OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · melhoria da qualidade do ensino. O trabalho foi...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
“O uso do tablet no ensino de história: um estudo sobre conquistas femininas na segunda metade do século XX, expressas nas artes plásticas brasileiras"
Suely Ferreira da Silva1
Sandra de Cássia A. Pelegrini2
RESUMO: O presente trabalho descreve a trajetória realizada no Programa de Desenvolvimento
Educacional (PDE), cujo objetivo visou elaboração de reflexões didático-pedagógicas destinadas a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem por meio do uso do tablet nas escolas públicas Para tanto, tomou como tema central as “conquistas” femininas, na segunda metade do século XX, expressas nas artes plásticas brasileiras. Salienta-se, no entanto, que se trata de um recurso a ser utilizado em várias disciplinas e distintos temas. A aplicação e implementação da proposta supracitada foi realizada através do curso ministrado aos professores do Colégio Estadual Alberto Santos Dumont , situado na cidade de Cafelândia, no estado do Paraná.
PALAVRAS-CHAVE: Tablet, História, Mulheres.
INTRODUÇÃO
O uso das tecnologias amplia as fontes de pesquisa do professor e do
estudante, bem como favorece a aprendizagem colaborativa e a interatividade,
funcionando como um estímulo para a aprendizagem, fornecendo significados e
despertando interesses, pois o fascínio exercido pela internet estimula a busca do
conhecimento. Entretanto, alguns professores não se sentem seguros para utilizar
novos instrumentos pedagógicos, outros apresentam dificuldades para interagir com
eles por falta de treinamento e de domínio técnico.
Nesse sentido, esperamos que o presente trabalho incentive os professores a
pesquisarem por meio da internet, desmistifique o uso do tablet e o transforme em
um instrumento útil para o desenvolvimento das atividades pedagógicas, em
especial na abordarem das conquistas femininas, emergentes na segunda metade
do século XX. Para tanto, apontamos a seguir as principais ferramentas e aplicativos
disponibilizados pelo tablet e chamamos a atenção para as representações da figura
feminina nas artes visuais.
Segundo Mello (2008, p.3 ) “ Para que a inclusão digital torne-se uma forma
de exercício da cidadania, o cidadão deve apropriar-se desses conhecimentos a ter
acesso a esses recursos, de forma que possa interagir nas suas várias formas”. Em
outros termos, salientamos que o professor precisa ter conhecimento prévio de como
poderá utilizar o tablet e explorar os benefícios que poderá gerar no âmbito da
1 SEED – PR. Professora participante do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE). E-mail:
[email protected] 2 Professora Doutora do Departamento de História, do Centro de Ciências Humanas Letras e Artes,
da Universidade Estadual de Maringá – UEM – CEP 87020-900 – Maringá – PR – Brasil.
melhoria da qualidade do ensino.
O trabalho foi desenvolvido no Colégio Estadual Alberto Santos Dumont
(EFMP), na cidade de Cafelândia, no Estado do Paraná e levou em consideração as
seguintes indagações: como utilizar o tablet como recurso pedagógico? Quais
aplicativos podem ser incorporados para otimizar o processo de ensino e
aprendizagem? A nossa intenção é a de que este trabalho possa facilitar o acesso à
informação digital e as novas mídias na escola, porque entendemos que o professor
que busca produzir conhecimento na sua prática pedagógica, não se limita apenas a
reproduzir conhecimentos previamente adquiridos; ele desenvolve práticas reflexivas
que também envolvem os alunos.
Na sequência, expomos algumas representações sobre a trajetória feminina
que podem ser pesquisadas em distintos sites da internet e que foram abordadas
por meio da observação na produção do artista plástico brasileiro Di Cavalcanti.
DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
O projeto foi desenvolvido em oito encontros com quatro horas de duração,
devido à disponibilidade de tempo dos participantes, porém contou com o
acompanhamento e supervisão da equipe pedagógica da escola.
