OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · A lousa digital é uma tecnologia recente e,...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
A LOUSA DIGITAL COMO FERRAMENTA NO ENSINO E NA APRENDIZAGEM DE ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANAS
Denise Aparecida Buba1 Dulce Dirclair Huf Bais2
RESUMO – Este artigo surgiu da percepção da autora no sentido de buscar novos caminhos que conduzam ao aprendizado, de uma forma motivadora, através de metodologias mais dinâmicas no trabalho direcionado aos alunos, tendo como foco principal reverter o quadro que mostra o desinteresse discente aos conteúdos e propicie e beneficie os alunos para uma maior autonomia, colaboração e interação. Na atualidade, a tecnologia aplicada à educação favorece o uso de recursos educacionais que enriquecem o processo ensino/aprendizagem, por possibilitar novas formas de ensinar e aprender, confirmando a necessidade de práticas pedagógicas inovadoras que tornem significativa a aprendizagem para o aluno. Criar e recriar recursos educacionais devem ser uma constante preocupação docente, incentivando o compartilhamento e a criatividade discentes, itens que devem ser trabalhados na escola. Construir e reconstruir o conhecimento são ato contínuo que, pertinente ao contexto escolar, prepara o alunado para a vida futura. Novas práticas devem surgir para transpor as tradicionais. A lousa digital possibilita ganhos nos quesitos interatividade, colaboração, integração e participação e no desenvolvimento de habilidades no ensino dirigido para as competências. Com tais ganhos, a lousa digital constitui um diferencial no que diz respeito à motivação e à aprendizagem do aluno, como também enriquece a interação professor-aluno. Neste artigo, a autora apresenta algumas reflexões teóricas sobre o uso da lousa digital e relata a sua vivência no uso deste recurso educacional no desenvolvimento do conteúdo do sistema digestório, integrante da disciplina de ciências do ensino fundamental da educação básica. PALAVRAS-CHAVE: Lousa digital; metodologias ativas; aprendizagem; motivação; interação.
Introdução
Os professores hoje se deparam com uma nova realidade dentro da sala de
aula: alunos mais críticos e atualizados no quesito tecnologia, exigindo do docente a
atualização tecnológica para inserir, de forma repaginada e atualizada, os conteúdos
programados em seu planejamento diário. A escola atual necessita fazer uso das
1 Licenciada em Ciências Naturais e Biologia. Pós-graduada em Metodologia do Ensino Superior.
Professora da Rede Estadual de Ensino do Paraná, no ensino fundamental e médio, nas disciplinas de Ciências e Biologia. 2 Doutora em Educação. Professora adjunta do Departamento de Teoria e Prática de Ensino, do Setor
de Educação, da Universidade Federal do Paraná.
diferentes tecnologias oportunizadas no mundo contemporâneo, tendo estas como
aliadas para motivar e demonstrar aos alunos que é possível abranger o mesmo
conteúdo diversificando e explorando novos recursos, deixando-os mais
interessantes à realidade da contemporaneidade.
São muitas as ferramentas para auxiliar na construção do conhecimento. A
lousa digital, por apresentar uma tecnologia híbrida, permite explorar os sentidos da
visão, audição e tato. No uso da lousa digital, é possível trabalhar a integração e
colaboração entre os alunos, mediante o acesso de conteúdo ‘online’, bem como,
escrever, desenhar, arquivar os assuntos de aula ou enviar e-mail das tarefas,
tornando o conteúdo mais significativo ao aluno.
Agregar tecnologia com a metodologia é uma necessidade atual como forma
de potencializar os conteúdos e motivar o aprendizado. O professor desenvolve o
seu trabalho como um mediador, exigindo que estratégias pedagógicas sejam
repensadas a cada conteúdo e adequadas às exigências que surgem com as novas
tecnologias.
Na realidade, saber gerenciar as informações tornando-as significativas aos
alunos e transformando tudo em conhecimento exige do professor tempo,
planejamento e dedicação. Tal procedimento contribui para que o professor sinta-se
seguro no uso dessas ferramentas tecnológicas e saiba de que forma inovar,
fazendo uso de sites, software e simuladores que auxiliem nas aulas, alcançando
um resultado positivo em relação ao aprendizado – foco principal. Dessa forma, é
possível transformar a realidade da sala de aula, na qual alunos desmotivados pelo
marasmo das aulas tradicionais acabam tendo como resultado a repetência, em
ambientes interativos, dinâmicos e facilitadores da aprendizagem.
