OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · a mãe, tias e avós, e o baixo uso de...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
SEXUALIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR1
Maristela Kuczmarski Prudente2
Carlos Eduardo Bittencourt Stange3
RESUMO: O presente artigo faz parte das atividades do Projeto de Intervenção Pedagógica do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED) e tem como objetivo relatar os resultados dos estudos e discussões realizadas junto aos alunos do 8º ano do Colégio Estadual Santo Antonio de Pinhão – PR, NRE de Guarapuava sobre “Sexualidade”. A metodologia utilizada possibilitou aos alunos reflexões sobre as conseqüências que a maternidade e a paternidade precoce podem causar na vida dos adolescentes, pois estes devem aproveitar o tempo livre para estudar, passear se divertir, ficar, namorar, mas sempre procurando ter responsabilidade sobre suas ações para que no futuro não venham a se arrepender dos seus atos.
PALAVRAS-CHAVES: Reprodução Humana; Gravidez na Adolescência;
Sexualidade.
1. INTRODUÇÃO
Buscamos com o presente estudo abordar a sexualidade na adolescência
que, é hoje, um tema compreendido como pertinente às discussões de saúde
pública e social. Situações como gravidez precoce e DSTs, dentre outras, são as
questões de maior destaque neste debate, haja vista, derivadas a estas, decorrem
problemas pessoais e sociais que, na grande maioria das vezes e, principalmente
em centros urbanos menores, portanto, locais propícios quanto à cultura e formas de
agir, culminam em evasões escolares, sendo, também, precoce a exclusão social
que os adolescentes enfrentam.
1 Artigo apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE – da Secretaria de Estado da Educação – SEED, Superintendência da Educação – SUED – Curitiba – Paraná. 2014 2 Autora: Professora do Quadro Próprio do Magistério do Paraná. Especialista em Química pelas Faculdades Integradas Católicas de Palmas - FACIPAL, Participante do Programa de Desenvolvimento da Educação – PDE, da Secretaria da Educação do Estado do Paraná. 3 Orientador: Professor de Ciências Biológicas. Mestre em Educação, área de Metodologia de Ensino/UNICAMP – SP. Doutorando em educação, área de Didáticas Específicas/ Universidade de Burgos- Espanha. Coordenador do Núcleo de Avaliação Institucional da UNICENTRO. Membro da Comissão Especial de Avaliação Institucional do Estado do Paraná. Áreas de atuação: Seminários de Ensino e Aprendizagem e Pesquisa em Ciências Biológicas; Embriologia Comparada; Sistemática de Vegetais Superiores.
Sabemos que a sexualidade está relacionada ao período da adolescência
que se caracteriza por mudanças, não só no corpo, mas também no emocional, nas
relações familiares e na vida social. Devido à melhoria da qualidade de vida dos
adolescentes, principalmente da nutrição, os mesmos apresentam um aumento da
altura final e antecipação da puberdade marcando o início da adolescência que é o
despertar para o sexo, logo, próprio da idade. Ao tratar sexualidade com o
adolescente precisamos entender que ele faz parte de uma família, está inserido em
um meio socioeconômico e cultural, e mais – que ele está na fase do pensamento
mágico, da impulsividade e da reivindicação – e esse é o momento para as
conversas quanto a atitudes saudáveis e eficazes na prevenção da gravidez
indesejada e das doenças sexualmente transmissíveis.
Tendo em vista que muitos adolescentes evadem-se das escolas públicas
porque estão desestimulados e não conseguem encontrar significação entre os
conteúdos estudados e o seu cotidiano, faz-se necessário a utilização de
metodologias e recursos pedagógicos diferenciados como: textos, pesquisas,
diagramas, vídeos e dinâmicas. Para melhorar o aprendizado é necessário criar em
sala de aula (e fora dela) situações de aprendizagem que proporcionem um
aprender com autonomia, levando em consideração o conhecimento que os
educando trazem de sua vivência, reorganizando suas próprias idéias, incentivando-
os a assumirem o papel de protagonistas e sujeitos do processo educativo. Essa
reorganização do conhecimento prévio e historicamente construído, é que torna a
aprendizagem significativa para o aluno.