No primeiro encontro foi exposto aos professores a justificativa,
problematização e os objetivos desse projeto de intervenção pedagógica na escola,
conforme previsto nas atividades do Programa de Desenvolvimento Educacional
(PDE), todos apresentados com projetor multimídia, de modo que a visualização dos
propósitos ficasse clara e completa. O vídeo escolhido para dar início às atividades
foi “O Poder das palavras - O Cego e o publicitário”3 que mostra o poder das
palavras e a forma mais adequada de sua exibição. Vários colegas participantes
fizeram suas observações sobre o uso desse vídeo no processo de ensino. Logo
após, demos inicio ao processo de conhecimento do equipamento para que eles
pudessem ter mais facilidade para participar das demais fases do projeto. A atividade
desenvolvida compreendeu desde o contato com os botões principais (ligar e
desligar), os recursos de tela, ícones e aplicativos do tablet.
3 Disponível no site https://www.youtube.com/watch?v=cwfdVE1caFo Acesso dia 24/03/2014 as
20h15. Duração de 3:20 min.
O vídeo “Século XX: Primeiros tempos” – Fernando Severo - Panorama
Histórico4 evidencia as esferas e os contextos de consolidação do regime
Republicano e do desenvolvimento das cidades. Do ponto de vista dessa narrativa, o
país se modificou sob a influência da Belle Époque europeia, da cultura dos
imigrantes e da introdução da eletricidade na vida cotidiana. A Urbanização no
Brasil se acentuou a partir de políticas remodeladoras capazes de atrair capital
estrangeiro. O Rio de Janeiro, como centro político e econômico do país, iniciou a
remodelação urbana, o combate às doenças e à insegurança vivenciadas pela
população. Este processo de higienização da cidade implicou, por um lado, o
deslocamento dos habitantes mais pobres para as regiões periféricas e para as
encostas e morros; a demolição de casarões; e de outro, a edificação de avenidas
largas, novos edifícios; campanhas de vacinação contra a varíola. Tais mudanças,
somadas ao desconhecimento sobre os benefícios da imunização, induziu os
moradores a se rebelarem contras as tantas transformações – aspecto que culminou
na deflagração da “Revolta da Vacina”.
Segundo a literatura pesquisada e o vídeo de Fernando Severo, em nome da
modernização foi rejeitado e perseguido tudo o que lembrasse a cultura popular ou
interiorana como, por exemplo, a capoeira, o candomblé, a serenata, as rodas de
samba e de violão. O convívio social antes limitado às casas, ampliou-se, ganhando
lugar nas ruas, por conseguinte, a presença feminina nas atividades urbanas e nas
fábricas intensificou-se.
São Paulo também se transformou, foram construídos palacetes e instalados
bondes; o advento da eletricidade e a criação de novas linhas férreas contribuíram
para o aumento demográfico da cidade. A chegada dos imigrantes europeus
destinada a atender a necessidade de mão-de-obra nas indústrias e também na
produção agrícola, desencadeou diversificado processo de trocas culturais e
hibridações. Os cinemas multiplicaram-se, embora a produção nacional de filmes
fosse quase artesanal.. O teatro dedicou-se aos temas do cotidiano, como os
conflitos entre os empreendedores industriais, comerciantes e seus empregados.
Além disso, novas técnicas baratearam a imprensa escrita. Após o vídeo cada
participante escolheu um acontecimento da época que mais lhe chamou a atenção e
compartilharam suas impressões uns com os outros.
4 Disponível no site: https://www.youtube.com/watch?v=RKlGUQOKP7g , Acesso no dia 24/03/2014
as 20h40, com duração de 9:46 min., produção do Itaú cultural.