O professor necessita de um treinamento contínuo de ordem operacional e de
capacitação metodológica para reinventar, ter criatividade, demonstrar novas formas
de ensinar e poder compartilhar as suas experiências com outros professores. O
processo de aprendizagem trabalha com o emocional e o motivacional, sendo
necessário que o professor sensibilize o aluno para construir o conhecimento.
A escola também desempenha um papel fundamental para o bom
desenvolvimento do trabalho do professor. Este nem sempre têm ao seu dispor
tecnologias em condições de uso, gerando dificuldades na prática docente e
contribuindo para o retorno docente a metodologias tradicionais, devido a
transtornos que acabam em estresse e frustração.
Kenski (1996) constata que: “a aprendizagem pode se dar” com o
envolvimento integral do indivíduo, isto é do emocional, do racional, do seu
imaginário, do intuitivo, do sensorial em interação, a partir de desafios, da
exploração de possibilidades, do assumir responsabilidades, do criar e do refletir
juntos.
A tecnologia deve estar ao alcance de alunos e docentes, viabilizando a
criação e o desenvolvimento das habilidades necessárias na formação de futuros
cidadãos participativos e promotores de mudanças dentro da sociedade.
De acordo com Allegretti3 (1998, apud PARANÁ, 2010, p. 14),
[...] a tecnologia na Educação encontrará seu espaço, desde que haja uma mudança na atitude dos professores, que devem passar por um trabalho de autovalorização, enfatizando seu saber para que possam apropriar-se da tecnologia com o objetivo de otimizar o processo de aprendizagem. E a mudança de atitudes é uma condição necessária, não só para professores, como também para os diretores de demais colaboradores, pois estes devem conceber a sua posição e a sua autoridade de forma diferente, como agentes formadores, incentivadores, atuando como mediadores do processo e coparticipantes de trabalho escolar.
Hoje as exigências são muitas e ao professor cabe ministrar, dosar e integrar
tais recursos aos conteúdos em aula, fazendo uso de sua criatividade e bom senso.
Desenvolvimento
A tecnologia enriquecendo e criando novas metodologias
Nos dias atuais, há uma nova realidade no cotidiano escolar, onde os alunos
dominam a linguagem digital e, em contrapartida, os professores são fruto de uma
pedagogia tradicional que, atualmente, não mais atrai os discentes. Por isso, é
preciso repaginar as práticas pedagógicas, reavaliando o trabalho docente diário em
sala de aula.
3 ALLEGRETTI, S. M. M. Mudança educacional: um desafio. In: ALMEIDA, F. J.; ALMEIDA, M. E. B.
de. (Orgs.). Aprender construindo: a informática se transformando com os professores. Brasília: USP/ Estação Palavra, 1998. p. 19-25. (ProInfo, 1). Disponível em: http://www.inf.ufsc.br/~edla/mec/livro01.pdf. Acessado em: 22 nov. 2006.
Silva (2011, p. 11), fundamentado em Araújo e Yoshida4 (2009), afirma que “o
professor deve estar aberto à aquisição de novos conhecimentos, visando o
fortalecimento da profissão, criando novas estratégias, comportando-se como um
aprendiz em busca de capacitação profissional.” Para buscar um aprendizado
significativo, é preciso desenvolver metodologias mais ativas e participativas, através
das quais ocorra troca de experiências e colaboração e integração entre os alunos e
professores.
Segundo Pavão e Gomes5 (2010, apud Silva 2011, p. 14), “a atividade
pedagógica implica sempre em um movimento de trocas entre, professores, alunos e
conteúdos de ensino.” A tecnologia cada dia mais presente e atuante entre os
alunos abre uma nova porta e oportuniza ao professor explorar novas ferramentas
nas suas práticas diárias de sala de aula.
A lousa digital é uma tecnologia recente e, com uma grande versatilidade,
possibilita que o professor faça uso de imagens, sons, vídeos, desenhar, acessar a
internet, editar, fazer uso de simuladores, conteúdos interativos, o que torna
enriquecido o conteúdo, incorporando qualidade em sua apresentação. No entanto,
o docente precisa planejar com antecedência e organizar o seu material para
explorar as ferramentas e possibilidades para complementar o assunto da aula. Para
isso, é indispensável e fundamental estabelecer critérios. Em relação à interatividade
que a lousa propicia, esta depende da dinâmica escolhida e desenvolvida pelo
professor para que o conteúdo torne-se significativo ao aluno, resultando em
aprendizado que é o foco em questão e o principal objetivo.