Nesse sentido, é necessário que as aulas de Ciências sejam atraentes, e
que utilizem metodologias diferenciadas para trabalhar o tema sexualidade para que
os adolescentes possam esclarecer as suas dúvidas sobre o funcionamento do
sistema genital, gravidez precoce, DSTs (Doença Sexualmente Transmissíveis), e
métodos contraceptivos e, que assim não venham ter um filho indesejado por falta
de orientação.
O presente trabalho foi realizado com os alunos do oitavo ano do Colégio
Estadual Santo Antonio, Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante, de Pinhão
– PR, durante o primeiro semestre de 2014.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
De acordo com Roveratti (2010, p. 189), em pesquisas realizadas no Brasil,
a cada ano cerca de 20% das crianças que nascem são filhas de adolescentes,
representando que, na atualidade temos três vezes mais garotas com menos de 15
anos grávidas se comparamos com a década de 70. Segundo a autora temos ainda
outro agravante social: a maioria dessas adolescentes não tem condições
financeiras e nem emocionais para assumir a maternidade e, por causa da
repressão familiar, muitas delas fogem de casa ou se unem com o companheiro que
também não possui condições econômicas para sustentar uma família. Logo, essa
responsabilidade é transferida para os familiares desses adolescentes e dessa
forma temos ainda mais um agravante nos problemas emocionais, social e
econômico dessas famílias. Quanto à educação o quadro ainda é pior, pois quase
todas abandonam os estudos.
Atualmente a gravidez precoce é uma problemática que atinge um número
considerável de adolescentes com idade entre 15 e 19 anos. Os principais fatores de
risco da gravidez na adolescência são: puberdade precoce, baixa renda, união
consensual (casam por causa da gravidez indesejada ou engravidam porque se
casaram), baixa escolaridade, família uniparental (formada por mãe abandonada),
moradia fora da família, antecedentes familiares de gravidez na adolescência como
a mãe, tias e avós, e o baixo uso de anticoncepcionais devido à falta de
responsabilidade, maturidade, consciência e diálogo com a família. Segundo
Calderone:
Apesar do consenso em nossa sociedade de que os pais devam dar informação sexual às crianças, muito poucos pais o fazem. Algumas mães contam algo às filhas sobre menstruação e gravidez, coisas de que os meninos não ouvem falar, da mesma forma de que não são preparados para a ejaculação ou a polução noturna como algo esperado, as doenças venéreas que devem evitar os métodos anticoncepcionais que devem usar, [...]. O pai quase não fornece informações sobre sexo, ainda que seja ideal haver também o ponto de vista masculino para uma educação equilibrada,
seja para meninos ou meninas. (CALDERONE, 1986, p.55).
Bona Junior (2010, p.17) enfatiza que as discussões referentes à sexualidade
nas escolas tem sido constante por ser considerada importante para a formação dos
docentes. As manifestações de sexualidade desencadeiam-se em várias faixas
etárias, por esse motivo torna-se indispensável a reflexão sobre o assunto embora
muitos docentes prefiram ignorar, ocultar ou reprimir essas discussões, pois se
sentem inibidos e despreparados diante de tantas propagandas e programas que
banalizam a sexualidade. Essas práticas se fundamentam na ideia de que o tema
deva ser tratado exclusivamente pela família. Ainda segundo Bona Junior:
Aos professores falta a compreensão da sexualidade como dimensão primordial do ser humano, como o lugar que se dá a formação da personalidade e se constrói as bases dos relacionamentos. A centralidade dessa dimensão é ainda mais visível na infância e na adolescência, quando a descoberta do corpo e o estabelecimento de relações de amizade são muito intensos. Crianças e adolescentes as vivem intensamente e a percepção desse fato tem surpreendido muitos professores. Engessados por conteúdos curriculares muitas vezes pré-estabelecidos nos planejamentos escolares, preferem não dar atenção ao fato. Outras vezes, o não abordar o tema está ligado mais à dificuldade de tratar de algo que, paradoxalmente, se faz ecoar incisivamente pelos discursos dos mais variados meios de comunicação, mas é interditado ou reprimido no que se refere à individualidade, à subjetividade e ao diálogo interpessoal. (BONA JUNIOR, 2011, p.16).
Santos (2009), por sua vez, valoriza as discussões em relação à sexualidade
e confirma – as reflexões referentes a este tema na escola não é uma escolha
neutra, e sim fundamentada numa postura pedagógica que leva em conta a
realidade dos educandos, bem como as mudanças sociais e culturais cabendo ao
professor estar atento a essas mudanças.
