OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO … · CEEBJA, de Cambé, sobre a...

41
Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

Transcript of OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO … · CEEBJA, de Cambé, sobre a...

Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO: PRODUÇÃO DIDÁTICA-PEDAGÓGICA TURMA - PDE/2013

Título: A memória dos alunos do CEEBJA de Cambé sobre a cafeicultura e a geada negra de 1975 no norte do Paraná.

Autor: Luis Aparecido Roncon

Disciplina/Área: História

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Centro Estadual de Educação Básica de Jovens e Adultos Professora Maria do Carmo Bocati - CEEBJA

Município da escola: Cambé

Núcleo Regional de Educação: Londrina

Professor Orientador: Rogério Ivano

Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Londrina - UEL

Relação Interdisciplinar: História

Resumo:

A Unidade Didática Pedagógica consiste na elaboração de materiais didático-pedagógicos para os alunos do Ensino Fundamental II do Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos Professora Maria do Carmo Bocati - CEEBJA de Cambé, sobre a cultura do café e a Geada Negra de 1975 no Norte do Paraná. Esta unidade tem como objetivo produzir um material de fácil interpretação e a valorização do cotidiano dos alunos, com o intuito de rememorar através de fontes documentais o momento histórico da cultura do café e a Geada Negra de 1975 Norte do Paraná e as suas implicações sociais, econômicas e ambientais em suas vidas. A metodologia utilizada é um levantamento bibliográfico teórico sobre a cultura do café no Paraná/ Brasil e a Geada Negra de 1975, através de livros, anúncios de jornais, revistas, sites da internet, documentários e outros. Em seguida elaboraremos aulas expositivas através do programa multimídia Power Point, com o tema gerador relacionado à cultura do café. Faremos uma atividade com as imagens fotográficas da Geada Negra de 1975, após um roteiro de visitas às plantações de café da região, e no final, os alunos elaborarão cartazes e textos, que farão parte de uma exposição para a comunidade escolar do CEEBJA. Após a execução de todas as etapas da unidade didática pedagógica em sala de aula, esse material será parte constituinte de um artigo científico, contemplando os resultados obtidos.

Palavras-chave: Memória. Geada Negra. Cafeicultura. História.

Ambiental.

Formato do Material Didático: Unidade Didática Pedagógica

Público: Alunos do Ensino Fundamental II

UNIDADE DIDÁTICA PEDAGÓGICA NA ESCOLA

TEMA: HISTÓRIA AMBIENTAL E MEMÓRIA

1 APRESENTAÇÃO

A Unidade Didática Pedagógica compreende a elaboração de materiais

didático-pedagógicos para os alunos do Ensino Fundamental II, do Centro Estadual

de Educação Básica para Jovens e Adultos Professora Maria do Carmo Bocati –

CEEBJA, de Cambé, sobre a cultura do café e a Geada Negra de 1975, no Norte do

Paraná. Esta unidade tem como objetivo produzir um material de fácil interpretação

que valorize o cotidiano dos alunos e os leves a rememorar, por meio de fontes

documentais históricas, sobre a cultura do café, suas manifestações na sociedade e

a Geada Negra de 1975 no Norte do Paraná. Outro ponto importante é verificar o

nível de compreensão dos alunos sobre as repercussões e implicações da referida

geada no contexto socioambiental e, consequentemente, em suas vidas.

Inicialmente será realizado um levantamento histórico-documental sobre a

cultura do café no Paraná e Brasil e sobre a Geada Negra de 1975, com base em

livros, anúncios de jornais, revistas, documentários, sites da internet e outros. Em

seguida, serão elaboradas aulas expositivas por meio do programa multimídia Power

Point, cujo tema gerador será s cultura do café. Será desenvolvida uma atividade a

partir de imagens fotográficas da Geada Negra de 1975, além de um roteiro de

visitas nas plantações de café da região. Concluídas essas atividades, os alunos

elaborarão textos e cartazes sobre a cultura do café e a Geada Negra de 1975, que

farão parte de uma exposição no CEEBJA de Cambé.

Após a execução de todas as etapas da unidade didático-pedagógica em

sala de aula, esse material fará parte de um artigo científico, que contemplará os

resultados obtidos.

2 FUNDAMENTAÇÃO

Segundo Le Goff (1992, p. 476), a “memória é um elemento essencial do

que se costuma chamar identidade, individual ou coletiva, cuja busca é uma das

atividades fundamentais dos indivíduos e das sociedades”.

A proposta dessa unidade didático-pedagógica é trabalhar a rememoração

de fatos históricos referentes à cultura do café e à Geada Negra de 1975,

vivenciadas pelos alunos. Portanto, ao fazer o uso da análise de documentos

históricos da época, principalmente, de imagens fotográficas, considero pertinente

realizar uma reflexão sobre o conceito de memória coletiva e de memória individual.

Para Halbwachs (2006):

[...] a constituição da memória de um individuo é uma combinação das memórias dos diferentes grupos dos quais ele participa e sofre influência, seja na família, na escola, em um grupo de amigos ou no ambiente de trabalho. O individuo participa então de dois tipos de memória (individual e coletiva) e isso se dá na medida em que o funcionamento da memória individual não é possível sem esses instrumentos que não as palavras e as ideias, que o individuo não inventou, mas que toma emprestado de seu ambiente (p. 72).

Desse modo, Halbwachs entende que a memória individual sofre influências

da memória coletiva do grupo no qual o indivíduo está inserido. Assim, Halbwachs

avança em relação a Le Goff (1994), mas não o desconsidera. Portanto, ambos

confirmam a importância da memória para o campo da história. Le Goff e Halbwachs

contribuíram com a discussão sobre a fotografia, ao afirmarem que, na passagem do

século XIX para o XX, ela se torna o segundo fenômeno a revolucionar a memória.

Nesta proposta didática, a fotografia será utilizada como momento desencadeador

das lembranças, contribuindo com a rememoração da Geada Negra.

2.1 A CULTURA DO CAFÉ E SUAS REPRESENTAÇÕES NA CULTURA POPULAR

Uma das bebidas mais consumidas no mundo, o café produz um chá cujo

aroma é irresistível e constitui um dos produtos que fez e ainda faz muita história no

cenário mundial. O café transformou, economicamente, regiões e foi chamado de

ouro verde, pois se tornou bebida obrigatória no Brasil, em empresas, lanchonetes,

bares, quiosques e encontros no início de trabalhos, e oferecimento obrigatório para

visitas, nas casas de todas as famílias. Além disso, inspirou canções, músicas,

nomes de cidades, rodovias, bairros, ruas, teatro, shoppings, estádios e times de

futebol. Na culinária, é ingrediente para a confecção de diversos doces, bolos, balas,

bebidas. Renda para o sustento de milhares de famílias, a lendária bebida extraída

do grão do café popularizou o Café do Brasil.

Segundo Lapa (1986), o café não:

[...] se trata de gênero de primeira necessidade. Pelo contrário, chega-se mesmo a afirmar que nossa saúde seria beneficiada sem o seu uso. É um simples produto de sobremesa. Entretanto, a propagação do seu consumo, o complexo e o porte dos interesses econômicos e políticos que envolve – tanto para os países produtores, quanto para os consumidores – tornaram-no definitivamente um dos produtos aos quais é mais sensível a economia ocidental, pois o mercado de café é muito vulnerável à especulação, enquanto sua produção costuma ser instável, acusando ainda oscilações inerente à curva de preços (p. 07).