No segundo encontro, voltamos ao uso técnico do tabelt, ressaltando a
utilização da fotografia e a confecções de vídeos. Com a intenção de valorizar os
trabalhos dos alunos em sala de aula, fizemos exemplos e compartilhamos,
lembrando dos avanços dos alunos no mundo tecnológico, mostramos o vídeo:
“André está aprendendo a usar o iphone”5
Logo após exibirmos o vídeo “Evolução da Mulher no século XX”6, que mostra
as práticas femininas em distintas esferas, de 1900 a 2010. Nesta produção visual
foram enumeradas algumas de suas conquistas, tais como:
1900 a 1930: A mulher dona de casa, conquista do voto, Surge o Movimento Feminista Brasileiro e o Dia internacional da Mulher;
1930 a 1940: Costurar foi a forma de contribuição da mulher para sustentar a casa, e mulheres assumem o trabalho masculino nas fabricas por conta da 2ª guerra;
1940 a 1950: Maria Lenk foi a primeira nadadora brasileira a estabelecer um recorde mundial;
1950 a 1960: Desenvolvem trabalhos com máquina de escrever, e reivindicam seus direitos;
1970 a 1980: O trabalho feminino regulariza-se a partir do registro trabalhista, e igualdade entre sexos;
1980 a 1990: Aquisição do direito a Licença Maternidade;
1990 a 2000: Alcance da igualdade nas atribuições de certos cargos;
2000 a 2010: Decretada a lei 11.340 – conhecida como “Lei Maria da Penha”, viagem ao espaço da mulher e mercado de trabalho sendo tomado pelas mulheres;
Tendências: A mulher adquirirá cada vez mais espaço no mundo dos negócios.
Segundo o vídeo as mulheres que mais se destacaram entre as décadas de 1920 e 2010 foram:
Coco Chanel 20 – Estilista de 1920, criadora de estilos que ditam tendências até atualidade.
Carmem Miranda (1930) Cantora e Atriz portuguesa recebeu o maior salário da época.
Evita Péron (1940) Atriz e Líder política, tornou-se a primeira dama da Argentina.
Mailyn Monroe (1950) Até os dias de hoje, ainda é um das mais famosas estrelas norte-americanas.
Princesa Daiana (1980) Ícone da moda, ideal de beleza e elegância. Admirada por seu trabalho e caridade.
Madona (1980) Bailarina, atriz, modelo e empresária. Nomeada como “A Rainha da Pop”.
Madre Tereza de Calcutá7 (1980) Missionária católica Albanesa,
5 Disponível no site http://www.youtube.com/watch?v=qw4l1ljViTU, Acesso em 31/03/2014 as 20h22,
duração de 2:55 min. 6 Disponível no site http://www.youtube.com/watch?v=klzmWXnMK1w Acesso em 31/03/2014 as
21h02, duração de 4:43 min. 7 Anjezë Gonxhe Bojaxhiu M.C. (Skopje, 26 de agosto de 1910 — Calcutá,5 de setembro de 1997),
conhecida mundialmente como Madre Teresa de Calcutá ou Beata Teresa de Calcutá, foi uma
considerada por muitos a missionária do século XX.
Zilda Arns8 (2010). Dentre outros, recebeu das mãos do Rei da Espanha
o prêmio de “Direitos Humanos”.
Logo após nos ocupamos da análise de alguns exemplares das artes
plásticas, entre ressaltamos a presença da figura da mulher nas obras de Di
Cavalcanti, fazendo inicialmente a apresentação desse pintor, desenhista brasileiro
que foi ilustrador e caricaturista. Foi exibido um vídeo produzido por alunos “A vida e
obra de Di Cavalcanti9”. Na construção da narrativa produzida pela aluna Izabella
Gonzaga, vimos aspectos da vida do pintor:
Emiliano Augusto Cavalcanti de melo, mais conhecido com Di Cavalcanti, nasceu em 06 de setembro de 1897 no Rio de Janeiro. Em 1914, após a morte de seu pai, Di Cavalcanti obriga-se a trabalhar e faz ilustrações para a revista Fon-Fon. Nos anos vinte o jovem Di Cavalcante ingressa na faculdade de direito do largo de São Francisco, em São Paulo. Idealiza e organiza a semana de Arte Moderna em São Paulo. Faz sua primeira viagem a Paris em 1923. Retorna ao Brasil em 1926 e ingressa no Partido Comunista. Nos anos trinta, funda em São Paulo o Clube dos Artistas Modernos. Sofre sua primeira prisão durante a Revolução Paulista. Casa-se com a pintora Noemia Mourão. Publica o álbum “A realidade Brasileira”, série de doze desenhos satirizando o militarismo da época. Entre as viagens ao exterior e estadias no Brasil, foi preso novamente. Liberto por amigos, faz exposições recebendo medalhas e combatendo o abstracionismo entre
conferências e artigos.