A sexualidade não deveria ser negada, uma vez que está dentro da escola o
tempo todo, “nas conversas dos estudantes, nos grafites dos banheiros, nas piadas
e brincadeiras, nas aproximações afetivas, nos namoros; e não apenas aí, as
questões referentes à sexualidade estão também, de fato, nas salas de aula –
assumidamente ou não – nas falas e atitudes dos professores e estudantes”
(LOURO 1997). Compete a todos os professores a consciência de que as questões
relacionadas à sexualidade estão dentro das salas de aula e que devem ser
discutidas, uma vez que as dúvidas e problemas ligados a sexualidade, muitas
vezes, são silenciados justamente pelo fato de serem vistos como proibidos de
serem comentados.
Assim, para Frison:
A omissão da escola nos assuntos relacionados a sexo e sexualidade é muito grande. Nela ocorrem fatos que demonstram ansiedade, curiosidade, angústia dos jovens sobre sexualidade, por exemplo, piadas, risos, desenhos provocativos, bilhetes, recados apelativos nos banheiros, leituras misteriosas e revistas pornográficas. Frente a isso os professores ficam impactados sem saber o que fazer e o que dizer. O mais comum é estabelecer regras e medidas muito fortes para que os alunos passem a “respeitar” o ambiente escolar. (FRISON, 2002, p. 208).
Destaca-se no Brasil, no final da década de 1990, a discussão da
sexualidade na escola, sendo oficializada com a edição dos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN) pelo Ministério da Educação. A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) nº
9394 de 20 de Dezembro de 1996, contempla entre outros temas, a “Orientação
Sexual”, fazendo perceber a importância e a relevância desse tema na formação do
indivíduo como cidadão em sua plenitude.
De acordo com Ribeiro (2007), muitas vezes o tema sexualidade é abordado
somente dentro do aspecto biológico, voltado somente aos sistemas reprodutores
masculinos e femininos, ou seja, “a escola ignora a subjetividade humana e a
conduz pela cientificidade biológica com ênfase na reprodução humana”
(CAETANO, 2006). Dentro das Diretrizes Curriculares para o Ensino de Ciências, do
Estado do Paraná (DCE), Santos, Stange e Trevas (2005) destacam a necessidade
de uma abordagem integradora no ensino de Ciências para superar a construção
fragmentada de um mesmo conceito.
Propõe–se então que o ensino de Ciências aconteça por integração
conceitual e que se estabeleçam relações entre os conceitos científicos escolares de
diferentes conteúdos estruturantes da disciplina (relações conceituais); entre eles e
os conteúdos estruturantes das outras disciplinas do Ensino Fundamental (relações
interdisciplinares); entre os conteúdos científicos escolares e o processo de
produção do conhecimento cientifico (relações contextuais).
Louro (1997) enfatiza que a sexualidade está na escola porque ela faz
parte dos sujeitos, ela não é algo que possa ser desligado ou algo do qual alguém
possa se “despir”. Acrescentando, Bona Junior (2010) relata que os gestores de
escolas têm apontado indiscutivelmente a necessidade de um tratamento especial à
educação sexual, mas observam que os professores que convivem com os alunos e
interagem diariamente com os estudantes demonstram muitas dificuldades para
abordar assuntos referentes a este tema, pois, segundo o autor, os cursos de
licenciatura não dão a devida atenção à capacitação desses profissionais no tocante
à educação sexual. A partir dessa observação detectamos as dificuldades de
proporcionarmos uma educação preventiva efetiva em relação à sexualidade.
Segundo Lopes (2009), apud Machado (2013), tornar as aulas de Ciências
mais interessantes exige do professor um planejamento mais aprimorado de suas
aulas, idealizando para além do conteúdo, as situações de sala de aula com o uso
de certos recursos adequados, para motivar a classe a criar conflitos intelectuais, a
fim de construir conhecimento. Dessa forma, é preciso valorizar conhecimentos
prévios, estruturando conceitos organizadores e subsunçores, sobremaneira, facilitar
e mediar a negociação procedimental entre os sentidos atribuídos e os significados
desejados.
3. METODOLOGIA
Para o desenvolvimento do presente trabalho foi utilizada a metodologia da
pesquisa-ação por se tratar de um método no qual o pesquisador buscará encontrar
a solução para o problema apresentado.
