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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE

II

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FICHA DE IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

TURMA - PDE/2014

Título: Caminhos pedagógicos para o reconhecimento e valorização da identidade dos

descendentes afro-brasileiros e africanos em sala de aula.

Autor Marissol Pereira da Cruz Fiorese

Disciplina/Área História

Escola de Implementação do Projeto e sua localização

Colégio Estadual Monteiro Lobato - Ensino Fundamental e Médio.

Município da Escola Céu Azul - Pr

Núcleo Regional de Educação Cascavel - Pr

Professor Orientador Danilo Ferreira da Fonseca

Instituição de Ensino Superior

Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE

Resumo

O ambiente escolar, assim como nos demais espaços sociais, é composto por multiculturas entre essas a afro – brasileira e a africana, e apesar de existirem leis assegurando o direito a igualdade a todos o negro ainda sofre preconceitos. Diante disso, é que desenvolveu-se uma proposta pedagógica contendo atividades objetivando resgatar e valorizar a história e cultura negra, dirigida aos alunos do 7º ano do EF. Pois, por meio do conhecimento histórico-cultural deste povo, é que poderá se entender a importância que eles tiveram na formação da sociedade brasileira e, por conseguinte, desfazer a concepção de inferioridade que muitas vezes ainda se perpetua. As atividades sugeridas foram divididas em 32h/a e por momentos, sendo eles: reconhecimento dos conhecimentos prévios dos alunos, sensibilização, aprofundando os conhecimentos, simulando a aplicação da lei a partir de num fato real, momento reflexão e incentivando a mudança de postura.

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Palavras-chave Escola; preconceito; História e Cultura afro brasileira e africana.

Formato do Material Didático Unidade didática

Público Alvo Alunos do 7º ano do Ensino Fundamental – Séries Finais.

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

UNIDADE DIDÁTICA

CAMINHOS PEDAGÓGICOS PARA O RECONHECIMENTO E

VALORIZAÇÃO DA IDENTIDADE DOS DESCENDENTES AFRO-

BRASILEIROS E AFRICANOS EM SALA DE AULA

MARISSOL PEREIRA DA CRUZ FIORESE

CÉU AZUL/PR 2014

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PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

CAMINHOS PEDAGÓGICOS PARA O RECONHECIMENTO E VALORIZAÇÃO

DA IDENTIDADE DOS DESCENDENTES AFRO-BRASILEIROS E

AFRICANOS EM SALA DE AULA

Material apresentado à Secretaria de Estado da Educação – SEED, Departamento de Políticas e Programas Educacionais – para cumprir as exigências do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, como requisito parcial dos trabalhos propostos para a participação e a execução deste Programa.

Orientador Prof. Danilo Ferreira da Fonseca da Universidade Estadual do Oeste do Paraná/UNIOESTE – Campus de Marechal Cândido Rondon.

CÉU AZUL/PR 2014

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1 IDENTIFICAÇÃO

Professor PDE: Marissol Pereira da Cruz Fiorese

ÁREA: História

NRE: Cascavel - PR

Professor Orientador: Prof. Danilo Ferreira da Fonseca

IES vinculada: Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

Escola de Intervenção: Colégio Estadual Monteiro Lobato - Ensino Fundamental e Médio.

2 APRESENTAÇÃO

Caro professor (a),

Esta produção didático-pedagógica tem por objetivo atender o conjunto

de atividades propostas no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE.

Este material foi pensado com o intuito de resgatar e valorizar a história e

cultura negra em sala de aula.

Embora essa luta já tenha uma longa caminhada, o negro (afro-brasileiro

e africano) ainda tem enfrentado dificuldades para o acesso aos bens coletivos,

mesmo que a Constituição Federal (1988) afirme que, todos os brasileiros são

iguais e têm os mesmos direitos perante a lei, dados oficiais comprovam que

isso não é uma realidade em relação aos negros e pardos, pois segundo dados

disponibilizados pelo Ministério da Educação e Desporto (MEC), na passagem

do século XX para o XXI, negros e pardos constituíam 45% da população

brasileira e paradoxalmente correspondiam a 64% da parcela pobre do país

(MEC, 2003).