2.2 A CHEGADA DO CAFÉ NO BRASIL

De acordo com Irineu Pozzobon (2006), a História do café no Brasil tem

início em 1727, quando Francisco de Melo foi convidado para mediar uma questão

de fronteira entre a Guiana Francesa e a Guiana Holandesa, e ali introduz as

primeiras sementes dessa planta, recebidas de presente. Após difundir-se pelo norte

e nordeste do país, seu cultivo chega ao Rio de Janeiro em 1760.

Figura 1 – Galho com frutos de café

Fonte: Do autor (2013).

A partir desse momento, o cultivo do café espalhou-se pelo Brasil,

principalmente nas regiões de clima tropical e terra roxa, características propícias

para essa cultura. A revista Cafeicultura (2011) apresenta da seguinte forma, a

trajetória da cultura cafeeira no Brasil:

Devido às nossas condições climáticas, o cultivo de café se espalhou rapidamente, com produção voltada para o mercado doméstico. Em sua trajetória pelo Brasil o café passou pelo Maranhão, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Num espaço de tempo relativamente curto, o café passou de uma posição relativamente secundária para a de produto-base da economia brasileira. Desenvolveu-se com total independência, ou seja, apenas com recursos nacionais, sendo, afinal, a primeira realização exclusivamente brasileira que visou a produção de riquezas. Em condições favoráveis a cultura se estabeleceu inicialmente no Vale do Rio Paraíba, iniciando em 1825 um novo ciclo econômico no país. No final do século XVIII, a produção cafeeira do Haiti -- até então o principal exportador mundial do produto -- entrou em crise devido à longa guerra de independência que o país Por quase um século, o café foi a grande riqueza brasileira, e as divisas geradas pela economia cafeeira aceleraram o desenvolvimento do Brasil e o inseriram nas relações internacionais de comércio. A cultura do café ocupou vales e montanhas, possibilitando o surgimento de cidades e dinamização de importantes centros urbanos por todo o interior do Estado de São Paulo, sul de Minas Gerais e norte do Paraná. Ferrovias foram construídas para permitir o escoamento da

produção, substituindo o transporte animal e impulsionando o comércio inter-regional de outras importantes mercadorias. O café trouxe grande contingente de imigrantes, consolidou a expansão da classe média, a diversificação de investimentos e até mesmo intensificou movimentos culturais. A partir de então o café e o povo brasileiro passam a ser indissociáveis.

Atualmente, Minas Gerais é o estado brasileiro maior produtor de café,

devido aos seguintes fatores: boa qualidade da terra; implantação de tecnologia em

sua produção; e baixíssimo risco de geadas.

Set, 17

2.3 O CAFÉ NO PARANÁ

O Estado do Paraná, por várias décadas, foi considerado o maior produtor

de café do Brasil, graças, principalmente, à fertilidade da terra roxa do norte do

estado. Nesse sentido, segundo Pozzobon (2006):

O Paraná passou a figurar como produtor e exportador de café a partir do início do século XX, embora a planta já fosse cultivada desde meado do século XIX. Se considerarmos que o Paraná fez parte da província de São Paulo até 1853, sua história tem origem e ligação econômica com o estado de São Paulo pelo estabelecimento de uma relação de complementaridade e dependência (p. 23).

A partir da segunda metade do século XX, a ocupação do chamado Norte

Novo do Paraná, principalmente, da região que abrange desde Cornélio Procópio,

Londrina até Maringá, destacou-se na produção do café, tornando-se a maior

produtora do grão, no país.

De acordo com José Roberto do Amaral (1986, p. 53), a produção em larga

escala atingiu “sucessivamente o Norte do Paraná”, que passou “a ser denominado

Norte Velho ou Norte Pioneiro (1904-1929), o Norte Novo (1930-1960) e o Extremo

Oeste (1960-) até a fronteira com o Paraguai e Mato Grosso do Sul”.

Ainda segundo o auto, o Paraná, em 1960, era responsável por: quase um

terço da produção mundial de café; metade da produção brasileira; quase o dobro

da produção africana; e três vezes a produção colombiana (AMARAL, 1986).

Figura 2 – Cafeeiros

Fonte: Do autor (2013).

Essa imagem fotográfica mostra uma lavoura de café formada na região de

Cambé, Norte do Paraná. A altura dos cafeeiros evidencia a fertilidade da terra roxa

dessa região. Cidades com Londrina, Cornélio Procópio e Maringá desenvolveram-

se rapidamente, graças à riqueza do café. A cidade de Londrina foi considerada, por

vários anos, a “Capital mundial do café”. Todas as cidades em torno de Londrina

conseguiram um rápido desenvolvimento e um aumento considerável da densidade

demográfica, graça ao cultivo do café. Para os produtores, o café não representava

somente a riqueza, pois propiciava, além de tudo, a paixão pelo cultivo. Para muitas

famílias pioneiras, o pé de café é considerado um bem sagrado, símbolo de uma

vida dedicada ao zelo de uma árvore que representa a vida da família. Hoje, pouco

resta das lavouras de café no Paraná, pois somente alguns cafeicultores abnegados,

insistem em seu plantio, devido à paixão pelo café. Entretanto, chega uma hora que

“não dá mais”, pois a necessidade básica de sustento da família fala mais auto, e o

cafeicultor pega o trator e destrói os pés de cafés, com o coração apertado: o

sagrado é aniquilado para dar lugar a lavouras perenes, como a soja, o trigo o milho,

que não inspiram afetividade nos agricultores.

Alguns fatores contribuíram para o declínio acentuado do café no Norte do

Paraná: o preço do café não compensava, pois não cobria o valor investido; o

agricultor estava descapitalizado; as frequentes geadas assolaram os cafezais; e o

governo não fez nada para incentivar um produto que era a marca do país, O CAFÉ

DO BRASIL.

2.4 ÍCONES REGIONAIS ORIUNDOS DA CULTURA O CAFÉ

A cultura do café trouxe para o imaginário das pessoas o símbolo da riqueza

e da fartura. O ouro verde, como era chamado o café, sinal do desenvolvimento e da

prosperidade de toda a região, esteve presente, principalmente, no norte do Paraná.

O café tornou-se imagem de prosperidade, ícone de uma sociedade que cresceu

com suas flores. Nessa perspectiva, seu nome esteve e a ainda está no imaginário

das pessoas, presente em nomes de estádios, times de futebol, ruas, rodovias,

bairros, shoppings, cidades, hinos, brasões de cidades, entre outros tantos. Nessa

unidade, serão trabalhados alguns ícones da cultura do café na região Norte do

Paraná

2.4.1 Estádio de Futebol – Do Café

Figura 3 – Estádio do Café

Fonte: Guia Jornal de Londrina.

Entre os ícones regionais, está o Estádio do Café, na cidade de Londrina.

Popularmente conhecido por Estádio do Café, é o maior estádio do interior do Paraná com capacidade para aproximadamente 36 mil torcedores. Foi inaugurado em 22 de agosto de 1976 pelo então prefeito José Richa. Construído em formato de ferradura, proporciona uma bela vista de Londrina. No tour, o visitante conhece os vestiários, gramado, arquibancada e cabines de rádios e televisão (GUIA JORNAL DE LONDRINA).

