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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica - Turma 2013

Título: Aquecimento Global, o que fazer?

Autor: Danielle Glaser Boal

Disciplina/Área: Ciências

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Professor Elias Abrahão

Av. Senador Souza Naves, 1221.

Município da escola: Curitiba

Núcleo Regional de Educação: Curitiba

Professor Orientador: Paulo Henrique Carneiro Marques

Instituição de Ensino Superior: UFPR

Relação Interdisciplinar: Geografia – Artes – Língua Portuguesa

Resumo:

Esta unidade didática aborda a questão ambiental do aquecimento global, contextualizando o assunto através de filmes, visita monitorada e diversas atividades. Pretende a participação ativa do aluno na construção do conhecimento científico , contribuindo de forma significativa na melhoria da qualidade de vida. Tem por objetivo despertar a sensibilização para a preservação do ambiente, criando estratégias inovadoras e motivantes para a compreensão das causas que levam ao aquecimento global.

Palavras-chave:

Aquecimento global - Sustentabilidade – Educação Ambiental – Ensino de Ciências

Formato do Material Didático: Unidade Didática

Público:

Professores e estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental

APRESENTAÇÃO

Esta Unidade Didática é uma produção didático-pedagógica do Programa de

Desenvolvimento Educacional da Secretaria de Estado da Educação do Paraná em

parceria com a Universidade Federal do Paraná, direcionado aos professores da

disciplina de Ciências, para trabalhar com alunos do 9º ano do Ensino Fundamental.

Está articulada ao Projeto de Intervenção, tanto em sua forma como em seu

conteúdo, abordando a problemática que envolve o aquecimento global.

O início do século XXI tem sido marcado por intensos debates mundiais sobre as

questões ambientais. Em decorrência do grande desenvolvimento tecnológico e do

próprio consumismo, o meio ambiente tem passado por grandes transformações

causadas pelo próprio homem. As questões relacionadas à preservação ambiental

são de fundamental importância e devem ser discutidas na escola, já que é por meio

do conhecimento que desenvolvemos mobilização e sensibilização para as mudanças

de atitudes. A preocupação com o aquecimento global já faz parte do cotidiano das

pessoas. Precisamos urgentemente de uma Educação Ambiental para frear o

processo de destruição da vida sobre o planeta.

De acordo com a Lei Estadual nº 17505 de 11 de janeiro de 2013, Capítulo I artigo

2º; A nossa vida depende da apropriação da natureza, a Educação Ambiental surgiu

no Brasil tardiamente. Em 31 de agosto de 1981 surge a Lei Federal nº 6938 que

criou o Conselho Nacional do Meio Ambiente e no Artigo 2º estabeleceu a

necessidade de promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino. Em

1999 vem a Lei Federal nº 9795 que institui a Política Nacional de Educação

Ambiental e no Artigo 1º diz que:

Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

A Educação Ambiental nas escolas leva os alunos a participarem de uma

mudança de atitude percebendo e cuidando do presente e se preocupando com o

futuro.

A Educação Ambiental é um processo contínuo e permanente de aprendizagem, de caráter formal e não-formal, por meio dos quais o indivíduo e a coletividade de forma participativa constroem, compartilham e privilegiam saberes, conceitos, valores socioculturais, atitudes, práticas, experiências e conhecimentos voltados ao exercício de uma cidadania comprometida com a preservação, conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida, para todas as espécies.

Tendo em vista a carência de materiais pedagógicos que visem uma

perspectiva crítica da sociedade e da educação em relação ao meio ambiente, esta

unidade didática busca sensibilizar e envolver os alunos em aprendizagens ativas

para garantir a construção de conhecimentos abrangentes e relacionados ao

cotidiano. E também motivar os alunos para a compreensão das causas que levam

ao aquecimento global e que possibilitam uma participação ativa no comportamento

de compromisso com a vida. Os alunos devem compreender que existem alternativas

para minimizar os problemas ambientais.