Para Nakashima e Amaral (2006, p. 36-37),
Quando se observa a lousa digital é possível perceber as suas semelhanças em relação à lousa tradicional e à televisão, que são equipamentos muito conhecidos, tanto para os professores, como para os alunos. Ao se pensar na utilização de uma tecnologia inovadora nos processos educativos, verifica-se uma familiaridade maior com a lousa digital, devido ao intenso contato que se tem com a televisão e a lousa tradicional, o que facilitaria a sua integração nas atividades pedagógicas desenvolvidas em sala de aula. Assim, por meio da utilização dessa tecnologia, oportuniza-se a incorporação da linguagem audiovisual no
4 ARAÚJO, P. L. de; YOSHIDA, S. M. P. F. Professor: desafios da prática pedagógica na atualidade.
Disponível em: http://www.ice.edu.br/TNX/storage/webdisco/2009/11/03/outros/608f3503025bdeb70200a86b2b89185a.pdf 5 PAVÃO, S. M. O.; GOMES, C. C. Desafios do professor: abordagem dos aspectos relacionais da
prática pedagógica. Disponível em: http://w3.ufsm.br/gtforma/estagio1/66a50c4974b39594ac2c15cd8ab874fb.pdf
processo de ensino e aprendizagem, considerada uma forte tendência da atualidade.
A metodologia aliada à tecnologia influencia e contribui, de forma positiva, no
ambiente escolar, transformando a prática pedagógica e auxiliando no quesito
inclusão digital que é uma premissa da educação. Nakashima & Amaral (2010, p.
403), parafraseando Dulac & Alconada6 (2007), ponderam que “a lousa digital não é
somente uma lousa, um computador e um projetor, mas um conjunto de três
ferramentas que, unidas ao potencial da internet, ampliam as possibilidades
didáticas e metodológicas.”
Através da tecnologia é possível usufruir da praticidade de ter acesso à
informação em tempo real. Esta é uma vantagem que faz a diferença e, quando
aplicada com bom senso na área educacional, proporciona ao aluno e professor o
abrir de novas perspectivas na forma de construir conhecimento e estar atualizado
em relação aos acontecimentos e às novas descobertas. Na realidade, este é um
mundo de portas abertas e, quando se adentra nele, é possível viajar ao redor do
mundo, alcançar novas visões e elaborar conceitos a respeito de um assunto com
um simples clicar.
Segundo Zanela (2007, p. 26),
A visão inovadora na comunicação e transmissão de informações trazidas pelas novas tecnologias são instrumentos importantíssimos de transformação. A lousa digital proporciona uma linguagem audiovisual, estimulando os sentidos da visão, tato e audição, saindo da oralidade e escrita potencializando e dando maior significado ao aprendizado.
Ao professor cabe construir pontes e subterfúgios que liguem a linguagem
digital ao aprendizado, fazendo uso desta de forma criativa e inovando sempre que
possível, para não retornar ao tradicional.
Há uma busca incessante e interminável por metodologias que acrescentem
dinamismo e integração e que seja ativa e participativa para que ocorra realmente
um ensino de qualidade com resultado positivo no aprendizado dessa geração que
exige inovações e remodelagens constantes na apresentação de conteúdos em sala
em aula.
6 DULAC, J; ALCONADA, C. La pizarra digital. Plataforma Moodle (curso a distância nível básico e
médio). Disponível em: http://www.pizarratic.com/aula/login/index.php
Os alunos adentram a salas de aula todos os dias com novas informações e
os docentes precisam saber direcionar todas essas informações que não são
poucas e transformá-las em conhecimento.
A linguagem digital está se tornando uma marca registrada em nossa
sociedade que a cada dia depende mais da tecnologia e de seus serviços, já
incorporados como um estilo de vida na atualidade. Dentro da sala de aula, ela
representa praticidade, possibilitando ao professor arquivar seus conteúdos de aula.
No entanto, a cada nova utilização dos conteúdos dos arquivos, é necessário que o
professor faça a revisão, complementação ou aprimoramento dos conteúdos com
imagens mais recentes e atualização dos arquivos porque a praticidade pode acabar
em mesmice, comprometendo o papel inovador da tecnologia na educação.