O Estádio Municipal do Café foi construído quando o café representava

muita riqueza para a cidade de Londrina. A cidade vivia, praticamente, do comércio

do café, pois se tornou um importante centro de comercialização do produto no

Brasil. O estádio, em formato de uma ferradura, com a vista da cidade Londrina ao

fundo, caracteriza a mistificação de uma cidade que nasceu da agricultura e,

principalmente, do cultivo do café. As ferraduras que eram colocadas nas patas dos

cavalos, após serem usadas, eram fixadas nas porteiras dos sítios e fazendas, nas

portas das casas, nas tuias de café, no galpões de grãos, entre outros lugares, o

que representava, na concepção dos agricultores, proteção dos maus olhares e

sorte na produção.

2.4.2 Teatro Ouro Verde

Figura 4 – Teatro Ouro Verde

Fonte: Guia Gazeta do Povo.

Outro importante ícone foi o Teatro Ouro Verde, espaço com função cultural.

O Cine Teatro Ouro Verde é o espaço cultural mais tradicional de Londrina. O espaço, construído em 1952 e tombado pelo Governo Estadual em 1998, abriga os principais shows musicais nacionais. Conta com palco de 120 m². Tem capacidade para 853 pessoas (platéia: 651 pessoas e balcão: 202). Há sistema de iluminação e som digital, isolamento acústico e ar condicionado. Capacidade: Espaço interno para 853 pessoas. Platéia: 651 pessoas. Balcão: 202 pessoas (GUIA GAZETA DO POVO).

O dia 12 de fevereiro de 2012 foi um dia muito triste para o setor cultural e

para a sociedade da região de Londrina, pois um incêndio destruiu completamente a

parte interior do Teatro Ouro Verde. Ele havia sido tombado pelo Patrimônio

Histórico e Cultural do Paraná em 1998. Em dezembro de 2012, o Teatro

comemorou 60 anos de existência. Atualmente, a reconstrução do teatro está em

fase de edital de licitação e será implementada com recursos do governo do Paraná

e da UEL. Ícone da sociedade londrinense e da região, no auge do café, o Cine

Teatro Ouro Verde foi palco de importantes encontros, em uma época que se

respirava café. O nome Ouro Verde é uma alusão ao café, considerado, na época, o

ouro verde da região, com toda a razão, pois representava a base da economia da

regional.

2.4.3 Catuaí Shopping Center

O nome do shopping está relacionado à região Norte do Paraná onde germinou o Eldorado do Café. No idioma Tupi-Guarani, Catuaí significa “ótimo”, “muito bom” e o termo também foi escolhido para nomear uma variedade de café predominante no pioneiro norte do Paraná. É o principal ponto de encontro de 1 milhão de pessoas por mês, consumidores de alto poder aquisitivo que fazem do shopping sua referência. Possui um ambiente elegante e agradável, onde a arquitetura proporciona uma iluminação natural e uma maior sensação de conforto e bem-estar, indo ao encontro das exigências e do perfil de nosso cliente (site CATUAÍ SHOPPING CENTER).

Embora tenha sido inaugurado na década de 1990, o maior shopping de

Londrina e região registra a marca e a importância do café no norte do estado. O

nome escolhido para o shopping é uma variedade de café muito cultivada pelos

cafeicultores da região, o café catuaí. Devido à baixa estatura dos pés, à resistência

a pragas e à alta produtividade, essa variedade de grão se adaptou muito bem na

região de Londrina, substituindo outras variedades tradicionais, como a mundo novo.

Segundo um site ligado à cafeicultura:

[...] a espécie Catuaí chegou a campo um pouco mais tarde, em 1972, originário de um cruzamento entre as variedades Mundo Novo – que a essa altura já havia provado sua longevidade – e Caturra – espécie de porte baixo que exige grande quantidade de água e nutrição. O resultado? A cultivar Catuaí possui grande vigor vegetativo, apesar de manter o porte de baixo – herança do cruzamento. A variedade também é flexível em relação às variações climáticas, adaptando-se bem às várias regiões produtoras do país. Este ano a cultivar de café Mundo Novo completa 60 anos de inserção às fazendas do Brasil, assim como a cultivar Catuaí, que soma 40 anos de introdução às propriedades. O cálculo não poderia passar despercebido, afinal, segundo a Embrapa, essas espécies são responsáveis por 85% das cultivares plantadas em todo o território nacional (RURAL CENTRO).

2.4.4 Rodovia do Café

A Rodovia do Café é um percurso rodoviário, no estado do Paraná, que liga

o noroeste do estado ao litoral. A estrada recebeu esse nome por ter sido a principal

via de escoamento da safra de café para exportação, quando essa era a mais

importante cultura agrícola do estado. Pode-se afirmar que a Rodovia do Café é o

percurso que liga a cidade de Apucarana à cidade portuária de Paranaguá. Entre

Apucarana e Curitiba, passando por Ponta Grossa, a rodovia é administrada pela

concessionária CCR RodoNorte (WIKIPEDIA, 2013a).

2.4.5 Café Futebol Clube

O Time de futebol Café Futebol Clube surgiu nas décadas de 1980 em

Londrina, mostrando a representatividade e a importância dessa bebida aqui no

Norte do Paraná.

O Café Futebol Clube foi um clube de futebol profissional da cidade de Londrina, Estado do Paraná. O clube surgiu em 1983 para dividir com o Londrina Esporte Clube a preferência pela torcida local. Este era o sonho de João Pívaro e Ilson Bussadori, os criadores do Café FC, que usava os uniformes iguais ao do Clube de Regatas Flamengo, do Rio de Janeiro, para se identificar com o povo. O Café participou do Campeonato Paranaense da Segunda Divisão de 1984 a 1987 sem obter sucesso. Sem estrutura e apoio, perdeu força e fechou as portas no início de 1988. O único derby contra o LEC ocorreu em 23 de maio de 1984, no Estádio do Café, partida vencida pelo Tubarão por 4 a 1 (WIKIPEDIA, 2013b).

Figura 5 – Brasão Café Futebol Clube

Fonte: Wikipedia, 2013b.

2.4.6 Brasão de Cambé

O brasão da cidade de Cambé foi desenhado por um engenheiro

cambeense, que se inspirou na riqueza agrícola local da época.

O brasão é composto por arcos de círculos, na cor verde que se desenvolvem através da figura central, um grão de café estilizado, na cor vermelha, e vazam o espaço sem limitar o desenho, simbolizando assim as demais riquezas do município, em constante evolução, abrindo caminho para o progresso (PREFEITURA DE CAMBÉ).

Figura 6 – Brasão de Cambé

Fonte: Prefeitura de Cambé.

2.4.7 Bandeira de Cambé

A bandeira compõe-se de duas faixas que simbolizam as atividades da região, em desenvolvimento paralelo à riqueza principal: o café - representado por um grão, em moderna estilização, na cor de uma de suas fases (vermelha). O sentido vertical das faixas lembra a ascensão do município. O fundo branco é sinal do clima de paz e união, condicionadores essenciais do progresso (PREFEITURA DE CAMBÉ).