A variedade de atividades desta unidade didática serve para instigar o debate

sobre o que podemos fazer para amenizar os efeitos do aquecimento global no nosso

planeta.

O futuro do planeta depende de todos nós, a qualidade de vida é de

responsabilidade de cada um de nós.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Este material foi elaborado com uma sequência metodológica que prevê cinco

fases distintas:

1 – SENSIBILIZAÇÃO: Como estratégia de sensibilização e para verificar o

conhecimento prévio dos alunos será desenvolvida uma atividade em grupo na qual

os alunos irão elaborar uma história em quadrinhos, a partir de ilustrações pré-

estabelecidas, com situações que provocam a degradação ambiental e

consequentemente o aquecimento global. Os objetivos desta atividade são:

Resgatar o conhecimento prévio dos alunos, através da montagem e criação

de uma história em quadrinhos sobre a degradação ambiental, a partir de

ilustrações pré-estabelecidas.

Sensibilizar os alunos a repensar suas atitudes cotidianas relacionadas ao

ambiente.

Estimular a percepção dos alunos sobre a maneira pela qual o ser humano

interage e modifica o ambiente, buscando suprir suas necessidades.

Depois de todas as apresentações o professor vai avaliar o grau de percepção

dos alunos sobre o tema, explicando e tirando as dúvidas sobre o mesmo. O

professor fornecerá as informações necessárias para que ocorra o confronto

entre o conhecimento prévio dos alunos e o conhecimento científico.

2 – PROBLEMATIZAÇÃO: Para a problematização serão utilizados 4

textos de diversas fontes científicas seguidas de “perguntas desafiadoras” que

conduzem o estudante ao passo seguinte, que é a reelaboração dos conceitos. Os

objetivos desta atividade são:

Trabalhar os principais conceitos de educação ambiental, as causas e os

efeitos do aquecimento global, efeito estufa, protocolo de Kyoto para poder

compreender o envolvimento da sociedade mundial com o tema do projeto. Desenvolver a leitura de textos relacionados com o tema e interpretar os

aspectos abordados nos mesmos. Responder a questionamentos que o conduzam aos conceitos trabalhados. Compreender o envolvimento da sociedade mundial com o referido tema.

Fig. 1: Energia Alternativa

Fonte: http://www.officemicrosoft.com

3 – PESQUISA DE CAMPO: Os alunos irão para Campo Magro, na Usina

de Reciclagem de Lixo, onde deverão compreender a importância da preservação.

Será elaborada previamente uma ficha de observação e registro de dados de campo,

a partir das atividades anteriores. Os objetivos desta atividade são:

Associar o termo sustentabilidade com produção de lixo.

Perceber como as situações ambientais envolvem a natureza, os seres vivos e

os aspectos econômicos e sociais.

Estar consciente da necessidade da redução do consumo e da reutilização dos

materiais.

Incentivar a separação do lixo de forma seletiva.

4 – APROFUNDANDO OS CONCEITOS: Como estratégia de

aprofundamento dos conceitos serão analisados dois filmes específicos que abordam

o tema Aquecimento global. Os objetivos da atividade são:

Mostrar através do filme “Uma verdade inconveniente” (Al Gore, ex-vice-

presidente dos Estados Unidos apresenta um alerta com dados, tabelas e

gráficos sobre o aquecimento global) e através do documentário “Ilha das

Flores” (que aborda o consumismo e a desigualdade social) fatos reais que

ocorrem no planeta.

Desenvolver uma postura crítica e consciente em relação às questões

ambientais

Compreender o papel da sociedade e suas responsabilidades nas mudanças

ambientais.

Fig.2 - Aquecimento Global

Fonte: http://www.freedigitalphotos.net/images/global warming

5 – ELABORAÇÃO E DIVULGAÇÃO: Depois de realizadas as

atividades e como forma de avaliação os alunos produzirão um folder sobre o

Aquecimento global, com suas próprias conclusões. Os objetivos são:

Desenvolver a capacidade de pesquisar.

Desenvolver a habilidade da interpretação e a produção textual.

