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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3 Cadernos PDE I

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3Cadernos PDE

I

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A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO DO PEDAGOGO NA

HORA ATIVIDADE DOS PROFESSORES

Josiane Cristina Prestes Borges1

Clarice Linhares2

Resumo:

Este artigo tem como objetivo apresentar a discussão em torno da importância do acompanhamento do pedagogo na hora atividade dos professores. Produzido como atividade conclusiva do PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional - após cumprir um cronograma de atividades de Fundamentação Teórica na área de Pedagogia entre cursos, seminários, aulas, encontros de orientação realizados na Universidade Estadual do Centro Oeste e de uma Proposta de Implementação realizada, por meio de encontros com os professores, pedagogos, e funcionários, no Colégio Estadual Dr. João Ferreira Neves, município de Goioxim. Traz à tona momentos de reflexão sobre o papel do pedagogo no dia-a-dia da escola, evidenciando a importância do seu acompanhamento ao trabalho docente a partir das experiências vivenciadas também neste contexto. Considera-se que apesar do reconhecimento da importância do trabalho realizado e da necessidade na realização de um trabalho de acompanhamento, as condições de trabalho do pedagogo impedem a efetivação das funções a ele atribuídas.

Palavras-chave: Hora atividade; pedagogo; professor; trabalho pedagógico.

Introdução

O presente artigo tem como objetivo apresentar a sistematização das

atividades desenvolvidas no âmbito do Programa de Desenvolvimento Educacional

(PDE), da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED/PR), durante os

anos de 2014 e 2015, vinculado ao Departamento de Pedagogia da Universidade

Estadual do Centro Oeste – UNICENTRO.

1 Professora PDE. Pedagoga da Rede Estadual da Educação Básica no Estado do Paraná. Especializada em

Educação Especial, Gestão, Orientação e Supervisão Escolar e Educação do Campo.

2 Professora Orientadora da Universidade Estadual do Centro Oeste – UNICENTRO. Doutora em Educação pela

Universidade Tuiuti do Paraná.

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O tema escolhido para os estudos foi a Importância do acompanhamento do

pedagogo na hora-atividade dos professores, acreditando que este é fundamental

para o desenvolvimento do trabalho pedagógico na escola.

Este estudo motivou-se pela constatação de que entre as várias funções que

são atribuídas ao pedagogo, está o acompanhamento ao trabalho do professor, não

no sentido de supervisionar, mas no sentido de assessorar, auxiliar, contribuir para a

melhoria no processo de ensino e aprendizagem, de forma direta e efetiva nas

práticas em sala de aula.

Desta forma, entende-se que existe uma problemática conflituosa quando o

pedagogo na escola que apresenta ainda um caráter generalista, perpassando todas

as atividades escolares. Tem se observado que entre os profissionais da escola e

comunidade escolar, o papel deste profissional não é claro para muitos, nem mesmo

para os próprios pedagogos, que acabam desempenhando funções que vão além ou

aquém do que se espera de seu trabalho e nesta indefinição de funções, o

pedagogo acaba realizando muitas tarefas corriqueiras e de caráter emergencial,

sobrecarga de tarefas imediatas, em detrimento das funções de extrema importância

que estão ligadas às questões pedagógicas, principalmente no que diz respeito o

acompanhamento ao trabalho docente. Acreditando que a melhor forma de realizar

este acompanhamento deve se dar por meio das horas-atividades, questionando

quais os desafios que a equipe pedagógica encontra para desenvolver estas

atividades, em função do tempo/espaço para efetivamente dar um melhor suporte

didático-pedagógico ao trabalho docente.

Assim sendo, temos como objetivo geral a discussão sobre o auxílio que os

pedagogos possam fornecer para os professores durante suas horas atividades, e

consequentemente a prática docente. Para sua operacionalização, alguns objetivos

específicos foram definidos como a análise sobre o contexto histórico, com base

legal sobre a função do pedagogo no espaço escolar; a oferta de momentos de

estudos sobre a relação didático-pedagógica entre docentes e pedagogos; e o

levantamento de ações que tornaram o trabalho de acompanhamento mais efetivo e

frequente.