Tal cuidado está vinculado ao compromisso docente como pesquisador
incessante, não perdendo a conexão com o mundo onde professores e alunos
interagem e intervêm cotidianamente. Ignorar esta realidade é retroceder no tempo e
no conhecimento.
Metodologia
Com o objetivo de motivar os alunos nas aulas de ciências, em conteúdos
relacionados ao estudo do corpo humano, e observando que havia uma lousa digital
disponível na escola (Figura 1), foram planejadas atividades interativas a serem
desenvolvidas com o uso do ‘paint’ e do ‘software’ da própria lousa.
As atividades planejadas estavam relacionadas com o conteúdo de ciências
relativo ao sistema digestório e, antecedendo ao início do uso da lousa digital, foi
preciso buscar um embasamento teórico e operacional sobre o funcionamento da
lousa e conhecer as ferramentas que auxiliariam no desenvolvimento e
apresentação do conteúdo e das atividades a ser desenvolvidas na mesma.
De acordo com Antônio (2012),
As lousas digitais mais comumente encontradas nas escolas são ligadas a um computador (por cabo ouvia wireless) e um projetor multimídia (Datashow). Na verdade a lousa digital pode ser entendida como esse conjunto de três componentes: a lousa propriamente dita , um computador e um projetor multimídia .Algumas lousas já estão incorporando o computador
em seu próprio corpo, mas todas elas precisam de um computador para funcionar.
FIGURA 1- LOUSA DIGITAL FONTE: A autora (2014).
Ensinando com a Lousa Digital
A intervenção pedagógica foi realizada com uma turma de 8° ano do ensino
fundamental da educação básica, do colégio onde o projeto vinculado ao Programa
de Desenvolvimento Educacional foi desenvolvido e apresentado aos discentes. Ao
convidar os alunos para juntos aprenderem a usar um novo recurso educacional,
através do manuseio da lousa adquirida pela escola, estes ficaram bastante
entusiasmados já que os mesmo não tinham vivenciado tal experiência em seu
cotidiano escolar. As primeiras atividades foram somente demonstrativas das
ferramentas da lousa (Figura 2), incluindo o uso da caneta digital. Inicialmente,
alguns alunos não participaram devido a timidez. No entanto, esta acabou sendo
vencida pela curiosidade.
FIGURA 2- CONHECENDO A FERRAMENTA: CANETA FONTE: A autora (2014).
Após a etapa de adaptação ao novo e conhecendo as ferramentas que a
lousa proporciona, as atividades educativas foram iniciadas. É importante destacar
que os alunos pediam para participar, atitude esta que não ocorria nas aulas com as
metodologias convencionais. As cobranças acabaram sendo diárias. Era comum
ouvir a indagação de vários alunos: Você vai nos levar para aprender na lousa? Tal
resultado confirma o previsto nos parâmetros curriculares nacionais (PCN) para o
ensino de ciências que assim orienta:
O interesse e a curiosidade dos estudantes pela natureza, pela Ciência pela Tecnologia e pela realidade local e universal, conhecidos também pelos meios de comunicação, favorecem o envolvimento e o clima de interação que precisa haver para o sucesso das atividades, pois neles encontram mais facilmente significado. Trata-se, portanto, de organizar atividades interessantes que permitam a exploração e a sistematização de conhecimentos compatíveis ao nível de desenvolvimento intelectual dos estudantes, em diferentes momentos do desenvolvimento. Deste modo, é possível enfatizar as relações no âmbito da vida, do Universo, do ambiente e dos equipamentos tecnológicos que poderão melhor situar o estudante em seu mundo. Dizer que o aluno é sujeito de sua aprendizagem significa afirmar que é dele o movimento de ressignificar o mundo, isto é, de construir explicações, mediado pela interação com o professor e outros estudantes e pelos instrumentos culturais próprios do conhecimento científico. Mas esse movimento não é espontâneo; é construído com a intervenção fundamental do professor. (BRASIL, 1998, p. 28).