Isso mostra que somente a criação de leis não foi suficiente para fazer

com que a exclusão destes grupos fosse eliminada. É preciso uma mudança de

postura e de mentalidade, a partir de ações efetivas para que a discriminação e

o racismo que atinge a população afrodescendente sejam eliminados ou ao

menos amenizados.

Neste contexto, a educação tem papel fundamental, pois ela pode

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transformar a sociedade, logo é veículo de inclusão social. No entanto,

o desconhecimento sobre a história e a cultura dos africanos e dos seus

descendentes no Brasil pode fazer muitas vezes com que o racismo seja

solidificado dentro da escola, ou fora dela.

Sendo assim, a escola tem um papel muito importante na busca pelo

respeito às diferenças, na construção do diálogo, da convivência e da

seguridade dos direitos e da cidadania, pois é nesta instituição que as

diversidades se entrecruzam.

Visto desta forma, a escola deve trabalhar no sentido de resgatar a

cultura afro-brasileira e africana, colocando em evidência seus valores e sua

identidade, pois esta é um espaço para contextualização dos saberes. Assim,

falar sobre a contribuição do negro para a formação da sociedade brasileira,

seus costumes, sua religiosidade e sua cultura é importantíssimo. Além disso,

cabe a instituição escolar estimular a construção de valores e comportamentos

que contribuam para a formação integral dos elementos que a compõe.

Diante do exposto, propomos um trabalho de resgate da identidade e

cultura afro-brasileira e africana, por meio de diferentes atividades, pois sabe-

se que apesar da Legislação Brasileira prever que manifestações racistas

constituem-se como crimes, estas continuam acontecendo mesmo em diversos

ambientes e até mesmo no espaço escolar.

Desse modo, sendo a instituição escolar um lugar de formação,

buscaremos nesta proposta, a ser desenvolvida com alunos do 7º ano Ensino

Fundamental do Colégio Estadual Monteiro Lobato – Ensino Fundamental e

Médio do município de Céu Azul – Pr, instigar o aluno a refletir sobre a

pluralidade e diversidade cultural presentes na sociedade brasileira,

respeitando os diferentes modos de ser, viver e pensar, também estimular a

construção de valores, proporcionar reflexões individuais e coletivas, a partir do

resgate da história e cultura afro-brasileira e africana, pois desta forma se

estará contribuindo para a formação de valores como a igualdade e a justiça

social.

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3 UNIDADE DIDÁTICA

3.1 O começo de tudo

Ao percorrer literatura histórica pode-se encontrar registros que no

final do século XVI, trazido pelos portugueses, chegam ao Brasil os primeiros

navios negreiros com aqueles que substituiriam a mão de obra indígena, o que

pode ser considerado o marco da contribuição do negro na formação do

território brasileiro, passando este novo habitante a ser muito importante para

nosso país, o qual serviria para fortalecer a economia. No entanto, chegaram

aqui na condição de escravos, tratados como mercadoria e objeto nas mãos de

seus proprietários.

O tráfico negreiro ocorreu entre os séculos XVI e XIX, sendo neste

período transportados da África para o Brasil cerca de 3.600.000 escravos, o

que colocou o país em segundo maior importador de escravos do mundo.

Prova disso, em algumas regiões a população negra escrava era maior que a

dos brancos que os dominavam.

Empilhados nos porões, recebendo parcas porções de comida e de

água, era natural que o morticínio fosse acentuado. Perdia-se, invariavelmente,

10% da carga, na melhor das hipóteses e em alguns navios morriam até a

metade dos indivíduos transportados. Amontoados no porão a massa de

corpos negros agitava-se como um formigueiro, para beber um pouco desse ar

lúgubre que se escoava pela estilha gradeada de ferro (MACEDO, 1990).