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O papel do pedagogo: perspectiva legal e histórica

Percebe-se ao longo da história da educação no Brasil, uma indefinição na

formação dos pedagogos e, consequentemente, uma indefinição do seu papel

exercido no interior da escola. As transformações ocorridas na sociedade atual

delineiam o perfil do profissional da educação, uma vez que esta é o seu objeto de

estudo e sofre influências de diversas áreas como a política, a econômica, a social/

cultural, Libâneo (2010, p. 30) assim define a educação como:

“É o conjunto das ações, processos, influências, estruturas que intervêm no

desenvolvimento humano de indivíduos e grupos na sua relação ativa com o

meio natural e social, num determinado contexto de relações entre grupos e

classes sociais”.

Neste sentido, dar-se-á a partir do contexto educacional, ênfase na formação

e na função do pedagogo.

Na década de 1990, houve a promulgação da LDBEN 9.394/96, que trouxe

impactos significativos nos cursos de Pedagogia, que anteriormente formava o

especialista da educação com funções próprias. Atualmente surge a figura do

pedagogo generalista, profissional que acumula várias funções de acordo com o

artigo da LDBEN n° 9394/96, atribuída ao supervisor e orientador educacional:

Art.64. A formação de profissionais de educação para administração,

planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para e

educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em

nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta

formação a base comum nacional (BRASIL, 1996).

Com relação a este artigo, Grispun (2006, p.11), analisa o seguinte:

Aparentemente fácil à integração, torna-se muito difícil na prática sua

efetivação uma vez que os saberes/fazeres desses profissionais foram

esculpidos historicamente em forma que se direcionassem para os alunos,

no caso da Orientação e para os professores, no caso da Supervisão.

Dessa forma, percebe-se que neste momento, surge o pedagogo generalista,

cujas funções a ele destinadas pela sua formação, definem o papel que exerce na

escola, embora haja divergências a respeito de suas atribuições.

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A LDBEN 9394/96, trata em seu art.13 (Incisos de I ou IV), sobre a formação

do pedagogo com exclusividade a docência, embora acumule a função da gestão

escolar:

Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de: 1º§. Participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento do ensino; 2º§. Elaborar e cumprir o plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; 3º§. Zelar pela aprendizagem dos alunos; 4º§. Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; 5º§. Ministrar os dias letivos e as horas-aulas estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; 6º§. Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade. (BRASIL, 1996)

Consequentemente, as diretrizes curriculares nacionais para o Curso de

Pedagogia regulamentam a atuação profissional do pedagogo com exclusividade a

docência, colocando as habilitações do curso em extinção:

Art. 2º As Diretrizes Curriculares para o curso de Pedagogia aplicam-se à

formação inicial para o exercício da docência na Educação Infantil e nos

anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na

modalidade Normal, e em cursos de Educação Profissional na área de

serviços e apoio escolar, bem como em outras áreas nas quais sejam

previstos conhecimentos pedagógicos. (BRASIL, 2006)

Segundo Libâneo (2001), esta situação descaracteriza o profissional da

educação enquanto cientista e pesquisador e desfavorece a capacidade no trato dos

múltiplos aspectos educacionais, uma vez que esta formação se limita a docência,

reiterando que “todo docente é um pedagogo, mas nem todo pedagogo precisa ser

docente, simplesmente porque docência não é a mesma coisa que pedagogia”

(p.37).

