos estar constantemente estudando e atualizando nossas estratégias no que se

diz respeito ao tema da leitura e buscar motivação para o trabalho atingindo sempre os

objetivos, que é o ensino e aprendizagem da leitura e a formação constante de novos

leitores.

4 O MATERIAL DIDÁTICO PRODUZIDO E A SUA IMPLEMENTAÇÃO NA

ESCOLA

Este trabalho foi realizado no espaço escolar de uma escola estadual, situada na

área urbana de Santa Izabel do Oeste. Contou com a participação de nove professores

das diferentes áreas de conhecimento, pois a leitura perpassa todas as disciplinas e é

essencial para o sucesso na aprendizagem dos alunos.

‘A Formação Continuada em Práticas de Leitura em Sala de Aula’ teve como

foco principal nas técnicas e estratégias de como levar os alunos a se tornar leitores

capazes de enfrentar o mundo em que vivem e levar a formação continuada. Segundo

CRISTINE “O educador que está sempre em busca de uma formação contínua, bem

como a evolução de suas competências tende a ampliar o seu campo de trabalho”. A

formação continuada é um meio para os docentes terem inspiração para motivar suas

aulas e manter relações fundamentais, trocas de experiências e de conhecimento para

incentivar dessa forma, ainda mais o processo do ensino e aprendizagem da leitura.

As oficinas foram organizadas em oito encontros, totalizando a carga horária de

32h/a, compartilhamos e trocamos experiências relacionadas a teoria e a prática do

ensino e aprendizagem da leitura, sendo feitas no espaço escolar, disponibilizado pela

instituição referida.

Conhecer a realidade dos professores sobre o entendimento do processo da

leitura no contexto da aprendizagem em sala de aula e numa perspectiva interativa da

leitura mostrando como objeto de conhecimento, foi o primeiro encontro de quatro

horas.

No primeiro momento do encontro, demos as boas-vindas aos professores com

uma mensagem em vídeo sobre a leitura, disponível no link

<http://www.youtube.com/watch?v=37Sb1bUX7es>.

Logo em seguida realizamos questionamentos sobre a realidade escolar, como

forma de conhecer a realidade de cada professor com relação a leitura, conforme mostra

a imagem 1:

IMAGEM 1- Questionamentos sobre a realidade escolar

Fonte: Quadro produzido pela professora PDE

01 - Como é vista a importância da leitura no contexto escolar?

02 – Como você professor reconhece a necessidade da leitura na vida do seu

aluno?

03 – A leitura como objeto de conhecimento e de interação com o ensino-

aprendizagem é abordada de que maneira na nossa realidade escolar?

04 – Quais desafios mais aparecem no dia a dia do nosso trabalho quando

direcionamos a área da leitura?

Explicamos que consideramos a leitura, assim como Solé (1998, p.22), como

“um processo de interação entre o leitor e o texto; neste processo tenta-se satisfazer

(obter uma informação pertinente para) os objetivos que guiam sua leitura”.

O debate foi intenso e construtivo, cada professor fez a sua intervenção partindo

das perguntas, onde evidenciaram a sua compreensão do processo da leitura no contexto

escolar, a realidade que temos, as suas dificuldades no dia a dia, os desafios que

enfrentam e o valor que as estratégias de leitura tem para o aprimoramento da mesma.

Todos concordaram que a leitura é um processo muito amplo e que vários fatores

interferem na busca pelo seu entendimento, mas que a escola continua sendo o único

acesso para esse caminho de formação de leitores e que variar nas estratégias de leitura

faz a diferença para motivar mais os leitores a lerem.

Após o reconhecimento da realidade dos professores a partir de pequenos

textos do Livro Estratégias de Leitura de Isabel Solé (1998) fizemos leituras interativas

e trabalhos em grupos:

Grupo A – A leitura na Escola (SOLÉ. Isabel. Estratégias de Leitura. 6.ed. –Porto

Alegre: Artmed,1998.p.32 a 34)

Grupo B - A leitura, um objeto de conhecimento (SOLÉ. Isabel. Estratégias de Leitura.