Neste período o negro foi colocado para realizar as mais diversas

tarefas, tais como: na cultura canavieira, na extração aurífera, no

desenvolvimento da pecuária e no cultivo do café em diferentes momentos do

processo histórico, entre outros, passando assim a fazer parte da construção

da sociedade brasileira. Porém, mesmo tendo passado mais de um século da

abolição ainda nega-se ao negro a participação na construção da história e da

cultura brasileira.

Apesar do regime escravagista ter separado os negros de seus

familiares e espalhado grupos étnicos pelo país, os escravos conseguiram

manter sua herança cultural, desempenhando um papel importante para a

transmissão cultural e suas tradições religiosas. Lembrando que, essa política

adotada pelos portugueses, ou seja, separar os escravos em diferentes

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nações, era uma estratégia para facilitar o ato de governar (JENSEN, 2001).

3.2 Discriminação racial negra

Seguindo o curso da história pode-se perceber que ao longo dos tempos

o negro vem sendo tratado com inferioridade. Munanga (1999) revela que as

primeiras referências negativas de um povo negro foram criadas num período

em que se expandiam as grandes viagens marítimas em busca de novos

territórios, foi disseminada uma imagem desfavorável dos povos da costa

africana, pois em seus relatos este historiador que, entre outras descrições,

afirmava a existência de seres bárbaros semi-homens, semianimais. De lá para

cá há diversos registros que demonstram a ideia de superioridade da raça

branca em relação ao negro e pardo.

Um exemplo foi a condição imposta ao negro no período pós-abolição,

tendo sua mão de obra substituída pelo imigrante europeu, o que fez com que

passassem a sofrer por muito tempo o estigma da escravidão.

De acordo (LOPES, 1994) os escravos agora em “liberdade”, mas,

exposto ao mercado de trabalho, onde neste mesmo local o negro não era

mais considerado como uma força de trabalho, ele teve que buscar alternativas

para fazer parte deste meio mesmo não tendo condições de oferecer uma mão

de obra de qualidade, assim foram condenados a própria sorte, sendo

marginalizados.

É fato que a discriminação em relação em relação ao Negro está

presente nas relações humanas desde a mais remota história da humanidade,

pois o ser humano no decorrer de suas experiências vai construindo valores,

modos de pensar e de viver, que nem sempre é aceitável por toda a sociedade.

Sobre o racismo Cavalleiro diz que,

O racismo e o preconceito racial como um conjunto de ideias, atitudes e comportamentos apoiados em conceitos e opiniões não fundamentadas, estimulam a criação de estereótipos e representações negativas e dão origem a um estigma imputado ao indivíduo dificulta sua aceitação no cotidiano da vida social. (CAVALLEIRO, 2000, p.23).

Desse modo, apesar de tantas contribuições vindas do continente

africano, muitas vezes o Negro ainda recebe tratamento desigual. A omissão da

contribuição do negro no processo de formação da sociedade brasileira é um

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dos aspectos que também contribuiu para a disseminação de práticas racistas,

preconceituosas e discriminativas em diferentes espaços e inclusive no espaço

escolar. Segundo Freire (2002, p. 67) [...] “qualquer discriminação é imoral e

lutar contra ela é dever por mais que reconheça a força dos condicionamentos

a enfrentar”.

3.3 O papel da escola

A escola deve combater diariamente o racismo e o preconceito, pois ela

é um lugar propício para se promover reflexões sobre a pluralidade e a

diversidade cultural presentes na sociedade, bem como formar cidadãos

conscientes que compreendam a importância de ser respeitar a diversidade

étnico-racial.

Para tanto, foi criada a Lei 10.639/03, a qual inclui a obrigatoriedade do

ensino de História e Cultura afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino

fundamental e médio, em especial, nas áreas de Arte, Literatura e História.

Esta lei foi implantada com o objetivo de valorizar a presença do negro e sua

contribuição na formação do nosso país, haja vista a presença africana em

todo o processo de construção econômica, social, intelectual e cultural.

Segundo o documento a Lei 10.639/03,

(...) altera a Lei 9394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências (BRASIL, 2003).