Ainda sobre esta questão, Libâneo (2010, p.45), esclarece que “trabalho

pedagógico, implica num amplo leque de práticas educativas, e trabalho docente é

uma forma peculiar que o trabalho pedagógico assume na escola”. Portanto,

acredita-se que o papel do pedagogo é diferente do papel do docente, cada um

possui características próprias em sua ação educativa, além do que o trabalho do

pedagogo extrapola as questões de sala de aula, ou seja, “pedagogos e docentes

têm suas atividades mutuamente fecundadas por conta da especificidade de cada

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um, [...], o geral e o específico do ensino vão se interpenetrando”. (LIBÂNEO, 2010,

p.63).

Ainda com relação ao papel do pedagogo, Saviani (1985), assim o

define:

Pedagogo é aquele que possibilita o acesso à cultura, organizando o

processo de formação cultural. É, pois, aquele que domina as formas, os

procedimentos, os métodos através dos quais se chega ao domínio do

patrimônio cultural acumulado pela humanidade. [...] A palavra pedagogia

traz sempre ressonâncias metodológicas, isto é, de caminho através do qual

se chega a determinado lugar. Aliás, isto já está presente na etimologia da

palavra: conduzir (por um caminho) até determinado lugar.

Fica evidente que tudo o que acontece na escola é uma questão política,

sendo assim, o papel principal dos profissionais da educação é assumir uma postura

investigativa e discutir a educação, a escola e o projeto político pedagógico,

compreendendo-os dentro do contexto sociocultural, no qual a escola está inserida.

Para Bussman (2006), a presença e o trabalho do pedagogo na escola, são

fundamentais para que a escola como um todo alcance seus objetivos:

Caminhar na direção da democracia na escola, na construção de sua

identidade como espaço-tempo pedagógico com organização e projeto

político próprio, com base nas convicções que envolvem o processo como

construção coletiva, supõe e exige: [...] uma coordenação administrativo-

pedagógica competente e interativa que estimule, planeje, comande, avalie,

apoie e dialogue sempre, continuamente. (p. 51 e 52)

Entender o papel do pedagogo e a importância de seu acompanhamento aos

diversos processos educativos e pedagógicos que se dão no interior da escola e se

faz urgente que se efetive uma escola de gestão democrática, onde todo o

segmento escolar tem seu papel garantido e valorizado.

Com a lei complementar nº 103/ de 2004, da Secretaria de Estado da

Educação – SEED – do estado do Paraná, que dispõe sobre o plano de carreira dos

professores da Rede, no artigo 4º, inciso 5º, do capítulo III, que trata dos conceitos

fundamentais, fica evidenciado que o pedagogo é professor, surgindo daí o termo

professor pedagogo e assegura que este profissional passe a ter os mesmos direitos

garantidos aos professores, alterando a nomenclatura de especialista da educação:

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Professor: servidor público que exerce docência, suporte pedagógico,

direção, coordenação, assessoramento, supervisão, orientação,

planejamento e pesquisa exercida em Estabelecimentos de Ensino, Núcleos

Regionais de Educação, Secretaria de Estado da Educação e unidades a

ela vinculadas (PARANÁ, 2004).

A partir deste período, iniciaram os concursos específicos para os professores

pedagogos, que até então os cargos de supervisão e orientação, eram ocupados por

qualquer outro professor, profissionais indicados pela direção, núcleos regionais de

educação, e que não necessitavam de formação específica na área.

Em 2004, e em 2007 foram realizados concursos públicos destinados para o

cargo de professores pedagogos, e cuja exigência era a licenciatura em Pedagogia.