6.ed. – Porto Alegre: Artmed,1998.p.34 a 36)

Grupo C– A leitura, um meio para a realização de aprendizagens (SOLÉ. Isabel.

Estratégias de Leitura. 6.ed. – Porto Alegre: Artmed,1998.p.36 e 37)

Em seguida com questões pertinentes e reflexivas respondemos no grande grupo,

explanando e discutindo as respostas da imagem 2:

IMAGEM 2: Questionamentos?

Fonte: Imagem produzida pela professora PDE.

Na finalização desse primeiro encontro os professores puderam perceber que

temos muito que fazer para aprimorar os processos de entendimento entre o leitor e

texto e que aprender a ler não é tão fácil assim. Nesse processo exige contextualização,

conhecimento da realidade, fundamentação teórica e aplicabilidade de estratégias

coerentes com a prática, para a formação de leitores críticos e atuantes no contexto

escolar e na sua vida social

No segundo encontro de quatro horas foi evidenciado o ensino de estratégias de

compreensão leitora para facilitar o entendimento das mesmas em sala de aula e

garantir a habilidade leitora dos alunos.

Solé(1998,p.42) evidencia:

(...) para que alguém possa se envolver na atividade que o

levará a compreender um texto escrito, é imprescindível

verificar que esta tem sentido.(...) considerei que, para poder

atribuir sentido à realização de uma tarefa, é preciso que se

saiba o que se deve fazer e o que se pretende com ela; que a

pessoa que a realizar se sinta competente para efetuá-la e que a

tarefa em si seja motivadora.(...)

Iniciamos o encontro com uma mensagem motivadora em forma de dinâmica

chamado de “Ato Criativo”, onde os professores puderam perceber que a leitura

também é considerada um ato criativo e motivador nas aulas de leitura. De acordo com

OSTROWER (1977), o ato de criar é um ato de formar algo, criar o novo, ou seja, a

capacidade de compreender, relacionar, ordenar, configurar, significar, tudo isso

produzido pela mente humana para configurar uma nova leitura sobre o objeto

aprendido. Essa capacidade nos leva a entender melhor o processo pela qual a leitura

Por que o problema do ensino da leitura não se concentra no método, mas na conceitualização do que é leitura, da forma de como ela é avaliada e do papel que ocupa no PC da escola?

Por que se preocupam mais com as avaliações e resultados na leitura do que com o seu processo de ensino-aprendizagem?

O que podemos fazer para que os alunos do E.F e Ensino Médio aprendam a ler e utilizem a leitura para aprender?

significativa passa, esses caminhos exige habilidades e formação para a construção dos

objetivos propostos.

Em seguida foi realizado questionamentos sobre as estratégias de leitura:

IMAGEM 3: Questionamentos sobre as estratégias de leitura

Fonte: Quadro produzido pela professora PDE

Com as respostas discutimos em torno das estratégias de leitura e a sua

importância no processo de aprendizagem. Os professores perceberam o quanto é

relevante e significativo diversificar as metodologias, as formas de propor a leitura em

sala de aula, considerando os diversos gêneros e textos que podemos apresentar para o

aluno e que não existe um texto melhor que o outro, mas que estratégias bem planejadas

fazem a diferença no entendimento da leitura.

Usamos textos do Livro Estratégias de Leitura de Isabel Solé disponibilizados

em forma de WEBQUEST, onde necessitou o uso do laboratório de informática para

melhor compreender a teoria. http://www.webquestfacil.com.br/

Textos usados:

Concepção construtivista ( O que a concepção aborda?) (SOLÉ. Isabel.

Estratégias de Leitura. 6.ed.–Porto Alegre: Artmed,1998.p.75 a 87);

Metáfora dos Andaimes (Por que o uso dessa metáfora?) (SOLÉ. Isabel.

Estratégias de Leitura. 6.ed.–Porto Alegre: Artmed,1998.p.75 a 87);

Método de Ensino Direto da Compreensão Leitora ( Apresenta 5 etapas, quais?)

(SOLÉ. Isabel. Estratégias de Leitura. 6.ed.–Porto Alegre: Artmed,1998.p.75 a

87);

01- O que é uma estratégia? Dentro da dimensão da Leitura como você

professor entende e usa as estratégias de Leitura em sala de aula?