Estimular a reflexão e a possibilidade de intervenção nas ações humanas do

dia-a-dia.

Desta forma pretende-se com esta unidade didática promover a sensibilização

ambiental, melhorando as ações dos indivíduos, mudando hábitos cotidianos e

consequentemente, acarretando uma melhoria na qualidade do ambiente.

ATIVIDADE 1 – Sensibilizando para o tema.

Histó ria em quadrinhós

Material Necessário:

Papel bobina; cola; tesoura; lápis de cor; canetinha;

lousa e os quadrinhos

PROCEDIMENTO:

Para esta atividade formem grupos de 4 ou 5 alunos,

ilustrem e criem uma história em cima dos quadrinhos

recebidos. Vocês é que irão decidir qual a sequência dos

quadrinhos. Depois de elaborada a história cada grupo irá

colar a sequência da historia no papel bobina.

Cada grupo deverá apresentar sua história para o restante

da sala e o professor vai anotar na lousa os termos

científicos que forem utilizados pelos estudantes.

Desenhos: Daniel Barcelos

ATIVIDADE 2 – Afinal, o que é aquecimento global?

Elabóraça ó de Cartazes e/óu Slides

Material Necessário:

Textos de apoio; cartazes; lápis; borracha;

lápis de cor; canetinha; computadores com

acesso a internet

PROCEDIMENTO

Para esta atividade serão utilizados 4 textos de

apoio. Leia com atenção e depois respondam, em

duplas ou trios, as perguntas desafiadoras.

Texto 1: Desafios sociais e ambientais do século XXI

Na antiguidade havia importantes núcleos urbanos que abrigavam milhares de

habitantes, como as cidades egípcias, mesopotâmicas, gregas e romanas. Mas foi a

partir da Revolução Industrial que houve uma transformação radical nas cidades.

Com as indústrias o núcleo produtivo das cidades se concentrou no meio urbano. No

século XX, as cidades transformaram-se ainda mais, como consequência do

crescimento das atividades industriais e expansão dos serviços. No início do séc.

XXI, mais do que nunca, tornaram-se polos irradiadores do comércio. Todo esse

crescimento trouxe problemas aos seus habitantes, principalmente de cunho social e

ambiental.

A expansão e urbanização das grandes cidades têm sido marcadas por problemas

ligados à habitação, saúde, saneamento básico, alimentação e educação.

Desde a Revolução industrial, a cidade se transformou em grande consumidora de

energia. As cidades industriais conheceram uma longa série de problemas

ambientais. Mas, boa parte das alterações ambientais urbanas se espalha além dos

limites de uma cidade. Por exemplo, o vento pode levar a poluição do ar para

lugares distantes do local onde ela foi gerada.

Um dos problemas ambientais mais discutidos é o aquecimento global, que consiste

na elevação da temperatura do planeta. Alguns cientistas atribuem este acréscimo

da temperatura pelo aumento da concentração dos gases do efeito estufa na

atmosfera enquanto outros cientistas dizem que não haveria como comprovar que

este aumento esta relacionado com a ação humana. Segundo eles, fatores naturais

poderiam estar envolvidos.

O aumento na queima de gases de combustíveis fósseis, como o petróleo, carvão

mineral e o gás natural. A queima dessas substâncias produz o dióxido de carbono

(CO2) e o óxido nitroso (N2O), que retêm o calor proveniente das radiações solares,

como se funcionassem como o vidro de uma estufa de planta, esse processo causa

o aumento da temperatura. Outro fator que contribui de forma significativa para as

alterações climáticas são os desmatamentos e a impermeabilização do solo.

Em 1997 com o objetivo de reduzir as emissões desses gases e promover um

desenvolvimento responsável, foi assinado um acordo internacional por 84 países,

no Japão, denominado Protocolo de Kyoto.

Em 1988 foi criado o IPCC, Painel Intergovernamental sobre mudanças do Clima,

para o estudo atual do clima no mundo. Segundo as previsões mais otimistas o

planeta poderia ter um acréscimo médio de 3ºC até 2100.