Figura 7 – Bandeira de Cambé

Fonte: Prefeitura de Cambé.

2.4.8 Hino do Município de Cambé

Deus lembrou-se desta terra abençoada,

ofertou-nos a semente da esperança

e ouvirá em nosso canto agradecido,

nosso preito de louvor e confiança.

Muitas raças se fundiram irmanadas,

trabalhando pela pátria brasileira,

e sem falsos preconceitos dissolventes,

se aconchegam sob as cores da bandeira.

O trabalho pioneiro

da cultura do café

foi o pai miraculoso,

da cidade de Cambé.

Ouro verde do Brasil,

este hino de Cambé

é uma prece agradecida,

é o calor de nossa fé.

Fronte erguida peito forte,

avancemos firme o pé

o Brasil sabe o que deve

para os filhos de Cambé.

Avante...Cambé...Avante!

(Letra por Francisco Lopes e Melodia por Maestro Andréa Nuzzi)1

2.5 O CAFÉ NAS REPRESENTAÇÕES POPULARES: NA MÚSICA

O café foi inspiração para vários compositores e cantores, assim, faz parte

de inúmeras canções brasileiras, entre elas:

Música 1: Café (Jorge Ben Jor)

Meu amor meu amor

Me faz um cafezinho

Com aroma e com carinho

Meu amor meu amor

Me dá um cafezinho

Com açúcar e com beijinhos

Café!

O preto que virou ouro

Nas terras do Salgueiro

Em 1727 um nobre

Chamado Palheta

Trouxe a cultura do café

1 HINO DO MUNICÍPIO DE CAMBÉ. Prefeitura Municipal de Cambé. Disponível em: <http://www.cambe.pr.gov.br/site/cambe/simboloscambe.html>. Acesso em: 20 set. 2013. Grifo nosso.

Para o Brasil

Depois vieram os barões

do café

Um cartel que mandava

Queimava, jogava fora

Mas não dava

Meu amor meu amor

Me faz um cafezinho

Com aroma e com carinho

Meu amor meu amor

Me dá um cafezinho

Com açúcar e com beijinhos

Café!

O preto que virou ouro

Nas terras do Salgueiro

Uma infusão feita com a semente

Torrada e moída

Contém cafeína e proteína

Planta maravilhosa e

Originária da Etiópia

E abissínia Abissínia

Etiópia Etiópia

Quem vai querer

Quem vai querer

Quem vai querer

Café2

2 JOR, Jorge Bem. Café. Disponível em: <http://letras.mus.br/jorge-ben-jor/86112/>. Acesso em: 16 out. 2013.

Música 2: Samba do Café (Vinicius de Moraes)

Para fazer um bom café, meu bem

Como se faz, lá no Brasil

Precisa pôr tudo a ferver, meu bem

Como se põe, lá no Brasil

Uma frutinha vermelha

Que as moças colhem no pé

E quando é bem torradinho

Fica pretinho e cheiroso

Como ele é, lá no Brasil

Como ele é, lá no Brasil

Para fazer um bom café, meu bem

Como se faz, lá no Brasil

Precisa ter um bom café, também

Como se tem, lá no Brasil

Tem de ser forte, como o bem

Que a gente tem pelo Brasil

Tem de ser doce, como o amor

Que a gente tem pelo Brasil

Você, seu moço estrangeiro

Só põe açúcar se quer

Mas sendo um bom brasileiro

O seu café vai ser doce

Como se fosse um carinho

O seu café vai ser doce

Como se fosse um beijinho

De uma mulher

Que faz um bom café

Lá no Brasil! Lá no Brasil!3

3 MORAES, Vinicius de. Samba do Café. Disponível em: <http://letras.mus.br/vinicius-de-moraes/86499/> Acesso em: 16 out. 2013.

Música 3: Geada Negra (Tião Carreiro e Pardinho)

Paraná celeiro do Café

Pelo teu glorioso passado

Aqui vai a mensagem de fé

Desta Viola que chora o teu triste fato

Sou um caboclo que vê com tristeza

O teu café pela geada queimado

Mas que sabe que o teu povo forte

Nem diante da morte se vê derrotado

Paraná tens um rico tesouro

Terra roxa pura massapé

Serás sempre o filão de ouro

Que fez enxadeiro virá coroné

Aconteça o que acontecer

O remédio é enfrentar a maré

Porque sei que pro paranaense

Se perde ou se vence está sempre de pé

Com Ney Braga e Nelson Maculan

Patriotas em leis entendidos

Tu verás um novo amanhã

Com os teus cafezais novamente floridos

Deus é pai e não é padrasto

Enfrentamos a luta Unidos

Teu progresso não pode parar

Temos que levantar o gigante ferido

Paraná vejo em teu semblante

Que o luto cobriu tuas praças

Não há mais o café verdejante

Que o nosso Brasil pelo mundo consagra

Não lastimes a sorte irmão

Que a tristeza em breve se apaga

Pois jamais ficará abandonado

Quem tem a seu lado homem igual a Nei Braga4

2.6 O CAFÈ NA CULINÁRIA

Para ilustrar a importância da bebida café na culinária brasileira, serão

apresentados alguns exemplos de receitas comuns na vida cotidiana do povo

brasileiro 5:

� TORTA DE CAFÉ

Ingredientes:

8 ovos

8 colheres de açúcar

2 colheres de chocolate em pó

3 colheres (café) de pó de café peneirado

200g de nozes moídas sem casca

1 pitada de sal

Recheio e cobertura:

2 gemas

4 colheres de açúcar

1 colher de farinha de trigo

4 colheres de chocolate em pó

1 xícara de café coado bem forte

Modo de Preparo:

Bata, como para gemada, as gemas com o açúcar. Junte o chocolate, o pó de café,

as nozes moídas e, pôr fim, as claras em neve, às quais, se acrescenta uma pitada

de sal. Asse em forma alta, bem untada com margarina, e enfarinhada. Forno

4 Tião Carreiro e Pardinho. Geada Negra. Disponível em: <http://letras.mus.br/tiao-carreiro-e-pardinho/710651/>. Acesso em: 24 out. 2013. 5 Receitas disponíveis em: <http://www.bussolanet.com.br/culinaria/mostra_receita.asp?id=506>. Acesso em: 16 out. 2013.

quente durante 20 ou 25 minutos. Quando estiver assada e fria, parta ao meio,

recheie e cubra.

Recheio e cobertura:

Misture tudo e leve ao fogo para engrossar; deixe esfriar. Bata, à parte, 200g de

margarina, até formar um creme bem homogêneo. Recheie e cubra toda a torta,

decorando com 200g de chocolate (para cobertura) raspado em lascas grandes

� BALA DE CAFÉ

Ingredientes:

1 copo de café forte

3 copos de açúcar

1 copo de leite

3 colheres (sopa) de mel

1 gema

1 colher (sopa) de margarina

1 colher de farinha de trigo

Modo de Preparo:

Misture todos os ingredientes e leve ao fogo até dar o ponto de bala (ponto de fio).

Deixe esfriar, corte em quadradinhos e enrole em papel celofane (somente no dia

seguinte).