02- Geralmente usamos estratégias para ensinar a Leitura em sala de

aula? Como? De que forma?

03- Quais os melhores tipos textos para usaras estratégias de leitura?

Método de Instrução Direta (Paradigma de pesquisa) (MENEGASSI,R.J.Leitura

e Ensino. 2.ed. – Maringá: Eduem, 2010.p.43 a 46);

Os tipos de Texto (Classificação dos textos) (MENEGASSI,R.J.Leitura e

Ensino. 2.ed. – Maringá: Eduem, 2010.p.43 a 46);

Em seguida executamos as tarefas em grupos:

Tarefa 01 -Procure saber... Por que devemos ensinar estratégias? O papel das

estratégias na leitura em sala de aula, contribui ou não no PROCESSO ensino

aprendizagem?

Tarefa 02- Vamos compartilhar... Como motivar o aluno a ler? De que forma, que

estratégias você faz professor para motivar no dia a dia, em sala de aula o seu aluno a

ler? Socialize com o seu colega.

Tarefa 03 - Faça um acróstico das palavras ESTRATÉGIAS DE LEITURA a partir

das leituras que realizaram.

Após o término cada grupo apresentou, discutiu e debateu o seu trabalho e ficou

evidente de como é importante para o trabalho do professor diversificar as estratégias de

leitura, valorizando a sua prática pedagógica e garantindo a aprendizagem do seu aluno.

Levar à compreensão dos professores acerca da importância das estratégias de

leitura foi o terceiro encontro, organizado em dois dias, totalizando oito horas de

trabalho, para que estes percebessem a relevância ao longo das atividades, da

motivação, dos objetivos, dos questionamentos, dos conhecimentos prévios sobre a

leitura.

Solé(1998.p.71) “ Das estratégias que o leitor utiliza para intensificar a

compreensão e a lembrança do que lê, assim como para detectar e compensar os

possíveis erros ou falhas de compreensão. Estas estratégias são as responsáveis pela

construção de uma interpretação para o texto e, pelo fato de o leitor ser consciente do

que entende e do que não entende, para poder resolver o problema com o qual se

depara.” Essa proposta deixa claro que o leitor usa de estratégias para compreender o

que lê, ou para resgatar o que não entendeu e estas são responsáveis pela construção da

interpretação do texto, garantindo o entendimento e a aprendizagem dos seus

significados.

Apresentamos uma mensagem de motivação A importância do Ato de Ler em

vídeo,< http://www.youtube.com/watch?v=HnSFicBz7Mc> onde foi amplamente

discutido com os professores. Freire (2011) em seu livro A importância do Ato de Ler,

valoriza a leitura e faz uma avaliação pessoal sobre a leitura do mundo, onde relembra

momentos da sua tenra infância no qual a leitura fez a diferença no ambiente onde

vivia.

A importância do ato de ler, eu me senti levado – até gostosamente – a

“reler” momentos fundamentais da minha prática, guardados na

memória, desde as experiências mais remotas de minha infância, de

minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica

da importância do ato de ler se veio em mim constituído (FREIRE,

2011, p.11).

Em seguida fizemos questionamentos sobre a realidade escolar em relação às

leitura em sala de aula e à importância da motivação:

IMAGEM 4: Questionamentos leitura e motivação

Fonte: Imagem produzida pela professora PDE.

01- O que você professor entende

por motivação?

02- Qual a importância da motivação na

LEITURA?

03- Para que você lê?

04. O que entende por conhecimentos

prévios do texto antes da leitura?

05. Por que planejar? Quais

objetivos

Em seguida trabalhamos em grupos sobre os seguintes textos retirados do livro

SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. 6.ed. –Porto Alegre: Artmed,1998.p.93 a 101:

a) Ler para obter uma informação precisa

b) Ler para seguir instruções

c) Ler para obter uma informação de caráter geral

d) Ler para aprender

e) Ler para revisar um escrito próprio

f) Ler por prazer

g) Ler para comunicar um texto a um auditório

h) Ler para praticar a leitura em voz alta

i) Ler para verificar o que se compreendeu

Considera Solé (1998, p.93):

Os objetivos dos leitores com relação a um texto podem ser

muito variados, e ainda que os enumerássemos nunca

poderíamos pretender que nossa lista fosse exaustiva; haverá

tantos objetivos como leitores, em diferentes situações e

momentos.