A implementação do material pedagógico foi desenvolvida no Colégio
Estadual Santo Antonio, ensino fundamental, médio e profissionalizante com uma
turma do 8º ano do ensino fundamental, na cidade de Pinhão - PR. O colégio possui
aproximadamente 1400 alunos, distribuídos em três turnos e atende aos da área
urbana e rural do município.
O planejamento do trabalho foi elaborado, tendo como base o Projeto
Político Pedagógico do colégio, consoante às Diretrizes Curriculares do Estado do
Paraná. O trabalho fora apresentado inicialmente à Direção do colégio, à equipe
pedagógica e aos professores na semana pedagógica, a fim de promover o
envolvimento de todos na implementação do material pedagógico, objetivando o
sucesso da proposta.
4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
As atividades foram desenvolvidas no 1º semestre de 2014, perfazendo um
total de 32 (trinta e duas) aulas. Num primeiro encontro com os alunos, foi realizado
um breve relato à turma sobre o que é o projeto, sua estrutura básica, duração e os
principais objetivos esperados. Após esse contato inicial, realizamos a atividade 01 –
uma sondagem (pré-teste), formada por questões objetivas, que foram respondidas
pelos alunos. Desse modo, buscou-se verificar seus conhecimentos prévios em
relação à sexualidade e o funcionamento do sistema genital.
4.1- Atividade 01: Pré-teste
Objetivo: Verificar os conhecimentos prévios dos alunos sobre alguns
conceitos referentes à sexualidade.
Resultados: As atividades foram realizadas com 30 adolescentes na faixa
etária dos 13 aos 16 anos, dentre os quais eram 13 meninos e 17 meninas. A
atividade teve por objetivo construir o perfil da turma do 8º ano C, do Colégio
Estadual Santo Antonio.
A sondagem dos conhecimentos prévios se deu através de questões
relacionadas à sexualidade. Em sua maioria, os alunos responderam que ficaram
tranqüilos com as transformações que foram surgindo em seu corpo com o início da
puberdade, porque já haviam recebido algumas orientações prévias da família e,
também dos professores das séries anteriores.
Quando perguntados de que maneira as informações sobre sexualidade
chegam até eles, responderam que essas se dariam através da mãe, internet, TV,
amigos, profissionais da saúde e, principalmente através das aulas de ciências.
Quando questionados se as adolescentes podem engravidar na 1ª relação
sexual, responderam que sim e também, que a responsabilidade da gravidez seria
dos dois, pois na maioria das vezes, conhecem os métodos contraceptivos e não os
utilizam porque possuem aquele pensamento mágico de que a gravidez não vai
acontecer na primeira relação sexual.
Em sua maioria, os estudantes relataram que mesmo não falando
abertamente sobre questões ligadas a sexualidade com sua família, eles sabem
perfeitamente o que podem ou não fazer, e também o que os pais desejam em
relação à sua postura.
Através das atividades desenvolvidas foi possível perceber a evolução que
os alunos apresentaram durante a implementação do material pedagógico, por isso,
diante de resultados positivos, não se fez necessária a aplicação de um pós-teste.
4.2– Atividade 02: Embasamento teórico
Objetivos: Fornecer subsídios teóricos, sobre a Reprodução Humana,
visando um melhor entendimento no que se refere aos conceitos usados no estudo
dessa temática.
Resultados: Foram trabalhados os principais conceitos da Reprodução
Humana, através de aulas expositivas, pesquisas orientadas na internet, leitura de
livros didáticos e paradidáticos, revistas e jornais sobre o assunto. Foi feito a
explanação do conteúdo por meio de slides e leituras no livro didático. Através dos
slides foram apresentadas imagens do sistema genital feminino e masculino, suas
estruturas, funções básicas, curiosidades e Doenças Sexualmente Transmissíveis
(DSTs). No decorrer das aulas foi feita uma pesquisa no laboratório de informática
sobre as principais Doenças Sexualmente Transmissíveis, como ocorre o contágio,
sintomas e tratamento. Para facilitar a memorização do conteúdo foram utilizados
caça-palavras, cruzadinhas e vídeos sobre o assunto estudado.