Sabe-se que é preciso respeitar os diferentes modos de ser, viver, e

pensar, de forma a contribuir para a formação de valores como a igualdade e a

justiça social. Nesta perspectiva a escola ainda precisa fortalecer as atitudes de

aceitação e de valorização da diversidade humana, enaltecendo a importância

do pertencer, do conviver, do cooperar e contribuir para que todas as pessoas

percebam que podem construir vidas comunitárias mais justas, mais saudáveis

e satisfatórias.

Diante do exposto e tendo percebido ao longo da experiência docente

que o currículo, grande norteador das ações pedagógicas, propõe sequências

metodológicas e conteúdos que, muitas vezes, não levam em conta a

heterogeneidade presentes no espaço escolar, é que se propõe a desenvolver

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uma proposta pedagógica voltada ao resgate e valorização da cultura afro

brasileira e africana em sala de aula.

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Esta Unidade Didática prevê uma carga de 32h/a, sendo a mesma

dividida em seis momentos, assim distribuídos:

1º MOMENTO

RECONHECENDO OS CONHECIMENTOS PRÉVIOS

Tempo previsto: 1h/a.

Objetivos da atividade: Identificar os conhecimentos que os alunos já

possuem sobre o tema.

Professor (a)

Inicialmente faça uma sondagem a respeito dos conhecimentos prévios

dos alunos acerca do assunto. Para tanto, promova um debate, orientado pelos

questionamentos a seguir:

a) O que você entende por preconceito racial?

b) Você já presenciou ou ficou sabendo de alguma situação em nossa escola

ou fora dela que denunciasse a existência de racismo contra

afrodescendentes? Relate a situação.

c) Como você agiu diante de uma atitude preconceituosa?

d) Você acha que devemos vencer o racismo e a desigualdade racial? Por

quê?

e) A maioria das pessoas afirma não serem racistas. Você acha que isso é

verdade? Por quê?

g) Que atitudes deveriam ser tomadas por parte da equipe da escola

(professores, equipe pedagógica, direção) para que não acontecessem mais

atitudes racistas na escola?

g) Em sua opinião, o que atitudes racistas podem causar nas vítimas?

h) O que você diria para as pessoas que são racistas?

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2º MOMENTO

SENSIBILIZAÇÃO

Tempo previsto: 12h/a.

Objetivos da atividade: Refletir sobre o racismo existente na sociedade.

Nesta atividade promova um debate sobre a origem do racismo no

nosso dia a dia, conduzindo a uma reflexão sobre o papel da família na

formação da consciência humana.

1)Com base na imagem e no questionamento a seguir reflita:

Onde nasce o racismo? Ele é inato do ser humano ou adquirido em meio a sua

vivência social?

Fonte: http://www.imagensfacebook.net/reflexoes/ninguem-nasce-racista/

Nesta atividade, além de assistirem o vídeo, entregue cópias da letra da

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música para que os alunos possam acompanhar.

2) Assista ao vídeo clipe “Racismo é Burrice” de Gabriel O Pensador e

responda:

Vídeo Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=MDaB8muAANc.

a) Você concorda que racismo é burrice, assim como Gabriel O Pensador fala

na letra da música? Por quê?

b)O que o autor da música quis dizer com “burrice coletiva”?

c) Quem é a “elite”, a qual se refere o autor?

d)Você concorda que a “elite” é preconceituosa? Explique.

e) Por que o autor da música diz que branco no Brasil é difícil?

f) O autor menciona “personagens” da política atual. Em que trecho pode-se

identificar isso?

g) O autor afirma que “Todo mundo é racista e não sabe a razão”. Você acha

que isso é verdade? Por quê?

h) O que o autor quis dizer quando falou que “A raiz do meu país era

multirracial. Tinha índio, branco, amarelo, preto. Nascemos da mistura”

Com base nos trechos retirados da letra da música discuta com os

alunos sobre a formação de nossa sociedade e sobre a importância do negro

nesse processo.

a) “A raiz do meu país era multirracial. Tinha índio, branco, amarelo, preto.