Após a leitura, discussão, apontamos as principais ideias, explanamos e

ressaltamos: para que vou Ler? Os professores perceberam que lemos por vários

interesses, mas que na escola devemos direcionar o nosso aluno para ele aprenda a

utilizar das várias estratégias que lhe é apresentado ao longo da sua vida escolar para

compreender, transformar e interferir no contexto social.

Utilizamos sugestões de compreensão do livro de Estratégias de Leitura do

autor (MENEGASSI,R.J. Leitura e Ensino. 2.ed. – Maringá: Eduem, 2010.p.46 a 54),

no qual lemos, discutimos como utilizar as histórias em quadrinhos para envolver e

motivar o nosso aluno a querer ler mais e se tornar independente na construção do

conhecimento.

Menegassi (2010), salienta que as estratégias não afloram sozinhas, necessitam

de um princípio de ensino, a partir de técnicas, ou mesmo de estratégias certas de

leituras de textos, sendo que necessita por parte do professor, conhecimentos e formação

mínima para se trabalhar o determinado texto, pois cada texto, cada gênero, provém de

uma leitura específica, não são todos iguais, portanto não podem ser lidos da mesma

forma. Nesse contexto cada texto e gênero textual exige uma estratégia de leitura

apropriada em função do seu conteúdo e forma para que o leitor seja capaz de

diferenciá-lo e entendê-lo com qualidade.

Após a fundamentação teórica, usamos o laboratório de informática da escola e

construímos histórias em quadrinhos utilizando o site www.pixton.com.br,

disponível na internet, no qual os professores produziram as HQs online, fazendo passo

a passo, seguindo a orientação do site, depois cada um apresentou a sua produção. Na

finalização do encontro os professores conseguiram compreender que ler é um processo

de interação entre o leitor e o texto e que as estratégias são formas produtivas e

possíveis de integrar com mais qualidade o nosso aluno nesse processo.

Compreender a construção e os processos da leitura foi o quarto encontro,

disponibilizado em dois dias, totalizando mais oito horas de trabalho. Entender as

estratégias em torno das tarefas de leitura compartilhada na compreensão dos textos

motivou a complementar ainda mais a oficina.

Diante desse contexto Solé (1998) julga que ler é um procedimento que se

consegue através da exercitação constante e compreensiva, para isso os alunos devem

construir as suas interpretações e saberem o que é necessário para se compreender um

determinado tipo de texto. Com as tarefas da leitura compartilhada professores e alunos

são autores dos seus próprios conhecimentos, pois dessa forma as estratégias

conseguem surtir o efeito esperado pelo leitor.

Iniciamos com uma mensagem de motivação em vídeo: Aprender a Aprender

<http://www.youtube.com/watch?v=Pz4vQM_EmzI>, sendo proposto uma reflexão em

torno do processo de aprendizagem da leitura.

Segundo DEMO (2009):

Implica outra forma de ‘ler’. Trata-se de ‘contra-ler’, no sentido

de saber questionar o autor, interpretar seus argumentos centrais

e refazê-los com mão própria... Passar por dentro do livro e não

pelas orelhas.

Ao fazer uma leitura o leitor precisa entender o contexto do autor, interpretar o

que o autor pensou naquele momento que estava escrevendo, para em seguida

reconstruir uma nova mensagem a partir do seu conhecimento, isso exige muitas

habilidades leitoras e aprendizagens fundamentais onde o querer saber, o querer

aprender vem de dentro do ser, portanto não é simplesmente uma leitura, são várias

leituras fundamentadas e contextualizadas.

Seguimos com o encontro questionando a realidade escolar em relação a

construção de estratégias de leitura em sala de aula seguindo o organograma abaixo:

• IMAGEM 5: Como o aluno aprende o processo de leitura em sala de aula?

Fonte: Organograma produzido pela professora PDE.