No início da atividade os estudantes estavam muito curiosos e com grande
expectativa sobre a temática sexualidade, tendo em vista que segundo eles, nunca
haviam tido oportunidade de realizar atividades com esse assunto, o que provocou
agitação da turma – problema que aos poucos foi sendo reduzido, tornando possível
o desenvolvimento da atividade proposta. Os alunos participaram em todo momento
com questionamentos e contribuições, embora alguns alunos tenham utilizado de
certa malícia ao fazerem suas indagações. Através dos subsídios teóricos foi
possível proporcionar aos alunos uma melhor compreensão dos conceitos que
envolvem a sua Sexualidade.
4.3 – Atividade 03: Dinâmica com a música “Cor De Rosa Choque”
Objetivo: Despertar nos alunos o interesse pelo funcionamento do corpo
feminino usando um trecho da música “Cor de Rosa Choque” interpretada por Rita
Lee, levando-os a entender o processo de funcionamento dos órgãos do sistema
genital feminino, bem como, compreender as transformações que ocorrem
mensalmente no corpo das mulheres. Eis a letra:
COR DE ROSA-CHOQUE
[...]
Mulher é bicho esquisito
Todo mês sangra
Um sexto sentido maior que a razão
Gata borralheira, você é princesa
Dondoca é uma espécie em extinção.
Por isso não provoque
É cor de rosa - choque.
LEE, Rita; CARVALHO, Roberto de. Acústico MTV,
Rita Lee (interp.). Polygram, 1998.
Resultados: Após trabalhar os sistemas genitais masculinos e femininos,
procurou-se proporcionar uma aula mais atrativa e diversificada através da letra da
música “Cor de Rosa Choque” de Rita Lee. Após ouvir a música, os alunos puderam
analisar criticamente a sexualidade feminina, refletindo sobre mitos, tabus, medos e
preconceitos.
Em seguida, foi abordado e explicado como funciona o ciclo menstrual,
quantos dias dura, como ocorre a ovulação, o período fértil, os cuidados com a
higiene do corpo e a menopausa. Os assuntos chamaram bastante atenção da
turma por tratarem do funcionamento do corpo feminino.
Os alunos questionaram bastante sobre o ciclo menstrual, pois demoraram
um pouco para entender como funciona. Em sua maioria as meninas relataram
histórias sobre menstruações que aconteceram com suas avós, tias e outras
pessoas conhecidas da família e, que hoje se sabem serem esses apenas, mitos.
Através da letra da música foi possível fazer com que os alunos entendessem como
funciona o ciclo menstrual e esclarecessem as suas dúvidas sobre o assunto.
4.4 – Atividade 04: Filmes “Minha Vida de João” e “Minha Vida de João II”.
Objetivo: Discutir com os alunos as transformações que o personagem sofre
da infância para a adolescência, bem como questões de gênero, namoro, gravidez
precoce e família.
Resultado: Os filmes “Minha Vida De João4” e “Minha Vida De João 25”,
fizeram com que surgissem muitos questionamentos na turma porque ilustram a
educação no contexto familiar, situações de violência doméstica, primeira
experiência sexual, gravidez de sua namorada, primeiro emprego, entre outros.
Além disso, os alunos, em muitos trechos, se identificaram com o personagem, o
que fez com que alguns deles quisessem expor também para os colegas suas
histórias de vida.
4.5 - Atividade 05: Dinâmica de grupo sobre a Gravidez na Adolescência –
“Cuidando do Ninho”.
Objetivo: Trabalhar com o grupo as questões relacionadas com a
maternidade/paternidade precoce e com a responsabilidade de suas ações.
Resultados: Através da dinâmica “Cuidando do Ninho” foi oportunizado aos
alunos se colocarem na posição de pais ou mães, vivenciando o sentimento de
responsabilidade de suas ações e as possíveis conseqüências que o exercício da
liberdade com irresponsabilidade pode ocasionar na vida do adolescente como a
maternidade e a paternidade precoce e o cuidado com os filhos.