� BOLO DE CAFÉ

Ingredientes:

4 gemas

2 xícaras de açúcar

8 colheres de margarina

3 xícaras de farinha de trigo

1 colher de fermento em pó

1 xícara de café frio forte sem açúcar

4 claras em neve

Cobertura:

1 xícara de açúcar mascavo

3 colheres de café frio e forte

Modo de Preparo:

Na batedeira, bata bem as gemas com o açúcar e a margarina, até ficar cremoso.

Desligue a batedeira e junte o trigo e o fermento, intercalando o café frio. Misture,

delicadamente, as claras em neve. Coloque numa assadeira e leve ao forno quente

até dourar. À parte, misture os ingredientes da cobertura e despeje no bolo ainda

quente. Deixe esfriar e corte.

� CAFÉ COM SORVETE

Ingredientes:

1/4 xícara (chá) de café forte

2 colheres (chá) de açúcar

2 1/2 xícaras (chá) de leite

6 colheres (sopa) de sorvete de baunilha ou de chocolate

Modo de Preparo:

Misture o café, o açúcar e o leite e divida o líquido em 2 copos grandes. Coloque 3

colheres (sopa) sorvete em cada copo, misture e sirva com canudinhos.

2.7 A GEADA NEGRA DE 1975

O Dia 18 de Julho de 1975, ficou marcado no Paraná, o Estado amanheceu

coberto por uma mancha negra. Tudo o que era verde, principalmente o café,

transformou rapidamente em negro. Diferente da geada normal, que, em alguns

anos atingia somente algumas áreas e permitia que os pés de café rebrotassem, a

Geada Negra foi destruidora e torrou o pé de café das folhas até a raiz, sem chance

de recuperação.

A partir de então, o Paraná nunca mais foi o mesmo. Aquela manhã fria e

alguns outros fatos ocorridos na mesma época geraram uma série de

transformações econômicas e demográficas que fizeram do estado o que ele é hoje.

Figura 8 – Geada Negra

Fonte: Do autor (2013).

2.7.1 Definição de Geada Negra

De acordo com o Boletim: Métodos de Proteção contra Geadas em cafezais

em formação (IAPAR- Instituto Agronômico do Paraná), “a Geada do Ponto de vista

meteorológico, ocorre quando a temperatura antige 0º Graus sobre as superfícies

expostas. Após o congelamento do orvalho e com a continuação da queda da

temperatura, a vapor d’água do ar em contato com a superfície fria passa

diretamente para o estado sólido, depositando-se sobre as superfícies e conferindo

um aspecto esbranquiçado à paisagem”.

A Geada Negra ocorre, de acordo com o boletim IAPAR: “o ar está muito

seco e a planta morre antes que ocorra formação e congelamento do orvalho. Nas

condições brasileiras, normalmente se conhece como geada negra os danos de

ventos frios que desidratam os tecidos expostos. Por isso também se chama a

geada negra de geada de vento”.

No Paraná, o maior exemplo foi a geada de 1975, considerada Geada

Negra. Praticamente dizimou todos os cafezais do estado, um fenômeno antes

nunca visto, trazendo conseqüências drásticas para a agricultura, urbanização,

questões sociais, econômicas, ambientais e outras.

2.7.2 Geada Negra de 1975 no Norte do Paraná: Fenômeno estudado pela

História Ambiental

O fenômeno natural da Geada Negra, em 1975, no norte de Paraná,

contribuiu para o êxodo de um grande contingente de famílias de cafeicultores para

as zonas periféricas das cidades. Este fenômeno atingiu, significativamente, a

cidade de Cambé, município grande produtor de café.

Segundo Rodrigues e Pelegrini (2012):

No amanhecer de 18 de julho de 1975, uma das frente-frias mais intensas do século XX reduziu a zero a área cultivada com café no Estado do Paraná. Nos três dias da geada, as temperaturas mantiveram-se muito frias a noite e relativamente quentes durante o dia, além de um vento seco e constante. A sua relevância é tão importante, que ela pode ser considerada como um daqueles raros momentos em que um único fato é capaz de desencadear mudanças históricas. A imagem que se observava nos dias que se sucederam era dramática: plantações, pastagens, pomares totalmente “torrados”, aparentando uma cor escurecida pela requeima (p. 4).

Conforme os autores, foram dizimados, no Paraná, 850 milhões de pés de

café, o que se transformou no maior golpe econômico que atingiu a população como

um todo, tanto proprietários como trabalhadores. A Revista Cafeicultura (2010), em

um de seus artigos, afirma que a Geada Negra foi um fenômeno que erradicou a

cafeicultura no Estado do Paraná. Naquela ocasião, muitas não conseguiram

compreender a amplitude dos problemas causados e das consequências que seriam

geradas por esta geada; talvez, ainda hoje, muitos não têm essa compreensão.

As consequências da Geada Negra, no Paraná, foram muito abrangentes,

pois geraram transtornos econômicos, sociais, culturais, além de ambientais.

Conforme Rodrigues e Pelegrini (2012), a consequência imediata foi o êxodo rural:

uma legião de famílias rumou em direção aos centros urbanos, em busca de

trabalho, instalando-se nas periferias das cidades. A maioria aceitava qualquer

trabalho, pois não tinha nenhuma qualificação para serviços urbanos, entretanto,

muitos nada conseguiram, pois a tragédia agrícola afetou, em grande monta, a vida

urbana. Para os autores:

[...] essa geada gerou uma “categoria” de trabalhadores que cresceu sob os efeitos do declínio do café. Os “sem rumos”, a “multidão sem café” foram parar nas periferias das grandes e pequenas cidades. As grandes fazendas da região que abrigavam mais de 500 mil trabalhadores se viram

abandonadas, hospedando o silêncio e a paulatina mecanização da agricultura (RODRIGUES; PELEGRINI, 2012, p. 5).

As considerações dos autores com base em suas pesquisas mostram o

quanto a geada interfere na vida do morador da área rural.

Para Iacomini e Galindo (2005), esse contexto gerou, também, um

significativo êxodo do estado do Paraná:

Produtores de lugares como Cornélio Procópio, Loanda, Maringá, São Miguel do Iguaçu e Engenheiro Beltrão começaram a sonhar com as terras planas e baratas de que se falava, mais ao Norte. Começou então um movimento migratório impressionante, que fez com que o estado perdesse 13% da população ao longo dos anos 80. O estado de Mato Grosso foi um dos principais destinos. A magnitude da migração pode ser avaliada pelos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2001, a Pnad mostrava a presença de 248 mil pessoas residentes em Mato Grosso que declaravam ter nascido no Paraná – o equivalente a 9,6% da população total, e o maior contingente de migrantes no estado. A pesquisa também não deixa dúvidas sobre o que eles foram fazer por lá: 68% deles vivem em áreas rurais (p. 1).

Desse modo, os reflexos da Geada Negra ainda estão presentes em várias

gerações de paranaenses, pois estas, ao longo da vida, vivem as consequências

dos impactos do evento na época, e a busca pelo ensino no CEEBJA é uma delas.

3 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO PARA A PRUDUÇÃO DIDÁTICO-

PEDAGÓGICA NA ESCOLA

Esta unidade didático-pedagógica tem como objetivo produzir um material de

fácil interpretação para os alunos e buscar através das fontes históricas a

rememoração da sua vida cotidiana na cultura do café e imagens fotográficas da

Geada Negra de 1975.