O Edital nº 10/2007 – GS/SEED, referente às normas relativas ao concurso

para o provimento dos cargos de professor pedagogo, estabelece as atividades do

cargo a serem exercidas nos estabelecimentos da rede pública do estado do

Paraná, que se segue:

Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto

Político-Pedagógico e do Plano de Ação da Escola; coordenar a construção

coletiva e a efetivação da Proposta Pedagógica Curricular da Escola, a

partir das Políticas Educacionais da SEED/PR e das Diretrizes Curriculares

Nacionais e Estaduais; sistematizar, junto à comunidade escolar, atividades

que levem à efetivação do processo ensino e aprendizagem, de modo a

garantir o atendimento às necessidades do educando; coordenar a

organização do espaço-tempo escolar a partir do Projeto Político-

Pedagógico e da Proposta Pedagógica Curricular da Escola, intervindo na

elaboração do calendário letivo, na formação de turmas, na definição e

distribuição do horário semanal das aulas e disciplinas, da hora-atividade,

no preenchimento do Livro Registro de Classe de acordo com as Instruções

Normativas da SEED e em outras atividades que interfiram diretamente na

realização do trabalho pedagógico; coordenar, junto à direção, o processo

de distribuição de aulas e disciplinas a partir de critérios legais, pedagógicos

e didáticos e da Proposta Pedagógica Curricular da Escola; apresentar

propostas, alternativas, sugestões e/ou críticas que promovam o

desenvolvimento e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar,

conforme o Projeto Político-Pedagógico, a Proposta Pedagógica Curricular,

o Plano de Ação da Escola e as Políticas Educacionais da SEED; coordenar

a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de

materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático- pedagógico, a partir da

Proposta Pedagógica Curricular e do Projeto Político-Pedagógico da Escola;

participar da organização pedagógica da biblioteca, assim como do

processo de aquisição de livros e periódicos; informar ao coletivo da

comunidade escolar os dados do aproveitamento escolar; coordenar o

processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento Escolar,

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garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar da

organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar. (PARANÁ, 2007)

Percebe-se que está presente nas atribuições do professor pedagogo uma

diversidade de ações, de forma generalizada. Porém no dia a dia da escola o

pedagogo assume outras funções além daquelas estritamente pedagógicas. Esta

sobrecarga de funções tem ocasionado a falta de tempo para planejar, estudar e

refletir sobre a prática pedagógica.

Huberman (1986, p.8, apud Nóvoa, 2006, p.73), afirma que “na verdade, os

pedagogos não trabalham com uma disciplina científica aplicada, mas com uma

situação de múltiplos determinismos”. Sendo assim, a falta de condições de

trabalho, como o excesso de atribuições, além da crise de identidade tanto para este

profissional, como para os demais da comunidade escolar. Com a preocupação das

tarefas emergenciais e imediatas impedem uma significativa mudança no processo

educativo.

De acordo com Pimenta (1995, p.177):

[...] a situação precária da instituição escolar hoje coloca um conjunto de

problemas cotidianos desde turnos numerosos, quadro de professores que

não comporta substituição (quando falta um ou mais professores, não há

como substituí-los, manutenção do prédio em condições deficitárias, falta de

material didático, distribuição da merenda, problemas administrativos de

toda ordem, até questões de violência). Tal quadro exige dos especialistas,

quando estes existem na escola, que se incumbam da solução dos

problemas imediatos.

Outra questão é que o professor pedagogo, concentra seu trabalho de acordo

com sua formação anterior, como do orientador educacional que tem como objeto o

atendimento ao aluno, e do supervisor que acompanha o trabalho dos professores.

Em Veiga (1997, p. 49), vamos encontrar o seguinte esclarecimento: “é a

desqualificação que torna o trabalhador dependente. Desenvolve habilidades

específicas e limitadas tornando o trabalho repetitivo, mecânico, acrítico e

desprovido de criatividade. ”

Faz-se necessário que o professor pedagogo, diante do seu papel como

profissional da educação da educação mediar os processos educativos e

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pedagógicos e responsabilizado pela produção de conhecimento, além da

atualização constante conforme as mudanças e avanços de sua profissão.