Utilizamos como atividade de estratégia de leitura o texto: A velha e os

Ladrões da p.122 do livro (SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. 6.ed. –Porto Alegre:

Artmed,1998.) como forma de evidenciar previsões, antecipações sobre o que se está

lendo, ao longo do texto é feito perguntas que aguça a curiosidade do aluno para saber

o que irá acontecer logo a seguir.

Como sugere Solé (1998), que para se aceitar a leitura como tal, não é preciso

ser especialista; só é necessário ler com frequência, ou seja ter o hábito de ler e perceber

Como o aluno compreende o

processo de leitura em sala de aula?

O que se entende por leitura

compartilhada?

Que estratégias de leitura você, professor, utiliza para abordar a

leitura compartilhada?

Como o aluno compreende a leitura

do texto?

o que isso pressupõe e para o que serve. Devemos levar em conta que temos que ter os

textos bem preparados, para que o aluno possa ter a leitura mais autônoma possível, isso

requer um bom planejamento com os objetivos bem definidos, ou seja, todos os

profissionais devem ter bem claro no seu trabalho de ensino da leitura.

Em seguida como sugestão de estratégia de leitura usamos a interpretação da

história da “Menina Bonita do Laço de fita” de Ana Maria Machado:

<https://www.google.com.br/#q=menina+bonita+do+la%C3%A7o+de+fita>, e o vídeo:

<http://www.youtube.com/watch?v=gzMdC-Hwo2I>, mas antes fizemos uma

contextualização histórica entendendo os objetivos da autora ao escrever o livro.

A autora Ana Maria Machado quando cria O livro Menina bonita do laço de

fita inspirou-se na própria filha, a caçula, que nasceu com um tom de pele mais claro

que a dos seus irmãos mais velhos, pois o seu pai é descendente de italianos. Sua filha

tinha como brinquedo favorito um coelho de pelúcia branco e Ana Maria gostava de

enfeitar a cabeça da filha com um laço de fita. Toda a família gostava de brincar

procurando “explicações” para a cor branca da menina. Foi quando surgiu a história do

livro.

De uma maneira delicada, carismática, divertida o livro trabalha com a

diversidade racial e étnica, enfim , com as diferenças. Usando uma linguagem sutil, a

autora aborda este tema de uma forma prazerosa e envolvente, cativando crianças e

adultos. http://www.brasilemmente.org/lendo---menina-bonita-do-laccedilo-de-fita.html

Logo após a contextualização, confeccionamos os personagens da história em

3D, para lustrar a contação da mesma, seguindo os passos:

a) Reprodução dos personagens em xerox colorido ou impressão colorida;

b) Colagem de papel contact transparente para sua resistência, em seguida recorte

dos mesmos;

c) Sobreposição dos personagens usando cola quente;

d) Colagem de imã de geladeira atrás do personagem com cola quente;

e) Contação da história com o uso de um quadro de lata e os personagens

confeccionados.

IMAGEM 06- Professores fazendo atividades

Fonte: Arquivo Pessoal

Na finalização desse encontro os professores perceberam o quão necessário e

eficaz a leitura se torna quando se utiliza de estratégias diversificadas e motivadoras que

garantam uma aprendizagem significativa e coerente para o aluno.

No quinto e último encontro, finalizando as oito horas de oficina, totalizando a

carga horária, propomos atividades de estratégias de leitura que valorizem ainda mais

a habilidade leitora, dessa forma levando os professores a perceber a importância do

contexto da avaliação dentro dos processos da leitura para dinamizar e desenvolver

propostas que garantam o sentido global da mesma.

Utilizamos a dinâmica “Colcha de Retalhos” de Isabel Solé, onde

confeccionamos uma colcha de tecido, escrita com frases relacionados a leitura. Cada

professor ganhou um pedaço de retalho e escreveu com uma caneta permanente o que

significou a oficina “LEITURA COMO SUPORTE PEDAGÓGICO” para ele, após foi

customizado e montando em forma de uma colcha e dado o sentido e significado da

dinâmica.

IMAGEM 07 – Professores confeccionando a colcha de retalhos.