Nos anos quarenta ilustrou os livros de Vinícius de Moraes, Alvarez de
Azevedo e Jorge Amado. Sua carreira encerrou-se com sua morte, em 26 de
outubro de 1976, no Rio de Janeiro.
Nesse site as principais obras foram:
beata de etnia albanesa, nascida no Império Otomano, na capital da atual República da Macedônia e naturaliza da indiana, beatificada pela Igreja Católica em 2003. Considerada, por alguns, a missionária do século XX, fundou a congregação "Missionárias da Caridade", tornando-se conhecida ainda em vida pelo cognome de "Santa das sarjetas". Disponível no site http://pnld.moderna.com.br/2012/08/27/a-historia-e-a-obra-de-madre-teresa-de-calcuta/ Acesso dia 27/11/2014 as 9h09
8 Dra. Zilda Arns Neumann foi médica pediatra e sanitarista, fundadora e coordenadora
internacional da Pastoral da Criança, fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa - organismos de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Dra. Zilda Arns também foi representante titular da CNBB, do Conselho Nacional de Saúde e membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). Em 1983, a pedido da CNBB, a Dra. Zilda Arns criou a Pastoral da Criança juntamente com Dom Geraldo Majela Agnello.Dra. Zilda Arns Neumann recebeu o título de Cidadã Honorária de 11 estados e 37 municípios brasileiros, 19 prêmios (nacionais e internacionais) e dezenas de homenagens de governos, empresas, universidades e outras instituições, pelo trabalho realizado na Pastoral da Criança. No mês de janeiro morre vítima do terremoto ocorrido na cidade de Porto Príncipe, Haiti, no dia 12 de janeiro de 2010. Disponivel no site http://www.pastoraldacrianca.org.br/pt/biografia-dra-zilda Acesso dia 27/11/2014 as 9h25
9 Disponível no site http://www.youtube.com/watch?v=WkfsVv5dP_E, Acesso no dia 31/03/2014 as
22h20, duração 3:56 min.
Pierrete (1922)
Pierrô (1924)
Samba (1925)
Samba (1928)
Mangue (1929)
Cinco Moças de Guaratinguetá (1930)
Mulheres Com Frutas (1932)
Família na Praia (1935)
Vênus (1938)
Ciganos (1940)
Mulheres Protestando (1941)
Arlequins (1943)
Gafieira (1944)
Colonos (1945)
Abigail (1947)
Aldeia de Pescadores (1950)
Nu e Figuras (1950)
Retrato de Beryl (1955)
Tempos Modernos (1961)
Tempestade (1962)
Duas Mulatas (1962)
Músicos (1963)
Ivete (1963)
Rio de Janeiro Noturno (1963)
Mulatas e Pombas (1966)
Baile Popular (1972)
No terceiro encontro exibimos o vídeo: “Um dia feito de vidro - Legendado” 10,
que apresenta alguns avanços tecnológicos e como eles estão presentes em nossas
vidas. Sem dúvida, ao utilizarmos o tablet temos a oportunidade de ampliar nossos
conhecimentos, contudo, é imprescindível efetuarmos nossas pesquisas em sites
confiáveis como, por exemplo, sites oficiais de instituições de ensino, museus,
fundações, livros eletrônicos e artigos de revistas especializadas.
Foram sugeridos também alguns aplicativos que podem ser instalados no
tablet, como: Kingsoft Office media chip, Mdscan lite, angry birds, evernote,
flipboard, Team Viewer e myscript calculator.