Nascemos da mistura”.

b)“Branco no Brasil é difícil”.

Para complementar leve os alunos até ao laboratório de informática e

peça que acessem o conteúdo disponibilizado no site:

https://sites.google.com/site/historia1958/7o-ano-escravidao-e-resistencia.

leiam o texto, observem e assistam o vídeo. Depois disso discuta com os

alunos sobre tudo que observaram, destacando os aspectos principais sobre a

escravidão no Brasil. Depois disso solicite que registrem no caderno tudo que

aprenderam nesta aula.

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Outra atividade a ser realizada é sobre uma lenda gaúcha conhecida

como Negrinho do Pastoreio, que tem origem cristã e data provavelmente do

século 19. Esta obra tornou-se popular durante a campanha abolicionista, já

que focaliza a crueldade de um senhor de escravos. Esta obra pode ser

encontrada em: http://educacao.uol.com.br/folclore/negrinho-do-pastoreio-uma-

lenda-gaucha.jhtm.

Leia a lenda “Negrinho do Pastoreio” e responda:

a)Quem eram os personagens da história?

b)O que vocês acharam da atitude do fazendeiro? Por quê?

c)O que vocês sabem sobre os escravos?

d) De onde eles vieram?

e)Quais eram as condições de trabalho deles?

f)Como eles viviam?

g)Como o fazendeiro deveria agir com o menino? Por quê?

Para complementar peça aos alunos que formem grupos e dramatizem a

história dessa lenda, orientando a escrita do texto, informando que eles

poderão fazer uma releitura da lenda, tendo a liberdade de alterar o

enredo. Esta lenda poderá ser ensaiada e no final da implementação ser

apresentada.

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3º MOMENTO

APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS

Tempo previsto: 4h/a.

Objetivos da atividade: Compreender o período Abolicionista e a formação

étnico racial do povo brasileiro.

Nesta etapa devemos relacionar a temática estudada com os conteúdos

de História. Para isso, inicialmente, comente com os alunos que o personagem

da lenda era um escravo, e que a obra, assim como puderam perceber foi

escrita no período abolicionista. Esclareça que nesta etapa irão conhecer um

pouco mais sobre este período.

Leia o texto e discuta com os alunos sobre os pontos mais importantes,

destacando os diversos aspectos do Abolicionismo e da Escravidão no Brasil.

Texto retirado do livro didático: Encontros com a História: 8º ano de Vanise

Ribeiro e Carla Maria Junho. 3ª Ed. Curitiba: Positivo, 2012.

Tráfico e imigração: novas atitudes

Fim do tráfico e seus efeitos

No século XIX, o trabalho escravo continuava a ser a sustentação da

agricultura de exportação no Brasil. Apesar da pressão internacional,

principalmente na Inglaterra, para acabar com o tráfico de africanos, estima-se

que mais de 1,6 milhão de escravos africanos foram trazidos para ao Brasil de

1800 a 1850, especialmente para a região cafeeira.

Para os ingleses, eliminar o tráfico significava, a logo prazo, acabar com

a escravidão, o que ampliaria o mercado consumidor para seus produtos, além

de eliminar a desvantagem comercial do açúcar produzido nas Antilhas

inglesas (região do Caribe), que já empregava o trabalho assalariado.

Representava também a possibilidade de redirecionar para a compra de

produtos ingleses o grande volume de dinheiro empegado no tráfico.

Vários acordos ente o Brasil e a Inglaterra já haviam sido assinados

prevendo o fim do tráfico de escravos, mas nunca eram efetivamente

cumpridos. Em 1845, após várias tentativas de pressionar o governo brasileiro,

o governo inglês endureceu sua política antitráfico e a Bill Aberdeen, lei que

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conferia à marinha britânica o direito de aprisionamento dos navios negreiros

em qualquer mar.

Fim da escravidão

A escravidão foi praticada e aceita no Brasil durante 300 anos. Somente

no final do século XVIII, com o surgimento das ideias iluministas, que

defendiam a liberdade e a igualdade como direitos naturais de todo ser

humano, é que a visão da escravidão como uma prática desumana e injusta

começou a ganhar mais adeptos.