Vasconcellos (2002, p. 86 e 87) aponta algumas atribuições ao pedagogo

como definições negativas do seu papel:

[...] não é (ou não deveria ser): não é fiscal de professor, não é dedo duro

(que entrega os professores para a direção ou mantenedora), não é pombo

correio (que leva recado da direção para os professores e dos professores

para a direção), não é coringa/tarefeiro/quebra-galho/salva-vidas (ajudante

de direção, auxiliar de secretaria, enfermeiro, assistente social, etc.), não é

tapa buraco (que fica ‘toureando’ os alunos em sala de aula no caso de falta

de professor), não é burocrata (que fica às voltas com relatórios e mais

relatórios, gráficos, estatísticas sem sentido, mandando um monte de

papéis para os professores preencherem-escola de ‘papel’), não é de

gabinete (que está longe da prática e dos desafios efetivos dos

educadores), não é dicário (que tem dicas e soluções para todos os

problemas, uma espécie de fonte inesgotável de técnicas, receitas), não é

generalista (que entende quase nada de tudo).

Sendo assim, o professor pedagogo, ao articular todas as ações coletivas da

escola demonstra competência profissional, assumindo com responsabilidade a sua

área ou função específica, deixando de ser o multitarefeiro, cumpridor de tarefas

alheias à sua função, para desenvolver um trabalho, que Pimenta (1985, p.35),

conceitua como uma “assessoria ao processo ensino-aprendizagem, desenvolvido

na relação professor-aluno”.

De acordo com Libâneo (2010), a atuação do pedagogo é indispensável para

auxiliar os professores no desempenho em sala de aula (conteúdos, métodos,

técnicas, formas de organização da aula), na análise e compreensão das situações

de ensino com base nos conhecimentos teóricos, ou seja, na articulação entre as

diversas áreas de ensino e do próprio trabalho em sala de aula. Cabe destacar, a

função do pedagogo como mediador do trabalho pedagógico, que compreende a

natureza do trabalho coletivo na escola, que pensa o papel da escola historicamente

e que media as relações pedagógicas: professor, aluno, currículo, metodologia,

processo de avaliação, processo de ensino aprendizagem e organização curricular.

Ou seja, o pedagogo é o articulador e organizador do fazer pedagógico da e na

escola, sendo que, sua função encontra-se maximizada no processo educativo

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agindo em todos os espaços para a garantia na efetivação de um projeto de escola

que cumpra com sua função política, pedagógica e social.

O fazer pedagógico e metodológico da pesquisa

Para desenvolver a proposta de Implementação, a partir da problematização

levantada no início desse estudo, realizada no Colégio Estadual Dr João Ferreira

Neves no município de Goioxim, com os pedagogos, com os professores da escola

e com os agentes educacionais I. Foram realizadas oito encontros na escola objeto

de pesquisa, analisando a fundamentação teórica sobre o contexto histórico da

formação e do papel do pedagogo, das mudanças ocorridas ao longo dos anos, das

condições de trabalho, e das funções a ele atribuídas levantando ações que possam

acompanhar trabalho docente, de forma efetiva e mais produtiva.

Sendo assim, foi ofertado um curso de capacitação para os pedagogos,

professores e agentes educacionais. Estes estudos foram subsidiados pela

Produção Didático Pedagógica, por meio de um Caderno Pedagógico, dividido em

três unidades, de oito encontros de 4 horas, totalizando 32 horas. Este curso foi

certificado pela Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO), em forma de

projeto de extensão.

O Caderno Pedagógico organizado pela reunião de várias temáticas

fundamentadas em textos de vários autores da área da educação com o objetivo de

promover a discussão e a reflexão sobre o Papel do Professor Pedagogo na escola.

Sendo elas:

UNIDADE I

O papel do pedagogo: perspectiva legal e

histórica

1º encontro

Estudo sobre o Histórico da formação do

pedagogo – identificar as causas da atual

indefinição do seu papel;

2º Encontro

Entre o universo da formação inicial e da

atuação profissional

UNIDADE II 3º encontro

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As atribuições do professor pedagogo no

estado do Paraná

O professor pedagogo

4º encontro

As atribuições do pedagogo segundo o

Regimento Escolar do Colégio Estadual Dr.