Fonte: Arquivo Pessoal

IMAGEM 08 e 09 – Trabalho produzido pelos professores na oficina.

Fonte: Arquivo Pessoal

Ainda Solé (1998, p.172). (...) “ poder construir uma ideia da leitura como um

processo de construção lento e progressivo, que requer uma intervenção educativa

respeitosa e ajustada”.(...) O processo de construção da aprendizagem da leitura é

vagaroso, aos poucos, muitas vezes levamos a vida inteira para entendermos as

entrelinhas da nossa própria vida, e a da leitura às vezes não é diferente, temos que ter

muito cuidado com as relações estabelecidas entre o leitor, a mensagem e o autor,

portanto requer muito planejamento e manejo para dessa forma dar sentido e domínio

autônomo para o aluno.

Usamos questionamentos para entender a realidade escolar conforme a imagem

6.

IMAGEM 10: Por que avaliar?

Fonte: Imagem produzida pela professora PDE.

Em seguida fundamentamos com a leitura em Grupo: O Ensino e a Avaliação da

Leitura (SOLÉ. Isabel. Estratégias de Leitura. 6.ed. – Porto Alegre: Artmed,1998.p.164

a 168) onde foi amplamente discutido, pois quando abordamos as questões da avaliação

ligadas ao processo da leitura exige um certo cuidado e os professores puderam

perceber da necessidade que temos de avaliar, saber informações, de como está o ensino

da leitura, como foi usado os instrumentos, ou seja as estratégias, se foram válidas ou

não e dessa forma rever a proposta de trabalho, para verificar o nível de conhecimento

dos alunos.

Realizamos a leitura e interpretação da fábula de Esopo “ A história da Cigarra

e a Formiga” e construímos o livro gigante dessa obra, explorando e contextualizando

com as disciplinas de arte e história. Vídeo ilustrativo

<http://www.youtube.com/watch?v=9v8VjXkhZdo >

Cada professor colaborou trazendo material solicitado anteriormente e no grande

grupo foi confeccionado o Livro Gigante da Fábula: A Cigarra e a Formiga de Esopo,

conforme os seguintes passos:

Dividir 4 cartolinas ao meio totalizando 8 partes;

Grampear as 8 partes e a primeira parte deixar para a capa do livro;

Por que avaliar

dentro da concepção da

leitura?

Por que temos que dinamizar o ensino em

torno da leitura?

Como avaliar a

habilidade

Leitora?

Para que

Avaliar?

As demais utilizar para desenhar e escrever a história ;

Poderão utilizar dobradura, colagem para fazer os personagens e o cenário e

muita criatividade;

Utilizarão lápis de cor, giz de cera, tinta guache, ficará a critério de cada dupla;

Utilizamos a história e dividimos o livro da seguinte forma :

Capa: A CIGARRA E A FORMIGA

IMAGENS 11 – Produção da capa do livro gigante pelos professores da oficina.

Fonte: Arquivo Pessoal

IMAGEM 12 - 1ª parte: Num dia soalheiro de Verão, a Cigarra cantava feliz.

2ª parte: Enquanto isso, uma Formiga passou por perto. Vinha afadigada, carregando

penosamente um grão de milho que arrastava para o formigueiro.

Fonte: Arquivo Pessoal

IMAGEM 13 e 14- 3ª parte: – Por que não ficas aqui a conversar um pouco

comigo, em vez de te afadigares tanto? Perguntou-lhe a Cigarra.

Fonte: Arquivo Pessoal

IMAGEM 15 e 16 - 4ª parte: – Preciso de arrecadar comida para o Inverno –

respondeu-lhe a Formiga. “ Aconselho-te a fazeres o mesmo.”

Fonte: Arquivo Pessoal

5ª parte: – Por que me hei-de preocupar com o Inverno? Comida não nos falta… –

respondeu a Cigarra, olhando em redor.

6ª parte: A Formiga não respondeu, continuou o seu trabalho e foi-se embora.

7ª parte: Quando o Inverno chegou, a Cigarra não tinha nada para comer. No

entanto, viu que as Formigas tinham muita comida porque a tinham guardado no Verão.