Retomando a pesquisa sobre a biografia de Emiliano Augusto Cavalcante de
Albuquerque e Melo (1897-1976), mencionamos aos participantes do curso os
principais prêmios recebidos, além de outras informações sobre a sua vida e obra.
Salientamos que o material consultado nessa pesquisa (sites oficiais de museus, 10
Disponível no site: http://www.youtube.com/watch?v=LbkhEQZ5PNo , Acesso no dia 07/04/2014 as 19h20, duração: 5:18 min.
vídeos, livros e artigos) foi unânime ao reconhecer as contribuições de Di
Cavalcante no âmbito dos movimentos artísticos que marcaram os debates sobre a
construção identitária brasileira e a corroboração cultural das etnias que convivem
nesse país desde o inicio da colonização.
No quarto encontro iniciamos apresentando a técnica de trocar dados e
arquivos via bluetooth, como sincronizar e enviar fotografias via bluetooth, cada
participante escolheu uma foto das obras de Di Cavalcanti, disponível no Portal “dia-
a-dia educação” e enviou para os colegas, com comentários pessoais relacionados
aos motivos da escolha das respectivas obras.
Nesse encontro, os professores aprenderam a manusear o tablet e seus
aplicativos, fizeram exercícios como o do envio e a abertura de e-mails, de arquivos,
fotos, etc. Além disso, realizaram tarefas, repetiram os procedimentos supracitados e
executaram incursões no Portal “dia-a-dia educação” (da Secretaria de Educação do
Paraná) com o objetivo de conhecerem o seu conteúdo e observarem os recursos
disponibilizados nesse site. Assinalamos que tais recursos podem ser utilizados com
êxito no preparo das aulas e durante as atividades desenvolvidas com os alunos.
Logo após assistimos o vídeo “Di Cavalcanti, do desenhista ao pintor”11, cujo
teor centra-se na exposição realizada em homenagem a Di Cavalcanti e Lucien
Finklstein. Essa mostra organizada pela curadora Jacqueline Kinklstein e Romaric
Buel, no Centro Cultural Correio, entre os dias 27 de julho e 18 de setembro de
2011, reuniu desenhos, jóias e pinturas assinadas pelo artista. Há nesse vídeo uma
entrevista de Kinklstein explicando a exposição e como seu pai Lucien Finklstein
conheceu Di Cavalcanti.
Sua filha Jacqueline Finklstein também menciona os desenhos que foram
expostos em 1986, em uma pequena joalheria de propriedade do avô Lucien
Finklstein e explica como ele organizava as obras em pastas, as catalogava, entre
outros procedimentos.
Romaric discursa sobre algumas obras de Di Cavalcanti como a “Sereia”,
destaca sua amizade com Jacqueline e o empenho necessário para a realização
dessa exposição, citando, por exemplo, a limpeza dos desenhos e até mesmo
restauração de alguns deles. O vídeo mostra também alguns depoimentos de
visitantes e a reação deles frente às obras do referido artista. Os participantes do
11
Disponível no site: http://www.youtube.com/watch?v=1yrgz3VlUCU , Acesso dia 10/04/2014 as 20h23, duração de 18:47 min.
curso se interessaram bastante pelo conteúdo do vídeo e pelos depoimentos,
portanto, a atividade foi produtiva.
No quinto encontro, demonstramos como fazer a transferência de arquivos
entre o tablet e o computador, e também, gravações de voz. Na ocasião,
aproveitamos para ensinar como usar essa ferramenta para produzir pequenos
vídeos, de preferência junto com os alunos.
Logo após acessamos o site “Mercado da Arte”12, cujo objetivo visou oferecer
visibilidade a vida pessoal de Di Cavalcanti e enumerar alguns livros escritos sobre o
artista, tais como:
1) “Di Cavalcanti – 1897 a 1976”, escrito por Ferreira Gullar, Max Pellingeiro e José
Mindlin, da editora Pinakotheke, numa edição comemorativa do centenário de
nascimento do artista, aponta sua importância brasileira por meio de dois textos, um
de Ferreira Gullar e outro de José Mindllin.