A produção didático-pedagógica será constituída de quatro atividades ou

ações: a primeira compreende um levantamento teórico e bibliográfico sobre a

cultura do café no Paraná/Brasil e a Geada Negra de 1975, com base em livros

editados, anúncios de jornais, revistas, sites da internet, entre outros, e a elaboração

de planos de aulas expositivas, por meio programa multimídia Power Point, sobre o

tema em questão; a segunda compreende um trabalho com os alunos, em sala de

aula, a partir de imagens fotográficas trazidas e fornecidas por alunos e professores

sobre a cultura do café e a geada de 1975 (se necessário, serão utilizadas outras

fontes históricas da época, coletadas pelos alunos); a terceira compreende um

roteiro de visitas, aqui, denominado ‘rota do café em Cambé’, momento em que o

professor e os alunos realizarão algumas visitas a plantações de café na região de

Cambé; a quarta e última atividade compreende a elaboração de cartazes com

imagens fotográficas, ilustrações, desenhos e textos sobre a cultura do café e a

Geada Negra de 1975, pelos alunos. Estes trabalhos serão expostos na escola e a

exposição será aberta à comunidade escolar.

Após a execução de todas as etapas da unidade didático-pedagógica em

sala de aula, o material produzido fará parte de um artigo científico, que contemplará

os resultados obtidos pelo estudo.

ATIVIDADE 1: AULAS EXPOSITIVAS ATRAVÉS DE RECURSOS AUDIOVISUAIS

(POWER POINT)

Serão elaboradas aulas com a utilização de recursos multimídia, no

programa Power Point, para a apresentação do tema em estudo, nas salas das

turmas de alunos do Ensino fundamental II do CEEBJA de Cambé. Os slides

compreenderão os resumos dos principais tópicos sobre a cultura do café no

Paraná/Brasil e sobre a Geada de 1975.

� PLANO DE AULA 1:

Tema: A Chegada do Café no Brasil

Objetivos:

- Verificar o nível de conhecimento dos alunos sobre a cultura do café;

- Demonstrar a importância do café na economia do país e o papel histórico

da cultura cafeeira brasileira.

Conteúdo: Slides e textos produzidos pelo professor

Duração: 4 aulas

Metodologia: Aulas expositivas pelo professor, através do recurso multimídia Power

Point, e discussões sobre o tema após a explanação.

Avaliação do Ensino e Aprendizagem: Debates no final das aulas

Recursos Necessários: Data Show, tela, giz, canetas, lápis.

Referências Básicas:

AMARAL LAPA, José Roberto do. A Economia Cafeeira. 2. ed. Editora Brasiliense, 1986, São Paulo.

POZZOBON, Irineu. A Epopeia do Café no Paraná. Grafmarke, Londrina-Pr., 2006, 224p.: il.

� PLANO DE AULA 2:

Tema: O Café no Paraná

Objetivos:

- Aprofundar o conhecimento do aluno sobre a cultura do café no Paraná;

- Ressaltar a importância do café no desenvolvimento do Norte do Paraná.

Conteúdo: Slides e textos produzidos pelo professor

Duração: 4 aulas

Metodologia: Aulas expositivas pelo professor, através do recurso multimídia Power

Point.

Avaliação do Ensino e Aprendizagem: Elaboração de textos pelos alunos.

Recursos Necessários: Data Show, tela, giz, canetas, lápis.

Referências Básicas:

AMARAL LAPA, José Roberto do. A Economia Cafeeira. 2. ed. Editora Brasiliense, 1986, São Paulo.

NETO, J. M. A. O Eldorado: Representações da política em Londrina, 1930, 1975. Londrina: Editora da Universidade Estadual de Londrina, 1998.

POZZOBON, Irineu. A Epopeia do Café no Paraná. Grafmarke, Londrina-Pr., 2006, 224p.: il.

� PLANO DE AULA 3:

Tema: Ícones do Café no Norte do Paraná

Objetivos:

- Entender a importância da cultura do café nas representações da

sociedade do Norte do Paraná;

- Identificar as representações oriundas do café no cotidiano dos

paranaenses.

Conteúdo: Slides e textos produzidos pelo professor

Duração: 4 aulas

Metodologia: Aulas expositivas pelo professor, através do recurso multimídia Power

Point.

Avaliação do Ensino e Aprendizagem: Discussões e debates no final das aulas.

Recursos Necessários: Data Show, tela, giz, canetas, lápis.

Referências Básicas:

KARNAL, L. e TATSCH, F.G. A memória evanescente. In: PINSKY, C.B e Luca, T.R. O Historiador e suas fontes. São Paulo: Contexto, 2009.

KOSSOY, Boris. Fotografia e História. Série Princípios, São Paulo: Editora Ática, 1989.

NETO, J. M. A. O Eldorado: Representações da política em Londrina, 1930, 1975. Londrina: Editora da Universidade Estadual de Londrina, 1998.

POZZOBON, Irineu. A Epopeia do Café no Paraná. Grafmarke, Londrina-Pr., 2006, 224p.: il.

� PLANO DE AULA 4:

Tema: A Geada Negra de 1975 no Norte do Paraná

Objetivos:

- Entender a Geada Negra como um fenômeno natural marcante na vida

dos paranaenses.

- Identificar as mudanças ambientais, econômicas e sociais, para todos os

setores da sociedade paranaense, após 1975.

- Observar a concentração populacional urbana nas periferias, depois de

geada de 1975.

Conteúdo: Slides e textos produzidos pelo professor

Duração: 6 aulas

Metodologia: Aulas expositivas pelo professor, através do recurso multimídia Power

Point.

Avaliação do Ensino e Aprendizagem: Elaboração de textos

Recursos materiais necessários: Data Show, tela, giz, canetas, lápis.

Referências Básicas:

HALBWACHS, M. A memória coletiva. Trad. de Beatriz Sidou. São Paulo: Centauro, 2006.

IACOMINI, Franco; GALINDO, Rogério Waldrigues. A herança da geada negra. Postado em: 17 de julho de 2005. Disponível em: <www.paginarural.com.br/noticias/20498/a-heranca-da-geada-negra>. Acesso em: 03 Jun. 2013.

KOSSOY, Boris. Fotografia e História. Série Princípios, São Paulo: Editora Ática, 1989.

RODRIGUES, João P.; PELEGRINI, Sandra C. A. L. Memória e história: os dissabores da geada negra em Ivatuba-Paraná. Artigo apresentado no II Congresso de museologia em Maringá, Paraná, entre 24 e 26 de outubro de 2012. Disponível em: <www.mbp.uem.br/cim/pages/arquivos/anais/TS5/TS5-11.pdf> Acesso em: 24 maio 2013.

ATIVIDADE 2: NARRATIVAS DOS ALUNOS DO CEEBJA SOBRE AS IMAGENS

FOTOGRÁFICAS DA CULTURA DO CAFÉ E DA GEADA NEGRA DE 1975

A presente atividade didático-pedagógica terá como base metodológica a

investigação de registros históricos, principalmente, de imagens fotográficas e outras

fontes a respeito da década de 1970. Serão analisadas imagens fotográficas com

objetivo de estimular a rememoração, por parte dos alunos do CEEBJA, da infância

vivida em meio à cultura do café e do fenômeno da Geada Negra de 1975. Nesse

sentido, é importante ressaltar a contribuição fundamental das imagens para esse

trabalho. Para Kossoy (1989):

[...] uma imagem é um meio de conhecimento do passado, mas não se deve deixar de lado o signo escrito quando ela é estudada. Uma imagem não se basta em si mesma, ela precisa ser contextualizada, analisada, e não simplesmente usada (p. 72).