João Ferreira Neves, e a relação com a

prática diária.

5º Encontro

A organização do trabalho docente e o papel

do pedagogo.

UNIDADE III

A hora-atividade

6º encontro

A hora atividade como espaço de formação

7º encontro

A organização do Trabalho Pedagógico

8º Encontro

Construção de um plano de ação para a

equipe pedagógica

Para o estudo dessas temáticas serviu-se da seguinte metodologia:

Apresentação da Proposta de implementação viabilizada na escola,

contando com a representante do PDE no Núcleo Regional de

Educação de Guarapuava, com a direção e direção auxiliar, equipe

pedagógica da escola.

Apresentação da proposta de estudo para os professores pedagogos,

professores e agentes educacionais;

Estudo de uma temática por encontro, sendo inicialmente colocado o

objetivo da mesma para, em seguida, fazer a leitura reflexiva de cada

texto que compõe a temática. Finalizado por meio de um procedimento

metodológico visando atingir o objetivo proposto no início de cada

uma.

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Durante a realização dos encontros foi refletido principalmente sobre a

identidade e papel do pedagogo e sobre sua atuação na escola.

Inicialmente foi resgatada a impressão dos participantes sobre o papel do

pedagogo na escola, em que a mesma se mostrou de forma positiva, reconhecido

sobre a importância deste profissional na escola, destacando o papel do pedagogo

segundo o conhecimento pessoal de cada um, entre eles destaca-se:

Mediador de todos os trabalhos e trabalhadores na escola; esteio;

companheiro; guia; contribui nas mais diversas situações na escola;

importante para professores, alunos, funcionários; auxilia na organização

geral da escola; é o elo entre a escola e famílias; também realiza o trabalho

burocrático; responde as demandas solicitadas pelo NRE e atende aos

alunos em suas emergências do dia a dia sendo estas pedagógicas ou

não.3

Com relação à identidade do pedagogo, constata-se que a mesma ainda não

está definida para a comunidade escolar e nem para os próprios pedagogos, pois

historicamente há uma indefinição na identidade desse profissional. Esta indefinição

pode ser a causa de tantas vezes receber críticas e ser desvalorizado pela

comunidade escolar.

No desenvolvimento da implementação tratou-se das funções que são

atribuídas ao pedagogo no edital do concurso e no Regimento Escolar do colégio

Estadual Dr João Ferreira Neves, local onde está sendo aplicado o projeto.

Evidencia-se a surpresa dos participantes pelo excesso de funções que acumula a

coordenação e a mediação de todo o trabalho pedagógico, uma participante assim

se expressou:

Na escola a pedagoga exerce o papel de mediador entre o professor e o

aluno no processo de ensino e aprendizagem, para isso desenvolve muitas

tarefas no cotidiano escolar, até mesmo algumas que não o compete, a

maior dificuldade no êxito do trabalho das pedagogas e a falta de tempo

3 As citações apresentadas no texto a partir desta página dizem respeito as falas e contribuições das pedagogas,

professoras e agentes educacionais que participaram da implementação e também do GTR (Grupo de Trabalho

em Rede).

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pela sobrecarga de funções seria necessário mais profissionais para dar

conta de tudo.

Ao analisar a realidade escolar identifica-se que o pedagogo assume somente

as demandas que aparecem no cotidiano escolar e não para aquelas que cabem no

exercício de sua função.

Sendo assim, as condições de trabalho do pedagogo o impedem de realizar

um trabalho voltado exclusivamente para o acompanhamento do trabalho

pedagógico, da prática docente, ou seja, de todo o processo de ensino e

aprendizagem.