Distribuíam-na diariamente entre si e não tinham fome como ela. A Cigarra

compreendeu que tinha feito mal…Moral da história: Não penses só em divertir-te.

Trabalha e pensa no futuro. <http://www.historias-infantis.com/a-cigarra-e-a-formiga/

>

IMAGEM 17- Trabalhos construídos pelos professores na oficina

Fonte: Arquivo Pessoal

Neste último encontro onde foi levantado a questão da importância da avaliação

da leitura, o (re) pensar nas nossas práticas e consequentemente em ações que melhorem

a situação da realidade, fez com que os professores admitissem a necessidade de

estarem constantemente buscando estudos e fundamentações relacionando práticas e

ações motivadoras para cativar cada vez mais o luno, que vem para a escola muitas

vezes desmotivado e sem incentivos para ler.

Durante os cinco encontros que tivemos houve uma intensa troca de experiências e

grandes discussões entre a teoria e a prática pedagógica em torno do ensino e

aprendizagem da leitura. As oficinas tentaram evidenciar a relevância das estratégias de

leitura para o aluno compreender melhor esse processo e garantir uma habilidade

leitora com mais qualidade.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Segundo a pesquisa e implementação realizada nesse trabalho, a leitura é

necessária para o desenvolvimento humano, formação social e educacional e as

estratégias de leitura são pertinentes para o ensino e aprendizagem da mesma. Quando

bem planejadas pelo professor promoverão o sucesso e o acesso a uma habilidade

leitora coerente e de qualidade.

Para termos bons leitores e com habilidades coerentes, os próprios educadores

precisam demostrar isso, ter paixão por ler livros é o primeiro dos exemplos, logo em

seguida ser capaz de apresentar estratégias provocantes e estimuladoras para

desenvolver o gosto pela leitura. Como sugere Solé (1998, p.170), “ objetivo crucial é

ajudar os alunos a desfrutar lendo e utilizar a leitura como instrumento privilegiado na

construção de conhecimentos.”

Diante desse contexto ficou clara que a formação continuada é uma necessidade

entre os docentes para o aperfeiçoamento dos mesmos, a articulação entre a teoria e a

prática é fato, e deveria estar presente no dia a dia escolar e no plano de trabalho

docente. Com uma formação significativa e substancial o professor consegue

desenvolver um trabalho pedagógico com qualidade. Como afirma Behrens (1996,p.24),

“Na busca da educação continuada é necessário ao profissional que acredita que a

educação é um caminho para a transformação social.” A formação continuada do

professor vem a ser mais um suporte para que o docente consiga trabalhar e exercer a

sua função diante da sociedade, podendo perceber como atuar para que o seu trabalho

com os alunos seja momentos de aprendizados.

As estratégias de leitura sugeridas durante esse trabalho são estudos e pesquisas,

procurando mediar as teorias e as práticas docentes com a realidade. SOLÉ (1998,

p.89), salienta-nos que “...muitas das estratégias são passíveis de trocas, e outras estarão

presentes antes, durante e depois da leitura.” Acrescenta ainda que as estratégias de

leitura devem estar presentes ao longo de toda a atividade leitora, garantindo o sucesso

do entendimento.

Enfim, a leitura deve ser abordada como uma questão de equipe, na qual não

somente a disciplina de língua portuguesa seja a corresponsável pela atual situação e

realidade. Assim como outras coisas, Solé (1998,p.173) comenta que: “Ensinar a ler é

uma questão de compartilhar. Compartilhar objetivos, compartilhar os significados

construídos em torno delas.”(...) Fica evidente que ainda não temos toda a coletividade

necessária dentro do contexto escolar para se chegar aos objetivos propostos em torno

da habilidade leitora, mas como educadores responsáveis e comprometidos pelo ensino

e aprendizagem dos alunos temos que buscar meios de convencimento através das

formações continuadas e fundamentações teóricas para melhorar tal situação.

Contudo, somente interligando e mediando a teoria e a prática leitora que

possivelmente teremos um trabalho pedagógico com qualidade, envolvendo a

comunidade escolar como um todo e fazendo parcerias com a família e a escola teremos

leitores mais críticos, atuantes e transformadores do seu meio social.

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