Apesar disso, o regime escravo manteve-se no Brasil por muito tempo.

O governo e os proprietários rurais justificam a escravidão como um mal

necessário, pois a economia nacional não podia funcionar sem os cativos. A

escravidão era a base da sustentação a agricultura de exportação, além da

posse de escravizados ser um dos principais elementos de status e poder da

elite rural.

Durante o século XIX, ao mesmo tempo em quem procurou adiar o fim

da escravidão, o governo brasileiro criou mecanismos para que a implantação

do trabalho livre ocorresse sem gerar problemas nem mudanças na ordem

social.

Mesmo assim, a transição do trabalho escravo para o trabalho livre no

Brasil transcorreu com frequentes confrontos sociais e lutas políticas.

Para complementar as discussões peça que os alunos pesquisem no

laboratório de informática, com base nos questionamentos norteadores, sobre

o tema estudado.

a)O que foi o Movimento Abolicionista?

b)Quais foram as campanhas abolicionistas que se destacaram no Brasil?

Comente sobre elas.

c) Quais foram as principais leis Abolicionistas aprovadas pelos deputados na

época? Comente sobre elas.

d) Qual foi o principal problema enfrentado pelos escravos após sua libertação?

Ainda no laboratório de informática solicite que os alunos acessem site

do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no

endereço http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/caracteristicas_rac

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iais/default_raciais.shtm, observem e anotem informações importantes sobre à

formação étnico racial do povo brasileiro. Lembre os alunos que, para

classificar as pessoas de acordo com a cor da pele, o IBGE utiliza as

categorias branca, preta, indígena, amarela e parda, sendo a última utilizada

para evidenciar a mestiçagem. Outras denominações são mais atuais como

afro-brasileiros e euro-brasileiros, descendentes de africanos e europeus.

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4º MOMENTO

SIMULANDO A APLICAÇÃO DA LEI A PARTIR DE UM FATO REAL

Tempo previsto: 8h/a.

Objetivos da atividade: Conhecer a lei que institui crime a prática do racismo

e analisar sua aplicabilidade ou não em uma situação do dia a dia.

Após esta pesquisa leia com os alunos o Artigo 3º e de parte do Artigo 5º

da Constituição Brasileira e a discuta sobre a aplicabilidade real do que é

garantido por lei. O artigo 3º, do vigente texto constitucional trata dos princípios

fundamentais e o Artigo 5º dos direitos e dos deveres individuais e coletivos

dos cidadãos.

Providencie uma cópia para cada aluno do texto para analise o conteúdo

da lei com todos os alunos, os quais deverão ficar dispostos em círculo neste

momento, e poderá cada qual expor sua opinião sobre os incisos I, II, III e IV do

artigo 3º e o inciso XLII do artigo 5º da Constituição da Republica Federativa do

Brasil de 1988.

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Após esta etapa passe o vídeo publicado e muito polêmico que circulou

pelas redes sociais no ano de 2014, o qual mostra uma torcedora do Grêmio

durante um jogo chama o goleiro Aranha dos Santos pejorativamente de

“macaco”, e que foi acusada de racismo.

Vídeo disponível e: https://www.youtube.com/watch?v=AIju5UDuUho.

Faça uma reflexão com os alunos sobre o conteúdo deste vídeo, a partir

do roteiro de orientação abaixo.

a)O que você achou da atitude desta torcedora?

b)De acordo com o que estudamos anteriormente, sobre a lei vigente no

TÍTULO I

Dos Princípios Fundamentais

Art 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II – garantir o desenvolvimento nacional;

III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais

e regionais;

IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,

idade e quaisquer outras formas de discriminação.

TÍTULO II

Dos Direitos e Garantias Fundamentais

CAPÍTULO I

DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,

garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a

inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à

propriedade, nos termos seguintes:

XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito

à pena de reclusão, nos termos da lei.

Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

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texto constitucional, você acha que ela poderia ser penalizada? Por

quê?

c) Na sua opinião, neste caso, você aplicaria a penalidade? Por quê?

d)Você conhece algum caso como esse da torcedora??? Relate.

e) Em entrevista dada a torcedora afirmou que sua ação foi conduzida

pela torcida, na tentativa de atrapalhar o desempenho do jogador. Você

acha que é correto agirmos da mesma forma que nossos amigos ou com

o grupo que nos identificamos? Comente.

f) Em outra entrevista ela disse que o termo usado por ela “macaco”, não

foi com o intuito racista. O que você pensa sobre isso?

g) Você tem algum amigo (a) negro (a)? Se alguém tiver a mesma

atitude com ele você iria gostar? Por quê?

Após esta atividade oriente os alunos na organização de uma

simulação de tribunal de júri, para julgar o caso da torcedora do grêmio e

também outras situações cotidianas de preconceito, oportunizando que os

alunos reflitam sobre as questões de discriminação e entendam melhor as

leis que envolvem o assunto. Esta atividade deverá ser previamente

organizada, distribuindo funções e tarefas. Os alunos deverão escolher

entre eles quem será o advogado de acusação, de defesa, os réus, os

jurados, o juiz e a plateia.

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5º MOMENTO

MOMENTO REFLEXÃO

Tempo previsto: 8h/a.

Objetivos da atividade: Refletir sobre a prática de racismo na sociedade.

Na sequência apresente aos alunos algumas imagens no data show

sobre o racismo, a fim de instigar uma bate papo para perceber como os

alunos veem a prática do racismo na sociedade, na comunidade, na escola, na

sua casa e na sala de aula.

As imagens devem ser acompanhadas de questionamentos que levem

os alunos a entenderem o quanto ainda existe a representações estereotipadas

em relação ao povo negro as quais geram práticas de preconceito,

discriminação e racismo, mas ao mesmo tempo, que viabilizem também, novas

representações, novos referenciais da africanidade, gerando uma visão de

respeito e valorização do negro.

Somo todos iguais? Nossa cor nos diferencia?

Fonte: https://www.google.com.br/search?hl=pt-

BR&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=1422&bih=741&q=preconceito+racial&oq=

preconceito+racial&gs_l=img.1.0.0i19.3308.9162.0.10504.20.8.0.9.0.0.425.728.3-

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Page 24: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO ... · que colocou o país em segundo maior importador de ... mais considerado como uma força de ... apesar de tantas

Fonte:

http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=52&evento

=1.

Sou negro... um produto de comércio?

http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1141&even

to=1.

Por que a lei não me protege?

http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1141&even

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to=1.

Só tenho respeito por que a lei assegura isso?

Fonte: https://www.google.com.br/search?hl=pt-

BR&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=1422&bih=741&q=preconceito+racial&oq=

preconceito+racial&gs_l=img.1.0.0i19.3308.9162.0.10504.20.8.0.9.0.0.425.728.3-

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BR&tbm=isch&q=preconceito+racial&facrc=_&imgdii=_&imgrc=RN_gbIu2FGg6bM%25

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52F%252Fwww.etecpoa.com.br%252Fnoticia.php%253Fnoticia%253D20%3B960%3B

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Eu sou racista?

Fonte: https://www.google.com.br/search?hl=pt-

BR&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=1422&bih=741&q=preconceito+racial&oq=preconc

eito+racial&gs_l=img.1.0.0i19.3308.9162.0.10504.20.8.0.9.0.0.425.728.3-

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o.wordpress.com%252Fpreconceito-leis%252F%3B460%3B345.

Para complementar os debates já realizados leve os alunos até o

laboratório de informática onde poderão acessar os sites abaixo

disponibilizados para lerem algumas reportagens que tratam o preconceito

como crime hediondo no país.

http://oglobo.globo.com/brasil/racismo-financiamento-do-trafico-podem-

virar-crimes-hediondos-5170117

http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2012-06-11/racismo-

pode-virar-crime-hediondo-na-lei-brasileira

http://www.midiamax.com.br/noticias/802230-

possibilidade+racismo+virar+crime+hediondo+divide+opiniao+campo+gr

ande.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Novo_C%C3%B3digo_Penal_Brasileiro.