2) “Contando a Arte de Di Cavalcanti”, escrito por Angela Braga Torres da editora
Noovha América, tem como proposta desvendar a vida e a obra de artistas
brasileiros com uma linguagem simples e acessível, voltada para o público infanto-
juvenil.
3) “Di Cavalcanti – Um mestre além do Cavalete”, escrito por Piedade Grinberg, se
ocupa de alguns aspectos ainda pouco estudados na obra do artista, ou seja, o seu
trabalho gráfico, as ilustrações de livros e de revistas.
4) “Brincando com Arte – Di Cavalcanti”, de autoria de Jefferson Galdino, publicado
pela editora Noovha América, exibe possibilidades lúdicas do aprendizado através
da arte, do ponto de vista interpretativo e da leitura imagética das produções
pictóricas.
Depois destacamos alguns depoimentos de Di Cavalcanti, nos quais ele
narra seu olhar sobre as mulatas e demonstra como elas constituem um símbolo do
Brasil, e também recordadas das contribuições que ofereceu às publicações da
“Fon-Fon” e da sua trajetória artística.
Várias são as críticas apresentadas a cerca das obras e das posturas
adotadas por Di Cavalcanti. Destacamos algumas delas:
Para Murilo Mendes, (1949), tanto a arte, quanto a pessoa e o método de Di
Cavalcanti era fundamentado na liberdade. Esta escolha fez a vida dele muito
12
Disponível no site http://www.mercadoarte.com.br/artigos/artistas/di-cavalcanti/di-cavalcanti/ Acesso dia 28/04/2014, as 19h25.
tumultuada, pois se rebelava contra as imposições partidárias; buscava novas
experimentações plásticas, políticas e críticas ao Brasil da época. Era um pintor
social, farrista, trabalhador apaixonado e via no prazer a fonte de criação artística,
mas sabia que o prazer acabava gerando também conflitos, abismos e contradições;
isso se observa nos aspectos tristes e às vezes sinistros dos “personagens festeiros”
e demais elementos recorrentes nas suas pinturas.
José Roberto Leite (1973), admirador do pintor, vê nas suas obras a
sensualidade e grande expressão pictórica. Carlos Zílio (1982) complementa
afirmando que a sensualidade manifesta nas composições do pintor constitui frutos
do traçado, do volume e da cor, e não, propriamente, do tema ou do mote, ou seja, a
figura da mulata.
Segundo Luiz Marins (1983) Di Cavalcanti apresentou em alguns momentos
uma tendência ao fauvismo, todavia manteve sua aproximação com o
expressionismo, de forma impulsiva, motivada pela vontade de ironizar, como fazia
nas caricaturas. Seu traçado expressionista demonstrava sua inconformidade com a
rotina; e o seu fauvismo contestava o costumeiro modo de representar com realismo
as cores aceitas por meio de convenções estéticas, ou seja, para Di Cavalcanti o
céu não precisava ser azul, tampouco as árvores eram representadas com as cores
verdes e matizes de castanho. As cores eram escolhidas de acordo com o
sentimento e a sensibilidade exigida pelo tema abordado na pintura (PELEGRINI,
2013).
Para Jacob Klintowitz, Di Cavalcanti foi um grande jornalista, medidor e um
“testemunho” dos acontecimentos da época em que viveu, mas também um
admirador do Brasil. O desenho do artista revelava o seu temperamento. A
sensualidade de suas obras vai além de cores e composições, ela resulta de
estruturas e traços, seguidos por movimentos ágeis e irônicos.