A dinâmica foi aplicada com 30 alunos da turma sendo que 5 alunos
quiseram pegar 2 ovos como se fossem gêmeos. E, dos 35 ovos distribuídos para os
alunos personalizarem e cuidarem por 15 dias, restaram 12 ovos que não foram
quebrados. Os alunos receberam um caderno para fazer o diário do bebê-ovo, e
durante quinze dias fizeram os relatos do que foi acontecendo. Eles relataram que
4 http://www.youtube.com/watch?v=LESrHIGGon8. Acesso em:07/04/2014
5 http://www.youtube.com/watch?v=hQqNUIgaRho: Acesso em: 07/04/2014
gostaram de cuidar do ovo, porque foram confeccionadas roupinhas e o bercinho
para que pudessem carregar com mais segurança o ovo que representava um
recém nascido. E, acrescente-se: quando receberam o ovo foi feito a personalização
do mesmo pintando-lhe um rosto.
Os estudantes em seus relatos disseram que encontraram dificuldades para
cuidar do bebê-ovo porque ele é frágil e necessita de cuidados e fizeram assimilação
com uma gravidez precoce e os cuidados que um filho necessita para que seu
desenvolvimento seja saudável. Alguns alunos disseram que se sentiam
constrangidos em levar o ovo consigo quando saíam com os amigos; outros
deixavam em casa e não levavam o ovo junto porque tinham vergonha; já alguns
familiares se solidarizaram passaram a ajudar cuidar do bebê-ovo. Dois alunos
quebraram o ovo logo após recebê-lo e ficaram muito chateados, queriam receber
outro, mas não tinham como substituir. Surgiu então, a oportunidade de debater
sobre a importância dos pais serem cuidadosos e presentes na vida dos filhos, pois
depois de ceifada uma vida não tem como substituí-la.
Passados os 15 dias os alunos foram orientados a se desfazer do ovo, mas
alguns alunos se apegaram tanto que não queriam se desfazer. Foi necessária uma
conversa com eles, para explicar de que se tratava de uma técnica para que
refletissem que a maternidade e a paternidade inspiram cuidados e, que os
adolescentes devem aproveitar o tempo livre para estudar, passear, se divertir, ficar,
namorar, mas sempre procurando ter responsabilidade sobre suas ações, para que
no futuro, não venham a se arrepender dos seus atos. No final da atividade os
alunos entenderam a proposta e se desfizeram dos seus “bebês-ovo”.
4.6 - Atividade 06: Ser Adolescente
Objetivo: Refletir sobre a adolescência como um período da vida em que
tudo é intenso e as crises que porventura venham a ocorrer, são sinônimos de corte,
de ruptura com o antigo e, portanto, sinais de crescimento. Verificar o que é positivo
e negativo nessa fase em que os alunos se encontram.
Fonte:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2009_f
afipa_ciencias_md_ivany_oswaldo_de_sousa.pdf
Resultados: Para realizar esta atividade os alunos foram divididos em
grupos e utilizaram o laboratório de informática na pesquisa sobre o que significa
“adolescência”. E, quando retornaram fizeram uma lista com palavras e frases que
representassem a adolescência na visão deles. Foram confeccionados cartazes e no
final da aula foi feito um grande grupo com todos os alunos e esses então puderam
expor para os demais os seus cartazes e explicar o que encontraram sobre o tema
“adolescência”.
4.7 – Atividade 07: Casos de gravidez na adolescência
Objetivo: Mostrar para os adolescentes que não basta ter informações
sobre sexualidade, mas que é preciso ter maturidade para saber decidir qual é o
melhor caminho a seguir. Foi utilizado o texto disponível no seguinte endereço:
Fonte-
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2009_
unioeste_ciencias_md_tania_regina_blaneck.pdf
Resultados: Foram trabalhados quatro tipos diferentes de textos sobre
“casos de gravidez na adolescência”, e cada grupo ficou com um texto para leitura e
discussão. Assim, nessa atividade os alunos tiveram que se organizar em grupos;
demorando na organização e gerando uma conseqüente agitação, a turma se
atrapalhou no bom andamento da atividade, visto que era necessário fazer a leitura
do texto para depois responder junto com os colegas as questões propostas.
A participação nos grupos foi aos poucos se organizando porque no início
todos queriam falar ao mesmo tempo e virou uma algazarra. Logo, no decorrer da
aula foram se entrosando e as respostas foram surgindo. No final da atividade foi
feito uma plenária na qual um representante de cada grupo expôs uma síntese das
questões discutidas pelo grupo.