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Em seguida os alunos assistirão ao vídeo “Vista a minha pele” (criado

pelo MEC), que apresenta uma história construída na desigualdade de

etnias e classes sociais. Disponível em: Fonte:

http://www.youtube.com/watch?v=j5UKCOGWacg.

Respondam:

a)O que o filme retrata?

b) Quais as formas de preconceitos que existem hoje em nossa sociedade?

c) O racismo não separa só nas nações, mas como também famílias. O que

você pensa sobre isso?

d) Quais as cenas que mais lhe chamaram a atenção? Por quê?

e) Aponte estratégias para combater atitudes de preconceito e discriminação

no espaço escolar.

Outra atividade pra ser desenvolvida com os alunos é uma pesquisa no

laboratório de informática sobre a culinária, vestimentas, dança, esporte e

música de origem africana. Depois da pesquisa pronta os alunos poderão

socializá-la com toda a turma e o professor deverá fazer interferências para

complementar.

Sugestão de sites:

https://www.youtube.com/watch?v=jTp8rNYdTq4&feature=related;

https://www.youtube.com/watch?v=Tni0nfk-Ojs&feature=fvwrel;

https://www.youtube.com/watch?v=3uZlIET-lKQ;

https://www.youtube.com/watch?v=KKVp9Vcb5m4&feature=fvst;

http://culturanordestina.blogspot.com.br/2008/11/escravos-de-jo-

jogavam-caxanga.html;

http://brasileafrica.blogspot.com.br/2009/10/os-esportes-africanos.html;

http://www.ancorador.com.br/recreacao-esporte/brinacadeiras-africanas-

heranca-africana-nas-brincadeiras-de-criancas.

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6º MOMENTO

INCENTIVANDO A MUDANÇA DE POSTURA

Tempo previsto: 2 h/a.

Objetivos da atividade: Reconhecer e refletir sobre ações de racismo

presentes em sala de aula. O texto que segue poderá ser trabalhado com os alunos explorando o

que é racismo velado e explícito, instigando-os a refletir e reconhecer ações de

racismo contra afrodescendentes presentes na sala de aula.

Para finalizar deixe uma reflexão: Não será o racismo velado o

verdadeiro vilão que impede que ações racistas sejam combatidas em nossa

sociedade? O que podemos fazer para que isso mude?

Texto disponível em: Disponível em: http://forum.outerspace.terra.com.br/showthread.php?t=180800

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Organização de Alexandre de Moraes. 16ª ed. São Paulo: Atlas, 2000. _______. Ministério da Educação. Lei nº 10.639, de 9 de Janeiro de 2003. Disponível em: http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=236171. Acesso em: 17 de junho de 2014.

CAVALLEIRO, E. dos S. Racismo e anti-racismo na educação: repensando nossa escola. São Paulo: Sello Negro, 2001.

GOMES, N. L. Indagações sobre Currículo. Diversidade e Currículo. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008. FREIRE, P. Pedagogia da Esperança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002. MACEDO, Sérgio D. T. Crônica do Negro no Brasil. Record: Rio de Janeiro, 1990. MUNANGA, K, (Org.) Superando o racismo na escola. Brasília: Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental, 1999.

SILVA, Tomaz Tadeu da (Org.). Identidades terminais: as transformações na política da pedagogia e na pedagogia da política. Petrópolis: Vozes, 1996. JENSEN, T. G. Discursos sobre as religiões afro-brasileiras: da desafricanização para a reafricanização. Revista de estudos da região, n.1, p.121, 2001. Gênero e Diversidade na Escola. Formação de professores (as) em Gênero, Sexualidade, Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais. Livro de Conteúdo. Versão 2009. - Rio de Janeiro: CEPESC: Brasília: SPM, 2009. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000015510.pdf. Acesso em 09 de abr. de 2014.