Olívio Tavares de Araújo nos revela o prazer de Di Cavalcanti ao pintar, pois
para ele o que interessava era alcançar o melhor na forma de representação,
debruçava-se sobre seus trabalhos tendo em vista atingir a perfeição interpretativa
sobre as vivências cotidianas no país. O predomínio do humanismo em suas obras
indicava posturas políticas de esquerda (1998, pg. 48)
Luiz Lopes Coelho salienta a autenticidade das pinturas de referido artista,
aspecto que de certa forma colocava em evidencia a sensibilidade e a personalidade
exacerbada do pintor, cuja transparência revelava seus encantos e simpatias. Sob a
ótica de Antonio Bento, Di Cavalcanti, além de ser um dos idealizadores da Semana
de 1922, foi o responsável pela proliferação de pinturas devotadas à temática
nacional, apesar da opção estética simpatizante do cubismo. Portanto, as telas do
pintor retratam a vida do povo brasileiro e a “natural” volúpia comum aos seres
humanos que viviam nos tópicos.
Luís Martins detecta também na obra de Di Cavalcanti a tendência ao
fauvismo, apesar dos vínculos com o expressionismo, uma vez que, às vezes,
mostrava-se precipitado tal como um “rebelde” que tentava lutar contra a
deformação.
Roberto Pontual chama a atenção para a necessidade de se olhar para o ser
humano Di Cavalcanti, ir além das composições pictóricas, conhecer a sua prosa e
poesia. No seu entendimento, tratava-se de um “intelectual que pintava”.
Para Mario Schenberg o que se destaca em Di Cavalcanti é o seu humor, expresso
em seu incessante interesse em evidenciar cenas do cotidiano da vida brasileira nas
suas telas, de modo a contribuir para a compreensão da identidade cultural
brasileira. Fernando Sabino destaca a amizade com Di Cavalcanti, lembra do grupo
de escritores que o cercavam e com os quais partilhava seu conhecimento literário.13
No sexto encontro foram debatidos os postulados do audiovisual intitulado
“Saia do mundo virtual e volte para o mundo real” 14, haja vista que se faz necessário
promover o acesso ao “mundo virtual” sem nos desconectarmos do “mundo real”. A
percepção da beleza dos ambientes naturais, a prazerosa conversa com os amigos
e o convívio familiar não devem ser substituídos pela companhia virtual. Na
sequência foram explicados os usos dos recursos e aplicativos como o Droplox, a
agenda e Youtube como ferramentas de ensino.
Acessamos novamente o site do Mercado da Arte, onde ressaltamos a poesia
e prosas dedicadas a Di Cavalcanti, escritas por Carlos Drumond de Andrade como
“Uma Flor para Di Cavalcanti15 tendem a descrever as características do artista, seu
“jeito enamorado das ruas” e seu gestual, comum ao “bom carioca”.
Angelo Mendes Corrêa entrevistou a filha de Di Cavalcanti, Elisabeth Di
13
Disponível no site http://www.dicavalcanti.com.br/critica.htm, Acesso dia 28/04/2013 Acesso as
21h33 14
Disponível no site http://www.youtube.com/watch?v=qe4iDR4r5O8 , Acesso dia 05/05/2014, as 19h22, duração 2:20 min.
15 Carlos Drummond de Andrade. Poesia e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1979, p.813.
Cavalcanti, em 2008, momento no qual ela expressa a visão que tinha do artista e
pai:
Ser vulcânico, temperamento forte e força de braços e cabeça, autodidata, eclético é a maneira como a filha se refere ao pintor. Ela acrescenta que ele frequentava todos os meios sociais (sambistas, boêmios, escritores, poetas, jornalistas, empresários e operários); conhecia a injustiça social brasileira e filou-se a Partido Comunista. “Os desenhos e as telas de Di Cavalcanti retratam não somente a realidade que ele observava, mas também sua angustia e esperança de artista. Seu amor pelo homem brasileiro injustiçado era tocante e ele pintava e o repintava em sua labuta (pescadores) e, sua alegria (carnaval) e nos seus amores (mulheres)”. Para ela as figuras de pai e de artista se misturam e se complementam. Ela o considera “extraordinário” e mais: “Único pintor brasileiro intelectual, o único intelectual brasileiro pintor”- grifos da autora.