Com o aquecimento global atingindo esses níveis poderia acarretar sérios prejuízos

ambientais, entre eles, derretimento das calotas polares, extinção de espécies

animais, elevação dos níveis dos oceanos, alteração no regime das chuvas, etc.

Fonte: História das cavernas ao terceiro milênio. Pg. 249 a 254.

Texto 2 : Energia e Meio Ambiente

(adaptado, Samuel Murgel Branco)

Tudo o que nós realizamos neste mundo está de alguma maneira relacionado

com a energia. Na verdade, não só o que fazemos, mas tudo o que é feito na natureza.

Quando gasto energia para fazer alguma atividade esta vem de reservas que

possuo acumuladas sob a forma de gorduras e açúcares no meu organismo. Essas

substâncias químicas são chamadas de glicose e liberam a energia necessária sob a

forma de calor, trabalho ou outra forma qualquer.

O Sol é a principal fonte de energia recebida pela Terra. Os vegetais aproveitam

parte desta energia para realizar fotossíntese, e assim produzir alimento, isto é, matéria

orgânica para todos os seres vivos, no mar ou em terra firme.

A energia eólica acontece pelo aquecimento diferenciado de vários pontos da

superfície da Terra, que constituem os ventos, eles não existiriam sem a presença do

Sol.

Outra forma de energia é a hidráulica, que também constitui uma forma de

manifestação de energia do Sol. Quando usamos energia de compostos orgânicos, por

exemplo, por meio da queima de lenha ou de álcool, costumamos falar em energia de

biomassa, porque a fonte primária dessa energia é sempre a fotossíntese, introduzindo

energia do Sol. A biomassa é a massa de matéria constituída por todos os seres vivos

que povoam a Terra. Entretanto, há uma grande porção dessa biomassa que, ao longo

dos séculos e milênios, ficou soterrada, constituindo imensos depósitos de compostos

orgânicos ou biomassa fóssil. Não se trata aqui de ossos de dinossauros ou de outros

grandes animais pré-históricos, mas sim de seres microscópicos, que originaram o

petróleo e o gás natural, ou de grandes vegetais, que formaram os depósitos de carvão

vegetal.

Todos os dias milhões de toneladas de combustíveis fósseis são retirados do

subsolo, refinados em enormes refinarias e transportados em navios gigantescos através

de todos os mares, para todo o mundo. E como esses combustíveis fósseis demoram

milhões e milhões de anos para se formarem, pode se prever que, mais dia menos dia,

eles deixarão de existir.

O homem vem pesquisando outras formas de utilização de energia que não

agrida o meio ambiente, já que este foi utilizado desde os homens primitivos.

[...] desmatamento, erosão, agrotóxicos, extração de minérios, combustão

Toda combustão produz uma quantidade muito grande de gás carbônico, um dos

gases causadores do efeito estufa ou aquecimento progressivo da Terra. As combustões

também podem produzir outro efeito no meio ambiente, a chuva ácida. Nas grandes

cidades também ocorre algumas alterações climáticas de menor extensão, em

consequência do uso de energia em larga escala. São chamadas de ilhas de calor.

Fig.3 – Efeito Estufa

Fonte: http://www. freedigitalphotos.net/images/greenhouse+efects

Outros efeitos indesejáveis ao ambiente decorrentes dos processos de obtenção

de energia são derramamento de petróleo no mar (decorrente de vazamentos ou

problemas nas transferências de petróleo nos portos), produção de fumaça (nos

geradores a óleo ou nos veículos), inundações em regiões ocupadas por matas, árvores

para construção de barragens para gerar energia de hidrelétrica, etc.

É estranho, portanto, que justamente os avanços industriais e de comunicações,

que por um lado, estão facilitando cada vez mais a vida nesse planeta, por outro lado

produzam efeitos tão nocivos a nós mesmos!

Fonte: O Desafio de Ensinar Ciências no Século XXI (pág 70 a 80).