A maior parte dos grupos relatou que as histórias se pareciam muito com o
que acontece com as adolescentes do nosso município; adolescentes essas que
engravidam precocemente, depois sofrem com dificuldades financeiras e acabam
desistindo de estudar para cuidar do filho, ou para trabalhar e ajudar na renda
familiar. Os grupos discutiram ainda sobre o fato de que muitos adolescentes
possuem informações sobre o funcionamento dos sistemas genitais e métodos
contraceptivos, mas não tem noção das implicações que a maternidade pode trazer
para sua vida futura, pois sabem como evitar a gravidez, mas não encaram isso com
seriedade, pois para algumas adolescentes ser mãe representa se auto-afirmar e se
tornar adulta.
4.8 – Atividade 08: Palestra com profissional da área de Direito
Objetivo: Discutir os principais problemas causados pela gravidez precoce
na vida dos adolescentes e a importância da paternidade responsável.
Resultados: Foi convidado para fazer uma fala sobre paternidade
responsável e gravidez precoce, o advogado Francisco Carlos Caldas, que falou
sobre a importância do respeito ao corpo, valores humanos e também dos direitos
da criança e do adolescente.
No início da palestra ele falou sobre a importância da prevenção da gravidez
indesejada e que existe um projeto de lei (920/98), de sua autoria que assegura a
qualquer cidadão pinhãoense o direito ao acesso a métodos anticoncepcionais para
que ninguém venha a ter um filho indesejado, por falta de contraceptivos. Ele
também comentou que toda criança tem direito ao nome do pai no registro de
nascimento independente dos comportamentos que a mãe apresentava no passado
e acrescentou que, muitos filhos de adolescentes são deixados para as avós
cuidarem e manterem com o próprio salário enquanto os pais vão procurar emprego
em outras cidades, principalmente no estado de Santa Catarina. Segundo o
advogado, muitos desses acabam constituindo outra família por lá, o que tem
causado muitos problemas sociais em nosso município.
Os alunos participaram com indagações e questionamentos sobre valores de
pensões alimentícias, reconhecimento de paternidade, DNA e outros direitos da
criança e do adolescente.
4.9 – Atividade 09: Documentário - “Meninas”
Objetivo: Trabalhar com os alunos as questões relacionadas à maternidade
e a paternidade precoce e também com a responsabilidade de suas ações.
Texto disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=KaVDBiZ-bdM
Resultados: O documentário “Meninas” chamou a atenção dos alunos
porque retrata os conflitos familiares pelos quais passam as adolescentes que
engravidam precocemente, o que fez com que os alunos refletissem sobre o
assunto.
Após assistir o documentário foi feito uma plenária na qual os alunos
puderam expor os seus questionamentos sobre o documentário e relataram que
muitos adolescentes têm conhecimentos sobre métodos contraceptivos, mas
acabam engravidando porque seguem o exemplo da sua mãe ou da avó.
Segundo eles, esse documentário se parece muito com a realidade local, já
que muitas adolescentes acabam sofrendo com os conflitos familiares porque
engravidaram precocemente, resultando em dificuldades financeiras para sustentar
seus filhos, pois, muitas vezes ainda dependem da família para se sustentar,
resultando em abandono escolar por parte dos adolescentes, que saem em busca
de trabalho, para não sofrerem humilhações por parte de seus familiares.
4.10 – Atividade 10 - DISCUTINDO O TEMA “GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA”
Objetivo: Debater e refletir sobre uma possível gravidez na adolescência.
Texto disponível em:
Fonte:http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/
producoes_pde/2009_fafipa_ciencias_md_ivany_oswaldo_de_sousa.pdf
Resultados: Para essa atividade os alunos sentaram-se em círculo. Logo
depois, cada um recebeu uma cópia do texto e após fazer a leitura coletiva, ficaram
livres para relatar como eles imaginavam que seria a atitude de seus pais se
soubessem que estavam grávidas ou tivessem engravidado uma garota. O texto fez
com que os estudantes refletissem sobre a importância da família estar sempre
presente, orientando para que não aconteça uma gravidez indesejada, pois nem
todos os pais são compreensivos, o que pode gerar conflitos familiares e abalar o
adolescente que já se encontra fragilizado.
4.11 – Atividade 11: PEÇA TEATRAL
Objetivo: Demonstrar através da peça teatral “CONVERSA DE GENTE
GRANDE” a importância de termos informações corretas sobre a sexualidade na
adolescência.