Nesse trecho, o autor se refere, exatamente, ao proposto por esta unidade

didático-pedagógica, ou seja, buscar, nas lembranças e na memória dos alunos, por

meio de um “acervo fotográfico”, sua identificação com a imagem fotográfica da

época, pois estes viveram na zona rural, em meio à cultura do café e,

consequentemente, sofreram as consequências da Geada Negra.

Para o desenvolvimento dessa atividade, será realizado um trabalho

preliminar com os alunos e a comunidade escolar: um levantamento de documentos

sobre a década de 1970 a respeito da cafeicultura no norte do Paraná e,

especificamente, sobre a Geada Negra. Assim, os alunos buscarão registros escritos

ou em forma de imagens junto a professores, comunidade escolar, acervos

bibliográficos e museus, sobre o tema em questão. Após a coleta, será realizada

uma seleção das amostras, ou seja, os documentos levantados serão classificados

por ano, tema e local. Por fim, será realizadas a análise e interpretação das fontes,

com o objetivo de propiciar uma reflexão sobre a relação homem/meio natural.

A atividade 2 desenvolverá a partir dos seguintes passos:

1º Passo: Em sala de aula, o professor fará uma explanação sobre o

fenômeno Geada Negra de 1975 e sobre a cultura do café.

2º Passo: Os alunos farão um levantamento de imagens fotográficas, textos

e objetos históricos sobre a cultura do café e a Geada Negra de 1975, em suas

casas, na comunidade onde vivem, com os professores, no museu histórico de

Cambé e de Londrina, ou em outras fontes.

3º Passo: Munidos das fotos e outros documentos históricos, os alunos

desenvolverão narrativas interpretativas sobre os registros selecionados por eles.

4º Passo: Após essas etapas, os alunos desenvolverão um texto para

apresentar suas experiências e lembranças, ao entrar em contato com fotos e

objetos da época.

A presente atividade tem como objetivo levar os alunos rememorarem, pelo

contato com imagens e objetos da época, a cultura do café e o fenômeno Geada

Negra de 1975, no Paraná, e a relacionarem o fenômeno da geada, às

transformações sociais, econômicas, políticas que vivenciaram, fazendo-os rumar

para os centros urbanos.

Nessa atividade, o professor disponibilizará algumas fotos, referentes à

Geada Negra de 1975 e à geada de 2013, no Norte do Paraná, para realizar um

paralelo. Abaixo, imagem da Geada Negra de 1975.

FOTO: Geada Negra de 1975

Fonte: Fotógrafo Oswaldo Leite, 2.1. jpg (1280x858). Arquivo: Museu Histórico de Londrina.

Descrição da foto pelo Professor PDE Luis Aparecido Roncon: Observa-

se, na imagem, uma plantação de café na fase adulta, totalmente, queimada pela

Geada Negra, de 18 de julho 1975. Os arbustos apresentam troncos fortes e altos,

cujo plantio era formado em ruas, chamadas 4x4 metros, entre as linhas, e covas

com 4 mudas; as ramas haviam sido decepadas, para que a planta pudesse realizar

o processo de brotamento para uma futura lavoura. Foto em preto e branco.

Narrativa do Aluno do CEEBJA sobre a Foto:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Aulas ou horas previstas para essa atividade: 10 aulas.

ATIVIDADE 3: VISITAS COM OS ALUNOS EM PLANTAÇÕES DE CAFÉ NA

REGIÃO DE CAMBÉ

Nessa atividade, os alunos visitarão três propriedades rurais onde há cultivo

de café e um viveiro de produção de mudas de café.

Com essas visitas in loco, pretende-se que os alunos possam observar

desde a produção de mudas de café até o plantio tradicional e o plantio nos

sistemas adensados. Nessa ação, além do testemunho dos cafeicultores, os alunos

terão acesso ao conhecimento do mecanismo de produção e das ferramentas

utilizadas para a produção, plantio, colheita e secagem do produto café. O objetivo

principal dessa ação é que os alunos relembrem seu passado na agricultura e

rememorem alguns momentos de sua vivência em meio à cultura do café,

principalmente, a Geada Negra de 1975.

Roteiro de Visitas:

A primeira visita acontecerá em um viveiro de produção de mudas de café,

localizado na Avenida Brasil, em Cambé. Nessa visita, será observado o plantio de

café, desde sua semeadura até a formação das mudas, que depois de formadas,

são comercializadas e transportadas para plantio nas propriedades agrícolas da

região.

A segunda visita acontecerá em uma plantação de café, uma pequena

propriedade localizada próxima às nascentes do córrego Caçador. Nesse local,

serão observados vários tipos de plantações, várias espécies de café, sistemas de

secagem e armazenamento, equipamentos utilizadas na produção de café, entre

outros fatores. Nessa propriedade, prevalece o sistema de economia familiar.

A terceira visita acontecerá em um sistema tradicional de plantio de café

em propriedade localizada na estrada da Prata, km 05. Serão observados, nessa

visita: o sistema tradicional de cultivo de café; a forma de plantio; o espaçamento

entre os pés; entre outros fatores.

A quarta visita será realizada em uma propriedade localizada na estrada da

Prata, km 06, que desenvolve o plantio pelo sistema adensado. Nessa propriedade,

será observado, principalmente, o sistema de plantio, para se verificar a influência

da modernização na cultura do café: plantio em curva de nível e um espaçamento

muito pequeno entre as mudas.

Após essas visitas, em grupos de 4 alunos, cada um destes deverá elaborar

um relatório descritivo da visita, que será apresentado em sala de aula para os

demais alunos. Serão registradas, pelos alunos, nessas visitas, imagens

fotográficas, que serão alvo de uma exposição, em forma de painéis, no colégio

CEEBJA, para toda comunidade escolar. Esta exposição constitui a quarta atividade

proposta.

Recursos materiais: aluguel de um micro-ônibus; máquina fotográfica; repelentes,

bonés e chapéus; lápis, canetas e pranchetas; marmitas, café, pães e outros.

Aulas ou horas prevista para essa Atividade:

- 8 horas para as visitas

- 8 horas para a análise dos materiais coletados

- Total: 16 horas

ATIVIDADE 4: REALIZAÇÃO DE UMA EXPOSIÇÃO, NAS DEPENDÊNCIAS DO CEEBJA,

DE CARTAZES CONFECCIONADOS PELOS ALUNOS

Os alunos confeccionarão cartazes com fotos da cultura do café e da Geada

Negra de 1975. Além das fotos, os cartazes deverão conter trechos de anotações

realizadas na terceira atividade e ilustrações oriundas do imaginário, ou seja, das

memórias dos alunos sobre esse assunto. Após a confecção desse material pelos

alunos, os resultados serão divulgados por meio de uma exposição no CEEBJA,

aberta para a comunidade em geral. Essas práticas resultarão na elaboração de

uma proposta para a inserção do tema em estudo no Projeto político-pedagógico da

escola, no tópico que contempla a relação homem/natureza. O objetivo dessa

proposta é enfatizar a necessidade de se trabalhar tal tema em ações pedagógicas

da escola, como prática política permanente, para despertar, no aluno do CEEBJA,

um olhar voltado para as questões ambientais. Com esse trabalho, espera-se

despertar a espontaneidade dos alunos na elaboração do material e a livre iniciativa

na confecção do mesmo.