16
No Sétimo Encontro utilizamos o Google Mapas, um aplicativo que nos ajuda
a localizar alguns pontos e ver através dele imagens de satélites do local desejado.
Na ocasião foram desenvolvidas algumas atividades como buscar a localização do
Centro Cultural dos Correios, onde aconteceu a exposição de obras de Di
Cavalcanti.
Depois acessamos junto com os participantes o site “Redes Modernas”17 e
exibimos o documentário sobre os “35 anos sem Di Cavalcanti”, no qual foi exibida
uma síntese da vida de Di Cavalcanti e uma retomada histórica do contexto artístico,
no século XX. Para tanto, o audiovisual apresenta as contribuições de Di Cavalcanti
entre os modernistas, seu lado de desenhista e ilustrador, além do artista plástico, e
também, os métodos e abordagens de temas que estavam desacreditados naquela
época como a beleza natural do país e a sagacidade dos brasileiros. Em suas obras,
é comum reconhecermos símbolos do Brasil personificados no carnaval, nas
mulatas, em moças com corpos delineados por curvas e referências às indígenas.
“Traçando Arte – Di Cavalcanti” 18 narra a história da vida de Di Cavalcanti e
mostra algumas obras de forma bem descontraída e atrativa para as crianças. Este
audiovisual suscitou expressiva discussão sobre o uso desse tipo de material em
sala de aula, porque se detectou a necessidade de tornar mais atrativo o estudo
sobre os mais diversos temas.
16
Entrevista de Angelo Mendes Corrêa para Elisabeth Di Cavalcanti, Disponível no site
http://www.verbo21.com.br/v5/index.php?option=com_content&view=article&id=1391:elisabeth-di-cavalcanti&catid=119&Itemid=157 Acesso dia 27/11/2014 as 8h37
17 Disponível no site: http://redes.moderna.com.br/tag/semana-de-arte-moderna-de-22/, Acesso dia
12/05/2014, as19h32 18
Disponível no site: http://www.youtube.com/watch?v=JYq7CqCRKbc, Acesso dia 12/05/2014 as 20h32, duração 7:01 min.
No oitavo e último encontro foram sugeridos alguns aplicativos que podem ser
incorporados ao tablet, como o Qrcoder, Photosphere, Tune in, FTD calendário RA e
o google earth. Na sequência exibimos o “Quintal da Cultura – Di Cavalcanti -
04/12/12” 19, vídeo que foi assistido e serviu de motivo para discussões sobre os
comentários de Serenato Salgado, fotografo internacional que apresentou detalhes
figurativos e históricos da obra “Pescadores”.
Para encerrarmos o conteúdo histórico de pesquisa, optamos pela
apresentação de um recorte de “Um só coração” 20, exibido pela Rede Globo, em
2004. A minissérie concebida para homenagear os 450 anos de São Paulo, se
ocupou dos “bastidores” da vida artística da cidade durante a semana da Arte
Moderna de 22.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A utilização da tecnologia no processo de ensino vem se construindo ao longo
da história, mas o tablet ainda é pouco utilizado, pois são vários os obstáculos
apontados pelos professores, particularmente, a falta de conteúdo curricular digital
adequado e de estrutura lógica eficiente, além de certa resistência por parte de
alguns professores que se sentem intimidados pelo uso desse equipamento.
Entendemos que o uso do tablet deve ser tomado como mais um recurso a
ser explorado por professores e alunos, quiçá como um modo a instigar a
curiosidade em relação a assuntos e problemas que precisam ser abordados por
ângulos diversos e que extrapolem os conteúdos dos livros didáticos. Enfim, essa
pesquisa utilizou o tablet para fazer um estudo sobre as conquistas femininas, na
segunda metade do século XX, especialmente aquelas expressas na produção
pictórica de Di Cavalcanti. A partir desse exemplo, visamos demonstrar que outros
temas poderão ser alvo de pesquisas e desejamos encorajar os professores do
Ensino Básico a dinamizarem as aulas do ensino de História.
REFERÊNCIAS
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