Texto 3 : Efeito Estufa

O efeito estufa é um fenômeno natural e imprescindível para a vida na Terra. Os

chamados gases do efeito estufa, entre eles o gás carbônico (CO2), formam uma

camada protetora na atmosfera que funciona como o telhado de uma estufa: permite a

entrada de raios solares, mas retém parte do calor refletido que se dissiparia para o

espaço. As atividades humanas, como a poluição, tem aumentado a concentração

destes gases, causando o aquecimento global.

Texto 4: Os puns humanos contribuem para o aquecimento global?

Sim, meu caro. Seus gases são fonte de poluição. Isso porque as flatulências

contêm um gás chamado metano (CH4), que colabora no agravamento do efeito

estufa e é 23 vezes mais danoso que o dióxido de carbono (CO2) - o principal

gás-estufa.

O metano está presente no pum de quase todos os animais, já que o sistema

digestivo da maioria dos bichos tem bactérias que ajudam na digestão. São elas

que produzem o metano que acaba tendo que ser eliminado pelo pum (ou pelo

arroto).

Mas calma. Antes de ficar segurando seus gases e maneirar no consumo de

repolho, lembre-se que, no caso do ser humano, a quantidade de metano (e de

gás carbônico) é tão pequena que não podemos ser considerados poluentes

pelas flatulências que soltamos por aí.

"Uma pessoa emite cerca de 700 mililitros de gases por dia. Desse total, 360

mililitros são de hidrogênio, 68 de dióxido de carbono e apenas 26 são de

metano", afirma o gastroenterologista Dan Waitzberg, da Faculdade de Medicina

da USP. Portanto, seu pum é bem pouco danoso - pelo menos no que diz

respeito ao ambiente, claro.

Não se pode dizer o mesmo das flatulências das vacas, carneiros, cabras, veados

e girafas. Esses animais são os grandes emissores de metano na atmosfera.

Diferentemente de nós, o pum de um desses ruminantes é uma verdadeira

bomba gasosa para o planeta. Isso porque esses animais contam com um

número muito maior de bactérias para ajudá-los na digestão da glicose das folhas

que comem.

Dessa forma, a quantidade de metano produzida é alta no sistema digestivo de

um ruminante (uma vaca, por exemplo, é capaz de emitir 250 mililitros de metano

no ar por pum). Esse metano ajuda a criar na troposfera uma densa camada de

gases que impede que parte do calor que incide sobre o nosso planeta seja

liberada de volta para o espaço. Com isso, as temperaturas na Terra aumentam

consideravelmente.

Especialistas defendem que a flatulência desses animais é o 3º fator para o

agravamento do aquecimento global, com 16% das emissões de gases-estufa, só

perdendo para a queima de combustíveis fósseis e de florestas - ambos

responsáveis pela emissão de dióxido de carbono no ar. Lembrando que, se nós,

humanos, consumimos a carne bovina em larga escala, acabamos contribuindo

com a criação de gado e, portanto, com seus gases.

Fonte: Rafael Tonon - Revista Superinteressante - 15/12/2007

Perguntas Desafiadoras:

1) O efeito estufa é um vilão ou é benéfico? Explique.

2) Cite os diferentes tipos de energia encontrados nos textos. Quais delas não

agridem o ambiente?

3) Como a sociedade contribui para o aquecimento global?

4) Quais os efeitos indesejáveis para o ambiente decorrentes dos processos de

obtenção de energia?

5) Que atitudes você pode tomar para ajudar a manter os recursos do planeta e

diminuir o aquecimento global?

6) Quais os gases responsáveis pelo aumento do efeito estufa? O que podemos

fazer para diminuir esses gases?

7) O que são os biocombustíveis?

8) Realize uma pesquisa sobre os novos ônibus que circulam em Curitiba: o

“hibribus”. Como este tipo de veículo funciona e qual a sua contribuição para a

diminuição do efeito estufa?

Depois de corrigidas as perguntas a aula continuará na sala de informática, onde

vocês farão uma pesquisa da parte histórica da Educação Ambiental bem como dos

conceitos relacionados sobre o aquecimento global.