A principal questão a que este estudo diz respeito ao acompanhamento do

pedagogo durante suas horas atividades dos professores, e o grupo foi unânime em

reconhecer que este acompanhamento é fundamental, pois:

Quando existe este acompanhamento de forma regular e efetivo, até o

aprendizado do aluno pode ocorrer de forma mais significativa” se

expressou uma professora, e outra afirmou: “o acompanhamento

pedagógico é fundamental para o desencadeamento de todo o processo de

ensino e aprendizagem, mesmo que não diretamente na sala de aula, mas

dando suporte pedagógico ao professor, orientando e auxiliando.

A discussão sobre o espaço/tempo destinado no acompanhamento do

trabalho do professor, levou-se a conclusão de que o melhor e mais viável espaço

seja mesmo o da hora atividade, pois todos os professores estão disponíveis neste

momento para uma troca de experiências e de receber orientações a respeito da

prática em sala de aula. No entanto, disse uma das professoras participantes:

Acredita-se que pode acontecer este acompanhamento de forma efetiva,

desde que aconteça um bom funcionamento de todos os segmentos da

escola, onde cada um contribua com as emergências existentes no dia a dia

e não sobre tudo para as pedagogas.

E também o grupo reconhece que:

O pedagogo é desviado de sua real função na escola porque, muitas

vezes, precisa realizar tarefas que não competem ao seu papel, mas se ele

não fizer, não tem quem faça”, afirmou uma outra professora.

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Outro ponto crucial é de que as professoras participantes declararam sentir

falta de um acompanhamento frequente e individual, “enquanto professores

sentimos a necessidade de acompanhamento do pedagogo na hora atividade, para

esclarecer dúvidas, contribuir com dicas e sugestões, oferecer alternativas didático

pedagógicas diferentes das que habitualmente usamos”.

Enfim, o grupo sugeriu que seja realizado um cronograma de atendimento

pela equipe pedagógica, em que cada uma das pedagogas fique responsável por

determinadas funções, por exemplo, uma atende os pais, outra os alunos, outra os

professores e outra as demandas burocráticas e solicitações do NRE, e assim elas

podem ir fazendo um rodízio quando estão em mais de uma em cada turno.

Ao se fazer uma reflexão sobre as contribuições do projeto para os

participantes e para a escola de forma geral, todos concordaram que o mesmo foi

importante para que o papel do pedagogo fique mais claro para todos e assim

fortaleça suas ações e seja mais valorizado seu trabalho. Uma professora declarou:

“o curso foi bom, pois nos fez refletir sobre o papel do pedagogo na escola e fez que

valorizássemos ainda mais seu trabalho”, e outra afirmou: “após os encontros

conseguimos compreender as facetas do trabalho das pedagogas, suas

contradições, incertezas no cotidiano escolar, adquirimos um outro olhar sobre o que

é ser pedagoga”.

Contribuições do GTR (Grupo de Trabalho em Rede)

Esta reflexão também é síntese de um GTR - Grupo de Trabalho em Rede

desenvolvido virtualmente no segundo semestre de 2015, dividido em três módulos,

onde foi estudado e discutido o tema desta implementação, com Professores

Pedagogos de várias escolas da Rede Estadual do Paraná, os quais corroboraram

com a reflexão compartilhando vivências da prática pedagógica. O objetivo dessa

modalidade de formação consistiu em poder trocar experiências com outros

pedagogos, que mesmo estando longe em termos geográficos, mas próximos em

relação às vivências da prática.

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Os professores pedagogos integrantes do grupo contribuíram com a temática,

relatando suas experiências e seus conhecimentos a respeito. Sobre o papel do

pedagogo na escola, foram registradas impressões como:

O pedagogo é aquele que não pode ficar indiferente frente a realidade,

necessita intervir sobre ela e estar em constante aprendizado. A função do

pedagogo é de mediar o trabalho pedagógico, perpassando todos os

espaços de contradição para a transformação da prática escolar, visto que a

escola está inserida nas relações e determinações políticas, sociais,

culturais e históricas.