É preciso que os professores busquem as inovações e diversifiquem a forma
de expor os conteúdos em sala de aula para aprimorá-los. Desse modo, é possível
transformar a realidade, provocando mudanças significativas com perseverança,
entusiasmo e confiança no futuro educacional que está nas mãos dos próprios
professores. Antônio (2012) menciona que:
Para o aluno a lousa digital também pode ser muito vantajosa, dependendo do uso que o professor fizer dela. A lousa digital não serve para transformar uma aula chata em uma aula atraente, ela não faz com que um professor “ruim” fique “bom”, ela não transforma o livro, o laboratório e outros materiais didáticos de apoio em “coisas obsoletas” e mão melhora a qualidade da educação por si mesma. A qualidade do professor é fundamental para uma boa aula e, portanto, a única coisa que uma lousa digital pode fazer pela educação é dar ao bom professor mais ferramentas para que ele se torne ainda melhor.
No desenvolvimento deste projeto de intervenção, antecedendo a realização
das atividades de ensino e aprendizagem na lousa digital interativa pelos alunos,
foram ministradas aulas expositivas sobre o assunto para depois explorar as
atividades na lousa digital. Com o auxilio do livro didático e do conteúdo
disponibilizado aos alunos, os alunos fizeram o reconhecimento e a identificação dos
órgãos do sistema digestório e elaboraram uma legenda (Figura 3). Tal atividade foi
muito apreciada pelos alunos, chamando a atenção de todos pela superioridade no
colorido das imagens, resultado este que não seria possível em um quadro normal
de sala de aula.
FIGURA 3- IDENTIFICANDO OS ÓRGÃOS DO SISTEMA DIGESTÓRIO FONTE: FONTE: A autora (2014)
Além da identificação dos órgãos do sistema digestório por imagens, o uso da
lousa digital interativa, mediante o uso da caneta digital, possibilitou que os alunos
escrevessem o nome dos respectivos órgãos (Figura 4).
FIGURA 4- QUAL É A PALAVRA? FONTE: A autora (2014)
Esta atividade trabalha a leitura e a escrita, podendo ser realizada em duplas
de alunos, o que beneficia e estimula interação com os colegas de sala. O colorido
das imagens e das caixas de texto estimula sensorialmente os alunos, despertando
a atenção e facilitando a memorização dos conteúdos.
FIGURA 5- MAPA CONCEITUAL FONTE: A autora (2014)
Após as atividades de identificação dos órgãos do sistema digestório, os
alunos foram orientados para a elaboração de mapa conceitual (Figura 5) sobre o
conteúdo estudado. Os diagramas de significado, juntamente com o conhecimento
prévio do aluno, oportuniza a construção de um aprendizado significativo, por ser um
processo dinâmico, sendo um bom recurso a ser incorporado às aulas de ciências.
Considerações Finais
O objetivo do artigo teve a priori contribuir e demonstrar que a linguagem
audiovisual que hoje uma forte tendência na área educacional, para criar novas
metodologias em sala de aula, que motive nossos alunos e as ferramentas que a
lousa digital propicia, nos auxilia na produção e criação de nossas aulas. Ela é um
diferencial a ser considerado e deve ser compartilhada dentro da escola, pelos
professores para que aconteça o dinamismo e a colaboração, transformando as
aulas e podendo despertar a atenção e interesse de nossos discentes. A lousa é
uma ferramenta que mediatiza, no entanto o professor que vai orientar, e realizar
atividades lúdicas, buscar sites com simuladores, ousar em suas criatividades e
compartilhar conhecimentos e trocas de experiências entre os docentes, seria uma
forma positiva, monopolizar uma tecnologia que está disponível a todos não seria
ético, mas compartilhar com todos seria benéfico porque a construção do saber não
é centralizada, ela deve ser divulgada e compartilhada os bons resultados, para que
todos nós possamos crescer juntos e com um objetivo comum, o de tornar o
aprendizado um prazer constate na vida de nossos alunos. Precisamos entender
que estamos todos juntos no compromisso de construir uma educação de qualidade.
O docente deve articular e integrar informações, conhecimento e inovar em suas
apresentações possibilitando um novo olhar, com diferentes perspectivas a novas
tecnologias estão aí, no entanto o professor é a principal chave para que tudo
aconteça, uma pitada de curiosidade e criatividade pode fazer a diferença em um
conteúdo apresentado aos alunos, tem que ter sabor de quero mais, na próxima
aula. O resultado foi positivo porque a cobrança dos alunos passou a ser diária, não
somente na matéria de ciências como nas outras disciplinas.
Referências
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