A próxima aula será expositiva e dialogada, onde o professor irá tirar as dúvidas que

poderão surgir para que vocês possam elaborar os cartazes. Estes devem ser

explicativos sobre o tema: Aquecimento Global.

Aqueles grupos que quiserem fazer slides, primeiro farão um rascunho na sala e

depois usarão o computador da escola (ou se acharem conveniente, farão os slides

em casa). Mas também deverão fazer um cartaz, já que todos eles serão colocados

em uma exposição geral para as demais turmas da escola.

ATIVIDADE 3 – Para onde vai o lixo?

Pesquisa de Campo

Figura 4: Mundo Reciclado

Fonte: http://www.dreamstime.com/stock-images-global-warming-image4449014

Material Necessário:

Ônibus; folha sulfite; caneta; computadores com acesso a

internet;

PROCEDIMENTO:

Vocês deverão pesquisar os diversos tipos de descartes de lixo

(celulares, pilhas, lâmpadas, óleo sujo) e suas consequências,

bem como as cores dos depósitos de lixo. Também devem

entender a Teoria dos 3 Rs Esta pesquisa deverá ser feita antes

de irmos para a visita monitorada em Campo Magro, na Usina de

Valorização de Rejeitos e no Museu do Lixo.

Depois da visita elaborem um relatório detalhado incluindo

também a pesquisa feita anteriormente.

ATIVIDADE 4 - Alerta!!

Debates

Material Necessário:

Filme: Uma verdade inconveniente, Documentário: Ilha das

flores; caneta; papel sulfite; DVD; TV pen-drive (ou

Datashow).

PROCEDIMENTO:

Esta atividade prevê a visualização de um filme e um curta-

metragem sobre a situação ambiental. Assistam e observem

aspectos relacionados ao tema em questão. Façam uma análise

crítica, discutam em grupo (sobre as alterações climáticas, efeito

estufa, sustentabilidade e os motivos que contribuem para a

maximização desses processos e as atitudes que se podem

tomar para diminuir estes problemas) para depois elaborar um

relatório analisando os conteúdos exibidos.

Figura 5: Aquecimento Global

Fonte: https://www.google.com.br/search?as_st=y&tbm=isch&hl=pt-

BR&as_q=aquecimento+global&as_epq=&as_oq=&as_eq=&cr=&as_sitesearch=&safe=images&tbs=sur

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ATIVIDADE 5 - Folder

Elaboração de Material Didático

Material Necessário:

Papel sulfite; lápis; borracha; caneta; canetinha; lápis de cor;

PROCEDIMENTO:

Depois de todas as atividades feitas até agora vocês tem toda a

bagagem para produzir um folder sobre o aquecimento global.

Enfatizem o estudo de Educação Ambiental, coloquem as causas e

consequências do aquecimento global. Podem utilizar desenhos

e/ou ilustrações.

Sugestões para o Professor:

www.lixo.com.br - Um texto interessante neste site é “Precicle”.

www.desafiomudancasclimaticas.com.br - Neste site tem um material

disponível para o professor no kit educacional, com interação e

explicação sobre efeito estufa e aquecimento global.

www.iniciativaverde.org.br/pt/calculadora - Neste site você pode

calcular a quantidade de CO2 emitido por uma pessoa ou sua família e

quantas árvores deveriam ser plantadas no ano para recompensar

essa emissão.

Carta da Terra – É uma declaração internacional de princípios éticos

fundamentais para a construção de uma sociedade global mais justa.

FILMES:

O dia depois de amanhã – Uma série de alterações climáticas afetou

drasticamente o planeta mudando a vida da humanidade.Com o norte

se resfriando cada vez mais e passando por uma nova era glacial,

fazendo com que milhões partam rumo ao sul. Porém, o

paleoclimatologista decide ir a Nova York na esperança de que seu

filho ainda esteja vivo. O filme mostra uma das possíveis

consequências que o aquecimento global pode ocasionar ao planeta

Terra. Ficção Científica. EUA: 2004. 124 minutos.