E especificamente sobre o acompanhamento do pedagogo na hora atividade

do professor, o grupo concorda que é de suma importância, porém há vários

obstáculos que impedem que aconteça realmente:

Qual pedagogo nunca exerceu, em suas escolas, uma função ou uma

determinada tarefa que não lhe compete? Quantas, infindáveis vezes,

tivemos que "substituir" professores ausentes, resolver problemas de

relacionamento entre alunos e até entre colegas... quantos de nós

perdemos preciosas horas de trabalho assinando autorizações para os

alunos que esqueceram seu documento de identificação, ou fiscalizando

quem está ou não de uniforme, ou então ligando para o responsável vir

buscar seu filho que passa mal na escola. Entre tantas outras atribuições

que ocorrem diariamente no espaço escolar e que nos fazem deixar de

realizar a nossa verdadeira função de Cientistas da Educação e poder

pensar e articular situações de aprendizagem efetivas e de qualidade.

No entanto reconhecem a hora atividade como um espaço legítimo de

interação entre os professores e pedagogos:

O pedagogo é o mediador na interação com professores na hora atividade e

deve estar atento, observando os problemas e dificuldades que se

apresentam no processo pedagógico para que, no coletivo, possam ser

pensadas ações que conduzam a equacionar os problemas da escola. A

hora atividade constitui-se em espaço de interação entre pedagogo e

professores e, desta forma, propicia o momento de discussão e mediação

às questões pedagógicas

Sendo assim, as reflexões apontadas pelos participantes da proposta de

Implementação como do Grupo de Trabalho em Rede, pode-se afirmar que eles

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acreditam que o pedagogo é o mediador das questões pedagógicas na escola e o

acompanhamento do trabalho docente durante as horas atividades é importante e

urgente, para uma escola que se diz democrática e que busca o sucesso no

processo de ensino e aprendizagem.

Considerações Finais

Objetivou-se no projeto de intervenção propiciar momentos de reflexão sobre

a importância do acompanhamento do pedagogo na hora atividade dos professores

e dessa forma contribuir para o conhecimento e valorização do papel deste

profissional no ambiente escolar. Sendo assim, percebe-se que o desenvolvimento

do projeto foi recebido e desenvolvido pela comunidade escolar de forma positiva,

não havendo nenhum tipo de entrave.

Refletir sobre o histórico, sobre a base legal e sobre o trabalho desenvolvido

pelo pedagogo favoreceu o entendimento de qual é a razão e função do pedagogo

na escola e de que este profissional não é um fiscal do trabalho docente e ao

contrário disso, é um colaborador, mediador de todo o processo de ensino e

aprendizagem, rompendo com o preconceito e conceitos errôneos a respeito de seu

trabalho.

Pela observação dos aspectos analisados e relatados, considerar que o

pedagogo ao realizar um acompanhamento do trabalho docente, contribui para

práticas bem-sucedidas, onde se prime pela aprendizagem de todos os alunos, é

comum a todos os participantes da pesquisa. Os professores em sua maioria fazem

questão deste acompanhamento e estão abertos para a troca de conhecimentos e

experiências resultantes desta interação. No entanto as condições de trabalho do

pedagogo, os atendimentos às questões emergenciais, como a sobrecarga de

funções, impedem que o pedagogo de conta de um acompanhamento frequente, e

efetivo ao trabalho docente.

Assim a escola como um todo deve ter toda a sua organização mudada para

que também se mude a atual condição do pedagogo. Cada segmento escolar

precisa conhecer e realizar suas funções e colaborar com a execução daquelas

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demandas que não fazem parte das atribuições de nenhum outro segmento da

escola.

Da mesma forma as equipes pedagógicas devem superar seu papel de

tarefeiros e buscar, através de profunda fundamentação teórica, organização e

eficiência, realizar um trabalho condizente com as funções a ela determinadas,

principalmente no que diz respeito ao acompanhamento do trabalho do professor

durante as horas atividades ou mesmo em qualquer outro espaço/tempo da escola.

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