Fonte:http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/
producoes_pde/2009_unicentro_ciencias_md_mara_regina_belloni.pdf
Resultados: Para encerrar as atividades foram selecionadas algumas
alunas da turma para encenar a peça teatral “Conversa de Gente Grande” escrita
por Janniny Lemos, publicada em 15/05/2008 em http://www.webartigos.com. A
peça teatral trata sobre o funcionamento do sistema genital masculino e feminino,
puberdade, menstruação, relacionamentos afetivos como: ficar, namoro, casamento,
gravidez precoce e paternidade responsável.
Através do teatro foi possível que os alunos fizessem uma reflexão sobre a
importância da participação da família em todos os aspectos da vida do adolescente
o que foi acrescido da percepção da uma necessidade de conversas francas entre
pais e filhos, “ficantes”, namorados, entre outros; sobre sexualidade, pois através do
diálogo pode se evitar a gravidez precoce DSTs e até alguns conflitos familiares.
4.12 - Atividade 12: Evento de encerramento das atividades sobre sexualidade
no pavilhão do Colégio Estadual Santo Antonio.
Objetivo: Socializar com as demais turmas do colégio as atividades que
foram desenvolvidas durante a aplicação do projeto de intervenção pedagógica.
Resultados: Foi realizado no pavilhão do Colégio Estadual Santo Antonio
um evento onde a turma organizou painéis com fotos das atividades desenvolvidas
em sala de aula. A peça teatral foi apresentada para todas as turmas do ensino
fundamental e médio. Os alunos procuraram chamar atenção dos colegas quanto à
importância de uma conversa franca entre namorados e “ficantes” sobre
sexualidade, e sobre o respeito ao outro; sobre gravidez indesejada, Doenças
Sexualmente Transmissíveis e paternidade responsável.
A turma foi convidada para participar e apresentar o teatro na Semana da
Família na Escola do Colégio Estadual do Campo Izaltino Rodrigues Bastos, escola
localizada em um dos vários faxinais que circundam a cidade de Pinhão. Assim, foi
muito interessante a socialização das atividades e as trocas de experiências que
aconteceram entre os estudantes dos dois estabelecimentos de ensino.
5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo foi realizado no Colégio Estadual Santo Antonio E. F. M.
Profissional, com alunos do 8º ano do ensino fundamental, com o intuito de
aprimorar o processo de ensino-aprendizagem, da disciplina de Ciências.
Inicialmente a proposta de trabalho foi apresentada ao corpo docente do
colégio e à equipe diretiva. Logo após, deu-se início ao desenvolvimento do trabalho
com os alunos, com a apresentação da ideia do estudo para a turma, contudo, as
reações não foram aquelas até então esperadas, tendo em vista que a turma
demonstrou-se muito agitada.
Com o passar das aulas, houve melhor rendimento e organização dos
alunos que proporcionou a realização do trabalho de forma satisfatória, sendo
possível perceber o “despertar” do interesse nos alunos pela proposta apresentada,
principalmente pelo envolvimento desses nas atividades propostas.
A implementação da proposta pedagógica na escola com o tema
sexualidade no contexto escolar oportunizou aos alunos muitos conhecimentos
sobre o funcionamento do sistema genital masculino e feminino, bem como das
demais problemáticas que envolvem o assunto. A aplicação foi tranqüila, os alunos
se envolveram bastante na realização das atividades propostas o lhes proporcionou
reflexões e questionamentos sobre gravidez precoce, métodos contraceptivos e
paternidade responsável.
Através das dinâmicas observou-se que os estudantes passaram a ter uma
visão mais ampla sobre o assunto tornando-se livres de preconceitos e malícias
provenientes de informações equivocadas, pois, sentiram se a vontade para
perguntar, questionar e tirar suas dúvidas. Isso tudo fez com o que fosse criado um
elo de confiança durante a realização das atividades, pois a maioria deles relatou
que não conversam com os pais sobre o tema.
Na certeza de uma consideração final e não de uma conclusão deste artigo,
já que há muitas possibilidades de escrita e trabalhos sobre esses temas,
acreditamos que trabalhos como este sobre sexualidade podem ser desenvolvidos
em qualquer nível e área de ensino, fazendo-se pequenas adaptações à realidade
dos discentes, podendo contribuir para a formação e o aperfeiçoamento do ensino e
da aprendizagem, oportunizando a melhoria de nossas práticas pedagógicas.
6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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