A história das coisas - Documentário de 20 minutos que revela as

conexões entre diversos problemas ambientais e sociais, e é um

alerta pela urgência em criarmos um mundo mais sustentável e justo.

Nos ensina muita coisa, nos faz rir, e pode mudar para sempre a

forma como vemos os produtos que consumimos em nossas vidas.

Lixo Extraordinário – Filme gravado na periferia do Rio de Janeiro, em

um dos maiores aterros sanitários do mundo: Jardim Gramacho.

Retrata a vida dos catadores de materiais reciclados que participam

de um projeto com o artista plástico Vik Muniz.

Você Sabia????

O isopor que faz parte do nosso dia-a-dia, em geral nas embalagens

de alimentos, eletroeletrônicos e outros produtos, é um plástico

derivado da mistura de carbono com hidrogênio, muito danoso ao

meio ambiente e difícil de reciclar. Nos aterros sanitários, o isopor

ocupa muito espaço, pode demorar até 150 anos para se decompor e

prejudica a decomposição de materiais biodegradáveis. Nos rios e

mares, além de poluir as águas, o isopor é capaz de provocar a

morte de peixes e crustáceos que ingerem suas partículas. Quando

queimado libera gás carbônico, poluindo a atmosfera e contribuindo

para o aquecimento global. O isopor NÃO combina com a

preservação do meio ambiente.

O aumento do efeito estufa ameaça os recifes de corais nos

oceanos, pois a quantidade excessiva de CO2 torna os mares mais

ácidos, interferindo na deposição de cálcio que é a matéria prima

dos corais.

Para emissões de CO2 que você não pode reduzir, o jeito é

compensar. Existem vários sites da internet que fazem o cálculo de

quanto cada pessoa emite de gás carbônico, com base nos gastos

em alimentação, transporte, gás, eletricidade, água, etc. A forma

mais simples de compensação é o plantio de árvores.

Se hoje for um dia comum no nosso planeta, os seres humanos irão

adicionar 15 milhões de toneladas de carbono na atmosfera,

destruirão 115 mil metros quadrados de floresta tropical, criarão

72 mil metros quadrados de desertos, eliminarão entre 40 a 50

espécies, aumentarão a população em 263 mil pessoas..... ao final de

cada ano o número será estonteante!!!!!!!!!!!

REFERÊNCIAS

BRAICK, Patrícia Ramos; MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro

milénio. 2 ed. São Paulo: Moderna, 2010.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988. Da Ordem Social,

Capítulo do Meio Ambiente, Artigo 225. Disponível em:

<http://www.senado.gov.br/legislacao/const/con1988/CON1988_05.10.1988/art_225_.

shtm>. Acesso: 29 mai 2013.

CARVALHO, A. M. P. (org.). Ensino de ciências: unindo a pesquisa e a prática.

São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.

FRANÇA, M. S. J; IZIQUE, C; TONELLO, M. Desafios Mudanças Climáticas. São

Paulo: Editora Horizonte, 2009.

HAMBURGER, Ernst; MATOS, Cauê (orgs.). O desafio de ensinar ciências no

século XXI. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, Estação Ciência,

Brasília, CNPq, 2000.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares do Ensino de

Ciências para o Ensino Fundamental, 2008.

PARANÁ. Lei 17505. Dispõe sobre a Política Estadual de Educação Ambiental e o

Sistema de Educação Ambiental e adota outras providências. Diário Oficial, Paraná,

11/01/2013. Disponível em: < http://www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/>. Acesso: 20

set 2013.

ROTHSCHILD, David de. Manual Live Earth de sobrevivência ao aquecimento

global: 77 táticas essenciais para frear a mudança climática ou sobreviver a ela.

Barueri, SP: Manole, 2007.

TONON, Rafael. Os puns humanos contribuem para o aquecimento global?

Revista Superinteressante, 15 de dez. 2007. Disponível em:

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/conteudo_265887.shtml.

Acesso em 28 de ago 2013.