Recurso materiais utilizados: cartolinas, lápis de várias cores, lápis de cera, cola,

fita crepe e reprodução de fotos.

Aulas ou horas previstas para essa Atividade:

- 10 horas para a elaboração dos cartazes e visitas

- 6 horas para a exposição

- Total: 16 horas

4 RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se, com o desenvolvimento dessa produção didático-pedagógica,

que os alunos do Ensino Fundamental II, do CEEBJA de Cambé, em sua maioria,

oriundos da zona rural, rememorem, por meio das atividades propostas, sua

vivência em meio à cultura do café. Espera-se que o contato com as fontes

históricas os leve a perceber que: como sujeitos da história, fazem parte da

construção da história e que os fenômenos históricos, sejam eles sociais ou

naturais, interferem na vida cotidiana das pessoas.

REFERÊNCIAS

AMARAL LAPA, José Roberto do. A Economia Cafeeira. 2. ed. Editora Brasiliense, 1986, São Paulo.

AMARAL, Wagner Roberto. A política de educação de jovens e adultos desenvolvidos pela APEART no Paraná: recontando sua história e seus princípios, seus passos e (des) compassos. 2002. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual Paulista, Marília.

BOLETIM MÉTODOS DE PROTEÇÃO CONTRA GEADAS EM CAFEZAIS EM FORMAÇÃO. IAPAR-INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ. Secretaria do Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná.

BONDIRAK, Roberto. Geada Negra de 1975. Disponível em: <chavantesporliliaalonso.blogspot.com.br/1012/05/geada-negra-de-1975.html>. Acesso em: 29 Jun. 2013.

BORGES, Maria Eliza Linhares. História e fotografia. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. BURKE, Peter. A Escrita da História. Novas Perspectivas. Editora UNESP, São Paulo, 1992.

CAFEICUTURA. Especial Anos da Geada de 1975: Geada negra mudou trajetória paranaense. 17 Jul. 2010. Disponível em: <http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=34025.Revista>. Acesso em: 29 Jun. 2013.

CEEBJA CAMBÉ, Professora Maria do Carmo Bocati, Ensino Fundamental e Médio. Cambé/Pr. Projeto Político Pedagógico do Centro Estadual de Educação Básica de Jovens e Adultos. 2012.

DRUMMOND, José Augusto. A história ambiental: temas, fontes e linhas de pesquisas. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 4, n. 8, 1991, p. 177-197.

GAWRYSZEWSKI, Alberto (org). Patrimônio Histórico e Cultural, Cidade de Londrina. Coleção História na Comunidade – Volume 5, Londrina 2011. GUIA GAZETA DO POVO. Disponível em: <http://guia.gazetadopovo.com.br/mais/cine-teatro-ouro-verde/898/>. Acesso em: 20 set. 2013.

GUIA JORNAL DE LONDRINA. Disponível em: <http://guia.jornaldelondrina.com.br/passeios/estadio-jaci-scaff-estadio-do-cafe-/594/>. Acesso em 25 set. 2013.

HALBWACHS, M. A memória coletiva. Trad. de Beatriz Sidou. São Paulo: Centauro, 2006.

HINO DO MUNICÍPIO DE CAMBÉ. Prefeitura Municipal de Cambé. Disponível em: <http://www.cambe.pr.gov.br/site/cambe/simboloscambe.html>. Acesso em: 20 set. 2013. Grifo nosso.

HISTÓRIA DO CAFÉ NO BRASIL. In Cafeicultura: a revista do agronegócio café. 15 jul. 2011. Disponível em: <http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=40384&historia-do-cafe-no-brasil-.html>. Acesso em 21 dez. 2013..

IACOMINI, Franco; GALINDO, Rogério Waldrigues. A herança da geada negra. Postado em: 17 de julho de 2005. Disponível em: <www.paginarural.com.br/noticias/20498/a-heranca-da-geada-negra>. Acesso em: 03 Jun. 2013.

JOR, Jorge Bem. Café. Disponível em: <http://letras.mus.br/jorge-ben-jor/86112/>. Acesso em: 16 out. 2013.

KARNAL, L. e TATSCH, F.G. A memória evanescente. In: PINSKY, C.B e Luca, T.R. O Historiador e suas fontes. São Paulo: Contexto, 2009.

KOSSOY, Boris. Fotografia e História. 2. Ed. Rev. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001.

______. Fotografia e História. Série Princípios, São Paulo: Editora Ática, 1989.

LE GOFF, Jacques. História e Memória. Tradução: Bernardo Leitão. 2. Ed. Campinas: editora da UNICAMP, São Paulo, 1992.

______. Memória. In: História e Memória. Campinas: Ed. UNICAMP, 1994.

LEITE, Miriam Moreira. Retratos de família: Leitura da Fotografia Histórica. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2001.

MORAES, Vinicius de. Samba do Café. Disponível em: <http://letras.mus.br/vinicius-de-moraes/86499/> Acesso em: 16 out. 2013. NETO, J. M. A. O Eldorado: Representações da política em Londrina, 1930, 1975. Londrina: Editora da Universidade Estadual de Londrina, 1998.

POZZOBON, Irineu. A Epopeia do Café no Paraná. Grafmarke, Londrina-Pr., 2006, 224p.: il.

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMBÉ. Disponível em: <http://www.cambe.pr.gov.br/site/cambe/simboloscambe.html>. Acesso em: 20 set. 2013.

REIGOTA. M. Educação Ambiental e Representação Social. São Paula: Cortez, 1995.

RODRIGUES, João P.; PELEGRINI, Sandra C. A. L. Memória e história: os dissabores da geada negra em Ivatuba-Paraná. Artigo apresentado no II Congresso de museologia em Maringá, Paraná, entre 24 e 26 de outubro de 2012. Disponível em: <www.mbp.uem.br/cim/pages/arquivos/anais/TS5/TS5-11.pdf> Acesso em: 24 Maio 2013.

RURAL CENTRO. Disponível em: <ruralcentro.uol.com.br/noticias/cafe-variedades-mundo-novo-e-catuai-marcam-historia-cafeeira-no-pais-63029>. Acesso em: 20 nov. 2013.

SITE CATUAI SHOPPING. Disponível em: <http://www.catuaishopping.com.br/>. Acesso em: 20 set. 2013.

TIÃO CARREIRO E PARDINHO. Geada Negra. Disponível em: <http://letras.mus.br/tiao-carreiro-e-pardinho/710651/>. Acesso em: 24 out. 2013. WIKIPEDIA. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Caf%C3%A9_Futebol_Clube>. Acesso em: 20 set. 2013b.

______. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Rodovia_do_Caf%C3%A9>. Acesso em: 25 set. 2013a.

WORSTER, Donald. Para fazer História Ambiental. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v.4, n. 8, 1991, p. 198-215.